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Resolução caso N1 - Empreendedorismo

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Resolução do caso – N1
Para se criar uma empresa, é preciso ter definido o plano de negócio. Dessa forma, é possível buscar por opções de financiamento, uma vez que é imprescindível saber o objetivo da empresa, valores e de que maneira atua no mercado e o valor do investimento necessário.
É preciso que o empreendedor (ou sócios envolvidos) tenham uma ideia inovadora (como um todo ou em alguns pontos do produto ou do serviço) e ao menos viável, para atrair a atenção dos investidores. 
Por isso, antes de partir em busca de um financiamento, é preciso que os empreendedores tenham definido o plano de negócio. SERTEK (2012, p. 217) frisa que o plano de negócio pode tornar atrativa a conversa com os investidores ou, então, provocar rejeição por falta de consistência. Sendo assim, DEGEN (1989, p.80, apud SERTEK, 2012, p. 217) lista alguns conceitos que devem estar claros no plano:
- o conceito do negócio;
- as características do novo negócio e do setor;
- a originalidade do empreendimento;
- as necessidades financeiras;
- a credibilidade e qualidade da equipe gerencial.
É necessário inovar, criar utilidades sem precedentes para os consumidores, de modo a tornar a concorrência praticamente irrelevante. Para isso, o posicionamento do produto/serviço no mercado deve ser muito claro. O conceito do negócio precisa ser definido em poucas palavras, pois o risco de entrar em campos saturados de ofertas concorrentes é grande. Por isso, destacamos a necessidade do empreendedor definir bem o seu negócio, de forma a se posicionar nos extremos do mercado em que atualmente as demandas (SERTEK, 2012, p. 225).
Para capitalizar o negócio, os empreendedores podem recorrer a modalidades diferentes de financiamento, de acordo com o que se adéqua à realidade da empresa. SALVADOR e MICELI, (2019, p. 75-79) listam as modalidades de financiamento:
Bootstrapping – financiamento via recursos próprios dos sócios. Costuma ocorrer na maioria das startups. Colabora para conquistar outras modalidades de financiamento porque demonstra que os próprios sócios acreditam na ideia. 
Investidor-anjo – pessoas físicas que buscavam investir em negócios com potencial de retorno financeiro. Costuma ocorrer no início das operações a fim de desenvolver um produto ou serviço.
Seed capital (capital semente) – são aportes feitos por pessoas físicas ou jurídicas em negócios já estabelecidos, com produtos ou serviços lançados e com faturamento, mas ainda em estágio inicial.
Incubadoras – apoiam projetos em estágios iniciais, por meio de investimento, mentoria, orientação financeira, contábil, jurídica etc. Geralmente são oferecidas pelo governo e ONGs por tempo indeterminado e sem contrapartida dos incubados.
Aceleradoras – semelhantes a incubadoras, porém costumam ter um programa por tempo limite, com processo de seleção mais rigoroso e podem receber participação acionária minoritária no negócio. 
Crowfunding – financiamento coletivo em que o empreendedor oferece recompensas ou participação em troca de contribuição financeira, dando acesso ao produto ou serviço (ou até mesmo um pacote para cada limite de valor).
Venture capital (VC) – aporte financeiro em empresas com alto potencial de retorno, maior que o seed capital, em troca de participação acionária minoritária.
Venture building – além do aporte financeiro, oferece-se assistência jurídica, contábil (assim como nas incubadoras e aceleradoras). Em troca, o investidor recebe participação acionária minoritária. 
De acordo com SALVADOR e MICELI (2019), os investidores procuram minimizar os riscos de um capital aplicado, por isso é importante ter uma ideia viável (e testada), além do plano de negócio estratégico bem elaborado. Vale ressaltar que os negócios em operação, ainda que novos, e com um produto minimamente viável (do inglês MVP – minimum viable product) têm mais chances de ter potencial de crescimento. A startup precisa ter definida essa parte porque é essencial para o pitch de vendas. Uma vez que os sócios tenham definido qual o melhor financiamento, eles precisam encontrar os investidores e vender a ideia. O pitch é a apresentação do negócio, o desafio de mostrar que tem potencial e o talento certo.
Parece simples, mas a construção de um bom pitch demanda muita preparação. O desafio é mostrar que o negócio tem o potencial e o talento certos para escalar rapidamente e trazer e um grande retorno sobre o investimento. É fundamental ter clareza sobre qual problema o produto ou o serviço resolve, sobre a competição direta e indireta e sobre os planos de marketing que vão ajudar a levar essa ideia à expansão e ao sucesso (SALVADOR; MICELI, 2019, p. 77).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SALVADOR O. Daniel; MICELI L. André (org.). Startups nos mares dos dragões. Rio de Janeiro: Brasport, 2019.
SERTEK, Paulo. Empreendedorismo. Curitiba: InterSaberes, 2012.

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