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O Plano de Negócios

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CAMPUS NOVA ANDRADINA
Resumo do Cap. 05 e 07
 O Plano de Negócios 
Colocando o Plano de Negócios em Prática: A Busca de Financiamento
Alunos: 
Lucimara Aparecida Sobral
Murilo Ferragio de Sousa
 O Plano de Negócios 
 O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento e ainda permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.
 A principal utilização do plano de negócios é prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa. No entanto, nos últimos anos, o plano de negócios atingiu notoriedade como instrumento de captação de recursos financeiros junto a capitalistas de risco e investidores-anjos, principalmente no tocante às empresas com propostas inovadoras. No Brasil, foi justamente o setor de software que começou a popularizar o uso do plano de negócios. A explosão da Internet, no final do ano de 1999 e início de 2000, e o Programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, propiciaram a disseminação do termo “plano de negócios” em todo o país. O plano de negócios é considerado uma ferramenta de gestão com múltiplas aplicações.
 Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador.A arte estará no fato de como o empreendedor traduzirá esses passos realizados racionalmente em um documento que sintetize e explore as potencialidades de seu negócio, bem como os riscos inerentes a ele. Espera-se que um plano de negócios seja uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias, em uma linguagem que os leitores entendam e, principalmente, que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado.
 A maioria dos planos de negócios resume-se a textos editados sobre um modelo predeterminado, que não convencem ao próprio empreendedor; por isso, falham o que leva muitos a pensar que o plano de negócios não serve para nada ou não é uma ferramenta eficiente. Geralmente, são escritos como parte dos requisitos de aprovação de um empréstimo, ingresso em uma incubadora de empresas, solicitação de bolsas ou recursos financeiros de órgãos do governo. É preciso ter em mente que essa ferramenta deve ser o cartão de visitas do empreendedor, mas também pode ser seu cartão de desqualificação. Todo plano de negócios deve ser elaborado e utilizado seguindo algumas regras básicas, mas não estáticas, que permitem ao empreendedor utilizar sua criatividade ou bom senso, enfatizando um ou outro aspecto que mais interessa ao público-alvo do plano de negócios em questão. Outra característica importante é que ele não deve estar apenas focado no aspecto financeiro. É importante que o plano de negócios possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura, mostrando como a empresa pretende chegar lá. Então, o empresário precisa de um plano de negócios que lhe sirva de guia, revisado periodicamente e que permita alterações visando vender a ideia ao leitor do plano. Em resumo, o plano de negócios pode ser escrito para atender a alguns objetivos básicos relacionados com os negócios. 
 Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, e é impossível definir um modelo-padrão de plano de negócios universal e aplicável a qualquer negócio, mas qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de seções que proporcionarão um entendimento completo do negócio. Cada uma das seções deve ser abordada sempre visando à objetividade, sem perder a essência e os aspectos mais relevantes com ela relacionados. Vamos exemplificar o que um plano de negocio para pequenas empresas deve conter:
1. Capa
2. Sumário
3. Sumário executivo estendido
4. Análise estratégica
5. Descrição da empresa
6. Produtos e serviços
7. Plano operacional
8. Plano de recursos humano
9. Análise de mercado
10. Estratégia de marketing.
11. Plano financeiro
12. Anexos
 Outra questão muito discutida é sobre qual deve ser o tamanho ideal de um plano de negócios. Não existe um tamanho ideal ou quantidade exata de páginas. O que se recomenda é escrevê-lo de acordo com as necessidades do público-alvo. Basicamente os tipos de planos de negocio são completos, resumido ou operacional. Nos Estados Unidos, é muito comum a utilização de pacotes de software que auxiliam na elaboração de planos de negócios, com formatos predefinidos, o que resulta em planos-padrão, sem muita possibilidade de modificação da estrutura utilizada no software, mas que proporcionam alguns benefícios ao empreendedor. Principalmente na parte financeira, ao utilizar um software para elaborar seu plano de negócios, o empreendedor agiliza muito o trabalho, pois basta preencher certas planilhas, e as projeções financeiras são obtidas automaticamente. No entanto, muitos investidores não gostam de planos de negócio feitos em software, pois, na maioria das vezes, são limitados, e o empreendedor se prende à estrutura de plano existente na ferramenta, que nem sempre está adequada à sua realidade. A decisão de utilizar ou não software para a confecção do plano de negócios é do empreendedor, que deve avaliar seu negócio e suas necessidades. 
Outra utilidade importante para um plano de negócios é seu suporte para a venda de uma ideia ou projeto. É a partir dele que o empreendedor pode definir alternativas de apresentação que julgue mais adequadas para buscar o convencimento do público-alvo. Pois as principais habilidades de um empreendedor são a persuasão e a venda de ideias, que podem ser içadas e adquiridas se o empreendedor entender o que torna uma apresentação efetiva. 
Para que o plano de negócios possa se tornar um instrumento eficaz de gerenciamento, é importante que as informações nele existentes possam ser divulgadas internamente à empresa de forma satisfatória. Como vimos que o plano de negócios pode e deve também ser utilizado como ferramenta de gestão. Por isso, as informações apresentadas no plano de negócios também devem ser utilizadas internamente, guiando e validando os esforços de melhoria da empresa que auxiliará o empreendedor a alcançar o sucesso almejado ou, então, mostrará a ele que o momento não é propício para o negócio, evitando decepções futuras.
Existem até concursos para planos de negócios. São geralmente promovidos pelas universidades, com o apoio de instituições, incubadoras de empresas, bancos de investimento, capitalistas de riscos, entre outros, e visam identificar negócios em potencial junto a esses estudantes. No Brasil, há várias iniciativas acadêmicas ocorrendo nos últimos anos, com destaque para concursos destinados a estudantes de engenharia, ciências da computação, administração, entre outros.
Colocando o Plano de Negócios em Prática: A Busca de Financiamento
 A informação é a alma do negócio. Muitos empreendedores não conhecem as alternativas para capitalizar sua empresa, nascente ou em desenvolvimento. O problema é que a maioria deles recorre apenas aos bancos de varejo, quando poderiam ser mais bem-informados sobre as várias formas de financiamento existentes antes de tomar qualquer decisão.
 Realmente, o Brasil não é exemplo de como financiar a pequena empresa, mas algumas atitudes por parte do empreendedor também deveriam ser tomadas com o intuito de mudar esse cenário. Os financiamentos são basicamente divididos em dívida ou equidade. No primeiro caso, o dinheiro emprestado é assegurado de alguma forma, com algum tipo de propriedade. Equidade, por outro lado, equivale a uma quantia de capital injetado no negócio, usualmente em dinheiro ou em forma de ativo. A maioria dos novos negócios opta por dívidas de longo prazo ou por constante equidade de capital para preparar o crescimento da empresa. Não existe uma regra que determinequal é a melhor opção.
 Quando uma empresa está no estágio inicial, sendo criadas, geralmente as melhores opções para o empreendedor são os empréstimos e as economias pessoais da família, de amigos e de investidores pessoas físicas ou programas especiais do governo etc. Empresas em estágios mais avançados, com dois ou três anos de existência, recém-saídas das incubadoras de empresas, por exemplo, são mais atrativas para os capitalistas de risco, pois passaram pela difícil fase inicial de inserção no mercado e necessitam de mais capital para um rápido crescimento, com boas expectativas de valorização e retorno do investimento. Nesses casos, o plano de negócios é a principal ferramenta do empreendedor em busca de capital, pois é pela análise do plano que os investidores decidirão ou não pelo investimento na empresa. 
Algumas formas de financiamento baseiam-se em:
· Economia pessoal, família, amigos é o tipo de financiamento mais comum, geralmente conseguido devido a fatores pessoais e do ambiente que cerca o empreendedor. Nesse caso, vale mais a amizade e a confiança que as outras pessoas têm no empreendedor que um plano de negócios.
· Angel investor (investidor-anjo), ou investidor pessoa física, é um capitalista de risco que possui dinheiro e busca alternativas para obter melhor rentabilidade para esse dinheiro. É ele quem coloca o dinheiro inicial necessário para a criação de muitos negócios. Mas, para isso, analisa muito bem o plano de negócios da empresa e seu potencial. Geralmente, esse dinheiro é concedido em troca de uma participação acionária na empresa ou de uma quota do capital social da empresa que está sendo criada.
· Fornecedores, parceiros estratégicos, clientes e funcionários: Uma boa negociação com fornecedores, com parcelamento da compra da matéria-prima e até mesmo a obtenção de carência para o pagamento, pode ajudar substancialmente a empresa. O mesmo costuma ocorrer com parceiros estratégicos, que poderão ajudar a empresa sabendo que serão recompensados no futuro próximo. Os funcionários também podem ser uma boa fonte de financiamento para a empresa. Muitos deles possuem espírito empreendedor e estão dispostos a abrir mão de um salário maior em troca de participação nos resultados ou mesmo de ações da empresa.
· Capital de risco: As empresas que investem em capital de risco são geralmente grandes bancos de investimento, compostas por profissionais de altíssimo nível e experiência no mercado financeiro, que administram grandes quantias. A função principal dessas empresas é encontrar empresas e negócios com alto potencial de desenvolvimento em cerca de três a cinco anos, que experimentem retornos sobre o capital investido muito acima da média do mercado. Os capitalistas de risco geralmente não participam diretamente da gestão do negócio investido, mas têm participação garantida no Conselho de Administração, poder de sugerir ou vetar executivos, direcionar a estratégia do negócio e cobrar do empreendedor, em busca de resultados. 
· Programas do governo brasileiro: existem diversas fontes de financiamento provenientes dos governos municipais, estaduais e federal, dos quais muitas vezes os empreendedores nunca ouviram falar. Muitos desses programas destinam recursos não reembolsáveis para as empresas ou a um custo subsidiado, Alguns exemplos são:
· Programas da FINEP Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).
A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), agência de inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia, tem focado esforços no desenvolvimento do Projeto Inovar. Trata-se da continuação do programa de apoio ao mercado de venture capital no Brasil promovido pela instituição desde 2000. As ações
correm em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), promovendo a realização de atividades de estímulo ao setor, como rodadas de negócios, seminários e campanhas de divulgação. FAPs estaduais, que visam apoiar projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos, elaboração de planos de negócios e estudo de mercado, prioritariamente em empresas de base tecnológica, sob a responsabilidade de pesquisadores que atuem diretamente ou em cooperação com as mesmas.
· Programa Criatec do BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou, em 2007, o Programa Criatec, que visa investir recursos de capital de risco em empresas inovadoras.
· Programa RHAE Inovação
O Programa de Capacitação de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas (RHAE) foi criado em 1987 com o objetivo de apoiar projetos de inovação por meio da inserção de recursos humanos em atividades de pesquisa e desenvolvimento nas empresas.
· Microcrédito
O microcrédito é uma forma recente no Brasil de apoio aos pequenos empreendimentos, pois envolve empréstimos de menores quantias a juros mais acessíveis, sendo ainda um instrumento estratégico para a inclusão social do governo. Outra característica dessa modalidade é que pode apoiar negócios informais. Geralmente, a administração dessa modalidade de crédito é feita por uma Organização Não Governamental (ONG), que atua em determinada região.
· Progex
O Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex) tem como finalidade prestar assistência tecnológica às micro e pequenas empresas que queiram se tornar exportadoras ou àquelas que já exportam e desejam melhorar seu desempenho nos mercados externos.
· Programa Sebraetec e SEBRAE Mais
SEBRAE Mais. O Programa SEBRAE de Consultoria Tecnológica (Sebraetec) “é um mecanismo coordenado pelo SEBRAE para permitir que as micro e pequenas empresas e empreendedores possam acessar os conhecimentos existentes no país, por meio de consultorias, visando à elevação do patamar tecnológico da empresa”. O público-alvo do programa é composto de micro e pequenas empresas e empreendedores dos setores da indústria do comércio, de serviços e agropecuário (rural), preferencialmente inseridos em arranjos produtivos, conforme critérios estabelecidos no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas.
 Felizmente existem vários programas do governo brasileiro voltados às micro e pequenas empresas. Com isso, após ter elaborado um bom plano de negócios, o empreendedor pode começar a elaborar sua estratégia para obter os investimentos necessários para dar início às atividades de sua empresa.
Referência:	
Empreendedorismo: transformando ideias em negócios - 7. Ed. / 2018 - (Livros) DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 7. Ed. São Paulo, SP: Empreende; 2018. xvii, 267 p. ISBN 9788566103052.

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