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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CRUZEIRO BRENDA DOS SANTOS SILVA A CONTRIBUIÇÃO DO PEDAGOGO COMO FACILITADOR NAS ORGANIZAÇÕES NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA EMPRESARIAL CRUZEIRO – SP 2018 BRENDA DOS SANTOS SILVA A CONTRIBUIÇÃO DO PEDAGOGO COMO FACILITADOR NAS ORGANIZAÇÕES NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA EMPRESARIAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro, em cumprimento à exigência parcial para Orientação Específica doProf. Esp. Flaviano Marcelino Pereira. CRUZEIRO – SP 2018 BRENDA DOS SANTOS SILVA A CONTRIBUIÇÃO DO PEDAGOGO COMO FACILITADOR NAS ORGANIZAÇÕES NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA EMPRESARIAL Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em _____ de ______________ de 2018, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Pedagogia da Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro, pelos professores: Banca Examinadora: _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ Orientador: Prof. Esp. Flaviano Marcelino Pereira CRUZEIRO-SP 2018 À minha família, pelo carinho e o incentivo, aos meus amigos, pelo companheirismo e os meus mestres, pela paciência e sabedoria. AGRADECIMENTOS À Deus, inteligência suprema, que iluminou o meu caminho durante esta caminhada e possibilitou realizar este trabalho. A meu orientador Prof. Esp. Flaviano Marcelino Pereira, pela: paciência, orientação, apoio e dedicação que me ajudaram a concluir este trabalho. À Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro e ao Diretor Robson Bento Coutinho, pelas inúmeras oportunidades concedidas, sem as quais eu não chegaria até aqui. Aos demais professores, pela amizade e conhecimento compartilhados. Agradeço aos meus familiares e a todos aqueles que me auxiliaram sempre que necessitei. A pedagogia empresarial e, por consequência, o pedagogo empresarial constituem-se em importante contribuição na medida em que, atividades diversificadas e relacionadas ao desenvolvimento dos colaboradores, trazem ao processo produtivo um novo conceito, que é o da aprendizagem no trabalho e não somente para o trabalho. (FARIAS, 2009, p.30) RESUMO Nos dias atuais percebe se que a pedagogia não está apenas relacionada no ambiente escolar, mas também ela vem sendo aplicada em ambientes organizacionais. Para tanto a pesquisa tem por tema a contribuição do pedagogo como facilitador nas organizações na perspectiva da pedagogia empresarial. Será mostrado a importância do pedagogo dentro do ambiente corporativo, além de relatar os benefícios conquistados por este profissional na capacitação dos funcionários. Atualmente as empresas estão adotando a ideia de contratar os pedagogos para atividades auxiliares, pois sua grade de conhecimento tem agregado e muito para a contribuição e desenvolvimento dos funcionários tanto nos processos seletivos quanto na capacitação dos mesmos. Desta forma este profissional gera mudanças e evolução nos funcionários de modo que contribui na vida pessoal e profissional e ajuda no crescimento da empresa. Para a realização deste trabalho foi feito um estudo de pesquisa bibliográfica sobre obras pertinentes ao tema de pedagogia empresarial e teve como foco a atuação do pedagogo na capacitação dos funcionários dentro da organização. Palavras chave: Pedagogia empresarial. Capacitação. Pedagogo. Funcionários. ABSTRACT Nowadays, it is perceived that pedagogy is not only related in the school environment, but also it has been applied in organizational environments. For this the research has as its theme the contribution of the pedagogue as facilitator in the organizations in the perspective of the business pedagogy. It will be shown the importance of the pedagogue within the corporate environment, in addition to reporting the benefits earned by this professional in the training of employees. Nowadays companies are adopting the idea of hiring the pedagogues for auxiliary activities, since their knowledge grid has added a lot to the contribution and development of the employees in both the selective processes and their qualification. In this way this professional generates changes and evolution in the employees so that it contributes in personal and professional life and helps in the growth of the company. For the accomplishment of this work a study of bibliographical research was done on works pertinent to the subject of business pedagogy and had as its focus the pedagogical performance in the training of the employees within the organization. Key words: Business pedagogy. Training. Pedagogist. Staff. SUMARIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................9 1. PEDAGOGIA EMPRESARIAL..............................................................................11 1.1 O CONCEITO DE PEDAGOGIA EMPRESARIAL...............................................11 1.2 O PAPEL DO PEDAGOGO DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES...........................15 1.3 PEDAGOGIA EMPRESARIAL X EDUCAÇÃO CORPORATIVA.........................18 2. GESTÃO DE PESSOAS........................................................................................23 2.1 O CONCEITO DE GESTÃO DE PESSOAS.........................................................23 2.2 O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS....................................26 2.3 O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO POFISSIONAL...................................29 3. CONCEITO DE CAPACITAÇÃO...........................................................................32 3.1 FORMAÇÃO DOS FUNCIONARIOS DENTRO DAS EMPRESAS......................32 3.2 A COMUNICAÇÃO...............................................................................................37 3.3 BENEFICIOS DE CAPACITAÇÃO DOS FUNCIONARIOS..................................41 CONCLUSÃO............................................................................................................44 REFERENCIAS..........................................................................................................45 9 INTRODUÇÃO Nos dias atuais percebe se que a pedagogia não está apenas relacionada no ambiente escolar, mas também ela vem sendo aplicada em ambientes organizacionais. Como afirma Farias (2009, p.30): A pedagogia empresarial e, por consequência, o pedagogo empresarial constituem-se em importante contribuição na medida em que, atividades diversificadas e relacionadas ao desenvolvimento dos colaboradores, trazem ao processo produtivo um novo conceito, que é o da aprendizagem no trabalho e não somente para o trabalho. [...] Desta forma, o pedagogo vem atuando na área de recursos humanos, sendo responsável pela preparação dos funcionários para a necessidade das organizações, utilizando estratégias de gestão de pessoas que possibilita o crescimento profissional para os funcionários das organizações, ajudando o desenvolvimento pessoal. O presente trabalho tem como tema a contribuição do pedagogo como facilitador nas organizações na perspectiva da pedagogia empresarial. A presente investigação, portanto, parte do seguinte problema de pesquisa: De queforma o pedagogo pode auxiliar nas qualificações dos funcionários dentro da empresa atualmente? Aventa-se a hipótese de que atualmente as empresas estão adotando a ideia de contratar os pedagogos para atividades auxiliares, pois sua grade de conhecimento tem agregado e muito para a contribuição e desenvolvimento dos funcionários tanto nos processos seletivos quanto nas atividades complementares. Defende-se, também, que o pedagogo dentro da empresa vive em buscas de metodologias onde garante uma melhor aprendizagem, deste modo, ele acaba conseguindo aprimorar conhecimento tendo em vista como objetivo principal gerar mudanças e evolução de pessoas de modo que contribui na vida pessoal e profissional. O objetivo geral do trabalho é, por conseguinte, mostrar a importância do pedagogo para a capacitação dos Funcionários dentro do ambiente corporativo. Pretende-se, para tanto, descrever a forma de como o pedagogo pode atuar no ambiente empresarial, além de relatar os benefícios conquistados na capacitação dos funcionários. 10 A relevância da pesquisa possui tripla dimensão: cientifica, social, pessoal. No que concerne ao conhecimento cientifico, qualquer estudo que se preocupe em estudar abordagem sobre a contribuição do pedagogo como facilitador nas organizações na perspectiva da pedagogia empresarial ou que ampliem as abordagens já existentes, é pertinente, uma vez que, o papel do pedagogo nas organizações vem cada vez mais ganhando espaço dentro no mercado de trabalho. Em razão das lacunas ainda existentes, em um amplo processo de ensino, a presente pesquisa objetiva contribuir com todos os profissionais da educação e para o ambiente organizacional nos dias atuais, no qual a sociedade e a instituição serão favorecidas. Como a pesquisadora tem afinidade com o tema, por ter formação em Gestão Empresarial. A pesquisa contribuirá com o pedagogo trazendo informações úteis à educação profissional, com intuito também de melhorar o crescimento e a potencialidade dos profissionais e da empresa. Tal convicção deve se ao fato da pesquisadora pretender ampliar-se e aprofundar o seu conhecimento sobre o tema para agregá-lo na sua vida profissional. Como metodologia adotou-se a pesquisa bibliográfica. Além da leitura de livros pertinentes ao objeto de pesquisa, serão consultados documentos disponíveis online, devidamente referenciados na Bibliografia, para assim, começarmos a redação dos capítulos e a conclusão da pesquisa. Fundamentou se a pesquisa em Almeida (2006); Ribeiro (2003) para a fundamentação de pedagogia empresarial e a atuação do pedagogo na empresa; Chiavenato (2004), Iglesias (2001) para questões referentes a recursos humanos e qualificação de funcionários. Estruturalmente, o trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, abordam-se o conceito de pedagogia empresarial o papel do pedagogo dentro das organizações a diferenciação de pedagogia empresarial e educação corporativa. No segundo capítulo, decorre sobre gestão de pessoas, além de conceitualizar o desenvolvimento pessoal e o profissional. Com o terceiro capítulo, exploram se a formação dos funcionários dentro das empresas, treinamento para a rotatividade e os benefícios conquistados na capacitação dos funcionários. Seguem, por fim, as referências e a conclusão. 11 1 PEDAGOGIA EMPRESARIAL As organizações empresariais mudaram desde o século 20 até o presente. Essa mudança é contínua e novos cenários convidam a uma participação mais ativa da pedagogia no meio ambiente dos negócios. No entanto, também é necessário inovar sob a égide da sustentabilidade e ter em mente a realidade social em que a empresa está localizada. As pessoas estão desempenhando um papel ainda mais importante nas organizações empresariais e nas sociedades avançadas. A pedagogia não deve e não pode permanecer a margem, de forma que treinamento, qualificação, capacidade de inovar e relações interpessoais, são as chaves para o desenvolvimento, crescimento e sobrevivência das organizações empresariais. Neste capitulo são examinados os autores Holtz (2006); Almeida (2006); Franco (1995); Robbins (2002); Ribeiro (2003); 1.1 O CONCEITO DE PEDAGOGIA EMPRESARIAL Em empresas tradicionais de natureza piramidal, onde a organização do trabalho em cadeia, seguindo os modelos de Taylor (1911) e Gilbreth (1912) deu origem à organização Científica do Trabalho a avaliação do treinamento em pessoas descritos no parágrafo anterior, como facilitador do aperfeiçoamento pessoal e profissional, não seria possível. A pedagogia do trabalho ou treinamento empresarial tradicionalmente, não teriam outro significado senão, como um desenvolvimento único para aumentar a produtividade e não como um desenvolvimento integral de sua pessoa. Nos modelos tradicionais de produção, onde a quantidade de produção prevalecia, com respeito à qualidade do mesmo, o treinamento foi entendido como um meio para a economia das organizações. Eles perderam suas anotações de individualidade, ética e liberdade para se tornar exclusivamente instrumental, tornando-se "treinamento para a empresa" e não "formação na empresa" (ALMEIDA, 2006, p. 54). Neste modelo, onde o trabalhador caracteriza-se por possuir alto grau de especialização, com habilidades muito limitadas e pouca ou nenhuma participação 12 na tomada de decisão a respeito a uma organização caracterizada por um alto nível de hierarquia vertical, o trabalhador pode ser substituído por outro facilmente. Nos países desenvolvidos, este modelo tradicional tem sido recusado. A pirâmide foi invertida e o cliente está localizado no seu ápice. As ordens das organizações devem orientar-se para modelos de qualidade em que a série de produção são mais curtos e mais diversificados. Estabelece a necessidade de uma maior variedade de produtos para atingir a cota máxima em um mercado caracterizado pela competitividade, globalização e sustentabilidade. O conceito de qualidade assume uma importância especial e procura reduzir a diferença entre o que o cliente espera e o que o serviço ou produto oferece: Além disso, essa inversão da pirâmide implica outras consequências: redução de quase metade dos níveis hierárquicos da organização e seus consequentes aumentos de consultas e interações, bem como maior envolvimento de seus trabalhadores, maior flexibilidade funcional, melhoria do projeto de trabalho, maior mobilidade nas tarefas e um aumento considerável na coordenação horizontal, o que implica uma redução do desempenho de gerentes de nível médio. (HOLTZ, 2006, p. 87). A empresa passa a ser entendida como um organismo vivo em interação com o ambiente que não pode subsistir exclusivamente com a troca de matérias- primas. Deve crescer e desenvolver interação com o meio em que está imerso: a sociedade. Torna-se, portanto, um sistema aberto, onde a coordenação de seus componentes destina-se a um objetivo comum, em que é necessário um elevado nível de coordenação não só verticalmente, como era o caso na empresa tradicional, mas também horizontal. Pode-se ilustrar esse conceito na fabricação de veículos onde aplicava-se as teorias de Taylor. No início do século XX, a redução de custos, controle de tempo e especialização, tudo era orientado para obter a produção máxima em quantidade de veículos de um número de produtos (modelos de veículos). Atualmente, os mesmos veículos, são produzidos com maior velocidade graças às inovações e processos tecnológicos na fabricação. (HOLTZ, 2006, p. 43). As organizações são orientadas para realizarem análises de mercado, para oferecer produtos adequados às preferências dos diferentes segmentos de clientes, para oferecer não apenas um meio de transporte, mas também um produto com design atraente, confiável e seguro, de acordo com o perfil do potencial cliente, que 13 contaminae consome pouco, mas que também é “certeiro”. (FRANCO, 1995, p. 130). O trabalhador no modelo anterior exigia treinamento de natureza instrutiva e instrumental, visando aumentar os níveis de produção. Na atualidade requer uma formação mais diversificada e integral, o que também favorece sua participação e envolvimento na organização. Este panorama coloca a pedagogia do trabalho em uma posição ainda mais protagonista como veículo para melhorar a competitividade e sustentabilidade das organizações empresariais atuais. O treinamento vai de tornar-se uma despesa (organizações tradicionais), tornar-se um investimento necessário. (ALMEIDA, 2006, 54). O treinamento tem desempenhado e desempenha um papel de liderança na economia, no entanto, do ponto de vista pedagógico: “analisa-se questões relacionadas à qualidade e utilidade desta forma: os efeitos que produz as questões abordadas, as metodologias utilizadas, o nível de profissionalização e, especificamente, o papel atual e futuro do trabalho nas organizações empresariais”. Pode-se antecipar isso a formação que não é meramente instrumental, não procura exclusivamente promover a produtividade, mas deve ter metas mais ambiciosas, melhorando a empregabilidade das pessoas pertencentes à organização (dentro e fora dela), abandonando um modelo instrumental para se aproximar de um modelo mais integrador que facilita a sustentabilidade da empresa dentro da sociedade em que está imerso. Políticas de qualidade, tão difundidas nas organizações empresariais no presente desde o seu surgimento na década de 1980 e incentivam a participação ativa de todos os membros da organização. Não só persegue que as pessoas são parte da dita organização, mas também se sentem parte dela tornando-se o principal recurso da organização: Os trabalhadores ocupam um papel mais protagonista e a formação tem caráter mais inclusivo, mais completo e global. Encontra-se em uma sociedade de produção para uma sociedade de mercado onde o trabalho não é apenas salário, mas também favorece a construção de uma identidade pessoal e coletiva. (ALMEIDA, 2006, p. 54). Esta ideia de trabalho nas sociedades desenvolvidas é o mais próximo do paradigma pós-moderno, com uma percepção mais romântica do trabalho, do que 14 para o paradigma da modernidade onde a relação e a necessidade obrigatória de fazê-lo para sobreviver era muito mais tempo. Em qualquer uma das duas situações, o trabalho requer esforço, sacrifício, obrigação entre outros, seria enganoso apontar o oposto. No entanto, nesta nova concepção do trabalho mais romântico, a formação, permanente, desempenha um papel essencial na vida da pessoa como profissional. (FRANCO, 1995, p. 140). Torna-se um veículo para manter ou melhorar suas condições de trabalho e, portanto, sua qualidade de vida. Portanto, a forma deixou de ser quase exclusivamente no início do estágio educacional da pessoa e se torna parte da educação ao longo da vida. Quatro décadas atrás, o final do treinamento necessário para inserir a pessoa ao mercado de trabalho coincidiu com a conclusão de seus estudos. Se esses estudos fossem também secundários ou universitários, sua incorporação ao mercado de trabalho estava praticamente assegurada. (ALMEIDA, 2006, p. 58). Atualmente, obtém-se um grau acadêmico de formação profissional regulamentada, foi relegado a melhorar as possibilidades de empregabilidade. A incorporação no mercado de trabalho e aquisição da experiência atual não garantem altos níveis de empregabilidade. Para manter ou melhorar a empregabilidade, a pessoa deve permanecer culta, a fim de enfrentar as mudanças contínuas: A formação profissional para o emprego torna-se, portanto, o subsistema de educação de adultos, localizado fora da formação regulamentada, mas enquadrando dentro da educação permanente que pressupõe a educação da pessoa ao longo de toda a sua vida. (FRANCO, 1995, p. 142) . Portanto, deve favorecer o pessoal, social, cultural, entre outros. Deve-se deixar para trás a ideia de que só aprendemos na escola e durante a escolaridade. O desenvolvimento da pessoa dentro da empresa também é recíproco. Quando uma organização comercial investe na formação de seus funcionários, melhora a sua competitividade, mas também aumenta o valor de seus trabalhadores no mercado de trabalho. (ROBBINS, 2002, p. 44). Talvez, um sinal dessa mudança seja refletido na nomeação de departamentos de pessoal. Atualmente eles passaram a serem chamados de departamentos de recursos humanos ou fazer parte deles. A gestão de pessoal foi reduzida à gestão burocrática de retribuições. A gestão de pessoas e suas competências tornaram-se mais importante. Deve-se 15 estar ciente de que a experiência de trabalho é um valor crescente no currículo dos profissionais, a empresa deve articular meios para favorecer o grau de adesão do trabalhador à sua organização. 1.2 O PAPEL DO PEDAGOGO DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES No setor de negócios não há dúvidas sobre profissionais com competências adequadas para a área fiscal, contábil ou legislativa, no entanto, questionam-se quais são os profissionais adequados para conceber, avaliar ou gerir a formação de uma empresa, o pedagogo seria timidamente chamado entre eles. Algumas das razões analisadas no capítulo anterior como concentra-se no futuro e nas situações dos profissionais de educação está mudando. O aspecto mais grave da situação não é que a empresa não deve ter uma resposta clara sobre qual é a área do treinamento, mas ainda sim a pergunta é direcionada aos profissionais de educação. (HOLTZ, 2006, p. 48). Atualmente na educação existe uma ideia unânime de que educar-se e é uma tarefa que ocupa toda a vida da pessoa, ensinando temas como a educação na faculdade, educação permanente ou educação de adultos, mas ocasionalmente exclui-se o treinamento em empresas, embora essa seja uma das maneiras de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Esta contradição não está presente nas organizações de reconhecido prestígio. (ALMEIDA, 2006, p. 60). A Unesco expressou na 6ª Conferência Internacional da Educação Adulta realizada em 2009, que a educação de adultos deve abranger toda a sequência que vai da alfabetização básica à formação profissional, desenvolvimento de recursos humanos e formação profissão permanente (Unesco, 2009, p. 5). Outros autores afirmam que o treinamento contínuo é um subsistema dentro da educação de adultos e tudo isso marcado dentro da educação permanente: Considera-se então o treinamento em empresas enquadradas na educação não formal, sendo tão sistemático, organizado e racional quanto é a educação formal. Finalmente, o conceito de treinamento (não apenas treinamento em empresas) está incluído na rede de conceito de educação monológica. O treinamento é definido como onde o conhecimento é organizado e permite usar o conteúdo aprendido com suas próprias ideias, de uma maneira pessoal para como o entendimento do mundo, ou até mesmo de si próprio. (FRANCO, 1995, p. 65). 16 Uma das manifestações mais recentes da atual posição das empresas e outras organizações em relação à sociedade em que desenvolvem suas atividades está refletida nas políticas de Responsabilidade Social de Barragem, na Responsabilidade Corporativa, Responsabilidade Social Corporativa ou na Responsabilidade Social. O fórum especializado constituído por especialistas, empresas e universidades fornece a seguinte definição: A responsabilidade social das empresas é também o cumprimento estrito das obrigações legais em vigor, a integração voluntária em seu governo e na sua estratégia, políticas e procedimentos, de preocupações sociais, e direitos ambientais e respeito pelos direitos humanos que surgem da relação de diálogo transparente e transparente com as partes interessadas, responsabilizando-se consequências e os impactos quederivam de suas ações. (RIBEIRO, 2003, p. 66). A formação na empresa é geralmente integrada de forma a ser reforçada por políticas de qualidade, consideradas como ferramentas para melhoria e promoção para as pessoas, e sujeita a diretrizes da administração, o que favorece sua atuação no que diz respeito à grupos desfavorecidos, tendo em conta que o seu eixo central é a relação entre as pessoas e sua aprendizagem. O treinamento deve ser assumido como uma competição por parte dos profissionais da educação nas organizações. A pedagogia do trabalho pode e deve contribuir muito na melhoria das condições das pessoas que compõem uma organização empresarial e, portanto, a mesma organização e a sociedade em que está imersa, até mesmo para isso se deve ter algumas premissas em mente: não é um desempenho autônomo, mas sim coordenado com a organização empresarial, paralelamente aos planos e interesses estratégicos, e especialmente ligados à área de recursos humanos. Por esta razão, os objetivos devem ser estabelecidos os meios mais adequados para alcançá-los e, finalmente, deve ser submetido a uma avaliação contínua dos resultados obtidos. Para estabelecer objetivos, deve-se ter em mente que a organização de negócios é um sistema aberto e que os objetivos do devem permitir uma maior competitividade e sustentabilidade. (ALMEIDA, 2006, p. 64). As empresas são sistemas abertos que refletem valores sociais crescentes. Ocasionalmente, devido à pressão das administrações, em outros, para fins derivativos lucrativos de campanhas de marketing (de acordo com as taxas de crescimento), e em outros, a fim de melhorar o relacionamento. 17 O treinamento é orientado em paralelo para atingir esses valores em ascensão, embora às vezes possa ser a fonte de interpretações errôneas, derivado da tradicional concepção taylorista da empresa. Um exemplo que pode ser um ilustrador, para refletir a rejeição parcial por alguns profissionais do setor de educação em direção à empresa, são os cursos destinados a lidar com demissões. Nos títulos de cursos relacionados à demissão, a crítica fácil é rápida, ainda mais com posições mais próximas da empresa tradicional. A empresa, "implacável", treina alguns funcionários para demitir outros funcionários. Outra perspectiva, mais realista, uma vez que se analisa o conteúdo e os objetivos dessas ações, e partindo do princípio de que uma organização empresarial é um sistema aberto, que funciona como um ser vivo, portanto, atualmente passando por uma crise, é que, apesar do interesse de qualquer organização em crescer, e às vezes se multiplicam, e devido a circunstâncias externas se sentem ameaçados sendo obrigado a tomar medidas desagradáveis para sobreviver e não desaparecer. Uma das medidas que é finalmente tomada, porque implica na diminuição na organização é demissão. Os objetos dos trabalhadores têm sido objeto de investimento em sua formação pela empresa, na perspectiva de seu cobiçado crescimento. As demissões são procedimentos geralmente são desagradáveis, mas o objetivo dessas ações deve ser evitar a morte definitiva da empresa, e, portanto, a demissão de todos, e não apenas de uma parte. Deve ser feito a partir do menos prejudicial para empregados e funcionários demitidos não dispensados e, para tanto, um grande número de oferta formativa relacionada ao tema do desligamento, coberto por alterações legislativas pela administração. (ALMEIDA, 2006, p. 65). Obviamente, as demissões serão feitas, com ou sem as ações de treinamento que o facilitem, mas recomenda-se que organização saiba como lidar com a ação de demissão. Por outro lado, quanto mais a formação recebeu os empregados demitidos, quanto maior a sua de empregabilidade no mercado de trabalho. O papel do profissional da formação em relação aos tópicos de uma organização corporativa não se limita a selecionar ou desenvolver ações de treinamento focado em um tópico específico, longitudinalmente a sua ação deve facilitar um design personalizado, que permite atender às demandas de treinamento da organização, elaborando para este design específico e em outros casos, adicionar conteúdo transversal. (HOLTZ, 2006, p. 65). Em geral, deve coordenar em uma ação formativa, os aspectos de outras áreas que estão relacionadas e facilitam o desenho de ações específicas não 18 incluídas na oferta de treinamento. Por exemplo, as ações dedicadas às linguagens são geralmente genéricas, mas o desenvolvimento de uma ação específica, para medida, visando atender as necessidades de uma dada posição, sempre será mais apropriado. Ao contrário da educação formal, na educação continuada, as ações devem obedecer a exigências muito exigentes. Os tópicos de treinamento não são tão estáticos nem estão pré-estabelecidos por terceiros. Embora existam demandas e recomendações sobre à Prevenção de Riscos Ocupacionais, Saúde Ocupacional, Igualdade entre outros não há currículo pré-estabelecido por parte da Administração, o conteúdo é editado pelas mesmas empresas, ou empresas de serviço de treinamento especializado muito rapidamente: Em geral, a avaliação é geralmente dicotômica: superada ou não, e uma longa diferença que acentua a necessidade de profissionais da área capazes de desenvolverem ações de formação eficazes em curto prazo para as outras ações. (FRANCO, 1995, p. 150). Refere-se a ações focadas em questões de informação, a necessidade do mesmo no período de três anos, a maioria das ações pode ser diferente a cada ano. Esta particularidade do treinamento contínuo obedece a sua orientação para a permanente atualização das pessoas. 1.3 PEDAGOGIA EMPRESARIAL X EDUCAÇÃO CORPORATIVA O conceito nasceu nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo. É uma modalidade de trabalho que algumas empresas utilizam para realizar uma gestão do conhecimento, alinhada diretamente com os objetivos e estratégias da organização. O conceito de "Educação Corporativa" (EC) é uma tendência crescente. Os primeiros esboços deste aspecto remontam ao início do século XX, quando empresas como General Motors e General Electric desenvolveram programas de treinamento interno para fornecer aos seus trabalhadores as habilidades necessárias para executar sua rotina de trabalho. (ALMEIDA, 2006, p. 70). No entanto, é no final da década de 1980 e início da década de 1990 (especialmente nos Estados Unidos), quando a gestão do conhecimento começa a assumir relevância, as empresas percebem que devem desenvolver educar e 19 reeducar seus colaboradores DE forma permanente (aprendizagem ao longo da vida) e que há um grande desenvolvimento de indústrias completas baseadas em "conhecimento": Desta forma, EC começa a ser concebidas como um processo através do qual as organizações integram ensino/aprendizagem estratégicos, contínuos e orientados para resultados através de toda a força de trabalho. A criação de uma EC é uma estratégia que permite às organizações garantir uma educação contínua correta e oportuna, e que esse treinamento é consistente com os objetivos corporativos. (ALMEIDA, 2006, p. 78). Desta forma, os recursos são otimizados, investindo em aprendizado que realmente impacta a atividade da organização e aumenta a competitividade. A aprendizagem começa a formar uma parte essencial da organização, pois aponta para os conhecimentos, habilidades e atitudes fundamentais que permitirão que todo o pessoal contribua para a realização de planos institucionais estratégicos. Nesse sentido, a EC conecta o aprendizado à estratégia corporativa e alinha todos os processos de aprendizado e desenvolvimento no caminho de alcançar um melhor desempenho. (HOLTZ, 2006, p. 66). Criar uma EC não deve ser visto como um objetivo de uma organização, mas como outra estratégia para ajudar a organização a cumprir sua missão (HOLTZ, 2006, p. 66). Um processo que surge da seguintepergunta: O que os trabalhadores precisam saber para desempenhar adequadamente suas respectivas posições? Existem vários aspectos-chave que devem ser destacados ao definir o que é uma EC: O primeiro, como dito, é um processo. Um processo de aprendizagem concebido como uma estratégia de negócios (ou atividade). É orientado para resultados. Como alcançar melhor os objetivos do negócio ou atividade? Que mudanças devemos começar? Como mostramos seu impacto? (HOLTZ, 2006, p. 66). É permanente. É um processo contínuo. Não é um curso ou uma oficina, não se refere apenas a uma parte do que o funcionário precisa, mas abrange todas as oportunidades necessárias de aprendizado e desenvolvimento. Se sou novo na empresa, que oportunidades tenho para o aprendizado e o desenvolvimento e, igualmente, se não sou novo, que oportunidades tenho para o aprendizado e o desenvolvimento? A EC é voltada para todos os grupos da empresa, toda a sua 20 cadeia de produção e considera tanto as habilidades "soft" (soft) quanto as "hard" de cada posição. Em síntese, uma EC é o processo pelo qual a organização integra a aprendizagem estratégica, permanente e orientada para os resultados da atividade, em toda a sua cadeia de atividade produtiva e mão de obra. Também é pertinente esclarecer o que "não" é uma EC, uma vez que não se trata de Universidades no sentido estrito que geralmente dado: Não é uma universidade como as que são geralmente conhecidas, que são instituições públicas (gestão pública ou privada) que fornecem educação superior. Não requerem autorização dos Ministérios da Educação ou entidades reguladoras do sistema educacional; Não é uma instituição educacional formalmente constituída; Não ensina graus oficialmente reconhecidos. Se o fizerem, sempre de acordo com as universidades tradicionais. (FRANCO, 1995, p. 69). Aqui também é necessário esclarecer que algumas organizações usam o termo EC de forma incorreta, apenas para nomear o departamento ou área de treinamento, que por sua vez depende da gestão de Recursos Humanos. Justifica-se falar em EC quando existe um comprometimento real com o treinamento contínuo, a estratégia da organização e os resultados. É um conceito que vai além das funções operacionais de Recursos Humanos, é instalado como uma questão estratégica na agenda do CEO, o número um na organização. (ALMEIDA, 2006, p. 80). A Universidade Corporativa permite que o conhecimento tácito se torne explícito, o conhecimento se torne organizacional, as melhores práticas sejam determinadas e compartilhadas, é inquestionavelmente uma ferramenta que permite que a organização se torne uma organização que aprende. Holtz (2006, p. 99) elenca os destinatários da oferta de educação continuada da EC: Principalmente pessoal da empresa, desde a alta administração, gerências, gerentes intermediários até os cargos mais operacionais.; Organizações ou indivíduos na cadeia de valor da organização: fornecedores, contratados, distribuidores, representantes, franqueados e até mesmo clientes; 21 Também é possível alinhar as ações de UC com a política de Responsabilidade Social Corporativa da empresa e oferecer treinamento aos familiares de funcionários, associações civis e outras ONGs ligadas à empresa, etc. De modo que se elenca os passos que devem ser seguidos para implementar e sustentar com sucesso uma universidade corporativa: 1.Formação de um corpo diretivo que estabeleça e defenda os compromissos institucionais da empresa ou organização em relação ao projeto. 2. O plano de ações da EC é formulado com base nos objetivos da organização. A EC alinhada e a serviço dos objetivos da empresa. 3. A organização deve ter um diagnóstico claro sobre a situação atual das competências de todas as pessoas da empresa, identificando as competências ideais exigidas para cada trabalho e em que medida as diferenças são observadas em relação a conhecimentos, habilidades e habilidades e atitudes observadas em cada indivíduo; 4. Determinação das audiências que serão usuários dos serviços da UC. Neste ponto também considerando a possibilidade de atingir clientes, fornecedores e familiares de funcionários; 5. Elaboração de um orçamento com horizonte a curto, médio e longo prazo; 6. Elaboração de processos (e procedimentos) para projetar, validar e autorizar a criação de serviços (cursos, workshops, seminários, programas de e-learning, etc.) a serem implementados na população-alvo; 7. A organização deve selecionar em que universidade tradicional se apoiar para os processos que não são característicos de sua atividade normal. Outros consultores ou provedores de treinamento também podem ser incorporados como parceiros estratégicos; 8. Determinação dos recursos humanos, físicos e tecnológicos com os quais a EC contará; 9. Além disso, um sistema de medição deve ser desenvolvido para permitir que a organização monitore continuamente a qualidade dos programas e o progresso no alcance dos objetivos estratégicos; 10. Finalmente, o corpo diretivo comunicará de maneira constante e contundente a visão da UC. Um alto compromisso com o projeto é desejável em todos os estratos da organização. Todas as partes interessadas devem estar cientes da missão, objetivos e "produtos" da EC. (FRANCO, 1995, p. 78). O aspecto chave na definição da EC é seu foco nas prioridades e objetivos organizacionais, como um conceito que supera a abordagem tradicional de treinamento e desenvolvimento que tende a cobrir apenas as necessidades individuais. A EC deve desenvolver o conhecimento necessário para oferecer cursos e experiências de aprendizagem alinhadas com a cultura de sua organização matriz. Por sua vez, a EC deve apoiar ambiciosos projetos de mudança estratégica, fazer esforços para criar e transformar a aprendizagem individual no conhecimento 22 organizacional e talvez o papel mais desafiador seja preparar a organização para navegar nas mudanças e superar os desafios do futuro. Enquanto a EC está a serviço de abordar problemas individuais de aprendizagem, mas fundamentalmente acompanhar a evolução do conhecimento (que constantemente sofre mutação) necessário para que as organizações como um todo se adaptem e se desenvolvam em ambientes cada vez mais competitivos e em constante mudança. 23 2 GESTÃO DE PESSOAS O presente capítulo visa apresentar as fundamentações teóricas acerca da gestão de pessoas. Os Recursos Humanos (RH) é uma das áreas mais importantes da organização, pois cuida do capital mais significativo da empresa: o capital humano. Inicialmente esse departamento estava encarregado apenas das funções de administração de pessoas, ou seja, com foco nas atividades burocráticas do setor, mas com o passar do tempo e com a centralização das pessoas como parte fundamental para o sucesso organizacional o RH tem gradualmente assumido funções de relacionar-se com a missão do pessoal. Ou seja, o departamento de recursos humanos tem assumido cada vez mais o papel de precursor do sucesso organizacional. O presente capítulo contou com as obras de Alves (2012); Cânedo (2000); Chiavenato (2004); Iglesias (2001); Lacombe (2005); Lessa (2004); Murrel (2017); Martinez (2002). 2.1 O CONCEITO DE GESTÃO DE PESSOAS No século XIX, surgiu o chamado "departamento de bem-estar social", considerado o antecessor dos atuais departamentos de recursos humanos, cuja principal função era garantir certas necessidades dos trabalhadores; como habitação, educação e atendimento médico, bem como a melhoria das condições de trabalho. Através do aparecimento da administração científica de Frederick Taylor, foi demonstrado que o estudo científico e sistemático do trabalho poderia levar a melhorias na eficiência e eficácia do pessoal. (IGLESIAS, 2001, p. 32). A necessidadede proceder a especializações e melhores formações foram demonstradas graças às contribuições da escola científica de administração e isso, por sua vez, levou à criação de mais departamentos de pessoal, apesar de Taylor e Henry Fayol terem sido percussionistas da escola de administração científica, considerava-se o setor de recursos humanos como mais uma parte das máquinas. No final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) à Grande Depressão (1930- 1938), os departamentos de pessoal desempenharam papéis cada vez mais 24 importantes. Uma atenção crescente foi dada às necessidades dos funcionários da fábrica de Hawthorne da General Eastern Electric durante esse período: Havia um grande descontentamento entre os 30.000 trabalhadores das fábricas de Hawthorne, em Chicago, no início dos anos 20 do século passado. Isso era algo peculiar, porque essa fábrica de peças de telefone já agia de maneira extremamente progressiva em relação aos seus funcionários (por meio de pensões e auxílio-doença), algo que era quase impensável nesse período. (CÂNEDO, 2000, p. 87). Outros sim, a importância das necessidades de pessoal foi tornada ainda mais relevante pelos resultados dos estudos realizados. Elton Mayo e seus assistentes, incluindo Fritz Roetlishberger, conduziram pesquisas sobre mudanças nas condições de trabalho. Eles experimentaram a luz, a duração dos intervalos e as horas de trabalho. Um grupo de mulheres foi exposto a mais ou menos luz. (LESSA, 2013, p. 32). Descobriu-se que, independentemente da quantidade e duração da iluminação, isso tinha um efeito positivo em seus desempenhos. O mesmo aconteceu nos períodos de descanso: intervalos mais curtos ou mais longos levaram a um aumento na produtividade do trabalho. A conclusão tirada da pesquisa de Hawthorne foi que dar atenção aos funcionários resultou em melhor desempenho. O grupo de trabalhadores envolvidos na busca sentiu suas vozes ouvidas e experimentou um sentimento de maior liberdade pessoal. Os trabalhadores ficaram satisfeitos com a solicitação de assistência, que acreditavam ter levado a um maior desempenho no trabalho. (CÂNEDO, 2000. p. 98). Além disso, durante o estudo, altos funcionários visitaram regularmente o local de trabalho, fazendo com que os trabalhadores se sintam pertencentes a um determinado grupo de elite. Essa atenção pessoal estimulou o grupo a trabalhar ainda mais juntos e dar tudo de si para a organização. “A colaboração em um grupo informal é também um dos principais aspectos da Teoria das Relações Humanas”. (LESSA, 2013, p. 40). Conclui-se que as necessidades dos trabalhadores eram muitas vezes baseadas no sentimento (pertencentes a um grupo e, portanto, com um senso de valor) e que isso poderia levar a conflitos com os gerentes, que focavam principalmente na redução de custos e eficiência. E assim ele chegou às seguintes https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=en&sp=nmt4&u=https://www.toolshero.com/toolsheroes/elton-mayo/&xid=17259,1500004,15700002,15700022,15700124,15700149,15700186,15700191,15700201&usg=ALkJrhgknIUsnzleOTUxpC_XITNiCVa41A https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=en&sp=nmt4&u=https://en.wikipedia.org/wiki/Fritz_Roethlisberger&xid=17259,1500004,15700002,15700022,15700124,15700149,15700186,15700191,15700201&usg=ALkJrhgQIslE0cOqRPHOKNCbgI28CovaUw 25 conclusões finais (LESSA 2013, p. 43): Funcionários individuais devem ser vistos como membros de um grupo; Salário e boas condições de trabalho são menos importantes para os funcionários e um sentimento de pertencer a um grupo; Grupos informais no local de trabalho têm uma forte influência sobre o comportamento dos empregados no referido grupo; Os gerentes devem levar a sério as necessidades sociais, como pertencer a um grupo (informal). Tais conclusões, que hoje parecem elementares, tiveram um efeito profundo e duradouro na administração do pessoal. A Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial forçaram as pessoas a se concentrarem em diferentes áreas, mas prepararam o campo para mais progresso: A Grande Depressão produziu uma crise de credibilidade na capacidade das empresas privadas atenderem às necessidades sociais e o público recorreu ao setor oficial. Os governos da época implementaram políticas de indenização por desemprego, salário mínimo previdenciário e até garantia do direito de formar sindicatos. (IGLESIAS, 2011, p. 76). A risca interpretativa, os governos fizeram esforços para melhorar as condições de segurança e estabilidade e, em muitos casos surgiram medidas legislativas que obrigaram as empresas a cumprir certas disposições. A partir dos anos da Grande Depressão, organizações de todos os tipos viram a necessidade de considerar objetivos sociais de uma forma totalitária e isto reforçou a necessidade de departamentos de pessoal. “Em alguns casos estes departamentos foram encarregados da função para interagir com as uniões cada vez mais poderosas” (LACOMBE, 2005, p. 72). O crescimento em grande escala obtido pelos sindicatos durante o período forçou as organizações a mudarem suas políticas de paternalismo por abordagens administrativas proativas, que levaram em conta as aspirações e demandas dos empregados. O termo "Relações Industriais" foi cunhado durante o período, para refletir as atividades de interação realizadas pelo departamento de pessoal. No final da Segunda Guerra Mundial, o mundo do trabalho foi afetado por mudanças muito profundas. A economia de guerra atingiu níveis muito elevados de eficiência em ambos os campos combatentes, graças aos múltiplos avanços alcançados em grande parte pela pressão da guerra. 26 “As técnicas de seleção de pessoal, design e descrição de posições e os estudos de tempos e movimentos, entre muitos outros, foram aperfeiçoados” (LACOMBE, 2005, p. 70). Por essa razão, no final do conflito, os departamentos de pessoal enfrentaram tarefas e responsabilidades muito mais complexas do que durante o conflito armado. Através dessas figuras e seus movimentos, é possível perceber uma evolução do conceito de recursos humanos em favor da humanização, em que o fator humano é fundamental no trabalho. Mais que fundamental, pode-se dizer que é o principal, de fato se sabe que atualmente, na era do conhecimento, o fator estratégico não é mais maquinário ou tecnologia, como eram na era industrial (1ª e 2ª Revolução Industrial, respectivamente), mas o capital humano, único para gerar inovação e diferenciação entre algumas empresas e outras: Por todo o exposto, configura-se que os recursos humanos são as pessoas com as quais uma organização (com ou sem fins lucrativos, e de qualquer tipo de associação) tem que desenvolver e executar corretamente as ações, atividades, tarefas e tarefas que devem ser realizadas e que foram solicitadas a essas pessoas. (MURREL, 2017, p. 108). As pessoas são a parte fundamental de uma organização e, juntamente com recursos materiais e econômicos, compõem o "tudo" de que a organização precisa. 2.2 O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS Desenvolvimento Pessoal, também conhecido como melhoria pessoal, crescimento pessoal, mudança pessoal ou desenvolvimento humano, é um processo de transformação através do qual uma pessoa adota novas ideias ou formas de pensar (crenças), que lhe permitem gerar novos comportamentos e atitudes, eles resultam em uma melhoria de sua qualidade de vida. Ter elementos para decidir se deve ou não iniciar um processo para o desenvolvimento pessoal, é preciso ter consciência de que a qualidade de vida que se tem hoje é fruto dos pensamentos e atitudes mantidos até hoje, gerados pelas crenças que foram inculcadas, principalmente pelos pais ou parentes próximos. https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=es&sp=nmt4&u=https://poderpersonalmexico.com/por-que-es-importante-el-desarrollo-personal.html&xid=17259,15700021,15700124,15700149,15700186,15700191,15700201,15700237&usg=ALkJrhgX5XyIOKZc_OQUp1Hq5EB9HCtjrw27 Consequentemente, manter as mesmas crenças gerará os mesmos pensamentos e atitudes, que por sua vez continuarão a gerar os mesmos resultados que temos agora, dentro de 1, 5, 10 ou mais anos, como Albert Einstein (1972, p. 8) disse: “Se você continuar fazendo coisas como você sempre fez você obterá os mesmos resultados”. Infelizmente, se não prestar atenção às crenças mantidas, que por definição são inconscientes e porque se vive em um mundo em constante mudança, chegará um momento de enfrentar situações difíceis durante a vida. Nesse momento, a mudança será a única opção. (MURREL, 2017, p. 78). Para aqueles que decidiram assumir o risco de fazer algo diferente, que lhes permite recuperar seu poder pessoal e melhorar sua qualidade de vida, as sessões de treinamento são, sem dúvida, sua melhor alternativa. Nestas sessões de Personal Coaching, são utilizadas técnicas de Programação Neurolinguística (PNL), Motivação e Gestalt Terapia, através das quais os participantes são guiados em um processo de autoconhecimento, com resultados surpreendentes: O desenvolvimento pessoal inclui atividades que melhoram a conscientização e identidade, promovem o desenvolvimento de habilidades, potencial, contribuem para a construção de capital humano e facilitam a empregabilidade, melhoram a qualidade de vida e contribuem para a realização de sonhos e aspirações. (IGLESIAS, 2001, p. 98). O conceito não se limita à autoajuda, mas também inclui atividades formais e informais para o desenvolvimento de outros em papéis como professores, guia, conselheiro, administrador, conselheiro vocacional ou mentor. Quando o desenvolvimento pessoal ocorre no contexto das instituições, ele se refere aos métodos, programas, ferramentas, técnicas e sistemas de avaliação que apoiam o desenvolvimento humano no nível individual nas organizações. O desenvolvimento pessoal é entendido como um crescimento cognitivo e em termos de habilidades, o que é observado através de comportamentos (envolvendo o modo de falar, o modo de lidar com as reuniões, o modo de abordar as circunstâncias). (MURREL, 2017, p. 102). Em certo sentido, é ser um mestre de si mesmo e, consequentemente, ser um ser humano melhor, ter consciência e percepção dos próprios bloqueios e limitações, e superá-los por si mesmo, com o poder da consciência e da mente. https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=es&sp=nmt4&u=http://poderpersonalmexico.com/la-magia-del-coaching-personal.html&xid=17259,15700021,15700124,15700149,15700186,15700191,15700201,15700237&usg=ALkJrhgg7TGWTs5DPp-KG42UfOOpvTnU2w 28 Pela autodescoberta, começa-se a administrar os recursos de maneira mais consciente. Investir tempo naquilo que é útil para o crescimento interior e para o próprio bem-estar e para o ambiente. Administrar no plano da mente humana envolve envolver o desenvolvimento de funções mentais em favor de realizações e conquistas positivas: Fundamentação; Análise; Lógica Captura de informação sensorial; Determinação nas eleições; Saber diferenciar entre o conveniente e o errado (nos aspectos conscientes). Nem negligenciam nem ignoram completamente os aspectos inconscientes, pois constituem 90% do comportamento de cada pessoa, memória profunda, controle e funcionamento adequado das funções orgânicas, intuição, automatismos. (MURREL, 2017, p. 98). O desenvolvimento pessoal nesta dimensão refere-se ao compromisso (força interior) que é constantemente modificado ao longo da vida de cada pessoa, e de onde os objetivos pessoais são direcionados e intensificados. Buscando uma melhor qualidade de vida, tanto no presente como no futuro, fornecer segurança material e operacional nos permitirá alcançar e desfrutar de certos prazeres e, ao mesmo tempo, estar preparados para quaisquer imprevistos ou contratempos. O caminho que as pessoas geralmente escolhem para viajar, como uma metodologia de aprendizado nesse estágio, é a educação financeira: Nesta dimensão, liga-se a relação entre as pessoas e as formas de comunicar emocionalmente. O que se considera, a partir desse nível de consciência, é se relacionar com pessoas com as quais se sinta confortáveis e que motivem e impulsionem a atingir objetivos positivos, gerando assim uma sinergia para que isso se reflita em todo o grupo, em um reforço de todos para um e de um para todos. (IGLESIAS, 2001, p. 100). É quando se permite a análise de todas as questões experienciais que envolvem, para obter uma percepção de quais delas estão em déficit, ou para determinar onde estão os desafios, a fim de determinar o que deve ser alterado e o que se pode fazer para obter resultados diferentes e mais bem-sucedidos. Um recurso fundamental nesse estágio é a comunicação interpessoal. A partir desse nível de consciência, nos concentramos na transmissão de ditos e pensamentos, desde que atinjam os objetivos desejados. https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=es&sp=nmt4&u=https://es.wikipedia.org/w/index.php%3Ftitle%3DAdministraci%25C3%25B3n_del_tiempo%26action%3Dedit%26redlink%3D1&xid=17259,15700021,15700124,15700149,15700186,15700191,15700201,15700237&usg=ALkJrhjJDgcP7AVpIqa1BGTyB9r8tdmJ1w 29 O sucesso na comunicação não dependerá do modo como a mensagem é transmitida pelo ator, mas da compreensão dessa mensagem pelo interlocutor a quem a mensagem é endereçada. É por isso que, neste estágio, é essencial treinar a escuta e a inteligência emocional. Nesta dimensão, o indivíduo pensa e age focado na inteligência espacial. Procurando ser inovador em pequenas ações diárias. Atua bem em atividades de organização, administração e execução, incluindo principalmente geração de riqueza, transformação de conhecimento, aplicação de novos procedimentos e / ou direcionamento de novos produtos ou serviços. Neste caso, ele valoriza o marketing pessoal: Baseado na escravização atributos e características, inclusive em sua complexa estrutura física, intelectual e / ou espiritual. Isso visa permitir o pleno uso das capacidades e potencialidades humanas, tanto na área profissional como ocupacional, como na vida pessoal. (LESSA, 2013, p. 32). Nesta dimensão, torna-se consciente de sua produtividade, a relação entre o que é produzido e os fatores e insumos de produção que foram utilizados, uma relação que é medida como medida deve ser o maior possível. Essa dimensão corresponde à instância do desenvolvimento profissional, integrar a aprendizagem nos aspectos físico, mental, psicológico e emocional, além das necessárias e convenientes relações sociais com a família, amigos e colegas de estudo e trabalho sem negligenciar a saúde, o poder de compra (liquidez) e outras questões da vida em sociedade que são típicas das instâncias anteriores. Nesse estágio, o ser humano não é mais concebido como um indivíduo, mas se registra como parte ativa de um sistema em constante movimento. (IGLESIAS, 2001, p. 105). Da liderança e comunicação assertiva, essa dimensão corresponde à instância do desenvolvimento social. Do aspecto pessoal refere-se à capacidade expressa pelo líder para motivar e influenciar os líderes, de forma positiva e ética, a contribuir voluntariamente e com entusiasmo, para alcançar os objetivos da equipe e / ou organização. Para isso, concentra-se no desenvolvimento de competências de liderança genéricas e específicas. https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=es&sp=nmt4&u=https://es.wikipedia.org/wiki/Marketing_personal&xid=17259,15700021,15700124,15700149,15700186,15700191,15700201,15700237&usg=ALkJrhg5Z3yyiLXsFZw4kjUSfFsFT4E-fw 30 2.3 O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL Com o "desenvolvimento profissional", os profissionais procuram referir-seao crescimento e à auto realização, para atingir esse objetivo que algum dia foram criados como futuros profissionais. Um trabalhador desenvolvido é aquele que consegue atingir um nível ideal de conhecimento necessário para desempenhar na área de interesse. Este conceito inclui diferentes aspectos, como o planejamento de carreira, a escolha da vocação e a incorporação de novos conhecimentos que serão úteis para o acesso a maiores oportunidades de emprego que lhe permitam crescer em sua carreira: Todos esses aspectos dependem de alguma forma, de qualidades pessoais como atitude, insistência, proatividade e luta para melhorar. Embora esteja especificamente ligado à carreira profissional, este é um conceito que se forma ao longo da vida, à medida que a aprendizagem para o futuro profissional ocorre desde os primeiros estágios da infância. (IGLESIAS, 2001, p. 105). Portanto, pode-se dizer que o desenvolvimento profissional está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento pessoal e que, de algum modo, esses conceitos são retroalimentados. Existem características pessoais que podem ajudar uma pessoa a ser um profissional melhor, como: Valores; Constance; Humildade; Compromisso; Otimismo; Organização. Mas também existem competências profissionais que favorecem o desenvolvimento pessoal: Flexibilidade; Iniciativa; Habilidades de liderança; Facilidade de relacionamento; Gerenciamento correto do tempo; Capacidade de trabalhar em equipe. Para ser um profissional melhor, é importante trabalhar todos os dias, estabelecer metas e encontrar maneiras de nos ajudar a alcançá-las. É impossível mencionar um segredo universal para alcançar o desenvolvimento, porque cada profissional pode ter um conceito diferente sobre o que significa ser um profissional desenvolvido, mas, de qualquer forma, se pode dar-lhe algumas dicas com as quais alcançar esse objetivo será mais fácil de acordo com Murrel (2017, p. 193): Definir um objetivo: precisa ter uma visão clara da carreira que deseja seguir e do que deseja alcançar. Qual posição que se quer alcançar? Em qual empresa se 31 quer trabalhar? Qual é o nível ideal de treinamento para si? Onde se quer estar daqui a 10 anos? Incentiva-se a se perguntar, a responder e depois a trabalhar para alcançar essas respostas. Observar e aprender: certamente encontrará alguma referência com a qual gostaria de se parecer ou com a qual gostaria de ser comparado. Se não a tem, é hora de procurar um e observar o que ele faz, não o imitar, mas entendê-lo e projetar sua própria estratégia. Ter disciplina: nada vai acontecer durante a noite, se você quiser crescer você deve primeiro aprender a esperar e ser constante. Procure um novo curso sempre que puder, planeje cada passo e siga-o literalmente como se fosse o melhor dos soldados. Foco: seja uma área de trabalho ou uma habilidade específica, o foco é uma excelente ideia para destacar. Não se pode ser o melhor em tudo, mas pode melhorar algumas áreas pouco a pouco; Apostar na diversidade: o mais razoável é que um empresário pense em aperfeiçoar suas habilidades discursivas, e mesmo que seja um plano coerente, é um pouco pobre, porque nunca sabe o que pode acontecer. Se por algum motivo os turnos de vida determinarem que, no futuro, seu escopo de desempenho será outro, precisará de outro tipo de habilidades, por isso, o melhor é que desde o início se certifique de que está qualificado para as mudanças; Tornar-se um líder: embora não possa ser diretamente associado ao desenvolvimento profissional e à liderança, a realidade mostra que os líderes mais destacados do mundo têm perfis profissionais altamente desenvolvidos. Portanto, aprender a ser um líder parece ser uma excelente opção. Para isso, é importante desenvolver carisma, habilidades de comunicação, gerenciamento de tempo e capacidade de liderar equipes que lidam com pessoas diferentes. 32 3 CONCEITO DE CAPACITAÇÃO O presente capítulo visa apresentar as fundamentações teóricas acerca da capacitação humana nas organizações. A qualificação dos colaboradores e funcionários de uma empresa envolve tanto os profissionais que exercem os cargos da diretoria, gerência e supervisão, como também os funcionários da área de atendimento, e até de limpeza. O Treinamento de deles, na maioria das vezes, é um serviço terceirizado prestado por uma consultora especializada em treinar pessoas. O presente capítulo contou com as obras de: Alves (2012); Cânedo (2000); Chiavenato (2004); Iglesias (2001); Lacombe (2005); Lessa (2004); Murrel (2017); Martinez (2002). 3.1 FORMAÇÃO DO FUNCIONARIO DENTRO DAS EMPRESAS A formação profissional é uma das iniciativas mais importantes dentro de uma empresa, mas, infelizmente, uma das mais rejeitadas pelos gestores. O treinamento no trabalho é tão necessário para um indivíduo quanto a sua preparação acadêmica. Graças ao treinamento profissional, o indivíduo não apenas aprende ferramentas úteis para desenvolver bem seu trabalho, mas também o ajuda a ser um indivíduo melhor e a desenvolver suas habilidades. Evidentemente, o treinamento no trabalho significa um custo que, dependendo da sua concentração, poderia ser um investimento significativo de tempo e, obviamente, de dinheiro. No entanto, a palavra chave aqui não é "investimento", mas a recuperação, já que o treinamento de trabalho irá beneficiá-lo a curto ou longo prazo, dependendo da frequência e do objetivo estabelecidos. O treinamento deve ser oferecido dentro de uma empresa por três motivos, o primeiro deles é a produtividade: Há líderes empresariais que prestam mais atenção na contratação de novos funcionários do que no treinamento de funcionários atuais, pois acham que é perda de tempo. No entanto, o fato de uma empresa investir em um bom departamento de gestão humana, não significa que todos os indivíduos contratados sejam produtivos e atinjam os objetivos da empresa. (FRANÇA, 2006, p. 154). 33 Ou seja, uma empresa poderia estar gastando dinheiro desnecessariamente na contratação, quando poderia estar investindo na melhoria da produtividade utilizando os recursos que já possui, neste caso, os atuais funcionários. O segundo, a conservação dos empregados, é tido como um dos benefícios que os candidatos mais examinam quando se candidatam a um emprego é a oportunidade de treinamento ou assistência educacional. Bons candidatos não só exigem um salário, eles procuram uma carreira dentro da empresa; “Para eles, é essencial receber o treinamento adequado que os ajuda a se desenvolver profissionalmente”. (BALCAO; CORDEIRO, 2009, p. 70). Satisfazer a necessidade do funcionário, nessa área, ajuda a conservá-lo dentro da empresa e a conquistar sua fidelidade. Um funcionário que recebe treinamento profissional está disposto a assumir seu papel com uma atitude melhor e maior responsabilidade, porque se sente confiante em possuir as habilidades necessárias para cumprir seu papel com menos supervisão. (ALVES, 2012, p. 32). O treinamento profissional não apenas ajuda a melhorar a produção ou a retenção de funcionários, mas também contribui para a definição dos objetivos de um indivíduo e seu desenvolvimento profissional e pessoal. Como os funcionários recebem treinamento, não apenas de acordo com o tipo de trabalho que fazem, sua autoestima está funcionando. O desenvolvimento organizacional é o uso de recursos organizacionais para melhorar a eficiência e expandir a produtividade. Ele pode ser usado para resolver problemas dentro da organização ou como uma maneira de analisar um processo e encontrar uma maneira mais eficiente de fazer isso. Implementar o desenvolvimento organizacional requer um investimento de tempo e dinheiro. Mas quando se entende sua importância, se pode justificar os custos. O processo de desenvolvimento organizacional identifica áreas dasoperações da empresa onde é necessária uma mudança: Cada necessidade é analisada e os efeitos potenciais são projetados em um plano de gerenciamento de mudanças. O plano explica as maneiras específicas em que a mudança irá melhorar as operações da empresa, que serão afetadas pela mudança e como ela será eficientemente estendida aos funcionários. (BALCAO; CORDEIRO, 2009, p. 78). 34 Sem o desenvolvimento organizacional como parte do gerenciamento de mudanças, uma empresa lutaria para desenvolver programas eficazes de gerenciamento de mudanças. Os avaliadores analisam o processo ou os processos duplicados que podem ser combinados para obter maior eficiência e desenvolvem e implementam planos detalhados sobre como melhorar os métodos da empresa. (ALVES, 2012, p. 87). A inovação de produtos requer a análise de vários tipos de informações para obter sucesso. O desenvolvimento organizacional é essencial para a inovação de produtos, pois pode ajudar a analisar cada elemento do desenvolvimento do produto e criar um método para usá-lo efetivamente. Alguns dos processos que se reúnem no desenvolvimento organizacional para auxiliar na inovação de produtos são análises competitivas, desenvolvimento tecnológico, preferências do consumidor, pesquisa de mercado alvo, análise de capacidades de fabricação, patentes e marcas registradas. A rotatividade de pessoal não afeta apenas o seu negócio e o desempenho de seus funcionários, mas também influencia a cultura da empresa e até mesmo sua marca empregadora. (FRANÇA, 2006, p. 32). Existem dois tipos de rotatividade de pessoal e que cada um deles pode ter suas próprias causas. A primeira a rotação do pessoal voluntário ocorre quando o trabalhador deixa a posição voluntariamente. Isso pode acontecer porque o indivíduo encontrou outra posição mais alta ou simplesmente outra posição que o convence mais. É muito importante analisar as causas para saber se algo não está funcionando como deveria na empresa; seja a compatibilidade da equipe, a cultura da empresa, os benefícios oferecidos aos funcionários e assim por diante: Muitas das causas da rotação do pessoal voluntário têm a ver com a imagem que a empresa dá aos seus funcionários. Quando os trabalhadores estão felizes com o dia a dia, eles se sentem valorizados e fazem os trabalhos que são assumidos por sua posição, há menos chance de eles irem para outra empresa. (ALVES, 2012, p. 109). Portanto, ao detectar que alguns funcionários decidem aproveitar outra oportunidade ou parar de trabalhar diretamente na empresa, é hora de averiguar qual é o problema e pensar em uma solução para manter seus funcionários leais. Deve-se levar em conta se é um problema de raiz, como a contratação de 35 pessoas que não são adequadas para a sua organização, que não compartilham os mesmos valores ou não são motivadas pelo propósito da empresa. O desenvolvimento organizacional é uma ferramenta importante na gestão e planejamento do crescimento corporativo. Uma análise de desenvolvimento organizacional reúne projeções de vendas e demandas do consumidor para ajudar a determinar a taxa de crescimento da empresa. Essas informações são usadas para alterar o plano de negócios da empresa e planejar a expansão e o uso de recursos, como pessoal e rede de distribuição, para acomodar o crescimento futuro. Quando uma empresa está envolvida em um desenvolvimento organizacional, analisa os processos de trabalho para eficiência e precisão. Todas as medidas de controle de qualidade necessárias para atingir os padrões da empresa são postas em prática. O segundo caso, a rotação de pessoal involuntário, é aquela onde é dado sem a iniciativa do próprio trabalhador, mas da empresa. Isso pode acontecer por meio de uma reestruturação da força de trabalho ou por meio de uma avaliação desfavorável de seu trabalho, mas não é uma decisão do próprio trabalhador. Também é importante analisar esse tipo de rotação porque pode estar indicando que se têm problemas no modelo ou nos processos de seleção. (BALCAO; CORDEIRO, 2009, p. 43). Ao analisar as causas do progresso do talento em sua empresa, deve analisar cada caso específico, mas também deve analisar alguns aspectos essenciais de sua empresa que possam estar por trás dessa rotação. Estas são algumas das causas mais comuns: Má supervisão do trabalho; um mau clima de trabalho; O objetivo da empresa não se encaixa; A falta de crescimento pessoal e profissional; um salário justo; um processo de seleção inadequado; as consequências de uma alta rotatividade: A produtividade da empresa pode ser afetada pela rotação de tarefas de diferentes maneiras. Por exemplo, o fato de uma pessoa deixar a empresa envolve a abertura de um processo de seleção para encontrar a pessoa ideal para sua posição. Esse processo pode levar dias, semanas ou até meses, dependendo da eficiência de sua estratégia de recrutamento e, portanto, o ritmo de trabalho pode diminuir. (ALVES, 2012, p. 87). Além disso, a pessoa que ocupa a posição terá que praticar e aprender a dinâmica, portanto, dependendo de suas tarefas, isso reduzirá a produtividade 36 durante os primeiros dias de sua incorporação. Portanto, é muito importante manter os funcionários leais e evitar mudanças drásticas na produtividade. A rotatividade de pessoal não afeta apenas a empresa como um negócio, mas também deixa uma marca nos funcionários quando perdem um de seus colegas. Imagine como uma equipe permanece coxo quando falta um de seus membros e como será difícil voltar ao ritmo e ao ambiente de trabalho anterior. Além disso, também afeta como os trabalhadores percebem a cultura da empresa. (BALCAO; CORDEIRO, 2009, p. 44). Os custos de uma alta rotatividade podem ser muito altos, e isso é um problema para qualquer empresa. Tenha em mente que não há apenas o custo de uma possível demissão no caso de rotação involuntária, mas de um novo processo de seleção e um novo treinamento para o trabalhador. Além disso, se o treinamento é realizado por outro trabalhador com mais experiência, devemos unir a diminuição na produtividade deste, ou seja, o custo de oportunidade associado. (LESSA, 2013, p. 43). O índice de rotatividade de pessoal mede a relação entre as pessoas que entram na equipe e as que saem. Ou seja, o percentual de acréscimos e perdas em relação ao número de funcionários em um determinado período. Uma empresa há 200 trabalhadores, e que no ano passado 20 novas pessoas aderiram e 10 saíram. A taxa de rotatividade de pessoal seria (20-10) / 200) * 100. Isso dá 5%. Alves (2012, p. 55) diz que os resultados podem ser interpretados como: O índice baixo poderá identificar que está fazendo um ótimo trabalho de lealdade com os funcionários ou que o modelo está "estagnado". Se for muito baixo ou diretamente 0%, deve pensar que atrair e contratar novas pessoas dará um novo ar à sua empresa e à sua equipe. E o alto índice, se o efeito é o oposto, as consequências citadas antes como perda de produtividade ou aumento de custos, podem ocorrer e isso pode ser um problema para a empresa e para a equipe. A chave é a gestão eficiente dos processos de seleção. É importante contratar o candidato ideal e evitar que a seleção de perfis seja incorreta e que tenha que executar processos sucessivos até encontrar o funcionário que se encaixa perfeitamente. Isso seria um desperdício de tempo e dinheiro importante para sua 37 empresa, portanto, deve se ter em mente o propósito de sua empresa, o talento que já tem dentro e a cultura que deseja alcançar e manter. 3.2 A COMUNICAÇÃO A comunicação é uma atividade diária para todas as pessoas. E assim como é importante nos relacionamentos pessoais, também é importante nas organizações. No ambiente de trabalho, uma pessoa interage com colegas, superiores, clientes, etc. Da mesma forma, recebe informações,dá ou recebe instruções e coordena com equipes de trabalho. Todas essas tarefas e relacionamentos envolvem a comunicação, daí a importância de se alcançar uma boa comunicação nas organizações trabalhistas (BUENO, 2013, p. 70). Haswani (2012, p. 201), aponta que nas organizações, existem relações comunicativas tanto com o ecossistema interno quanto com o externo no qual a empresa atua. Classificando ainda essas comunicações como internas e externas. De um modo geral, os elementos que intervêm no processo de comunicação são identificados da seguinte forma: Emissor, Código, Destinatário e Canais. Na empresa, essas redes de comunicação permitem combinar as diferentes direções que a informação pode tomar: ascendente, descendente e horizontal: Tais redes podem ser formais, estabelecidas pela empresa, e informais, surgindo espontaneamente entre os trabalhadores. Ambos os canais se sobrepõem e se complementam, embora às vezes sejam muito diferentes. Na relação com o superior imediato, não importa a definição universal do que é bom e do que é errado em termos de tratamento, o que importa na realidade é o que cada um percebe do outro, por isso é da maior importância esteja atento às reações e emoções daqueles que rodeiam quando se relacionam com eles (KOUZES; POSNER, 1997, p. 303). Elucida-se que o importante como subordinado é saber como detectar seu estilo desde o início do relacionamento e como um chefe para ser receptivo aos sinais que a equipe invariavelmente envia; baixa produtividade, rumores, ambiente de trabalho tenso, etc. O tipo de comunicação que se pode estabelecer dependerá do estilo de cada pessoa, isso é influenciado por um grande número de fatores, como treinamento acadêmico, idade, status socioeconômico. De tal modo que, para dar um acordo com o qual os outros se sentem à vontade ao redor, seja como chefes ou 38 subordinados é necessário ser receptivo e estar aberto ao que os olhos, ouvidos e intuição ditam. Haswani (2012, p. 201), diz que o feedback examina o desempenho do trabalho de um empregado e compartilha com ele a análise dos resultados obtidos. Dedica-se que o propósito da avaliação é melhorar o processo de comunicação com cada funcionário sobre seu desempenho. Um dos passos mais importantes é o retorno de informações aos funcionários. Embora este passo tenha sido uma fonte de muita tensão tanto para o supervisor quanto para o subordinado. Os resultados da avaliação podem fornecer ideias úteis para melhorar as práticas existentes ou estabelecer novos métodos, como revelar que um supervisor, ou vários, tiveram certos conflitos com outros gerentes e funcionários. As informações obtidas através de avaliações de desempenho também podem ser usadas para desenvolver descrições de trabalho mais corretas e planejar programas para o treinamento de funcionários já contratados, aumentar a concessão ou outros benefícios, estabelecer sessões de orientação profissional adotar medidas disciplinares ou procedimentos de demissão: Quanto maior o número de funcionários, mais fácil será tentar tirar conclusões válidas dos dados de desempenho. A avaliação de casos isolados também pode ser útil, mas levou anos para estabelecer ou analisar tendências significativas nos dados. Embora haja variabilidade entre os funcionários em seu desejo de melhorar seu desempenho, a maioria deles geralmente quer saber se eles têm um bom desempenho (WEBER; LÍDIA, 2015, p. 90). O trabalho de um líder não é um conhecimento simples, teórico, técnico e administrativo, com o qual ele pode realizar suas atividades e executar de maneira produtiva, de modo que envolve maior complexidade. Outrossim, Haswani (2012, p. 212), afirma que se um trabalho muito engenhoso é realizado através do uso de atividades que facilitam a realização, como comunicação, motivação e liderança, sem as quais seria impossível ser um gerente eficaz e eficiente, daí a importância que tem para saber o que são e como essas atividades são desenvolvidas, a fim de serem especialistas em sua gestão. Com todo o exposto, Kouzes e Posner (1997, p. 294) asseveram que a arte de motivar, comunicar e ser um bom líder, tornam-se fatores imprescindíveis, para aumentar a produtividade, a competitividade e o sucesso de um negócio. 39 Lembrando que um dos maiores ativos da empresa é ter um motivado, envolvido e convencido a pertencer a uma empresa. Além de melhorar o ambiente de trabalho, facilita o comprometimento dos funcionários com a empresa para a qual eles trabalham. Quando as pessoas se sentem reconhecidas e informadas, elas tendem a demonstrar sua lealdade ao melhorar seu desempenho no trabalho o máximo possível. Em qualquer negócio, é crucial que os funcionários estejam na mesma sintonia e que se sintam motivados em relação à missão da empresa. Não há ciência exata, mas os funcionários em geral respondem bem a quatro fatores de motivação: dinheiro, poder, status e/ou reconhecimento (WEBER; LIDIA, 2015, p. 78). Todos esses fatores motivadores são diferentes e todos os indivíduos reagem de forma diferente a cada um deles. Alguns funcionários estão mais motivados a receber um bônus de remuneração do que uma placa que diz que são funcionários do mês ou vice-versa. As pessoas que buscam dinheiro geralmente procuram profissões que remuneram com excelência. Alguns frequentam faculdade e escolhem profissões que pagam de acordo com a lei. Sua principal motivação é o dinheiro e eles estão dispostos a sacrificar anos de estudo para receber uma recompensa de longo prazo. O reconhecimento é o último fator motivador, mas um dos mais importantes para um empresário. Muitas vezes, os gestores não encontram tempo, pois estão ocupados gerenciando sua empresa e esquecem-se de prestar o devido reconhecimento entre os funcionários. Os incentivos aos empregados incluem prêmios distribuídos com base no desempenho individual, em equipe, ou no desempenho geral da empresa. Os incentivos são apresentados sob a forma de levantamentos, pagamentos de comissões, bônus, opções de ações e incentivos indiretos, como passagens aéreas, ingressos para concertos e férias adicionais (BUENO, 2013, p. 70). Sendo assim, os incentivos geralmente são determinados e aplicados pelos administradores. Os gerentes também determinam quais critérios podem ser usados para determinar quais funcionários são elegíveis para o incentivo oferecido. Os incentivos dos empregados podem gerar uma concorrência saudável entre indivíduos dentro de uma empresa. Se apenas certo número de pessoas receber 40 incentivos com base em desempenho individual ou em grupo, isso pode fazê-los trabalhar mais, se o incentivo for suficientemente convincente. Ao mesmo tempo, Chiavenato (2014, p. 30) diz os programas de comissão, que são outro tipo de incentivo: “podem encorajar as pessoas de vendas a trabalhar de forma mais inteligente e mais difícil, porque uma parte importante do salário depende dos incentivos ao desempenho”. Quanto às desvantagens, em uma meritocracia perfeita, com os funcionários trabalhando sempre e recebendo mais recompensas, os incentivos apresentam poucos problemas. Entretanto, nenhuma empresa opera em um mundo ideal e, portanto, incentivos podem criar ressentimento e discórdia entre equipes e funcionários: Embora seja fácil quantificar o desempenho de um colaborador, é mais difícil quantificar a sua contribuição para o departamento, mesmo adicione o mesmo valor à empresa. Isso pode levara aqueles que não estão sob um plano de incentivo para se sentir desconhecido por ter um tratamento injusto (CHIAVENATO, 2014, p. 32). Os incentivos projetados de forma inteligente podem ser de grande ajuda para as empresas que desejam reter empregados a longo prazo. Os incentivos lucrativos, sejam na forma de ações ou títulos, tornam-se auxílio para que os funcionários permaneçam na
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