Fisiologia Veterinária - Ventilação pulmonar e perfusão de gases Apostila

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LAURA CECATTO
@Cecattovet
@CECATTOVET - Laura Cecatto
VENTILAÇÃO PULMONAR
E PERFUSÃO DE GASES
Resumo de Fisiologia Veterinária
CONCEITOS E
TERMINOLOGIAS
Ventilação pulmonar: É a renovação do ar contido
na porção condutora da via respiratória e por ação
dos músculos respiratórios (mm. Intercostais e
diafragma). Para que isso ocorra precisa do
processo de inspiração e expiração.
Ventilação total: Volume de gás que entra ou sai das vias respiratórias e
alvéolos em determinado período de tempo (horas ou dias).
Ventilação por minuto: volume total de gás que entra ou sai das vias
respiratórias e alvéolos por minuto.
VENTILAÇÃO TOTAL = O2 e CO2 juntos
Normoventilação: ventilação normal (cada espécie vai ter uma
quantidade normal de movimentos respiratórios por minuto). É preciso
que o corpo mantenha a PA de PaCO2 (dióxido de carbono) em torno de
40 mmHg.
Hiperventilação: Ventilação alveolar aumentada além das necessidades
metabólicas. Pressão de CO2 abaixo de 40 mmHg. Alcalose respiratórias
(pH sanguíneo mais alcalino).
O2 = Produção de energia aeróbia
CO2 = Manutenção do pH do sangue por ser
uma substância ácida que vai acidificar e
diminuir o pH sanguíneo
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CONCEITOS E
TERMINOLOGIAS
Hipoventilação: Ventilação alveolar diminuída, abaixo das
necessidades metabólicas. PA de CO2 acima de 40 mmHg (se está
hipoventilando essa substância ácida vai ser menos eliminada).
Acidose respiratória.
Alcalose e acidose – Depois o organismo vai se compensar para
voltar a sua normoventilação, pois o sistema respiratório tem
capacidade adaptativa de se ajustar de acordo com a demanda
metabólica para manter sua homeostase.
O organismo do animal durante o dia pode estar
normoventilando, chegar a hiperventilação ou hipoventilação
dependendo da sua necessidade metabólica. Isso
fisiologicamente, mas vão existir condições patológicas que vão
causar oscilações e o organismo vai tentar se compensar
mantendo principalmente o pH sanguíneo no nível normal (7,4).
Ventilação do espaço morto: Volume de ar que percorre nas
vias aéreas até levarem aos alvéolos, chegam até os alvéolos
mas não fazem perfusão
Espaço morto fisiológico: Volume de ar que chega aos alvéolos e
não realizar perfusão capilar. Desde que o ar entra pela narina
até chegar na área pulmonar, sempre vai ficar armazenado um
pouco de ar que não vai ocorrer a troca gasosa no pulmão.
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O animal respirando normalmente está em normoventilação,
mas se ocorrer qualquer mudança nessa ventilação vai ocorrer
mudança também nas trocas gasosas e nas ofertas de oxigênio.
 Em um exercício, com o aumento da demanda energética
muscular, é preciso aumentar seu consumo de oxigênio, com
isso o animal irá hiperventilar, ou seja, aumentar sua capacidade
respiratória para captação de oxigênio e consequentemente o
animal entra em taquipneia 
CONCEITOS E
TERMINOLOGIAS
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Inspiração: entrada de ar até os pulmões, causando inflação
pulmonar, e então os mm. Intercostais vão se contrair em
conjunto com o diafragma, a sua contração facilita a inflação
dos pulmões, tendo uma maior quantidade de ar entrando.
Expiração: relaxamento do diafragma em conjunto do
relaxamento dos mm. Intercostais, favorecendo a diminuição
dos pulmões e promovendo a expulsão do dióxido de
carbono.
Inicialmente temos a entrada de O2 nos capilares pulmonares
simultaneamente com a saída de CO2 para o pulmão. Chegando
nos capilares teciduais esses gases vão sofrer processo de
difusão, onde a concentração de O2 está baixa dentro da célula,
facilitando sua entrada, enquanto a concentração de CO2 está
baixa no capilar, fazendo com que ele saia da célula.
HEMATOSE
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Transformação do sangue venoso em sangue arterial que
ocorre nos pulmões. Ocorre então troca de gases devido a
diferença de concentração de O2 e CO2 por difusão
O espaçamento da musculatura também dificulta a perfusão
dos gases. Menor captação de O2 e menor liberação de CO2.
INFLAMAÇÃO E
BRONCOESPASMOS
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Quando ocorre inflamação do brônquio há uma diferença na
luz do mesmo, fazendo com que a passagem do ar seja
dificuldade até chegar nos alvéolos.
Existem algumas formas que podemos verificar o som da
passagem do ar nos brônquios que indicam se pode estar
acontecendo algum processo no animal.
INFLAMAÇÃO E
BRONCOESPASMOS
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Auscultação pulmonar – Utilizando o estetoscópio em toda
caixa torácica. Permite detectar alterações antes do animal
apresentar sinais, como corrimento nasal, tosse, secreções ou
espirro.
Se as secreções nos brônquios também estiverem aumentadas,
isso dificulta mais ainda a passagem de ar e troca gasosa.
Hemoglobina: maior parte do transporte. Está contida dentro
dos eritrócitos (responsáveis por carregar o O2 por todo
organismo).
TRANSPORTE DE
OXIGÊNIO
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Dissolvido no plasma: menor quantidade. 0,003 ml de O2 em
cada 100 ml de sangue.
Processo de difusão: Passagem de O2 do
alvéolo para o sangue e para os tecidos.
MOLÉCULA DE HEMOGLOBINA
É o principal componente dos eritrócitos. Possui porção protéica
(dividida em alfa e beta) e grupo prostéticos (correspondente ao
grupo Heme, que é composto por moléculas de ferro que é onde
a molécua de O2 irá se ligar). 
Para cada molécula de hemoglobina podem ser ligados até 4
átomos de O2.
TRANSPORTE DE
OXIGÊNIO
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 Como ocorre o processo de difusão para a entrada de O2 na
célula, a 1ª molécula demora um pouco mais para entrar, a partir
daí facilita a entrada das demais. Assim, cada eritrócito é
composto por aproximadamente 96% de moléculas de
hemoglobina, carregando então grande quantidade de oxigênio
pelo organismo.
TRANSPORTE DE
DIÓXIDO DE CARBONO
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No plasma: 10%. Dissolvido ou combinado com grupos
aminoterminais de proteínas (hidratação e ionização). Durante o
transporte pode sofrer processos de hidratação e ionização.
Nos eritrócitos: Maior parte. Também combinado com grupos
aminoterminais (hidratação e ionização). Reação de hidratação
mediada peela enzima anidrase carbônica. Quando chega no
alvéolo, a molécula antes volatizada se forma novamente para
ser eliminada.
 Hidratação: transformado em ácido carbônico,
quando chega no alvéolo ele sofre desidratação para
ser eliminado.
 Ionização: sofre ação enzimática, liberando um íon
hidrogênio e íons bicarbonato, fazendo com que
ocorra o tamponamento plasmático desse gás no
sangue.
 O dióxido de carbono é um subproduto do
metabolismo celular, então precisa ser eliminado.
Ele pode volatilizar para ser eliminado ou pode ser
ionizado, tamponado e formar bicarbonato para que
desapareça no plasma.
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