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MONOGRAFIA Reabilitação paisagística de uma área de habitação de interesse social em Carambeí-PR

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FACULDADE EDUCACIONAL DE PONTA GROSSA 
 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
LUANA KASSIMA PINHEIRO 
 
 
 
 
 
REABILITAÇÃO PAISAGÍSTICA DE UMA ÁREA DE HABITAÇÃO DE 
INTERESSE SOCIAL EM CARAMBEÍ-PR 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA PR 
2018 
 
2 
 
 
LUANA KASSIMA PINHEIRO 
 
 
REABILITAÇÃO PAISAGÍSTICA DE UMA ÁREA DE HABITAÇÃO DE 
INTERESSE SOCIAL EM CARAMBEÍ-PR 
 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso 
de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade 
Educacional de Ponta Grossa, como requisito 
parcial para obtenção do título de Arquiteta e 
Urbanista. 
Orientador: Prof. Dra. Silvia Barbosa de Souza 
Ferreira. 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA PR 
2018 
3 
 
REABILITAÇÃO PAISAGÍSTICA DE UMA ÁREA DE HABITAÇÃO DE 
INTERESSE SOCIAL EM CARAMBEÍ-PR 
PINHEIRO, Luana Kassima1 
FERREIRA, Silvia Barbosa de Souza2 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho consiste em reabilitar paisigisticamente uma área de Habitação 
de Interesse Social, através da proposta de uma rua modelo para o bairro Jardim 
Novo Horizonte e de tornar uma área de preservação ambiental, que está sendo 
habitada irregularmente, em um parque linear, melhorando a qualidade de vida da 
população da cidade de Carambeí-PR. O objetivo principal é introduzir uma 
intervenção que possa ajudar a recuperar e reintegrar esta área no tecido urbano, 
permitindo a sua utilização para a população como um espaço público de lazer, 
esportivo e cultural, proporcionando melhor conectividade entre os bairros vizinhos, 
com uma arquitetura paisagística funcional, desenvolvendo todo o potencial da 
paisagem. Para a elaboração desse projeto, embasamento teórico e análise espacial 
foram realizados, visando o melhor desenvolvimento para um parque linear. Este 
trabalho demonstra o papel que as áreas verdes possuem dentro da paisagem 
urbana, reabilitando o espaço e ao mesmo tempo preservando áreas que 
atualmente encontram-se degradadas. 
 
Palavras chave: 1 Parque Linear. 2 Paisagismo. 3 Habitação de Interesse Social. 4 
Paisagem 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Educacional de Ponta Grossa. 
2
 Doutora em Arquitetura e Urbanismo, docente na Faculdade Educacional de Ponta Grossa. 
4 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 01 - Mapa localização do Município de Carambeí..........................................13 
Figura 02 - Mapa empreendimentos habitacionais de interesse social.....................17 
Figura 03 - Mapa área de preservação ambiental da zona rural...............................19 
Figura 04 - Paisagem típica dos Campos Gerais.......................................................20 
Figura 05 - Parque Linear do Recanto das Flores, na cidade de Rio Grande da Serra 
– SP............................................................................................................................23 
Figura 06 - Perspectiva aérea....................................................................................24 
Figura 07 - Croqui conceptivo....................................................................................25 
Figura 08 - Edifício Vilamarina...................................................................................25 
Figura 09 - Edifício Vilamarina...................................................................................26 
Figura 10 - Edifício Vilamarina...................................................................................27 
Figura 11 - Parc de la Marina.....................................................................................27 
Figura 12 - Parc de la Marina vista aérea..................................................................28 
Figura 13 - High Line Park..........................................................................................28 
Figura 14 - High Line, vista aérea olhando para o sul................................................29 
Figura 15 - High Line, com área acessível.................................................................30 
Figura 16 - Parque Luiz Antonio Correa.....................................................................30 
Figura 17 - Área de recreação Parque Luiz Antonio Correa......................................31 
Figura 18 - Vista aérea do existente na Rua Jasmim, que será realizada a 
reabilitação.................................................................................................................34 
Figura 19 - Vista aérea da área de preservação ambiental.......................................34 
Figura 20 - Vista aérea da área das novas unidades habitacionais...........................36 
Figura 21 - Organograma mostrando a hierarquia e as relações das áreas existentes 
no projeto....................................................................................................................37 
Figura 22 - Fluxograma..............................................................................................37 
Figura 23 - Início da Rua Jasmim...............................................................................38 
Figura 24 - Habitações da Rua Jasmim.....................................................................38 
Figura 25 - Implantação da Rua Jasmim que será modelo para o bairro e do Parque 
Linear..........................................................................................................................39 
Figura 26 - Área de preservação ambiental...............................................................39 
Figura 27 - Local ocupado irregularmente na área de preservação ambiental..........40 
Figura 28 - Área de preservação ambiental sendo usado para jogar lixo..................40 
5 
 
Figura 29 - Área de preservação ambiental sendo usado como depósito de 
entulhos......................................................................................................................41 
Figura 30 – Perspectiva do Parque Linear.................................................................42 
Figura 31 - Canteiro de obras do FAR.......................................................................42 
Figura 32 - Mapa de Zoneamento do Município de Carambeí...................................43 
Figura 33 - Áreas de Preservação Ambiental da Zona Urbana do Município de 
Carambeí....................................................................................................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
APA - Área de Proteção Ambiental. 
APP - Área de Preservação Permanente. 
BRF – Brasil Foods. 
COHAPAR - Companhia de Habitação do Paraná. 
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. 
FAR - Fundo de Arrendamento Residencial. 
FNHIS - Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. 
IAP – Instituto Ambiental do Paraná. 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
IN – Instrução Normativa. 
NBR – Norma Brasileira. 
PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social. 
SEFA-PR – Secretaria da Fazenda do Paraná. 
SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 
ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Sociais. 
ZV – Zonas Verdes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 10 
2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 10 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 10 
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 11 
4 METODOLOGIA .....................................................................................................12 
5 CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................................................... 13 
5.1 O MUNICÍPIO .................................................................................................. 13 
5.2 HABITAÇÃO SOCIAL EM CARAMBEÍ ............................................................ 14 
5.3 ASPECTOS FÍSICOS E AMBIENTAIS DE CARAMBEÍ ................................... 17 
6 CONCEITUAÇÃO .................................................................................................. 21 
6.1 PARQUES ....................................................................................................... 21 
6.3 ANÁLISE DE CORRELATOS .......................................................................... 24 
6.3.1 Parque Urbano e Vivencial do Gama ............................................................ 24 
6.3.2 Vilamarina Building ....................................................................................... 25 
6.3.3 High Line ....................................................................................................... 28 
6.3.4 Parque Linear do Recanto das Flores ........................................................... 30 
6.3 MEMORIAL EXPLICATIVO ................................................................................. 31 
6.3.1 Conceito e Partido ......................................................................................... 31 
6.3.2 Usuário e Programa de Necessidades .......................................................... 32 
6.3.3 Análise do entorno ........................................................................................ 33 
8 
 
6.3.4 Diagramas Funcionais .................................................................................. 37 
6.3.5 Contexto e Implantação ................................................................................ 38 
6.3.6 Zoneamento .................................................................................................. 42 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46 
ANEXOS ................................................................................................................... 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Em 2012 na cidade de Carambeí-PR, iniciou-se o Projeto Social “Habitação 
de Interesse Social: Uma possibilidade de consolidação do direito à moradia”, aonde 
foram construídas 13 casas pela Prefeitura Municipal no prolongamento da Rua 
Jasmim, no bairro Jardim Novo Horizonte, para famílias selecionadas de baixa renda 
e que não possuíam moradia própria. 
 O Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social de Carambeí realizou 
trabalhos sociais durante as obras de construção das unidades habitacionais de 
interesse social, desenvolveram ações intersetoriais e reuniões de setembro a 
dezembro de 2012 com as famílias selecionadas a serem contempladas com as 
unidades habitacionais, trabalhando valores pessoais, familiares e comunitários. 
 As casas foram entregues em 2015 às famílias, porém ainda há muito a ser 
realizado para melhorar a vida comunitária, pois a área não está sendo bem cuidada 
e a vegetação do seu entorno está degradada. O projeto tem como proposta fazer 
uma rua modelo para esta área, com calçadas ecológicas e um trabalho 
paisagístico, onde as outras ruas poderão seguir seu exemplo. 
Há áreas livres, como terrenos baldios no entorno e que não estão sendo 
utilizados de uma forma correta e planejada, portanto a intervenção vem propor uma 
solução projetual para uso e aproveitamento desses espaços através do paisagismo 
e de um parque, que está interligado com o bem-estar humano, pela presença do 
verde em suas vidas, criando um ambiente bonito, além de ser aconchegante e 
favorecendo beneficamente a qualidade do ar e o microclima da região, não só para 
a comunidade desse bairro, mas para toda população da cidade. 
Em conjunto com a Reabilitação Paisagística, faz-se necessário realizar um 
projeto de desapropriação de moradias que estão em área de preservação 
ambiental para fazer o parque linear, estas famílias serão realocadas em uma área 
com uma melhor infraestrutura, no mesmo bairro. 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
 O objetivo do trabalho é melhorar a situação de vida dos moradores de uma área 
de habitação de interesse social em Carambeí, propondo um novo uso para as 
áreas livres que estão degradadas, as tornando sustentáveis e criando uma 
relação saudável, por meio de um parque linear, calçadas ecológicas, horta 
comunitária, área de lazer e esporte. 
 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Estudar o que são parques; 
 Compreender as funções dos parques lineares; 
 Conhecer elementos de um parque; 
 Reconhecer o que é paisagismo; 
 Recuperar uma área degrada; 
 Requalificar o espaço público; 
 Minimizar os impactos ambientais; 
 Preservar a vegetação existente; 
 Melhorar a condição de vida de algumas famílias através da desapropriação de 
moradias irregulares, realocando-as para as novas unidades habitacionais do 
FAR (Fundo de Arrendamento Residencial); 
 Permitir que a população exerça seu direito à habitação de forma digna e 
harmônica diante dos condicionantes urbanos, sociais, econômicos e ambientais. 
 
 
 
11 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
A reabilitação paisagística é um método que visa à restauração e a 
recuperação de uma área degradada, com vista a restabelecer ou criar condições 
que valorizem o espaço, proporcionando também vantagens psicológicas, cognitivas 
e sensitivas, buscando assim a realização das intenções do projeto, integrando-o 
ambientalmente e paisagisticamente na envolvente. 
Por se tratar de uma área com famílias de baixa renda, o acesso ao lazer é 
restrito, tal projeto proporcionará novas atividades de lazer, esporte e uma área 
verde agradável no local, aumentando a expectativa de vida e realocando famílias 
que estão com suas moradias em área de preservação ambiental. 
 Cabe destacar também a aproximação do lazer com temas como qualidade 
de vida, incentivo à atividade física e valorização da cultura. Além disso, existe certo 
consenso com relação à importância das questões referentes à implementação 
concreta de intervenções ao nível municipal ou da própria comunidade, destacando 
o planejamento. (ALMEIDA e GUTIERREZ, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4 METODOLOGIA 
 
A metodologia estabelecida prioriza o ambiente e o social, contemplando uma 
análise das necessidades e cultura dos usuários, envolvendo: 
 Revisão Bibliográfica e Documental - segundo o Professor Alejandro Knaesel 
Arrabal (2011) na pesquisa bibliográfica você desenvolve sua investigação a 
partir de trabalhos e estudos já realizados por outras pessoas. Na pesquisa 
documental, a investigação concentra-se em dados obtidos a partir de 
“documentos” que registram fatos e/ou acontecimentos de uma determinada 
época. 
 Levantamento fotográfico - serve como ferramenta de avaliação de 
ambientes na fase chamada de “Estudo Preliminar”. (KNAUF, 2018). 
 Planta de topografia e de solo - de acordo com a NBR 13133 (ABNT, 1991, p. 
3), Norma Brasileira para execução de Levantamento Topográfico, o 
levantamento topográfico é definido por: 
“Conjunto de métodos e processos que, através de medições de 
ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e 
inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, 
primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, 
determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se 
relacionam os pontos de detalhe visando a sua exata representação 
planimétrica numa escala pré-determinada e à sua representação 
altimetria porintermédio de curvas de nível, com equidistância 
também pré-determinada e/ou pontos cotados.” 
 Acessibilidades e fluxos – a mobilidade, segundo Morris et al. (1979): 
“É interpretada como sendo a capacidade do indivíduo de se 
locomover de um lugar ao outro e dependente principalmente da 
disponibilidade dos diferentes tipos de modos de transporte, inclusive 
a pé. Para Tagore & Sikdar (1995), este conceito é interpretado como 
a capacidade do indivíduo de se mover de um lugar a outro 
dependendo da performance do sistema de transporte e 
características do indivíduo." 
 Infraestrutura e equipamentos - são todo bem público e privado destinado à 
prestação de serviços para o funcionamento de uma cidade (NBR 9284/mar 
1986). 
 Estudos preliminares: conforme a IN 05/2017, é um documento que deve ser 
preparado na fase de planejamento da contratação, e serve para análise da 
sua viabilidade e levantamento dos elementos essenciais que, 
posteriormente, irão ser detalhados e mais bem especificados. (OLIVEIRA, 
2017). 
13 
 
5 CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
5.1 O MUNICÍPIO 
 
Carambeí tornou-se município do estado do Paraná em 1997, até esta data 
pertencia ao município de Castro. Fica situado em posição central da Microrregião 
de Ponta Grossa (figura 01), ocupando um território que pode ser considerado 
prototípico dos Campos Gerais do Paraná, geograficamente conhecida como 
mesorregião Centro-Oriental. O município é cortado de sudeste a noroeste pela 
Escarpa Devoniana3, a maior área do município está situada no Segundo Planalto 
Paranaense, as demais áreas estão sobre o Primeiro Planalto, na parte oriental, 
embora seja pertencente à mesma bacia hidrográfica que o restante do território 
municipal. (PLHIS CARAMBEÍ, 2008, p.6). 
 
Figura 01: Mapa localização do Município de Carambeí. 
Fonte: PLHIS CARAMBEÍ, 2009. 
 
3
 A escarpa devoniana representa um verdadeiro degrau topográfico, com paredes 
abruptas e verticalizadas, que separa o Primeiro e o Segundo Planalto Paranaense. Disponível 
em: <http://www.uepg.br/dicion/verbetes/a-m/escarpa.htm>. 
14 
 
Carambeí localiza-se no centro da bacia leiteira e da região produtora de 
grãos dos Campos Gerais, segundo o PLHIS Carambeí (2008), sediando 
importantes indústrias alimentícias, especialmente nos setores de laticínios (antiga 
Batávia, atual Lactalis), cujo mercado é internacional, e no setor de abate de aves e 
suínos (antiga Perdigão, atual BRF Brasil Foods), que também possui mercado no 
exterior. Além disso, apresenta alguma produção madeireira (Brandes, Rickli, 
Mueller) inserida no contexto regional. Sua história econômica está essencialmente 
ligada ao cooperativismo fundado por grupos de imigrantes holandeses fixados na 
região em 1911, ainda hoje reunidos na Frísia Cooperativa Agroindustrial (antiga 
Cooperativa Batavo). 
 De acordo com o PLHIS Carambeí (2008), somando ao intenso 
desenvolvimento econômico, Carambeí passa nas últimas décadas por um 
acelerado crescimento populacional, superior a 3% ao ano. A população do 
Município levantada em 2010 era uma estimativa de 19.163 pessoas, já em 2017 
pela Contagem Populacional do IBGE soma 22.282 habitantes aproximadamente. 
Em função da dinamicidade de seu desenvolvimento e da concentração da 
propriedade dentro da área urbana e da área destinada a sua expansão, Carambeí 
apresenta uma "terra urbana" extremamente cara, inacessível para grande parte de 
sua população. Segundo levantamento da Prefeitura Municipal de Carambeí de 
2006, mais de 200 famílias residiam em áreas irregulares ou de risco, hoje o número 
de famílias em áreas assim é maior, apesar de estar cerca de 1.000 lotes baldios 
voltados para ruas já abertas. Além disso, estima-se que quase 6.000 castrenses e 
pontagrossenses se desloquem diariamente para Carambeí para trabalhar nas 
grandes indústrias do município, gerando custos para as empresas e desconforto 
para os trabalhadores, indicando clara possibilidade de parte deles possuírem 
interesse de se fixar na cidade. (PLHIS CARAMBEÍ, 2008, p.7). 
 
 
5.2 HABITAÇÃO SOCIAL EM CARAMBEÍ 
 
Diante da necessidade de implementar políticas voltadas ao setor de 
habitação de interesse social, segundo o PLHIS 2008 e em consonância com a Lei 
n° 11.124, de 16 de junho de 2005, a qual dispõe sobre o Sistema Nacional de 
Habitação de Interesse Social, criado o Fundo Nacional de Habitação de Interesse 
15 
 
Social (FNHIS) e instituído o seu Conselho Gestor, no âmbito federal, com a 
finalidade de introduzir uma nova sistemática para acesso ao repasse dos recursos 
do Orçamento Geral da União destinados à habitação de interesse social. Assim o 
município de Carambeí assinou Termo de Adesão ao Sistema Nacional de 
Habitação de Interesse Social. 
Segundo o Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS Carambeí 
(2008), por ter sido distrito de Castro durante muito tempo, Carambeí atualmente 
não apresenta infraestrutura urbana e produção habitacional condizente com seu 
desenvolvimento econômico e mesmo com a arrecadação do poder público 
municipal. Tanto em seu Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo Urbano (1998), 
quanto em seu Plano Diretor Municipal (2007), a questão habitacional possui grande 
destaque, sendo uma das principais ações propostas para ações públicas e 
privadas. 
 O fato de Carambeí ter se tornado município efetivamente em 1997 parece 
ser a melhor explicação para a reduzida produção pública de habitação de interesse 
social. A Prefeitura Municipal, em parceria com a COHAPAR (Companhia de 
Habitação do Paraná), implementaram até 2006, apenas um conjunto habitacional, 
com 25 unidades. Em 2008 realizaram um segundo conjunto nos fundos da Vila 
Vriesman, com o nome de Residencial Carambeí I e II, totalizando 83 unidades. 
Com a implantação destas novas casas, a produção pública atingiu algo em torno de 
3% do total de domicílios, índice extremamente baixo para municípios paranaenses. 
(PLHIS CARAMBEÍ, 2008, p.7). 
 Ainda, de acordo com o PLHIS de 2008, devido ao crescimento demográfico 
excessivo e à reduzida ação pública neste sentido, coube à iniciativa privada a 
produção de habitação para a população de baixa renda. Historicamente, a antiga 
Cooperativa Batavo iniciou a produção de habitações para seus funcionários (não só 
de baixa renda) em 1974. A Cooperativa Central e sua sucessora Perdigão (marca 
hoje pertencente à empresa BRF) também se envolveram na questão habitacional 
de seus funcionários, apresentando ainda um grande potencial para produção em 
larga escala com a participação do poder público municipal e financiamento de 
órgãos federais. A maior produção habitacional privada em Carambeí foi 
desenvolvida pelo Grupo Rickli, no Jardim Eldorado. Com casas de diversos 
tamanhos, com propostas de ampliações diversificadas e infraestrutura pública, 
estas habitações cumprem importante papel na questão de acesso à terra urbana. 
16 
 
Somadas as produções das empresas para seus funcionários, do Grupo Rickli com 
o intuito comercial e do poder público municipal em parceria com a COHAPAR, 
estima-se que a produção de habitação para a população de baixa renda atinja 
cerca de 15% do total de domicílios de Carambeí. 
 O Plano Diretor Municipal, guarnecido com o aparato de mecanismo previsto 
no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), previu um “projeto estruturante” 
especialmente voltado para o acesso à terra e à moradia (urbana, peri-urbana e 
rural), que respeite, de um lado, os pesados condicionantes que exige, para uma 
parte significativa da população, que a produção de moradias seja acoplada, de 
alguma forma, com promoção de oportunidades de trabalho. O Plano deverá prever 
políticas especiais para atender às necessidades habitacionais específicas de 
distintas parcelas da população-alvo. 
 Os municípios podem aderir diversos programas para conseguir recursos 
para financiamentode habitações. Carambeí faz como a maioria dos pequenos 
municípios paranaenses para solucionar suas demandas de habitação social, 
associa-se à Companhia de Habitação do Paraná (COHAPAR), que fica responsável 
pelas edificações, cabendo à Prefeitura Municipal a doação da área de implantação, 
devidamente urbanizada. 
 Carambeí também participa do programa social “Minha Casa Minha Vida”, 
que é uma iniciativa do Governo Federal que oferece condições atrativas para o 
financiamento de moradias nas áreas urbanas para famílias de baixa renda. 
 Em 2013, a Prefeitura Municipal com recursos próprios construiu 13 
habitações sociais para famílias de baixa renda no bairro Jardim Novo Horizonte, já 
em 2018 o município foi contemplado com 154 casas populares do projeto FAR, 
sendo 46 unidades no Jardim Eldorado, 49 unidades no Jardim Novo Horizonte e 59 
unidades na Cidade Nova, que serão destinadas as famílias com renda mensal de 
até R$ 1,8 mil, esse projeto é resultado de uma parceria entre Prefeitura Municipal, 
COHAPAR, Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades, com investimento 
de mais de R$ 11 milhões, que engloba toda infraestrutura, inclusive pavimentação e 
área de lazer. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CARAMBEÍ, 2018). 
 Como há muitas ocupações irregulares em áreas de preservação ambiental e 
de risco, as famílias serão desapropriadas desse locais e irão ser realocadas para 
as novas unidades habitacionais do projeto FAR. 
 
17 
 
Figura 02: Mapa empreendimentos habitacionais de interesse social.
 
Fonte: PLHIS CARAMBEÍ, 2009. 
 
 
5.3 ASPECTOS FÍSICOS E AMBIENTAIS DE CARAMBEÍ 
 
 A maior parte do território carambiense – cerca de 2/3 dos 645 km² de área 
municipal – pertence ao Segundo Planalto Paranaense, constituindo o reverso da 
Escarpa Devoniana, a qual corta o município de sul para norte. Esse bioma molda a 
feição da parte oeste do município e dos arredores da cidade, formando campos 
limpos, assentados sobre solos provenientes da decomposição de rochas 
sedimentares, da formação Furnas (arenitos) ou da formação Ponta Grossa 
(folhelhos argilosos), bem como pequenos trechos de arenito Itararé. Sendo sua 
topografia relativamente suave, esses campos prestam-se muito bem a uma 
agricultura extensiva altamente mecanizada e tecnificada. A fragilidade do substrato 
18 
 
pedológico (nas regiões arenosas) foi vencida com a introdução de técnicas 
conservacionistas, destacadamente o plantio direto na palha, técnica que foi 
introduzida no Brasil nos campos de Carambeí, na década de 1970. (SEMA/IAP, 
2008). 
 A região municipal leste, com cerca de 1/3 da área do município, é território 
do Primeiro Planalto (o mesmo onde se situa Curitiba) e era coberto originalmente 
pela Floresta Ombrófila mista (a Mata com Araucárias), da qual restaram vestígios 
fortemente alterados. A topografia é mais movimentada que a da região oeste e os 
solos, provindos do intemperismo das rochas graníticas proterozóicas 
(Cunhaporanga e Serra do Carambeí) e vulcano-sedimentares (grupo Castro), têm 
potencial limitado para uso agrícola. (SEMA/IAP, 2008). 
 Embora todo o município esteja contido na bacia hidrográfica do rio Tibagi 
(diretamente, no noroeste do município, ou através do rio Pitangui, na maior parte do 
território) destacam-se as sub-bacias que contribuem para a represa dos Alagados 
(Alto Pitangui e rio Jotuba), reservatório criado na primeira metade do século XX 
para aproveitamento hidrelétrico, mas que atualmente abastece a cidade de Ponta 
Grossa, acarretando grandes responsabilidades ambientais para os habitantes da 
região leste do município. Carambeí tem, ainda, a maior parte de seu território 
municipal contida na APA (Área de Proteção Ambiental) da Escarpa Devoniana, 
criada pelo Decreto Estadual 1.231/1992. Considerando ainda o Parque nacional 
dos Campos Gerais (3% do território municipal). O manancial do Rio São João que 
abastece a cidade de Carambeí e os corredores de biodiversidade que 
acompanham os cursos dos rios Tibagi e Pitangui (Decreto estadual 387/1999 e 
3.320/2004), nada menos que 98% do território municipal sofrem algum tipo de 
limitação causada pela necessidade de proteção a recursos ambientais4. 
(SUDERHSA, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
4
 Como contrapartida, Carambeí tem recebido 1,7 milhão por ano a título de ICMS 
ecológico, a maior parte do qual provém da condição de ser o manancial que abastece de água 
mais de 300 mil habitantes na área urbana de Ponta Grossa. (SEFA-PR, 2008). 
19 
 
Figura 03: Mapa área de preservação ambiental da zona rural.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PLHIS CARAMBEÍ, 2009. 
 
Na área urbana predomina a paisagem típica dos Campos Gerais (figura 04), 
com topos planos e vales escavados, geralmente cobertos por “capões de mato”. 
Nessa estrutura é comum o afloramento de rochas sedimentares (arenitos) e de 
20 
 
forma geral, pode-se dizer que a área urbana de Carambeí tem subsolos rasos, o 
que acarreta sensível impacto sobre os custos da infraestrutura urbana. Outro efeito 
desse subsolo raso é a existência de “pântanos altos”, regiões onde a baixa 
permeabilidade natural do solo resulta em concentração de solos hidromórficos, em 
sua maior parte já drenados pela ação humana no intuito de urbanização. 
(SEMA/IAP, 2008). 
 O Plano Diretor Municipal ainda estabelece, em suas diretrizes de uso e 
ocupação do solo urbano a preservação de remanescentes florais significativos, em 
especial junto ao Arroio Boqueirãozinho e ao Arroio da Piscina. 
 
Figura 04: Paisagem típica dos Campos Gerais. 
 
Fonte: PLHIS CARAMBEÍ, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
6 CONCEITUAÇÃO 
 
A natureza presente no cotidiano das cidades ou a natureza bucólica, 
contexto da vida no campo, por si só não são paisagens, isto é, essas 
cenas “[...] só se tornam paisagem para o homem que se volta a elas 
para fruir livremente do seu espetáculo e para estar ele próprio no 
seio da natureza, sem visar finalidades práticas”. (RITTER, 1978, p. 
55). 
 
Paisagem segundo o dicionário Aurélio (2018) significa espaço de terreno que 
se abrange num lance de vista. A palavra Paisagismo deriva de Paisagem. 
O paisagismo é essencialmente uma manifestação artística do homem, tem 
por finalidade ordenar todo o espaço, baseia-se nas ciências naturais, sociais, 
tecnológicas, exatas e nas artes. Para planejar, projetar, implantar, gerir contratos. 
 Em espaços não construídos, com função de conforto, recreação, 
amenização, circulação, preservação ambiental, integrando o homem à natureza. 
 Paisagismo envolve Arte, porque as plantas, pela sua diversidade de cores, 
formas e textura, possuem grande riqueza plástica. A arte consiste em criar em um 
determinado espaço, uma composição de valor estético, harmonizando as 
características desse local. (MATTIUZ, 2017). 
Segundo Macedo (1999, p. 13) o paisagismo é um termo genérico no Brasil, e 
costuma ser utilizado para designar as diversas escalas e formas de ação e estudo 
sobre a paisagem, que podem variar do simples procedimento de plantio de um 
jardim até o processo de concepção de projetos completos de arquitetura 
paisagística como parques ou praças. 
 
 
6.1 PARQUES 
 
Macedo e Sakata (2003) colocam que o parque urbano é antes de tudo um 
espaço de uso público dedicado ao lazer da massa urbana. 
 
Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode 
se dedicar prazerosamente, seja para relaxar, divertir-se ou 
para alargar seu conhecimento e sua participação social 
espontânea, o livre exercício de sua capacidade criativa, após 
ter-se desembaraçado de suas obrigações de trabalho, 
familiares e sociais. (TASCHNER, 2000). 
 
22 
 
Magnani (apud Almeida e Gutierrez, 2005) complementa dizendo que o lazer 
é o conjunto de atividades individuais ou coletivas voltadas para asatisfação de uma 
série de interesses no plano da formação de quadros, definição de atividades e 
aprimoramento pessoal “realizadas no tempo liberado das obrigações impostas pelo 
trabalho profissional e por outras responsabilidades sociais.” (ALMEIDA, 
GUTIERREZ 2005). 
Kliass (1993, p. 17) define: “Os parques urbanos são espaços públicos com 
dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente 
cobertura vegetal, destinado à recreação”. 
O parque urbano é um espaço aberto, de vários hectares, com maior 
dominação de vegetação a mobiliários urbanos. 
 
O Parque urbano consiste em um espaço livre, público, com 
dimensão quase sempre superior à de praças e jardins 
públicos, destinado ao lazer ativo e contemplativo, à 
conservação dos recursos naturais e à promoção da melhoria 
das condições ambientais da cidade. Alguns parques urbanos 
podem constituir-se também como unidades de conservação. 
Os parques lineares são aqueles formados pelas faixas de 
terra existentes ao longo de rios e lagos, também com funções 
recreativas e conservacionistas. (GUZZO; CARNEIRO; 
OLIVEIRA JR, 2006, p. 08) 
 
Na visão de Giordano, (2004), os parques lineares são áreas reservadas tanto 
para a conservação quanto para preservação de recursos naturais, possuem 
capacidade de conectar pequenas partes de elementos florestais a outros elementos 
de uma paisagem, isso também ocorre como os corredores ecológicos, que além de 
fazer essa conexão, ainda agregam funções de uso para o ser humano, 
desenvolvendo princípios sustentáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Figura 05: Parque Linear do Recanto das Flores, na cidade de Rio Grande da Serra – SP. 
 
Fonte: http://cliqueabc.com.br/populacao-aprova-o-novo-parque-linear-do-recanto-das-flores/. 
 
Os parques lineares (figura 05) beneficiam as cidades e seus cursos de água, 
proporcionando áreas permeáveis ao longo de suas margens, permitindo maior 
infiltração e menor drenagem da água da chuva e, consequentemente, reduzindo a 
erosão e inundações (ALMEIDA, ARAUJO E GUERRA, 2005; FRIEDRICH, 2007). 
(BARRETO, DIEB, 2017, p.2). 
Eles também beneficiam o ambiente fluvial, permitindo a reintrodução de 
espécies de plantas nativas, ajudando a estabilizar e proteger os bancos e a drenar 
e limpar o solo e a água (HOUGH, 2004; PENTEADO e CASER, 2005). De acordo 
com o Código Florestal Brasileiro, essa restauração de vegetação nativa e a 
remoção de plantas invasoras são consideradas atividades de interesse social, 
sendo admitidas em Áreas de Preservação Permanente (APP), como margens de 
rios (BRASIL, 2012). (BARRETO, DIEB, 2017, p.2). 
Por meio de pedestres, ciclovias e pontes, parques lineares reintegram rios e 
córregos urbanos em seus arredores, conectando bairros com diferentes 
características e usos e, consequentemente, contribuindo para a dinâmica da cidade 
(PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA, 2011; TIMUR, 2013). (BARRETO, 
DIEB, 2017, p.2 e 3). 
Eles também beneficiam a população, proporcionando espaços para variados 
tipos de usuários e lazer, tais como atividades recreativas, contemplativas e culturais 
(CENGIZ, 2013; FRIEDRICH, 2007). (BARRETO, DIEB, 2017, p.3). 
24 
 
6.3 ANÁLISE DE CORRELATOS 
 
6.3.1 Parque Urbano e Vivencial do Gama 
 
Figura 06: Perspectiva aérea. 
 
 
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/12.144/4596. 
 
O Parque Urbano e Vivencial do Gama (figura 06) foi projetado pelos 
arquitetos Luciana B. M. Schenk, Leandro Rodolfo Schenck, Mailton Sevilha, 
Lisandra dos Santos Casagrande e Michel Platini Barbosa para Brasília em 2012. 
Beneficiará mais de 140 mil moradores, proporcionando lazer e um espaço para 
esportes, contando com quadras poliesportiva, chuveiro, ciclovia, pista de cooper, 
campo de futebol, guarita e estacionamento. (PORTAL VITRUVIUS, 2012). 
 
O projeto de um parque no distrito federal impunha considerações 
acerca da qualidade do partido empregado: a opção de firmar uma 
chave contemporânea relaciona-se especialmente à expectativa de 
gerar um lugar de grande capacidade significativa; novo, não apenas 
no que diz respeito à proposta dos equipamentos e arquiteturas, mas 
também por procurar agregar a essas edificações uma espacialidade 
que provocasse uma singular experiência, deslocada das concepções 
de parques mais comuns, sem descuidar, contudo, de questões caras 
à arquitetura da paisagem como as condições de relevo, corpos de 
água e fitogeografia. (SCHENK; et al., 2012). 
 
 
 
 
25 
 
Figura 07: Croqui conceptivo. 
 
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/12.144/4596. 
 
A ideia foi gerar uma implantação na qual um suposto eixo de água, 
nublado pelo ir e vir de seus canais, dessa origem a uma ocupação 
em gradientes: nas proximidades dos afloramentos de água e áreas 
brejosas, lugares mais naturalizados e de menor impacto ambiental, 
marcados pela presença de buritis, palmáceas que denotam a 
presença de água à distância na paisagem. Nas bordas, próximas ao 
urbano já consolidado, a maior presença das arquiteturas, ocupações 
de maior densidade e uso. Nas regiões intermediárias, modulações 
dessas ambiências, zonas de transição nas quais conviveriam 
qualidades de uma e outra parte. (SCHENK; ET AL., 2012). 
 
 
6.3.2 Vilamarina Building 
 
Figura 08: Edifício Vilamarina. 
 
Fonte: http://arquitectura.estudioquagliata.com/tag/batlle-i-roig-arquitectes 
http://arquitectura.estudioquagliata.com/socializarq/vilamarina-building-batlle-i-roig-arquitectes
26 
 
Localizado em Barcelona, Espanha, com uma área de 197,000 m², a 
Vilamarina Building (figura 08) foi desenvolvido pelo escritório Batlle i Roig 
Architectes, sendo os arquiteos Enric Batlle, Joan Roig, Ricardo Sanahuja, Juan 
Manuel Sanahuja responsáveis pelo mesmo. 
 
Figura 09: Edifício Vilamarina. 
 
Fonte: http://arquitectura.estudioquagliata.com/tag/batlle-i-roig-arquitectes. 
 
Os edifícios foram projetados com uma grande base prismática de três 
andares. O piso térreo, principalmente comercial, é distribuído em torno das lojas e 
entrada das moradias na “Avinguda Germans Gabrielistes”, que era considerada 
uma grande via pedestre com o poder de relacionar o todo com o parque e a cidade. 
(BATTLE I ROIG ARQUITECTES, 2013). 
As 320 moradias são distribuídas em dez blocos de 12 andares, inter-
relacionados no primeiro e segundo andares por uma tira de apartamentos duplex 
sobre a loja na avenida, com o objetivo de trazer nova vida à rua e revitalizar a frente 
com vista para o parque. (BATTLE I ROIG ARQUITECTES, 2013). 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 10: Edifício Vilamarina. 
 
Fonte: http://arquitectura.estudioquagliata.com/tag/batlle-i-roig-arquitectes. 
 
O Parc de la Marina surgiu como o ponto culminante do corredor verde da 
Riera de Sant Climent. O curso de água é descoberto através do parque, gerando 
bacias para os lados que, no caso de um aumento no volume de fluxo, proporcionam 
controle temporário de inundações. O sistema de árvores e caminhos para o norte 
abre e infiltra-se no parque, organizando uma variedade de rotas. Existem dois tipos 
de caminhos: um no nível do solo geral e um que se adapta às mudanças de 
topografia ou à construção de passarelas, escalando ou cruzando o curso de água 
ou ruas adjacentes. Essas mudanças na topografia sob a forma de dunas servem 
para criar diferentes áreas para abrigar vários usos do parque: um anfiteatro natural, 
um parque infantil, um jardim aromático, pinhais e áreas de piquenique.(BATTLE I 
ROIG ARQUITECTES, 2013). 
 
Figura 11: Parc de la Marina 
 
Fonte: http://arquitectura.estudioquagliata.com/tag/batlle-i-roig-arquitectes. 
28 
 
Figura 12: Parc de la Marina, vista aérea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Maps, 2018. 
 
 
6.3.3 High Line 
 
Figura 13: High Line Park 
 
Fonte: https://www.visitenovayork.com.br/high-line-park-em-nova-york/. 
 
High Line Park, em colaboraçãocom James Corner Field Operations e Piet 
Oudolf, é um novo parque público de 2,33 km construído em uma estrada de ferro 
elevada abandonada que se estende do Meatpacking District até o Hudson Rail 
Yards em Manhattan. Inspirado pela beleza melancólica e indisciplinada desta ruína 
29 
 
pós-industrial, onde a natureza recuperou uma parte da infraestrutura urbana, o 
novo parque interpreta sua herança. Traduz a biodiversidade que se enraizou depois 
de ter caído em ruínas em uma série de microclimas urbanos específicos do local ao 
longo do trecho da ferrovia que incluem espaços ensolarados, com sombra, úmidos, 
secos, ventosos e abrigados. (VISITE NOVA YORK). 
 
Figura 14: High Line, vista aérea olhando para o sul. 
 
Fonte: https://dsrny.com/project/high-line. 
 
O High Line é totalmente acessível a cadeiras de rodas. O High Line tem 
acesso para cadeira de rodas via elevador na Gansevoort Street, 14th Street, 16th 
Street, 23rd Street e 30th Street; e também no nível da rua na 34th Street. Os 
banheiros acessíveis para cadeiras de rodas estão localizados na Rua Gansevoort e 
na 16th Street. (VISITE NOVA YORK). 
30 
 
Figura 15: High Line, com área acessível. 
 
Fonte: http://cadeiravoadora.blogspot.com/2013/11/high-line-park-jardim-suspenso-ao.html. 
 
 
6.3.4 Parque Linear do Recanto das Flores 
 
Figura 16: Parque Luiz Antonio Correa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://diariorp.com.br/2016/07/28/parque-linear-e-sucesso-em-rgs/. 
31 
 
 A cidade de Rio Grande da Serra-SP em 2016 recebeu um novo parque 
linear, na Avenida José Bello, número 1.000, atendendo a população da região que 
engloba a Vila Conde, Recanto das Flores, Vila Tsuzuki e bairros vizinhos. 
 Em uma área de 18.041,90 m², o espaço recebeu o nome de Luiz Antonio 
Correa, em homenagem a um empresário e morador da cidade. (DIÁRIO DE 
RIBEIRÃO PRETO, 2016). 
 Este amplo espaço de lazer que abriga crianças, jovens e famílias, conta com 
quadra esportiva, ciclovia, playground, wi-fi, entre outros atrativos. (DI RAMON, 
2016). 
 
Figura 17: Área de recreação Parque Luiz Antonio Correa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://diramon.blogspot.com.br/2016/07/populacao-aprova-parque-linear.html. 
 
 
6.3 MEMORIAL EXPLICATIVO 
 
6.3.1 Conceito e Partido 
 
A arquitetura paisagística é denominada como “a arte e técnica de promover o 
projeto, planejamento, gestão e preservação de espaços livres, urbanos ou não, de 
forma a processar micro e macropaisagens”. (JORNAL NOVA FRONTEIRA, 2008). 
Como conceito, o projeto paisagístico no bairro Jardim Novo Horizonte, tem a 
intenção de transmitir bem estar, criar espaços agradáveis, proporcionar momentos 
em família, vida saudável ao ar livre, enfim, atender as necessidades da população 
32 
 
local, desde a infância até a fase adulta, com a criação do parque linear ao lado da 
área de preservação ambiental atenderá toda a população de Carambeí. 
Para o projeto, o partido adotado foi o de manter o máximo possível da 
topografia original do terreno, para que o parque não tenha grandes inclinações, 
para assim facilitar a acessibilidade e trazer maior harmonia as habitações e a área 
verde. 
O parque linear para o bairro Novo Horizonte foi pensada para incentivar a 
prática de esportes, com quadras de futebol, basquete, vôlei e tênis de mesa, pista 
de skate, bicicross, pista de caminhada, ciclovia, áreas de playground e ginástica, 
além de área para piquenique e do anfiteatro ao ar livre, aonde será possível 
conviver com amigos e familiares, ligando as áreas de habitações sociais. 
 O projeto é de preservação ambiental, onde o objetivo é de preservar a 
vegetação existente e impedir a ocupação irregular. Este parque contará com pista 
de caminhada e ciclovia, passando pelos bairros Jardim Bela Vista II, Jardim Novo 
Horizonte e Jardim Belo Vista III, disponibilizando mais uma área recreativa para a 
população municipal. 
 
 
6.3.2 Usuário e Programa de Necessidades 
 
O projeto deverá atender as diferentes idades, desde as crianças até os 
adultos, oferecendo uma grande diversidade aos usuários, com áreas para 
atividades esportivas, lúdicas e culturais. 
Oferecendo a toda população: 
 Academia ao ar livre; 
 Arquibancadas; 
 Bebedouros; 
 Bicicletário; 
 Bicicross; 
 Caminhos; 
 Ciclovia; 
 Dois Playgrounds; 
 Duas quadras poliesportivas; 
33 
 
 Espaços de estar; 
 Estacionamento; 
 Horta comunitária; 
 Instalações sanitárias; 
 Mobiliário urbano; 
 Pista de caminhada/corrida; 
 Pista de caminhada; 
 Pista de skate; 
 Pista de skate; 
 Quadra de tênis; 
 Quadra de vôlei de areia; 
 Quadra socity; 
 Teatro ao ar livre; 
 Tênis de mesa. 
 
 
6.3.3 Análise do entorno 
 
O projeto da rua modelo será desenvolvido na área mostrada abaixo, na 
figura 18, com a melhoria das calçadas e paisagismo, sendo feita uma horta 
comunitária para os moradores no parque linear, que será projetado na área de 
preservação ambiental, onde atualmente está sendo ocupado irregularmente (figura 
19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Figura 18: Vista aérea do existente na Rua Jasmim, que será realizada a reabilitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Maps, 2015. 
 
Figura 19: Vista aérea da área de preservação ambiental. 
Fonte: Google Maps, 2015. 
A área em questão para o parque linear possui casas que foram construídas 
irregularmente, ou seja, há famílias que estão vivendo em área de invasão. Para 
35 
 
solucionar tal problema de moradia irregular, as famílias desta área têm prioridade 
para serem selecionadas para as casas que estão sendo construídas pelo FAR no 
bairro. 
 Outra solução para tirar as moradias irregulares é a através da 
desapropriação por interesse social que está diretamente relacionado à justa 
distribuição da propriedade e se destina a prestigiar a concretude das finalidades 
sociais. O Poder Público almeja, por meio da desapropriação, dar melhor 
aproveitamento, utilização ou produtividade - da propriedade - em benefício da 
coletividade. (CRETELLA JÚNIOR, 1998). 
 Segundo o Código Civil, o artigo 2° da Lei 4.132/62, que define os casos de 
desapropriação por interesse social e dispõe sobre sua aplicação, assim considera 
como hipóteses de desapropriação por interesse social: 
 
i) o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem 
correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e 
consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por 
seu destino econômico; 
ii) o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de 
povoamento e trabalho agrícola; a manutenção de posseiros em 
terrenos urbanos onde, com a tolerância expressa ou tácita do 
proprietário, tenham construído sua habilitação, formando núcleos 
residenciais de mais de 10 (dez) famílias; 
iii) a construção de casas populares; 
iv) as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela 
conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de 
saneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento de 
água e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas socialmente 
aproveitadas; 
v) a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de 
água e de reservas florestais e 
vi) a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, 
sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas. 
(JUSBRASIL, 1962). 
 
 Destarte, se verifica, portanto, que o Poder Público por meio da 
desapropriação por interesse social busca o atendimento das necessidades da 
coletividade ou a certos beneficiários que a Lei credencia para recebê-los e utilizá-
los convenientemente. 
 Assim sendo, a desapropriação por interesse social visa a solucionar os 
problemas sociais e atender aos clames das populações mais pobres, 
proporcionando-lhes melhores condições de vida. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109257/lei-4132-6236 
 
 Para a implantação do parque linear deve ter uma faixa de 15 metros ao 
longo de cada uma das margens dos cursos d’água e fundos de vale, como área 
non aedificandi. O parque possibilitará a requalificação do espaço público, onde 
serão delimitadas áreas de preservação, lazer e recreação conjugadas com 
estruturas de transporte não motorizado, como calçadas, ciclo faixas e/ou ciclovias, 
além de outros dispositivos que contribuam para melhoria na qualidade e na 
segurança da apropriação do espaço público pelos moradores e para o aumento de 
áreas urbanas verdes. 
O parque beneficiará também as 49 unidades habitacionais que estão sendo 
construídas pelo projeto FAR, que é uma modalidade do programa Minha Casa 
Minha Vida do Governo Federal. 
 
Figura 20: Vista aérea da área das novas unidades habitacionais. 
 
Fonte: Google Maps, 2015. 
 
 
 
 
37 
 
6.3.4 Diagramas Funcionais 
 
Figura 21: Organograma mostrando a hierarquia e as relações das áreas existentes no projeto. 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 22: Fluxograma. 
 
Fonte: Autora, 2018. 
38 
 
6.3.5 Contexto e Implantação 
 
 A Rua Jasmim do Bairro Jardim Novo Horizonte que servirá de modelo para 
as outras ruas do bairro, está em processo de pavimentação asfáltica, o que 
melhorará a vida das famílias dessa área de habitação de interesse social. 
 
Figura 23: Início da Rua Jasmim. 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 24: Habitações da Rua Jasmim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora, 2018. 
39 
 
Figura 25: Implantação da Rua Jasmim que será modelo para o bairro e do Parque Linear. 
 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
 O parque linear será na área de preservação (figura 26) ambiental, que em 
algumas áreas está sendo usado com depósito de lixo e entulhos (figuras 28 e 29), 
ocupado irregularmente com algumas casas (figura 27). O objetivo do parque será 
de recuperar as áreas degradadas (figura 30). 
 
Figura 26: Área de preservação ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
40 
 
Figura 27: Local ocupado irregularmente na área de preservação ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 28: Área de preservação ambiental sendo usado para jogar lixo. 
 Fonte: Autora, 2018. 
 
 
41 
 
 
Figura 29: Área de preservação ambiental sendo usado como depósito de entulhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 30: Perspectiva do parque linear. 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
 
 
42 
 
 O projeto do FAR que construirá 49 unidades habitacionais no Bairro Jardim 
Novo Horizonte para retirar as famílias que estão vivendo em áreas irregulares já 
está sendo realizado. 
 
Figura 31: Canteiro de obras do FAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
6.3.6 Zoneamento 
 
 Os artigos 24 e 25 da Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano de Carambeí 
incorporam à legislação municipal a figura das Zonas Especiais de Interesse Sociais 
(ZEIS), criação jurídica destinada a auxiliar na regularização de áreas ocupadas por 
população de baixa renda, mas também para abrigar conjuntos de habitação popular 
implantados por iniciativa pública ou privada, área onde o projeto será desenvolvido. 
 Nas ZEIS, a lei municipal proíbe a redução de largura das caixas de vias, que 
devem seguir rigorosamente o estabelecido na Lei do Sistema Viário. 
 A decretação de ZEIS exige parecer prévio do Conselho de Desenvolvimento 
Urbano, porém poderá se dar por decreto do Prefeito, o que agiliza o procedimento. 
De qualquer modo, as regras gerais do aproveitamento serão as mesmas da região 
de entorno, com exceção do tamanho dos lotes. (PLHIS CARAMBEÍ, 2009, p.75). 
 De acordo com o Plano Diretor alterada a Lei Municipal n° 531/2007 para Lei 
980/2013 que regula o Uso e a Ocupação do Solo Urbano de Carambeí: 
43 
 
Art 5° - Fica estabelecido que nas ZEIS – Zonas Especiais de 
Interesse Social, o recuo frontal será de 3,00 m, e, laterais e fundos 
1,50 m. 
 
Figura 32: Mapa de Zoneamento do Município de Carambeí. 
 
Fonte: Plano Diretor Municipal de Carambeí. 
 
 
 
44 
 
Fica estabelecido no Plano Diretor sobre as ZEIS: 
 
Capítulo VII 
Das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) 
Art. 24 – A instituição de zonas especiais de interesse social (ZEIS) 
constituirá instrumento de regularização de ocupações espontâneas, 
de relocação de habitações assentadas sobre áreas de risco e de 
proporcionalmente de habitação social às famílias de baixa renda. 
Art. 25 – O Poder Executivo decretará, desde que expressamente 
autorizado pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, Zonas 
Especiais de Interesse Social (ZEIS), exclusivamente no interior nas 
zonas urbanas de baixa e média densidade (Z1 e Z2), para a 
implantação de conjuntos de habitação social, por iniciativa de 
entidade pública ou companhia estatal ou mista, de alçada federal, 
estadual ou municipal e por entidades não governamentais sem 
finalidade lucrativa. 
§ 1º – Nas zonas especiais de interesse social (ZEIS) de que trata o 
caput do presente artigo, não serão aplicáveis as dimensões de lote 
urbano mínimo constantes do Quadro 2, anexo e integrante desta lei, 
mas apenas os determinados pela Lei Federal 6.766/1979 ou diploma 
legal que venha a complementá-lo ou revogá-lo. 
§ 2º – Todas as demais características da ocupação do solo urbano 
aplicáveis às zonas especiais de interesse social (ZEIS) de que trata 
o caput do presente artigo serão mantidas idênticas às da zona 
urbana onde inseridas. 
§ 3º – Não será admitida, no caso das zonas especiais de interesse 
social (ZEIS) de que trata o caput do presente artigo, nenhuma 
redução nas características mínimas exigíveis para as vias públicas, 
constantes da Lei do Sistema Viário. 
 
Segundo o capítulo IV do Plano Diretor “Do zoneamento” fica estabelecido: 
 
Art. 9
o
 – As zonas verdes de uso restrito (ZV) são constituídas pelas 
áreas de preservação strictu sensu sujeitas às restrições do Código 
Florestal e os maciços florestais remanescentes em zona urbana e 
pelos parques urbanos, contíguos ou não às zonas de preservação 
permanente, admitindo, fora das áreas non edificandii definidas pela 
legislação federal, a construção de edificações destinadas ao uso 
comunitário ou público, sendo vedada a construção de moradias de 
qualquer natureza. 
 
 
 
 
 
 
45 
 
Figura 33: Áreas de Preservação Ambiental da Zona Urbana do Município de Carambeí. 
 
Fonte: PLHIS CARAMBEÍ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
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53 
 
ANEXOS 
 
Anexo A – Estatuto da Cidade 
 
LEI Nº 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001. 
 
Seção X 
Das operações urbanas consorciadas 
 
Art. 32. Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar 
área para aplicação de operações consorciadas. 
§ 1o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e 
medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos 
proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o 
objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias 
sociais e a valorização ambiental. 
§ 2o Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras 
medidas: 
I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e 
ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, 
considerado o impacto ambiental delas decorrente; 
II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em 
desacordo com a legislação vigente. 
Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada 
constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo: 
I – definição da área a ser atingida; 
II – programa básico de ocupação da área; 
III – programa de atendimento econômico e social para a população 
diretamente afetada pela operação; 
IV – finalidades da operação; 
V – estudo prévio de impacto de vizinhança; 
54 
 
VI – contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e 
investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I 
e II do § 2o do art. 32 desta Lei; 
VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com 
representação da sociedade civil. 
§ 1o Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI 
deste artigo serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana 
consorciada. 
§ 2o A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as 
licenças e autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em 
desacordo com o plano de operação urbana consorciada. 
Art. 34. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá 
prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de 
potencial adicional de construção, que serão alienados em leilão ou utilizados 
diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação. 
§ 1o Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente 
negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da 
operação. 
§ 2o Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial 
adicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões 
estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei 
específica que aprovar a operação urbana consorciada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
Anexo B - Código Florestal 
 
LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965. 
 
Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, 
as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: 
ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa 
marginal cuja largura mínima será: 
1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de 
largura; 
2 - de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 
(cinquenta) metros de largura; 
3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 
(duzentos) metros de largura; 
4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 
600 (seiscentos) metros de largura; 
5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 
600 (seiscentos) metros 
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; 
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", 
qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) 
metros de largura. 
 
Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as 
compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões 
metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-
á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os 
princípios e limites a que se refereeste artigo. 
 
 
 
 
 
 
56 
 
Anexo C – Política Nacional do Meio Ambiente 
 
LEI Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. 
 
Da Política Nacional do Meio Ambiente: 
 
Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, 
no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da 
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os 
seguintes princípios: 
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando 
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e 
protegido, tendo em vista o uso coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso 
racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da 
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio 
ambiente. 
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: 
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de 
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas; 
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das 
características do meio ambiente; 
57 
 
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades 
que direta ou indiretamente: 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos; 
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, 
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação 
ambiental; 
V - recursos ambientais, a atmosfera, as águas interiores, superficiais e 
subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da 
biosfera. 
Dos objetivos da política nacional do meio ambiente 
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: 
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a 
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à 
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de 
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas 
para o uso racional de recursos ambientais; 
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de 
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a 
necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua 
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do 
equilíbrio ecológico propício à vida; 
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou 
indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de 
recursos ambientais com fins econômicos. 
58 
 
Art. 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formuladas 
em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona 
com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, 
observados os princípios estabelecidos no art. 2º desta Lei. 
 
Parágrafo único - As atividades empresariais públicas ou privadas serão 
exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
Anexo D – Resolução Conama nº. 303, de 20 de março de 2002 
 
[...] 
Art. 3o Constitui Área de Preservação Permanente a área situada: 
I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção 
horizontal, com largura mínima, de: 
a) trinta metros, para o curso d’água com menos de dez metros de largura; 
b) cinquenta metros, para o curso d’água com dez a cinquenta metros de 
largura; 
c) cem metros, para o curso d’água com cinquenta a duzentos metros de 
largura; 
d) duzentos metros, para o curso d’água com duzentos a seiscentos metros 
de 
largura; 
e) quinhentos metros, para o curso d’água com mais de seiscentos metros de 
largura; 
II - ao redor de nascente ou olho d’água, ainda que intermitente, com raio 
mínimo de cinquenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia 
hidrográfica contribuinte; 
III - ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de: 
a) trinta metros, para os que estejam situados em áreas urbanas 
consolidadas;

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