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1. SOCIOLOGIA E O PAPEL DA EXTENSÃO RURAL Sociologia: Ciência que estuda a vida social humana; Investiga as relações sociais entre os diferentes grupos, seus conflitos e conexões. Estuda: Relações entre pessoas, Diversidade Social. Nova perspectiva sobre situações de natureza individual, mas que atingem a coletividade Ex: Desemprego Tragédia p/ o indivíduo que ecoa em toda cadeia social Afeta economia / Acentua desigualdade social Agrava violência, fome, etc. Analisa os fenômenos de interação entre indivíduos na sociedade, estamos sempre exercendo e sofrendo influência uns sobre os outros. Surgimento da Sociologia: Meados do Séc. XIX - Filósofo francês Auguste Comte “Pai da Sociologia”. Estudo que reunisse as principais áreas do conhecimento das ciências humanas; compreensão dos aspectos do homem e fenômenos nas diversas realidades sociais Autores Clássicos da Sociologia: Formularam as ideias mais gerais da Sociologia enquanto ciência. Karl Marx - Sociólogo alemão Analisou Capitalismo, Sociedade Industrial e Luta de Classes Capitalismo = Desigualdade e Exploração; Émile Durkheim - Sociólogo francês Fundador da Escola Francesa de Sociologia Coesão e Integração para sociedade se manter; Max Weber - Sociólogo alemão Preocupação central era compreender os indivíduos e suas ações 1. Analise o pensamento abaixo, fazendo relação com a realidade social contemporânea: “Quanto mais aumenta o capital produtivo, tanto mais se estendem a divisão do trabalho e o emprego da máquina, quanto mais a divisão do trabalho e o emprego do maquinismo aumentam, mais a concorrência entre os operários cresce e mais se contrai seu salário. ” Karl Marx 2. EXTENSÃO RURAL Ação educativa = Troca de conhecimento entre o que educa e o educado Ambos aprendem, conhecem e crescem Apoia desenvolvimento econômico, social e cultural dos produtores rurais; Modelo Produtivo Agropecuário: Tripé: Ensino/Pesquisa/Extensão. Responsáveis: Instituições de Ensino Superior e Pesquisa. Emater: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Estado do Pará. Missão: Contribuir com soluções p/ agricultura familiar, com serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisas baseadas em princípios éticos e agroecológicos. Visão: Ser reconhecida pela excelência em assistência técnica, extensão rural e pesquisa para Agricultura Familiar Amazônica. Lei nº 12.188 de 12 de Janeiro de 2010: Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PRONATER, altera a Lei n° 8.666 de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. Art. 2º Para os fins desta Lei, entende-se por: I - Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER: serviço de educação informal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais. Modelo Construtivista-Agroecológico: Metodologias participativas; valorização dos saberes dos agricultores; sustentabilidade; co-evolução homem-natureza. Sistema de educação formal, em sala de aula; sistema de educação informal, proporcionado pelo extensionista. Extensionista: É um educador (comunicador) comprometido com a sociedade, facilitador e mediador de uma prática pedagógica que busca estimular e desenvolver a curiosidade do homem como condição de liberdade e construção e reconstrução do mundo. Profissional habilitado; bem informado; bom técnico; postura democrática e participativa. Analisa a situação, identificando problemas e causas. Orienta uso de tecnologias = modernização agrícola; avalia riscos e incertezas; gestor de processos locais de desenvolvimento. Objetivo: Aumento da Produção e da Produtividade. 3. FUNDAMENTOS DA EXTENSÃO RURAL Dimensão da Extensão Rural: Ideia de estender algo de algum lugar até outro. Modernização da Agricultura - Visa Desenvolvimento; melhoria das Condições de Saúde, campanhas educativas relativas à redução de agrotóxicos ou cuidados com alimentação; condições Ambientais - Uso racional dos recursos; melhoria nos Mercados. Público: Agricultores familiares; assentados de Reforma Agrária; Indígenas; Quilombolas; Ribeirinhos; Pescadores A assistência técnica e a extensão rural são serviços de importância fundamental no processo de desenvolvimento rural e da atividade agropecuária. Sobre a extensão rural no Brasil, assinale a alternativa correta: Fases da Extensão Rural no Brasil: Primeira Fase: 1948 a 1960: 1948: Associação de Crédito e Assistência Rural (ACAR) em MG Instituição Estadual de ATER Interlocutor entre Agricultores e Instituições Geradoras de Inovação Agropecuária, Chamada de “Assistencialismo Familiar” Ações Paternalistas Atenção centrada nas famílias e comunidades mais pobres Projetos de Desenvolvimento Agrícola Crédito Rural Subsidiado Objetivo: Aumento da Produtividade Agrícola; bem estar das Famílias Rurais; expansão da ACAR no território nacional Institucionalização efetiva de um serviço de ATER 1956: Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR) Entidade Privada que Congregava todas as ACARs Coordenava o serviço de ATER. Segunda Fase: Década 60: “Difusionismo Produtivista” Modernização Agrícola; novas exigências do modelo de Desenvolvimento Homem do Campo na Dinâmica da Economia de Mercado; Objetivo: Aumento da Produtividade Agrícola Mudança da Mentalidade Produtores: “Tradicional” p/ “Moderno”; 1965: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) (EMATER), Soluções p/ a Agricultura Familiar, Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural Extensão Rural (Processo cooperativo educacional, conhecimentos sobre agricultura, pecuária e economia doméstica aos adultos e jovens do meio rural, caráter coletivo-alcança população maior, modifica hábitos e atitudes, nos aspectos técnico, econômico, cultural e social); Assistência Técnica (Aplicação de tecnologia (método) via técnico, técnico-Detentor do saber e não transfere, dependência do produtor em relação ao técnico, caráter individual-alcance mais restrito) Terceira Fase: Década 70 1974: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Inovação Agropecuária. 1975: Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER), difusão da Inovação no Ambiente Rural; Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR); Associação de Crédito e Assistência Rural (ACARs) Incorporadas Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) Subordinada a EMBRATER p/ receber auxílio financeiro. Revolução Verde 1970 e 1980 – Pacote de Medidas: Adoção de Políticas Agrícolas de Transferência de Tecnologias de Produção Agropecuária – Mecanização; Adoção de Insumos Químicos. Objetivo: Aumento da produção agrícola mundial Maximizar produção de alimentos – suprimir fome e pobreza. Efeitos: Concentração de terras, uso intensivo de agrotóxicos e adubos químicos agravamento da erosão dos solos. População Rural Empobrecida - Famílias "Baixa Renda” Permaneceu na periferia 1973 e 1979: Crise do Petróleo; aumento taxas de juros internacionais 1980: Crise da dívida brasileira Abalaram Estado desenvolvimentista Brasileiro Governos Federal e Estaduais - Severa Crise. EMBRATER: Cortes orçamentários, redução da capacidade de atuação. Quarta Fase: Década de 1990: Governo Fernando Collor de Mello 1990 - Extinção da EMBRATER Esforço em promover ajuste fiscal; Implantação de Políticas Públicas Estaduais Governos Estaduais - Financiamento das EMATERs Diferente capacidade fiscal dos Estados Funcionamento varia 1995: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) Oferecer Crédito Agrícola a taxas subsidiadas Quinta Fase:2000 Período Atual Início de 2000: Ressurge debate político em torno do desenvolvimento rural brasileiro, trazendo consigo a questão da ATER 2001: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); 2003: Transferência da competência p/ lidar com ATER Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) p/ MDA Novo Modelo de ATER: Menor destaque do desenvolvimentismo produtivista prevalecente no 1º período da ATER no Brasil (1948-1990) p/ novo paradigmaque incorporasse os ideais do desenvolvimento sustentável e de conceitos da agroecologia. A extensão rural no Brasil passa por um momento de redefinições. Em sua trajetória histórica não é a primeira vez que isto acontece. Desde sua origem oficial, no final dos anos de 1940, este serviço, predominantemente público, já passou por crises, reorientações teóricas e institucionais e reposicionamentos políticos diversos. Repensar da Extensão Rural: Proposta de mudança na filosofia e metodologia de ação; extensionismo mais dialógico, participativo e democrático; orientada p/ Mercado Interno e Agricultura de Subsistência Priorizasse pequenos Agricultores; criação de linhas especiais de Crédito Rural Compra de Máquinas, Equipamentos e Insumos Subsídios p/ Instalação do Emergente Setor Agro-industrial. Lei nº 12.188 de 12 de Janeiro de 2010 Institui Política Nacional de ATER p/ a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o Programa Nacional de ATER da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PRONATER Art. 2º Para os fins desta Lei, entende-se por: I - Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER: serviço de educação informal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais. Princípios Norteadores do Novo Modelo de ATER: 1º) Assegurar, com exclusividade, aos agricultores familiares o serviço de ATER pública e gratuita; 2º) Promover o desenvolvimento rural sustentável; 3º) Adotar uma abordagem multidisciplinar baseada nos princípios da agroecologia para a ATER; 4º) Adotar um modo de gestão democrática da política, incluindo o controle social da mesma; 5º) Desenvolver processos educativos permanentes e continuados no âmbito da PNATER O serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), ao longo dos anos, tem contribuído para o desenvolvimento da agricultura familiar. Com base nessa afirmação, analise as alternativas abaixo. 4. DO MODELO DIFUSIONISTA À AÇÃO CONSTRUTIVISTA DA EXTENSÃO RURAL Difusionista: baseada em receituários técnicos. Construtivista: Aprendizado derivado da inter-relação dos conhecimentos do extensionista e do agricultor Aponta caminho p/ verdadeira comunicação com o rural Extensão Rural Difusionista: estender algo de algum lugar até outro; Foco é o Desenvolvimento Rural Modelo de Agricultura era o da Modernização; Processo unilateral de transmissão de conhecimentos Extensão Rural Construtivista: Construção do Conhecimento junto aos Agricultores; Ação de ensino aprendizagem, onde saberes técnico científicos agregam-se aos saberes empíricos, gerando um terceiro conhecimento; Conhecimento Técnico + Conhecimento dos Agricultores = Outro conhecimento; Não desvaloriza conhecimentos técnicos, mas também não os diviniza; Nova Perspectiva Pedagógica: Não há pessoas que sabem mais e pessoas que sabem menos, mas pessoas que possuem saberes diferentes nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo; Novas formas de se relacionar com a natureza: Agroecologia e Sustentabilidade; Conhecimento do agricultor é fundamental no processo de mudança; Práticas são orientadas por um processo de construção, não mais por um processo de difusão de informação; Integração dos Conhecimentos: Superação do distanciamento da intervenção técnica da realidade das famílias de agricultores; Desenvolvimento rural, afirmando as bases de uma apropriação popular dos saberes, o que garante a perpetuação do conhecimento e sua evolução; Processo não é interrompido na ausência do extensionista, pois agricultores são protagonistas; Conhecimentos construídos e não somente transmitidos. Agricultor Adquire compreensão dos processos, não se vale de receitas p/ orientar práticas, Extensionista Contribui e fomenta o processo educativo, postura dialógica e circular Troca de conhecimento e não repasse Processo contínuo de construção do conhecimento: Considera saberes do agricultor Respeitando tempo p/ tomada de decisões; Atua em todas etapas de produção: Formação, Implantação ou Modificação do Sistema de Produção Facilitação do Acesso ao Crédito e Mercados; Tende a mudar a realidade A Comunicação para o Rural: Não pode conter termos e expressões desconhecidas pelos agricultores Linguagem, oral e escrita, deve ser clara e objetiva; Sempre opte pelo diálogo, ou seja, converse com os agricultores e não fale p/ eles; Pouca disposição p/ processos comunicativos nos moldes de aula ou palestra; Horários das atividades acordadas e planejadas respeitando características dos agricultores turno e dia que achem melhor, duração máx. de 3 hs p/ não ser cansativo e improdutivo; Necessidade de adequação dos materiais de apoio com a realidade; Em atividades como: dia de campo, curso, viagem de estudos é importante convite p/ cada família (valorização) Extensão rural deve trabalhar com a família toda; Nunca subestime os conhecimentos dos agricultores, eles sempre sabem mais do que deixam transparecer; Postura profissional é fundamental p/ construir relação de confiança com agricultores; Responsabilidade, Pontualidade e Cumprimento de acordos são imprescindíveis A melhor solução tecnológica é aquela que resolve os problemas da família de agricultores, cabe no seu bolso e está de acordo com as características agroecossistêmicas. 5. QUADRO HISTÓRICO-INSTITUCIONAL E PERSPECTIVAS DA EXTENSÃO RURAL Agrícola - Agricultura considerada “atrasada” e rudimentar “Modernização” do Campo: Introdução de tecnologias de modernização da agricultura Migração das ações da agricultura - (a) Público da agricultura de pequena escala (b) Público da agricultura empresarial, considerado mais apto a dar respostas. Extensão Rural Difusionista: Extensionista - Especialista em Difusão Persuadir agricultores à adoção de inovações tecnológicas; Integrou a custo elevado a agricultura aos mercados; Dependência de insumos externos a propriedade; Êxodo rural massivo dos agricultores menos aptos à modernização - Exclusão do processo Vítimas e desamparados pelo Estado. Redefinição da Concepção de Desenvolvimento Rural: Novos referencias metodológicos p/ a Extensão Rural; Enfoque participativo e com trabalho inclusivo p/ agricultores mais pobres; Extensão Rural Construtivista; Extensionista - Participa na Construção do Conhecimento; Agricultura sustentável com base ecológica Co-evolução homem-natureza. Perspectivas da Extensão Rural: Ser vista como Área de Conhecimento Integrador; Diálogo com outras áreas a partir de novas abordagens; Nova concepção de agricultura;~Emprego de Metodologias Participativas; Promoção de construção coletiva do conhecimento; Desafio p/ profissionais formados na perspectiva da fragmentação e imposição de conhecimentos; Investimento na Formação de Novos Profissionais; Ultrapasse discurso e se materialize em práticas didáticas; Incentivar em diferentes espaços o ensino de Extensão Rural; Semanas Acadêmicas / Oficinas Palestras / Intercâmbios; diálogo entre professores envolvidos com ensino e pesquisa em Extensão Rural e áreas afins; Educação / Sociologia / Antropologia / Ecologia, etc. Valorização da Pesquisa na área de Extensão Rural; Ampliar canais de editoraçãoe publicação de temáticas ligadas à Extensão Rural Desenvolvimento Local, Agroecologia, Cultivos, etc. Estimular Projetos de Extensão Potencialize interações com comunidades e famílias rurais 6. MÉTODOS E TÉCNICAS DE EXTENSÃO RURAL Extensão Rural: Desenvolvida com o emprego de métodos próprios, envolve a Avaliação: da execução de cada método aplicado, dos resultados obtidos, da estratégia metodológica utilizada Processo de Avaliação: 1 – Em relação à Execução do Método: avalia a ferramenta de trabalho da prática extensionista, busca-se sempre melhorar seu desempenho e utilização através da autocrítica, após sua execução Processo de Avaliação 2 – Em Relação ao Conteúdo: Avalia se objetivos estabelecidos p/ método foram atingidos, resultados observados a curto e médio prazo 3 - Quanto à Estratégia Metodológica: Analisa método executado dentro de um contexto de combinação de métodos, estratégia p/ alcançar o objetivo maior, estabelecido com participação das comunidades no planejamento nenhum método é planejado p/ ser executado isoladamente, revista e Avaliada Considerando: Frequência de uso, modificações nas Combinações, seleções de métodos Visando Aprendizado. Métodos Participativos: Importância da participação dos agricultores em processos de desenvolvimento rural, execução e domínio da maior parte das atividades, soluções associadas com sua realidade e interesse, significa tomar parte do processo, emitir opinião, concordar/discordar, construir, promoção e melhoria dos sistemas de produção, participação e Capacitação são elementos intrínsecos do desenvolvimento sustentável. Extensão Rural Construtivista: Interação de Conhecimentos, construção de ações de acordo com realidade dos agricultores, requer Métodos Participativos, envolve todas as fases da extensão rural, conhecimento Prévio da Realidade = Diagnóstico; planejamento; execução de Projeto de desenvolvimento. Fatores que Justificam a Participação: Necessidade humana e direito do cidadão; aumenta autoestima e desenvolve visão crítica Estabelece processo de mudança social e política; aborda questões de gênero e juventude rural, promovendo participação de toda a família; pessoas assumem orientação do seu desenvolvimento; estabelece cumplicidade das pessoas p/ com processo Integração, interação e sinergia entre envolvidos; soma esforços e mobiliza potenciais. Princípios da Metodologia: parte das necessidades sentidas; abordagem com grupo de agricultores; diagnóstico participativo, identificando problemas; trabalha com a própria capacidade e recursos locais; soluções baseadas, principalmente, em recursos locais; redução da dependência de recursos externos; garante sustentabilidade e replicabilidade; o simples primeiro e o complexo depois; aplicação de técnica ou solução simples; replicação por outros agricultores; após resultados concretos, tenta-se técnicas complexas; avança passo a passo de maneira gradual; a proposta da agricultura sustentável é processo ordenado e sequencial; permite maior participação da população rural; flexibilidade no tempo que cada passo requer; respeito à caminhada de cada grupo; resgata e valoriza conhecimentos e a cultura local; conhecimentos e cultura dos agricultores incorporados no processo; agricultores apresentam soluções tecnológicas mais adaptadas; Protagonismo do produtor: No centro do processo estão famílias de produtores; desenvolvem liderança e trabalham de acordo com sua capacidade e recursos; reconhece a desigualdade de gênero e atua a favor das relações equitativas entre homens e mulheres; realização de ações afirmativas que incorporem mulheres na participação e na tomada de decisões; a cultura rural tende a privilegiar a participação masculina; 80 por cento de prática e 20 por cento de teoria; agricultores aprendem fazendo e trocando experiências; aplicar conhecimentos existentes p/ resolver problemas; horizontalidade: Extensionistas são simples, amigáveis e têm relação horizontal com agricultores. Ação- reflexão-ação: Primeiro faço, depois reflito p/ poder fazer novamente com mais apropriação e adequação. Aproveita e reforça laços de solidariedade: Promove solidariedade e reciprocidade entre agricultores, incluindo homens, mulheres e jovens; modelo de desenvolvimento sustentável compreendido desde as pessoas e p/ as pessoas. Atividades e Ferramentas Metodológicas: A agricultura sustentável implica na realização de distintas atividades com emprego de ferramentas metodológicas; promovem participação dos agricultores, identificando principais problemas e soluções baseadas em suas prioridades, capacidades e recursos; buscam empoderamento da população rural; delegação de poderes de decisão, autonomia e participação. Atividades: Participação em reuniões e assembleias da comunidade; organização de reuniões onde a comunidade é convidada, é o início, onde se divulga a proposta de trabalho. Diagnóstico Rápido Participativo (DRP): Essencial no início do processo; encontra-se problemas prioritários; entendimento das unidades produtivas em seu conjunto, considerando dimensões agroecológica, econômica, social e cultural; planejamento das ações; listagem de soluções ou técnicas p/ problemas prioritários; priorização dos problemas a serem enfrentados. Intercâmbios: Visitas em comunidades ou grupos p/ troca de experiências; presenciar na prática melhorias ou técnicas realizadas por outras comunidades, visando o aprendizado; realizados de forma rotativa, reforçando a reciprocidade e cooperação entre comunidades. Experimentação: Após o alcance de determinada melhoria ou técnica, são realizadas reuniões, visitas e dias de campo; difundir, compartilhar e praticar experiências; motivar famílias; atividades participativas, didáticas e dinâmicas. Identificação de promotores: Pessoas mais comprometidas, realizam atividades com maior entusiasmo e êxito, ajudam no desenvolvimento da metodologia; oficinas metodológicas; formação e aperfeiçoamento de promotores; práticas e didáticas onde se trabalham bases conceituais e teóricas da metodologia. Estágios de vivência: Consiste nos promotores ficarem um período em outras regiões onde se realiza o mesmo trabalho; se vive e trabalha com as famílias; contato com líderes comunitários e outros promotores. As parcelas experimentais: Unidades experimentais realizadas nas propriedades p/ testar e aprender as técnicas. Os testemunhos: Reflexões das pessoas de suas experiências; aprendizagem de outras. As demonstrações didáticas: Demonstrações das técnicas promovidas. Ferramentas Metodológicas: Representação teatral, apresentam problemas e soluções, facilitam reflexão e tomada de decisão, dar voz e ação às pessoas. Dinâmicas: Animam pessoas em oficinas e reuniões, ajudam a refletir e entender melhor alguns temas. Fotografias: Meio barato e simples de fazer representações e animar, ilustram resultados nos intercâmbios ou experimentação, se convertem em testemunho do sucesso alcançado. Desenhos, mapas e cartazes: Expressam ideias sem escrever muito, áreas de cultivo, casa, instalações, estradas, rios, floresta, pastagens, etc. Mostram como era antes, como está no presente e como se pretende que seja no futuro, dizem coisas que palavras não teriam êxito. Poemas e músicas: Letra relacionada com temas dos agricultores, agricultores podem criar seus poemas e suas canções, quadros de comparação, análise e priorização, permite a análise participativa e o estabelecimento de prioridades dos problemas, identifica e seleciona melhores alternativas. Memórias de intercâmbios, oficinas e encontros: Documentos que registrem discussões e trabalhos, servem como material informativo e de motivação, exibição de sementes, produtos e materiais, utilizadas nas trocas de experiências. Programas de rádio: Êxito em convocatórias e motivação da participação, centrados no protagonismo e testemunhos dos agricultores e não em favor dasorganizações de apoio, difusão de músicas e poemas elaborados pelos agricultores. Materiais audiovisuais: Importantes, mas não se deve criar dependência, pois nem sempre é possível utilizá-los. 7. MÉTODOS DE ALCANCE INDIVIDUAL, GRUPAL E MASSAL Métodos na Extensão Rural: Desenvolveu e adaptou métodos; conjugação dos Métodos Realização de um bom trabalho; extensionista necessita conhecer, selecionar, planejar e utilizar corretamente os métodos; classificação dos Métodos: Individuais, grupais, massas. Métodos Individuais: Atingem agricultores ou suas famílias isoladamente em cada ação; contato, Visita e Entrevista; utilizados com moderação e bem planejados; custo elevado, pois alcançam uma família de cada vez; maior profundidade de ação, devido individualização Contato: Tem por objetivos: Convites, comunicados, atender agricultores no escritório quando procuram o extensionista p/ informações - não é necessário um planejamento Visita: Quando há necessidade de trabalho mais focado na propriedade; Informativa P/ implantação de novas atividades ou aperfeiçoamento das existentes; demonstração de Prática. Objetivo: Conhecer realidade das famílias e propriedades; introduzir, acompanhar, reforçar ou melhorar atividades produtivas, ambientais e sociais. Entrevista: Realizada no escritório ou campo; extensionista define: o que perguntar – concordância com objetivos, quem entrevistar – famílias envolvidas, o que concluir – devem ter fim definido. Objetivos: conhecer realidade rural ou sistemas de produção; identificar problemas; elaborar projetos de acordo com realidade; avaliar trabalhos desenvolvidos Métodos Grupais: Atingem grupo de agricultores previamente delimitado pelo extensionista Mais eficientes em relação aos individuais; Técnicas de Dinamização de Grupo: incentiva participação de todos - Tempestade de Ideias - 1 ou 2 Perguntas Problemas Claras, de fácil compreensão, em letras grandes e expostas, Levam pessoas a formularem respostas Tempestade de Ideias: Vantagens: Aplicada em grandes grupos; aumenta nº de ideias; Limitação; domínio de uma pessoa, impedindo expressão de ideias Grupos de Trabalho: Vantagem; aplicada em pequenos grupos e sem formalismo; limitação: Tempo pode ser perdido com assuntos sem importância. Métodos Grupais Reunião: Público que possui interesse e objetivos comuns; encaminha ações, soluciona problemas, discute planejamento, troca ideias e conhecimento; clima informal – agricultores a vontade; Objetivos: Introduzir ou melhorar técnicas e práticas; transmitir informações a grande nº de pessoas; promover organização comunitária; motivar público. Métodos Grupais Dia de Campo: divulgação, motivação e programação de técnicas, envolvendo tecnologias de produção, questões sociais e preservação ambiental; Objetivos: divulgar inovações tecnológicas e resultados; despertar interesse no maior nº de agricultores; Intensificar relacionamentos entre extensionista, agricultores e autoridades; promover integração municipal, regional e estadual Métodos Grupais Demonstração Técnica: Exemplo do desenvolvimento adequado de prática conhecida e comprovada; desenvolver habilidades, procurando que beneficiários da ação “aprendam a fazer fazendo” combina 3 princípios do processo de aprendizagem: Ver, ouvir, fazer. Métodos Grupais Viagem de Estudos: Alto valor na motivação dos agricultores quando desenvolve-se sistemas de produção ou práticas novas; agricultores conhecem propriedades que já desenvolvem e tem sucesso Métodos Grupais unidade de Referência: demonstração envolvendo conjunto de técnicas e manejos, já comprovadas e conhecidas; exemplo vivo na comunidade; ideal são várias propriedades unidades de referência; a medida em que surgirem resultados, propriedade passa a servir de referência. Métodos Grupais Rede de Referência: Conjunto de propriedades unidades de referência, envolve mais de um município Referência técnica, econômica, ambiental e sócia; trabalho integrado de extensionista com Universidade, Instituto Federal, Prefeitura, Instituição de Pesquisa, etc. Objetivos: ampliar pesquisa a partir de diagnóstico e resultado, realizar testes, ajustes e validação de tecnologias, subsidiar formulação de políticas de promoção da agricultura familiar, construir processos diferenciados, mais sustentáveis e mais econômicos. Métodos Massais: Atingem grande nº de agricultores, as vezes sendo difícil ser determinado o exato alcance; Atingem pessoas que, muitas vezes, não são foco da ER, como população urbana Métodos Massais Publicação educativa: Materiais impressos, ilustrados usados pela ER p/ disseminar informações aos agricultores e suas famílias; folheto - mín. De 5 e máx. de 48 folhas; folha Solta - uma só folha, sem capa; fôlder - folha impressa, dobrada uma ou mais vezes; informe Técnico - subsidiar extensionista com informações e recomendações técnicas, normalmente elaborado por agências de pesquisa e extensão. Métodos Massais Carta Circular: possui mesmo conteúdo p/ todos; motivar, convidar, informar ou recomendar técnicas Simples e compreensíveis aos agricultores; vantagens: Atinge grande nº de pessoas em suas casas; economiza tempo do extensionista, barato e de fácil elaboração. Desvantagens: Apenas mensagens simples, não permite esclarecimento, depende de um bom sistema de distribuição. Métodos Massais Programas de Rádio: Multiplica mensagem, de forma agradável, amistosa, ensejando ao ouvinte a sensação de estar em um diálogo; envia informações ao público, até mesmo p/ moradores de áreas afastadas e localidades sem energia elétrica; motiva, estimula e “vende” ideias; imediatismo, pode estar chovendo ou fazendo frio; limitações: Não permite interrupções, apenas recursos vocais p/ transmitir mensagens, sem avaliação imediata da reação dos ouvintes. 8. ORGANIZAÇÃO RURAL a) Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006: Art. 3º Agricultor Familiar - Seguintes requisitos: I - não detenha área maior do que 4 módulos fiscais; II - predominantemente mão-de-obra da própria família; III - renda familiar predominantemente de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento; IV - dirija seu estabelecimento com sua família. São também beneficiários desta Lei: I - silvicultores que cultivem florestas nativas ou exóticas e promovam manejo sustentável; II - aquiculturas que explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2 ha ou até 500 m³ de água; III - extrativistas, excluídos garimpeiros e faiscadores; IV - pescadores artesanais Podem ser criadas linhas de crédito destinadas às cooperativas e associações que atendam a percentuais mínimos de agricultores familiares em seu quadro de cooperados ou associados e de matéria-prima beneficiada, processada ou comercializada oriunda desses agricultores, (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) b) Lei nº 6.746, de 10 de dezembro 1979 Módulo Fiscal: Unidade de medida agrária, expressa em hectares (ha) variando de 5 a 110 hectares, considerando: Tipo de exploração predominante; Renda; Outras explorações não expressivas (função da renda ou área); Área mínima p/ exploração economicamente viável; Classificação fundiária das propriedades rurais: Minifúndios: até 1 módulo fiscal; Pequenas propriedades: entre 1 e 4 módulos fiscais; Médias propriedades: superior a 4 até 15 módulos fiscais; Grandes propriedades: superior a 15 módulos fiscais. Declaração de aptidão ao Pronaf (DAP): Passaporte p/ que agricultores familiares tenham acesso às políticas públicas do Governo Federal. Exemplos: Crédito Rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); Política Nacional de Assistência Técnica e ER; Programas de Compras Públicas; Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Público: Agricultura Familiar: jovens, mulheres, extrativistas, indígenas, quilombolas e pescadores artesanais, Assentados da reforma agrária c) AssociativismoForma de organização que tem como finalidade conseguir benefícios comuns p/ seus associados por meio de ações coletivas; Instrumento p/ que uma comunidade saia do anonimato e passe a ter maior expressão social, política, ambiental e econômica Associativismo no meio rural: Caminho p/ participação no mercado com melhores condições de concorrência; Aquisição de insumos e equipamentos com melhor preço e prazo; Uso coletivo de tratores, colheitadeiras e caminhões; Recursos, quando divididos entre associados, tornam- se acessíveis; Compartilhamento do custo da assistência técnica, de tecnologias e de capacitação profissional; Transformação da participação individual e familiar em grupal e comunitária: Aumenta capacidade produtiva e comercial, Promove troca de experiências e utilização de estrutura comum, Explora potencial de cada um e possibilita maior retorno financeiro; Princípios do associativismo organização rural Adesão Voluntária e Livre: Organizações abertas à participação de todos Devem conhecer e respeitar o Estatuto; Gestão Democrática: Organizações controladas por membros, Participam na criação de políticas e tomada de decisões, Gestores eleitos p/ atender necessidade de todos; Participação Econômica: todos membros participam da formação do capital, Todos têm direito aos rendimentos. Autonomia e Independência; Acordos com outras entidades; Preservação da democracia e autonomia; Educação, Formação e Informação Promovem educação e formação de membros, representantes e trabalhadores; Intercooperação Intercâmbio de informações, produtos e serviços; Compromisso com a Comunidade Visa desenvolvimento sustentável. d) Associação Grupo de duas ou mais pessoas com objetivos comuns; É uma construção e conquista social; Patrimônio formado pela contribuição dos associados, Sem fins lucrativos; Entidade de direito privado e não público; realizam operações financeiras e bancárias, sobras aplicadas na associação Objetivos da associação Estimular participação; Fortalecer laços de amizade e solidariedade; Reunir esforços p/ reivindicar melhorias; Defender interesses coletivos (objetivos comuns); Melhorar qualidade de vida; Produzir e comercializar de forma associada; Participar do desenvolvimento regional; Criando uma associação organização rural Identificar interesse de organização; Apresentar objetivos, problemas e possíveis soluções; Convocação da Assembleia Geral: Eleição Diretoria: Presidente / Vice-presidente 1º e 2º Secretário / 1º e 2º Tesoureiro Conselho Fiscal: 6 pessoas (3 titulares e 3 suplentes); Leitura do Estatuto; Ata é lavrada; Publicação da Ata e Estatuto no Diário Oficial do Estado; Registro da Associação Cartório / Receita Federal (CNPJ); Benefícios da associação Decisões aprovadas pela coletividade; Divulgação de informações se torna mais fácil; Associados unidos representam força transformadora Deveres dos associados Participação ativa nas atividades da associação; Participação política exercendo cargos; Contribuição financeira p/ manutenção da associação; Cooperativismo no meio rural Forma de Associativismo: Agricultores unidos em prol de objetivos comuns, Ganham nome e representatividade; Introdução de produtos no mercado consumidor; Políticas públicas destinadas a produção agrícola e) Cooperativas Organizações de pelo menos 20 pessoas unidas pela cooperação e ajuda mútua Sem vínculo empregatício e subordinação; Gestão democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns; Fundamenta-se na economia solidária, cooperado contribui com quantia p/ formar capital; Todos são sócios e têm mesmo poder de voto; Objetivos da cooperativa Constituir sociedade justa e livre, através de organização social e econômica; Atender necessidades dos cooperados; Obter desempenho econômico eficiente, através da produção de bens e serviços Benefícios da cooperativa Menor custo operacional em relação aos bancos, crédito imediato e adequado às condições dos cooperados; Possibilidades dos associados se beneficiarem da distribuição de sobras ou excedentes Deveres dos cooperados Contribuição igualitária p/ formação do capital; rendimentos e prejuízos financeiros são divididos; Operar com a cooperativa; Respeitar decisões da Assembleia Geral e Conselho; Criando uma cooperativa Reunir pessoas interessadas - Proposta do Estatuto; Convocação Assembléia Geral: Mínimo 20 pessoas, em horário e local determinado, ler Estatuto - aprovação ou modificação, definir administração e divisão das tarefas, Eleger Diretoria e Conselho Fiscal, Ata da Constituição é lavrada; Registrar Cooperativa: Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Junta Comercial do Estado, Receita Federal, Prefeitura Associação Definição: Sociedade civil, sem fins lucrativos. Objetivos: Promover implementação e defesa dos interesses dos seus associados, Incentivar melhoria técnica, profissional e cultural dos seus integrantes. Amparo legal: Constituição (Art. 5º) Código Civil. Cooperativa Definição: Sociedade civil/comercial, sem fins lucrativos. Objetivos: Viabilizar e desenvolver atividade produtiva dos seus cooperados, Transformar bens, atuando no mercado, Armazenar e comercializar, Dar assistência técnica e educacional aos cooperados. Amparo legal: Constituição (Art. 5º) Código Civil, Lei 5.764/71 f) Sindicalismo Corrente que defende importância de fortalecer sindicatos p/ defender classe trabalhadora; Dirigentes sindicais desenvolvem negociações com autoridades laborais do governo e empresas; Conseguir melhorias no trabalho (aumento de salário, redução de horário, maior proteção social, etc.); Sindicatos: Associação de trabalhadores do mesmo ramo ou ofício+. 9. PROJETOS DE EXTENSÃO RURAL a) Projetos de Desenvolvimento Garantem ação pactuada com a sociedade, enraizada no local, com entrelaçamento de atividades e objetivos; Criam sinergias entre organizações Ação é de responsabilidade da sociedade e não somente dos extensionistas; Processo contínuo e evolutivo, no lugar da ação fragmentada, pontual e assistencialista. b) Planejamento, Implementação e Avaliação de Projetos de Desenvolvimento Identificar objetivos, recursos, tempo, coordenação, pessoal de execução e parcerias; Definir estratégia de ação; implementação iniciada com ações mais fáceis, de baixo custo e catalisadoras de outras ações; Elaborar cronograma de atividades; Definir programa de monitoramento e avaliação Flexibilização (Reformulação) / Auto avaliação Resultado econômico visível; Viabilização do acesso pelas famílias ao crédito rural. c) Dimensões de um Projeto de Desenvolvimento Dimensão Tecnológica: Ações que melhorem processo de condução, estabelecendo relação entre produção, produtividade, sustentabilidade e qualidade, Tecnologia ideal é a mais adequada a realidade - ex: Adubação Orgânica Converte lixo orgânico (origem vegetal ou animal) como esterco, bagaços e cascas em adubo Melhora fertilidade do solo Aumenta capacidade de absorção de água Dimensão Organizacional/Institucional: Agricultores devem se ver como iguais e não como concorrentes, Estimular ações coletivas Agricultores se apropriem dos processos, se empoderem e sintam-se agentes do trabalho, Criar parcerias e laços de confiança - Ex: Almoço ao final de uma palestra reforça aspectos de identidade Dimensão de Mercados: Produto é adequado p/ o mercado? Atende expectativas dos consumidores? Muitas ações que poderiam ser interessantes fracassam pela inserção ineficiente no mercado - Ex: Busca de mercado consumidor d) Instituições que podem atuar conjuntamente em Projetos de Desenvolvimento Rural EMATER, Prefeitura, ONGs, Sindicatos, Associações, Cooperativas: Mais resultado quando possuem mesmo objetivo! ER atua como elo mobilizador, chamando instituições p/ debate e atuação em projetos Exemplo de Projeto de Desenvolvimento Rural Título:Produção de Bens Especiais Agroalimentares (BEAs); Introdução: Produtos do tipo BEAs são aqueles que sofrem algum tipo de transformação e/ou que recebem algum tipo de certificação (orgânicos, de origem controlada, etc) (Zuin e Queiro, 2006). Essa definição contempla os aspectos sociais, econômicos e ambientais propostos para os produtos sustentáveis. Objetivo Geral: Garantir a sobrevivência do pequeno produtor rural no mercado competitivo. e) Extensão Rural de Processo Articulada com dimensões tecnológica, organizacional e de mercado ao ponto de se configurar em processo evolutivo, onde aos poucos a realidade dos agricultores vai se modificando f) Manejo Sustentável dos Agroecossistemas Década de 1970: Pacote dos insumos (adubos, inseticidas, fungicidas, herbicidas) aliado ao melhoramento genético, tornou agricultura dependente da indústria química = Modelo “Convencional de Produção” Manejo Sustentável dos Agroecossistemas, Uso excessivo e de forma errônea de agrotóxicos - Pragas se tornam mais resistentes; Envolve muito mais que a produção de alimentos; Compreende sistema de cultura, relações sociais e sobrevivência de comunidades rurais, intrinsecamente relacionados aos ecossistemas locais: Sistema Agroflorestal - Diversidade de produtos na mesma unidade de manejo. Sistema Agrossilvipastoril: Produção de madeira, pasto e carne na mesma área, Na sombra, pasto não perde altas taxas de valor nutritivo e gado reduz estresse, Maior produtividade de carne e leite Eucalipto chega à idade de corte com 7 anos e com 1 ano de plantio já se pode colocar o rebanho. Agroecologia: Estudo da agricultura a partir de perspectiva ecológica, Prioriza a utilização de recursos naturais com mais consciência, mantendo o que a natureza oferece Soluções tecnológicas de baixo impacto ambiental adaptadas a cada situação Lei nº 12.188 de 12 de Janeiro de 2010 Institui Política Nacional de ATER p/ a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de ATER da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PRONATER. ATER: serviço de educação informal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais. Preconiza Sustentabilidade e Metodologias Participativas; Construção da Ação. Concentração Fundiária: Caminha junto à industrialização da agropecuária; Fator de expropriação de camponeses que passam a buscar área de fronteira agrícola ou centros urbanos. Êxodo Rural: Migração do trabalhador do campo p/ cidades; Brasil – Intenso 1960 e 1980; Devido mecanização do campo gerou aumento dos índices de desemprego. g) Reforma Agrária Decreto nº 1110, de 9 de julho de 1970: Cadastro nacional de imóveis rurais e administração de terras públicas da União; União realiza compra ou desapropriação de latifúndios particulares improdutivos e sob a figura do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) distribui e loteia essas terras; Efeitos: Contenção do Êxodo Rural; Desconcentração de Terras; Expansão da Agricultura Familiar. h) Personagens da Estrutura Agrária Brasileira Grileiro: Se apropria ilegalmente de terras e apresenta título falsificado de propriedade. Posseiro: Posseia, isto é, toma posse de uma terra devoluta ou abandonada e passa a cultivá-la. Gato: Contrata trabalhadores braçais p/ fazendas e projetos agropecuários. Latifundiário: Proprietário de grandes extensões de terras. Meeiros: Trabalhadores arrendatários que têm como pagamento ao dono da terra metade da produção. Sem-terra: Pequeno produtor expulso do meio produtivo. Boias-frias: Trabalhadores sazonais característicos da implantação de relações capitalistas no campo.
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