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Polícia Militar do Estado 
do Rio de Janeiro - PMERJ 
 
Curso de Formação de Oficiais (CFO) do 
Quadro de Oficiais Policiais-Militares (QOPM) 
 
 
Direito Administrativo 
Estado, Governo e Administração Pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e 
princípios. ............................................................................................................................................................................. 1 
Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentração; administração 
direta e indireta. .................................................................................................................................................................. 4 
Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos. 
 ................................................................................................................................................................................................. 6 
Poderes administrativos: poder vinculado; poder discricionário; poder hierárquico; poder disciplinar; poder 
regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. ............................................................................................ 13 
Ato administrativo: conceito; requisitos, perfeição, validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e 
sanatória; classificação, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade. ......................................... 15 
Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; delegação: 
concessão, permissão, autorização. .............................................................................................................................. 18 
Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; 
responsabilidade civil do Estado. .................................................................................................................................. 20 
Improbidade administrativa (Lei nº. 8.429/92 e alterações). ................................................................................. 24 
Licitações e Contratos (Lei nº. 8.666/93 e alterações). ............................................................................................. 28 
Constituição do Estado do Rio de Janeiro, Seção IV, arts. 91 a 93 (Dos Servidores Públicos Militares).. .......... 59 
 
 
Direito Constitucional 
Direito Constitucional: natureza; conceito e objeto; perspectiva sociológica; perspectiva política; perspectiva 
jurídica; fontes formais; concepção positiva. .................................................................................................................. 1 
Constituição: sentido sociológico; sentido político; sentido jurídico; conceito, objetos e elementos. .................. 5 
Classificações das constituições: constituição material e constituição formal; constituição-garantia e 
constituição-dirigente; normas constitucionais. ............................................................................................................ 6 
Poder constituinte: fundamentos do poder constituinte; poder constituinte originário e derivado; reforma e 
revisão constitucionais; limitação do poder de revisão; emendas à Constituição. .................................................. 8 
Controle de constitucionalidade: conceito; sistemas de controle de constitucionalidade. Inconstitucionalidade: 
inconstitucionalidade por ação e inconstitucionalidade por omissão. Sistema brasileiro de controle de 
constitucionalidade. .......................................................................................................................................................... 12 
Fundamentos constitucionais dos direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; direitos sociais; nacionalidade; cidadania 
e direitos políticos; partidos políticos; garantias constitucionais individuais; garantias dos direitos coletivos, 
sociais e políticos; remédios do Direito Constitucional. Proteção judicial dos direitos fundamentais, direito de 
petição e direito de informação. ..................................................................................................................................... 22 
Direitos humanos, tratados internacionais de proteção aos direitos humanos e repercussão no Direito 
brasileiro. ............................................................................................................................................................................ 38 
Organização do Estado brasileiro, princípios, federalismo brasileiro, organização político administrativo da 
União, Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. ....................................................................................... 40 
Poder Legislativo: fundamento, atribuições e garantias de independência. .......................................................... 48 
Poder Executivo: forma e sistema de governo; chefia de Estado e chefia de governo; atribuições e 
responsabilidades do presidente da República. .......................................................................................................... 55 
Poder Judiciário: disposições gerais; Supremo Tribunal Federal; Superior Tribunal de Justiça; tribunais 
regionais federais e juízes federais; tribunais e juízes dos estados; funções essenciais à justiça. ..................... 58 
Defesa do Estado e das instituições democráticas: segurança pública; organização da segurança pública. .... 69 
Ordem social: base e objetivos da ordem social; seguridade social; educação, cultura e desporto; ciência e 
tecnologia; comunicação social; meio ambiente; família, criança, adolescente e idoso. ...................................... 71 
Administração Pública: princípios e disposições constitucionais, dos servidores públicos. ............................... 80 
 
 
Direito Penal 
Missões do Direito Penal. .................................................................................................................................................... 1 
Princípios do Direito Penal. ................................................................................................................................................ 2 
A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal..................................................................... 7 
Infração penal: elementos, espécies, tentativa. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. Tipicidade, 
ilicitude, culpabilidade, punibilidade. Excludentes de ilicitude e de culpabilidade. Extinção da punibilidade. 
Erro de tipo; erro de proibição. Imputabilidade penal. .............................................................................................. 12 
Concurso de pessoas. ........................................................................................................................................................ 23 
Concurso de crimes. .......................................................................................................................................................... 26 
Erro na execução. Resultado diverso do pretendido. ................................................................................................. 28 
Crimes contra a pessoa. .................................................................................................................................................... 29 
Crimes contra o patrimônio. ........................................................................................................................................... 51 
Crimes contra a propriedade imaterial. ........................................................................................................................71 
Crimes contra o respeito aos mortos. Crimes contra o sentimento religioso......................................................... 72 
Crimes contra a dignidade sexual. .................................................................................................................................. 74 
Crimes contra a família..................................................................................................................................................... 84 
Crimes contra a incolumidade pública. ......................................................................................................................... 88 
Crimes contra a paz pública. ......................................................................................................................................... 100 
Crimes contra a fé pública. ............................................................................................................................................ 104 
Crimes contra a administração pública. ...................................................................................................................... 116 
Lei nº. 4.898/65 (Abuso de autoridade). .................................................................................................................... 140 
Lei nº. 9.455/97 (Tortura). ............................................................................................................................................ 143 
Lei nº. 9.503/97 (Trânsito). .......................................................................................................................................... 144 
Lei nº. 11.340/06 (Violência doméstica contra a mulher). ..................................................................................... 188 
Lei nº. 10.826/03 (Desarmamento). ............................................................................................................................ 193 
Lei nº. 8.072/90 (Crimes hediondos). ......................................................................................................................... 198 
Lei nº. 8.069/90 (Estatuto da criança e do adolescente). ........................................................................................ 200 
Lei nº. 11.343/06 (Drogas). ........................................................................................................................................... 230 
Lei nº. 9.605/98 (Crimes ambientais). ........................................................................................................................ 239 
Decreto-Lei nº 3.688/41 (Contravenções penais). ................................................................................................... 244 
Lei nº. 10.741/03 (Estatuto do idoso). ........................................................................................................................ 249 
Lei nº. 12.850/13 (Organização criminosa). .............................................................................................................. 259 
 
 
Direito Processual Penal 
Princípios do processo penal. ............................................................................................................................................ 1 
Aplicação da lei processual no espaço, no tempo e imunidades. ................................................................................. 4 
Inquérito policial; notícia criminis. Arquivamento do inquérito policial. ............................................................... 11 
Ação penal; espécies. ........................................................................................................................................................ 17 
Jurisdição; competência. .................................................................................................................................................. 23 
Prova. ................................................................................................................................................................................... 28 
Da Prisão, das medidas cautelares e da prisão em flagrante. Espécies. Prazos. Prisão preventiva e Prisão 
domiciliar. Prisão temporária (Lei n.º 7.960/89). Liberdade provisória com ou sem fiança. ............................. 30 
Questões e processos incidentes. Restituição das coisas apreendidas. Medidas assecuratórias. Incidente de 
falsidade. Insanidade mental do acusado. .................................................................................................................... 43 
Prova. Disposições gerais. Corpo de delito e perícias em geral. Interrogatório do acusado. Confissão. Ofendido. 
Testemunhas. Reconhecimento de coisas e pessoas. Acareação. Documentos e indícios. Busca e apreensão. 51 
Do acusado e seu defensor............................................................................................................................................... 64 
Processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos. Processo Comum. Defesa preliminar, 
recebimento da denúncia, citação, intimação, carta precatória, sentença. Procedimento relativo aos processos 
da competência do Tribunal do Júri. .............................................................................................................................. 65 
Causas de extinção da punibilidade. .............................................................................................................................. 85 
Habeas corpus. ................................................................................................................................................................... 89 
 
 
Direito Penal Militar 
Decreto n° 88.777, de 30 de setembro de 1983 [R-200 (Arts. 1º; 2º; 4º; 10; 11; 26; 33 e 34)]. ............................ 1 
Estatuto dos Policiais Militares (Arts. 1° ao 9°; 12; 13; 15 ao 18; 26; 27; 30; 33 ao 42; 44; 45; 91; 111; 117; 121; 
129 caput e §1º). .................................................................................................................................................................. 3 
Código Penal Militar (Arts. 1º ao 9º). ................................................................................................................................ 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos 
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos 
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos 
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Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site 
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Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
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Eventuais reclamações deverão serencaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no 
Código de Defesa do Consumidor. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código 
Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 1 
 
 
 
 
O Estado é compreendido como a comunidade, soberania 
e nação. É formado pelo conjunto de instituições públicas que 
representam, organizam e atendem (ao menos em tese) os 
anseios da população que habita o seu território. Entre essas 
instituições, podemos citar o governo, as escolas, as prisões, os 
hospitais públicos, o exército, dentre outras. 
 
Trata-se de pessoa jurídica territorial soberana, tendo em 
vista que essa pessoa é sujeito de direitos e obrigações. 
 
Sua soberania é exercida sob o território que é composto 
pelo solo, subsolo, águas interiores, o mar territorial e o espaço 
aéreo. 
 
A soberania é o poder supremo. No âmbito interno refere-
se à capacidade de autodeterminação e, no âmbito externo, é o 
privilégio de receber tratamento igualitário perante os outros 
países. 
 
A Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham 
propósitos, preocupações e costumes, e que interagem entre si 
constituindo uma comunidade. 
A sociedade pode ser vista como um grupo de pessoas com 
semelhanças étnicas, culturais, políticas e/ou religiosas ou 
mesmo pessoas com um objetivo comum. Uma delimitação 
física (como um território, um país ou um continente) não 
pode definir uma sociedade, já que entre eles podem ter 
diferenças que podem se afastar do conceito da sociedade. 
 
Território é a base espacial do poder jurisdicional do 
Estado onde este exerce o poder coercitivo estatal sobre os 
indivíduos humanos, sendo materialmente composto pela 
terra firme, incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos 
e mares internos), pelo mar territorial, pela plataforma 
continental e pelo espaço aéreo. 
 
Povo é a população do Estado, considerada pelo aspecto 
puramente jurídico. 
 
Nação é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela 
origem comum, pelos interesses comuns, e principalmente, 
por ideias e princípios comuns. 
 
A administração pública é a forma como o Estado 
governa, ou seja, como executa as suas atividades para o bem 
estar de seu povo. 
 
Governo é o conjunto das funções necessárias à 
manutenção da ordem jurídica e da administração pública. A 
palavra governo tem dois sentidos, coletivo e singular. O 
primeiro, como conjunto de órgãos que orientam a vida 
política do Estado. O segundo, como poder executivo, órgão 
que exerce a função mais ativa na direção dos negócios 
públicos. 
 
O governo é a instância máxima de administração 
executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um 
Estado ou uma nação. É formado por dirigentes executivos do 
Estado e ministros. 
 
A forma de governo é a maneira como se dá a instituição 
do poder na sociedade e como se dá a relação entre 
governantes e governados. São tipos de governo: anarquia, 
ditadura, monarquia, oligarquia, entre outros. 
 
O sistema de governo não pode ser confundido com a 
forma de governo, pois a forma é o modo como se relacionam 
os poderes e o sistema de governo é a maneira como o poder 
político é dividido e exercido no âmbito de um Estado. 
Aristóteles (384-322 a.C.) na obra Política, dividiu o 
governo de três formas: 
1) Monarquia: cujo governo tem caráter hereditário, visa o 
bem comum, como a obediência ás leis e ás tradições. 
2) Aristocracia: o Estado é governado por um pequeno 
grupo de pessoas, que tem tese, seria o grupo ou classe mais 
apta a conduzir o Estado. No entanto, a distorção da 
aristocracia, e a Oligarquia, uma forma impura de governo. 
 
Por sua vez, a Democracia, no ocidente, tem uma 
conotação mais expandida, por exemplo, para Lincoln, a 
democracia “é o regime do povo, pelo povo e para o povo”. 
Hans Kelsen expande essa ideia na liberdade de consciência, 
trabalho, religião, igualdade etc. 
Podemos considerar o Estado moderno como uma 
sociedade com base territorial, dividida em governantes e 
governados, com ambições, dentro do território que lhe é 
reconhecido e com supremacia sobre todas as demais 
instituições. Estão sob seu domínio todas as formas de 
atividade cujo controle ele julgue conveniente. Surge no auge 
da monopolização do poder do governante do estado. 
 
Classifica-se a evolução do Estado de Direito em: 
 
a) Estado Liberal -. Surge com a revolução burguesa na 
França, suas características básicas são a não intervenção do 
Estado na economia, igualdade formal, autonomia e divisão 
dos poderes. A Constituição é tida como norma suprema e 
limitadora dos poderes públicos e garantidora de direitos 
fundamentais individuais. 
 
b) Estado Social –. O princípio da igualdade material ou 
substancial não somente considera todas as pessoas 
abstratamente iguais perante a lei, mas se preocupa com a 
realidade de fato, que reclama um tratamento desigual para as 
pessoas efetivamente desiguais, a fim de que possam 
desenvolver as oportunidades que lhes assegura, 
abstratamente, a igualdade formal. Surge, então, a necessidade 
de tratar desigualmente as pessoas desiguais, na medida de 
sua desigualdade. O Estado Social (ou do Bem Estar), apesar de 
possuir uma finalidade diversa da estabelecida no Estado de 
Direito, possuem afinidades, uma vez que utiliza do respeito 
aos direitos individuais, notadamente o da liberdade, para 
construir os pilares que fundamentam a criação dos direitos 
sociais. Surgem, desta forma, os “direitos de segunda geração”, 
que se situam no plano do ser, de conteúdo econômico e social, 
que almejam melhorar as condições de vida e trabalho da 
população, exigindo do Estado uma atuação positiva em prol 
dos explorados, compreendendo, dentre outros, o direito ao 
trabalho, à saúde, ao lazer, à educação e à moradia, (La 
Bradbury, 2006). 
 
c) Estado Democrático - Declara e assegura direitos 
fundamentais individuais e coletivos, tais como, direito a paz, 
ao meio ambiente ecologicamente correto, às tutelas de 
liberdade do pensamento, expressão, autoria e intimidade, o 
Estado, Governo e Administração 
Pública: conceitos, elementos, 
poderes e organização; natureza, 
fins e princípios. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 2 
respeito e a autodeterminação dos povos, as políticas de 
reforma agrária e moradia popular, os benefícios e 
aposentadorias previdenciários, a assistência social, entre 
outros, surgindo os direitos de terceira geração e outros, 
denominados de quarta geração, ligados ao constante 
progresso científico e tecnológico contemporâneo e outros 
fenômenos políticos como a globalização e a unificação dos 
países, de modo à regular a cibernética, a informática, a 
biogenética, entre outros. 
 
A organização político-administrativa do Estado 
brasileiro compreende a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição. 
Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem 
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da 
população diretamente interessada, através de plebiscito e do 
Congresso Nacional, por lei complementar. A criação, a 
incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-
se-á por lei estadual, dentro do período determinado por lei 
complementar federal e dependerá de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, 
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. Passemos ao 
estudo específico da Administração Pública. 
O Estado brasileiro adotou a tripartição de poderes, assim 
são seus poderes o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, 
conforme se infere da leitura do art. 2º da Constituição 
Federal: 
 
“São Poderes da União, independentese harmônicos entre si, 
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”. 
 
a) Poder Executivo: No exercício de suas funções típicas, 
pratica atos de chefia do Estado, do Governo e atos de 
administração, ou seja, administra e executa o ordenamento 
jurídico vigente. 
b) Poder legislativo: No exercício de suas funções típicas, 
é de sua competência legislar de forma geral e abstrata, ou seja, 
legislar para todos. Tem o poder de inovar o ordenamento 
jurídico. 
c) Poder judiciário: No exercício de suas funções típicas, 
tem o poder jurisdicional, ou seja, poder de julgar as lides, no 
caso concreto. Sua atuação depende de provocação, pois é 
inerte. 
 
O Governo organiza-se em: 
Ministérios: órgãos subordinados ao presidente da 
República e que auxiliam nas atividades do Poder Executivo. 
Secretarias: também são subordinadas à presidência da 
República e estão relacionadas a assuntos de interesses 
sociais. 
Conselhos: são responsáveis por recomendar diretrizes, 
tomar decisões relacionadas às políticas ou administrar 
programas. 
Agências reguladoras: fiscalizam os serviços públicos 
realizados pelas entidades privadas. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Oswaldo Aranha Bandeira de Mello considera a 
Administração Pública no sentido de relação de subordinação, 
de hierarquia. 
Administrar denota não somente a prestação de serviço, 
mas também a maneira de governar, exercer a vontade, 
executar. 
 
O vocábulo, portanto, está ligado à relação de hierarquia, 
quando se planeja, se dirige, quanto à relação de subordinação, 
quanto se executa. 
 
Sentidos para a Administração Pública: a Administração 
compreende dois sentidos: 
 
1. sentido subjetivo, formal ou orgânico – designa os entes 
que exercem atividade administrativa, compreendendo as 
pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos, que exerçam 
função administrativa. 
 
2. sentido objetivo, material ou funcional - designa a 
natureza da atividade exercida pelos referidos entes; de modo, 
que a Administração Pública é a função administrativa que 
predomina no Poder Executivo. 
 
Outra distinção que é apontada pelos autores, refere-se a 
forma como planejar e executar: 
 
1. em sentido amplo – a Administração Pública, considera 
de forma subjetiva, tanto os órgãos governamentais, que via de 
regra traçam planos de ação, quanto os órgãos administrativos 
subordinados, que executam os planos governamentais. 
 
2. em sentido estrito – a Administração Pública 
compreende apenas os órgãos da Administração Pública, do 
ponto de vista subjetivo, os órgãos administrativos do ponto 
de vista objetivo. 
 
Princípios da Administração Pública 
 
Os princípios são proposições básicas que condicionam as 
estruturas subsequentes e estão alicerçados na ciência. 
Eles se classificam em: 
 
a. universais ou onivalentes; 
b. regionais ou plurivaletnes; 
c. monovalentes. 
d. setoriais. 
 
Princípio da Legalidade 
 
Este princípio consagra que a lei define e limita os direitos 
individuais que tenha por finalidade o benefício da 
coletividade. 
Por ele, a Administração Pública só pode fazer aquilo que a 
lei permite. A Administração Pública não pode, por ato 
administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar 
obrigações ou impor vedações aos administrados. 
Trata-se de garantia constitucional, visando proteger os 
indivíduos contra os arbítrios cometidos pelo Estado e 
particulares. Dessa maneira, os indivíduos podem fazer o que 
quiser, caso não se trate de um comportamento que seja 
proibido por lei. 
 
Princípio da Impessoalidade 
 
Amparado no art. 37 da Constituição Federal, exige 
impessoalidade da Administração, no sentido da relação aos 
administradores com a própria Administração. 
Não é permitido que sejam usados símbolos ou imagens 
que promovam a promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos em publicidade dos atos, serviços. 
 
Na Lei nº 9784/1999, este princípio não está diretamente 
expresso, vindo implícito no artigo 2º, §2º, III, já que se exige 
objetividade no atendimento do interesse público. 
 
 
 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 3 
Princípio da Moralidade 
 
Esse princípio deve ser observado tanto pelo 
administrador, quanto pelo particular que se relaciona com a 
Administração Pública. 
 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da 
moralidade administrativa, deve agir com boa-fé, sinceridade, 
probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação 
ao administrador público de observar não somente a lei que 
condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas 
dos padrões de comportamento designados como moralidade 
administrativa (obediência à lei). 
 
A partir do momento em que o desvio de poder foi 
considerado como ilegal e não apenas como imoral, a 
moralidade teve seu campo de atuação reduzido, não impede, 
o reconhecimento de sua existência como princípio autônomo. 
A imoralidade administrativa causa efeitos jurídicos, 
porque produz a invalidade do ato, que pode ser decretada 
pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. 
 
Princípio da Publicidade 
 
O princípio da publicidade está inserido no artigo 37 da 
Constituição, exigindo ampla divulgação dos atos praticados 
pela Administração Pública, exceto as hipóteses de sigilo 
amparadas em lei. 
 
A lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou interesse social 
o exigirem. A Administração Pública tutela os interesse 
públicos, não se justificando o sigilo de seus atos processuais, 
exceto se o próprio interesse público assim determinar. 
 
Princípio da Eficiência 
 
A Emenda Constitucional nº 19/98, inseriu o princípio da 
eficiência entre os princípios constitucionais da Administração 
Pública, que possuem previsão no artigo 37, caput da CF. 
Ainda, a lei nº 9784/99, refere-se a este princípio no artigo 2º, 
caput. 
 
O princípio da eficiência pode ser considerado em relação 
ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o 
melhor resultado, em relação a forma de organizar, estruturar 
e disciplinar a Administração Pública. 
 
A eficiência é o princípio que soma-se aos princípios 
impostos à Administração, não devendo se sobrepor a nenhum 
deles, para que não corra o risco de causar insegurança 
jurídica ao Estado de Direito. 
 
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o 
princípio da eficiência “impõe a todo agente público realizar as 
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É 
o mais moderno princípio da função administrativa, que já não 
se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, 
exigindo resultados positivos para o serviço público e 
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e 
de seus membros”1. 
 
Princípio da Segurança Jurídica 
 
Encontrado no artigo 2º, caput, da Lei nº 9. 784/99. 
 
 
1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
Malheiros, 2005 
O Estado como garantidor deve conceder segurança 
jurídica aos cidadãos, devido a necessidade de demonstrar que 
embora seja o detentor de poder maior, deve-se dosar o 
controle da utilização deste poder. 
A Segurança Jurídica garante aos cidadãos os seus direitos 
naturais, como por exemplo, direito à liberdade, à vida, à 
propriedade, entre outro. 
 
Princípio da Supremacia Do Interesse Público 
 
Este princípio consiste na sobreposição do interesse 
público em face do interesse particular. Havendo conflito entre 
o interesse público e o interesse particular, aquele 
prevalecerá. 
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o 
somatório dos interesses individuais desde que represente o 
interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da 
sociedade. 
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo, 
é o interesse da coletividade como um todo. Já o interesse 
público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como 
pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações, em suma, é 
vontade doEstado. Assim, a vontade do povo (interesse 
público PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público 
SECUNDÁRIO) não se confundem. 
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não 
contrariar nenhum interesse público PRIMÁRIO. E, ao menos 
indiretamente, possibilite a concretização da realização de 
interesse público PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que 
você compreenda perfeitamente esta distinção. 
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime 
jurídico-administrativo, fundamentando a existência das 
prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à 
Administração Pública para que esta esteja apta a atingir os 
fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis. 
O ordenamento jurídico determina que o Estado-
Administração atinja uma gama de objetivos e fins e lhe 
confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se 
encaixa o princípio da Supremacia do Interesse Público, 
fornecendo à Administração as prerrogativas e os poderes 
especiais para obtenção dos fins estabelecidos na lei. 
 
Questões 
 
01. Não basta ao administrador o cumprimento da estrita 
legalidade; ele deverá respeitar os princípios éticos de 
razoabilidade e justiça. A afirmação se refere ao princípio 
constitucional da 
(A) publicidade. 
(B) efetividade. 
(C) impessoalidade. 
(D) eficiência. 
(E) moralidade. 
 
02. Considere os princípios constitucionais do Direito 
Administrativo, analise as afirmações a seguir e assinale a 
alternativa correta. 
I - Pelo princípio da finalidade a atividade administrativa 
deve orientar-se para atender o interesse público. 
II - Pelo princípio da publicidade, todos os atos da 
administração pública devem ser levados ao conhecimento da 
população. 
III - Pelo princípio da legalidade presume-se legítimo todo 
ato administrativo enquanto não for revogado ou declarado 
nulo. 
IV - O princípio da impessoalidade funda-se no postulado 
da isonomia. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 4 
(A) Apenas I e IV estão corretas. 
(B) Apenas II, III e IV estão corretas. 
(C) Apenas I e III estão corretas. 
(D) Apenas II e III estão corretas. 
(E) Todas as afirmações estão corretas 
 
03. No que se refere ao Estado, governo e à administração 
pública, assinale a opção correta. 
(A) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é 
marcado pela forte intervenção na sociedade e na economia. 
(B) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as 
funções de chefe de Estado e de chefe de governo não são 
concentradas na pessoa do chefe do Poder Executivo. 
(C) A administração pública, em sentido estrito, abrange a 
função política e a administrativa. 
(D) A administração pública, em sentido subjetivo, diz 
respeito à atividade administrativa exercida pelas pessoas 
jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a 
função administrativa. 
(E) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma 
organizada com que são exercidas as atividades executivas, 
legislativas e judiciais. 
 
04. Acerca de governo, Estado e administração pública, 
assinale a opção correta. 
(A) Atualmente, Estado e governo são considerados 
sinônimos, visto que, em ambos, prevalece a finalidade do 
interesse público 
(B) São poderes do Estado: o Executivo, o Legislativo, o 
Judiciário e o Ministério Público. 
(C) Com base em critério subjetivo, a administração 
pública confunde-se com os sujeitos que integram a estrutura 
administrativa do Estado. 
(D) O princípio da impessoalidade traduz-se no poder da 
administração de controlar seus próprios atos, podendo anulá-
los, caso se verifique alguma irregularidade 
(E) Na Constituição Federal de 1988 (CF), foi adotado um 
modelo de separação estanque entre os poderes, de forma que 
não se podem atribuir funções materiais típicas de um poder a 
outro. 
 
05. O termo Administração Pública, em sentido estrito e 
objetivo, equivale 
(A) às funções típicas dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário. 
(B) à noção de governo. 
(C) ao conceito de Estado. 
(D) ao conceito de função administrativa. 
(E) ao Poder Executivo. 
 
Respostas 
 
01. E / 02. A / 03. E / 04. C / 05. D 
 
 
 
A Administração Pública dispõe de um conjunto de órgãos, 
serviços e agentes que irão colocar em prática as ações do 
governo. A administração é a ferramenta para que o Estado 
satisfaça seus interesses. 
 
Em outras palavras, administração pública é a gestão dos 
interesses públicos por meio da prestação de serviços 
públicos, sendo dividida em administração direta e indireta. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
A Administração Pública Direta é o conjunto de órgãos 
públicos vinculados diretamente ao chefe da esfera 
governamental que integram. Não possuem personalidade 
jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa e 
cujas despesas são realizadas diretamente através do 
orçamento da referida esfera. 
Assim, ela é responsável pela gestão dos serviços públicos 
executados pelas pessoas políticas via de um conjunto de 
órgãos que estão integrados na sua estrutura. 
Sua competência abarca os diversos órgãos que compõem 
a entidade pública por eles responsáveis. Exemplos: 
Ministérios, Secretarias, Departamentos e outros que, como 
característica inerente da Administração Pública Direta, não 
possuem personalidade jurídica, pois não podem contrair 
direitos e assumir obrigações, haja vista que estes pertencem 
a pessoa política (União, Estado, Distrito Federal e 
Municípios). 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
São integrantes da Administração indireta as fundações, as 
autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista. 
Essas quatro pessoas são criadas para a prestação de 
serviços públicos ou para a exploração de atividades 
econômicas, com o objetivo de aumentar o grau de 
especialidade e eficiência da prestação do serviço público. 
 
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 
 
A execução do serviço público poderá ser: 
 
Centralização: Quando a execução do serviço estiver 
sendo feita pela Administração direta do Estado (ex.: 
Secretarias, Ministérios etc.). 
 
Descentralização: Quando estiver sendo feita por 
terceiros que não se confundem com a Administração direta 
do Estado. Assim, descentralizar é repassar a execução e a 
titularidade, ou só a execução de uma pessoa para outra, não 
havendo hierarquia. 
 
CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
 
Desconcentração (Criar órgãos) 
Ocorre desconcentração administrativa quando uma 
pessoa política ou uma entidade da administração indireta 
distribui competências no âmbito de sua própria estrutura 
afim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. 
 
Concentração (extinguir órgãos) 
Ocorre quando uma pessoa jurídica integrante da 
administração pública extingue órgãos antes existentes em 
sua estrutura, reunindo em um número menor de unidade as 
respectivas competências 
 
Diferença entre Descentralização e Desconcentração: 
Descentralização, entretanto, significa transferir a execução de 
um serviço público para terceiros que não se confundem com 
a Administração Direta, e a desconcentração significa 
transferir a execução de um serviço público de um órgão para 
o outro dentro da Administração Direta, permanecendo está 
no centro. 
 
São pessoas jurídicas que compõem a Administração 
Pública Indireta: 
 
AUTARQUIAS 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público 
criadas para a prestação de serviços públicos, contando com 
Organização administrativa: 
centralização, descentralização, 
concentração e desconcentração; 
administração direta e indireta. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 5 
capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são 
regidas integralmente por regras de direito público, podendo, 
tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com 
capital oriundo da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, 
DNER, Banco Central etc.). 
 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
Fundação é uma pessoa jurídica composta por um 
patrimônio personalizado, destacado pelo seu instituidor para 
atingir umafinalidade específica. As fundações poderão ser 
tanto de direito público quanto de direito privado. 
As fundações que integram a Administração indireta, 
quando forem dotadas de personalidade de direito público, 
serão regidas integralmente por regras de Direito Público. 
Quando forem dotadas de personalidade de direito privado, 
serão regidas por regras de direito público e direito privado. 
O patrimônio da fundação pública é destacado pela 
Administração direta, que é o instituidor para definir a 
finalidade pública. Como exemplo de fundações, temos: IBGE 
(Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico); Universidade de 
Brasília; FEBEM; FUNAI; Fundação Memorial da América 
Latina; Fundação Padre Anchieta (TV Cultura). 
As fundações são dotadas dos mesmos privilégios que a 
Administração direta, tanto na área tributária (ex.: imunidade 
prevista no art. 150 da CF/88), quanto na área processual (ex.: 
prazo em dobro). 
As fundações respondem pelas obrigações contraídas 
junto a terceiros. A responsabilidade da Administração é de 
caráter subsidiário, independente de sua personalidade. 
 
EMPRESAS PÚBLICAS 
Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito 
Privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para 
a exploração de atividades econômicas que contam com 
capital exclusivamente público e são constituídas por qualquer 
modalidade empresarial. Se a empresa pública é prestadora de 
serviços públicos, por consequência está submetida a regime 
jurídico público. Se a empresa pública é exploradora de 
atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual 
ao da iniciativa privada. 
 
Quanto à responsabilidade das empresas públicas, temos 
que: 
- Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: A 
responsabilidade do Estado não existe, pois, se essas empresas 
públicas contassem com alguém que respondesse por suas 
obrigações, elas estariam em vantagem sobre as empresas 
privadas. Só respondem na forma do § 6.º do art. 37 da CF/88 
as empresas privadas prestadoras de serviço público, logo, se 
a empresa pública exerce atividade econômica, será ela a 
responsável pelos prejuízos causados a terceiros (art. 15 do 
CC); 
- Empresas públicas prestadoras de serviço público: Como o 
regime não é o da livre concorrência, elas respondem pelas 
suas obrigações e a Administração Direta responde de forma 
subsidiária. A responsabilidade será objetiva, nos termos do 
art. 37, § 6.º, da CF/88. 
Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: 
Submetem-se a regime falimentar, fundamentando-se no 
princípio da livre concorrência. 
Empresas públicas prestadoras de serviço público: não se 
submetem a regime falimentar, visto não estão em regime de 
concorrência. 
 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de 
Direito Privado criadas para a prestação de serviços públicos 
ou para a exploração de atividade econômica, contando com 
capital misto e constituídas somente sob a forma empresarial 
de S/A. As sociedades de economia mista são: 
- Pessoas jurídicas de Direito Privado. 
- Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de 
serviços públicos. 
- Empresas de capital misto. 
- Constituídas sob forma empresarial de S/A. 
 
As sociedades de economia mista integram a 
Administração Indireta e todas as pessoas que a integram 
precisam de lei para autorizar sua criação, sendo que elas 
serão legalizadas por meio do registro de seus estatutos. 
A lei, portanto, não cria, somente autoriza a criação das 
sociedades de economia mista, ou seja, independentemente 
das atividades que desenvolvam, a lei somente autorizará a 
criação das sociedades de economia mista, (art. 37, XX, da 
CF/88). 
A Sociedade de economia mista, quando explora atividade 
econômica, submete-se ao mesmo regime jurídico das 
empresas privadas, inclusive as comerciais. Logo, a sociedade 
mista que explora atividade econômica submete-se ao regime 
falimentar. Sociedade de economia mista prestadora de serviço 
público não se submete ao regime falimentar, visto que não 
está sob regime de livre concorrência. 
 
Questões 
 
01. Com referência à administração pública direta e 
indireta, assinale a opção correta. 
(A) Os serviços sociais autônomos, por possuírem 
personalidade jurídica de direito público, são mantidos por 
dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. 
(B) A fundação pública não tem capacidade de 
autoadministração. 
(C) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia 
realiza atividades típicas da administração pública. 
(D) A sociedade de economia mista tem personalidade 
jurídica de direito público e destina-se à exploração de 
atividade econômica. 
(E) A empresa pública tem personalidade jurídica de 
direito privado e controle acionário majoritário da União ou 
outra entidade da administração indireta. 
 
02. No que se refere à administração pública direta e 
indireta, assinale a opção correta. 
(A) As pessoas administrativas que formam a 
administração pública indireta são aquelas dotadas de 
personalidade jurídica de direito público (como as autarquias 
e as fundações públicas). 
(B) Na esfera municipal, a administração direta é formada 
pelos órgãos que compõem a prefeitura e a câmara municipal, 
além das fundações e das empresas públicas de âmbito local. 
(C) A administração indireta compreende as pessoas 
administrativas que, vinculadas à respectiva administração 
direta, desempenham atividades administrativas de forma 
descentralizada. 
(D) Tanto a administração direta quanto a indireta são 
compostas por órgãos e por pessoas jurídicas administrativas, 
com a diferença de que todas as que integram a administração 
indireta estão submetidas a regime de direito privado. 
(E) O aspecto mais relevante que caracteriza a 
administração indireta é o fato de ela ser, ao mesmo tempo, 
titular e executora de serviço público. 
 
03. Entre os requisitos legais da alienação de um bem 
imóvel pertencente a uma sociedade de economia mista, não 
se inclui: 
(A) autorização legislativa. 
(B) motivação. 
(C) licitação. 
(D) avaliação prévia. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 6 
04. Quanto à Administração Pública Indireta, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia, 
empresa pública, sociedade de economia mista e fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas 
de sua atuação. 
(B) A criação de subsidiárias pelas empresas públicas e 
sociedades de economia mista, bem como sua participação em 
empresas privadas, depende de autorização legislativa, exceto 
se já houver previsão para esse fim na própria lei que instituiu 
a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei 
criadora é a própria medida autorizadora. 
(C) A fundação pública não pode ser extinta por ato do 
Poder Público. 
(D) O chefe do Poder Executivo poderá, por decreto, 
extinguir empresa pública ou sociedade de economia mista. 
(E) A sociedade de economia mista poderá ser estruturada 
sob qualquer das formas admitidas em direito. 
e ser exercida por meio de órgãos ou instituições diretas e 
indiretas, de várias formas e com conceitos e caracterizações 
bem definidos. Neste sentido questiona-se: a que tipo de órgão 
ou instituição pertence a seguinte caracterização? 
 
“(...) o patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de 
personalidade jurídica, de direito público ou privado, e 
destinado por lei, ao desempenho de atividades do Estado na 
ordem social, com capacidade de autoadministração e 
mediante controle da Administração Pública, nos limites da 
lei.” 
(A) Autarquia. 
(B) Sociedade de Economia Mista. 
(C) Fundação. 
(D) Agência Reguladora. 
(E) Administração Direta. 
 
06. Complete as lacunas em branco com os termos 
descentralização ou desconcentração. 
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência 
correta. 
 
1. Em nenhuma forma de _____________ há hierarquia. 
2. Ocorre a chamada ______________ quando o Estado 
desempenhaalgumas de suas atribuições por meio de outras 
pessoas e não pela sua administração direta. 
3. Trata-se, a ____________________, de mera técnica 
administrativa de distribuição interna de competências. 
4. Porque a ______________ ocorre no âmbito de uma pessoa 
jurídica, surge relação de hierarquia, de subordinação, entre os 
órgãos dela resultantes. 
(A) descentralização/desconcentração/desconcentração/ 
descentralização 
(B) descentralização/descentralização/desconcentração/ 
desconcentração 
(C) desconcentração/desconcentração/descentralização/ 
descentralização 
(D) desconcentração/descentralização/desconcentração/ 
descentralização 
(E) desconcentração/descentralização/descentralização/ 
desconcentração 
 
07. A criação de uma autarquia na estrutura da 
Administração Pública consiste no instituto jurídico da 
(A) descentralização. 
(B) desconcentração. 
(C) concentração. 
(D) centralização. 
 
08. Sobre as autarquias não é correto afirmar: 
(A) Deve ser criada mediante lei específica. 
(B) Executa atividades típicas da administração pública, 
que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizada. 
(C) É uma entidade com personalidade jurídica de direito 
privado, criada por lei. 
(D) São entes de direito público com personalidade 
jurídica e patrimônios próprios. 
 
Respostas 
 
01. C / 02. C / 03. A / 04. B / 05. C / 06. B / 07. A / 08. C 
 
 
 
Agente é expressão que engloba todas as pessoas lotadas 
na Administração. Agente público é denominação genérica que 
designa aqueles que servem ao Poder Público. Esses 
servidores subdividem-se em: 
1. Agentes políticos; 
2. Servidores públicos; 
3. Particulares em colaboração com o estado. 
 
Os servidores públicos, por sua vez, são classificados em: 
1. Funcionário público; titularizam cargo e, portanto, estão 
submetidos ao regime estatutário. 
2. Empregado público; titularizam emprego, sujeitos ao 
regime celetista. Ambos exigem concurso. 
3. Contratados em caráter temporário; para determinado 
tempo, dispensa concurso público e cabe nas hipóteses de 
excepcional interesse (art. 37, IX, da CF/88). 
 
Agentes políticos: definidos por Celso Antônio Bandeira 
de Melo, são os titulares dos cargos estruturais à organização 
política do País, Presidente da República, Governadores, 
Prefeitos e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos 
chefes de Executivo, isto é, Ministros e Secretários das diversas 
pastas, bem como os Senadores, Deputados Federais e 
Estaduais e os Vereadores. 
 
Particulares em colaboração: são agentes públicos, mas 
não integram a Administração e não perdem a característica 
de particulares. Ex.: jurados, recrutados para o serviço militar, 
mesário de eleição. 
 
Agentes de Fato: para que os atos que são praticados pelo 
agente de fato sejam considerados válidos se faz mister sua 
investidura no cargo. A validade dos atos decorre de exame 
caso a caso, visando assegurar a segurança jurídica e da boa-fé 
da população. Caso os atos praticados por agente público não 
sejam de sua competência, os atos serão nulos. 
 
Agentes militares: são uma categoria à parte entre os 
agentes políticos, na medida em que as instituições militares 
são organizadas com base na hierarquia e na disciplina. 
 
Assim, os militares abrangem as pessoas físicas que 
prestam serviços às Forças Armadas - Marinha, Exército e 
Aeronáutica (art. 142, caput, e § 3º, da Constituição) - e às 
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos 
Estados, Distrito Federal e dos Territórios (art. 42), com 
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante 
remuneração paga pelos cofres públicos. 
 
Agentes públicos: espécies e 
classificação; poderes, deveres e 
prerrogativas; cargo, emprego e 
função públicos. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 7 
Particulares em colaboração: São agentes públicos, mas 
não integram a Administração e não perdem a característica 
de particulares. São também conhecidos como agentes 
honoríficos, exercendo função pública. 
 
Essa categoria, de acordo com Celso Antônio Bandeira de 
Mello é composta por: 
 
a) requisitados de serviço: como mesários e convocados 
para o serviço militar (conscritos); 
b) gestores de negócios públicos: são particulares que 
assumem espontaneamente uma tarefa pública, em situações 
emergenciais, quando o Estado não está presente para 
proteger o interesse público. Exemplo: socorrista de 
parturiente; 
c) contratados por locação civil de serviços: é o caso, por 
exemplo, de jurista famoso contratado para emitir um parecer; 
d) concessionários e permissionários: exercem função 
pública por delegação estatal; 
e) delegados de função ou ofício público: é o caso dos 
titulares de cartórios. 
 
Agentes públicos: são classificados da seguinte forma: 
-Agentes políticos: pessoas físicas que exercem 
determinada função (legislativa, executiva ou administrativa) 
descrita na Constituição Federal. São exemplos: deputado 
federal, senador, governador de estado, procurador do 
trabalho, entre outros. 
-Agentes administrativos: são servidores sujeitos a uma 
relação hierárquica com os agentes políticos, isto é, são os 
servidores públicos propriamente ditos, os empregados 
públicos (e os servidores temporários 
-Agentes honoríficos: pessoas que desempenham 
atividade administrativa em razão de sua honorabilidade 
(honra). Ex: mesário da eleição ou jurado convocado para júri 
-Agentes delegados: pessoas que recebem a incumbência 
de executarem, por sua conta e risco, um serviço público ou 
uma atividade de interesse público 
-Agentes credenciados: pessoas que representam a 
Administração Pública em um determinado evento ou 
atividade. 
 
Servidores públicos segundo a Constituição Federal de 
1988: aspectos gerais 
 
Para ingressar num cargo ou emprego público, é 
necessário ser aprovado em concurso público de provas ou 
provas e títulos, conforme disciplina o art. 37, II da CF/88. OBS: 
não é necessário concurso para o ingresso a cargos em 
comissão (correspondem às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento – art. 37, V, CF; diferentemente, as funções de 
confiança são exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo) declarados em lei de livre 
nomeação e exoneração. Ademais, o certame poderá ter 
duração de até 2 anos, prorrogáveis, uma vez, por igual 
período (art. 37, III, CF/88). Ainda sobre concurso público, diz 
a Constituição que “durante o prazo improrrogável previsto no 
edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de 
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade 
sobre os novos concursados para assumir cargo ou emprego 
na carreira” (art. 37, IV, CF/88). 
Além disso, vale lembrar que os cargos, empregos e 
funções públicas estendem-se não só a brasileiros, mas 
também aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, I, CF/88). 
É importante salientar que apesar de prevista na 
Constituição (art. 37, VI e VII, CF/88) o direito de greve dos 
servidores públicos ainda não foi regulamentado por lei 
específica. Com isso, o STF possibilitou que seja aplicada a lei 
de greve da iniciativa privada (Lei nº 7.783/89) no setor 
público. 
A respeito da tão sonhada estabilidade no cargo público, 
prevê a Constituição que esta virá após 3 anos no cargo efetivo 
com a correspondente aprovação na avaliação e desempenho 
por comissão instituída para essa finalidade. Contudo, pode 
ser que o servidor, mesmo estável, venha perder seu cargo nas 
seguintes hipóteses: sentença judicial transitada em julgado, 
processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa, procedimento de avaliação periódica de desempenho, 
na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa e em 
razão de excesso de despesa. Caso a demissão do servidor seja 
invalidada por sentença judicial, ele será reintegrado ao cargo 
de origem (art. 41 e parágrafos da CF/88). 
Quanto à acumulação de cargos públicos, a Constituição 
prevê que, em regra, não serápermitida. Entretanto, poderão 
ser cumulados desde que haja compatibilidade de horário, dois 
cargos de professor, um cargo de professor com outro de 
técnico ou científico, dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais da saúde, com profissões regulamentas ou cargo 
de provimento efetivo com cargo de vereador (art. 37, XVI, 
CF/88). Esta proibição estende-se a empregos e funções e 
abrange as autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedade de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público (art. 
37, XVII, CF/88). 
Há outra vedação para os servidores públicos e também 
para o militar (art. 42, CF/88) no tocante à percepção 
simultânea de proventos de aposentadoria com a 
remuneração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados, outrossim, os cargos acumuláveis, os cargos 
eletivos e os cargos declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração (art. 37, XVI, CF/88). 
 
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA 
 
O vocábulo, cargo, emprego e função pública está inserido 
em vários dispositivos da Constituição Federal. Para que sejam 
compreendidos os diferentes significados é preciso ter em 
mente que a Administração Pública possui competências 
definidas em lei e distribuídas em alguns níveis diversos: 
pessoas jurídicas (União, Estados e Municípios), órgãos 
(Ministérios, Secretarias e suas subdivisões) e servidores 
públicos, que ocupam cargos ou empregos, ou ainda que 
exerçam função pública. 
 
Cargo público: é aquele ocupado por servidor público; 
 
Função pública: é a atividade em si mesma, são as tarefas 
desenvolvidas pelos servidores. São espécies: 
a) Funções de confiança, 
b) Funções exercidas por contratados por tempo 
determinado. 
 
Emprego Público: é aquele ocupado por empregado 
público que pode atuar em entidade privada ou pública da 
Administração indireta. 
 
Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas: 
As hipóteses de acumulação constitucionalmente 
autorizadas são: 
a) a de dois cargos de professor (art. 37, XVI, a); 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou 
científico (art. 37, XVI, b); 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais 
de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, XVI, c); 
d) a de um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou 
função pública (art. 38, III); 
e) a de um cargo de magistrado com outro no magistério 
(art. 95, parágrafo único, I); 
f) a de um cargo de membro do Ministério Público com 
outro no magistério (art. 128, § 5º, II, d). 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 8 
Servidores Públicos e Empregados Públicos: 
O servidor público é o agente público que está investido em 
cargo público, que é um conjunto de atribuições e 
responsabilidades conferidas pela lei. O Empregado Público é 
o agente público que tem vínculo contratual, ou seja, sua 
relação com a Administração Pública decorre de contrato de 
trabalho. Possui então, vínculo de natureza contratual celetista 
(CLT). Assim, o Empregado Público é regido pela CLT e o 
Servidor Público é regido por lei específica, no caso do 
servidor público federal, será regido pela Lei 8.112/90. 
 
Contratados em caráter temporário são servidores 
contratados por um período certo e determinado, por força de 
uma situação de excepcional interesse público. Não são 
nomeados em caráter efetivo, que tem como qualidade a 
definitividade – art. 37, inc. IX, da Constituição Federal. 
 
Responsabilidade dos Agentes Públicos: Os servidores 
públicos ao exercerem suas funções não ficam dispensados de 
serem responsabilizados. Enquanto houver exercício irregular 
de direito ou de poder a responsabilidade deve estar presente, 
sendo uma forma de soberania e autenticidade perante os 
órgãos públicos. 
 
Caso o Estado repare o dano causado pelo servidor público 
terá direito de regresso contra este, recuperando o valor da 
indenização, junto com o agente causador do dano. 
 
O agente público poderá ser responsabilizado nos âmbitos 
civil, penal e administrativo. 
 
a) Responsabilidade Civil: Neste caso, responsabilidade 
civil se refere à responsabilidade patrimonialO órgão público, 
confirmada a responsabilidade de seus agentes, como 
preceitua a no art.37, §6, parte final do Texto Maior, é 
"assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa", descontará nos vencimentos do 
servidor público, respeitando os limites mensais, a quantia 
exata para o ressarcimento do dano. 
 
b) Responsabilidade Administrativa: A 
responsabilidade administrativa é apurada em processo 
administrativo, assegurando-se ao servidor o contraditório e a 
ampla defesa. A penalidade deve sempre ser motivada pela 
autoridade competente para sua aplicação, sob pena de ser 
nula. Se durante a apuração da responsabilidade 
administrativa a autoridade competente verificar que o ilícito 
administrativo também está capitulada como ilícito penal, 
deve encaminhar cópia do processo administrativo ao 
Ministério Público, que irá mover ação penal contra o servidor 
 
c) Responsabilidade Penal: A responsabilidade penal do 
servidor é a que resulta de uma conduta tipificada por lei como 
infração penal. A responsabilidade penal abrange crimes e 
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
Importante ressaltar que a decisão penal, apurada por causa 
da responsabilidade penal do servidor, só terá reflexo na 
responsabilidade civil do servidor se o ilícito penal tiver 
ocasionado prejuízo patrimonial (ilícito civil). 
 
Trouxemos abaixo os poderes, deveres e 
prerrogativas dos policiais militares do Rio de Janeiro, 
com base no Estatuto Próprio (Lei nº 443/1981). 
 
 
 
 
 
 
 
Lei 443/1981 
( ) 
CAPÍTULO II 
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES 
Seção I 
Conceituação 
 
Art. 30 - Os deveres policiais-militares emanam de um 
conjunto de vínculos racionais, bem como morais, que ligam o 
policial-militar à Pátria, à comunidade estadual e à sua 
segurança e compreendem, essencialmente: 
I - A dedicação integral ao serviço policial-militar, salvo as 
exceções previstas em Lei, e a fidelidade à Pátria e à instituição 
a que pertence, mesmo com sacrifício da própria vida. 
II - o culto aos símbolos nacionais; 
III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; 
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; 
V - o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; e 
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com 
urbanidade. 
 
Seção II 
Do Compromisso Policial-Militar 
 
Art. 31 - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar 
mediante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará 
compromisso de honra, no qual firmará a sua aceitação 
consciente das obrigações e dos deveres policiais-militares e 
manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los. 
 
Art. 32 - O compromisso a que se refere o artigo anterior terá 
caráter solene e será sempre prestado sob a forma de juramento 
à Bandeira e na presença de tropa formada, tão logo o policial-
militar tenha adquirido um grau de instrução compatível com o 
perfeito entendimento de seus deveres como integrante da 
Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres: Ao ingressar na 
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, prometo regular a 
minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir 
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver 
subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, ao 
serviço policial-militar, à manutenção da ordem pública e à 
segurança da comunidade, mesmo com o sacrifício da própria 
vida. 
§ 1º - O compromisso do Aspirante-a-Oficial PM será 
prestado no estabelecimento de formação de Oficiais, de acordo 
com o cerimonial constante do regulamento daquele 
estabelecimento de ensino. Esse compromisso obedecerá os 
seguintes dizeres: Ao ser declarado Aspirante-a-Oficial da 
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro assumo o 
compromisso de cumprir rigorosamente as ordens legais das 
autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me 
inteiramente ao serviço da Pátria, à manutençãoda ordem 
pública e à segurança da comunidade, mesmo com o sacrifício 
da própria vida. 
§ 2º - Ao ser promovido ou nomeado ao primeiro posto, o 
Oficial PM prestará o compromisso de Oficial, em solenidade 
especialmente programada, de acordo com os seguintes dizeres: 
Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo 
cumprir os deveres de oficial da Polícia Militar do Estado do Rio 
de Janeiro, e dedicar-me inteiramente ao seu serviço. 
 
Seção III 
Do Comando e da Subordinação 
 
Art. 33 - Comando é a soma de autoridade, deveres e 
responsabilidades de que o policial-militar é investido 
legalmente, quando conduz homens ou dirige uma organização 
policial-militar. O Comando é vinculado ao grau hierárquico e 
constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o 
policial-militar se define e se caracteriza como Chefe. 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 9 
Parágrafo único - Aplica-se à Direção e à Chefia de 
Organização Policial-Militar, no que couber, o estabelecido para 
o Comando. 
 
Art. 34 - A subordinação não afeta, de modo algum, a 
dignidade pessoal do policial-militar e decorre, exclusivamente, 
da estrutura hierarquizada da Polícia Militar. 
 
Art. 35 - O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para o 
exercício de funções de Comando, de Chefia e de Direção. 
 
Art. 36 - Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e 
complementam as atividades dos Oficiais, quer no adestramento 
e no emprego dos meios, quer na instrução e na administração; 
deverão ser empregados na execução de atividades de 
policiamento ostensivo peculiares à Polícia Militar. 
Parágrafo único - No exercício das atividades mencionadas 
neste artigo e no comando de elementos subordinados, os 
subtenentes e sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo 
exemplo e pela capacidade profissional e técnica, incumbindo-
lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das 
ordens, das regras do serviço e das normas operativas, pelas 
praças que lhe estiverem diretamente subordinadas e a 
manutenção da coesão e do moral das mesmas praças em todas 
as circunstâncias. 
 
Art. 37 - Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os 
elementos de execução. 
 
Art. 38 - Às praças especiais cabe a rigorosa observância das 
prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes, exigindo-
se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-
profissional. 
 
Art. 39 - Cabe ao policial-militar a responsabilidade integral 
pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos 
que praticar. 
 
TÍTULO III 
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS-
MILITARES 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS 
Seção I 
Enumeração 
 
Art. 48 - São direitos dos policiais-militares: 
I - a garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as 
vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes, quando 
oficial, nos termos da legislação específica; 
II - a percepção de remuneração correspondente ao grau 
hierárquico superior ou melhoria da mesma, quando, ao ser 
transferido para a inatividade contar mais de 30 (trinta) anos 
de serviço ou nos casos previstos nos incisos II, III e IV do art. 96, 
sendo que, em todos estes, terá direito à percepção integral do 
adicional de inatividade. 
III - a remuneração calculada com base no saldo integral do 
posto ou graduação quando, não contando 30 (trinta) anos de 
serviço, for transferido para a reserva remunerada ex-officio, 
por ter atingido ou a idade limite de permanência na 
Corporação ou o tempo de permanência no posto ou, ainda, ter 
sido abrangido pela quota compulsória. 
IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação 
e regulamentação própria: 
1 - a estabilidade, quando praça com 10 (dez) ou mais anos 
de tempo de efetivo serviço; 
2 - o uso das designações hierárquicas; 
3 - a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à 
graduação; 
4 - a percepção de remuneração; 
5 - a assistência médico-hospitalar para si e seus 
dependentes, assim entendida como o conjunto de atividades 
relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da 
saúde, abrangendo serviços profissionais médicos, 
farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, a 
aplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e 
paramédicos necessários; 
6 - o funeral para si e seus dependentes constituindo-se no 
conjunto de medidas tomadas pelo Estado, quando solicitado, 
desde o óbito até o sepultamento condigno; 
7 - a alimentação, assim entendida como as refeições 
fornecidas aos policiais-militares em atividade; 
8 - o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, 
roupa branca e de cama, fornecidos ao policial-militar na ativa 
de graduação inferior a 3º Sargento e, em casos especiais, a 
outros policiais-militares; 
9 - a moradia para o policial-militar em atividade, 
compreendendo: 
a) alojamento, em organização policial-militar, quando 
aquartelado; e 
b) habitação para si e seus dependentes, em imóvel sob a 
responsabilidade do Estado, de acordo com a disponibilidade 
existente; 
10 - o transporte, assim entendido como os meios fornecidos 
ao policial-militar para seu deslocamento, por interesse do 
serviço quando o deslocamento implicar em mudança de sede ou 
de moradia; compreende também as passagens para seus 
dependentes e a translação das respectivas bagagens, de 
residência a residência; 
11 - a constituição de pensão policial-militar; 
12 - a promoção; 
13 - a transferência a pedido para a reserva remunerada; 
14 - as férias, os afastamentos temporários dos serviços e as 
licenças; 
15 - a demissão e o licenciamento voluntários; 
16 - o porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou em 
inatividade, salvo o caso de inatividade por alienação mental ou 
condenação por crimes contra a segurança do Estado ou por 
atividades que desaconselhem aquele porte; 
17 - o porte de arma, pelas praças, com as restrições 
impostas pela Polícia Militar; 
18 assistência judiciária quando for praticada a infração 
penal no exercício da função policial-militar ou em razão dela, 
conforme estabelecer a regulamentação especial; e 
19 - outros direitos previstos em legislação específica ou 
peculiar. 
V - Jornada de 6 (seis) horas para o trabalho em turnos 
ininterruptos de revezamento; 
VI - A duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) 
horas diárias e 40 (quarenta) horas semanais; 
VII - A remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinquenta por cento à do normal. 
§ 1º - A percepção da remuneração correspondente ao grau 
hierárquico superior ou melhoria da mesma, de que trata o 
inciso II deste artigo, obedecerá ao seguinte: 
1 - o oficial que contar mais de 30 (trinta) anos de serviço, 
após o ingresso na inatividade, terá seus proventos calculados 
sobre o soldo correspondente ao posto imediato, se existir na 
Polícia Militar posto superior ao seu, mesmo que de outro 
Quadro; se ocupante do último posto da hierarquia da 
Corporação, o oficial terá os proventos calculados, tomando-se 
por base o soldo do seu próprio posto acrescido de percentual 
fixado em legislação própria. 
2 - os Subtenentes, quando transferidos para a inatividade, 
terão os proventos calculados sobre o soldo correspondente ao 
posto de Segundo-Tenente PM, desde que contém mais de 30 
(trinta) anos de serviço; e 
3 - as demais praças que contém mais de 30 (trinta) anos de 
serviço, ao serem transferidas para a inatividade, terão os 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 10 
proventos calculados sobre o soldo correspondente à graduação 
imediatamente superior. 
§ 2º - São considerados dependentes do policial-militar: 
1 - a esposa 
2 - o filho menor de 21 (vinte e um) anos, ou inválido ou 
interdito; 
3 - a filha solteira, desde que não receba remuneração; 
4 - o filho estudante, menor de 24 (vinte e quatro) anos, 
desde que não receba remuneração; 
5 - a mão viúva, desde que não receba remuneração; 
6 - o enteado, o filho adotivo e o tutela, nas mesmas 
condições dos itens 2, 3 e 4; 
7 - a viúva do policial-militar,enquanto permanecer neste 
estado, e os demais dependentes mencionados nos itens 2, 3, 4, 5 
e 6 deste parágrafo, desde que vivam sob a responsabilidade da 
viúva; e 
8 - a ex-esposa, com direito a pensão alimentícia 
estabelecida por sentença transitada em julgado, enquanto não 
contrair novo matrimônio. 
9 - a(o) companheira(o), nos termos da legislação em vigor; 
que viva sob sua exclusiva dependência econômica, comprovada 
a união estável mediante procedimento administrativo de 
justificação. 
§ 3º - São ainda considerados dependentes do policial-
militar, desde que vivam sob sua dependência econômica, sob o 
mesmo teto e quando expressamente declarados na organização 
policial-militar competente: 
1 - a filha, a enteada e a tutelada, quer viúvas, separadas 
judicialmente ou divorciadas, desde que não recebam 
remuneração; 
2 - a mãe solteira, a madrasta viúva, a sogra viúva ou 
solteira, bem como separadas judicialmente ou divorciadas, 
desde que, em qualquer dessas situações, não recebam 
remuneração; 
3 - os avós e os pais, quando inválidos ou interditos, e 
respectivos cônjuges, estes desde que não recebam 
remuneração; 
4 - o pai maior de 60 (sessenta) anos e seu respectivo 
cônjuge, desde que ambos não recebam remuneração; 
5 - o irmão, o cunha e o sobrinho, quando menores, ou 
inválidos ou interditos sem outro arrimo; 
6 - a irmã, a cunhada e a sobrinha solteiras, viúvas, 
separadas judicialmente ou divorciadas, desde que não recebam 
remuneração; 
7 - o neto, órgão, menor inválido ou interdito; 
8 - a pessoa que viva no mínimo há cinco anos sob a sua 
exclusiva dependência econômica, comprovada mediante 
procedimento administrativo de justificação; 
9 – (Revogado); 
10 - o menor que esteja sob sua guarda, sustento e 
responsabilidade, mediante autorização judicial. 
§ 4º - Para efeito do disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, não 
serão considerados como remuneração os rendimentos não 
provenientes do trabalho assalariado, ainda que recebidos dos 
cofres públicos, ou a remuneração que, mesmo resultante de 
relação de trabalho, não enseje ao dependente do policial-
militar qualquer direito à assistência previdenciária oficial. 
 
Art. 49 - O policial-militar que se julgar prejudicado ou 
ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de 
superior hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de 
reconsideração, queixa ou representação, segundo legislação 
vigente na Corporação. 
§ 1º - O direito de recorrer na esfera administrativa 
prescreverá: 
1 - em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da 
comunicação oficial, quanto a ato que decorra da inclusão em 
quota compulsória ou de composição de Quadro de Acesso; e 
2 - em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos. 
§ 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação 
não podem ser feitos coletivamente. 
§ 3º - O policial-militar só poderá recorrer ao Judiciário após 
esgotados ou recursos administrativos e deverá participar esta 
iniciativa antecipadamente à autoridade à qual estiver 
subordinado. 
 
Art. 50 - Os policiais-militares são alistáveis, como eleitores, 
desde que oficiais, aspirantes-a-oficial, alunos-oficiais, 
subtenentes e sargentos. 
 
Parágrafo único - Os policiais-militares alistáveis são 
elegíveis, atendidas as seguintes condições: 
1 - se contarem menos de 5 (cinco) anos de serviço serão, ao 
se candidatarem a cargo eletivo, excluídos do serviço ativo, 
mediante demissão ou licenciamento ex-officio; e 
2 - se em atividade, com 5(cinco) ou mais anos de serviço, ao 
se candidatarem a cargo eletivo, serão afastados, 
temporariamente, do serviço ativo e agregados, considerados 
em licença para tratar de interesse particular, se eleitos, serão, 
no ato da diplomação transferidos para a reserva remunerada, 
percebendo a remuneração a que fizerem jus, em função do 
tempo de serviço. 
 
Seção II 
Da Remuneração 
 
Art. 51 - A remuneração dos policiais-militares, devida com 
bases estabelecidas em legislação própria, compreende: 
I - na ativa: 
1 - vencimentos, constituídos de soldo e gratificações; e 
2 - indenizações; e 
II - na inatividade: 
1 - proventos, constituídos de soldo ou quotas de soldo e 
gratificações incorporáveis; e 
2 - indenizações na inatividade. 
Parágrafo único - O policial-militar fará jus, ainda, a outros 
direitos pecuniários em casos especiais. 
 
Art. 52 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, 
sequestro ou arresto, exceto nos casos previstos em lei. 
 
Art. 53 - O valor do soldo é igual para o policial-militar da 
ativa, da reserva remunerado ou reformado, de um mesmo grau 
hierárquico, ressalvado o disposto no inciso II do caput do art. 
48. 
 
Art. 54 - Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o 
policial-militar terá direito a tantas quotas do soldo quantos 
forem os anos de serviço, computáveis para a inatividade, até o 
máximo de 30 (trinta) anos, ressalvado o disposto no inciso III 
do caput do art. 48. 
Parágrafo único - Para efeito de contagem de quotas, a 
fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias, 
será considerada 1 (um) anos. 
 
Art. 55 - É proibido acumular remuneração de inatividade. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos 
policiais-militares da reserva remunerada e aos reformados 
quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto ao de função de 
magistério ou cargo em comissão ou quanto ao contrato para 
prestação de serviços técnicos ou especializados. 
 
Art. 56 - Os proventos da inatividade serão revistos sempre 
que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda, se 
modificarem os vencimentos dos policiais-militares em serviço 
ativo. 
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em lei, os 
proventos da inatividade não poderão exceder à remuneração 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Direito Administrativo 11 
percebida pelo policial-militar da ativa no posto ou na 
graduação correspondente aos dos seus proventos. 
 
Seção III 
Da Promoção 
 
Art. 57 - O acesso na hierarquia da Polícia Militar, 
fundamentado principalmente no valor moral e profissional, é 
seletivo, gradual e sucessivo e será feito mediante promoções, de 
conformidade com a legislação e regulamentação de promoções 
de oficiais e praças, de modo a obter-se um fluxo regular e 
equilibrado de carreira para os policiais-militares. 
§ 1º - O planejamento da carreira dos oficiais e das praças é 
atribuição do Comandante Geral da Polícia Militar. 
§ 2º - A promoção é um ato administrativo e tem como 
finalidade básica a seleção dos policiais-militares para o 
exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico superior. 
§ 3º - O Policial Militar não será promovido se estiver 
condenado por crime comum ou especial, inclusive o militar, por 
sentença transitada em julgado, ou se estiver sendo submetido 
aos Conselhos de Justificação, de Disciplina ou à Comissão de 
Revisão Disciplinar e, ainda, se não satisfizer as demais 
condições previstas no Decreto-Lei nº 216, de 18.07.1975, e no 
RPP aprovado pelo Decreto nº 7.766 de 28.11.84. 
 
Art. 58 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de 
antiguidade, merecimento, tempo de serviço, bravura e “post-
mortem. 
§ 1º - Em casos extraordinários e independentemente de 
vagas, poderá haver promoções em ressarcimento de preterição. 
§ 2º - A promoção de policial-militar feita em ressarcimento 
de preterição será efetuada segundo os critérios de antiguidade 
ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na 
escala hierárquica como se houvesse sido promovido, na época 
devida, pelo critério em que seria feita sua promoção. 
 
Art. 59 - Não haverá promoção de policial-militar por 
ocasião de sua transferência para a reserva remunerada ou 
reforma. 
 
Art. 60 - A fim de manter a renovação, o equilíbrio e a 
regularidade de acesso nos diferentes Quadros, haverá anual e 
obrigatoriamente um número fixado de vagas à promoção nas 
proporções a seguir indicadas: 
I – Coronéis: ¼ (um quarto) do efetivo previsto,

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