Redação - 1º Simulado SAS Enem

Prévia do material em texto

Segundo a Lei Nº 9534 de 1997, todos as pessoas consideradas pobres têm por direito o registro civil de forma gratuita. Todavia, nem todos os cidadãos brasileiros conseguem ter acesso a esse direito principalmente pela falta Cartórios em lugares distantes, situação que pode gerar diversas consequências negativas para as pessoas que não possuem seus documentos da forma adequada. Nesse sentido, ações devem ser tomadas com o objetivo de resolver esse impasse.
 Na reportagem produzida pelo G1/Globo, é mostrado que milhões de pessoas não tem nenhum documento de identificação, sendo oficialmente não registrados. Nesse contexto, uma das principais causas que corroboram para essa situação é a falta de Cartórios em lugares que são considerados de difícil acesso, assim quando nasce uma criança a jornada necessária para se fazer um registro se torna longa e desgastante. Ademais, outro fator é que pessoas sem documentação não conseguem registrar seus filhos. Dessa forma, aumentando ainda mais essa triste estatística.
 No livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, a personagem principal “Macabéa” acaba se sentindo excluída da vida urbana e marginalizada pela sociedade. Em concordância, milhares de pessoas sofrem com essas mesmas sensações, além de sofrer com diversas consequências como: a impossibilidade de acesso à educação, saúde, cargos públicos, programas sociais, direito ao voto e entre diversos outros. Nesse cenário, o indivíduo acaba se tornando algo invisível perante o poder público, não tendo nenhum tipo de direito assegurado e não sendo percebida pela sociedade como um todo.
 Em vista disso, medidas são necessárias para resolver esse problema. É dever do Ministério da Cidadania, incentivar o registro civil de pessoas, através de palestras, campanhas e cartilhas de conscientização, com a finalidade de mostrar a importância e os benefícios de possuir o registro civil. Ademais, cabe aos Cartórios viabilizar o acesso a esse tipo de documento, por meio da redução da burocracia e programações de visita a lugares de difícil acesso, com o objetivo de registrar o maior número de pessoas possíveis. Somente assim, será possível dar voz a tantas pessoas que se sentem excluídas, além de terem seus direitos garantidos por lei.