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@ODONTO.INPRACTICE & @ANJO.DO.DENTE DE 1500 AO PRIMEIRO REINADO ❖ O país não tinha algum modelo de atenção à saúde da população, e nem interesse governamental em criar um. ❖ A atenção à saúde se limitava em recursos da terra (ervas e plantas) e por conhecimentos empíricos (curandeiros). ❖ Com a chegada da família real ao Brasil, teve a necessidade de organizar uma estrutura sanitária mínima. ❖ Até os anos de 1850 as atividades de saúde no país se restringiam as delegações de atribuições sanitárias as juntas municipais e ao controle de navios e saúde dos portos. ❖ A inexistência de assistência médica fez com que se espalhassem pelo país os boticários (farmacêuticos), que tinha o dever de manipular as fórmulas prescritas pelos médicos, mas eles tomavam a iniciativa de indicá-los. DE 1889 ATÉ 1930 ❖ No início do século a falta de um modelo sanitário deixou as cidades brasileiras a mercê de epidemias, como a varíola, malária e a febre amarela, o que gerou consequências para vários setores. ❖ A falta de esclarecimento e as arbitrariedades cometidas pelos “guardas sanitários” causou revoltas na população, como por exemplo uma das mais famosas a revolta da vacina. ❖ Esse período foi marcado por o modelo de intervenção campanhista, na qual o uso da força e autoridade eram os instrumentos de ação. ❖ Vacinação obrigatória. ❖ Apesar desses atos, este modelo conseguiu controlar algumas epidemias e erradicar a febre amarela da cidade do Rio de Janeiro. ❖ Durante o período de 1889 até início de 1960 predominou o modelo sanitarista campanhista. Desse modo, intervindo no perfil de mortalidade e morbilidade ❖ A assistência à saúde pública e privada era de baixa qualidade e resolução. ❖ A assistência à saúde para as pessoas carentes era realizada através das Santas Casas de Misericórdia. ❖ Em 1923, foram criadas as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) através da lei Eloi Chaves a qual foi um marco inicial para a previdência social no Brasil. As CAP deram início a assistência médica previdenciária, a qual era restritas aos trabalhadores de determinadas empresas. ❖ Nesse período, predominou as doenças transmissíveis. ❖ O país se encontrava em um modelo agrário e exportador. DE 1930 ATÉ 1964 ❖ Modelo econômico dinamizado pelo capital industrial. ❖ O governo mantém as campanhas sanitárias e alguns programas especiais e atendimentos em centro e hospitais para a população de baixa renda. ❖ As pessoas com renda mais elevada eram atendidas pela medicina liberal. ❖ As CAP foram substituídas pelos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), em 1933. ❖ Nos IAP, os trabalhadores eram organizados por categoria profissional e não por empresas. ❖ A saúde pública era a cargo do Ministério da Educação e Saúde Pública, era de baixa qualidade e limitada. ❖ Em 1953 foi criado o Ministério da Saúde, se desmembrado do Ministério da Educação, fazendo com que isso não precisasse de uma nova postura do governo. ❖ O Ministério da Saúde teria preocupação em atender aos importantes problemas de saúde pública de sua competência. ❖ A lei Orgânica da Previdência Social, estabeleceu a unificação do regime geral da previdência social, estava destinada a abranger os trabalhadores sujeitos ao regime da CLT, excluindo os trabalhadores rurais, empregados domésticos e servidores que tivessem regimes próprios de previdência. DE 1964 ATÉ 1984 ❖ Modelo econômico atrelado ao capital internacional. ❖ Crise sanitária: altas taxas de tuberculose, malária, doença de chagas, acidentes de trabalho e surtos de meningite. ❖ Alta concentração de renda e repressão política. ❖ O processo de unificação dos IAP ocorreu em 1967, com a implantação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). ❖ Complexo sistema médico-industrial. ❖ Expansão da medicina previdenciária. AÇÕES DE SAÚDE PÚBLICA NO REGIME MILITAR ❖ A ação inicial para a saúde neste período consistiu na publicação do Decreto-Lei 200, em 1967, que redefiniu as competências do Ministério da Saúde, os quais passaram a ser: – Formulação da Política Nacional de Saúde; – Assistência Médica Ambulatorial; – Prevenção à Saúde; – Controle Sanitário; – Pesquisas na área da saúde. Com isso, o Ministério da Saúde deixou de ser apenas um aparato burocrático para se tornar efetivamente o órgão máximo de gestão responsável pela condução das políticas públicas de saúde no país. ❖ A Superintendência de Campanhas da Saúde Pública (SUCAM) foi criada em 1970 e tinha o papel de executar as atividades de erradicação e controle de endemias: – Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERU) – Campanha de erradicação da malária. ❖ O Sistema Nacional de Saúde foi instituído em 1975, estabelecendo de forma sistemática o campo de ação na área de saúde, dos setores públicos e privados, para o desenvolvimento das atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. * O documento reconhece e oficializa a divisão da questão da saúde da seguinte forma: – A medicina curativa seria de competência do Ministério da Previdência; – A medicina preventiva de responsabilidade do Ministério da Saúde. Porém, o governo federal destinou poucos recursos ao Ministério da Saúde, sendo impossível desenvolver as ações de saúde pública propostas, o que significou uma opção pela medicina curativa, que apesar de ser mais cara, contava com recursos garantidos através da contribuição dos trabalhadores para o INPS. Assim o Ministério da Saúde tornou-se mais um órgão burocrato-normativo do que um órgão executivo na área da saúde. ❖ O Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS) inicia-se em 1976, como o primeiro programa de medicina simplificada do nível Federal e permite a entrada de técnicos provenientes do “movimento sanitário” no interior do aparelho de estado. O programa é estendido a todo o território nacional, o que resultou numa grande expansão da rede ambulatorial pública. A CRISE DO REGIME MILITAR Com a crise do modelo econômico implantado pela ditadura militar, em 1975. O modelo de saúde social começa a mostrar as suas mazelas, pois o fato de ter priorizado a medicina curativa, fez com que fosse incapaz solucionar os principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias, e os indicadores de saúde. Dessa forma, o modelo de saúde proposto entrou em crise, pela escassez de recursos para a sua manutenção. Na tentativa de conter custos e combater fraudes, em 1981, o governo criou o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) ligado ao INAMPS. O plano inicia-se pela fiscalização mais rigorosa da prestação de contas dos prestadores de serviços credenciados, combatendo-se as fraudes. Propostas do Plano: Retorno gradual do modelo médico-assistencial através do aumento da produtividade do sistema, da melhoria da qualidade da atenção, da uniformização dos serviços prestados as populações urbanas e rurais, da eliminação da capacidade ociosa do setor público, da hierarquização, da criação do domicílio sanitário, da montagem de um sistema de auditoria médico-assistencial e da revisão dos mecanismos de financiamento. No entanto, a Federação Brasileira de Hospitais e de medicina de grupo se opuseram ao CONASP, pois viam neste plano a perda da sua hegemonia e do seu status dentro do sistema, e conseguiram derrotar dentro do governo um dos projetos mais interessantes de modelo sanitário, que foi o PREV-SAÚDE. Contudo, isso não impediu que o CONASP implantasse e apoiasse projetospilotos de novos modelos assistenciais. Devido ao agravamento da crise financeira o sistema redescobre a existência do setor público de saúde, e a necessidade de se investir nesse setor, que trabalhava com um custo menor e atendendo a uma grande parcela da população carente de assistência. Por isso, em 1983 foi criado a AIS (Ações Integradas de Saúde), um projeto interministerial (Previdência-Saúde- Educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor público, procurando integrações curativo-preventivas e educativas ao mesmo tempo. FIM DO REGIME MILITAR O fim do regime militar foi marcado pelo movimento das DIRETAS JÁ (1985) e a eleição de Tancredo Neves, com diversos movimentos sociais inclusive na área de saúde, concedendo a criação das associações dos secretários de saúde estaduais ou municipais, e uma grande mobilização nacional por ocasião da realização da VIII Conferência Nacional de Saúde (Congresso Nacional,1986), a qual lançou as bases da reforma sanitária e do SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde). Quando o setor público entrou em crise, o setor liberal passou a direcionar o seu modelo de atenção médica para parcelas da população, classe média e categorias de assalariados, procurando através da poupança desses grupos organizar uma nova base estrutural. Deste modo foi concebido um subsistema de Atenção Médico-Supletiva composta de 5 modalidades assistenciais que se baseavam em contribuições mensais dos beneficiários, pela prestação de determinados serviços, eram elas: medicina de grupo, cooperativas médicas, auto-gestão, seguro- saúde e plano de administração. Estes serviços e benefícios eram pré- determinados, com prazos de carências, além de determinadas exclusões. Assim, este sistema baseou-se em um universalismo excludente, beneficiando e fornecendo atenção médica somente para aquela parcela da população que tinha condições financeiras de arcar com o sistema, não beneficiando a população como um todo e sem a preocupação de investir em saúde preventiva e na mudança de indicadores de saúde. Em 1990 o Governo edita as Leis 8.080 e 8.142, conhecidas como Leis Orgânicas da Saúde, regulamentando o SUS, criado pela Constituição de 1988. O NASCIMENTO DO SUS A constituição de 1988 define que: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. E o SUS é definido pelo artigo 198 do seguinte modo: “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I. Descentralização , com direção única em cada esfera de governo; II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III. Participação da comunidade Parágrafo único - o sistema único de saúde será financiad , com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes”. O texto constitucional demonstra que a criação do SUS estava baseado em um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando resgatar o compromisso do estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere a saúde coletiva. Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi regulamentado em 19 de setembro de 1990 através da Lei 8.080, e é concebido como o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, e das fundações mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada pode participar do SUS em caráter complementar. Os princípios doutrinários do SUS: UNIVERSALIDADE - o acesso garantido a todas as pessoas. EQUIDADE - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios INTEGRALIDADE - deve-se considerar a pessoa como um todo e atender todas as suas necessidades. E os princípios organizativos: Hierarquização, Participação popular e a Descentralização Política Administrativa. Objetivos e atribuições do SUS: – Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; – Formular as políticas de saúde; – Fornecer assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas; – Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica; – Executar ações visando a saúde do trabalhador; – Participar na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; – Participar da formulação da política de recursos humanos para a saúde; – Realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar; – Participar das ações direcionadas ao meio ambiente; – Formular políticas referentes a medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; – Controlar e fiscalizar serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; – Fiscalizar e a inspecionar alimentos, água e bebidas para consumo humano; – Participar do controle e fiscalização de produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; – Incrementar no desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde; – Formular e executa a política de sangue e de seus derivados: Devido a abrangência dos objetivos propostos e pela existência de desequilíbrios socioeconômicos regionais, a implantação do SUS não tem sido uniforme em todos os estados e municípios brasileiros, pois para que isto ocorra é necessário uma grande disponibilidade de recursos financeiros, de pessoal qualificado e de um efetiva política a nível federal, estadual e municipal para viabilizar o sistema. Os recursos destinados ao SUS seriam provenientes do Orçamento da Seguridade Social, estabelecendo que a forma de repasse de recursos financeiros, a serem transferidos para estados e municípios, deveriam ser baseados no perfil demográfico, perfil epidemiológico, rede de serviços instalada, desempenho técnico e ressarcimentode serviços prestados. Ao longo da sua existência o SUS sempre sofreu as consequências da instabilidade institucional, e apesar das dificuldades enfrentadas, apresentou progressos significativos no setor público, mas enfrenta problemas graves com o setor privado, que detém a maioria dos serviços de complexidade e referência a nível secundário e terciário. Estes setores não se interessam em integrar o modelo atualmente vigente em virtude da baixa remuneração paga pelos procedimentos médicos executados, o que vem inviabilizando a proposta de hierarquização dos serviços. GOVERNOS LIBERAIS, A PARTIR DE 1992 A Constituição de 1988 procurou garantir a saúde como um direito de todos e um dever do estado. No período de 1991 a 1994, com a eleição de Fernando Collor, é implementada uma política neoliberal- privatizante, a fim de reduzir o estado ao mínimo. No entanto, as limitações dos gastos públicos atingiram a todos os setores do governo, inclusive o da saúde. Neste período o governo começa a editar as chamadas Normas Operacionais Básicas (NOB), que são instrumentos normativos com o objetivo de regular a transferência de recursos financeiros da união para estados e municípios, o planejamento das ações de saúde e os mecanismos de controle social. Em 1994, o então Ministro da Previdência Antônio Brito, em virtude do aumento concedido aos benefícios dos previdenciários do INSS, e alegando por esta razão não ter recursos suficientes para repassar para a área de saúde, determinou que à partir daquela data os recursos recolhidos da folha salarial dos empregados e empregadores seria destinado somente para custear a Previdência Social, agravando a crise financeira do setor da saúde. Em 1995, Fernando Henrique Cardoso assume o governo, mantendo e intensificando a implementação do modelo neoliberal, assim, a crise de financiamento do setor saúde se agrava, e em 1996, o próprio ministro da Saúde reconhece a incapacidade do governo em remunerar adequadamente os prestadores de serviços médicos. Na busca de uma alternativa econômica como fonte de recurso exclusiva para financiar a saúde, o então Ministro da Saúde propõe a criação da CPMF (contribuição provisória sobre movimentação financeira). É importante mencionar que o imposto teria uma duração definida de vigência por um período de um ano e que os recursos arrecadados somente poderiam ser aplicados na área de saúde. Mas desde que começou a vigorar a CPMF, foram frequentes as denúncias de desvios, por parte do governo, na utilização dos recursos arrecadados para cobrir outros déficits. Em 1997, a crise de financiamento do SUS agrava a operacionalização do sistema, principalmente no que se refere ao atendimento hospitalar. A escassez de leitos nos grandes centros urbanos passa a ser uma constante. Os hospitais filantrópicos, especialmente as Santas Casas de Misericórdia, de todo o país tomam a decisão de criar planos próprios de saúde, atuando no campo da medicina supletiva A Santa Casa de Belo Horizonte faz o mesmo e lança o seu plano de saúde, o que implica numa diminuição de leitos disponíveis para o SUS. Os Hospitais Universitários, último reduto da assistência médica hospitalar de excelência a nível do SUS, também entram em crise e “são forçados” a reduzir o número de atendimentos, e induzidos pelo próprio governo à privatização como solução para resolver a crise financeira do setor. O motivo da crise foi o baixo valor pago pelos serviços prestados pelos hospitais conveniados ao SUS e a demora na liberação desses recursos. As dívidas dos hospitais universitários ultrapassaram a quantia de 100 milhões de reais, por isso, muitos deles operavam com a metade do número de funcionários necessários ao seu funcionamento. O governo edita a NOB-SUS 01/96 o que representa um avanço importante no modelo de gestão do SUS, principalmente no que se refere a consolidação da Municipalização. Esta NOB revoga os modelos anteriores de gestão e propõe aos municípios se enquadrarem em dois novos modelos: Gestão Plena de Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal. Estes modelos propõem a transferência para os municípios de determinadas responsabilidades de gestão. Sendo a gestão plena do sistema municipal o de maior abrangência, especialmente no que se refere gestão direta do sistema hospitalar. O PAB (Piso Assistencial Básico) consiste em um montante de recursos financeiros destinado ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal. Esse Piso é definido pela multiplicação de um valor per capita nacional pela população de cada município (fornecida pelo IBGE) e transferido regular e automaticamente ao fundo de saúde ou conta especial dos municípios. Além disto, o município poderá receber incentivos para o desenvolvimento de determinadas ações de saúde agregando valor ao PAB. As ações de saúde que fornecem incentivo são: Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS); Programa de Saúde da Família (PSF); Assistência Farmacêutica básica; Programa de combate as Carências Nutricionais; ações básicas de vigilância sanitária; ações básicas de vigilância epidemiológica e ambiental. A NOB passa a vigorar efetivamente somente à partir de janeiro de 1998. Apesar de assumir todos os compromissos com a agenda econômica da globalização, o país sofre as consequências de ataques especulativos de investidores internacionais, que lucraram com as altas taxas de juros oferecidos pela política econômica do governo. Tendo em vista a crise econômica vivida pelo Brasil, o governo FHC aumenta ainda mais os juros para beneficiar os especuladores internacionais e propõe para o povo um ajuste fiscal prevendo a diminuição de verbas para o orçamento de 1999, inclusive na área de saúde. O corte previsto nesta área foi de cerca de R$ 260 milhões. Em novembro de 1998, o governo regulamentou a lei 9656/98 sobre os planos e seguros de saúde, que havia sido aprovada pelo congresso nacional em junho daquele ano. Se por um lado houve uma limitação nos abusos cometidos pelas empresas, por outro a regulamentação oficializa o universalismo excludente, na medida em que cria quatro modelos diferenciados de cobertura de serviços: Plano ambulatorial - cobertura de consultas em número ilimitado, exames complementares e outros procedimentos, em nível ambulatorial, incluindo atendimentos e procedimentos caracterizados como urgência e emergência até as primeiras 12 horas; Plano Hospitalar sem obstetrícia - atendimento em unidade hospitalar com número ilimitado de diárias, inclusive UTI, transfusões, quimioterapia e radioterapia entre outros, necessários durante o período de internação. Inclui também os atendimentos caracterizados como de urgência e emergência que evoluírem para internação ou que sejam necessários à preservação da vida, orgãos ou funções; Plano Hospitalar com obstetrícia - acresce ao Plano Hospitalar sem obstetrícia, a cobertura de consultas, exames e procedimentos relativos ao pré-natal, à assistência ao parto e ao recém-nascido durante os primeiros 30 dias de vida; Plano odontológico - cobertura de procedimentos odontológicos realizados em consultórios; Plano referência - representa a somatória dos quatro tipos de plano anteriores; O plano básico que prevê unicamente o atendimento ambulatorial é o mais barato, acessível e o que oferece menos cobertura, por outro lado o Referencial é o mais completo, mais caro e o que oferece todo o tipo de cobertura tanto a nível ambulatorial quanto hospitalar. Estes fatos demonstram claramente que o compromisso da Medicina Supletiva é primordialmentecom o ganho financeiro e com o lucro do capital, e não com a saúde dos cidadãos. QUESTÕES 1. As políticas públicas de saúde devem ser analisadas sob diversos aspectos. Analise-os: I. O PAB (Programa de Atenção Básica) é uma política pública em saúde que pretende levar em consideração o uso racional dos recursos de uma comunidade. II. O PAB é definido por um valor per capta, de razão financeira, multiplicado pela população de cada município. III. A atividade comunitária junto aos serviços de saúde tem como objetivo incrementar o controle social na condução do SUS. Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s): A) I, II B) II, III C) I, II, III D) I E) III 2. A Política Nacional de Promoção da Saúde tem como objetivos, EXCETO: A) Implementar o Sisvan como Sistema nacional obrigatório vinculado às transferências de recursos do PAB variável. B) Ofertar práticas corporais e atividades físicas na rede básica de saúde, voltadas tanto para a comunidade quanto para os grupos vulneráveis . C) Desenvolver iniciativas de redução de danos pelo consumo de álcool e outras drogas que envolvam a co-responsabilização e a autonomia da população. D) Estimular a formação de redes horizontais de troca de experiências entre os municípios. E) Implantar os Serviços Sentinela, que serão responsáveis pela notificação dos casos de violência. 3. Considerando a Política Nacional de Promoção da Saúde, como um dos pilares do Pacto pela Vida e seus objetivos específicos em relação à situação descrita no texto acima, podemos afirmar, EXCETO: A) Valorizar e ampliar a cooperação do setor Saúde com outras áreas de governos, setores e atores sociais para a gestão de políticas públicas e a criação e/ou o fortalecimento de iniciativas que signifiquem redução das situações de desigualdade. B) Favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes mais seguros e saudáveis. C) Ampliar a autonomia e a co- responsabilidade de sujeitos individuais e coletivos no cuidado integral à saúde. D) Promover a proteção específica da esquistossomose. E) Contribuir para elaboração e implementação de políticas públicas integradas que visem à melhoria da qualidade de vida no planejamento de espaços urbanos e rurais. 4. As funções das políticas de saúde pública incluem a coordenação e a organização do programa de atenção à saúde. A) Certo B)Errado 5. Em 1998, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Políticas de Saúde, instituiu o “Projeto Promoção da Saúde”, objetivando elaborar e desenvolver uma política nacional de promoção da saúde. A missão dessa política é reorientar o enfoque das ações e serviços de saúde, visando a construção de uma cultura de saúde baseada em alguns princípios. Assinale-os. A) Solidariedade, equidade, ética e cidadania. B) Solidariedade, universalidade, ética e cidadania. C) Solidariedade, equidade, coletividade e cidadania. D) Integralidade, equidade, autonomia e universalidade. E) Integralidade, universalidade, autonomia e cidadania. 6. De acordo com a Carta de Ottawa, promoção da saúde é • A) O nome dado ao processo de melhoria dos serviços públicos de saúde. • B) Um processo criado pelo Ministério da Saúde que visa nortear as políticas públicas de atenção à saúde. • C) Um processo de capacitação em que os profissionais de saúde participam para trabalhar em saúde pública. • D) Um processo desenvolvido pelos serviços de saúde para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. • E) O nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. 7. Uma das atribuições do Conselho Nacional de Saúde é: A) Administrar os recursos orçamentários e financeiros destinados, anualmente, à saúde. B) Definir as normas e osmecanismos de controle de agravo sobre omeio ambiente. C) Pactuar normas técnicas e estabelecer padrões de qualidade para promoção da saúde do trabalhador. D) Estabelecer diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde. E) Participar de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico. 8. Uma das instâncias de representatividade dos gestores públicos de saúde nas Comissões Intergestores é o(a): A) Conselho Nacional de Secretários de Saúde. B) Comitê Regional de Saúde Pública. C) Câmara Técnica de Regulação das Ações de Saúde. D) Consórcio Público dos Serviços de Saúde. E) Conferência Estadual de Saúde Pública. 9. São atividades de abrangência das Comissões Intersetoriais, EXCETO: A) Saúde do trabalhador. B) Ciência e tecnologia. C) Alimentação e nutrição. D) Recursos humanos. E) Notificação compulsória. 10. “Política pública com o objetivo de ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais. O Programa destina-se ao atendimento igualitário de pessoas, usuárias ou não, dos serviços públicos de saúde, mas principalmente daquelas que utilizam os serviços privados de saúde, e que têm dificuldades em adquirir medicamentos prescritos.” Trata-se do A) Programa de Volta para Casa. B) Programa Farmácia Popular do Brasil. C) Programa de Melhorias Sanitárias Domiciliares. D) Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde. E) Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional. 11. Sobre o Pacto pela Saúde, relacione corretamente as colunas. 1. Pacto de Gestão do SUS. 2. Pacto da Atenção Básica. 3. Pacto em Defesa do SUS. ( ) Instrumento de pactuação de metas para indicadores de base epidemiológica criado em 1999 pelo Ministério da Saúde com o objetivo de monitorar e avaliar as ações desenvolvidas no âmbito da atenção básica em todo território nacional. ( ) Busca, através de iniciativas, a repolitização da saúde, a promoção da cidadania como estratégia de mobilização social e a garantia do financiamento de acordo com as necessidades do sistema de saúde. ( ) Estabelece as responsabilidades de cada ente federado do SUS, de forma clara e inequívoca, diminuindo competências concorrentes e estabelecendo diretrizes em aspectos como descentralização, regionalização, financiamento, entre outros. A sequência está correta em: A) 1, 2, 3 B) 1, 3, 2 C) 2, 3, 1 D) 2, 1, 3 E) 3, 1, 2 12. Acerca da implantação da Política Nacional de Humanização do SUS, analise: I. As filas e o tempo de espera deverão ser reduzidos, com ampliação do acesso, atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em critério de risco. II. As unidades de saúde garantirão os direitos dos usuários, orientando-se pelas conquistas já asseguradas em lei e ampliando os mecanismos de sua participação ativa e da rede sociofamiliar, nas propostas de intervenção, acompanhamento e cuidados em geral. III. Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e a rede de serviços se responsabilizará por sua referência territorial e atenção integral. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) A) I, II e III. B) I, apenas. C) II, apenas. D) I e III, apenas. E) II e III, apenas. 13. O conceito de seguridade social constitui uma das mais importantes inovações incorporadas à Constituição Federal de 1988. A esse respeito, analise as afirmativas abaixo e assinale a opção correta. I. O novo conceito impôs uma transformação radical no sistema de saúde brasileiro reconhecendo a saúde como direito social. II. Esse marco referencial define um novo paradigma para a ação do Estado, apontando- o como provedor das ações e dos serviços de saúde. III. Os recursos da seguridade social passam a ser a principal forma de financiamento do SUS. Assinale: A) Se somente a afirmativa I estiver correta. B) Se somente a afirmativa II estiver correta. C) Se somente a afirmativa III estiver correta. D) Se somente as afirmativasI e II estiverem corretas. E) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 14. O Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) é um instrumento da gestão compartilhada do SUS que tema finalidade de: A) Pactuar as regras de continuidade do acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva área de atuação. B) Definir as regras da gestão compartilhada do SUS no âmbito dos Estados e Municípios. C) Organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada. D) Garantir a integralidade da assistência à saúde e a universalidade das ações e serviços. E) Integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. 15. A Programação Pactuada Integrada é um dos instrumentos de planejamento do SUS e tem o objetivo de: A) Definir as diretrizes para a organização regionalizada da assistência. B) Operacionalizar as intenções expressas no Plano de Saúde. C) Nortear todas as medidas e iniciativas de saúde emcada esfera de gestão. D) Organizar a rede de serviços, dando transparência aos fluxos estabelecidos. E) Apresentar os resultados alcançados com a Programação Anual de Saúde. 16. Com vistas à municipalização dos serviços de saúde, a PMC assinou em 1987, o convênio com o(a) denominado(a) A) Sistema Único de Saúde (SUS) B) Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) C) Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) D) Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) 17. Considerando o Pacto pela Saúde, no componente Pacto de Gestão, no que diz respeito às responsabilidades da Gestão do SUS, não é responsabilidade dos municípios: A) Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção da saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no âmbito nacional. B) Assumir integralmente a gerência de toda a rede pública de serviços de atenção básica, englobando as unidades próprias e as transferidas pelo estado ou pela união. C) Assumir a gestão e a gerência de unidades públicas de hemonúcleos e hemocentros e elaborar normas complementares para a organização e funcionamento desta rede de serviços. D) Promover a estruturação da assistência farmacêutica e garantir, em conjunto com as demais esferas de governo, o acesso da população aos medicamentos cuja dispensação esteja sob sua responsabilidade 18. A política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados rege-se por princípios e diretrizes, dentre os quais não se inclui: A) Proibição de remuneração dos custos dos insumos, reagentes, materiais da mão de obra especializada, relacionada à preparação do sangue para transfusão. B) Utilização exclusiva da doação voluntária, não remunerada, do sangue. C) Proibição de remuneração ao doador pela doação de sangue. D) Direito a informação sobre a origem e procedência do sangue, componentes e hemoderivados. 19. Com a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), buscou-se consolidar, prioritariamente, marcas (prioridades) específicas. Sobre estas, analise as sentenças abaixo dê valores verdadeira (V) ou falsa (F). Aseguir, assinale a alternativa que contém a seqüência correta, de cima para baixo: ( ) Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde, e os serviços de saúde responsabilizar-se-ão por sua referência territorial. ( ) As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS. ( ) As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores. A) V,F,V. B) F,V,F. C) V,V,V. D) F,F,F. 20. As ações de Humanização para os serviços alcançarem a certificação do serviço Rede Cegonha, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, estão descritas nas alternativas abaixo, EXCETO: A) Garantir livre permanência da mãe e do pai juntos ao seu recém-nascido durante todo o tempo de internação na UTI ou Unidade de Cuidados Intermediários. B) Evitar a amamentação na primeira hora de vida e cumprir as estratégias para a proteção, a promoção e o apoio ao aleitamento materno. C) Promover o contato pele a pele entre mãe e bebê imediatamente após o nascimento. D) Garantir gestão participativa e democrática, valorizando o trabalho e o trabalhador da saúde. 21. O Pacto pela Saúde estabelece que as metas pactuadas pelos municípios deverão ser aprovadas: A) Pelo Congresso Nacional. B) Pelo Conselho Municipal de Saúde. C) Pelo Conselho Estadual de Saúde. D) Através do Ministério Público. E) Em função dos Gestores Estaduais de Saúde. 22. A Política Nacional de Humanização, HUMANIZA/SUS, possui alguns princípios norteadores. Nas alternativas abaixo, marque V para as verdadeiras e F para as falsas, considerando estes princípios: ( ) Fortalecimento da participação popular em todas as instâncias gestoras do SUS. ( ) Fortalecimento do controle social, com a participação da comunidade, dos usuários e de seus familiares. ( ) Fortalecimento do trabalho em equipe interdisciplinar. ( ) Valorização de atividades realizadas em grupos e as práticas de educação em saúde. A sequência está correta em: A) V, V, V, V B) V, V, F, V C)V, V, F, F D) F, V, F, V E) F, F, V, V 23. Em 1987 foram criados os Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS). A respeito desses sistemas analise as afirmativas a seguir. I. É possível localizar nos SUDS os antecedentes mais imediatos da criação do Sistema Único de Saúde II. O SUDS teve como principais objetivos a unificação dos sistemas com conseqüente universalização da cobertura e a descentralizaçao III. Um dos pontos negativos do SUDS foi a pouca importância dada à equidade no acesso aos serviços de saúde. Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s): A) II. B) III. C) II e III. D) I. E) I e II. 24. São competências dos Conselhos de Saúde,EXCETO: A) Avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúd e- SUS . B) Discutir, elaborar e aprovar proposta de operacionalização das diretrizes aprovadas pelas conferências de saúde. C) Implementar a mobilização e articulação contínuas da sociedade, na defesa dos princípios que fundamentam o SUS. D) Fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de movimentação de recursos da Saúde. E) Pactuar os critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de saúde da região de saúde. 25. A pactuação das diretrizes gerais sobre regiões de saúde, integração de limites geográficos, referência e contrarreferência é uma atribuição das(os): A) Comissões intergestores. B) Conferências de saúde. C) Conselhos municipais de saúde. D) Comissões intersetoriais. E) Conselhos estaduais de saúde. 26. Analise as assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta as corretas. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I. integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. II. conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população. III. capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência. IV. organização dos serviços públicos de modo a concretizar a duplicidade de meios para fins idênticos. A) Apenas I, II e III. B) Apenas I, III e IV. C) Apenas II e III. D) Apenas I, II e IV. E) I, II, III e IV. 27. O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, na década de: A) 1950 B) 1990 C) 1970 D) 1940 E) 1980 28. As relações entre determinantessociais e saúde consistem em estabelecer uma hierarquia de determinações entre fatores mais distais e mais proximais relacionados diretamente ao modo de vida, sendo distintos os fatores que afetam a situação de saúde de grupos e de pessoas. A análise dos determinantes sociais de saúde permite intervenções no sentido de ampliar políticas públicas que possam reduzir as iniquidades, desigualdades consideradas injustas e avançar para políticas de saúde no sentido da A) Transparência. B) Meritocracia. C) Vigilância epidemiológica. D) Igualdade. E) Equidade. 29. O princípio da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) que trata das intervenções pautadas no reconhecimento da complexidade, potencialidade e singularidade de indivíduos, grupos e coletivos, construindo processos de trabalho articulados e integrais é o: A. Princípio da integralidade B. Princípio sustentabilidade C. Princípio da autonomia D. Princípio da equidade 30. Segundo a nova Política Nacional de Atenção Básica, de 22 de setembro de 2017, que estabelece a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS, os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB): A) Constituem-se como serviços, com unidades físicas independentes, trabalhando de forma horizontal e interdisciplinar. B) Prestam um atendimento secundário, pois são compostos de especialistas que atuam dando suporte às equipes da Atenção Básica. C) São serviços de livre acesso para atendimento individual ou coletivo, desde que seja população de seu território adscrito. D) Devem atuar de forma integrada à rede de atenção à saúde, a partir das demandas identificadas no trabalho com as equipes. 31) (FCC - 2018) Paciente com 56 anos de idade, sexo masculino, relata fazer uso contínuo de indapamida, para controle da hipertensão arterial, queixa-se de hálito desagradável e solicita a prescrição de algum medicamento para reduzir seu desconforto. O exame clínico mostra que a higiene bucal do paciente é precária, requerendo procedimentos de raspagem e alisamento radicular, além de orientações para controle mecânico do biofilme bacteriano dental. Na abordagem da halitose, deve-se: a) prescrever o uso de clorexidina a 0,12% de 12 em 12 horas, por um período de 3 meses, para que a redução de bactérias nos sítios dentários tenha impacto sobre a volatilização do enxofre presente nos compostos orgânicos voláteis. b) recomendar jejum por períodos superiores a 4 horas, de forma a reduzir o substrato para a microbiota periodontopa- togênica e, consequentemente, a produção de compostos sulfurados voláteis, como o indol e o escatol. c) evitar o uso de gomas de mascar, que atuam como um agente mascarador da halitose, devido aos flavorizantes e aromatizantes presentes em sua composição. d) prescrever o uso diário de antissépticos bucais que contenham álcool em sua formulação, para que atuem na decomposição de compostos orgânicos voláteis, como a metilmercaptana. e) recomendar a utilização de raspador lingual para a limpeza da língua e remoção da saburra, em especial se o paciente referir náusea durante a limpeza lingual. 32) (CONSULPLAN - 2018) A utilização do flúor, principalmente em águas de abastecimento das cidades e em cremes dentais, tem sido uma das formas mais eficazes de prevenção de cárie. Entretanto, é necessário que os profissionais estejam cientes quanto aos eventos relacionados à sua absorção, distribuição e eliminação. Diante do exposto, assinale a alternativa correta. a) Após sua absorção o flúor é distribuído para os tecidos duros e moles do corpo, porém não alcança as glândulas salivares. b) A combinação do flúor com alguns elementos químicos presentes na alimentação, como magnésio, alumínio e cálcio aumenta sua absorção. c) Após a sua ingestão o flúor é absorvido pelo trato gastrointestinal e a secreção de ácido gástrico proporciona diminuição na absorção de flúor. d) A excreção do flúor do organismo é considerada um processo de primeira ordem, ou seja, é proporcional aos seus níveis plasmáticos e acontece por meio da urina. 33) (FCC - 2017) São princípios norteadores das ações da atual Política Nacional de Saúde Bucal no Brasil: a) acolhimento; priorização de crianças e gestantes; acesso exclusivo a urgências. b) gestão participativa; ética e vínculo. c) ética; priorização de crianças e gestantes; vínculo. d) gestão participativa; trabalho exclusivo do cirurgião-dentista; acesso. e) acolhimento; priorização de crianças e gestantes; ética. 34) (FCC - 2017) Água de abastecimento público fluoretada é uma tecnologia de saúde pública que: a) é elemento essencial da estratégia brasileira de Promoção de Saúde, eixo norteador da Política Nacional de Saúde Bucal. b) deve ser utilizada apenas nas regiões e cidades em que o índice CPO-D for maior que 3,0, aos doze anos de idade. c) a Organização Mundial de Saúde tem recomendado substituir pelo dentifrício fluoretado. d) está concentrada nas regiões e municípios com piores indicadores sociais, no Brasil. e) implica evitar a utilização de dentifrícios não-fluoretados em regiões e cidades, que disponham dessa medida preventiva. 35) (IADES - 2017) Promoção da saúde é entendida como um campo conceitual, político e metodológico para analisar e atuar sobre as condições sociais que são importantes para melhorar a situação de saúde e de vida das pessoas. Conforme definido na Carta de Otawa em 1986, a promoção de saúde visa à criação de ambientes que conduzam à saúde, à construção de políticas saudáveis, ao fortalecimento das ações comunitárias, ao desenvolvimento de habilidades pessoais e à reorientação dos serviços de saúde. Considerando esse contexto, quanto às estratégias e às ações de promoção de saúde e prevenção em saúde bucal, assinale a alternativa correta. a) Elas devem focar as ações coletivas e não o atendimento individual. b) A seleção da abordagem deve estar orientada para reduzir as desigualdades sociais. c) As ações de educação em saúde são importantes para o desenvolvimento de habilidades pessoais e devem ser realizadas preferencialmente em espaços sociais coletivos, uma vez que a realização dessas em famílias ou com indivíduos isolados é pouco produtiva. d) As ações de educação devem criar um ambiente simulado próximo do ideal, com o intuito de ensinar o mais corretamente possível. e) As estratégias de prevenção dos principais agravos de saúde bucais devem ser localizadas, pois trata-se de agravos confinados a grupos populacionais específicos. 36) (IESES - 2017) Quanto ao gerenciamento de um desastre em massa, é correto afirmar: a) Em casos de grandes queimados a identificação odontológica poderá ser o único método de identificação possível. Para garantir que não se percam evidências dentais durante o transporte dos corpos, a equipe de identificação deve iniciar o exame Post- Mortem ainda no local do desastre. b) Um dos problemas mais importantes para uma Central de Identificação é a grande quantidade de restos humanos fragmentados, dispersos e/ou queimados. c) Em desastres onde há destruição parcial das estruturas, com diversas vítimas fatais e com alguns corpos destruídos, se dará prioridade ao acesso para as equipes de recuperação e busca de corpos. Só depois dessa etapa concluída é que as equipes de peritos criminais iniciarão a colheita de provas ou vestígios. d) Em desastres onde há destruição parcial das estruturas, com diversas vítimas fatais e com alguns corpos destruídos, se dará prioridade ao acesso para as equipes de recuperação e busca de corpos. Só depois dessa etapa concluída é que as equipes de peritos criminais iniciarão a colheita de provas ou vestígios. 37) (IESES - 2017) Sobre desastres em massa, é INCORRETO afirmar: a) Para ser definido como um desastre em massa, o evento deve envolver vítimas de diferentes nacionalidades. b) O Guia deDesastres em Massa da INTERPOL (DVI GUIDE: INTERPOL, 2014) classifica os métodos de identificação de vítimas em primários e secundários. c) Legalmente, qualquer cirurgião dentista pode participar do processo de identificação de vítimas em caso de desastres em massa. d) Um desastre em massa se define por qualquer situação onde o número de vítimas é maior do que a capacidade local de gerenciamento. 38) (PUC-PR - 2017) o começo do século, descobriu-se que a fluorose dentária era causada pelo flúor na água de abastecimento. Depois de algumas décadas, foi descoberto o efeito cariostático do flúor. O uso do flúor tem sido o grande responsável pela redução do desenvolvimento da doença cárie. Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. a) Para um paciente alto risco, deve ser feito um controle químico da doença para reversão do risco. Esse controle normalmente é realizado com bochechos NaF 0.2% (quinzenais) ou bochechos NaF 0.05% (semanais) ou FFA 1.23% moldeira (mensal). b) A fluorose dentária é uma alteração de esmalte que ocorre durante o período de erupção dos dentes. A severidade do defeito está diretamente relacionada à quantidade de flúor ingerida e esta é consequência da ingestão de flúor acima dos níveis aceitáveis por tempo curto. c) O aspecto clínico da fluorose são linhas brancas e opacas (estrias) cruzando toda a superfície do dente, raramente simétrico, a um esmalte com total aparência de giz (confluência das estrias), até a pigmentação após o rompimento do esmalte por lesões mecânicas pós-eruptivas. d) A ação benéfica do dentifrício fluoretado na prevenção da doença cárie é o aumento rápido e pequeno do flúor na saliva após a escovação. Além disso, o flúor se mantém na cavidade bucal ao reagir com o dente, formando uma quantidade de fluoreto de cálcio na superfície esmalte-dentina e no resíduo de placa não removido pela escovação, o flúor se difunde e se deposita na forma de reservatório. e) O flúor não é capaz de interferir na formação da placa e na transformação do açúcar em ácidos, fatores responsáveis pelo início da doença, porém ele é fundamental na redução da evolução da doença. A presença constante de flúor na cavidade bucal é importante na redução da quantidade de mineral perdido quando o pH crítico da boca é atingido pela conversão do açúcar em ácido. Quando há presença de flúor na cavidade bucal e ocorre a remineralização, uma certa quantidade de mineral é reposta ao dente na forma de fluorapatita. 39) (PUC-PR - 2017) A noção de prevenção tem como fundamento um modelo dos fenômenos patológicos denominado de História Natural da Doença. Esse modelo foi proposto por Leavell & Clark em 1965, sendo composto por três níveis de prevenção: prevenção primária, secundária e terciária. De acordo com esse modelo, assinale a alternativa CORRETA. a) A objetivo desse modelo é dar sentido aos diferentes métodos de tratamento de doenças e problemas de saúde. b) A prevenção primária impede que o processo da doença progrida e se torne sintomático. c) A prevenção secundária limita as consequências físicas e sociais de doenças sintomáticas. d) A promoção da saúde faz parte da prevenção secundária, contribuindo para a prevenção de uma variedade de doenças, consistindo em mudanças não médicas, como as mudanças no estilo de vida, alimentação e ambiente. e) A determinação de doenças abrange dois domínios exclusivos, consecutivos e complementares: meio externo e meio interno 40) (PUC-PR - 2017) A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, conhecida como projeto SBBrasil, é uma grande ação promovida pelo Ministério da Saúde que visa coletar informações a respeito da saúde bucal dos cidadãos brasileiros. O objetivo desse levantamento é planejar programas de prevenção e tratamento tanto em nível nacional quanto municipal. Nela estão contidas informações sobre cárie dentária, doenças gengivais, condições de oclusão, necessidade de próteses, fluorose dentária, entre outros. A respeito da fluorose dentária, os índices obtidos pelo SBBrasil de 2010 revelaram que a prevalência dessa condição nas regiões centro-oeste e norte é menor do que a média do Brasil, sendo, respectivamente, 11,3%, 10,4%, enquanto que a média nacional é de 16,7%. Levando em consideração etiologia, características histopatológicas e clínicas da fluorose dentária, analise as assertivas a seguir. I. A fluorose dentária é uma alteração do esmalte com etiologia multifatorial que está relacionada com a ingestão excessiva e prolongada de fluoreto durante a amelogênese. II. Entre as causas que podem resultar na formação do esmalte defeituoso, polimorfismos genéticos vêm sendo associados com a alteração do esmalte, especialmente em áreas com fluorose endêmica. III. O período de maior suscetibilidade para a fluorose dentária nos dentes permanentes é por volta de 12-14 anos de idade, tanto para meninos quanto para meninas. IV. O diagnóstico diferencial de fluorose, especialmente em casos de fluorose branda, é mais difícil. Nesses casos um importante ponto que deve ser considerado é a simetria das lesões nos dentes envolvidos. V. Durante a maturação do esmalte, no final do seu período de formação, a matriz proteica deve ser removida e substituída por minerais. Na presença de flúor, a remoção final da matriz proteica não ocorre de maneira adequada. Assinale a alternativa que indica apenas a(s) assertiva(s) CORRETA(S). a) I, II, IV e V. b) II, IV e V. c) I, II, III, IV e V. d) I e IV. e) III e V. 41) (CESPE -2017) De modo geral, em doses inibitórias, os fluoretos, no biofilme, podem: a) diminuir o número de bactérias ácido- sensíveis. b) elevar o acúmulo de ácidos. c) aumentar a produção ácida. d) reduzir a glicólise. 42) (CESPE - 2017) Os fluoretos têm papel no controle compensatório dos ciclos de desremineralização porque: a) reduzem a velocidade da perda mineral líquida. b) estimulam os fenômenos de redeposição mineral. c) reduzem a solubilidade aos ácidos da placa dental. d) diminuem a resistência do esmalte ao desafio cariogênico. 43) (FEPESE - 2017) Assinale a alternativa correta sobre flúor sistêmico. a) O uso do flúor em águas de abastecimento tem caído em desuso no Brasil pelo baixo custo-benefício. b) A prescrição de flúor pré-natal é uma das principais estratégias de prevenção de cárie dentária por meio de efeito sistêmico. c) Pela dificuldade de controle e falta de segurança, suplementos pós-natal de flúor sistêmico devem ser vistos com cautela por profissionais e pacientes. d) O efeito protetor do flúor sistêmico se dá essencialmente pela sua ação pré-eruptiva de fortalecimento dos elementos minerais dos dentes. e) A fluoretação do sal tem se mostrado no Brasil um importante auxiliador da prevenção de cárie na população adulta. 44) (FEPESE - 2017) Assinale a alternativa correta sobre a aplicação tópica de flúor em ações coletivas. a) Pode ser realizada na forma de bochechos fluorados semanais. b) Pode se dar pela aplicação anual de flúor gel na escova, moldeira ou com pincelamento. c) Não é recomendada quando a população alvo tem acesso a água de abastecimento com flúor acima de 0,15 ppmF. d) Essa abordagem está em desuso, sendo desaconselhada pelo alto risco de fluorose na população brasileira. e) Deve ser realizada sempre que possível, independentemente da situação epidemiológica da população alvo. 45) (UFRN - 2017) O Programa Brasil Sorridente apresenta várias frentes de atuação. A frente que se refere à Atenção Primária é a inclusão de Equipes de Saúde Bucal (ESB) na Estratégia Saúde da Família. Essa inclusão ocorre a partir de três diferentes configurações, a depender das características dos municípios. Nesse contexto, considere as configurações apresentadas nos itens a seguir: I Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família Técnico em Saúde Bucal (TSB) Auxiliar em Saúde Bucal (ASB)ou outro Técnico em Saúde Bucal (TSB). II Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) ou Técnico em Saúde Bucal (TSB) III Cirurgião dentista especialista em saúde da família Técnico em Saúde Bucal (TSB) IV Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família Técnico em Saúde Bucal (TSB) Cirurgião-Dentista especialista como componente do NASF Dessas configurações, são permitidas, atualmente, os presentes nos itens: a) I e III. b) II e IV. c) III e IV. d) I e II. 46) (UFRN - 2017) No Brasil, embora tenham ganhado visibilidade mais recentemente, com a implementação da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) a partir de 2004, as ações relativas à saúde bucal no sistema público foram implantadas ainda no começo do século XX, apresentando algumas características importantes em seu desenvolvimento. Uma delas diz respeito ao fato de que essa política: a) tomou como base o Sistema Incremental no início dos anos 1950, que serviu de modelo para o atendimento a escolares nos anos seguintes. b) sofreu influências da Odontologia Sanitária norte-americana nos anos 1920. c) compôs, desde o início, um sistema baseado no atendimento a todas as faixas etárias. d) esteve articulada ao surgimento da previdência social no Brasil, com o atendimento odontológico fazendo parte da carteira de serviços das CAPs. 47) (UFRN - 2017) A Atenção Primária em Saúde (APS), conhecida, no Brasil, como Atenção Básica, tem papel reconhecido como elemento-chave nos sistemas de saúde dada a evidência de seu impacto sobre a situação de saúde. Os principais atributos da APS estabelecidos por Starfield (2002) são: a) organização da demanda, atendimento humanizado, longitudinalidade e acolhimento. b) universalidade, equidade, integralidade e regionalização. c) acolhimento, humanização, acesso e coordenação do cuidado. d) acesso de primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e coordenação da atenção. 48) (UFRN - 2017) Em geral, a política de saúde de um país reflete o modelo de Estado, do ponto de vista de como são organizadas as políticas públicas e a relação com o mercado. A política de saúde brasileira advém de um modelo de Estado estabelecido ainda no início do século XX e passou por diversas modificações até chegar à sua configuração atual, estabelecida pela Constituição de 1988 e suas legislações subsequentes. Em comparação com outros países, esse modelo de saúde possui características de um modelo. a) focalizador, com atenção universalizada disponível apenas para alguns setores da população. b) previdenciário, similar a alguns países da América Latina, como a Argentina. c) universal, característico de países da Europa Ocidental. d) voltado para o mercado, majoritariamente dominado pelos planos e seguros de saúde e pela assistência privada. 49) (UFRN - 2017) Uma das primeiras estratégias de uso dos fluoretos e aplicações tópicas foi a introdução do bochecho com soluções fluoretadas, tendo sido implementada em vários países do mundo, incluindo o Brasil. Diante das mais recentes evidências sobre essa técnica, considere as seguintes afirmações: I A solução mais comum é o Fluoreto de Sódio (NaF), que pode ser utilizado a 0,05% semanalmente ou a 0,02% diariamente. II Recomenda-se o bochecho de 10 mL de solução durante um minuto. III São desconhecidas evidências de que o bochecho seja efetivo para pacientes portadores de aparelho ortodôntico. IV Devido ao risco de ingestão acidental, o que poderia provocar fluorose, recomenda-se seu uso apenas em crianças acima de 6 anos. Das afirmações, estão corretas: a) II e III. b) III e IV. c) I e II. d) II e IV. 50) (UFRN - 2017) Uma das principais estratégias preventivas no campo da saúde bucal é a educação em saúde, considerando que as principais doenças bucais podem ser facilmente prevenidas a partir da adoção de hábitos saudáveis. Entretanto, persiste ainda, no Brasil, um modelo de educação em saúde bucal, “dentista centrado”, desconhecendo os principais elementos da Pedagogia e da Psicologia. Um conceito importante a ser considerado nas práticas de educação em saúde é o de atitude, que compreende três componentes: a) cognitivo, afetivo e comportamental. b) racional, concreto e cognitivo. c) afetivo, concreto e emocional. d) comportamental, emocional e racional. 51) (UFRN - 2017) A fluoretação das águas pode ser considerada como a mais importante medida de caráter coletivo para a prevenção da cárie dentária, sendo um dos eixos da Política Nacional de Saúde Bucal, o Brasil Sorridente. Trata-se de uma medida bastante estudada no mundo inteiro, tendo sido objeto de, pelo menos, três grandes revisões sistemáticas nos últimos 20 anos. De uma maneira geral, a respeito da efetividade e da segurança do método, os mais recentes achados revelam que a fluoretação das águas a) aumenta em 15% o percentual de pessoas sem cárie e pode comprometer o crescimento ósseo quando em doses acima de 1,5 ppm. b) tem um potencial de redução médio do CPO-D de 26% e não apresenta riscos à saúde dentária, exceto casos de fluorose leve. c) reduz cárie dentária em 60% ao longo de 10 anos e não apresenta nenhum risco à saúde dentária. d) diminui o número de dentes extraídos devido à redução na severidade da cárie e provoca osteoporose a longo prazo. 52) (UFRN - 2017) Algumas vezes, as infecções odontogênicas, têm como consequência o comprometimento de estruturas vitais pela disseminação do processo infeccioso. Nesse sentido, uma infecção causada por bactérias anaeróbias afasta as fáscias e cria espaços, permitindo que o exsudato leve bactérias a áreas mais distantes do sítio originário de infecção. Essa infecção é denominada a) Angina de Ludwig. b) Pericoronarite. c) Osteomielite. d) Actinomicose. 53) (UFRN - 2017) De acordo com o “Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil”, publicado pelo Ministério da Saúde em 2009, o gel com flúor é uma medida preconizada para aplicações profissionais, tanto em consultório quanto em atividades coletivas. Considere as seguintes afirmações sobre a técnica de aplicação de gel com flúor I Esse gel pode ser usado em moldeiras ou por meio de escovação, devendo ser realizada a profilaxia prévia. II A aplicação desse gel não necessita de supervisão, em especial quando aplicado com moldeiras. III Não há risco de fluorose dentária com aplicação do gel fluoretado, pois, apesar da alta concentração de flúor, a frequência de aplicação é baixa. IV O gel de flúor-fosfato acidulado (FFA) com concentração de 1,23% de fluoreto em ácido ortofosfórico a 0,1 M deve ser aplicado durante quatro minutos. Das afirmações, estão corretas a) I e IV. b) II e III. c) I e II. d) III e IV. 54) (CESPE - 2017) O flúor é um elemento eletronegativo com ação preventiva e terapêutica na prática odontológica. No esmalte dental, o flúor a) forma a apatita fluoretada, que protege a estrutura mineral. b) promove a resistência da hidroxiapatita às condições ácidas. c) promove o aumento do limite do pH crítico. d) forma a fluorapatita cristalizada do fosfato de cálcio. e) promove a saturação cálcica, evitando a desmineralização. 55) (CESPE -2016) Com relação às ações destinadas à prevenção e ao controle das doenças bucais, no âmbito da saúde pública no Brasil, assinale a opção correta. a) Para atender aos padrões aceitáveis de saúde periodontal propostos pela Organização Mundial de Saúde, o serviço odontológico de âmbito local, estadual ou nacional deve estabelecer como meta a eliminação de prevalência de placa dental e de inflamação gengival em uma comunidade ou em uma população. b) A prática da odontotomia profilática é considerada eficiente para utilização em massa porque remove cirurgicamente os defeitos presentes da formação de esmalte (sulcos e fissuras), principalmente nas superfícies oclusais,criando uma zona de fácil limpeza da superfície dos dentes. c) O ato de remover frequentemente a placa antes de seu amadurecimento e consequente efeito deletério, por meio da escovação, representa, para o paciente, a melhor forma de evitar a instalação e a progressão da doença periodontal. d) Os programas nacionais de atenção odontólogica demonstram eficácia no desenvolvimento de estratégias preventivas para a redução de atendimentos de problemas periodontais em âmbito nacional. e) O controle químico da placa bacteriana, por meio da utilização de solução de clorexidina para bochecho diário, é eficaz como estratégia de ação preventiva populacional para tratamento e manutenção da saúde periodontal, porque atua na remoção de placa bacteriana supra e subgengival. 56) (FCC - 2018) A abordagem de fatores comuns de risco reconhece que condições como obesidade, doenças cardíacas e doenças bucais compartilham fatores de risco como dieta, estresse e higiene. Esta compreensão implica a necessidade de a) favorecimento à conexão entre a saúde geral e a saúde bucal por meio da realização de escovação supervisionada, aplicação tópica de flúor e bochechos fluorados em escolas. b) práticas educativas e de prevenção em saúde bucal em escolas municipais e estaduais que foquem nos fatores de risco que afetam as condições crônicas bucais e sistêmicas. c) campanhas massivas que informem a população sobre o impacto de dietas ricas em açúcar refinado sobre a crescente obesidade infantil e os elevados índices de cárie dentária. d) ações programáticas abrangentes para reforçar a concepção de saúde centrada na assistência a indivíduos que têm, simultaneamente, doenças sistêmicas e doenças bucais. e) ação intersetorial para a saúde com mudanças na atuação profissional integrando ações de prevenção, diagnóstico e tratamento de indivíduos, não separando a boca do corpo. 57) (FCC - 2018) Na atenção básica em saúde, um dos focos da clínica ampliada para famílias com idosos é a abordagem de temas como o suporte familiar, autoestima, autonomia/dependência e a educação para o cuidado em saúde bucal. Nesta perspectiva, deve-se considerar que a) os familiares de idosos não têm preparo ou condições financeiras para assumir o papel de cuidador nesta fase, o que requer políticas públicas de institucionalização do idoso, visando aos cuidados necessários à manutenção de sua saúde bucal. b) as complicações das doenças crônico degenerativas levam a pessoa idosa à dependência de familiares, que devem ser instruídos a efetuar a higiene bucal do idoso. c) diante da perda de autonomia do idoso, a dinâmica doméstica se altera e cabe às mulheres da família identificar transtornos de saúde bucal, como a presença de nódulos na boca ou cárie nas raízes dos dentes. d) o comprometimento sistêmico produzido pela deficiência de nutrientes ingeridos por idosos com alterações e agravos aos dentes e tecidos peribucais destacam a importância de promover cuidados à saúde bucal do idoso. e) a prevenção de doenças não faz parte da relação de procedimentos odontológicos oferecidos na atenção básica, devido à contradição existente entre a transição demográfica e a escassez de recursos destinados ao setor público. 58) (FCC - 2018) Diante da necessidade de padronizar condutas odontológicas na rede municipal da saúde, sob a forma de protocolos, o gestor viu-se diante de uma vasta literatura científica. Ao utilizar a prática de odontologia baseada em evidências como referência para a sistematização destas condutas, o gestor deve a) implantar roteiros fundamentados em revisão sistemática com metanálise que embasem as decisões clínicas dos cirurgiões- dentistas, para que não ocorram condutas desviantes. b) selecionar artigos de revisão sistemática que respondam a perguntas específicas, verificando se, para determinado público-alvo, a intervenção em questão, comparada ao procedimento padrão, terá eficácia. c) buscar estudos primários sobre o prognóstico de pacientes selecionados aleatoriamente em diferentes etapas do tratamento escolhido, durante um tempo de acompanhamento adequado. d) selecionar estudos primários sobre terapia em que tenha havido aleatorização dos pacientes para tratamento e os melhores resultados entre os pacientes tratados contribuam para as conclusões. e) implantar roteiros baseados em estudos primários de diagnóstico em que não tenha ocorrido comparação cega com uma referência considerada padrão-ouro. 59) (UFRN - 2017) A área de saúde bucal do Ministério da Saúde, por intermédio do protocolo estabelecido nos “Cadernos da Atenção Básica n. 17”, estabelece a escovação supervisionada como medida preventiva de escolha para as diversas fases da vida. As seguintes afirmações dizem respeito a essa estratégia. I Em crianças, a escovação deve ser contínua, auxiliada por pais ou responsáveis, mas, à medida que ela cresce, deve ser estimulada a fazê-la sozinha. II Com relação aos adolescentes, deve-se estimular a escovação e não introduzir ainda o uso de fio dental, considerando a dificuldade de adaptação à técnica. III Em adultos, maior estímulo deve ser dado ao uso de fio dental e maior atenção no que diz respeito ao desenvolvimento da doença periodontal. IV Entre os idosos, deve-se estimular o uso de enxaguatórios devido à dificuldade crescente no uso da escova dental. Das afirmações, estão corretas a) II e III. b) II e IV. c) I e IV. d) I e III. 60) (PPD - 2012) A Política Nacional de Humanização do SUS - Humaniza SUS visa atingir todos os níveis de atenção à saúde, entendendo a humanização como uma transformação cultural. No caso dos serviços que prestam atenção básica, o Humaniza SUS propõe-se: a) Priorizar a ordem de chegada dos usuários nas filas para atendimento. b) Incentivar práticas que priorizem o consumo de medicação. c) À elaboração de projetos terapêuticos individuais e coletivos para os usuários e sua rede social. d) Ao enfraquecimento das relações entre as equipes de saúde e os usuários. e) À desvalorização da figura pessoal do cuidador em prol da busca da melhor tecnologia. 61) (PPD - 2012) O Planejamento em Saúde trata-se de um instrumento de racionalização das ações no setor de saúde, realizada por atores sociais, orientada por um propósito de manter ou modificar uma determinada situação de saúde. O planejamento estratégico dos serviços de saúde compõese de momentos com suas especificidades, assim é correto afirmar que: a) Momento explicativo: Execução do plano. Modelo de gestão, acompanhamento e avaliação do plano. b) Momento estratégico: Conhecer a situação atual. Procurando identificar, priorizar e analisar seus problemas, com a existência de outros atores. c) Momento tático-operacional: Construir viabilidade para as propostas de soluções, formulação de estratégias. d) Momento normativo: Formulação de soluções para enfrentamento do problema, elaboração de propostas de solução. e) Momento situacional:identificar os atores envolvidos. 62) (PPD - 2012) Marque a alternativa correta a respeito das atribuições dos diferentes tipos de profissionais que compõem a Equipe de Saúde Bucal. a) Identificar áreas de risco constitui função do técnico em saúde bucal; b) O auxiliar de saúde bucal exerce função de programar e supervisionar o fornecimento de insumos para as ações coletivas; c) O agente comunitário de saúde coordena ações coletivas voltadas para a promoção e prevenção em saúde bucal; d) Realizar levantamento epidemiológico para traçar o perfil de saúde bucal da população adstrita constitui atribuição do cirurgião- dentista; e) O técnico em saúde bucal exerce função de apoio ao cirurgião-dentista, executando sob sua supervisão indireta a inserção e condensação de materiais restauradores. 63) (PPD - 2012) As informações que compõem o cadastramento das famílias, devidamente consolidadas e organizadas,são indispensáveis para o trabalho de Saúde da Família. Sobre esse cadastramento marque a alternativa INCORRETA: a) O cadastramento dos usuários deve ser realizado pelo técnico de enfermagem, no próprio domicílio, por meio de entrevista durante a visita à família. b) As informações obtidas no cadastramento, juntamente com outras fontes de informação, levam ao conhecimento da realidade daquela população, seus principais problemas de saúde e seu modo de vida. c) As informações obtidas servirão para que o gestor e a equipe, juntamente com a população, possam planejar as atividades a serem desenvolvidas, para que cumpram seu objetivo de melhorar as condições encontradas na comunidade. d) As informações indispensáveis que compõem o formulário do cadastro são dados demográficos, socioeconômicos, socioculturais. e) A realização do cadastramento de base nacional, aliado à possibilidade de manutenção dessa base cadastral atualizada, pode permitir aos gestores do SUS a construção de políticas sociais integradas e intersetoriais nos diversos níveis de governo. 64) (PPD - 2012) Entender a Saúde da Família como estratégia de mudança significa repensar práticas, valores e conhecimentos de todas as pessoas envolvidas no processo de produção social da saúde. A estratégia do PSF incorpora a ideia de se considerar a família como uma unidade básica para atuação no campo da saúde, marque a alternativa CORRETA: a) Os conflitos, as interações e as desagregações fazem parte do universo simbólico e articular da família, sem influências diretas na saúde de seus membros. b) As ações dos profissionais da USF devem entender a família em seu espaço social, compreendendo-o como rico em ações interligadas (interações) e em conflitos. c) Ao profissional de saúde da estratégia cabe uma atitude de respeito e desvalorização das características peculiares do núcleo familiar, intervindo de forma mais participativa e construtiva. d) Não é função da equipe de saúde identificar processos de violência no meio familiar. e) Para a construção de ambientes mais saudáveis no espaço familiar o uso da tecnologia na área da saúde é determinante. 65) (PPD -2012) Para superar as dificuldades de monitoramento e avaliação e avançar na qualificação da Estratégia Saúde da Família, um instrumento importante, que deve ser estimulado pelas equipes de supervisão da estratégia, é o diagnóstico comunitário. I- O diagnóstico comunitário é uma fotografia da realidade local de uma população em determinado período de tempo, levando em conta os recursos disponíveis da comunidade e as questões culturais, políticas e sociais relacionadas com o processo saúde e doença. II- A realização de um diagnóstico em um território visa conhecê-lo em profundidade de maneira a problematizar as principais dimensões de sua realidade social. III- O diagnóstico comunitário difere do diagnóstico clínico uma vez que seu objetivo não se restringe a uma pessoa e sim ao conjunto de pessoas em uma determinada região; não utiliza história clínica e sim dados estatísticos e informações por não estar voltado para o tratamento e reabilitação e sim para a confecção de programas de saúde. Considerando as afirmativas, pode-se afirmar que a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. d) As afirmativas I, II e III estão corretas. e) Nenhuma das afirmativas está correta. 66) (ADVISE - 2012) “A busca do acesso universal à assistência odontológica, com a adoção de ações voltadas para todas as faixas etárias” constitui um propósito do programa: a) Reabilitação Oral. b) Sistema Único de Saúde. c) Plano Odontológico. d) Fluoretação Total. e) Brasil Sorridente. 67) (EDUCA - 2012) De acordo com a Política Nacional de Saúde Bucal, a reorientação do modelo de atenção em saúde bucal tem os seguintes pressupostos, EXCETO: a) Assumir o compromisso de qualificação da Atenção Básica, garantindo qualidade e resolutividade, independentemente da estratégia adotada pelo município para sua organização. b) Garantir uma rede de Atenção Básica articulada com toda a rede de serviços e como parte indissociável desta. c) Estabelecer política de financiamento para o desenvolvimento de ações visando à política de educação permanente. d) Acompanhar o impacto das ações de saúde bucal por meio de indicadores adequados, o que implica a existência de registros fáceis, confiáveis e contínuos. e) Incorporar a Saúde da Família como uma importante estratégia na reorganização da Atenção Básica. 68) (EDUCA - 2012) Um dos principais problemas enfrentados no cotidiano dos serviços de saúde bucal é a organização da demanda, em especial nas atividades assistenciais, o que deve ser amplamente discutido entre usuários e trabalhadores de saúde. Na organização da atenção em saúde bucal na Saúde da Família, os principais desafios são: 1. Unificar a porta de entrada com a área de médico-enfermagem. 2. Controlar acesso à demanda espontânea. 3. Desenvolver ações programadas de promoção da saúde, de prevenção de doenças e de assistência. 4. Organizar uma atenção domiciliar. 5. Reordenar a atenção de média complexidade. Assinale a alternativa CORRETA: a) Somente os itens 1 e 2 são verdadeiros. b) Somente os itens 2, 3, 4 e 5 são verdadeiros. c) Somente os itens 1, 3, 4 e 5 são verdadeiros. d) Somente os itens 2, 3 e 5 são verdadeiros. e) Os itens 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiros. 69) (EDUCA - 2012) De acordo com a Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006, são competências específicas dos cirurgiões- dentistas que atuam na Atenção Básica por meio da Estratégia Saúde da Família, EXCETO a) Avaliar as condições de saúde bucal da comunidade e o impacto das ações de saúde bucal, por meio da realização de levantamentos epidemiológicos. b) Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais. c) Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais. d) Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos. e) Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da Unidade Saúde da Família. 70) (IGA - 2012) Os princípios básicos do SUS, segundo a Constituição Federal de 1988 são: a) Universalidade e integralidade. b) Integralidade e participação popular. c) Descentralização e universalidade. d) Hierarquização e participação popular. e) Todos acima. 71) (IGA - 2012) De acordo com a Lei n° 8.080 de 1990, “igualdade na assistência à saúde em função de situação de risco e condições de vida e saúde”, representa o princípio da: a) Integralidade b) Equidade. c) Integralidade. d) Humanização. e) N.R.A 72) (EDUCA - 2012) A Política Nacional de Saúde Bucal tem como eixos orientadores ações de: a) Promoção e proteção à saúde, incluindo a fluoretação das águas, educação em saúde e recuperação e ampliação da rede básica de saúde. b) Fluoretação das águas, educação em saúde, higiene bucal supervisionada, aplicações tópicas de flúor, recuperação e reabilitação da saúde bucal e ampliação das equipes de Saúde da Família. c) Educação em saúde, higiene bucal supervisionada, aplicações tópicas de flúor e capacitação das equipes de saúde bucal. d) Promoção e proteção à saúde, incluindo a fluoretação das águas, educação em saúde, higiene bucal supervisionada, aplicações tópicas de flúor e recuperação e reabilitação da saúde bucal. e) Higiene bucal supervisionada, aplicações tópicas de flúor, recuperação e reabilitação da saúde bucal e capacitação das equipes de Saúde da Família. 73) (EDUCA - 2012) O planejamento em saúde bucal tem como base promover mudanças significativas entre a realidade encontrada e a desejada. Qual das alternativas
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