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Estudo Dirigido - Introdução ao Estudo do Direito

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· Lista IED 
· Faça um paralelo entre direito objetivo e direito subjetivo, diferenciando-os e explicando também as teorias que buscam explicar o direito subjetivo.
O Direito Objetivo pode ser entendido como a norma propriamente dita. Exemplo: O Direito Civil busca a defesa das partes nas relações jurídicas interpessoais. Já o Direito Subjetivo é a possibilidade que a norma dá de um indivíduo exercer determinada conduta descrita na lei. É a lei, que aplicada ao caso concreto, autoriza a conduta de uma parte. Exemplo: se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te concede o direito de cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução.
DIREITO OBJETIVO: “conjunto de normas da mais variada espécie” O direito objetivo apenas reconhece a liberdade (direito subjetivo) e dá condições de exercício desta liberdade. Jus norma agendi. É norma de organização social
DIREITO SUBJETIVO: Possibilidades ou poderes de agir que a ordem jurídica garante a alguém. Jus facultas agendi. (termo romano, que hoje já foi superado). Norma perde o seu caráter teórico e se projeta na relação jurídica concreta, para permitir uma conduta, determinar uma omissão ou estabelecer consequências jurídicas. é a vantagem conferida ao sujeito de Relação Jurídica em decorrência da incidência da norma jurídica ao fato jurídico.
A Teoria da Vontade - o direito subjetivo seria o poder da vontade humana garantido pelo ordenamento jurídico.
A Teoria do Interesse- afirma que a natureza jurídica do direito subjetivo está no interesse juridicamente protegido
A Teoria Mista-  o direito subjetivo apresenta-se como sendo poder da vontade ao mesmo tempo em que é protegido pelo ordenamento jurídico, ou seja, a vontade, qualificada por um poder de querer, não se realiza se não for com o intuito de buscar uma finalidade, ao êxito na realização de um interesse.
· Explique, fazendo diferenciação os seguintes institutos da norma jurídica: Validade, vigência, eficácia e vigor.
Validade – qualidade da norma que permite sua pertinência ao ordenamento, por ter sido criada a partir das condições formais e materiais requeridas pelo sistema; Condições de validade: a) Legitimidade do órgão que faz a norma . b) Competência em razão da matéria. c) Legitimidade do procedimento: Processo legislativo
Vigência – qualidade da norma relacionada ao tempo de validade, que vai do momento que ela passa a ter força vinculante (vigor) até o momento em que ela perde essa força, seja por sua revogação ou por ter expirado o prazo que fora prescrito para sua duração;Uma norma vigente é sempre válida. Uma norma válida pode ser vigente e não ter eficácia
Eficácia – qualidade da norma que diz respeito à possibilidade de produção de efeitos concretos, ou seja, a norma é aplicada e obedecida;Eficácia técnica: se relaciona com a aplicabilidade da norma.A eficácia fática refere-se a requisitos sociais para a produção de efeitos da norma jurídica. Nesse caso, podemos constatar que a norma não pode produzir efeitos porque a sociedade, por algum motivo, ainda não está preparada para ela.
Vigor – qualidade da norma que se refere ao poder da norma de se impor, de se fazer obedecer, mesmo que os sujeitos não concordem com ela.
· Conceitue
 Norma de revogação É a norma que retira a validade expressa de outra norma.
Caducidade; perda da validade de uma lei por superveniência da situação fática ou temporal prevista. (Ex: Norma que tratou da Copa do mundo 2014)
Costume negativo e Desuso.
• Desuso: possui eficácia técnica, ausência de eficácia fática, notada pela sociedade-intérprete. (Ex: norma que proíbe entrada e saída de pessoas com o Bonde em movimento pelas ruas de BH.)
• Costume negativo: As normas possuem eficácia técnica e fática, mas não são aplicadas pelas autoridades e nem respeitadas pelo cidadão. (ex: Jogo do Bicho como contravenção penal)
· Quais as fontes do Direito brasileiro. Conceitue cada uma delas.
São utilizadas como fontes recorrentes do direito as leis, o costume, a jurisprudência, a equidade e a doutrina.
Leis são as normas ou o conjunto de normas jurídicas criadas através de processos próprios, estabelecidas pelas autoridades competentes;
Costume é a regra social derivada de prática reiterada, generalizada e prolongada, o que resulta numa convicção de obrigatoriedade, de acordo com a sociedade e cultura em particular;
Jurisprudência é o conjunto de decisões sobre interpretações de leis, feita pelos tribunais de determinada jurisdição;
Equidade é a adaptação de regra existente sobre situação concreta que prioriza critérios de justiça e igualdade;
Doutrina é a produção realizada por pensadores, juristas e filósofos do direito, concentrados nos mais diversos temas relacionados às ciências jurídicas;
Atualmente, é consenso que os princípios fundamentais de direito constituem também fonte do direito.
· Comente sobre costumes: Secundum Legem; Praeter Legem e Contra Legem.
Contra Legem (contra lei) 
Não aceito em nosso direito. O costume é contrario ao que dispõe a Lei. 
Prater Legem (Na falta de lei) Que supre a lacuna da lei, dispondo sobre matéria não disciplinada por ela. 
Secundum Legem (segundo a lei / ou costume interpretativo) 
Que da ao usual interpretação de uma lei.
· Disserte sobre a jurisprudência como fonte do direito. Em seguida, comente sobre jurisprudência: Secundum Legem; Praeter Legem e Contra Legem
A jurisprudência é a fonte mais geral e extensa de interpretação, indica soluções adequadas às necessidades sociais, evita que uma questão doutrinária fique eternamente aberta e dê margem a novas demandas: portanto diminui os litígios, reduz ao mínimo os inconvenientes da incerteza do Direito, por que de antemão faz saber qual será o resultado das controvérsias.
A jurisprudência é uma fonte INFRA-ESTATAL, junto com o contrato coletivo de trabalho e a doutrina.  Esta nos parece a maneira mais adequada de caracterizar a jurisprudência dentre as fontes formais e infra-estatais do direito.
Secundum Legem: a própria legislação remete os seus destinatários aos costumes, criando eficácia obrigatória (ex: “costumes locais em contratos”, art. 113 CC).
Praeter Legem: (além da lei) São os costumes não abrangidos pela Legislação, mas que completam o sistema legislativo. EX: LINDB art. 4º quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito"
Contra Legem: Costume contrário ao que especifica a própria lei (Ex: Lei 7.357/1985: “Art . 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não-estrita qualquer menção em contrário”
· Fale sobre o processo legislativo dos atos normativos contidos no art. 59 da Constituição da República.
Processo Legislativo: é a série de atos concatenados com a finalidade de elaborar atos normativos.
Modos de exercício: Ditatorial ou autocrático Democrático.
Âmbito de Atuação - Federal - Estadual - Distrital - Municipal
Obs: Repartição de Competências. Exclusivas, privativas, concorrentes....et
· Quais os elementos obrigatórios devem constar de um Ato Normativo? Conceitue cada um deles. (Ver a Lei complementar 95/98) Unidade 06. do programa
A parte preliminar, com a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas;
A epígrafe é a parte do ato que o qualifica na ordem jurídica e o situa no tempo, por meio da data, da numeração e da denominação.
Exemplo de epígrafe:
LEI No 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
A ementa é a parte do ato que sintetiza o conteúdo da lei, a fim de permitir, de modo imediato, o conhecimento da matéria legislada.
Exemplo de ementa:
Dispõe sobre a proteção do consumidor 
e dá outras providências
O preâmbulo contém a declaração do nome da autoridade, do cargo em que se acha investida e da atribuição constitucional em que se funda para promulgar a lei e a ordem de execução ou mandado de cumprimento, a qual prescreve a força coativa do ato normativo.
Exemplo de autoria:
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei (...)
Exemplode ordem de execução:
O Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
A parte normativa, com as normas que regulam o objeto definido na parte preliminar;
A parte final, com as disposições sobre medidas necessárias à implementação das normas constantes da parte normativa, as disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
· Quais as características do ordenamento jurídico.
Unidade - as normas que compõe um ordenamento jurídico são oriundas de uma mesma fonte - e sua complexidade deriva do fato de que suas fontes são tão múltiplas que nenhum órgão ou poder é capaz de satisfazer sua sociedade sozinho;
Coerência é a propriedade pela qual nunca se da o caso em que se possa demonstrar a pertinência a um sistema e de uma certa norma e da norma contraditória, significa a exclusão de toda a situação na qual pertençam ao sistema ambas as normas que se contradizem; a completude significa a exclusão de toda a situação na qual não pertencem ao sistema nenhuma das duas normas que se contradizem.
 Completude: propriedade pelo qual um ordenamento jurídico tem uma norma para regular qualquer caso. “Uma vez que a falta de uma norma se chama geralmente “lacuna”, “completude” significa “falta de lacunas”. Um ordenamento é completo quando o juiz pode encontrar nele uma norma para regular qualquer caso que se lhe apresente, ou melhor, não há caso que não possa ser regulado com uma norma tirada do sistema.”
· Quais os problemas que podem existir em cada uma das características do ordenamento jurídico.
Unidade (problema: falta de unidade) 
Coerência (problema: antinomias) 
Completude (problema: lacuna)
· Para Bobbio, o que é unidade do ordenamento jurídico.
Unidade - as normas que compõe um ordenamento jurídico são oriundas de uma mesma fonte - e sua complexidade deriva do fato de que suas fontes são tão múltiplas que nenhum órgão ou poder é capaz de satisfazer sua sociedade sozinho;
As normas de um ordenamento não são todas no mesmo plano. Há normas superiores e normas inferiores. Subindo das normas inferiores àquelas que se encontram mais acima, chega-se a uma norma suprema, que não depende de nenhuma outra norma superior, e sobre a qual repousa a unidade do ordenamento. Essa norma suprema é a norma fundamental, que dá unidade a todas as outras normas, faz das normas espalhadas e de varias proveniências um conjunto unitário que pode ser chamado “ordenamento”. 
 Assim, devido à presença de normas superiores e inferiores, ele tem uma estrutura hierárquica.
· Quais os limites do ordenamento jurídico para Bobbio. Comente cada um deles.
Existem dois tipos de limitação. Os limites materiais (ou quanto ao conteúdo) referem-se ao conteúdo da norma que o poder inferior é autorizado a emanar. Trata-se da validade material. E há também os limites formais (ou quanto à forma) que se refere à forma ou o modo ou processo com que a norma do poder inferior deve ser emanada. Trata-se da validade formal, ou vigência 
· Quais os âmbitos de validade das normas. Comente-os.
Temporal- 1) dois ordenamento têm em comum o espacial e o material, e não o temporal. Como o de dois ordenamentos estatais que se sucedem no tempo, no mesmo território; 2) dois ordenamentos têm em comum o âmbito temporal e o material, mas não o espacial. Como do relacionamento entre dois Estados contemporâneos que vigem ao mesmo tempo, regulam as mesmas matérias, mas em dois territórios diferentes; 3) dois ordenamentos têm em comum o temporal e o espacial, mas não o material. Como o existente entre um ordenamento Estatal e o da Igreja Católica, uma vez que ambos tem jurisdição no mesmo território e ao mesmo tempo, mas as matérias estabelecidas em cada ordenamento são diferentes;
Relações espaciais: - Quando se estuda o relacionamento entre ordenamentos que têm validade espacial diferente, verificamos que os mesmos são aplicados, respectivamente, em Estados soberanos, cujas normas valem dentro dos sues limites espaciais (território), uma vez que os Estados consideram-se independentes uns dos outros, dotados de poderes próprios que lhes asseguram a não ingerência nos seus domínios por parte do outro Estado. Entretanto há casos em que o Estado recorre às norma de um outro Estado para solucionar algumas controvérsias, as quais são estudados no Direito Internacional Público. - Vamos encontrar algumas das controvérsias enunciadas no item anterior, quando nos deparamos com algumas situações, tais como se dois sujeitos são estrangeiros, de Estados diferentes, e a coisa envolvida na relação jurídica existente entre ambos está situada num outro Estado que não o deles, ou se os dois sujeitos pertencem a um Estado, mas a coisa se encontra em outro Estado. O comum é a aplicação da legislação estrangeira;
Relações materiais: - Nas relações que se desenvolvem entre o ordenamento do Estado e o ordenamento da Igreja Católica, os dois tem a mesma validade temporal, por serem contemporâneos na sua vigência, e a mesma validade espacial, pois são vigentes no mesmo território, porém não se identificam porque se diferenciam um do outro no que diz respeito ao âmbito de validade material.
· Comente sobre as antinomias impróprias.
Antinomia imprópria é a que ocorrer em virtude do conteúdo material das normas. Por exemplo, o conceito de posse em direito civil é diverso daquele que lhe é dado em direito administrativo. Essas antinomias são impróprias porque não impedem que o sujeito aja conforme as duas normas, cada qual no seu ramo, embora sejam materialmente conflitantes.
A doutrina refere-se à ‘antinomia jurídica imprópria’, quando o conflito alinhado entre normas não conduz à conclusão de que a escolha de uma delas, em detrimento de outra, implica desobediência à segunda. O conflito se manifesta, há incompatibilidade entre ambas, porém, não resulta em antinomia jurídica própria, ou seja, a escolha por uma delas, não implicará necessariamente em descumprimento de outra.
Antinomias de princípio
Ordenamento baseado em valores diferentes e que podem produzir normas com fundamentos antinômicos Ex: liberdade e segurança.
Antinomias de avaliação Norma pune um delito menor com punição superior ao delito maior EX: Homicídio : 6/12 anos de reclusão. - Roubo: 12/20 anos de reclusão Antinomias teleológicas Oposição entre a Norma que prescreve o meio para se alcançar o fim e a norma que prescreve o fim – Se aplico a norma que prevê o meio não estou em condições de alcançar o fim (o meio de solução é insuficiente – é lacuna e não antinomia)
· Comente sobre as antinomias próprias.
A antinomia própria existe quando uma conduta aparece ao mesmo tempo e em duas normas conflitantes: prescrita e não prescrita, proibida e não proibida, prescrita e proibida. Ex.: norma do Código Militar que prescreve a obediência incondicionada às ordens superiores e disposição do Código Penal que condena a prática de certos atos, como matar. Ante a ordem de um Capitão que ordena o fuzilamento de um prisioneiro de guerra, o soldado se vê às voltas com duas normas conflitantes – a que impõe obediência e a que impõe pena por matar um ser humano. Somente uma delas pode ser tida como aplicável.
Antinomias próprias se dividem em: • Antinomias solúveis (aparentes) • Antinomias insolúveis (reais) Motivos para existência de antinomias insolúveis: - Não se pode aplicar nenhum dos critérios de solução - Casos em que se pode aplicar ao mesmo tempo dois ou mais critérios de solução.
· Quais os critérios de solução de antinomias de primeiro grau
Conflito de normas que envolve apenas um dos critérios expostos
Criterio cronológico-a lei posterior prevalece sobre a lei anterior
Criterio hierárquico- a lei superior prevalece sobre a inferior
Criterio da especialidade-A lei especial prevalece sobre a lei geral
· Quais os critérios de solução de antinomias de segundo grau.
Choque de normas validas que envolve dois dos critérios analisados
Conflito entre o critério hierárquico e o cronológico (norma posterior inferior x norma anterior superior): prevaleceo critério hierárquico 2) Conflito entre o critério cronológico e o critério de especialidade (norma posterior geral x norma anterior especial): prevalece o critério de especialidade 3) Conflito entre o critério hierárquico e o critério de especialidade (norma superior-geral x norma inferior especial: não há solução definitiva. Problema de ordem e justiça. (resolução pelo intérprete)
· O Que são lacunas no ordenamento jurídico?
Lacuna é a inexistência de lei ou a impossibilidade de sua incidência para um determinado caso concreto. Antes se questionava quanto à existência ou não da lacuna. Todavia, no campo dogmático é irrelevante essa questão, já que o art. 4º da LICC confessa expressamente sua existência. A lacuna pode ser:
Normativa – é a ausência de norma, ou seja, não existe lei sobre o caso. A lacuna ocorre devido a dois fatores, quais sejam, a amplitude do sistema e a sua rápida mutabilidade.
Ontológica – existe lei, todavia, ela é inadequada ao caso concreto. Nesse caso a norma foi construída, de forma propositada ou não, para que não seja devidamente aplicada.
Axiológica – neste caso há norma, ela é adequada, todavia, acaba não incidindo em razão da existência de valores conflitantes.
“Ausência de um critério para a escolha de qual das duas regras gerais, a exclusiva ou a inclusiva, deva ser aplicada”. Obs - As lacunas ideológicas • Lacuna e justiça: falta de uma solução satisfatória ou de uma “norma justa” (deseja-se que uma norma exista, mas ela não existe) – lacuna derivada da diferença entre o real e o ideal: Comparação do ordenamento jurídico: como ele é como deveria ser
· O que é equidade no ordenamento jurídico? Como ela ocorre?
Eqüidade
O juízo por eqüidade, na falta de norma positiva, e o recurso a uma espécie de intuição, no concreto, das exigências da justiça enquanto igualdade proporcional.
(“o justo”) Possibilidade de julgar sem referência à uma norma (ex: Inglaterra; suíça)
Juízo por eqüidade
O interprete deve buscar sempre uma racionalização da sua intuição de justiça mediante uma analise das considerações praticas dos efeitos presumíveis das soluções encontradas.
A eqüidade pode integrar o Direito de diferentes modos. Através dela podemos:
expandir uma obrigação – criando deveres adicionais para além dos que
constam de um contrato ou decorrem expressamente de lei;
limitar o exercício de direitos para prevenir abusos;
criar regras para situações que se alteraram.
O juízo eqüitativo está sempre ligado a um particular, sem preocupações generalizantes.
Na falta de norma a eqüidade integra o ordenamento sumariamente, assentando-se nas circunstancias do caso concreto. Seu contraponto, porém, mesmo quando não parece claramente institucionalizado, é a existência de algum consenso. No direito atual portanto, ela se prende às elaborações da própria dogmática, às estruturas da língua hermenêutica: o juízo por equidade tem de levar em consideração o sistema.
· Comente sobre as teorias do espaço jurídico vazio.
Em se contrapondo às doutrinas do Direito livre e da livre pesquisa do Direito, os positivistas passaram a discorrer sobre o espaço jurídico vazio, a fim de demonstrar que "A completude não era um mito, mas uma exigência de justiça; não era uma função inútil, mas uma defesa útil de um dos valores supremos a que deve servir a ordem jurídica, a certeza" (BOBBIO, op. cit., p. 128). Essa é a fase crítica da teoria da completude (não mais a mera dogmatização).
Consoante Bergbohm apud Bobbio (op. cit., p. 129), o espaço jurídico vazio nada mais é que a esfera do livre agir humano em termos absolutos, ou seja, a face humana da vida social que não é regulada por nenhuma norma jurídica, o que implica em "esfera do juridicamente irrelevante", excluindo falar-se em lacunas jurídicas: tratam-se de casos fora da alçada do Direito.
A crítica feita à teoria do espaço jurídico vazio é a de que, nos dias atuais, uma liberdade pretensamente não-protegida pelo Direito significa a "licitude do uso da força privada" (BOBBIO, op. cit., p. 131), uso que infringe os fundamentos do Estado de Direito no que guarda pertinência ao uso exclusivo da força pelo Estado. Fazer "justiça" pelas próprias mãos contraria os dispositivos legais de quaisquer dos hodiernos Estados existentes; conseqüentemente, a existência dessa liberdade, a permitir ações humanas não balizadas juridicamente (a permissão configura por si só a atuação magna do Direito), é impossível nos tempos contemporâneos. O que realmente existe, portanto, é o espaço jurídico pleno.
• Teoria do espaço jurídico vazio : onde o direto não alcança (juridicamente irrelevante) não existe espaço para lacunas x espaço jurídico cheio (pleno) Não se fala em lacunas, mas em limites do ordenamento jurídico
· Existem três formas de relação entre ordenamento jurídicos (que também podem ser entendidas como forma de se classificar). Fale sobre as 3 formas.
De exclusão total: o de não sobrepor em relação a um outro em nenhuma das suas partes. Exemplos a) com respeito à validade espacial das suas respectivas normas jurídicas: como o de dois ordenamentos estatais que se excluem totalmente, num mesmo território: b) com respeito à validade material, embora sejam validas num mesmo território (validade espacial), há exclusão em relação à matéria, porque a regulada por um dos ordenamentos é diferente da regulada pelo outro: Igreja e Estado;
De inclusão total: significa que um dos dois ordenamentos tem um âmbito de validade compreendido totalmente no outro: a) se por exemplo considerarmos a validade espacial, o ordenamento de um Estado-membro está compreendido totalmente no ordenamento do Estado federal; b) se por exemplo considerarmos a validade material, o ordenamento da Igreja está totalmente incluído no ordenamento do Estado;
De exclusão parcial ou inclusão parcial: significa que um dos dois ordenamentos tem uma parte em comum e uma parte não comum. Verifica-se quando, por exemplo, o ordenamento estatal absorve parte do ordenamento da Igreja ou de uma associação particular, mas não totalmente, assim uma parte do ordenamento da Igreja ou da associação que não foi absorvido fica fora do ordenamento estatal, continuando a regular o comportamento dos seus 3 membros, numa zona que é em relação ao Estado, de mera licitude. Outros exemplos poderão ser utilizados de ordenamento não absorvido totalmente pelo ordenamento estatal, como o da Moral (roubo e dívida de jogo)
· Fale sobre as possibilidades de relação entre o ordenamento jurídico de um país (Estado) e os ordenamentos jurídicos menores.
absorção: dá-se neste caso a absorção de um ordenamento jurídico por outro, como por exemplo, o relacionamento entre Estado e ordenamentos menores, ou seja, são aquelas partes do ordenamento estatal que originalmente eram ordenamentos parciais, os quais surgiram em comunidade de interesses e finalidades particulares, como o Direito Empresarial e o Direito de Navegação, os quais, por muito tempo, foram o produto da atividade independente dos comerciantes e navegadores e, depois, pouco a pouco, foram introduzidos e integrados no ordenamento estatal único; 2) reenvio: neste caso o ordenamento não se apropria do conteúdo das normas de outro ordenamento, limitando-se a reconhecer a sua plena validade no próprio âmbito. Ex.: quando a vida familiar em colônia não está regulada por normas pertencentes ao ordenamento estatal, mas está regulada por costumes, aos quais o ordenamento estatal, atribui validade de normas jurídicas através de um reenvio de caráter geral, ou seja, atribui a mesma validade das normas próprias do ordenamento estatal, como se aquelas fossem idênticas a estas: 3) indiferença: ocorre quando o Estado não dá nenhuma proteção às regras contidas nos ordenamentos menores. Assim se estes estabelecem algumas ordens e ou obrigações, estas valem somente para as pessoas que aderem àquele ordenamento, e constitui condição necessária para a participação nele. Ex.: a atitude que o Estado assume frente aos regulamentos dos jogos e dos esportes e as obrigações assumidas pelos jogadorese pelos esportistas entre si
indiferença (lícito em um, obrigatório no outro) b) recusa (proibido em um, obrigatório no outro) c) absorção (obrigatório ou proibido em um, obrigatório ou proibido no outro
Atos Normativos contêm comando geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei. A essa categoria pertencem os Decretos regulamentares e os regimentos, bem como as resoluções, deliberações e portarias. Assim, a competência exclusiva dos Chefes do Executivo.
Lei delegada. É uma lei equiparada a lei ordinária. A competência para a sua elaboração é do Presidente da República, desde que haja pedido e delegação expressa do Congresso Nacional. A delegação é efetivada por resolução, na qual conste o conteúdo juntamente com os termos do exercício desta atribuição.
Lei Ordinária. Complementa as normas constitucionais que não forem regulamentadas por lei complementar, decretos legislativos e resoluções. Deve ser aprovada por maioria simples, ou seja, pela maioria dos presentes à reunião ou sessão da Casa Legislativa respectiva no dia da votação.
É a lei criada para complementar as normas constitucionais. Deve ser aprovada por maioria absoluta, ou seja, pela maioria do total de membros que integram a respectiva Casa Legislativa votante (Senado ou Câmara de Deputados). Suas hipóteses de regulamentação estão taxativamente previstas na Constituição Federal.
Uma emenda : É o instrumento adequado para modificação do texto constitucional, feito através de um procedimento especial.
A Medida Provisória (MP) é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência. ... Se não for aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua publicação, a MP tranca a pauta de votações da Casa em que se encontrar (Câmara ou Senado) até que seja votada.
Decreto legislativo (DLG) é um ato normativo de competência exclusiva do poder legislativo com eficácia análoga a de uma lei.
Decretos Executivos. São os atos normativos de deliberação do Presidente da República sobre matéria de sua exclusiva competência.
Resoluções Regulam matéria de competência do Poder especificado (Legislativo, Executivo, Judiciário), normalmente produzindo efeitos internamente
- Regulamentos. São atos normativos que visam criar parâmetros (regulamentos) para aplicação de leis
Portaria “Atos Administrativos ministeriais que estabelecem normas, em princípio, de eficácia individual e apenas para os órgãos da administração” (obs: no âmbito estadual ou municipal, podem ser atos de Secretarias)
- Instrução Normativa. Atos Administrativos internos que vinculam (os usuários e os funcionários públicos ) no âmbito de órgãos.
Tratados Internacionais: Acordos concluídos por escrito entre Estados Soberanos, contendo regras gerais disciplinadoras de suas relações e de seus posicionamentos a respeito de determinada questão
Costumes Internacionais: São os usos observados e reconhecidos uniformemente pelos Estados soberanos em suas relações. São necessários para manter o desenvolvimento das relações internacionais
Codificações – É a regulação unitária de um ramo do Direito. É uma Lei contendo o conteúdo (quase) completo sobre a matéria tratada. Sua separação atende critérios técnicos e não apenas lógicos.
Consolidações – é uma espécie de compilação de normas preexistentes, que são reorganizadas em um documento único, retirando as normas originais de seus contextos, reformulando-as como um todo. (normalmente sem modificar o teor dos artigos, apenas nos números e a disposição da matéria). Estabelecidas por Decreto ou Decreto-lei. Ex. CLT; - CLPS – Consolidação das Leis da Previdência Social. Compilações – Repertórios de normas que obedecem a alguns critérios de organização, como divisões de matéria, cronológico, etc. É meramente organizacional. EX: Compilação das legislação penal brasileira da Editora Saraiva; Vade mecum de Direito público.
Esfera pública e Esfera privada. Poder Soberano e sua esfera X Poder dos indivíduos em suas relações.
• Teoria dos sujeitos: normas destinadas ao Estado ou ao particular. Problema: algumas vezes o Estado age como sujeito não diferente dos particulares. • Teorias dos interesses: (von Jhering – Escola da jurisprudência dos interesses) – Sociedade e indivíduo separados conforme os interesses. • Teorias da relação de dominação: Direito público se sobrepõe ao direito privado (jus imperii estatal)
Direito Público – Princípios 1) PRINCÍPIO DA SOBERANIA: normas cogentes ou de ordem pública 2) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: estrita legalidade; discricionariedade Direito Privado – Princípios 1) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA: contratos, doações 2) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: se a lei não proíbe, pode agir
a) Recepção de normas de ordenamentos diversos e precedentes. ⇒ fonte reconhecida: Ex. Costume b) Delegação do poder de produzir normas jurídicas a poderes ou órgãos inferiores. ⇒ fonte delegada: ex: Regulamentos
norma fundamental - conceito: norma que atribui ao Poder Constituinte a faculdade de produzir normas jurídicas.
Conflito com ordenamentos não‐estatais: a) ordenamentos acima do Estado (internacional; Igreja) b) ordenamento abaixo do Estado (reconhecidos pelo Estado – validade reconhecida pelo Estado) c) ordenamentos ao lado do Estado (internacional; Igreja) d) ordenamentos contra o Estado (associações ilegais, seitas secretas)
Universalismo jurídico: Estado mundial único (direito positivo único ou universal)
relação de coordenação: entre Estados soberanos
b) relação de subordinação (ou reciprocidade de supremacia): entre o ordenamento estatal e os ordenamentos parciais, cuja validade deriva do Estado

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