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A∴G∴D∴A∴D∴U∴
A∴R∴L∴S∴ LOJA N°2
GUIA DOS ALTOS GRAUS
Ao tentar fazer um esboço dos vários graus na Francomaçonaria em um livro deste gênero, eu me deparo com muitas dificuldades, não sendo a menor a de escrever sobre eles de uma maneira interessante sem revelar mais do que o permitido, já que muitos dos meus leitores neles ainda não ingressaram. 
Uma das minhas razões para escrever este livro é encorajar os Irmãos a ingressarem nestes "Graus Avançados".
Ainda conhecemos Irmãos que dizem não haver nada além do Simbolismo que vale a pena.
Como alguém que recebeu todos os graus, posso afirmar, por experiência pessoal, que com uma ou duas pequenas exceções, praticamente todos os graus são do maior valor. 
Claro, meus leitores devem ter em mente que um Irmão obtém da Maçonaria
na exata proporção do que a ela se dedica. 
Se ele se aproxima com uma mentalidade intelectual entusiasmada, tendo por base uma quantidade razoável de estudo do significado do simbolismo, ele naturalmente se beneficiará muito mais do que se aproximar apenas com o entusiasmo de um homem que sabe saborear um bom jantar, e não dá maior importância ao significado das cerimônias que ocorrem no interior da sua Loja. 
 
Capítulo 1. Estudo Histórico 
Capítulo 2. O Grau da Marca 
		 Os Nautas 
Capítulo 3. O Santo Arco Real de Jerusalém 
Capítulo 4. Os Graus Crípticos 
Capítulo 5. Os Graus Aliados 
Capítulo 6. O Antigo e Aceito Rito (ou R.E.A.A.) 
Capítulo 7. A Ordem Real da Escócia 
Capítulo 8. Os Cavaleiros Templários Os Cavaleiros de Malta 
Capítulo 9. Os Graus Restantes 
Graus Para-Maçônicos 
CAPÍTULO I ESTUDO HISTÓRICO 
A história inicial dos chamados "Graus Superiores" é ainda mais obscura que a do Simbolismo e, consequentemente, formou-se uma tendência de considerá-los como "elaborados" durante o século XVIII. 
Na minha opinião, esta é uma conclusão muito precipitada, pois alguns desses graus possuem todas as evidências de antiguidade e contêm uma sabedoria que foi transmitida de geração em geração. 
O terceiro grau claramente sinaliza um grau subsequente, no qual os segredos perdidos serão finalmente recuperados. De fato, sem tal grau, as cerimônias do Simbolismo não teriam sentido. 
Além disso, como mostraremos mais adiante, os Graus Superiores mais importantes usam sinais de grande antiguidade, que foram claramente transmitidos dos tempos antigos exatamente da mesma forma que os nossos sinais do Simbolismo, dos quais foram obtidas evidências completas no Manual de História. 
Há também evidências documentais para mostrar que as lendas de alguns desses graus eram bem conhecidas pelos nossos ancestrais medievais e, de fato, incorporadas nas Antigas Obrigações (Ancient Charges). Como, por exemplo, os dois pilares que foram instalados antes do dilúvio, sobreviveram a este, e posteriormente foram re-descobertos por maçons. Esta lenda forma o tema do décimo terceiro grau do Rito Antigo e Aceito (Ancient and Accepted Rite) 2, o qual é chamado de Arco Real de Enoque (Royal Arch of Enoch) 3.
2 N.T.: Denominado Rito Escocês Antigo e Aceito no Brasil (R.E.A.A), que é a forma que passaremos a nominá-lo. 3 N.T.: Denominado Cavaleiro do Real Arco, conforme o R.E.A.A. praticado no Brasil. 
 As primeiras referências impressas a qualquer dos Graus Superiores são ao Arco Real (Royal Arch) em 1741 e à Ordem Real da Escócia (Royal Order of Scotland) em 1743, quando estava em um estado de saúde tão vigoroso que possuía uma Grande Loja Provincial em Londres, com pelo menos dois Capítulos sob seu controle.
Os Graus superiores parecem formar três grupos principais: 
( l) Aqueles que se estendem à história do Simbolismo; 
(2) Aqueles que pretendem restaurar os segredos perdidos; e
(3) Os Graus de Cavalaria. 
Com relação ao primeiro grupo, duas tendências parecem ter sito trabalhadas durante o século XVIII. Uma para eliminar no Simbolismo várias partes da lenda e a outra para ampliar certos sucessos mencionados nas histórias da Arte e agregar detalhes pitorescos, evoluindo a partir deles um novo grau. Minha própria convicção é de que a raiz de quase todos os Graus Superiores vem de tradições e lendas veneradas pelos nossos predecessores medievais.
 
Não há dúvida de que todos os nossos rituais, incluindo o Simbólico, foram submetidos a consideráveis revisões durante o século XVIII. No caso dos Graus Simbólicos, uma quantidade considerável cortes foram necessários devido a alteração de cláusula na Constituição da maçonaria inglesa que mudou de uma base cristã a uma não-cristã. 
Este processo de eliminação de todas as referências cristãs não foi concluído até a ocasião do Tratado da União, em 1813, e para a Inglaterra um exemplo será suficiente. 
Dunckley, na segunda metade do século XVIII, declarou que a "Estrela Resplandecente" denotava a estrela em Belém, que guiou os sábios até o menino Jesus. Na Escócia até hoje ainda sobrevive uma nítida referência ao Cristo nos Graus do Simbolismo, pois o V.S.E. é aberto pela D.C. com uma citação do verso de abertura do evangelho de São João: "No princípio era o Verbo", - e enquanto a Loja está sendo fechada com a seguinte citação 3 da mesma fonte: "E o Verbo Estava com Deus ".
Isso indica claramente a existência de uma explicação cristã sobre os segredos perdidos, que embora não seja mais observado nos Graus Simbólicos na Inglaterra, sobrevive em graus como o Rosa Cruz (Rose Croix).
 Verificamos, portanto, que qualquer aspecto Cristão foi eliminado dos Graus Simbólicos, e isso explica a provável origem de alguns Graus Superiores. Ao mesmo tempo, o estilo geral de nossos Rituais do Simbolismo foi alterado. Aparentemente, nos primeiros tempos, o papel que assumia realmente o pelo candidato durante a cerimônia era relativamente pequeno, e a maior parte do trabalho consistia em preleções, algumas na forma de catecismo, com perguntas e respostas, enquanto outras partes incluíam várias lendas ligadas à Ordem. 
Gradualmente, surgiu a tendência para que o candidato tivesse um papel mais ativo e dramático na cerimônia e, para isso, as lendas e acontecimentos que não se conectavam imediatamente com o tema principal, começaram a ser descartados. Essas partes eram muito apreciadas pelos membros mais velhos, e ao invés de vê-las perecer, eles as tornaram em Graus Laterais, sem que tenhamos razão para assumir que eles inventaram os sinais correspondentes a esses graus. 
Na Ordem Real da Escócia hoje em dia, a maior parte da cerimônia consiste em perguntas e respostas formuladas pelo Mestre aos Vigilantes, e incluem a troca de sinais em certos pontos do catecismo, sinais que, no entanto, não são ensinados especificamente ao candidato. Sem dúvida, quando partes semelhantes foram cortadas e se converteram em graus Cristãos nos sinais os acompanharam e, naturalmente, se tornaram forma de exame para provar que um Irmão tomou esse novo Grau Lateral, que na verdade era muito antigo. 
Um exemplo característico de um grau que foi aproveitado de corte em grau do simbolismo é o da Marca, que era quase certamente parte da cerimônia de um Companheiro de Ofício, embora não haja dúvida que tenha sido ampliado desde que começou sua carreira independente. Por outro lado, alguns dos graus intermediários do R.E.A.A, como os Cavaleiros Eleitos dos Nove, são meramente amplificações de 4 episódios relatados em poucas palavras na cerimônia do Simbolismo. O grau dos Cavaleiros Eleitos dos Nove relata, de forma dramática, a detenção de um dos criminosos. A uma ordem inteiramente diferente pertencem graus como o Arco Real, a Ordem Real de Escócia e a Rosa Cruz. 
Cada um deles, à sua maneira, afirma ser o grau de conclusão, no qual os segredos perdidos são descobertos. A explicação, no caso dos dois últimos, é cristã, e não cristã no caso do Arco Real, enquanto que as suas sobrevivências indicam a existência de duas tradições diametralmente opostas. 
Os Graus Cristãos representam a solução proposta nos tempos medievais, enquanto o Arco Real, embora agora esteja recobertopor temas judeus tomados no século XVIII do Antigo Testamento, ainda possui traços de uma tradição que remonta aos tempos pré-cristãos, e claramente descende em parte do Egito e, em parte, da Índia. 
O terceiro grupo afirma prosseguir o ensinamento das ordens da cavalaria medieval e contém evidências de uma tradição mística que não era inteiramente ortodoxa. Um exemplo característico desses graus é o dos Cavaleiros Templários. 
No que diz respeito a esses Graus Cavalheirescos, à primeira vista pode parecer difícil justificar a reivindicação de um grêmio de construtores estar vinculado, de alguma maneira, com a Ordem de Cavalheirismo mais relevante existiu na Idade Média, mas aqueles que precipitadamente eliminam essa tradição ignora certas características notáveis da organização Templária.
Os Templários continham pelo menos três seções, ou sub-ordens, em suas fileiras, ou seja, os próprios Cavaleiros, os Sacerdotes Templários e os chamados Frades Servidores, entre os quais estavam todos os maçons. 
Quando a Ordem foi suprimida, milhares de cavaleiros escaparam da perseguição geral e simplesmente desapareceram da história. Como eles fizeram isso, e o que aconteceu com eles? 
A explicação mais razoável é que eles se dissimulavam como Irmãos Serventes e Laicos do Templo, e foram protegidos por esses membros mais humildes de sua 5 própria Ordem, que escaparam completamente da perseguição. 
Eu aprofundei esse assunto em "A Maçonaria e os antigos Deuses", e, portanto, me contentarei em dizer aqui que havia, sem dúvida, um elo entre a Maçonaria e os Templários, o que é bastante suficiente para explicar uma superveniência parcial dos Ritos Templários entre a Irmandade Maçônica. 
Os Templários certamente tinham um ensinamento místico muito semelhante ao consagrado na Maçonaria, e vestígios dele ainda podem ser detectados nos rituais atuais dos Templários Maçônicos, apesar de terem sido consideravelmente revisados no último meio século.
 NT.: Com respeito à figura 1, apresentada na próxima página, deve-se levar em conta que (a) na Inglaterra e País de Gales apenas a Maçonaria Simbólica e o Sagrado Arco Real são considerados como “antiga e pura Maçonaria”. 
O gráfico mostra outras Ordens adicionais, havendo outras menores e não citadas; (b) a maioria das Províncias inglesas requer que os candidatos à Royal Order of Scotland (ROS) sejam membros do Arco Real, mas na verdade este não e um requisito da Ordem em geral.
O GRAU DA MARCA
 Aqueles de meus leitores que já estudaram os meus três primeiros manuais desta série compreenderão que os verdadeiros segredos de um Mestre Maçom não lhes foram restaurados. O segredo que realmente se perdeu foi a compreensão da Natureza de Deus, e nosso Terceiro Grau indica claramente que, apesar das crenças populares, não podemos ser capazes de compreender Deus assim que morramos. Os graus de Simbolismo, em suma, nos conduzem através do nascimento, vida e morte, e manifestam os lados Criativo, Preservativo e Destrutivo da Divindade. 
A maioria dos demais graus querem tratar com o que acontece ao homem após a morte, ou então esforça-se para explicar (ou preencher) certas lacunas daquela narrativa histórica, que é a base alegórica dos Graus Simbólicos. O grau da Marca em parte pertence ao último grupo, sendo na realidade a conclusão do Segundo Grau. 8 Inquestionavelmente, um Irmão deve receber sua marca quando ele se torna um Companheiro do Ofício, e o próprio grau ainda mostra uma forte influência operativa. 
É governado pela Grande Loja da Marca (Mark Grand Lodge), que reúne e tem seus escritórios no Templo, na Great Queen Street (em Londres), ao lado dos Connaught Rooms. 
Todos os que amam os Graus Superiores tem uma dívida de gratidão com a Grande Loja da Marca, que atuou como Fada Madrinha para muitos dos Graus Superiores que ficaram abandonados após o Tratado de União em 1813. De fato, em muitos casos os tomou mais ou menos sob sua proteção e, consequentemente, devemos referir-nos repetidamente que o Grande Conselho que rege um determinado grau tem sua sede no "Mark Mason’s Hall". 
O Grau da Marca tem suas próprias insígnias e uma joia especial, e talvez nossos irmãos mais novos fiquem agradecidos pelo alerta de que, com exceção do Arco Real, nenhuma joia do grau superior pode ser usada em um Loja do Simbolismo. A joia do Grau da Marca consiste em uma pedra-chave, feita geralmente de cornalina branca, na qual estão gravadas certas letras místicas, cujo significado é revelado aos membros do Grau. Está suspenso de uma fita azul e vermelha. 
Os aventais e colares também são ornados de seda azul e vermelha. O ensino deste Grau é em grande parte uma amplificação do Segundo, e fala sobre a educação e a recompensa pelo trabalho. Ele também contém uma advertência dramática contra a tentativa de se obter salários aos quais não temos direito, e há uma alusão messiânica no fato de que "a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a chave da construção". 
Aliás, a pedra-chave é uma pedra angular, daí a origem da joia do grau. Vários fatos nos levam a suspeitar que, em certo momento, o Grau pode ter sido mais pronunciadamente cristão do que é hoje. Sabemos que estava florescendo já em 9 1760 em Lojas associadas aos Antigos, que eram incontestavelmente fortemente pró-cristãs. 
A lenda agora faz referência a um período da construção do Templo anterior à tragédia, embora existam evidências abundantes que mostrem que, até o momento da formação da Grande Loja da Marca, em 1856, muitos Lojas da Marca no Norte tinham uma lenda algo semelhante à usada agora, mas associando-a com o segundo Templo em vez de com o primeiro. A Marca, portanto, é, ou realmente deveria ser, parte do nosso sistema Simbólico, e na Escócia há lojas simbólicas que ainda tem o poder de conferi-lo, e constantemente o fazem. 
Neste país é um requisito necessário para o Excelente Mestre, que por sua vez é uma qualificação essencial para ingressar no Arco Real. Deveremos nos referir mais ao grau de Excelente Mestre quando chegarmos ao Arco Real, mas é desejável apontar que, na Escócia, os Capítulos do Arco Real também têm o direito de conferir o Grau da Marca, se um candidato ainda não o tomou em sua Loja Simbólica. 
A Marca, como dissemos, é a conclusão do Segundo Grau, e contém em si o que é praticamente dois graus, ou seja, o Homem da Marca e o Mestre da Marca. Já houve muita controvérsia sobre se o grau de Mestre da Marca já teria sido conferido a um homem assim que recebia seu Segundo Grau.
 
Considerando que é impossível, no momento, decidir quando surgiram os Graus da Marca sua forma atual, tudo o que podemos dizer definitivamente é que, até onde existe provas documentais, ou seja, por volta a 1760, parece que sempre 10 houve os Graus do Homem da Marca e Mestre da Marca, e que, embora, ainda que em teoria, o Homem da Marca pudesse ser conferido a um Companheiro de Ofício, o Mestre da Marca parece ter sido sempre restrito aos Mestres Maçons. Nos tempos modernos, os Graus da Marca são conferidos em conjunto, e sempre a um Mestre Maçom, embora o ritual de Marca enfatize a conexão com o Segundo Grau.
OS NAUTAS
O Grau, ou Graus, da Marca também tem associado a eles, mas em uma "Loja" separada, o grau dos Nautas ou Marinheiros da Arca Real (Royal Ark Mariner Degree). Este parece ser um antigo trabalho "Operativo", provavelmente elaborado no norte da Inglaterra no século XVIII por genuínos maçons operativos, ansiosos por ter uma maneira de distinguir um verdadeiro maçom "operativo" de um "especulativo". 
Certamente a mesma explicação deu lugar à existência do Grau de São Lourenço, o Mártir, do qual trataremos mais adiante. A lenda dos Nautas está relacionada ao Dilúvio, e é tomada diretamente da Bíblia. As características mais interessantes são o uso de uma pedra, em vez da V.S.E., sobre a qual se faz o juramento. O motivo é explicado no ritual, mas pode ser que aqui tenhamos a sobrevivência do antigo costume de jurar em um altar de pedra, que foi a primeira forma de um juramento obrigatório.
 
Hátambém um trabalho interessante com um triângulo, mas, no essencial, deve-se confessar que não há muito ensino profundo no grau. É, no entanto, um grau muito bonito, e tem muitos adeptos apaixonados. Está sob o mandato direto de uma Grande Loja da Marca. 
O SANTO ARCO REAL DE JERUSALÉM 
Ograu da Marca aperfeiçoa o Segundo Grau, mas até para o mais recente Mestre Maçom deve ser obvio que se faz necessário mais um grau para completar o Terceiro Grau. Os genuínos segredos se perderam, mas, será que nunca foram re-descobertos? 
Além disso, já que eram conhecidos por três pessoas, porque os dois sobreviventes não poderiam haver nomeado um sucessor e confiar-lhe os segredos perdidos? 
O Arco Real se propõe a dar, de alguma maneira, uma resposta à pergunta: “Quais eram os genuínos segredos de um Mestre Maçom?” 
Em poucas palavras, trata-se de uma Palavra perdida, mas essa Palavra transmite, simbolicamente, uma explicação mais interessante e esclarecedora da natureza de Deus. De fato, pode-se resumir o ensinamento da Simbolismo4 dizendo que ensina ao homem seu dever para com seu próximo, enquanto que o Arco Real lhe instrui em seu dever para com Deus. 
Qual é a natureza de Deus representada neste grau? 
É uma trindade, mas não a Trindade Cristã, parecendo-se mais com a Trindade hindu de Criador, Conservador e Destruidor. 
Ela também reflete claramente a união de Corpo, Alma e Espírito, e mostra que por essa União nos unimos com Deus. 4 Refere-se aos três graus da Maçonaria Simbólica: Aprendiz, Companheiro e Mestre (N.do T.) N.T.: Criação, preservação e destruição: as três forças que regem o ciclo da natureza e a existência do homem sobre a Terra dão vida aos três principais deuses hindus – Brahma, Vishnu e Shiva 
Fonte: 
http://www.triada.com.br/espiritualidade/fe_oriental/aq173-201-1084-1-adivina-trindade-hindu.html 
Assim, em sua própria essência, o Arco Real é sumamente místico e ensina a Visão Beatífica. A lenda aborda o “descobrimento” dos segredos perdidos durante a reconstrução do Templo, após o regresso dos judeus do cativeiro na Babilônia. 
Percebe-se que o “plano de fundo” do grau é do Antigo Testamento e isto deve ser destacado, porque há outra explicação da “Palavra Perdida” que se dá em alguns dos outros graus Superiores, qual seja, que a “Palavra Perdida” é Cristo, o Logos. Mas, entretanto, não obtivemos uma resposta à natural pergunta: por que os outros dois, que conheciam o segredo, não nomearam um sucessor?
 
A explicação exotérica completa a esta pergunta, e também como os sinais foram depositados em um local seguro, são revelados em um dos “graus Crípticos” ao qual iremos nos referir mais adiante neste livro. Em poucas palavras, no entanto, eram necessárias três pessoas para transmiti-la, mas na realidade isto é simbolismo e significa que Corpo, Alma e Espírito devem estar unidos antes de se poder compreender plenamente a Trindade Divina. 
Enquanto, por um lado, nenhum homem vivo, prezo pelos laços da carne, pode realmente compreender a natureza de Deus, nem mesmo imediatamente após sua morte pois nossas almas ainda não estão suficientemente evoluídas, por outro lado claramente é ensinado que nosso corpo não perece por completo, mas é transmutado, como o próprio São Paulo afirma que ocorrerá no dia do julgamento. Isto é, sem dúvidas, um dogma muito profundo e de difícil compreensão para nós, mas se pudermos perceber o fato de que tanto a matéria quanto o Espírito são, em suas manifestações, originários de Deus e, portanto, uma parte dele, percebemos que a Matéria também é indestrutível, embora sua forma possa mudar.
 Este fato é perfeitamente reconhecido pela moderna ciência. Na forma original do Arco Real, que ainda sobrevive em Bristol, Escócia e Estados Unidos, o candidato deve passar por quatro véus, que correspondem a distintos estágios espirituais da existência além da sepultura, estando cada vez um pouco mais próximo do Ser Divino que no anterior. Os quatro véus são de cor azul, púrpura, vermelho e branco, e em cada véu o 15 candidato é desafiado por um “Guardião do Véu” que exige dele a palavra e o sinal do véu anterior.
 
Na Escócia esta cerimônia forma um grau distinto conhecido como Excelente Mestre e sua joia é um pentagrama com brilhantes, joia que, é claro, representa, entre outras coisas, o homem e seus cinco sentidos. O sinal penal deste grau é de grande antiguidade, e é o que fez Vishnu quando encarnado na forma do Leão. Vishnu desceu à terra para derrubar um gigante maligno que oprimia o mundo e o matou estripando-o. Na Escócia nenhum maçom inglês do Arco Real pode ser admitido em capítulo escocês a menos que previamente receba o grau de Excelente Mestre, grau que não pode receber a não ser que tenha previamente o da Marca. 
A Passagem pelo Véu Branco é, na realidade, uma parte integrante da cerimônia do Arco Real, e o sinal corresponde aos segredos dos outros véus é bem conhecido pelos maçons ingleses do Arco Real. É somente após ter superado esta barreira que o candidato está habilitado a obter os genuínos segredos de um Mestre Maçom, sendo a cerimônia muito semelhante à do Arco Real inglês. Em outras palavras, é somente quando passamos por vários estágios espirituais de existência que, em última análise, podemos compreender a 16 natureza de Deus. A supressão dos Véus na cerimônia do Arco Real inglês tende a obscurecer esta importante lição. Uma lição um pouco diferente nos é ensinada pelo destino de nosso antecessor no Ofício. Ele não poderia ter revelado o segredo, mesmo que quisesse fazê-lo, pois era uma experiência e, portanto, não podia ser comunicada por palavras a qualquer homem vivo. Não podemos entrar em uma explicação detalhada desta cerimônia, profundamente mística, em um livro desta natureza, mas é essencial uma breve explicação de uma determinada cripta que desempenha um importante papel. 
Como todos os símbolos em Maçonaria, ela tem vários significados, e entendemos que os dois mais importantes são (a), o submundo, ou o túmulo no qual o homem desce na morte e a partir do qual sua Alma finalmente ascende aos reinos da Luz. (b) A interpretação mística é que a cripta é a sede do Mestre de onde a escuridão se retira e onde nora a Centelha Divina. A joia deste grau representa muito claramente a natureza de Deus. O duplo triângulo dentro do círculo com um ponto, que está representado pelo Olho que tudo vê, é o antigo símbolo de Deus. 
O triângulo dentro do círculo representa o Espírito no Círculo do Infinito, e está peculiarmente associado a Deus, o Criador. Os maçons do Arco Real devem perceber a importância deste fato em conexão com o Altar. O ponto dentro de um círculo, entre hindus, significa Paramatma6, o onipresente, a fonte e o fim de tudo. O triângulo com a ponta para baixo é o símbolo da chuva (água) e representa o lado conservador de Deus (Vishnu7), enquanto o triângulo com a ponta para cima representa o fogo, cujas chamas vão ao Céu 6 e, portanto, é o emblema do Destrutivo, ou melhor, o lado transformador de Deus (Shiva). Este grande símbolo era sagrado para os babilônios, egípcios e judeus, e tinha cada um o mesmo significado interno. Também é sagrado para o hindu moderno, e também era para os antigos mexicanos, e, de fato, é um dos símbolos mais venerados do mundo.
N.T.: Paramatma, que literalmente significa Superalma, é a forma localizada do Senhor que sustenta a realidade material. Deus está no coração de todos nessa forma de Paramatma. Não só no coração de todo corpo material, mas também em todos os átomos da criação. Os grandes místicos entravam em meditação profunda na Superalma, adquirindo assim todo tipo de poder místico e controle sob seus corpos e a energia material de Deus, em sua comunhão com o divino. (Fonte: http://giridhari.com.br/a-deidade/) 7 N.T.: Vishnu é um dos deuses da trindade hindu, formada também por Brahma e Shiva. Brahma é o deus da criação, Shiva o da destruição e Vishnu o da manutenção, proteção e sustentação. Quando o mundo está sob a ameaça de alguma força do mal, é Vishnu quem surge, sob aforma de um de seus avatares (encarnações), para protegê-lo. 
(Tonte: http://www.triada.com.br/)
Portanto, a joia do Arco Real, longe de ser um mero ornamento, contém em sí um resumo dos sublimes ensinamentos desse grau; ainda mais considerando-se que conta também com um triplo tau. No que diz respeito à cruz tau, já mostrado em nossos manuais anteriores, na sua origem era um símbolo fálico que representava o poder criativo. Devemos nos recordar que fazemos uma cruz tau cada vez que recebemos os segredos nos Graus Simbólicos. Assim, o próprio Mestre Maçom fez o triplo tau. Também vale a pena lembrar aos nossos leitores que apenas aqueles que passaram pela cadeira e governaram uma Loja têm o direito de usar três cruzes de tau em seus aventais. Como um símbolo fálico, converteu-se em um emblema do Criador como também, com o tempo, das nossas paixões animais, que devem ser pisoteadas se quisermos avançar na iluminação espiritual. Ao chegamos ao Arco Real isso simbolicamente foi feito, e somos lembrados disso pela União destes três taus sob os triângulos, emblemas do espírito. 
Embora este seja essencialmente um grau não cristão, não podemos esquecer que havia três Cruzes no Calvário. A presença do triplo tau, após a experiência que tivemos no Simbolismo, mostra quanto cuidadosamente cada grau conduz ao seguinte, e também transmite esta importante lição. 
Cada grau na Arte ensina a evolução e purificação de (1) o Corpo; (2) a Alma; (3) o Espírito. 
Estes três, agora em perfeita união, descansam sob a Sombra do Ser Supremo, representado pelos Triângulos Duplos. Assim, a presença da cruz tau nos ensina que o Homem descerá definitivamente à 
Presença do Rei dos Reis. 
Na verdade, o Arco Real é cheio de interessante simbolismo: as cores das insígnias, vermelho e púrpura, a forma do altar, a posição dos três Principais, tudo transmitem importantes lições, mas não podemos aprofundar ainda mais neste grau em um limitado espaço de um pequeno Manual como este. 
No entanto, não se pode deixar de assinalar que, assim como no Simbolismo o Venerável Mestre representa o Espírito, o Primeiro Vigilante a Alma e o Segundo Vigilante o Corpo, igualmente ocorre com os oficiais correspondentes do Arco Real, ainda que aqui já não estão separados, mas lado a lado, e em todos os casos atuam como se fossem um.
 A razão é que o Arco Real representa esse estado sublime onde Corpo, Alma e Espírito são verdadeiramente uno, e estão em Paz na Presença de Deus – agora corretamente compreendido.
Nossos leitores assim perceberão que nenhum Maçom do Ofício pode considerar que cumpriu seu dever como Maçom, até que ele tenha recebido o Arco Real, porque até então ele não recuperou os sinais perdidos que ele prometeu tentar encontrar. Os paramentos incluem avental e uma faixa de cor púrpura e vermelha. 
OS GRAUS CRÍPTICOS 
Os Graus Crípticos são em número de quatro e são governados por um Grande Conselho de Mestres Real e Seleto que, na realidade, está em estreita aliança com a Grande Loja da Marca, cujo sede é o seu Quartel General. Eles são "Mui Excelente Mestre" (The Most Excellent Master), "Mestre Real" (The Royal Master), "Mestre Seleto" (The Select Master) e "Super-Excelente Mestre" (The Super-Excellent Master), e suas lendas cobrem o tempo histórico entre o primeiro Templo e sua destruição. ]
O Grau de "Mui Excelente Mestre" não deve ser confundido com o de "Excelente Mestre" que é trabalhado na Escócia; o Grau de Excelente Mestre é conferido a um maçom do Arco Real inglês que não tenha participado da cerimônia da Passagem dos Véus (Passing of the Veils). 
A Lenda, portanto, está associada ao Segundo Templo, enquanto o "Mui Excelente Mestre", ao contrário, trata da conclusão e dedicação do primeiro templo. O avental, que raramente é usado, é de cor branca com bordas púrpura, e portam um colar de cor púrpura. A cor refere-se ao sofrimento sentido pelos Irmãos pela perda do terceiro Principal, cuja cadeira está vaga. A característica mais marcante na sala da Loja é uma pequena réplica da Arca da Aliança. 
Em teoria, a qualificação para o "Mui Excelente Mestre" é apenas a Marca, mas como sempre é seguido pelo "Mestre Real”, para o qual a qualificação é Marca e Arco Rela, na prática, o Candidato deve possuir esses dois graus. 
O Mestre Real é um grau muito interessante, pois mostra como os segredos do Arco Real veio a ser depositado no local 8 N.T.: A cerimônia de “Passagem dos Véus” na Inglaterra somente é trabalhada hoje em dia em Bristol, Yorkshire, Northumberland e Lancashire, onde foram posteriormente encontrados. Embora a cadeira de Hiram Abif estivesse vaga no "Mui Excelente Mestre", no Mestre Real, ele é o principal personagem, e suas investigações sobre o tema da "Morte" é uma das mais belas peças de ritual na Maçonaria. O avental neste grau é preto, com borda vermelha, mas raramente é usado. Os três oficiais principais, no entanto, usam mantos semelhantes aos utilizados pelos mesmos oficiais na Arco Real. 
O "Mestre Seleto", ao contrário dos graus precedentes, tem sua própria joia especial, ou seja, uma espátula de prata dentro de um triângulo do mesmo metal, que é suspenso de um colar preto raiado e forrado de vermelho. O avental de forma triangular é branco, com borda vermelho e dourado, mas na Inglaterra, nem este nem a joia são geralmente usadas. 
Na Escócia, a joia dos Graus Crípticos combina o triângulo e a espátula, enquanto na Inglaterra usamos a Joia do "Super-Excelente Mestre" para representar todos os quatro. O "Mestre Seleto" deve ser mantido em uma cripta (daí o nome "Graus Crípticos"), que é a mesma cripta em que os segredos do Arco Real foram descobertos mais tarde. 
A lenda é semelhante à de um dos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, e relata como um bem conhecido maçom, empregado pelo Rei Salomão, invadiu acidentalmente essa cripta quando o Rei Salomão e Hiram, Rei de Tiro, estavam presentes. O intruso foi posteriormente perdoado, mas os vigilantes que deveriam ter impedido sua entrada, foram punidos em seu lugar. 
 Esta é, sem dúvida, uma lenda antiga que surge novamente em um Terceiro grau, ou seja, o "Grande Cobridor do Rei Salomão", um dos Graus Aliados (Allied Degrees). Seu significado simbólico é que aqueles que impulsiona sua secreta investigação para além dos limites razoáveis, sem a assistência e a proteção de pesquisadores mais experientes, correm sérios riscos.
O "Super-Excelente Mestre" é curto e não muito interessante, mas traz a história do primeiro Templo até o momento de sua indefesa destruição, enlaçando assim o "Mui Excelente Mestre" e o Arco Real. A lição ensinada é lealdade inabalável a Jeová. A cor deste grau é carmesim, e um colar carmesim deve ser usado. Na prática, no entanto, é usado apenas pelos membros do Grande Conselho. A joia desses graus é um triângulo de esmalte branco com a ponta para baixo, ou seja, o triângulo do Preservador (Preserver), sendo, como regra, o único emblema a ser usado. 
A parte mais interessante deste grau é um tapete no chão com o seguinte design sobre o mesmo: Dentro de um quadrado há um círculo, dentro do qual um triângulo apontando para o Oeste, e dentro do triângulo está o Centro do Círculo sobre o qual repousa um altar, e no altar está a Arca da Aliança. Como o desenho do piso não está adequadamente explicado, a seguinte será de utilidade.
 
O triângulo apontando para o oeste é o símbolo do Preservador, e foi adotado como a joia de todos esses graus na Inglaterra, e certamente denota o princípio básico da série. 
(1). O "Mui Excelente Mestre" nos ensina que, apesar da perda do arquiteto chefe, Deus preservou o trabalho do Templo e foi devidamente completado.
 
(2). O "Mestre Real" nos diz como os segredos do Arco Real passaram a ser preservados.
 
(3). No "Mestre Seleto", o amigo mais zeloso de Rei Salomão foi preservado do terrível destino que o ameaçava. 
(4). No "Super-Excelente Mestre", mostramos como Deus preservou um grupo remanescente do povo, porque eles preservaram sua fé nele. O triângulo dentro de um quadradorepresenta a Descida do Espírito na Matéria, enquanto o Círculo simboliza o Infinito - de onde vem o Espírito. 
O ponto liga o Infinito ao emblema Daquele que tudo penetra - e também se refere a cada "Ego" individual. 24 O símbolo inteiro, portanto, significa que Deus, o Preservador, desceu da Eternidade, e entrando na Matéria tornou-se carne, e Ele é uno com O onipresente. É, portanto, um emblema muito sagrado, e o fato de que a Arca da Aliança esteja no Centro mostra que a Nova Benção (New Dispensation) surge da antiga, e a referência profética a este fato é enfatizada pelo legítimo “G.”, que deve nos lembrar Daquele que morreu na cruz. Assim, este grau tem um significado messiânico e esotérico, muitas vezes ignorado por aqueles que o tem recebido.
OS GRAUS ALIADOS 
Sob este título estão agrupados vários diferentes graus que têm pouco em comum. Teoricamente o Grande Conselho, que se reúne no Mark Masons' Hall, controla um grande número de graus, incluindo cinco que são pseudo-maçônicos, mas na prática eles só trabalham seis graus.
 
Em Newcastle, no entanto, o Conselho do Tempo Imemorial (Time Immemorial Council) trabalha também um ou dois outros, incluindo o Cavalheiro Sacerdote Templário do Santo Arco Real (Real Arch Knight Templar Priest), com uma cerimônia altamente mística e bonita. Os seis graus trabalhados em Londres não se restringem aos cristãos, e as únicas qualificações necessárias para neles ingressar são o de possuir os graus da Marca e do Arco Real; apesar do fato de que São Lourenço, o Mártir, e os Cavaleiros de Constantinopla serem claramente graus cristãos. 
A maioria desses graus é de importância secundária, mas a Cruz Vermelha da Babilônia (Red Cross of Babylon) e o Grande Alto Sacerdote (High Priest) são antigos e importantes. Os graus são os seguintes:
(1). São Lourenço, o Mártir (St. Laurence the Martyr) -. A joia é uma grelha metálica, e é bem possível que seja por esse fato que devamos os contos obscenos do mundo exterior quanto ao que acontece com um homem em sua iniciação na Maçonaria. A lenda deste grau na realidade não tem nada a ver com a Maçonaria, e é bem conhecida por todos os estudantes de lendas dos santos medievais. 
A lição ensinada é a de fortaleza. Este grau parece ser um fragmento do antigo 26 ritual operativo trazido de Lancashire, e originalmente foi elaborado em apenas um grau para permitir que um verdadeiro "maçom operativo" distinga outros operativos dentre "desses especulativos modernistas".
(2). Cavaleiro de Constantinopla (Knights of Constantinople) - estão associados ao imperador Constantino, e apregoa a útil lição da igualdade universal. 
A joia é uma cruz coroada por uma lua crescente, dificilmente aceito como uma escolha feliz, pois sugere o triunfo do Crescente sobre a Cruz.
(3). Monitor Secreto (Secret Monitor) - é muito parecido com o primeiro grau do Monitor Secreto, trabalhado pelo Grande Conclave, e está associado a David e Jonathan. 
Sua presença entre os Graus Aliados como testemunha de uma desafortunada divisão que ocorreu nos primeiros anos da organização do Monitor Secreto do Grande Conclave. 
É o único grau em maçonaria inglesa que está sob o controle de dois corpos inteiramente distintos. A Figura mostra a joia de peito.
(4). Grande Cobridor do Rei Salomão (Grand Tyler of King Solomon) (ou Maçom Eleito dos Vinte e Sete) - relata a história da intrusão acidental de um Companheiro do Ofício nas criptas secretas onde estavam reunidos o Rei Salomão, Hiram, Rei de Tiro e Hiram Abiff. A lenda é muito semelhante à relacionada no "Mestre Seleto", ainda que existam variações interessantes. Em particular, o “período" da legenda é anterior.
A joia é o triângulo do Preservador, apontando para baixo, com certas letras hebraicas gravadas em dourado sobre um fundo de esmalte preto.
 
(5). Cruz Vermelha da Babilônia (Red Cross of Babylon) - é, sem dúvida, antigo, e o décimo sexto grau do R.A.A tratando do mesmo tema, enquanto incidentes semelhantes também ocorrem na Ordem Real da Escócia. Em ordem histórica, o grau segue, e está intimamente associado, ao Arco Real e a reconstrução do segundo Templo, e na Escócia é efetivamente controlado pelo Supremo Capítulo do Arco Real. 
Tem muitos detalhes interessantes, mas sua característica notável é o cruzamento da Ponte. Embora transformado em uma ponte física e histórica, sem dúvida simboliza algo bem diferente. Estamos aqui na região da escatologia e somos informados sobre o que acontece com um homem após a morte. 
Em todas as grandes religiões do mundo, existe uma tradição que, mais cedo ou mais tarde, após a morte, a alma deve atravessar uma certa "Ponte". 
Claramente, esta "Ponte" significa a passagem de um estado de existência no mundo além do túmulo para outro, e indica um avanço adicional da Alma longe das condições da Terra e em direção a Deus.
Os japoneses, chineses, persas, maometanos e cristãos medievais falam desta ponte. 
Por exemplo, os Persas dizem que os enlutados devem se levantar ao amanhecer no terceiro dia após a morte de seu amigo e orar por ele, pois naquela hora ele chega à ponte que deve atravessar para chegar ao Paraíso.
 
A Ponte se estende sobre o abismo do Inferno, e no meio da Ponte a Alma será recebida por uma forma feminina. Se sua vida foi boa, essa forma será a de uma bela mulher que irá leve-o para o Paraíso, mas se a sua vida foi má, será uma bruxa horrível que se reunirá com ele e o jogará da ponte ao abismo. 
Na Inglaterra, esta ponte foi chamada "The Brig of Dread" (Ponde da Angustia), e é retratada em um afresco do século XII na Igreja Chaldon, Surrey, onde é mostrada como se fosse construída como uma serra. 
Entre aqueles que tentam atravessá-lo há um Maçom com suas ferramentas na mão. 
Também se fala dela em um antigo cântico de Lancashire que relaciona o que acontece com a Alma do homem morto imediatamente depois de deixar seu corpo inerte. “When thou from hence away art past, Every nighte and alle, To Whinny-muir thou com’st at last; And Christe receive thy saule. If ever thou gavest hosen and shoon, Every nighte and alle, Sit thee down and put them on; And Christe receive thy saule.” 
A lição exotérica do grau é "Grande é a Verdade", mas a referência oculta à Ponte das Provas, a qual a alma deve passar na jornada em direção ao Paraíso, é a característica mais marcante. A joia é duas espadas cruzadas em um fundo verde escuro de esmalte.
Grande Alto Sacerdote (High Priest) - ao contrário dos outros graus, só pode ser conferido a um maçom que tenha sido um 3º Principal em um Capítulo do Arco Real. Trata-se do Sacerdócio "após a Ordem de Melchisedic", e a joia é o triângulo com o ponto para cima, no qual é imposta uma mitra.
 Resumidamente, os Graus Aliados ligam o Antigo Testamento com o Novo, e os mais importantes são a Cruz Vermelha da Babilônia e o Grande Alto Sacerdote, embora os outros quatro não estejam sem interesse. 
9 Lyke-Wake Dirge ou This ae nighte, his ae nighte, uma canção fúnebre, anônimo do século XV. Entre outras versões modernizadas, pode-se encontrar no 5º movimento, Dirge, de Serenade for Tenor, Horn and Strings (1943), do compositor britânico Benjamin Britter (N. do T.). 
https://en.wikipedia.org/wiki/Serenade_for_Tenor,_Horn_and_Strings
O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Rosacruz de Heredom (Rose Croix of Heredom) é agora considerada como o 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito (ou Rito Antigo e Aceito), cujo número total de graus é de 33, em referência aos 33 anos da Vida do Senhor. Na prática, no entanto, apenas os graus 18º, 30º, 31º, 32º e 33º são trabalhados na Inglaterra, e os últimos três são conferidos apenas limitadamente. Na América, todos os graus intermediários são trabalhados, ou seja, do 4º ao 33º inclusive, mas na Inglaterra, o 4º ao 17º meramente são conferidos pelo nome. 
O 18º é trabalhado na íntegra, mas o 19º até o 29º inclusive são igualmente conferidos de forma nominal. A qualificação para o 18º é que o candidato tenha um ano como Mestre Mason, e para o 30º, geralmente é exigidoque tenha sido Prior (Prelate) ou Mui Venerável Soberano (M.W.S., siglas em inglês), sendo este o título do governante de um Capítulo Rosacruz (Rose Croix Chapter). 
O 18º grau é um grau altamente místico e cheio do mais profundo interesse, e na Inglaterra é restrito aos cristãos professos. Nos Estados Unidos e no continente Europeu, no entanto, em geral o grau não é considerado cristão, e os não-cristãos podem tornar-se membros. Uma escola de pesquisa maçônica propôs uma teoria de que o grau Rosacruz (Rose Croix) era originalmente católico romano e foi criado pelos jacobinos. 
Pessoalmente, depois de uma pesquisa muito cuidadosa, não consegui encontrar nenhuma evidência em apoio a essa visão e, francamente, não consigo conceber nenhum católico romano consciencioso tomando parte das cerimônias. Parece mais provável que o grau seja devido à influência Rosacruz, e a evidência histórica mais antiga que podemos encontrar desses místicos mostra que eles eram luteranos, mas é bem provável que herdassem uma tradição anterior. 
Parece haver referências a doutrinas Rosacruzas em Dante, e os Maçons de Comacines12 esculpiam a Rosa e o Compassa sobre a porta de suas casas em Assis nos primeiros anos do século XV. Além disso, os antigos astecas que também veneraram a cruz, tiveram um Rito muito parecido, com os mesmos sinais e muitos dos mesmos acontecimentos eram idênticos. Finalmente, não podemos ignorar o fato do Maçom Aceito Henry Adamson, em "The Muses Threnodie"13 (Lamento das Musas), escrito em 1636, dizer: "Por sermos Irmãos da Rosacruzes, temos a Palavra do Maçom e a Segunda Visão" 14 Isso mostra uma associação da "Palavra do Maçom" com a Rosacruz (Rosie Cross). 
Pessoalmente, acho que isso se refere, não ao presente 18º grau, mas à Rosacruz da Ordem Real da Escócia (Rosy Cross of the Royal Order of Scotland.). Isso indica, assim, influência Rosacruz na Maçonaria muito antes da ascensão dos movimentos jacobitas, sendo encontrado nesse poema que descreve os protestantes de Perth. Voltando ao décimo oitavo grau como o conhecemos hoje em dia, nós encontramos que ele tem quatro seções distintas. 
O primeiro consiste em conferir (ou comunicar) nominalmente os graus intermediários, e as outras seções formam o próprio Grau Rosacruz. É uma peça de simbolismo muito místico e expressa a passagem do Homem através do Vale das Sombras da Morte acompanhado das Virtudes Maçônicas Fé, Esperança e Caridade. Ele conclui com sua aceitação final na morada da Luz, da Vida e da Imortalidade e com a reparação do mundo inferior. 
A insígnia é dupla: de um lado é preto, tendo no centro uma cruz do Calvário vermelha; do outro lado é branco, com bordas de cor rosa; no avental está bordado um Pelicano que alimenta suas crias, enquanto na aba tem um triângulo dentro do qual estão certos caracteres hebraicos. Há um colar que similarmente possui duas faces: No reverso é preto com três cruzes vermelhas, e na frente rosa, ricamente bordado. Entre os símbolos representados estão a coroa de espinhos e a serpente segurando a cauda na boca, o emblema da eternidade. A joia que está suspensa do colar, sendo um compasso dourada aberto a um ângulo de 60 graus, encimado por uma coroa celestial. 
Dentro do compasso uma cruz escarlate e por baixo dele um pelicano alimentando suas crias. Ao inverter a cruz é de prata, com uma águia prateada subindo para o céu, e em ambos os lados na articulação do compasso há uma rosa. Apesar do atual cenário cristão, parece que em seus principais detalhes esse grau possui uma cerimônia muito antiga. Todos os seus traços essenciais são encontrados na cerimônia Bora dos aborígenes australianos, uma das raças mais primitivas ainda sobreviventes. Na Índia e na China, os sinais deste grau estão associados a Deus o Preservador. No antigo Egito certas partes do Livro dos Mortos abordam os mesmos assuntos e mostram os mesmos sinais em uso. 
Como já foi dito, os antigos Astecas no México parecem ter praticamente a mesma cerimônia, e alguns dos sinais que eles faziam sobreviveram entre os peles vermelhos até hoje. Na Europa medieval, encontramos exemplos constantes do uso dos dois sinais principais empregados, como por exemplo, na Catedral de Coire (Suiça), - nas obras dos séculos XII e XV - em um afresco em Basileia, pintado nos primeiros anos do século XVI e em um quarto com painéis do século XVII agora no Museu na região suíça da Engadina, em St°. Moritz.
 
Além disso, um certo sinal associado ao 9º grau do R.E.A.A. que indica a tristeza, também é encontrado na Europa, lado a lado, com esses sinais Rosacruzes em todos os casos acima mencionados. Fatos como esses não podem ser simplesmente ignorados, e impedem-nos de aceitar a opinião de que a Rosacruz foi inventada no século XVIII. De fato, os códices mexicanos, que praticamente mostram a cerimônia completa, são pelo menos dois séculos e meio antes da data em que foi sugerido que este grau foi criado.
OS GRANDES ELEITOS CAVALEIROS DE KADOSH 
O outro nome para este grau 30º, é Cavaleiro da Águia Branca e Negra (Knight of the Black and White Eagle). Nos países latinos é de tom fortemente Templário, e adquiriu um significado sinistro porque em alguns dos rituais o dever de vingar a morte de Molay e dos os outros Templários sacrificados é ensinado de forma dramática.
 
Uma vez que os principais culpados responsáveis pela matança de Molay e seus Cavaleiros foram Philip, Rei da França e Clemente, o Papa, este fato é declarado ter sido utilizado para ensinar os Candidatos que o rei e a igreja são os opressores do povo. Provavelmente esse significado interior não é tão universalmente aplicado no Continente, como pretendem os escritores anti-maçônicos, mas, em qualquer caso, o Ritual Inglês foi purgado de qualquer ideia desse tipo, se é que de fato já o possuiu.
 
O grau é elaborado, requerendo três câmaras e uma antesala quando trabalhado na íntegra, e somente o próprio Supremo Conselho pode conferi-lo. 
O paramento, que pode ser usado nos Capítulos de Rosacruzes, consiste em uma ampla faixa preta suspensa do ombro esquerdo, com a ponta orlada com franja prateada, e nela estão bordados os emblemas do grau. 
Estes são uma águia voando em direção ao sol, segurando a Âncora da Esperança em suas garras; na extremidade está a bandeira da Inglaterra e do País de Gales, que consiste em três leões dourados sobre fundo vermelho; este é cruzado pela bandeira do Supremo Conselho, e abaixo está uma cruz vermelha formada por quatro cruzes de tau, geralmente chamado de Cruz de Jerusalém. 
 A joia de peito é uma cruz patada (ou pátea) em esmalte vermelho, com o número "30" sobre um centro em esmalte azul. De uma coleira de fita preta com uma borda prateada, pendia uma águia negra com asas abertas, com uma coroa sobreposta e segurando uma espada com as garras. A palavra "Kadosh" é hebraica, e significa 34 "separado" ou "consagrado". 
Os três graus restantes do Rito Antigo e Aceito são conferidos com moderação, e ocupam o lugar em grande parte do “Grand Rank” em outros graus. Passaram muitos anos antes de que um jovem maçom alcance essas alturas exaltadas, e, portanto, qualquer descrição detalhada, mesmo dos paramentos, dificilmente será necessária em um guia desta natureza. 
No entanto, tão logo se torne um maçom Rosacruz, ele certamente terá a oportunidade de ver, de vez em quando, os membros desses ilustres graus e aprender com eles, tanto quanto tenha o direito a saber, antes que os graus lhes sejam conferidos. 
O Rito Escocês Antigo e Aceito, como atualmente organizado, deriva sua autoridade da carta que lhe foi concedida em 1845 pelo Supremo Conselho da Jurisdição do Sul dos EUA, mas os Graus Rosacruz, Kadosh, 28º grau e outros graus intermediários já eram totalmente estabelecidos, e são trabalhados século XVIII, como mostram os registros históricos, embora ainda seja matéria de controvérsia de quando se pode datar sua origem. 
No que diz respeito aos graus intermediários, é um erro supor que eles não têm nenhum valor ou interesse. Eles variam consideravelmenteem mérito, mas graus como o Arco Real de Enoque, com sua clara indicação de influência dos rosacruzes, e o relato da descoberta de um dos antigas Pilares com inscrições do antigo aprendizado, (mencionado nos Ancient Charges) é digno de estudo cuidadoso, e o mesmo se aplica a vários dos outros graus.
 
Por esta razão, insto encarecidamente a todos os maçons Rosacruzes a participar do festival anual do rei Eduardo VII, do Capítulo Rosacruz de Aperfeiçoamento (Rose Croix Chapter of Improvement), que se celebra na Primavera a cada ano no Mark Masons’ Hall, quando dois dos graus intermediários são ensaiados na íntegra. Este é o Rito Escocês Antigo e Aceito; um grande Rito, sem dúvida, cheio de Sabedoria mística, e que mostra aos membros que a busca da palavra perdida termina, não no Templo de Jerusalém, mas no Monte Calvário.
A ORDEM REAL DA ESCÓCIA
Esta Ordem governa dois graus, o Heredom e a Rosacruz. O Heredom é conferido em um corpo chamado Capítulo, e assim, nesta Ordem, um Capítulo está agregado a uma Loja. Na prática, no entanto, esses dois corpos são os mesmos. A Ordem Real tem muitas características peculiares, e é impossível fazer justiça em um capítulo deste livro. Em primeiro lugar, cabe assinalar que esta Ordem é única na medida que tem apenas um órgão de governo para o mundo inteiro e é o único corpo maçônico inglês nessa condição. A Grande Loja deve sempre se reunir na Escócia. Tal como estabelecido pela Grande Loja da Escócia (Grand Lodge in Scotland), para ascender é necessário acumular cinco anos como Mestre Maçom, mas a Grande Loja Provincial Metropolitana (Metropolitan Provincial Grand Lodge) na prática só irá admitir membros do 30º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito.
 
Os maçons de Londres que não alcançaram esse grau, devem, portanto, ir à Grande Loja Provincial dos Condados do Sul, que se encontra em Windsor. Esses graus são de grande antiguidade e, pessoalmente, considero-os os maiores de todos os nossos graus maçônicos. Eles não são tão dramáticos como certos outros, como o da Ordem dos Templários, mas eles têm uma unidade de propósito e um ritual antigo que está cheio dos mais profundos ensinamentos místicos. Em sua maior parte, está escrito em uma curiosa e antiga linguagem poética fronteira, e a partir de análises internas parece anterior a data de nossos formatos atuais, inclusive dos 36 graus Simbólicos, embora isso pressuponha claramente a existência deles. 
Dos registros históricos, sabemos que esses graus "escoceses" já se trabalhavam em Londres em 1743, pois há um registro de uma Grande Loja Provincial em Londres, como tendo pelo menos dois Capítulos sob seu controle, naquele momento. O mero fato de que havia pelo menos dois Capítulos de Heredom trabalhando nesta data exclui a possibilidade da Ordem ter surgido em 1743, e o fato de ter que viajar da Escócia e depois se estabelecer e se espalhar em Londres, justifica-nos em considerar que dificilmente a origem possa ser mais tarde do que a data da formação da Grande Loja Simbólica da Escócia, que foi em 1736.
 
Sete anos é, considero, muito pouco tempo para permitir que um novo grau se espalhasse da Escócia para Londres e se estabelecesse firmemente, mas se tomarmos essa data, veremos que a Ordem Real tem precedência na antiguidade de qualquer alto grau. Porém, em vista desses fatos, não podemos descartar de pronto a evidência da precisa descrição de Henry Adamson, de Perth, em "The Muses Threnodie", escrita em 1638, praticamente um século antes, na qual ele registra: "Pois somos irmãos da Rosacruz, temos a Palavra do Maçom, etc."15 Agora a Ordem Real pretende dar aos seus membros a perdida “Palavra do Maçom”. 
Portanto, se a linguagem significa alguma coisa, isto quer dizer que os irmãos da Rosacruz afirmavam ter a verdadeira Palavra do Maçom, uma afirmação que ainda fazem os irmãos da Rosacruz da Ordem Real. Minha firme convicção é, portanto, que Adamson, que era um Maçom Aceito e um clérigo, era um membro da Royal Order of Scotland, e como o estilo e a linguagem do ritual se enquadra nesse período, ou ainda antes, eu considero que a Ordem Real remonta a esse período pelo menos. Em conexão a isso, é bom lembrar que o primeiro registro da iniciação de um especulativo na Maçonaria na Inglaterra é no dia 20 de maio de 1641, quando Robert Moray, "intendente geral do exército da Escócia", foi iniciado em Newcastle por membros da Loja de Edimburgo, que estavam com o exército escocês que entraram na Inglaterra em armas contra o Rei Charles. Além disso, Moray era "Protetor" de Vaughan, o famoso Rosacruz do século XVII. 
Se, portanto, além do Simbolismo, havia uma Ordem Maçônica Rosacruz que só poderia dar ingresso a aqueles que se qualificassem primeiramente como Maçons, então podemos ver uma excelente razão do por que Moray, que estava claramente interessado no Misticismo em geral, e o Rosacrucianismo em particular, deveria estar ansioso para ser iniciado em uma loja, ainda que o exército no qual ele era intendente-geral estivesse em campanha. A propósito, esses fatos contradizem a teoria ainda sustentada por alguns estudiosos de que a Ordem Real era jacobita. Na realidade, quanto mais de perto se estuda esta Ordem, menos motivos são encontrados para se ter esse ponto de vista. 
Nesse caso, naturalmente, alguém procuraria alguma referência no próprio Rei Mártir. Note-se que isso poderia ter sido feito com perfeita segurança, pois no Livro de Oração da Igreja Estabelecida da Inglaterra havia, durante o século XVIII, um serviço especial em memória de Charles, Rei e Mártir. 
Assim, a inclusão de referência à Rosa Branca, ou a Charles o Mártir, poderia com facilidade e segurança ter sido trabalhado nesse ritual. Em segundo lugar, consideremos o ensinameto do grau. Tanto o Antigo quanto o Novo Pretendentes eram Católicos Romanos; portanto devemos esperar que haveria traços de orientações católico romano no ritual, ou que pelo menos houvesse algum cuidado para evitar qualquer coisa que fosse em oposição direta à fé do herói dos jacobitas. No entanto, ao olhar para o ritual, encontramos certas omissões importantes. Não há menção à “Santa Igreja Católica", nem à "Comunhão dos Santos", ambos conceitos dos dias medievais e que se 38 mantinham intactos nas igrejas episcopais da Escócia e da Inglaterra; mais ainda, o ritual se afasta de declarar que só obteremos a salvação através de Cristo, atingindo a doutrina da intercessão dos santos, e até mesmo diz que nossa salvação só é possível pela Fé.
 Agora, este é apenas um dos pontos particulares da divisão entre protestantismo e catolicismo, pois este último sempre manteve a necessidade da fé ser provada por boas obras. A salvação somente pela fé era um dos marcantes princípios dos presbiterianos, e mostra claramente que o ritual em sua forma atual é enfaticamente presbiteriano. 
Será que os homens que estavam inventando um grau para promover a causa Jacobita se desviariam de seu caminho para inserir frases que poderiam ferir seu herói e muitos de seus fiéis seguidores? Este aspecto é ainda mais enfatizado pelo fato de que, entre todas as parafernálias empregadas nos graus, não há cruz nem crucifixo, embora os encontremos em outros Graus maçônicos de Alto Grau. A omissão deve ser deliberada, pois dada a natureza do ritual esses emblemas poderiam ter sido empregados. Diante desses fatos, nenhuma palavra de uma natureza pró-jacobita pode ser alegada no ritual e, portanto, não vejo nenhum motivo para afirmar que esses graus foram feitos para ajudar os jacobinos.
 Os graus em si próprios são muito místicos, conduzindo o candidato Mestre Maçom através do Antigo Testamento, pela "Ponte", pelo segundo Templo e, finalmente, traçam a vida e a morte de Cristo e mostram que Ele é a Palavra Perdida. Há claros vestígios dessa visão da vida que se chama "Rosacruz" e, portanto, são bons argumentos para aqueles que afirmam que o Rosacrucianismo influenciou a Maçonaria. Mantendo-se estritamente na Ordem Real, encontramos nela a questão fundamental de muitos de nossos Graus Superiores,e é possível que alguns deles tenham sido elaborados a partir de assuntos extraídos dos rituais da Ordem Real.
Como guia, indicarei referências a ideias que, provavelmente, foram desenvolvidas posteriormente, embora seja justo acrescentar que a alterno contrário também é possível, a saber, que esses graus também já existiram e contribuíram para o ritual da Ordem Real em vez de ter simplesmente evoluído a partir deles. Estes são o Arco Real, a Marca, a Cruz Vermelha da Babilônia - o último muito claramente 
- Templário e Rosacruz. Além disso, existem muitas partes inteiras não representadas em outros lugares na Maçonaria. O ritual trabalha principalmente por meio de perguntas e respostas, como nas preleções do Simbolismo, mas merece uma menção especial uma importante prática ritualística. 
Em certos momentos, os Irmãos viajam no sentido inverso do Sol. Isso está correto, pois eles supunham estar na região dos Mortos, e a tradição popular sempre ensinou que os fantasmas dos homens vão em direção contrária à do Sol. 
A Torre também é muito significativa e lembra um edifício semelhante descrito em “As Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreuz”, traduzido por V. Ir. Waite. Os sinais usados neste grau são muitos em número, e cada um é de grande antiguidade e pode ser encontrado em várias partes do mundo associado com Deuses pagãos e antigos Ritos de Iniciação. O real sinal do Heredom pode ser visto nos antigos manuscritos astecas, e é mostrado em uma cena de um vaso encontrado em Chama, no México.
 Esta cena representa claramente um candidato sendo iniciado em um Rito Mexicano, e sendo ensinado o sinal. O vaso certamente é, sem dúvida, anterior ao ano 1500 A.D. e foi desenterrado no começo do século XX. Na Índia, o sinal de Heredom está associado a Vishnu o Preservador. No antigo Egito, é mostrado em um afresco em Tebas datado de 1500 a.C., fragmentos estes que estão no Museu Britânico.
Numerosos exemplos podem ser citados a partir de trabalhos medievais na Europa, como por exemplo, nos painéis da sala conhecida como "Câmara de Audiência da Visconti-Venosta", do século XVII, que está agora no Museu da Engadina, em Saint Moritz, ao 40 qual nos referimos no Capítulo anterior. 
Nesta sala também são mostrados exemplos do sinal associado ao grau Rosacruz, e, nos cantos dele, figuras que fazem o sinal de beber (drinking Sn.) da Ordem Real da Escócia. Essas figuras são organizadas em pares, como se estivessem interrogando um ao outro. 
Talvez o fato, quem sabe o mais significativo de todos, é que o ritual da Sociedade Hung na China, conhecida também como a Sociedade da Tríade, ou a Sociedade dos Céus e da Terra, é quase precisamente o mesmo, em seus principais aspectos, das cerimônias da Ordem Escocesa. 
Os paramentos da Ordem são bastante elaborados. Consiste em uma liga de braço (“arm Garter”), insígnia de oficial e duas faixas, uma vermelha para o Heredom, e uma verde para a Rosacruz, e um elaborado avental branco, contornado com fitas vermelha e verde. Cada candidato recebe ..., que se presume seja para mostrar sua virtude característica, e que, em regra, é escrito sem vogais. 
Isso deve ser o suficiente para a Ordem Real, embora merece muito mais espaço.
VIII 
OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS E CAVALEIROS DE MALTA
Os Templários continuam com a tradição da Ordem Medieval e podem ser considerados como o ensinamento da vida cristã em ação. Até que ponto há uma conexão histórica entre a Ordem Maçônica e seus predecessores medievais é uma questão sobre a qual os estudantes maçônicos estão em desacordo. O presente escritor considera que existe uma forte probabilidade de haver uma conexão definitiva, e deu seus motivos extensivos em "Maçonaria e Deuses Antigos" (Freemasonry and the Ancient Gods). 
Não proponho entrar de cheio nesta controvérsia neste livro, já que o objetivo aqui é indicar, na medida do permissível, o significado dos Altos Graus, mais que de sua história. Certos fatos, no entanto, merecem ser registrados:
 (1) Que na Inglaterra, e ainda mais na Escócia, a Ordem, embora nominalmente suprimida em 1307 e seguintes, 42 não sofreu o abate impiedoso de seus membros tal como caiu sobre eles na França. Além disso, devido ao fato de que a Escócia estava em revolta aberta contra Edward II, que supostamente os governava, era impossível a imposição dos editos contra os Cavaleiros. 
(2) Que certos ramos da Ordem - por exemplo, na Espanha e em Portugal – inquestionavelmente sobreviveram simplesmente adotando um novo nome.
 
(3) A Carta da Transmissão reivindica a continuação da sucessão desde a França. Essa Carta agora está pendurada no Mark Masons Hall, e se fosse geralmente aceita como genuína, praticamente resolveria o assunto. O fato de anatematizar os Templários Escoceses, se for genuíno, indicaria uma organização separada dos sobreviventes na Escócia e, portanto, explicaria de onde derivam os Templários Escoceses e Ingleses.
 
(4) O fato indubitável de que não só muitos cavaleiros, mas também todos os sacerdotes templários e irmãos leigos, alguns dos quais maçons, nem sequer foram presos, aponta para outra possível linha de sucessão. Seja como for, o Ritual trabalhado atualmente, embora tenha sido revisado várias vezes nos últimos anos, contém muitas características curiosas que indicam considerável antiguidade. Em Bristol, um homem não pode ser um Rosacruz, a menos que seja um Templário, e isso apoia a teoria daqueles que acreditam que, originalmente, a Rosacruz era o trabalho interno dos Templários. A Ordem Real da Escócia também mostra indicações claras de uma conexão com o Templário, tanto na lenda de sua fundação quanto no uso de uma determinada palavra comum a ambas as Ordens e não usada em nenhum outro Grau. 
Tendo em vista do fato de que a Ordem Real tem seu Grau Cavalheiresco da "Rosacruz", esses pontos são de especial relevância.
A Lenda da fundação da Ordem Real é que Bruce, depois de Bannockburn16, criou o Grau da Cruz Rosada para recompensar os maçons que o ajudaram na batalha, e conferindo-lhes a honra de Cavaleiros. Agora sabemos que os Cavaleiros Templários, em vez de se entregarem a Edward II, quando enviou seus comissários para a Escócia para prendêlos, juntou-se a seu inimigo, Bruce. 
Não seria então provável que Bruce, com a fundação desta nova Ordem, recompensou esses Templários restaurando a Cavalaria que, pela dissolução da antiga Ordem, havia prescrita? 
O Ritual, como utilizado hoje em dia, sofreu recentemente uma revisão drástica. Para dar apenas um exemplo, não há dúvida de que o altar no Oriente é uma inovação moderna, por mais bonita que seja. 
Anteriormente havia apenas um sepulcro, e ainda existem alguns preceptórios onde o antigo Ritual é permitido. Mesmo os membros do Ritual moderno, lembrarão que tomaram seu juramento no sepulcro, que está significativamente no Centro e não no Oriente. Esta é uma questão de grande importância, como logo veremos. Na Escócia, o Grau é dividido em Noviço, Escudeiro e Cavaleiro. Na Inglaterra, ainda existem três pontos correspondentes a essas divisões medievais, embora o fato seja bastante mais confuso. 
Se recordarmos que (a), o Robe marca o Noviço; (B) a Túnica marca o Escudeiro; (C) apenas o Cavaleiro é investido com o Manto; percebemos que o Ritual ainda é testemunho dessas três etapas. Nos Estados Unidos a Taça da Recordação (Cup of Remembrance) ainda é bebido de um recipiente incomum, e é enfaticamente a “Taça da Morte Mística” (Cup of Mystical Death). 
O Ritual do Cavaleiro Templário, como a conhecemos hoje em dia, obviamente tem um significado exotérico e outro esotérico. A lição exotérica, que também é uma bela lição, é de que o soldado cristão deve ter sempre diante de seus olhos, em sua luta com o mundo, os preceitos do Mestre, Cristo. Ele deve ser um bom soldado de Cristo fora das portas do Templo; ele deve defender a verdade e a justiça, defender os fracos e estabelecer um bom exemplo de conduta cavalheiresca em sua vida diária. 
Em suma, ele não deve apenas professar o cristianismo, mas realmentevive-lo. 
Portanto, seria assim visto que um candidato precisaria ser um cristão, mesmo que não fosse definitivamente chamado a defender a fé cristã – a qual professa. Mas dentro dessa lição prática existe uma elevada mensagem mística. Somos ensinados sobre o Cordeiro que foi morto de forma mística antes do início do mundo. Nós entramos como um peregrino lutando para escapar do espírito mundano. 
dedicamo-nos a Cristo na Cruz, isto é, nos rincões ocultos de nossas almas. Naquele lugar oculto, a nossa vida passada de pecado morreu, assim como o corpo terrenal do Redentor se deitou no túmulo. Portanto, nisto nos dedicamos, descobrindo que, em nosso passado morto, surge, por assim dizer, a figura de O Crucificado. 
Equipados com as armas do Espírito, seguimos nossa jornada espiritual, e depois de longas e dolorosas viagens, retornaremos vitoriosos de nosso conflito com os inimigos espirituais do homem. Note que os três anos simbólicos, correspondentes aos três anos do ministério de Cristo na Terra na vida. Mas, após a ação deve vir penitência e meditação, e acima de tudo devemos meditar, não apenas na morte física, mas ainda mais nesse maior mistério, a morte mística; e, assim preparados, devemos oferecer nosso sacrifício. 
Ainda mais, devemos ser marcados com o sinal de Seu sacrifício, mas, no 45 misticismo cristão, somos ensinados que o verdadeiro místico deve crucificar-se espiritualmente, mesmo que o Grande Mestre tenha sofrido fisicamente na Cruz, sendo esta a morte mística. Estará este último incidente na vida do místico esquecido no Ritual desta grande Ordem? Pense nisso, irmãos Cavaleiros. Esta é uma linguagem velada e, na medida do permitido, tentei indicar que o Templário Maçônico tem uma ótima lição mística. Existem inúmeros pequenos pontos no Ritual que apoiam essa visão, mas, por razões óbvias, os omiti; por exemplo, a investidura gradual do candidato indica a aquisição, por graus, de certas qualidades espirituais. 
OS CAVALEIROS DE MALTA
Se considerarmos os Cavaleiros Templários como um Grau, descobrimos que a Ordem tem dois, ou possivelmente três Graus no total. Após o Cavaleiro Templário vem o Passo do Mediterrâneo, que é tratado como um passo intermediário em direção ao Grau de Cavaleiro de São João e o de Cavaleiro de Malta. Na atualidade, praticamente é apenas um grau de aprovação que leva ao de Malta, mas que tem um significado próprio. O sinal, para começar, é, sem dúvida, antigo. O Major Sanderson encontrou o mesmo sinal em uso entre os Yaos na África Central, e também era conhecido e venerado pelos árabes. Em vista da tradição que liga o Passo do Mediterrâneo e os Graus de Malta com os Árabes, esse fato é obviamente importante. 
Nem, esotericamente, podemos ignorar a importância da serpente em conexão com uma jornada mística e, da mesma forma, "O Mar" é uma frase bem conhecida entre os místicos para insinuar certos fatos espirituais, e sempre se diz que está além da ressurreição mística. Para me deixar claro aos leitores não místicos, deixe-me acrescentar que a morte mística e a ressurreição são estágios bem reconhecidos no desenvolvimento da alma do homem que, enquanto ainda estiver no corpo, estará se esforçando para 46 alcançar a união espiritual com Deus. São Paulo dizia que morria diariamente em Cristo. Quando chegamos ao Templo em que o grau de Malta deve ser trabalhado, passamos por certos emblemas que nos dizem indicar o nascimento, a vida, a morte, a ressurreição e a ascensão.
Estes são um resumo simbólico de toda a nossa carreira maçônica desde o momento em que entramos no Simbolismo até o momento em que finalmente somos nomeados um Cavaleiro de Malta. Além disso, a ressurreição é por si só um novo nascimento que pressupõe uma nova vida e, no mundo místico, devemos assim como São Paulo, estar preparados para morrer todos os dias em Cristo. O Malta, então, é um Grau de ressurreição mística e não física, sendo enfatizado pela ligação dos atos simbólicos com a verdadeira história dos antigos Cavaleiros de São João de Malta. Os símbolos na mesa devem ser estudados com esta chave, particularmente a da galé que levava as almas em segurança, embora se autodestruíssem. 
Nosso corpo morrerá um dia, mas se tivermos vivido corretamente, ele trará nossas almas em segurança às "Ilhas dos Bem-Aventurados". Isso é verdadeiro, seja vendo misticamente, ou em relação à vida no mundo da ação. Os sinais usados neste grau são certamente antigos, e o penal especialmente peculiar e significativo. Dificilmente poderia ter sido inventado no século XVIII. O sinal no grau Templário é mostrado na sala do Visconti Venosta, a que já nos referimos, e na mesma sala são vistas figuras que fazem o sinal dos Cavaleiros de Malta. A cor dos trajes Templários é branca com uma cruz vermelha, ou seja, o "Sangue do Cordeiro", no qual nos lavamos e ficamos tão brancos como a neve.
 Mas os de Malta são negros, com uma cruz branca: fora da noite negra da Alma, fora da escuridão da morte mística, a Cruz da Salvação se eleva, não mais uma cruz de sofrimento, mas da Glória resplandecente. 
OS GRAUS RESTANTES
Resta ainda outra Ordem de Cavalheirismo Cristão (Order of Christian Chivalry) e sua característica excepcional é que é a única Ordem aberta aos maçons ingleses que se propõe declaradamente a dar uma interpretação cristã do Simbolismo e do Arco Real. Os graus que constituem esta Ordem são: (A) Os Cavaleiros da Cruz Vermelha de Constantino (The Knights of the Red Cross of Constantine), e (B) Os Cavaleiros de São João e do Santo Sepulcro (The Knights of St. John and the Holy Sepulchre). 
Como a dos Cavaleiros Templários, esta Ordem tem o seu Quartel Principal no Mark Masons’ Hall (sede dos Maçons da Marca). O grau dos Cavaleiros da Cruz Vermelha de Constantino nos ensinam a conhecida história de como Constantino chegou a converter-se, mas a Preleção contém uma referência muito interessante ao Colégio Romano dos Arquitetos (Roman College of Architects), a quem pessoalmente considero antepassados diretos dos construtores Comacinos, de quem descende a Maçonaria. Devo admitir, no entanto, que eu exigiria provas bastante fortes para me convencer de que o próprio Constantino foi membro de um dos Colégios. Mas, em todo caso, este grau é apenas um passo para o grau realmente grande que é o dos Cavaleiros de São João e do Santo Sepulcro. Este grau parece ter sido originalmente consistido em três graus e ainda atualmente tem pelo menos três "pontos", embora estes possam ser interpretados como correspondentes a noviços, escudeiros e cavaleiros. 
As cerimônias são solenes, dramáticas e de profundo significado místico, mas sua característica mais marcante é uma tentativa 48 de explicar as Cerimônias do Simbolismo e do Arco Real em um sentido cristão. Aqueles que desejam conhecer esta interpretação podem consegui-la juntando-se a esses graus, não sendo uma boa ideia divulga-la, além de dizer que o Arquiteto do Templo é identificado com Cristo e os vários acontecimentos na história do nosso herói são interpretados de forma semelhante à luz da história cristã. O fato notável, no entanto, é de que aqui, definitivamente, somos informados de que nossas cerimônias têm um significado interno secreto e este é o único grau na Maçonaria inglesa, de que tenho ciência, que se empenha em dar o significado do Simbolismo e do Arco Real.
 
Os graus enumerados até aqui são os que podem ser chamados estritamente maçônicos, que estão abertos ao Maçom inglês comum, mas existem várias ordens paramaçônicas, ou Sociedades, como geralmente são chamadas, que, para todos os efeitos práticos são maçônicas, uma vez que exigem uma qualificação maçônica, e como outros graus maçônicos trabalham um ritual com secretos especiais.
 Estes são os que agora vamos considerar.
GRAUS PARA-MAÇÔNICOS
Monitor Secreto que funciona sob o Grande Conclave é um dos mais conhecidos dessas Sociedades, onde apenas Maçons são admitidos, e há dois graus e um grau da Cadeira, ou seja, um grau para dirigir os trabalhos. Unido a ele existe a Ordem doCordão Escarlate, que tem pelo menos sete graus. 
O verdadeiro objeto do Monitor Secreto é fortalecer os laços da Fraternidade e fazer cumprir o princípio de que um Irmão deve, sempre que possível, ajudar outro Irmão. Frequentemente os Conclaves são mais animados e calorosos do que o que se observa em média nas lojas de Londres, mas não há muito significado interno nas cerimônias e nenhuma lição muito valiosa será aprendida com eles. De um tipo bastante diferente é a Societas Rosicruciana in Anglia. 
Esta, como o Monitor Secreto, não admite ninguém que não seja Mestres Maçons, e seus dirigentes são membros eminentes do Simbolismo. Há nove graus e os mais altos são conferidos apenas pelo mérito. A Ordem sempre tem uma Preleção em cada uma de suas reuniões sobre algum assunto complexo. A Societas Rosicruciana, como é carinhosamente chamado por seus membros, afirma ter os mesmos objetos que os Rosa-cruzes Medievais, e parece provável que haja alguma conexão histórica. 
No entanto, não é o único corpo que apresenta essa afirmação, mesmo na Inglaterra, mas estes outros não são de modo algum maçônicos. 
 A Societas Rosicruciana também está vinculada à Ilustre Ordem de Luz que atualmente funciona apenas em Bradford, e com outra Ordem. Não é tanto que essas Ordens estejam sob o controle da Societas Rosicruciana mas os principais personagens em cada uma estão intimamente associados à Societas Rosicruciana e os membros dessas Ordens são procedentes apenas desta Sociedade. 
CONCLUSÃO
Assim, vimos que praticamente todos os graus na Maçonaria têm uma lição definida a ensinar e um significado interno para suas cerimônias. Alguns graus, sem dúvida, são mais importantes do que outros, mas o homem que nunca ultrapassou o Simbolismo ainda tem muito a aprender. Ainda não fez nenhum esforço real para recuperar o que foi perdido e, portanto, não conseguiu fazer um avanço diário no conhecimento maçônico. 
Se ele não tiver tempo de assumir todos os graus, pelo menos que tente completar o Segundo Grau, avançando no Grau da Marca, e obtenha uma resposta para a questão do que foi perdida, exaltando no Grau do Arco Real. Se ele já o fez e não foi mais longe, que não diga "Eu não penso muito nos Graus Superiores".
 
Até ele que os tenha tomado, ele não está em posição de formar qualquer tipo de opinião, e depois de ter feito terei certeza de que ele não mais falará com desdém de alguns dos maiores mistérios desta ou de qualquer época.
Fonte: http://www.freemasons-freemasonry.com/ward_HD_handbookfr.html
Or∴ São Paulo 11 de Outubro de 2020 E∴V∴
Hugo Souto∴ 
C∴I∴M∴ 181001
 M∴ M∴
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