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Trabalho sobre o texto "O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu"

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Alunos: Ludimila da Silva Lima – Matrícula: 2020107238
 Manoela Galvão Conceição – Matrícula: 2020107016
Turno: Vespertino
BASES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
APS
O homem que confundiu a mulher com um chapéu
Demanda:
⦁ Quem encaminha o paciente para o Dr. Sacks?
O oftalmologista do Dr.P que vendo problemas nas partes visuais do cérebro, 
encaminhou o paciente para um neurologista.
⦁ Qual alteração se observava no Dr. P.?
A alteração de que ele não conseguia criar imagens como um todo, seus olhos não se 
concentravam no rosto do doutor, e sim em algumas características visuais individuais 
como nariz, orelha direita e olho direito.
⦁ Existe a demanda do Dr. P. de ser avaliado?
Ele se considerava uma pessoa normal que somente cometia alguns erros, contudo ele 
não resistiu aos testes do Dr.Sacks.
Observações:
⦁ O que Dr. Sacks observou para, logo de início, descartar o diagnóstico de 
demência?
O Dr. Sacks observou que o Dr. P era um homem culto, simpático, que falava bem, 
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com fluência, imaginação e humor.
⦁ O que Dr. Sacks observa a respeito da percepção do Dr. P., detectando “algo 
estranho”?
Ele observou que o Dr. P parecia o encarar com os ouvidos e não com os olhos. 
Observou também que os olhos do Dr. P faziam estranhas fixações súbitas como se 
estivesse percebendo as características individuais, porém sem enxergar o rosto 
inteiro, e percebia alguma falha na interação normal entre olhar e expressão.
⦁ Quais auto-observações do Dr. Sacks, a partir de seus estados emocionais, 
propiciaram sua percepção do Dr. P.?
O Dr. Sacks percebia que o Dr. P fazia coisas que não eram consideradas “normais” 
(como quando achou que seu pé era o sapato e o sapato era o pé e como quando ele 
pega a cabeça de sua esposa achando que é o seu chapéu) e não apresentava 
estranhamento diante dessas ações, como se não percebesse o quão grave aquilo era.
Testes:
⦁ O que Dr. Sacks buscava investigar quando pediu que Dr. P. descrevesse 
fotografias de uma revista?
O Dr. Sacks buscava investigar o que exatamente o Dr. P via, analisando um cenário 
completo, já que havia percebido que suas capacidades oftalmológicas estavam 
perfeitas.
Conclusão:
⦁ Quais forças e dificuldades do paciente foram avaliadas pelo Dr. Sacks, quais 
dúvidas permaneceram e como ele se propôs a continuar a investigação?
O paciente possuía a acuidade visual boa, a capacidade de imaginar para completar 
cenários, uma audição excepcional, enxergar imagens abstratas ou uma característica 
marcante, o uso dos outros sentidos para conseguir “ver” as coisas reais, como a 
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audição, o olfato e o tato.
O paciente não conseguia enxergar o todo, se focando apenas em características 
específicas, dificuldades com o lado esquerdo tendo reflexos ligeiramente anormais e 
não conseguindo imaginar objetos deste lado, confusão entre elementos o tornando 
incapaz de distinguir rostos familiares e desconhecidos e objetos completos 
enxergando apenas os detalhes deles, ou seja, agnosia
As dúvidas seriam como explicar a sua incapacidade de julgamento cognitivo do 
paciente, a falta de seu julgamento próprio, podendo ser ou pela falta de informações 
visuais ou seria pelo próprio Dr.P onde ele não conseguia relacionar os elementos que 
viam para construir o todo. De como ele percebia o mundo tendo uma imagem visual 
perdida.
Inicialmente, passou a procurar explicações para as dúvidas deste caso, tentando 
conectar as teorias da neurologia clássica de Macrae e Goldstein e casos como a 
psicose de Korsakov ou síndromes do lobo frontal focando em explicar a capacidade 
de discernimento. Chegando a uma certa conclusão através da analogia do cérebro ser 
uma máquina ou um computador, conceitos apresentados por Kant e Hughlings 
Jackson. Criando assim, certas associações desta necessidade do concreto, pela falta 
do visual, com a neurologia e a psicologia, ciências que se esquivam do modelo 
clássico. No futuro, após a conclusão do livro, ele encontrou casos semelhantes, 
descrito no artigo por Macrae e Trolle, além de uma vasta literatura de agnosia visual 
e conhecer o Dr. Andrew Kertesz, que publicou sobre pacientes desse tipo 
encontrando assim outros casos que também sofreram desta mesma agnosia.
Visita à casa do Dr. P.
Avaliação:
⦁ Quais funções psicológicas foram investigadas pelo Dr. Sacks e através de 
que meios (que testes)?
O Dr. Sacks, em sua visita a casa do Dr. P investigou as funções de atenção, memória, 
pensamento e percepção. Também procurou investigar as funções do lobo occipital e 
parietal, usando poliedros, caricaturas, cenas de um filme famoso além de fotos de 
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pessoas de sua família para que nomeasse. 
⦁ Como vocês avaliam as seguintes funções do Dr. P.:
⦁ Percepção: visual, auditiva e tátil?
O Dr. P possuí a percepção visual comprometida quando precisava interpretar rosto e 
cenários, principalmente imagens e objetos que estivessem localizados à sua esquerda. 
A percepção tátil não havia sido afetada e a percepção auditiva, que havia sido 
aperfeiçoada ao longo dos anos por causa do seu dom musical, estava perfeita e não 
havia sido afetada pela doença.
⦁ Atenção geral e, em particular, atenção a estímulos visuais?
Dr. P não conseguia focar em coisas que não fossem características específicas e 
separadas do todo (como quando fala sobre o queixo e os dentes grandes do irmão 
Paul mas não o consegue identificar se não for por essa especificidade).
⦁ Memória geral e memória específica: visual e verbal?
A memória verbal não foi afetada, entretanto a memória visual foi gravemente afetada 
pois o Dr. P não conseguia visualizar rostos e cenas e quando foi solicitado pensar em 
uma determinada rua, só conseguia lembrar dos prédios e construções que faziam 
parte do lado direito, revelando que os déficits eram externos e internos, como na 
imaginação visual.
⦁ Linguagem (compreensão e expressão, leitura de partitura musical)?
O paciente desenvolveu uma nova forma de linguagem para que conseguisse se 
expressar por meio dos outros sentidos, como por exemplo, quando ele veste a luva 
para poder identificá-la, cheira a flor para responder que é uma rosa e cantarola 
durante suas ações para que conseguisse executá-las. O Dr. P já não conseguia mais 
ler partituras, só era capaz de reconhecê-las através da audição.
⦁ Inteligência?
A inteligência do Dr. P se manteve perfeita, sem danos relacionados à sua condição, 
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continuou lecionando na faculdade apesar de ter mudado as formas de expressar sua 
inteligência.
⦁ Adaptação ao ambiente doméstico, de trabalho e social?
Para se adaptar aos ambientes sociais, doméstico e de trabalho o paciente precisou 
desenvolver uma forma de manter o foco na atividade que estava desempenhando e 
conseguiu fazer isso cantarolando enquanto executava as ações. Sua habilidade de 
adaptação foi um aspecto importantíssimo para que a vida de Dr. P não fosse tão 
afetada.
⦁ Aspectos afetivos emocionais (com a esposa)?
Em relação aos aspectos emocionais, a esposa de Dr. P sempre esteve presente o 
apoiando, sempre paciente. Ela já estava acostumada com as confusões do seu marido 
em relação a reconhecer objetos e o ajudava sempre que podia. O convívio entre eles 
era agradável e harmonioso.
Encaminhamento:
⦁ Que orientação vocês dariam ao caso? 
Diferente de Sacks que apesar de todo diagnóstico, não conseguiu determinar se a 
personalidade do paciente de fato afetasse ou não seu julgamento, de início faria uma 
testagem psicológica assim determinando uma amostra do seu comportamento e uma 
avaliação psicológica coletando seus dados através da observação, entrevista semi-
estruturada de triagem e diagnóstica além de testes para determinar o estado de sua 
mente e seu ssentidos para fazer uma estimação psicológica.
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