Buscar

- 4- Temas Transversais em Direito

Prévia do material em texto

- -1
PROJETO INTEGRADOR: TEMAS 
TRANSVERSAIS EM DIREITO
CAPÍTULO 4 - COMO AGIR NO PRESENTE 
PARA GARANTIR A TODOS UM FUTURO 
MELHOR?
Maíra Souto Maior Kerstenetzky
- -2
Introdução
A humanidade, ao longo de sua existência, passou por diversos estágios evolutivos. Com essa evolução,
percebemos que os recursos sociais e naturais não são inesgotáveis, verificando-se a necessidade de preservá-
los.
Na maior na maior parte das vezes, a ideia de evolução da humanidade está associada à evolução industrial e
digital, em que cada vez mais os seres humanos distanciam-se um dos outros e, ao mesmo tempo, exploram a
natureza sem pensar em sua conservação. Por outro lado, algumas pessoas, entendendo que os recursos naturais
e sociais podem se extinguir, preocupam-se com a vida presente e futura no planeta e procuram soluções que
conectem a preservação da natureza e as atividades humanas.
Assim, chegamos ao conceito de sustentabilidade. Contudo, a concepção de sustentabilidade não pode ser
reduzida à ideia atrelada à preservação do meio ambiente. A sustentabilidade associa-se também às atividades
humanas que se prolongam no tempo, transcendendo as gerações. Junto com a sustentabilidade, surgem as
concepções de responsabilidade social, econômica e ambiental.
Dessa maneira, podemos indagar: Qual é o conceito de sustentabilidade? Quais são os benefícios de adotarmos
ações sustentáveis? Quando e onde o conceito de sustentabilidade começou a ser empregado?
Acompanhe o conteúdo com atenção para conseguir responder a essas questões. Bons estudos!
4.1 O tripé da sustentabilidade
Os impactos sofridos pela natureza em todo o planeta originaram-se na explosão demográfica e agravaram-se
devido à falta de conscientização e educação ambiental. Por isso, não se pode pensar sustentabilidade apenas na
esfera do meio ambiente. A sustentabilidade deve ser pensada também no âmbito social e econômico. Isso
significa dizer que as três esferas do desenvolvimento sustentável, devem ser analisadas conjuntamente. Você
sabe quais são estas esferas? Clique nos itens para conhecê-las.
• 
Meio ambiente
• 
Economia
• 
Sociedade
Assim, para a construção de uma consciência ecológica, é necessário que sejam solucionados outros problemas
que estão intimamente ligados ao meio ambiente e não apenas aqueles atrelados à fauna e a flora. Dessa
maneira, discutiremos a sustentabilidade e tudo o que ela representa para a área socioeconômica que, direta ou
indiretamente, influenciam no ambiente que vivemos e desenvolvemos nossas atividades.
4.1.1 Conceito de sustentabilidade
Inicialmente, o conceito de sustentabilidade começou a ser empregado na Conferência das Nações Unidas sobre
o Meio Ambiente Humano, ocorrida em Estocolmo, em 1972, resultando no documento denominado “Nosso
Futuro Comum”. Podemos dizer que sustentabilidade é uma característica ou uma condição de um processo ou
de um sistema que possibilita a sua permanência. Assim, para que o ser humano continue a existir, deverá
preservar o meio ambiente à sua volta, não comprometendo os recursos naturais e, possibilitando conservação
para as gerações futuras (SILVA, 2010).
Além disso, a sustentabilidade pode ser definida como “um meio de vida ou uma forma de viver que, devido à sua
•
•
•
- -3
para as gerações futuras (SILVA, 2010).
Além disso, a sustentabilidade pode ser definida como “um meio de vida ou uma forma de viver que, devido à sua
complexidade, não permite uma descrição por completo. Trata-se de um modo de pensar e de agir para as
pessoas, sociedades e comunidades do presente e do futuro” (SILVA, 2010, p. 37).
Figura 1 - A sustentabilidade é difícil de ser definida, pois envolve diversas relações do ser humano com o meio à 
sua volta.
Fonte: SILVA, 2010, p. 38.
Considerando todas as relações humanas que se desenvolvem no meio social e tudo que decorre delas, podemos
afirmar que a sustentabilidade, como maneira de preservar o mundo para as gerações futuras, “compatibiliza, no
tempo e ao longo dele, e também no espaço, o crescimento e a eficiência econômica, a conservação ambiental, a
qualidade de vida e a equidade social, partindo de um claro compromisso com o futuro e com a solidariedade
entre gerações” (BUARQUE, 1999 apud SILVA, 2010, p. 41).
Figura 2 - A sustentabilidade é pensada como juma forma de preservar o planeta (nas esferas econômica, social e 
ambiental) para as gerações futuras.
Fonte: Romolo Tavani, Shutterstock, 2019.
- -4
Fonte: Romolo Tavani, Shutterstock, 2019.
Nessa ótica, é importante perceber que os seres humanos, junto com o meio ambiente, evoluem de acordo com o
tempo, a história e o espaço em que se encontram. É quase uma relação dialógica, à medida que tanto a
humanidade muda de acordo com o espaço-tempo que vive, quanto o espaço também poderá ser alterado de
acordo com o indivíduo que nele habita. E, assim, faz-se necessária a preservação do meio para que seja possível
uma vida harmônica e saudável nos seus mais diversos aspectos.
Diante dos diversos conceitos apresentados, podemos afirmar que a sustentabilidade é composta por três
pilares: , e . É o que veremos detalhadamente a seguir.social econômico ambiental
4.1.2 Conexão entre sociedade, economia e meio ambiente
Hoje, o conceito de sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável mais utilizado é o de Gisbert Glaser
(MARIOTTI, 2013). Ele afirma que desenvolvimento sustentável “é ‘um alvo móvel’ e corresponde ao esforço
constante para equilibrar e integrar três pilares: ‘bem-estar social, prosperidade econômica e proteção
ambiental’” (MARIOTTI, 2013, p. 61). Mais detalhadamente,
[...] o ambiente refere-se aos processos de sustentação da vida (sistemas) da terra e seus recursos
naturais. A economia inclui aspectos como a oferta de trabalho, renda e riqueza individual e coletiva
resultantes da atividade econômica. Saúde e bem-estar social referem-se a dimensões tais como: a
saúde física, psicológica, espiritual e social em geral e o bem-estar de indivíduos, famílias e
comunidades (DIAS, 2015, p. 44).
Na ótica empresarial e dos negócios, de acordo com Dias (2015, p. 42), John Elkington, estabeleceu que toda
empresa deve ter noção do que gera e do que destrói no ambiente em que estão situadas e, nesse sentido,
[...] seu argumento era de que as empresas devem se preparar para enfrentar três responsabilidade
diferentes nos negócios. Uma delas é a responsabilidade tradicional do lucro corporativo, a questão
de lucros e perdas. A segunda é a de uma empresa responsável socialmente preocupada com as
pessoas, uma medida da forma ou do grau de responsabilidade social de como uma organização age
em suas operações. A terceira é a que trata da empresa responsável com o planeta, uma medida de
quão ambientalmente responsável tem sido a organização (DIAS, 2015, p. 42).
Nesse sentido, o bem-estar social, como um dos pilares da sustentabilidade, pode ser visto por meio da
alteridade, ou seja, do reconhecer-se no outro, mesmo que esse outro seja diferente. Isso tornaria as relações
sociais mais harmoniosas, diminuindo as causas de conflitos, a auto e a heterodestruição da humanidade. Um
exemplo são as guerras, nas quais ocorrem diversas mortes e situações capazes de gerar transtornos mentais e
comportamentais que causam quadros depressivos e suicídios. Tais acontecimentos costumam dizimar parcelas
da população.
- -5
Figura 3 - As três dimensões da sustentabilidade (econômica, social e ambiental) só se efetivam quando há 
participação.
Fonte: DIAS, 2015, p. 45.
A partir do conceito de sustentabilidade, podemos entender que quando se fala em promover o desenvolvimento
econômico, é porque vivemos num modo de produção capitalista em que o consumo é o propulsor. Contudo, esse
consumo não deve ser desenfreado.
Na esfera econômica, a sustentabilidade representa uma melhor distribuição de renda. Isso possibilita um
aumento do poder aquisitivo da população, elevando-se o poder de compra e melhorando-se o padrão e a
qualidade de vida das pessoas. Com isso,alcança-se a consciência ecológica, ou seja, a conservação dos recursos
naturais.
- -6
Figura 4 - As decisões tomadas hoje por uma pessoa ou grupo de pessoas impactam no futuro das novas 
gerações.
Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2019.
Por fim, na esfera ambiental, a sustentabilidade se traduz em um ambiente “em que os recursos da Terra são
capazes de sustentar a vida dos ecossistemas, a saúde e o progresso aceitável de forma renovável” (DIAS, 2015,
p. 45).
4.2 Responsabilidade socioeconômica
No art. 170 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), a responsabilidade socioeconômica é prevista nos seguintes
termos: “a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social”. Aqui, devem ser observados alguns
princípios. Clique na interação a seguir para saber quais são eles.
Função social da propriedade.
Livre concorrência.
Defesa do consumidor.
Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Redução das desigualdades regionais e sociais.
Busca do pleno emprego.
Saiba mais sobre a responsabilidade social a seguir.
4.2.1 Responsabilidade social
Entre os meios de alcance da sustentabilidade, destacamos algumas revelações do comportamento das pessoas e
das organizações, como a responsabilidade social e as políticas públicas. Esses esforços possuem um único fim e
merecem atenção para que seja verificado se estão contribuindo ou não para a sustentabilidade (SILVA, 2010, p.
- -7
merecem atenção para que seja verificado se estão contribuindo ou não para a sustentabilidade (SILVA, 2010, p.
36).
Podemos verificar que a responsabilidade social se mostra fundamental para o desenvolvimento da sociedade,
uma vez que por meio dela é possível desenvolver a ética, o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da
comunidade humana, gerando-se, assim, um crescimento econômico saudável para todos. Dessa maneira,
[...] o sentido de responsabilidade social descreve como as pessoas sentem que têm uma
responsabilidade compartilhada em relação a determinados problemas econômicos, sociais e
ambientais, e sua disposição em participar na resposta coletiva que deve ser dada para solucioná-los
(DIAS, 2015, p. 62).
Assim, a responsabilidade social das empresas e demais organizações ganha cada vez mais adeptos, seja por
obrigações advindas da legislação ou por pressão social e midiática. Contudo, é importante compreender que a
prática da responsabilidade social vai além da simples tarefa de cuidar do meio ambiente. Para uma atividade
empresarial ser considerada socialmente responsável, ela deverá diminuir a exclusão social, contribuindo para a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária, ou seja, deverá ir além da obrigação de respeitar a
legislação.
4.2.2 Responsabilidade econômica
Considerando o desequilíbrio ecológico, as crises financeiras e as enormes desigualdades sociais, a
sustentabilidade é vista como uma solução à crise ambiental, econômica e social pela qual passa a humanidade.
Assim, o pensamento sustentável, lentamente, tem sido incutido na vida das pessoas, da sociedade e do Estado.
Silva (2010, p. 80) afirma que “a inobservância de padrões mínimos de racionalidade na gestão do Estado nas
últimas décadas, principalmente nos países em desenvolvimento, é uma das principais responsáveis pela atual
crise econômica e financeira, na qual muitos deles se encontram”. Contudo, essa situação tende a se transformar,
uma vez que a sociedade e o Estado estão em constante mudança e crescimento.
Dessa forma, diversos setores produtivos iniciaram sua reestruturação com base na concepção sustentável,
integrando as questões econômicas, sociais e ambientais. Assim, as empresas continuariam com seu principal
objetivo, qual seja a obtenção do maior lucro possível, sem, contudo, deixar de promover a conservação do meio
ambiente para as gerações presentes e futuras.
Não há como evitar o desenvolvimento econômico. No entanto, cabe às empresas deixarem de gerar tão somente
o lucro relativo às questões econômicas, mas alinharem-no às dimensões sociais e ambientais. Isso faz com que
elas permaneçam e sobrevivam ao mercado, no qual há cada vez mais concorrência, bem como contribuam com
VOCÊ SABIA?
Os Livros Verdes são documentos publicados pela Comissão Europeia e destinados a promover
uma reflexão sobre um assunto específico, convidando as partes interessadas a participar de
um processo de consulta e debate com base nas propostas que apresentam. Em 2001, a
responsabilidade social foi definida no Livro Verde como um conceito pelo qual as empresas
decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente
mais limpo (UNIÃO EUROPEIA, 2001). Confira:
<https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?qid=1550087943571&uri=CELEX:
>.52001DC0366
- -8
o lucro relativo às questões econômicas, mas alinharem-no às dimensões sociais e ambientais. Isso faz com que
elas permaneçam e sobrevivam ao mercado, no qual há cada vez mais concorrência, bem como contribuam com
a sociedade e com a preservação do meio ambiente.
Inclusive, o art. 170 da Constituição Federal (BRASIL, 1988) dispõe sobre a necessidade de se valorizar a livre
iniciativa e o trabalho humano, a fim de assegurar aos empresários, trabalhadores e clientes condições
financeiras para viver com dignidade. Entendemos, assim, que a lei fundamental brasileira previu expressamente
a sustentabilidade econômica das empresas (BRASIL, 1988).
4.3 Responsabilidade ambiental
Sabemos que a sustentabilidade ambiental surgiu como uma forma de garantir que haja equilíbrio nas ações
humanas em relação ao meio natural. Nesse sentido, o esforço é para se manter um ambiente ecologicamente
equilibrado, capaz de assegurar uma vida digna para todas as pessoas, a fauna e a flora e, principalmente, a
utilização sustentável dos recursos naturais pelas empresas. Também prevê a obediência à legislação, os
impactos ambientais nas atividades das empresas, a gestão de resíduos líquidos e sólidos, tecnologias limpas,
reciclagem e educação ambiental dentro das empresas.
Dessa maneira, é importante perceber que a Constituição Federal (BRASIL, 1988), bem como outras legislações
nacionais, estimulam a adoção da sustentabilidade ao prever a necessidade de as empresas realizarem práticas
ambientalmente sustentáveis sem, contudo, excluir aspectos socioeconômicos.
4.3.1 Desenvolvimento sustentável
O conceito de desenvolvimento sustentável consolidou-se na ECO-92 (Conferência sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento), realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Podemos defini-lo como “uma ideia de um mundo onde
as pessoas protegem o meio ambiente ao desenvolver suas atividades do dia a dia [...]” e exige “um conhecimento
mais detalhado sobre os recursos naturais, as capacidades dos ecossistemas e interações entre os sistemas
sociais, econômicos, políticos e ambientais” (DIAS, 2015, p. 43). Nessa ótica,
[...] existem organizações e culturas predatórias e organizações e culturas susten- táveis. A diferença
é que as sustentáveis aprendem e evoluem. Aprendem por meio de suas interações com o ambiente e
assim sabem que precisam preservá-lo, o que é condição fundamental para sua sustentabilidade
/longevidade. As organizações predatórias destroem o meio ambiente e com isso destroem também
suas possibi- lidades de sustentabilidade. A sustentabilidade é um fenômeno do mundo natural. O
desenvolvimento sustentável é um fenômeno cultural. A natureza não precisa do homem para ser
sustentável. Mas as práticas ditas sustentáveis precisam, pois são uma forma humana de continuar a
explorar a natureza, que deveriam incluir a preocupação de até quando isso pode ser feito sem gerar
prejuízos de parte a parte. (MARIOTTI, 2013, p. 100).
Com isso, se pode pensar o desenvolvimento sustentável apenas pelos vieses tecnológicos efinanceiros.
Devendo-se, também, pensar em outros dois fatores principais, a auto e a heterodestrutividade humana e a ideia
de separação sujeito-objeto (MARIOTTI, 2013, p. 134).
O desenvolvimento sustentável é o meio para a sustentabilidade e, assim, só́ é possível verificá-lo se as pessoas,
as organizações e as instituições estiverem envolvidas por um objetivo que direciona seus comportamentos para
a sustentabilidade. Desse modo, ele pode ser entendido como um amadurecimento. Assim como as pessoas se
desenvolvem e amadurecem com relação ao conhecimento, as pessoas, as organizações e as instituições também,
mas nos esforços para a sustentabilidade. Contudo, é preciso ser sustentável para alcançar a sustentabilidade
(SILVA, 2010, p. 39).
- -9
O desenvolvimento sustentável também “pode ser visto ainda como um processo de transformação que ocorre
de forma harmoniosa nas dimensões espacial, social, ambiental, cultural e econômica, partindo do individual
para o global” (SILVA, 2005 apud SILVA, 2010, p. 42). 
Por fim, é importante salientar que o princípio do desenvolvimento sustentável tem escopo no art. 225 da
Constituição Federal, de 1988. Ainda, o conjunto de leis ambientais brasileiras estabelece esse princípio como
basilar. Por exemplo, o art. 2º, II, da Lei n. 9.433/97 (Lei de Gerenciamento de Recursos Hídricos) e o art. 4º, IV,
da Lei n. 9.985/2000 (Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza).
4.3.2 Responsabilidade intergeracional
Inicialmente, é importante destacar que o art. 225 da Constituição Federal de 1988 prevê que “têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações” (BRASIL, 1988).
Analisando o referido dispositivo legal, pode-se observar que o meio ambiente foi instituído pelo Texto
Constitucional como um direito fundamental de toda e qualquer pessoa. Já o art. 5º, XXXV, estabelece que é de
todos os cidadãos o direito de procurar o Poder Judiciário para proteger o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado contra lesão ou ameaça. É interessante observar que ordenamento jurídico
brasileiro dispõe expressamente sobre o princípio da responsabilidade intergeracional, sem deixar qualquer
dúvida ou lacuna sobre o assunto, evidenciado, porém, a necessidade de políticas públicas e ações afirmativas
nessa área.
VOCÊ SABIA?
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada
de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque
marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável
para as próximas décadas. Saiba mais em:
< >.http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20.html
- -10
Figura 5 - A responsabilidade intergeracional diz respeito ao fato de que a sociedade deve defender e preservar o 
ambiente em que vive para as presentes e futuras gerações.
Fonte: Dmitry Naumov, Shutterstock, 2019.
A expressão “presentes e futuras gerações”, presente no Texto Constitucional (BRASIL, 1988), remete ao fato de
que toda e qualquer pessoa seria titular do direito humano e fundamental ao meio ambiente ecologicamente
equilibrando. E, assim, prevê que tal direito é ao mesmo tempo de cada um, pertencente à geração presente, bem
como daqueles viveram as gerações passadas e daqueles que farão parte das futuras geração. Traduzindo-se,
dessa maneira, a expressão “responsabilidade intergeracional”.
Figura 6 - A empresa sustentável é aquela que realiza ações nas esferas econômicas, sociais e ambientais.
Fonte: Shutterstock, 2019.
- -11
Logo, podemos concluir que o conceito de sustentabilidade perpassa a prática da indivisibilidade e
interdependência nos âmbitos econômicos, sociais e ambientais. Além disso, chegamos à conclusão de que as
responsabilidades econômicas, sociais e ambientais de todos os setores da sociedade, públicos ou privados,
devem passar de geração em geração, para que seja possível preservar os recursos naturais e sociais para todos
que deles necessitarem.
4.4 Prevenção, controle e punição do crime ambiental
Entendendo que há a necessidade de as empresas adotarem políticas sustentáveis nas áreas sociais, econômicas
e ambientais foram editadas diversas leis, normas e regras estabelecendo parâmetros de sustentabilidade a
serem seguidos. Contudo, mesmo existindo todo esse arcabouço normativo, muitas empresas não o obedecem,
gerando assim a degradação socioambiental, bem como crises econômicas.
Logo, mesmo entendendo que o Direito Penal deve ser , ou sejam última opção, em algumasultima ratio
situações, não há outra opção senão aplicá-lo. Assim, nasce a Lei n. 9.605/1998, a Lei de Crimes Ambientais para
punir penalmente aquelas empresas que não seguirem padrões sustentáveis, objetivando a preservação do meio
ambiente e da vida humana no planeta.
4.4.1 Licenciamento e zoneamento ambiental
As normas de licenciamento e zoneamento ambiental encontram-se no art. 10 da Lei n. 6.938/81, que determina:
[...] a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento
de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter
supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis (BRASIL, 1981).
No mesmo sentido, o art. 2º da Resolução CONAMA n. 237/1997 (BRASIL, 1997), prevê que
[...] a localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras,
bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras
licenças legalmente exigíveis.
Assim, qualquer atividade ou empreendimento que, por qualquer motivo possa causar poluição, deverá se
submeter a prévio licenciamento ambiental.
- -12
A natureza jurídica do licenciamento ambiental pode ser verificada no art. 1º, I da Resolução CONAMA n. 237
(BRASIL, 1997), transcrito abaixo:
Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.
Por sua vez, Silva (2015, p. 254) elucida que a legislação ambiental brasileira prevê a três espécies de licenças
ambientais, nos termos do art. 8º da Resolução CONAMA n. 237/1997. Clique nos itens a seguir para conhecê-las.
I - Licença
Prévia (LP)
Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando
sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos
básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação 
(BRASIL, 1997).
II - Licença de
Instalação (LI)
Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante (BRASIL, 1997).
III - Licença de
Operação (LO)
Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo
cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e
condicionantesdeterminados para a operação (BRASIL, 1997).
Além disso, no Brasil, vigora a Lei n. 9.985/2000, a qual institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
da Natureza. Entre seus principais objetivos, está a conservação de variedades de espécies biológicas e dos
recursos genéticos, a preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais e a promoção do
desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais.
Outra importante lei nessa esfera é a Lei n. 6.766/1979 (Lei do Parcelamento do Solo Urbano), a qual estabelece
regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas em que a poluição
representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços.
VOCÊ QUER LER?
A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de
sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica. Leia mais em:
< >.http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21
- -13
Podemos concluir, portanto, que a licença ambiental é o documento por meio do qual o órgão competente
determina regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem seguidas pelas empresas em
geral, as quais deverão assumir compromissos para a manutenção do ambiente no qual estão instaladas. Além
disso, devem assumir os riscos de eventuais degradações ambientais que possam acontecer devido às suas
atividades.
VOCÊ QUER LER?
Chico Mendes - Crime e castigo (VETURA, 2003) reúne reportagens escritas por Zuenir
Ventura a respeito do maior líder ambientalista que o Brasil já teve, assassinado em 22 de
dezembro de 1988. No início de 1989, o autor havia sido enviado para realizar uma série de
reportagens sobre esse assassinato. Quinze anos depois, em 2003, o autor e repórter, retornou
à região para concluir a grande reportagem sobre o herói dos Povos da Floresta.
- -14
4.4.2 Política ambiental
Política Ambiental é um conjunto de ações que possuem o objetivo de preservar o meio ambiente e garantir o
desenvolvimento sustentável do planeta, devendo ser realizada pelas empresas e pelos governos. As decisões
políticas tomadas nesse sentido são lançadas para promover ações, e, também, subsidiar a criação de legislações
específicas.
Nesse sentido, o governo brasileiro criou a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), que “tem a
finalidade de promover a responsabilidade socioambiental, a adoção de procedimentos de sustentabilidade e
critérios socioambientais nas atividades do setor público” (BRASIL, 2018). Embora vise a preservação do meio
ambiente, o referido programa não tem caráter obrigatório, sendo facultativa a sua aderência pelos órgãos
públicos, em suas três instâncias (federal, estadual e municipal), bem como pelos três poderes da República
(Executivo, Legislativo e Judiciário).
Na esfera privada, as empresas devem implementar as normas do ISO 14001, obtendo o certificado. Dessa
maneira, foi elaborada a ABNT NBR ISO 14001 pelo Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental e pela Comissão de
Estudo de Gestão Ambiental. De acordo com esse documento: “as normas de gestão ambiental têm por objetivo
prover as organizações de elementos de um sistema da gestão ambiental (SGA) eficaz que possam ser integrados
a outros requisitos da gestão, e auxiliá-las a alcançar seus objetivos ambientais e econômicos” (ABNT, 2015).
Logo, não se pretende, com tais normas, criar obstáculos ao crescimento empresarial.
Clique na interação a seguir para conhecer as principais leis que regem a política ambiental no Brasil.
Nesse sentido, o Brasil publicou a Lei n. 12.305/2010, a qual institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), estabelecendo diretrizes à gestão integrada e ao gerenciamento ambiental adequado dos resíduos
sólidos. Ela propõe regras para o cumprimento de seus objetivos em amplitude nacional e interpreta a
responsabilidade como compartilhada entre governo, empresas e sociedade. Além disso, estipula que todo
resíduo deverá ser processado apropriadamente antes da destinação final, e que o infrator está sujeito a penas
passivas, inclusive, de prisão (BRASIL, 2010).
No Brasil, também vigora a Lei n. 11.445/2007, a qual estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico e
versa sobre todos os setores do saneamento (drenagem urbana, abastecimento de água, esgotamento sanitário e
resíduos sólidos) (BRASIL, 2007).
Ainda, no que concerne à legislação ambiental brasileira, temos a Lei n. 6.938/1981, a qual institui a Política e o
Sistema Nacional do Meio Ambiente e determina, dentre outras coisas, que o poluidor é obrigado a indenizar os
danos ambientais que causar, independentemente da culpa, e que o Ministério Público pode propor ações de
responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, como a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos
causados (BRASIL, 1981).
Por fim, a Lei n. 12.187/2009 estabeleceu a Política Nacional sobre Mudança do Clima e oficializou o
VOCÊ O CONHECE?
Sônia Bone Guajajara, registrada civilmente como Sônia Bone de Souza Silva Santos, nasceu na
terra Indígena Arariboia, no Maranhão, em 1974. Conhecida líder indígena brasileira, é
formada em Letras e em Enfermagem, especialista em Educação especial pela Universidade
Estadual do Maranhão. Atualmente, atua na luta pela demarcação de terras na Amazônia.
- -15
Por fim, a Lei n. 12.187/2009 estabeleceu a Política Nacional sobre Mudança do Clima e oficializou o
compromisso do Brasil junto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima e redução de
emissões de gases de efeito estufa. O objetivo era reduzir entre 36,1% e 38,9% das emissões projetadas até 2020
(BRASIL, 2009).
A seguir, falaremos sobre os crimes ambientais. Vamos lá?!
4.4.3 Crimes ambientais
De acordo com o art. 225 da CRFB/1988, o meio ambiente é um bem fundamental à existência humana e, como
tal, deve ser assegurado e protegido para uso de todas as pessoas. O fato de ser considerado um direito humano
e fundamental impõe ao Estado e à sociedade a responsabilidade pela proteção ambiental (SILVA, 2015, p. 148).
A Constituição Federal de 1988 previu a responsabilização do ofensor devido ao dano ambiental nas esferas civil,
administrativa e penal. Nos termos do §3° do artigo 225 do Texto Constitucional, “as condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente podem sujeitar os infratores, pessoas físicas ou jurídicas,
simultaneamente ambiental a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os
danos causados” (SILVA, 2015, p. 156).
Nessa ótica, é importante trazer o conceito legal de meio ambiente. Conforme o art. 3º, I da Lei 6.938/1981, meio
ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
CASO
Nos autos do Processo n. 2001.61.05.001829-7, que tramitou perante a 1ª. Vara Federal de
Campinas, Valdir Bondini, por meio do instituto da transação penal, se comprometeu a pagar a
quantia de três salários mínimos ao centro CORSINI e a promover a recuperação da área
degradada por meio de um PRAD. A prestação pecuniária foi paga, todavia, depois de
transcorridos quase cinco anos da homologação da transação penal. Além disso, Valdir não
cumpriu integralmente a obrigação de recuperar as áreas degradadas conforme o PRAD
apresentado, fato que motivou o IBAMA a ajuizar uma ação civil pública. Ao final, o Poder
Judiciário entendeu pela responsabilidade civil de Valdir, que decorreu do fato dele ser o
responsável pela empresa Cerâmica Bodini Ltda, causadora de impacto ambiental, bem como
por ser proprietário do imóvel denominado Sítio Capotuna, sendo, portanto, cabível a
condenação ao pagamento de indenização pelos danos ambientais causados, haja vista a
legislação ambiental vigente e a teoria da reparação integral do dano.
- -16
Figura 7 - A Lei n. 9.605/1998 indica que causar poluição de qualquer natureza em níveis que possam resultar 
em danos à saúde humana, mortandade deanimais ou destruição da flora, é crime ambiental.
Fonte: maxim ibragimov, Shutterstock, 2019.
Dessa forma, consideramos crime ambiental todo e qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que
compõem o ambiente, sejam eles, flora, fauna, recursos naturais e o patrimônio histórico-cultural. Assim, a
violação do bem protegido pela lei, será passível de penalização.
A lei que tipifica as condutas violadoras ao direito ao meio ambiente é a Lei n. 9.605/1998 (Lei de Crimes
, a qual dispõe sobre as sanções penais e administrativas advindas de condutas e atividades lesivasAmbientais)
ao meio ambiente (BRASIL, 1998). Quanto à responsabilização penal das pessoas físicas, importante verificar o
que enuncia o artigo 2° da Lei n. 9.605/1998.
Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a
estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro
de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica,
que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir
para evitá-la (BRASIL, 1998).
A lei trouxe uma grande inovação no que concerne à responsabilização criminal das pessoas jurídicas que
causarem danos à natureza (SILVA, 2015, p. 701). Nesse sentido, o art. 3° da Lei de Crimes Ambientais também a
prevê expressamente que:
[...] as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal
ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade (BRASIL, 1998).
Silva (2015, p. 702) nos ensina que “para que haja responsabilização penal da pessoa jurídica, a infração deve ter
sido cometida no interesse ou benefício da entidade e por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de
seu órgão colegiado”.
- -17
Assim, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605/1998), os crimes ambientais são classificados em
crimes contra a fauna (arts. 29 a 37), a flora (art. 38 a 53), poluição e outros crimes ambientais (art. 54 a 61) e
contra a administração ambiental (art. 66 a 69) (BRASIL, 1998). De acordo com Silva (2015, p. 704), a pena base
deverá ser fixada a partir dos critérios estabelecidos pelo art. 6° da Lei n. 9.605/1998, a serem verificados pelo
juiz. Saiba quais são eles clicando nos itens a seguir.
Gravidade do fato: importante observar que, diferentemente do art. 59 do Código Penal (que trata dasa) 
consequências para a vítima), o inciso I do artigo 6° da Lei 9.605/98 determina que seja analisada a gravidade do
fato para o meio ambiente e para a saúde pública (BRASIL, 1998).
Antecedentes ambientais do infrator: o juiz analisará se o réu tem bons ou maus antecedentes no que seb) 
refere ao cumprimento das normas ambientais de uma maneira geral, e não apenas em relação às infrações
previstas na lei 9.605/98. Assim, uma autuação administrativa configura maus antecedentes ambientais por
descumprimento à legislação ambiental, apesar de sequer ter sido instaurada ação penal (BRASIL, 1998).
 Situação econômica do infrator, nos casos de pena de multa (BRASIL, 1998).c)
Por fim, vemos que o rápido crescimento das cidades e, consequentemente, da urbanização e industrialização
causaram problemas ambientais e socioeconômicos gravíssimos. Isso porque, por muito tempo, as atividades
produtivas não observaram as práticas sustentáveis. Assim, verificamos a necessidade de desenvolver
estratégias para diminuir o impacto negativo das atividades humanas sobre o meio ambiente e vice-versa.
Síntese
Neste capítulo, você pôde ver que o crescimento da populacional atrelado à sua produtividade, não observando
padrões sustentáveis de consumo, pressiona cada vez mais o planeta, o qual, por sua vez, fica cada vez mais sem
condições de sustentar as vidas humanas e os recursos naturais.
Neste capítulo, você também percebeu que são inúmeros os meios utilizados para assegurar o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado. Para isso, verificamos as possíveis soluções sustentáveis para as crises
nos âmbitos social, econômico e ambiental.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• aprender o conceito de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável;
• compreender o tripé da sustentabilidade: econômico, social e ambiental;
• compreender o conceito de responsabilidade intergeracional;
• compreender o conceito e as espécies de crimes ambientais.
VOCÊ QUER VER?
Erin Brockovich (GRANT, 2000), baseado em fatos reais, é um filme que conta a história de
uma mulher e mãe de três filhos que trabalha num pequeno escritório de advocacia. Quando
descobre que a água de uma cidade no deserto está sendo contaminada e espalhando doenças
entre seus habitantes, convence seu chefe a deixá-la investigar o suposto crime ambiental
cometido por uma grande empresa.
•
•
•
•
- -18
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. . Sistema de gestão ambiental: requisitosISO 14.001:2015
com orientações para uso. Disponível em < >. Acessohttps://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=345116
em 06/03/2019.
BRASIL. Portaria n. 28, de 19 de fevereiro de 2018. Institui o Programa da Agenda Ambiental na Administração
Pública – Programa A3P. , Brasília, 20 fev. 2018. Disponível em: <Diário Oficial da União http://www.mma.gov.
>.br/images/arquivo/80063/Legislacao/Portaria_SECEX_n_28_-_de_19-02-18_-_Institui_o_Programa_A3P.pdf
Acesso em: 02/03/2019.
______. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos [...]. Diário Oficial da
, Brasília, 3 ago. 2010. Disponível em: <União http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei
>. Acesso em: 02/03/2019./l12305.htm
______. Lei n. 12.114, de 9 de dezembro de 2009. Cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima [...]. Diário
, Brasília, 10 dez. 2009. Disponível em <Oficial da União http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010
>. Acesso em: 02/03/2019./2009/Lei/L12114.htm
______. Lei n. 11.445, de 5 de janeiro de 2007.Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico [...]. 
, Brasília, 8 jan. 2007. Disponível em: <Diário Oficial da União http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
>. Acesso em: 02/03/2019.2010/2007/Lei/L11445.htm
______. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, §1º, incisos I, II, III e VII da Constituição
Federal [...]. , Brasília, 17 jul. 2000Diário Oficial da União . Disponível em: <http://www.planalto.gov.br
>. Acesso em: 02/03/2019./ccivil_03/LEIS/L9985.htm
______. Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos [...]. Diário Oficial
, Brasília, 9 jan. 1997da União . Disponível em: < >. Acessohttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm
em: 02/03/2019.
______. . Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil Disponível em: <
>. Acesso em: 02/03/2019.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
______. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente [...]. Diário
, Brasília, 31 ago. 1981Oficial da União . Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm
>. Acesso em: 02/03/2019.
______. Lei n. 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano [...]. Diário Oficial
, Brasília, 20 dez. 1979da União . Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-
>. Acesso em: 02/03/2019.6766-19-dezembro-1979-366130-publicacaooriginal-1-pl.html
COMITÊ NACIONAL DE ORGANIZAÇÃO RIO+20. . Rio de janeiro: 2011. Disponível em <Sobre a Rio +20
http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20.html>. Acesso em: 02/03/2019.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. , de 19 de dezembro de 1997. Disponível em <Resolução n. 237
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 02/03/2019.
DIAS, R. : origem e fundamentos; educação e governançaglobal; modelo de desenvolvimento.Sustentabilidade 
São Paulo: Atlas, 2015.
ERIN BROCKOVICH. Direção: Steven Soderbergh. Produção: Danny DeVito, Gail Lyon, John Hardy, Michael
Shamberg e Stacey Sher. Universal Pictures, Columbia Pictures. Estados Unidos, 2000. Duração: 131min.
MARIOTTI, H. de O. : o que se pode e o que não se pode fazer. São Paulo:Complexidade e sustentabilidade
Atlas, 2013.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. . Brasília: 2002. Disponível em <Agenda 21 http://www.mma.gov.br
/responsabilidade-socioambiental/agenda-21>. Acesso em: 02/03/2019.
______. (A3P). Brasília: 2002. Disponível em: <Agenda Ambiental na Administração Pública http://www.mma.
gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p>. Acesso em: 02/03/2019.
SILVA, C. da. Políticas públicas e indicadores para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Saraiva, 2010.
SILVA, R. F. T. . 5. ed. Salvador: JusPodivm, 2015.Manual de Direito Ambiental
VENTURA, Z. : Crime e Castigo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.Chico Mendes
- -19
VENTURA, Z. : Crime e Castigo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.Chico Mendes
UNIÃO EUROPEIA. : livro verde. Disponível em <Glossário de sínteses https://eur-lex.europa.eu/summary
/glossary/green_paper.html?locale=pt> Acesso em: 02/03/2019.

Continue navegando