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Revisão INTERAÇÃO CLINICO PATOLÓGICA - N2

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N2 – Interação Clinico patológica
NEOPLASIAS: Proliferação celular anormal, sem controle e autonomia, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar em consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular. Algumas neoplasias requerem SUPORTE ENDÓCRINO, e tais dependências algumas vezes podem ser exploradas terapeuticamente. TODAS AS NEOPLASIAS DEPENDEM DO HOSPEDEIRO PARA SUA NUTRIÇÃO E SUPRIMENTO SANGUÍNEO.
CONCEITOS GERAIS DE ONCOLOGIA: 
TUMOR: a divisão de neoplasias em categorias BENIGNA e MALIGNA baseia-se no julgamento do comportamento clínico potencial de um tumor. A maioria dos tumores se originam de uma única célula que sofreu uma ruptura nos seus mecanismos de controle de proliferação e autodestruição.
TUMOR BENIGNO: É quando suas características micro e macroscópicas são consideradas relativamente inocentes, indicando que PERMANECERÁ LOCALIZADO, E É TRATÁVEL COM A REMOÇÃO CIRÚRGICA; geralmente o paciente sobrevive. 
• Tumores benignos podem produzir mais do que massas localizadas e, algumas vezes, SÃO RESPONSÁVEIS POR DOENÇA GRAVES
CÂNCER: É a denominação genérica usada somente para TUMORES MALIGNOS, e originou-se devido a CAPACIDADE DE INVADIREM os tecidos vizinhos.
CARCINOMAS: As neoplasias malignas de origem epitelial.
NEOPLASIAS MALIGNAS: recebem o sufixo SARCOMA.
PROGRESSÃO DOS TUMORES MALIGNOS:
Crescimento local > Metástases em linfonodos regionais > Metástases à distância para outros órgãos > Óbito
O QUE CAUSA O CANCER?
• Causas Externas – meio ambiente, hábitos ou costumes. 
• Causas Internas – geneticamente pré-determinadas, ligadas á capacidade do organismo de se defender das agressões externas. 
80 -90% DOS CASOS DE CÂNCER ESTÃO ASSOCIADOS A FATORES AMBIENTAIS * Ambiente: ambiente ocupacional, ambiente de consumo, ambiente social e cultural.
NOMENCLATURA: Os tumores benignos e malignos têm DOIS COMPONENTES BÁSICOS:
· PARÊNQUIMA: é constituído por células neoplásicas ou transformadas;
· ESTROMA: é composto por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e células inflamatórias derivadas do hospedeiro.
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS PARA DISTINGUIR TUMORES MALIGNOS E BENIGNOS: 
1. DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA: DIFERENCIAÇÃO refere-se ao grau em que as células neoplásicas. ASSEMELHAM-SE ÀS CÉLULAS NORMAIS. 
• As células INDIFERENCIADAS são também chamadas de ANAPLÁSICAS. 
• As células anaplásicas apresentam VARIAÇÃO DE TAMANHO E FORMA.
2. VELOCIDADE DE CRESCIMENTO: Genericamente a maioria das NEOPLASIAS BENIGNAS -> LENTAMENTE 
•NEOPLASIAS MALIGNAS -> RAPIDAMENTE
3. INVASÃO LOCAL E METÁSTASE: 
 As neoplasias benignas crescem por expansão, permanecendo no local de origem, SEM INFILTRAR OU INVADIR TECIDOS VIZINHOS ou provocar metástase para outros locais. 
•As neoplasias benignas são geralmente circunscritas por uma CÁPSULA de tecido fibroso que DELIMITA AS MARGENS DO TUMOR.
As neoplasias malignas são invasivas provocando destruição dos tecidos adjacentes e podendo desenvolver metástase regional e à distância.
Metástase é a presença de células ou massas tumorais em tecidos que não apresentam continuidade com o tumor primário.
SISTEMA TNM: O sistema TNM é a classificação mais usada para os tumores malignos. Este critério foi estabelecido pela UICC (União Internacional Contra o Câncer) para determinar a extensão do crescimento e disseminação das neoplasias malignas. 
O sistema TNM está baseado em três componentes:
T- tamanho do tumor primário 
N- Nódulo regional comprometido
M- Metástase
AULA - ANAMNESE:
Exames complementares: Não faz parte do exame clinico, mas são uteis para diagnostico de algumas doenças.
Anamnese: Tem como principal objetivo a busca dos sintomas.
Exame físico: Pode ser feito através de ausculta, palpação, inspeção e percussão.
Exame Clínico: É a base metodológica/técnica da prática clínica profissional.
No Exame clínico o objetivo é a colheita de dados que contribuirão a base do diagnóstico.
Sinais: São manifestações clinicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos naturais.
Sintomas: Tem como exemplo: dor, náuseas, cansaço, prurido, dormência.
Aula – DOENÇA DO SISTEMA IMUNE: Tem como base a perda da tolerância imunológica e a geração de uma resposta imune contra antígenos próprios.
· LUPUS ERITOMATOSO SISTÊMICO: Erupções no rosto e língua.
· ARTRITE REUMATOIDE
· SINDROME DE SJOGREN: sintomas: Boca seca (xerostomia); feridas pequenas nos cantos da boca; sensação de areia nos olhos e olhos secos (xerofitalmia); rigidez nas articulações. 
· LÍQUEM PLANO: Placas rugosas e escamosas no corpo e na língua.
HIPERTENSÃO: O volume sanguíneo e a contração cardíaca interferem no débito cardíaco.
SINDROME METABÓLICA: Conjunto de fatores de risco metabólico que se manifestam em um indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes.
• Fatores que contribuem para o aparecimento: genéticos, excesso de peso e a ausência de atividade física. 
• Tem como base à resistência à ação da insulina - conhecida como síndrome de resistência à insulina.
Exemplos: Aterosclerose, Cardiopatias, Dislipidemia, hipertensão, Diabetes tipo 2, demência, câncer, síndrome do ovário policístico, doença gordurosa não alcoólica do fígado.
Diabete Mellitus: É uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). 
• Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. 
• A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. 
• A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
Diabetes Tipo 1 (DM 1): Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células, beta levando a deficiência de insulina.
Sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza.
Diabetes Tipo 2 (DM 2): aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais.
Sintomas: cansaço, maior frequência de urinar, perda de peso, má cicatrização, problemas sexuais, fome, visão turva, edema, muita sede, infecção vaginais.
Diabetes Gestacional: Elevação de hormônios contrarreguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores genéticos ou ambientais. 
• O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio lactogênico placentário. 
• Outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos.
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: 
ENFISEMA: Danos irreversíveis nos alvéolos. 
Sintomas : 1/3 terço do parênquima pulmonar deve estar lesado; Dispnéia “falta de ar”; Tosse ou sibilo; Perda de peso – comum e severa.
Clínica: Tórax em barril; Prolongamento da expiração; Posição encurvada.
Tratamento: Corticoide e broncodilatadores. ÓBITO: Acidose – Insuficiência Cardíaca– pneumotórax.
BRONQUITE CRÔNICA: Estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade dps cílios. Tosse persistente com produção de escarro. PATOGENIA - FATOR PRIMÁRIO 
• Irritação de longa duração por substâncias inaladas. 
• Hipersecreção de muco nas vias aéreas. 
• Proteases liberadas pelo macrófago – estimulam mais produção de muco.
DISLIPIDEMIAS: Hiperlipidemia ou hiperlipoproteinemia é um distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue. 
• Os lipídios (moléculas gordurosas) são transportados numa cápsula de proteína, e a densidade dos lipídios e o tipo de proteína determinam o destino da partícula e sua influência no metabolismo.
ATEROSCLEROSE: A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial, acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibres. Caracterizada peloacúmulo progressivo de lipídeos, células (macrófagos, linfócitos T e células musculares lisas) e elementos fibróticos nas grandes e médias artérias.
DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS E DESMINIELIZANTES: São doenças da substância cinzenta caracterizadas por progressiva perda de neurônios com alterações secundárias associadas aos tratos da sustância branca. Um ponto comum entre as doenças neurodegenerativas, é a presença de agregados proteicos que são resistentes à degradação pelo sistema proteosoma-ubiquitina.
DOENÇA DE ALZHEIMER: Doença incurável neurodegenerativa progressiva que se manifesta apresentando deterioração cognitiva e da memória de curto prazo e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo. Inicia com prejuízo das funções intelectuais superiores, com ALTERAÇÕES DO HUMOR E DO COMPORTAMENTO.
Posteriormente, ocorre manifestação de DESORIENTAÇÃO PROGRESSIVA, perda de memória e afasia, indicando uma disfunção cortical grave. Finalmente, em 5 a 10 anos, o indivíduo afetado se torna profundamente INCAPACITADO, MUDO E IMÓVEL.
DOENÇA DE PARKINSON: Doença degenerativa dos núcleos da base e tronco encefálico. Distúrbios de movimento, incluindo rigidez, anormalidades posturais e coreia. Os núcleos da base, particularmente a via nigroestriatal, têm um importante papel no sistema regulatório positivo e negativo das vias sinápticas que servem para modular a retroalimentação entre o tálamo e o córtex motor. TREMOR, RIGIDEZ E BRADICINESIA. 
DOENÇAS DESMENIELIZANTES: São condições adquiridas que se caracterizam por dano preferencial à mielina, com relativa preservação dos axônios. Os déficits clínicos são consequências do efeito da perda de mielina na transmissão dos impulsos elétricos ao longo dos axônios.
ESCLEROSE MÚLTIPLA: A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante autoimune caracterizada por episódios distintos de instalação de déficits neurológicos, separadas no tempo, atribuíveis a lesões de substância branca que são separadas no espaço.
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ: A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença do sistema nervoso periférico potencialmente letal. A doença é caracterizada clinicamente por fraqueza, que, de inícios acomete as porções distais dos membros, avançando de forma rápida até afetar a função muscular proximal (“paralisia ascendente”). Histologicamente, evidencia-se por inflamação e desmielinização das raízes nervosas espinais e dos nervos periféricos (radiculoneuropatia).
Mediada imunologicamente (autoimune) e de início AGUDO. Cerca de dois terços dos casos são precedidos por uma doença aguda, SEMELHANTE À GRIPE, a partir da qual o indivíduo afetado recupera-se no momento em que a NEUROPATIA TORNASE SINTOMÁTICA.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS: Fraqueza muscular(geralmente se inicia nas pernas); Paralisia dos músculos; em casos graves pode afetar o coração, diafragma, sistema digestivo e bexiga.

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