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Fisiopatologia celular: HPV e adaptação celular

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Aula 1.1 - Fisiopatologia celular
Desafio: O papilomavírus humano (HPV) é um vírus que infecta a pele e a mucosa do colo do útero.
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas genitais e pode causar câncer do colo do útero, sintomas que são resultado da reação das células ao agente estressor (o vírus HPV).
Ao realizar um teste de triagem, que tipo de adaptação celular será encontrado nas células afetadas pelo HPV? Que características celulares podem indicar câncer ou uma condição pré-cancerosa?
Resposta: Na infecção causada pelo HPV no epitélio do colo do útero, é comum a resposta celular em forma de displasia. As células alteradas por mudanças displásicas são caracterizadas por um crescimento anormal. As características celulares que podem indicar câncer são mudanças celulares epiteliais, células escamosas atípicas e aumento do volume nuclear das células.
Exercícios
1. 
O crescimento desorganizado de um tecido específico, resultando em células que variam de tamanho, forma e aspecto e que podem ser um foco de surgimento de câncer, é denominado:
A. Metaplasia fisiológica
B. Atrofia
C. Displasia
D. Hipertrofia patológica
E. Aplasia
A. 
A
A metaplasia fisiológica é típica do colo uterino e está relacionada com a função hormonal.
B. 
B
A atrofia reduz o tecido.
C. 
C
A displasia é fortemente implicada com o surgimento do câncer.
D. 
D
Na hipertrofia patológica ocorre aumento do tamanho das células, não com divisão celular.
E. 
Todas as alternativas estão corretas.
Apenas a alternativa C está correta. As alternativas A, B e D têm erros:
A) A metaplasia fisiológica é típica do colo uterino e está relacionada com a função hormonal.
B) A atrofia reduz o tecido.
C) Na hipertrofia patológica ocorre aumento do tamanho das células, não com divisão celular.
2. 
Uma mulher de 75 anos, com doença de Alzheimer, faleceu em função da insuficiência cardíaca congestiva. À necropsia, o cérebro mostra sulcos alargados e diminuição de massa. O cérebro dessa paciente exemplifica qual das seguintes respostas à lesão crônica?
A. Metaplasia patológica
B. Atrofia
C. Hiperplasia fisiológica
D. Hipertrofia fisiológica
A. 
A
Na metaplasia patológica ocorre substituição de tecido com células de mesma origem embrionária do tecido substituído.
B. 
B
A atrofia é caracterizada pela diminuição do número de células; no caso dos sulcos, os espaços vão ficar maiores.
C. 
C
Na hiperplasia fisiológica ocorre aumento do número de células, o que não aconteceria no tecido nervoso de forma fisiológica.
D. 
D
Na hipertrofia fisiológica ocorre aumento do tamanho das células, aumentando, portanto, o tecido.
E. 
Todas as alternativas estão corretas.
Apenas a alternativa B está correta. As alternativas A, C e D têm erros:
A) Na metaplasia patológica ocorre substituição de tecido com células de mesma origem embrionária do tecido substituído.
C) Na hiperplasia fisiológica ocorre aumento do número de células, o que não aconteceria no tecido nervoso de forma fisiológica.
D) Na hipertrofia fisiológica ocorre aumento do tamanho das células, aumentando, portanto, o tecido.
3. 
A sobrevivência de uma célula está associada diretamente a homeostasia, garantindo assim a manutenção do volume celular e do meio intracelular. Nesse contexto, o equilíbrio intracelular de proteínas, aminoácidos e outros substratos orgânicos, é mantido pela Na+/K+-ATPase que bombeia sódio (Na+) para fora em troca de potássio (K+). Assinale qual condição pode interferir no funcionamento Na+/K+-ATPase, interferir na homeostase celular e ocasionar morte celular necrótica?
A. 
Hiperglicemia.
A homeostase intracelular de Na+ pode ser interrompida se a atividade da Na+/ K+-ATPase for diminuída por deficiência de ATP induzida por isquemia, hipoxia, hipoglicemia.
B. 
Insuficiência renal.
A homeostase intracelular de Na+ pode ser interrompida se a atividade da Na+/ K+-ATPase for diminuída por deficiência de ATP induzida por isquemia, hipoxia, hipoglicemia.
C. 
Hipóxia.
A homeostase intracelular de Na+ pode ser interrompida se a atividade da Na+/ K+-ATPase for diminuída por deficiência de ATP induzida por isquemia, hipoxia, hipoglicemia.
D. 
Taquicardia.
A homeostase intracelular de Na+ pode ser interrompida se a atividade da Na+/ K+-ATPase for diminuída por deficiência de ATP induzida por isquemia, hipoxia, hipoglicemia.
E. 
Aumento da diurese.
A homeostase intracelular de Na+ pode ser interrompida se a atividade da Na+/ K+-ATPase for diminuída por deficiência de ATP induzida por isquemia, hipoxia, hipoglicemia.
4. 
As mudanças observadas nas células quando se adaptam a agentes estressores, promovendo metaplasia:
A. 
São irreversíveis.
Na metaplasia, quando o agente causador das mudanças é removido, geralmente as células voltam ao seu estado normal.
B. 
Sempre resultam em câncer.
Na presença de um estressor persistente, as células PODEM desenvolver mudanças que causam câncer.
C. 
Mudam de um tipo celular para outro.
A metaplasia refere-se à mudança de um tipo celular para outro.
D. 
Mostram diferenciação anormal.
O crescimento anormal e o processo de diferenciação desordenado de células são características de alterações do tipo displásicas.
E. 
Todas as alternativas estão corretas.
A alternativa C está correta, pois afirma que a metaplasia refere-se à mudança de um tipo celular para outro.
5. 
Assinale a alternativa que apresenta a definição correta de endonucleases.
A. 
As endonucleases são enzimas que atuam reconhecendo sequências de pares de bases específicas em moléculas de DNA e cortando-as nesses pontos.
Essa definição está correta, pois as endonucleases, de fato, atuam reconhecendo sequências de pares de bases específicas em moléculas de DNA.
B. 
São uma condição de hiperplasia promovida pela estimulação hormonal excessiva.
Essa é a definição de acromegalia.
C. 
É o evento de morte celular, geneticamente programada, que envolve uma série de alterações morfológicas no citoplasma e núcleo, causando a inativação e a fragmentação da célula apoptótica, ao final de seu ciclo celular.
Essa é a definição de apoptose.
D. 
Estuda as doenças e seus agentes estressores.
Fator comum para o desenvolvimento de displasia cervical.
E. 
Apontado como um fator comum para o desenvolvimento de displasia cervical.
Essa alternativa se refere ao HPV.
Aula 1.2 - Inflamação: processos agudos e crônicos
Desafio: Adornos, como piercings e tatuagem, vêm conquistando a simpatia de um número crescente de pessoas nos últimos tempos. A adesão a essa moda requer alguns cuidados para que essa ação não interfira na saúde dos adeptos, pois, ao fazer uma tatuagem ou ao colocar um piercing, a pessoa se expõe a risco de contaminação por bactérias e vírus, além de se expor a possíveis reações alérgicas e cicatrizes indesejáveis, como os queloides. Seu desafio é:
a) explicar o que é a descrição das características de queloides;
b) responder se há grupos com maior propensão ao desenvolvimento de queloides. Justifique sua resposta.
Resposta: a) No processo de cura de uma lesão, podem ocorrer alguns prejuízos na etapa de fechamento, limpeza de fragmentos e reestruturação dos tecidos. Os fatores principais que interferem na recuperação de uma lesão são respostas inflamatórias inefetivas, resposta imune inadequada e perfusão de tecido pobre.
Os queloides são cicatrizes hipertróficas que resultam da produção excessiva de colágeno no local da lesão. É comum haver coceira ou dor, principalmente nas primeiras semanas após o evento que originou a ferida. A tentativa de remoção do queloide resulta na formação de outro queloide no mesmo lugar.
b) Há indivíduos com maior propensão para a produção de mediadores químicos que contribuem para os fibroblastos proliferarem (em especial, os de etnia negra e asiática). Estes últimos são causados pela produção de colágeno das células de reparação, o que resulta na cicatriz. O queloide pode ser considerado um tumor benigno, sem ligação com o câncer.
Exercícios
1. 
A inflamação é a segunda linha de defesa do organismo, trata-se da resposta vascular ecelular quando há lesão de tecidos. Nesse contexto, o principal objetivo da inflamação é:
A. 
diminuir o fluxo sanguíneo para o local da lesão.
Aumentar o fluxo sanguíneo para o local da lesão (resposta vascular).
B. 
manter os produtos da cura para atender o local da lesão.
Alterar os produtos da cura para atender o local da lesão.
C. 
reparar e renovar os tecidos sadios ou lesionados.
Reparar e regenerar tecidos lesionados.
D. 
reconhecer a lesão, desativação e inibição quando não há mais lesão.
O processo de inflamação tem as capacidades de reconhecimento da lesão, ativação e término apropriado da resposta, quando não há mais lesão.
E. 
remover os tecidos lesionados, preparando o local para a cura.
Remover os tecidos lesionados, preparando o local para a cura. O resultado é o reparo ou a regeneração de tecidos lesionados, preparando o local para cura.
2. 
Qual é a função dos mediadores químicos vasoativos no processo inflamatório agudo?
A. 
Ligar-se a receptores de células endoteliais e contrair os vasos sanguíneos para diminuir o fluxo de sangue local.
Ligar-se a receptores de células endoteliais e expandir os vasos sanguíneos para aumentar o fluxo de sangue local.
B. 
Aumentar a permeabilidade vascular.
O aumento da permeabilidade vascular entre as células do endotélio permite o movimento do líquido para os tecido lesionado, facilitando sua cura.
C. 
Desativar a coagulação.
A cascata de coagulação é ativada.
D. 
Substituir células senis por células jovens.
Destruir células nocivas.
E. 
Reduzir a produção de vasoativos.
Mediadores vasoativos adicionais são produzidos.
3. 
O que são leucócitos?
A. 
São um grupo de células ativas na defesa do corpo.
São também conhecidos como glóbulos brancos; atuam na defesa do corpo e na promoção da resposta imune.
B. 
São proteínas da matriz ou estruturais.
Os leucócitos são um grupo de células ativas na defesa do corpo.
C. 
São células que sintetizam e secretam colágeno de forma ativa.
Os responsáveis pela secreção e sintetização de colágeno são os fibroblastos.
D. 
São células que permitem o alongamento e a retração dos tecidos.
A elastina permite o alongamento e a retração dos tecidos.
E. 
São lesões inflamatórias nodulares.
Glanulomas são lesões inflamatórias nodulares que encerram substâncias prejudiciais.
4. 
Qual é o termo genérico para a degeneração ou inflamação das articulações?
A. 
Leucemia mieloide aguda.
A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer nas células do sangue e na medula óssea, região em que as células do sangue são produzidas.
B. 
Artrite.
A artrite inflamatória costuma ser resultado de infecções crônicas; é uma condição inflamatória crônica do tecido sinovial.
C. 
Anemia perniciosa.
A anemia perniciosa é uma forma de anemia caracterizada pela redução no número de glóbulos vermelhos no sangue devido à incapacidade de o trato gastrintestinal absorver adequadamente a vitamina B12.
D. 
Colite ulcerativa.
A colite ulcerativa é a condição inflamatória crônica do colo, sendo encontrada apenas no intestino grosso.
E. 
Doença de Crohn.
A doença de Crohn é o processo inflamatório crônico do intestino delgado, embora possa ocorrer em qualquer lugar ao longo do trato gastrintestinal
5. 
Marque a alternativa que apresenta uma das principais diferenças entre resposta inflamatória aguda e crônica.
A. A inflamação aguda contribui para cura deficiente do ferimento.
A inflamação aguda resulta em reparo, regeneração e reconstrução do tecido lesionado.
B. Na inflamação crônica, há presença de tecidos de granulação.
Na inflamação crônica, os macrófagos e os fibroblastos são muito mais abundantes, resultando em um aumento da destruição dos tecidos, fibrose, formação de cicatrizes e de granuloma.
C. Na inflamação aguda, granulomas formam-se ao redor de alguns invasores.
Na inflamação aguda, a cicatriz é mínima, ao passo que a crônica é marcada por fibrose, cicatrização intensa ou formação de granuloma.
D. Na inflamação crônica, neurófilos são muito mais abundantes.
Na inflamação aguda, os neurófilos são as principais células fagocíticas.
E. Na inflamação aguda, as principais células fagocíticas são os monócitos, os macrófagos e os linfócitos.
Na inflamação crônica aguda, as principais células fagocíticas são os monócitos, os macrófagos e os linfócitos.
Aula 2.1 - Doenças infecciosas - parte 1
Desafio: Observe as seguintes situações acerca da predisposição à pneumonia:
1) Geralmente, os pacientes com demência (pacientes, por exemplo, com doença de Alzheimer) estão em um ambiente que propicia o desenvolvimento de pneumonia, ou seja, clínicas ou residenciais para idosos. São pacientes com idade avançada e imunidade baixa por causa de problemas com ingestão de alimentos; não se comunicam para relatar dor ou outras alterações e têm limitações motoras, gerando imobilidade, o que facilita a ocorrência de infecções pulmonares.
2) Já um paciente comdoença renal crônica está mais predisposto à pneumonia adquirida na comunidade (PAC) porque a doença renal crônica debilita o organismo e deprime o sistema imunológico. É muito provável, também, que o paciente esteja submetendo-se a sessões de hemodiálise em ambiente hospitalar, deixando-o mais exposto a patógenos que causam a pneumonia
3) Sabemos que a fibrose cística é uma doença hereditária que consiste em alterações no transporte de íons através da membrana das células, fazendo com que as secreções das glândulas exócrinas fiquem muito espessas. O muco secretado pelo trato respiratório também fica muito espesso, facilitando o acúmulo de bactérias nas vias aéreas. Por isso, o paciente com fibrose cística está mais exposto à PAC. Outro motivo é que as secreções muito espessas do pâncreas dificultam a digestão e absorção dos alimentos, debilitando o paciente.
Considerando as três situações apresentadas, explique o que você conclui sobre a relação entre essas doenças e a PAC, qual é - ou quais são - os aspectos em comum às três patologias que predispõem os pacientes à PAC.
Resposta: Podemos concluir que nas doenças crônicas citadas já existe, em determinado grau, a debilidade do organismo, relacionada, principalmente, à nutrição inadequada e à queda da imunidade.
Exercícios
1. 
A produção de pus na cavidade pleural devido a processo infeccioso é chamada de:
A. 
Derrame pleural.
Derrame pleural é o excesso de líquido no espaço entre as pleuras parietal e visceral.
B. 
Empiema.
Empiema é a produção de pus dentro de uma cavidade natural do corpo, podendo ocorrer em várias regiões, como cérebro, útero e vesícula biliar.
C. 
Pleurisia.
Pleurisia é um processo inflamatório das pleuras, que causa muita dor, mas não necessariamente produção de pus que caracterize empiema.
D. 
Pneumonia comunitária grave.
Pneumonia comunitária grave nem sempre é acompanhada de empiema.
E. 
Enfisema pulmonar.
O enfisema pulmonar é o enrijecimento das paredes dos alvéolos e não tem relação com empiema.
2. 
Agentes bacterianos que causam a meningite variam de acordo com qual característica do hospedeiro?
A. 
Homens na andropausa.
O fato de o homem estar na andropausa não é fator de seletividade do hospedeiro pelas bactérias que provocam meningite.
B. 
Mulheres na menopausa.
Mulheres na menopausa não constituem fator de seletividade do hospedeiro pelas bactérias que provocam meningite.
C. 
Gestantes.
Estar gestando não é fator de seletividade do hospedeiro pelas bactérias que provocam meningite.
D. 
Gênero.
O gênero não é fator predisponente para bactérias causadoras de meningite.
E. 
Idade.
Os agentes bacterianos que causam a meningite variam de acordo com a idade. Por exemplo, em recém-nascidos, a E. coli, a Listeria e os estreptococos do grupo B são as causas mais comuns de meningite. Em crianças e adolescentes, a S. pneumoniae e a N. meningitidis são as bactérias mais comuns encontradas nas culturas.
3. 
Qual ou quais são fatores predisponentes para a endocardite infecciosa?
A. 
Prolapso da válvula mitral.
O prolapso da válvula mitral é uma alteração estrutural da válvula do lado esquerdo do coraçãoque pode causar a endocardite por bactérias ou fungos.
B. 
Paciente com histórico de artrite reumatoide e hipotireoidismo.
A artrite reumatoide é uma patologia autoimune que atinge o tecido conjuntivo de estruturas do corpo, como as válvulas; por isso, pode propiciar a endocardite infecciosa. Já o hipotireoidismo é uma alteração da glândula tireoide e não tem relação com a endocardite.
C. 
Síndrome de Cushing.
A Síndrome de Cushing é uma patologia do córtex da glândula suprarrenal e não tem relação com a endocardite.
D. 
Paciente com cirrose.
A cirrose é uma patologia hepática e não tem relação com a endocardite infecciosa.
E. 
Tratamento dentário prolongado e diabetes.
As bactérias presentes na cavidade oral, durante um processo infeccioso, podem migrar pela via sanguínea e atingir as válvulas cardíacas. O diabetes melito é uma doença do pâncreas endócrino e não tem relação com a endocardite infecciosa.
4. 
Sobre a meningite viral e bacteriana, é correto afirmar que:
A. 
A presença de hemácias no líquido cerebrospinal puncionado do paciente e analisado em laboratório é a característica determinante para gerar o diagnóstico de meningite.
A pleocitose, que é a presença aumentada de leucócitos no líquido cerebrospinal, é determinante para o diagnóstico de meningite.
B. 
A meningite viral deve ser tratada imediatamente com antibióticos; a meningite causada por bactérias necessita acompanhamento médico e terapia com analgésicos.
A meningite bacteriana é que deve ser tratada imediatamente com antibióticos. Já a meningite provocada por vírus exige acompanhamento médico e terapia com analgésicos.
C. 
A maioria dos casos de contágio da meningite bacteriana ocorre por transfusão de sangue.
A maioria dos casos de contágio da meningite ocorre por colonização bacteriana na nasofaringe.
D. 
O paciente que se submeteu a esplenectomia tem maior predisposição a infecções por bactérias, desenvolvendo, principalmente, meningite bacteriana.
O paciente sem pâncreas está mais vulnerável a infecções como meningite e bacteriemia, pois a defesa do organismo contra a cápsula bacteriana fica comprometida.
E. 
Os mecanismos pelos quais os diferentes tipos de bactérias conseguem acessar o sistema nervoso central na meningite bacteriana já são amplamente conhecidos e esclarecidos.
Esses mecanismos ainda não são amplamente conhecidos.
5. 
Quanto à sequência patogenética do neurotropismo bacteriano, é correto afirmar que, no estágio do cruzamento da barreira hematocerebral pela bactéria:
A. 
Ocorre a colonização ou invasão da mucosa do hospedeiro.
Esse estágio é o primeiro, bem anterior ao cruzamento da barreira hematocerebral.
B. 
Nesse estágio, a defesa do hospedeiro estará no epitélio cerebral.
A defesa do hospedeiro estará nas células ependimárias do sistema nervoso central.
C. 
Nesse estágio, a estratégia do patógeno é a secreção de protease de IgA.
Essa estratégia ocorre no estágio de colonização.
D. 
A estratégia da bactéria é sua replicação.
A estratégia da bactéria são suas fímbrias aderentes.
E. 
Ocorre a estase ciliar.
A estratégia de estase ciliar pelas bactérias ocorre no estágio de colonização ou invasão da mucosa do hospedeiro.
Aula 2.2 - Doenças infeciosas - parte 2
Desafio: Estudos mostram que existe uma tendência de aumento dos casos de sepse no Brasil.
1. Pesquise e explique qual o motivo principal dessa tendência.
Você está acompanhando um caso clínico de um idoso de 80 anos recém-chegado à emergência, com febre, taquicardia e crepitação do tórax à auscultação (taquipneia).
2. Você poderia, a partir desses sintomas, suspeitar de um caso de sepse? Por quê? De qual órgão você suspeitaria em primeiro lugar?
Não há nenhum marcador específico de sepse, sepse grave e choque séptico em testes laboratoriais.
3. Existe, então, a possibilidade de que esses quadros clínicos não sejam diagnosticados ou sejam diagnosticados tardiamente?
Resposta:
 
Exercícios
1. 
A que se devem a morbidade e a mortalidade ocorridas em função da diarreia?
A. 
À elevação da pressão arterial, decorrente da reação do organismo ao agente causador da diarreia.
Pelo contrário, a pressão arterial diminui, pois o volume sanguíneo sofre queda em um quadro de diarreia infecciosa.
B. 
Febre muito alta que sempre acompanha o quadro de diarreia, podendo causar convulsões no paciente.
Nem sempre a diarreia é acompanhada por febre.
C. 
Perda das bactérias que normalmente vivem nos intestinos, causando desequilíbrio da flora intestinal.
É verdade que a flora intestinal ficará desequilibrada, mas não é esse o fator que causa a morbidade pela diarreia.
D. 
Perda de volume intravascular e de eletrólitos através da secreção abundante de fluidos para o lúmen dos intestinos.
Juntamente com a água do plasma sanguíneo, íons importantes, como sódio, potássio e magnésio também são perdidos.
E. 
Não há morbidade na diarreia.
Pode haver morbidade e mortalidade. Morbidade é um conjunto de aspectos relacionados ao quadro geral de uma doença que se instala no organismo ou ao seu agravamento.
2. 
Indique a alternativa correta sobre o quadro clínico da diarreia infecciosa.
A. 
A diarreia ocorre quando há uma agressão no epitélio do intestino delgado ou do intestino grosso, mas nunca do epitélio gástrico.
A diarreia pode ser causada também por agressão do epitélio gástrico.
B. 
Parasitas podem causar infecções somente em crianças, pois não resistem às enzimas digestivas do hospedeiro adulto.
Parasitas como Entamoeba histolytica podem causar infecções em todas as fases de vida do ser humano.
C. 
A Salmonella é um vírus causador da diarreia infecciosa.
A Salmonella é uma bactéria causadora da diarreia infecciosa.
D. 
Pacientes com doenças associadas, como HIV, estão mais propensos à diarreia infecciosa por Cryptosporidium.
Esse parasita é comum em alimentos e água contaminados e, com muita frequência, atinge indivíduos imunodeprimidos, como portadores de HIV.
E. 
Disenteria é o termo clínico para a diarreia infecciosa.
A disenteria ocorre quando há sangue visível nas fezes e também grande quantidade de leucócitos.
3. 
Indique os fatores que podem causar sepse.
A. 
Uso prolongado de cateteres intravasculares e meningocele.
Uso prolongado de cateteres intravasculares pode causar sepse, mas meningocele não, pois é uma má-formação congênita.
B. 
Fármacos imunossupressores e próteses articulares.
Fármacos imunossupressores e próteses articulares podem causar sepse.
C. 
Hiper e hipoparatireoidismo.
Hiperparatireoidismo e hipoparatireoidismo são distúrbios das glândulas paratireoideas e não têm relação direta com sepse.
D. 
Agentes quimioterápicos.
Agentes quimioterápicos facilitam infecções, pois comprometem o sistema imunológico.
E. 
Andropausa e menopausa.
Andropausa e menopausa são fases do ciclo reprodutivo masculino e feminino e não têm causas diretas relacionadas à sepse.
4. 
"Está elevada(o) no mecanismo de compensação para manter a pressão sanguínea na sepse não infecciosa." Trata-se de:
A. 
Quantidade de endorfina nos terminais sinápticos no sistema nervoso central.
A endorfina é um neurotransmissor liberado no sistema nervoso central; não tem relação com o controle da pressão sanguínea.
B. 
Resistência vascular sistêmica.
A resistência vascular sistêmica, isto é, a vasoconstrição dos vasos da periferia do corpo, ajuda a aumentar a pressão sistêmica no choque volêmico ou no choque cardiogênico.
C. 
Temperatura do corpo.
O aumento da temperatura corporal não é uma resposta compensatória para manter a pressão sanguínea.
D. 
Número de leucócitos.
O número de leucócitos aumenta na resposta à infecção, mas não é um mecanismo compensatório para manter a pressão sanguínea.
E. 
Quantidade de serotonina na fenda sináptica do sistema nervoso central.
A serotonina é um neurotransmissor liberado no sistema nervoso central, mas não tem relação com o controle da pressão arterial.
5. 
Sobre as características da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), é correto afirmar que:
A. 
A frequência respiratória é menor que 20/min.A frequência respiratória é maior que 20/min.
B. 
Um dos sinais da SIRS é a bradicardia.
Um dos sinais da SIRS é a taquicardia.
C. 
Sempre ocorrerá a queda da temperatura corporal do paciente.
Não, pode ocorrer aumento ou diminuição.
D. 
A sepse é um quadro que, necessariamente, tem como precedente a SIRS.
O diagnóstico da sepse é feito quando há, anteriormente, um quadro de SIRS.
E. 
Ocorre apenas em condições infecciosas.
Pode ocorrer também em condições não infecciosas.
Aula 3.1 - Distúrbios do sistema nervoso - parte 1
Desafio: A doença de Parkinson é uma condição mundial que acomete homens e mulheres, todas as raças e todas as classes sócio-econômicas.Os sintomas geralmente se iniciam após os 50 anos e ocorrem devido à degeneração de neurônios que liberam o neurotransmissor dopamina. Uma das funções da dopamina é a realização dos movimentos voluntários automáticos.
Imagine que você, como profissional da área da saúde, tenha sido questionado sobre alguns aspectos da doença de Parkinson que você, anteriormente, não tinha conhecimento. Através de pequisa, responda aos seguintes questionamentos:
1) Todas as pessoas que apresentarem a doença irão desenvolver demência?
2) Parkinson tem cura?
3) A doença é constituída por quatro sintomas capitais: tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. Qual desses quatro sintomas inicia mais tardiamente no decorrer da doença?
4) O Parkinson se desenvolve por causa da degeneração dos neurônios dopaminérgicos nos núcleos da base. O tratamento envolve a administração de levodopa, que é um precursor da dopamina. Por que administrar levodopa, se poderia ser administrado dopamina sintética (medicamento) para suprir a falta de dopamina nos núcleos da base?
5) O tratamento medicamentoso para a doença de Parkinson é gratuito no Brasil?
Resposta: 
1) Todas as pessoas que apresentarem a DP irão desenvolver demência? Não, nem todas, mas aquelas que desenvolvem a DP após os 65 anos de idade são mais suscetíveis a ter demência (o percentual de demência associada à DP é de aproximadamente 80%).
2) Não tem cura, mas tem tratamento a longo prazo. Quanto mais precocemente for diagnosticada, melhor serão as condições e a qualidade de vida do paciente.
3) A instabilidade postural costuma acontecer mais tardiamente na doença de Parkinson.
4) Porque a dopamina sintética não ultrapassa a barreira hematencefálica, presente no sistema nervoso central. A seletividade da barreira deixa passar o levodopa, que se converte em dopamina.
5) Sim. O Ministério da Saúde disponibiliza os medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Exercícios
1. 
Sobre a esclerose lateral amiotrófica, é correto afirmar que:
A. 
Está relacionada ao cromossomo 22.
Está relacionada ao cromossomo 21.
B. 
Sua progressão causa demência.
Não tem relação com a demência.
C. 
Provoca alterações motoras unilaterais.
Provoca alterações motoras bilaterais.
D. 
É classificada em tipos I, II e III.
Essa classificação é aplicada às atrofias musculares espinais.
E. 
É provocada por uma mutação no gene do neurônio motor superior e inferior.
É provocada por uma mutação no gene dos neurônios motores superiores e inferiores (o primeiro e o segundo neurônio motor).
2. 
Na doença de Parkinson, ocorrem alterações nos neurônios:
A. 
Hipotalâmicos.
Os neurônios hipotalâmicos não têm relação com a doença de Parkinson, e sim com funções neurovegetativas.
B. 
Sensitivos do giro pós-central.
Os neurônios sensitivos do giro pós-central não têm relação com a doença de Parkinson, pois são sensitivos, não motores.
C. 
Motores superiores e inferiores da medula espinal.
Neurônios motores superiores e inferiores da medula espinal estão envolvidos na esclerose lateral amiotrófica.
D. 
Motores inferiores da medula espinal.
Neurônios motores inferiores da medula espinal estão envolvidos nas atrofias musculares espinais.
E. 
Dos núcleos da base e do tronco encefálico.
A doença de Parkinson ocorre por um distúrbio relacionado aos neurônios dos núcleos da base (gânglios da base) e do tronco encefálico (tronco cerebral).
3. 
Indique a patologia causada por um distúrbio autoimune:
A. 
Doença de Werdnig-Hoffman.
A doença de Werdnig-Hoffman é uma condição causada por mutações genéticas.
B. 
Doença de Parkinson.
A doença de Parkinson tem causas ainda não bem estabelecidas, mas uma delas é a exposição a alguns agentes tóxicos e não apresenta causas autoimunes.
C. 
Atrofia muscular espinal.
A atrofia muscular espinal é uma doença causada por mutações genéticas.
D. 
Miastenia gravis.
A miastenia gravis é uma doença autoimune da transmissão neuromuscular.
E. 
Esclerose lateral amiotrófica.
A esclerose lateral amiotrófica é uma doença causada por mutações genéticas.
4. 
Nos Estados Unidos, no início dos anos 1980, o uso ilícito de opioides derivados da meperidina (anestésico injetável) levou à destruição dos mesmos neurônios envolvidos na doença de Parkinson, causando nos pacientes sintomas semelhantes à doença. Quais são esses neurônios?
A. 
Do tálamo.
Os neurônios do tálamo não têm relação direta com a doença de Parkinson.
B. 
Liberadores de endorfina.
As endorfinas não têm relação com a junção neuromuscular, com a função motora ou com a doença de Parkinson.
C. 
Dopaminérgicos.
Os neurônios dopaminérgicos dos núcleos da base estão envolvidos na doença de Parkinson.
D. 
Serotoninérgicos.
A serotonina é um neurotransmissor liberado pelos neurônios que não têm relação com a função motora e a doença de Parkinson.
E. 
Da glândula pineal.
Os neurônios da glândula pineal não têm relação com funções motoras.
5. 
Sobre o tratamento da miastenia gravis, é correto afirmar que:
A. 
Não há tratamento para essa patologia.
Há tratamento, o qual conseguiu diminuir de 30 para 5% a taxa de mortalidade para essa condição.
B. 
Consiste em aumentar a acetilcolina na junção neuromuscular.
Essa é uma das duas abordagens terapêuticas para a miastenia gravis.
C. 
Consiste em aumentar os receptores da acetilcolina mediada por mecanismos imunes.
Consiste em diminuir os receptores da acetilcolina mediada por mecanismos imunes.
D. 
Pode ser feito com inibidores da colinesterase.
Esse tratamento com inibidores da colinesterase pode causar agravamento da fraqueza, conhecido como crise colinérgica.
E. 
Pode ser feito através da administração de anticonvulsivantes.
Os medicamentos anticonvulsivantes não se aplicam ao tratamento da miastenia. Podem ser administrados a pacientes com epilepsia.
Aula 3.2 - Distúrbios do sistema nervoso - parte 2
Desafio: O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte no Brasil. É extremamente importante que o paciente que apresenta sintomas de AVC seja encaminhado a uma unidade hospitalar imediatamente. Até três horas depois do evento isquêmico ou hemorrágico, ainda há possibilidade de reverter os déficits causados pelo AVC. Mesmo que os sintomas tenham passado, é crucial a avaliação médica o mais rápido possível.
Leia as seguintes questões, pesquise e responda.
1) Existe risco de AVC em mulheres gestantes? Por quê?
2) Existe risco de AVC em recém-nascidos?
3) O que é Rede Brasil AVC e qual seu papel junto ao Ministério da Saúde em relação ao AVC?
4) Existem fatores de risco que podem ser alterados para evitar, tratar ou prevenir o acidente e fatores de risco que não podem ser alterados? Cite três fatores que não podem ser alterados e cinco fatores que podem prevenir, tratar ou evitar o AVC.
5) Cite cinco sintomas evidenciados durante um episódio do acidente.
Resposta: 
1) Sim. As causas são excesso de hormônios, aumento de fatores de coagulação e da viscosidade do sangue e hipertensão.
2) Sim, existe risco em qualquer idade, até em recém-nascidos, podendo, inclusive, causar o óbito.
3) A Rede Brasil AVC é uma organização não governamental, fundada em 2008, com o objetivo de melhorar a educação, assistência e pesquisa no Brasil em relação ao AVC. Em conjunto com o Ministério da Saúde, foi criado o Programa Nacional do AVC, que auxilia na organização de hospitais (para receber e trataro paciente com AVC), no treinamento de profissionais da saúde, profissionais da SAMU e postos de saúde.
4) Fatores que podem ser evitados para prevenir o AVC: tabagismo, hipertensão arterial e inatividade física. Fatores que não podem ser alterados: gênero, idade e hereditariedade (predisposição genética).
5) Assimetria facial, perda da força em um dos lados do corpo, perda de visão, alteração aguda da fala e dor de cabeça súbita e intensa.
Exercícios
1. 
Sobre o acidente vascular encefálico, é correto afirmar:
A. 
O AVC hemorrágico resulta da obstrução embólica ou trombótica dos vasos sanguíneos.
O AVC isquêmico resulta da obstrução embólica ou trombótica dos vasos sanguíneos.
B. 
Ataques isquêmicos transitórios são breves e reversíveis.
Ataques isquêmicos transitórios são breves e reversíveis e podem preceder os acidentes cerebrais isquêmicos.
C. 
Infartos lacunares são extensas lesões que provocam deficiências motoras.
Infartos lacunares são extensas lesões que provocam deficiências motoras e sensitivas.
D. 
Se a artéria vertebral sofrer lesão, a área atingida será o corpo caloso anterior.
Se a artéria vertebral sofrer lesão, as áreas atingidas serão o bulbo e a parte inferior do cerebelo.
E. 
Hemorragia epidural é o mesmo que hemorragia subaracnóidea.
A hemorragia epidural é um rompimento de uma das artérias da meninge dura-máter e a hemorragia subaracnóidea ocorre entre as meninges aracnoide e pia-máter.
2. 
As alternativas têm relação com a demência, EXCETO:
A. 
Meningite crônica.
A meningite crônica ocorre em indivíduos com baixa imunidade, como portadores de HIV, e pode causar demência.
B. 
Estado lacunar.
Estado lacunar está relacionado à doença vascular, que pode causar demência.
C. 
Encefalopatia arteriosclerótica subcortical.
Encefalopatia arteriosclerótica subcortical é um infarto nas arteríolas penetrantes profundas, o que pode gerar demência.
D. 
Doença de Binswanger.
A doença de Binswanger é uma condição vascular nos principais vasos cerebrais.
E. 
Herpes-zóster.
A herpes-zóster é uma doença causada pelo vírus latente da varicela.
3. 
Indique a alternativa correta quanto à doença de Alzheimer (DA).
A. 
É uma doença que tem cura.
A DA é uma doença degenerativa sem cura.
B. 
Não tem relação com a demência.
A demência tem inúmeras causas, sendo que a principal é a DA.
C. 
É uma doença essencialmente cognitiva, não apresenta alterações motoras.
A DA é uma doença que atinge tanto as funções cognitivas quanto as motoras.
D. 
As alterações estruturais, como formação de emaranhados neurofibrilares intraneuronais, existem somente na DA e não estão presentes em outras doenças neurológicas.
As alterações estruturais, como formação de emaranhados neurofibrilares intraneuronais, são comuns a outras doenças neurológicas.
E. 
Astrocitose reativa e proliferação da micróglia são alterações estruturais presentes na DA.
Além dessas, outras alterações estruturais são a formação de emaranhados neurofibrilares intraneuronais.
4. 
Entre as áreas mais intensamente afetadas na doença de Alzheimer, está o(a):
A. 
Hipocampo.
O hipocampo tem inúmeras funções, principalmente relacionadas à memória.
B. 
Hipotálamo.
O hipotálamo está relacionado a funções vegetativas.
C. 
Glândula pineal.
A glândula pineal está envolvida com a indução ao sono.
D. 
Tronco encefálico.
O tronco encefálico está envolvido com funções vegetativas.
E. 
Medula espinal.
A medula espinal não está diretamente envolvida no processo degenerativo da DA.
5. 
Qual o principal peptídeo envolvido na DA?
A. 
Natriurético.
O peptídeo natriurético está envolvido na homeostase cardiovascular.
B. 
Peptídeo C.
O peptídeo C é usado para monitorar os níveis de glicemia.
C. 
Beta-amiloide.
O peptídeo beta-amiloide é formado pela proteína precursora beta-amilase.
D. 
De colágeno.
Peptídeos de colágeno estão sendo usados para auxiliar nos tratamentos de osteoartrite.
E. 
Peptídeo bioativos de soroproteínas.
São peptídeos considerados biofuncionais, consumidos na dieta.
Aula 4.1 - Distúrbios do sistema imune
Desafio: A doença hemolítica perinatal (DHPN) é uma patologia ligada a distúrbios dos sistema autoimune que atinge mulheres grávidas e seus fetos, podendo causar doença hemolítica. Seu desafio é mostrar qual o tipo de alteração do sistema imune, apresentando suas características, além dos cuidados que devem ser tomados para evitar as consequências desse distúrbio.
Resposta: A doença hemolítica perinatal (DHPN), ou isoimunização Rh, é caracterizada pela ação de anticorpos maternos contra antígenos de grupo sanguíneo, de origem paterna, presentes nas células fetais ou do recém-nascido (RN). Somente os anticorpos da classe IgG são capazes de penetrar a placenta e, portanto, causar anemia, hidropsia ou morte fetal. A resposta inicial de produção de anticorpos é lenta; assim, geralmente, não atinge o feto se for a primeira gravidez. Se a mãe Rh negativo engravida novamente de um feto Rh positivo, as células de memória respondem de forma rápida, sendo capazes de produzir altos níveis de anticorpos.
A passagem do anticorpo se dá por meio de transporte ativo e envolve o fragmento Fc da imunoglobulina e receptores Fc na placenta. Nos RNs afetados, a destruição de células vermelhas pode levar à anemia e à icterícia, que, se não tratada com transfusão de sangue, poderá agravar-se, levando o RN a desenvolver kernicterus, síndrome caracterizada pela impregnação de bilirrubina nos núcleos da base cerebral.
Realizar o pré-natal é fundamental para uma boa gestação, saber o tipo sanguíneo e o fator Rh materno e paterno, o número de partos e a forma como foram realizados são informações importantes para o diagnóstico e tratamento da DHPN, exames clínicos como amniocentese e cardocentese devem ser feitos para confirmação.
Exercícios
1. 
O Lúpus é uma doença autoimune, não contagiosa e que não tem cura. Escolha a alternativa que não apresenta um sintoma de lúpus.
A. 
Convulsão.
o lúpus pode causar lesão cerebral – convulsão (muitas vezes atribuída a outra doença neurológica), ansiedade, psicose e depressão.
B. 
Manchas na pele.
o lúpus pode causar manchas na pele, especialmente quando exposta ao sol.
C. 
Serosite.
O lúpus pode causar serosite, que é a inflamação da membrana que recobre externamente os pulmões (pleura) e o coração (pericárdio).
D. 
Cegueira.
Doenças oculares e cegueira são sintomas de diabetes tipo II, que também é uma doença autoimune.
E. 
Feridas recorrentes.
Pequenas feridas recorrentes na boca e no nariz.
2. 
Marque a alternativa que apresenta a doença que enfraquece o sistema imune e é causada pelo vírus da imunodeficiência humana.
A. 
SIDA.
A SIDA é causada pelo vírus da imunodeficiência humana, é uma doença mortal não hereditária. O vírus destrói os glóbulos brancos deixando o organismo vulnerável.
B. 
Bronquite.
A bronquite é causada geralmente por vírus, embora em alguns casos possa ser resultado de uma infecção bacteriana.
C. 
Catapora.
A catapora, ou varicela, é uma infecção causada pelo vírus varicela-zóster. A doença é altamente contagiosa, mas quase sempre sem gravidade.
D. 
Vitiligo.
O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo.
E. 
Hanseníase.
A hanseníase, que por muito tempo foi chamada de lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae.
3. 
Qual o tipo de alteração imune tem como resultado a imunodeficiência?
A. 
Respostas imunes hipersensíveis.
A hipersensibilidade é resultante da resposta imune excessiva a alérgenos e processos inflamatórios são seus principais resultados.
B. 
Autoimunidade.
Autoimunidade acontece quando falha a distinção do que é próprio e o que não é próprio e o sistema imune ataca células do hospedeirocomo se fossem substâncias estranhas destruindo ou alterando células sadias.
C. 
Aloimunidade.
A aloimunidade ocorre quando uma resposta imune é estimulada pela presença de células de outro indivíduo da mesma espécie podendo ocorrer após enxertos ou transfusões. O sistema imune responde através das células T do hospedeiro que atacam os antígenos e destroem o tecido transplantado.
D. 
Falha da defesa do hospedeiro.
É quando o patógeno consegue enganar o sistema imune, a inibição ou incapacitação de algum componente do sistema autoimune resulta na imunossupressão e a principal forma de imunossupressão é a imunodeficiência.
E. 
Reação anafilática.
A reação anafilática é um tipo de resposta imune de hipersensibilidade do tipo I.
4. 
Qual dos quadros clínicos abaixo é exemplo de doença autoimune?
A. 
Agamaglobulinemia ligada ao X.
A doença afeta principalmente crianças e evidencia-se clinicamente nos primeiros 2 anos de vida com várias infecções sinopulmonares causadas principalmente por bactérias piogênicas e, em escala muito menor, também por vírus. Como as bactérias encapsuladas dependem da ligação de anticorpos para sua opsonização eficaz, os pacientes com essa imunodeficiência humoral desenvolvem sinusites, pneumonite, faringite, bronquite e otite média secundárias às infecções.
B. 
Rinite alérgica.
Doença alérgica das vias respiratórias caracterizada por lesão dos tecidos locais e disfunção dos tratos respiratórios superior e inferior, secundárias a uma resposta imune de hipersensibilidade anormal aos alergênios ambientais onipresentes, que normalmente são inofensivos.
C. 
AIDS.
A AIDS é uma imunodeficiência secundária causada pela infecção com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
D. 
Anafilaxia.
Representa uma resposta sistêmica a uma reação de hipersensibilidade do tipo I.
E. 
Lúpus eritematoso sistêmico.
É considerado uma doença autoimune e realiza resposta tanto do sistema imune inato quanto do humoral.
5. Uma das alternativas a seguir apresenta critérios que devem ser seguidos para que as vacinas sejam efetivas. Marque a opção correta.
A. As vacinas devem proteger contra enfermidades causadas por patógenos mortos.
As vacinas devem proteger contra enfermidades causadas por patógenos vivos.
B. As vacinas devem oferecer proteção por um curto tempo.
As vacinas devem oferecer proteção por um longo tempo.
C. As vacinas devem ser seguras, evitando o desenvolvimento das doenças em questão.
As técnicas de vacinação moderna incluem o uso de organismos mortos ou atenuados, ou seja, com habilidade reduzida de causar doenças.
D. As vacinas devem estimular a proteção de anticorpos e de imunidade mediada por IgE.
As vacinas devem estimular a produção de anticorpos e de imunidade mediada por células T.
E. É comum que as vacinas apresentem fortes efeitos colaterais.
As vacinas devem apresentar efeitos colaterais mínimos.
Aula 4.2 - Distúrbios hematológicos
Desafio: Leia o seguinte caso, pesquise e responda as perguntas.
Caso: Mulher de 24 anos chega à unidade de emergência com dores intensas abdominais. Nega a ocorrência de febre, calafrios, tosse ou outros sintomas respiratórios. Não esteve doente, nem acamada ou imobilizada por um período prolongado de tempo. Não fuma e não ingere bebidas alcoólicas. Teve gestação com parto normal há um ano. Tem estado com boa saúde e, no momento, não está tomando nenhum medicamento. Usou contraceptivo oral desde os 18 anos e parou desde o nascimento de seu filho. A história familiar revela que a mãe teve trombose venosa profunda. Após ultrassonografia, foi diagnosticado trombose mesentérica. A partir de seu histórico familiar, suspeita-se de um estado de hipercoagulação.
1) De acordo com o quadro clínico, qual dos componentes da tríade de Virchow podem ser encontrados neste caso? Justifique sua resposta.
2) O fato de a paciente ter usado contraceptivo oral (pílula anticoncepcional) pode ter alguma relação com o desenvolvimento de trombose ou formação de coágulos? Por quê?
3) Qual a importância do histórico familiar na suspeita de um caso de trombose venosa profunda?
Resposta: 
1) Tríade de Virchow: diminuição do fluxo sanguíneo, lesão ou inflamação de vaso sanguíneo, e alterações das propriedades intrínsecas do sangue. Então quanto ao caso: essa paciente não tem história de imobilidade ou de outra causa de redução do fluxo sanguíneo. Apresenta história de lesão de vaso sanguíneo (que é o histórico da mãe que teve trombose venosa profunda). Finalmente, a recorrência atual de formação de trombo, juntamente com história familiar de coágulos, sugere uma alteração das propriedades intrínsecas do sangue.
2) Alguns estudos demonstraram que o uso de contraceptivos com altas dosagens (superior a 50 m g) de estrogênios está relacionada a um aumento dos riscos de trombose venosa profunda e de infarto do miocárdio.
3) A trombose tem um padrão dominante de herança, surge uma suspeita quando outros membros da família já tiveram problemas de coagulação, ressaltando assim a importância de obter uma história familiar.
Exercícios
1. 
Os eritrócitos pequenos, com baixo volume corpuscular médio, são denominados células microcíticas, enquanto as células maiores do que o normal são denominadas macrocíticas. Indique a anormalidade relacionada à produção de hemoglobina somente nas células microcíticas:
A. 
Doenças de Graves.
Esta doença está relacionada à glândula tireoide.
B. 
Anemia ferropriva.
A anemia ferropriva juntamente com a talassemia são anormalidades das células microcíticas.
C. 
Somente talassemia.
As anormalidades envolvendo células microcíticas não são somente relacionadas à talassemia.
D. 
Anemia perniciosa.
A anemia perniciosa é uma anemia megaloblástica (macrocítica) caracterizada por uma maturação nuclear anormal dos eritrócitos. A síntese de hemoglobina apresenta-se normal, mas ocorre a deficiência de ferro.
E. 
Gastrite atrófica crônica
A gastrite atrófica crônica é uma consequência da anemia perniciosa.
2. 
Sobre as plaquetas, é correto afirmar que:
A. 
As plaquetas são células multinucleadas presentes na medula óssea, denominadas megacariócitos
As plaquetas não são células, porém fragmentos de células multinucleadas maiores presentes na medula óssea, denominadas megacariócitos
B. 
As plaquetas não têm participação ativa na coagulação normal do sangue.
As plaquetas têm participação ativa na coagulação normal do sangue.
C. 
A produção de plaquetas é estimulada por múltiplas citocinas, porém, depende principalmente da ação da trombopoietina.
A produção de plaquetas é estimulada por múltiplas citocinas, porém, depende principalmente da ação da trombopoietina e da IL-3, IL-6 e IL-11
D. 
A trombopoiese é estimulada por uma alta contagem de plaquetas.
A trombopoiese é estimulada por uma baixa contagem de plaquetas.
E. 
Fagocitam bactérias com suas lisozimas.
Os neutrófilos fagocitam bactérias com suas lisozimas.
3. 
Existem distúrbios de coagulação quantitativos e qualitativos. Os distúrbios quantitativos que mais comumente causam hemorragia são a hemofilia A e a hemofilia B. Indique a alternativa correta sobre a hemofilia A:
A. 
Tem relação com a deficiência do fator IX e é transmitida como caráter recessivo ligado ao cromossomo Y
Os distúrbios mais importantes dos fatores da coagulação são, em geral, hereditários e os distúrbios quantitativos que mais comumente causam hemorragia são a hemofilia A (deficiência do fator VIII) e a hemofilia B (deficiência do fator IX). Ambas são transmitidas como caráter recessivo ligado ao cromossomo X e produzem sangramento pós-traumático espontâneo e excessivo, particularmente nas articulações e nos músculos.
B. 
Tem relação com a deficiência do fator VIII e é transmitida como caráter recessivo ligado ao cromossomo X
Os distúrbios mais importantes dos fatores da coagulação são, em geral, hereditários e os distúrbios quantitativos que mais comumente causam hemorragia são a hemofilia A (deficiência do fator VIII) e a hemofilia B (deficiência do fator IX). Ambas são transmitidas comocaráter recessivo ligado ao cromossomo X e produzem sangramento pós-traumático espontâneo e excessivo, particularmente nas articulações e nos músculos.
C. 
Produz sangramento pós-traumático espontâneo e excessivo, particularmente nas articulações e nos músculos e é transmitida como caráter recessivo ligado ao cromossomo Y
Os distúrbios mais importantes dos fatores da coagulação são, em geral, hereditários e os distúrbios quantitativos que mais comumente causam hemorragia são a hemofilia A (deficiência do fator VIII) e a hemofilia B (deficiência do fator IX). Ambas são transmitidas como caráter recessivo ligado ao cromossomo X e produzem sangramento pós-traumático espontâneo e excessivo, particularmente nas articulações e nos músculos.
D. 
Tem relação com a deficiência do fator fator XI e é chamada de Síndrome de Rosenthal
Os distúrbios mais importantes dos fatores da coagulação são, em geral, hereditários e os distúrbios quantitativos que mais comumente causam hemorragia são a hemofilia A (deficiência do fator VIII) e a hemofilia B (deficiência do fator IX). Ambas são transmitidas como caráter recessivo ligado ao cromossomo X e produzem sangramento pós-traumático espontâneo e excessivo, particularmente nas articulações e nos músculos.
E. 
Tem relação com a deficiência de fibrinogênio e é transmitida como caráter recessivo ligado ao cromossomo Y
Os distúrbios mais importantes dos fatores da coagulação são, em geral, hereditários e os distúrbios quantitativos que mais comumente causam hemorragia são a hemofilia A (deficiência do fator VIII) e a hemofilia B (deficiência do fator IX). Ambas são transmitidas como caráter recessivo ligado ao cromossomo X e produzem sangramento pós-traumático espontâneo e excessivo, particularmente nas articulações e nos músculos.
4. 
Indique a alternativa que tem relação somente aos distúrbios dos leucócitos:
A. 
Trombocitopenia.
Trombocitopenia é a contagem baixa de plaquetas.
B. 
Hemofilia A.
Distúrbio relacionado às plaquetas.
C. 
Doença de von Willebrand.
Doenças relacionada às plaquetas.
D. 
Neutropenia.
É o número diminuído de neutrófilos, visto na infecção maciça e em doenças benignas, como a neutropenia cíclica.
E. 
Hipotireoidismo.
É um distúrbio da glândula tireoide e não tem relação com os leucócitos.
5. 
O tempo de protrombina e o tempo de tromboplastina parcial ativado são analisados para distúrbios relacionados à qual alternativa?
A. 
Eritrócito.
Eritrócitos não estão envolvidos nos processo de coagulação.
B. 
Linfócito.
Linfócitos não estão envolvidos nos processo de coagulação.
C. 
Proteínas plasmáticas.
As proteínas plasmáticas e as plaquetas estão envolvidas no processo de coagulação.
D. 
Monócito.
Monócitos não estão envolvidos nos processo de coagulação.
E. 
Leucócito.
Leucócitos não estão envolvidos nos processo de coagulação.
Aula 5.1 - Distúrbios osteoarticulares
Desafio: Ao chegar ao seu consultório, uma paciente que afirma já ter tratado a primeira crise de gota, mas continua com algumas dores. Ela quer saber se precisa fazer um tratamento a longo prazo agora, ou se tem que esperar outra crise. Você sabe que há duas possibilidades de medicamentos para este tratamento, mas antes pede a ela que lhe mostre os exames de sangue e de urina feitos recentemente, quando da primeira crise.
Você confirma que o ácido úrico, ou seja, a hiperuricemia, está acima do normal, mas ainda não tem certeza absoluta do diagnóstico. Com o histórico médico da paciente e suas reclamações de dores nas juntas, descrição da última crise e uso de medicamento para controle de pressão alta, você confirma a presença de gota na paciente, explicando que a doença tem caráter genético e hereditário.
A paciente também relata que as pessoas que ela conhece/conheceu com gota são todas homens, e questiona porque é mais difícil a mulher desenvolver a doença.
Se desafio é explicar à paciente qual a diferença da incidência de gota em homens e mulheres, mas principalmente indicar e explicar qual tratamento será prescrito no caso dela.
Resposta: "Realmente, a incidência de gota é muito maior em homens do que em mulheres (1 mulher para cada 9 homens), e no seu caso, o que ocorre é bem típico: a senhora faz uso de diuréticos triazídicos para controle de pressão alta, e eles dificultam a excreção de ácido úrico do organismo, por isso ele fica acumulando e provoca as crises. Essa gota mais específica é chamada de “gota secundária”, diferente da incidência da “gota primária”, mais comum em homens.
Geralmente na mulher essas dores nas articulações se devem ao aumento de ácido úrico que, neste caso, é causado principalmente pelo uso de diuréticos triazídicos, que é o seu caso.
Temos dois medicamentos indicados para o tratamento, um deles produz muito ácido úrico, mas elimina poucas quantidades (hiperprodutor), e o outro, que produz quantidades normais de ácido úrico (hipoexcretor) de ácido úrico. No seu caso, comparando os exames de sangue e de urina, vemos que o nível de ácido úrico está alto tanto no sangue quanto na urina, o que mostra que a excreção é baixa. Neste caso, nós temos que indicar um tratamento que trabalhe com esses dois tipos de medicamentos.
A senhora também deve voltar caso ocorra mais uma crise, pois se a incidência das crises aumentar, aí sim teremos de rever o tratamento e passar para um tratamento de uso prolongado, se for o caso."
Exercícios
1. 
Os seguintes sintomas estão relacionados com a osteoartrite, exceto:
A. 
a) Aumento do volume articular.
O processo inflamatório e degenerativo causa o aumento da dimensão das articulações.
B. 
b) Dor.
A dor é um sintoma causado por vários fatores, como aumento da pressão intra-articular e degeneração da cartilagem articular, fazendo com que as superfícies ósseas das junturas entrem em contato.
C. 
c) Rigidez articular.
A rigidez articular pode ocorrer em qualquer fase desta patologia, pois depende do grau de degeneração e comprometimento das estruturas articulares.
D. 
d) Dispneia.
A dispneia é a alteração da respiração e não tem relação direta com a osteoartrite.
E. 
e) Ausência de dor, ausência de rigidez articular, ausência de limitações de movimentos.
Existem casos nos quais os pacientes não apresentam sintomas, embora o grau de degeneração já tenha avançado.
2. 
A gota é uma doença causada pelo acúmulo de cristais de urato monossódico no interior das cápsulas articulares. Este acúmulo de urato é devido ao seu excesso no sangue, decorrente, de forma direta:
A. 
a) Da alteração na filtração glomerular nos rins.
Uma redução da taxa de filtração glomerular pelos néfrons, que é uma causa da insuficiência renal, está diretamente relacionada com o aumento da concentração de urato no sangue e consequente depósito intra-articular.
B. 
b) Da falta de vitamina D.
A falta de vitamina D não tem relação com a doença gotosa.
C. 
c) Da resposta autoimune característica desta doença.
A gota não é uma doença autoimune.
D. 
d) Do desgaste das cartilagens articulares.
O desgaste das cartilagens articulares não é a causa do acúmulo de urato monossódico nas articulações.
E. 
e) Da inflamação das membranas sinoviais das articulações.
A inflamação das membranas sinoviais das articulações não é a causa do aumento de urato sanguíneo e sim a causa das alterações nas doenças articulares inflamatórias.
3. 
Sobre a artrite reumatoide é correto afirmar que:
A. 
a) Atinge predominantemente crianças entre 7 e 15 anos.
Atinge predominantemente mulheres de meia-idade.
B. 
b) É uma doença autoimune.
Ocorre a inflamação da membrana sinovial das articulações tipo diartroses, causada pela ação das células B, células T e macrófagos.
C. 
c) Não é causada por fatores genéticos.
Pode ter causas genéticas e/ou ambientais.
D. 
d) É contagiosa quando houver contato com o tecido conjuntivo do paciente.
Não é contagiosa.
E. 
e) Não existe tratamento para esta patologia.
Existe tratamento medicamentoso, com imunomoduladores e anti-inflamatórios.
4. 
Estudos atuais sobre esta doença mudaram alguns conceitos antigos,como o fato de não estar restrita ao envelhecimento. Além disso, esta patologia é frequentemente diagnosticada em atletas, que fazem esforço repetitivos traumáticos. A patologia descrita pode ser:
A. 
a) Artrite séptica.
Artrite séptica se dá por contaminação bacteriana ou viral.
B. 
b) Artrite reumatoide.
A artrite reumatoide é uma doença autoimune e não apresenta as características mencionadas.
C. 
c) Miastenia gravis.
A miastenia grave é uma patologia autoimune que atinge a função da musculatura esquelética.
D. 
d) Condromalácia.
Lúpus é uma doença autoimune que atinge a pele, as articulações e alguns órgãos. Não é decorrente de traumas mecânicos ou esforços repetitivos.
E. 
e) Osteoartrite.
A osteoartrite tem inúmeros fatores predisponentes, entre eles a obesidade, a instabilidade articular, alterações metabólicas articulares, fraturas e traumas prévios, e não somente o envelhecimento.
5. 
As doenças osteoarticulares ocorrem em articulações classificadas funcionalmente como:
A. 
a) Suturas.
As suturas são articulações fibrosas que fixam os ossos do crânio e não são articulações características das doenças mencionadas.
B. 
b) Gonfoses.
Gonfoses são articulações fibrosas que fixam os dentes aos ossos e não são articulações características das doenças mencionadas.
C. 
c) Diartroses.
As diartroses são extensamente móveis e possuem elementos típicos de alterações presentes nas patologias mencionadas, como membrana sinovial e cavidade articular.
D. 
d) Fibrosas.
Imóveis ou sinartroses são articulações como as suturas e as gonfoses e não são articulações características das doenças mencionadas.
E. 
e) Imóveis ou sinartroses.
A classificação fibrosa é estrutural e não uma classificação funcional. Fibrosas são as articulações imóveis, como as suturas e as gonfoses.
Aula 5.2 - Distúrbios musculoesqueléticos
Desafio: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática da automedicação consiste na seleção e uso de medicamentos para tratar sintomas ou doenças autorrelacionadas pelo indivíduo.
No Brasil, essa cultura é muito comum. Medicamentos, como parecetamol e outros que podem ser comprados sem prescrição médica, são facilmente encontrados nas "farmacinhas" presentes na maioria dos lares brasileiros.
O usos desses medicamentos sem acompanhamento médico tem como o principal efeito colateral a insuficiência hepática. A automedicação pode não causar mal imediato à saúde, mas, se promovida por anos, pode levar a problemas graves.
A partir dessas informações, pesquise e desenvolva um texto direcionado a pacientes, alertando sobre a relação entre automedicação e doenças reumáticas, bem como a ação dos corticoides no organismo humano e que ações podem ser adotadas para melhoria da qualidade de vida do paciente.
Resposta: No tratamento de doenças reumáticas, o diagnóstico precoce é o grande benefício dos pacientes, mas, para isso, o médico precisa identificar a artrite nas doenças inflamatórias, que se apresentam em três sinais: a dor, o edema e a vermelhidão.
A automedicação encobre facilmente esses sintomas e atrasa o diagnóstico. A utilização de corticoides para o alívio da dor é comum, no entanto, esse medicamento, além de encobrir o diagnóstico, pode levar a sérias complicações, como diabetes, hipertensão e glaucoma. Os corticoides atuam no organismo humano inibindo a ação do hormônio produzido pela glândula suprarrenal: o cortisol.
Este hormônio atua no metabolismo da glicose, no sistema imune, na cicatrização, entre outros. O uso prolongado de corticoide, que é um hormônio sintético, pode confundir o sistema imunológico, e a glândula suprarrenal pode entender que não é mais necessário produzir o cortisol.
Seguir à risca a prescrição médica e a realização de exames periódicos são fundamentais para o controle da doença, pois os medicamentos comumente recomendados pelos médicos levam cerca de três semanas para fazer efeito. Apoio familiar, adaptações na casa para facilitar a mobilidade do paciente, fisioterapia e outros cuidados que contribuam para a melhoria da qualidade de vida do paciente são de fundamental importância para o tratamento das doenças reumáticas.
Exercícios
1. 
Que partes de corpo humano podem ser afetadas diretamente por distúrbios musculoesqueléticos (DMEs)?
A. 
Os ossos, os músculos e o intestino.
Os distúrbios musculoesqueléticos não atingem o intestino diretamente.
B. 
Os ossos, as articulações e as córneas, podendo causar cegueira.
A córnea é um tecido transparente localizado na porção anterior do olho, em frente à íris. Os DMEs não atingem diretamente as córneas, levando os indivíduos à perda da visão.
C. 
As bursas, os nervos e os pulmões.
Os DMEs não atingem diretamente os pulmões.
D. 
A pele, os tendões e os músculos.
Os DMEs não atingem a pele diretamente.
E. 
Os tendões, os nervos, os músculos, as articulações, a circulação e as bursas.
Um amplo conjunto de desordens inflamatórias e/ou degenerativas que acometem tendões, nervos músculos, articulações, circulação e bursas.
2. 
Qual é o termo técnico utilizado para descrever a transmissão de força entre os segmentos do corpo em qualquer posição ou em movimento?
A. 
Cadeia cinética.
As articulações estão unidas, o movimento de cada articulação em separado afeta o movimento e o carregamento sobre algumas ou todas outras articulações do sistema.
B. 
Sistema de alavanca.
A maioria dos músculos atua em sistemas de alavanca, tracionam os ossos dos segmentos para controlar seus movimentos da mesma maneira que as forças do esforço atuam contra as forças de resistência em sistemas de alavanca.
C. 
Aponeurose.
A aponeurose é o tecido conjuntivo que prende um músculo a um osso.
D. 
Aquecimento.
Aquecimento refere-se ao exercício preliminar que prepara o corpo para a atividade física.
E. 
Anormalidades esqueléticas.
Anormalidade na forma ou comprimento dos ossos podendo causar sobrecarga excessiva do sistema musculoesquelético.
3. 
Os DMEs estão entre as doenças ocupacionais mais frequentes em todos os países, independentemente do seu grau de industrialização, afetando trabalhadores em países desenvolvidos e em países em subdesenvolvimento, levando-os a diferentes graus de incapacidade funcional. Marque a alternativa que apresenta uma doença musculoesquelética ocupacional.
A. 
Cistite.
Cistite é uma inflamação da mucosa da bexiga causada por bactérias presentes na bexiga em geral.
B. 
Diverticulite.
Diverticulite é uma inflamação caracterizada principalmente por bolsas e quistos pequenos e salientes da parede interna do intestino.
C. 
Tendinite.
Tendinite é a inflamação do tendão, parte final do músculo que se liga ao osso.
D. 
Câimbra.
A câimbra é uma contração rápida e dolorosa de um músculo. Geralmente não é grave e surge após a prática de exercício físico intenso, devido à falta de água no músculo. Também podem acontecer durante a gravidez em decorrência de falta de minerais, diabetes, doenças no fígado ou miopatia, por exemplo.
E. 
Tuberculose pulmonar.
A tuberculose pulmonar é uma infecção bacteriana contagiosa que afeta principalmente os pulmões.
4. 
Doença musculoesquelética caracterizada pelo depósito de cristais de urato monossódico no espaço articular que leva a episódios de dor aguda, intensa, e edema da articulação, particularmente no grande artelho, parte média do pé e joelho:
A. 
vasculite por complexos imunes.
Essa é uma doença inflamatória aguda dos pequenos vasos sanguíneos que ocorre no cenário de carga de antígeno em andamento e resposta imunológica humoral (anticorpos) estabelecida.
B. 
lúpus eritematoso sistêmico.
Esse é o protótipo de doença reumática autoimune sistêmica, caracterizada por lesões inflamatórias crônicas de múltiplos sistemas orgânicos.
C. 
gota.
Gota é o exemplo clássico de inflamação das articulações sinoviais induzida por cristais.
D. 
síndrome de Sjögren.
Esse é um distúrbio reumático autoimune, prevalente e lentamente progressivo, no qual as glândulas exócrinas representam o tecido-alvo.
E. 
leucocitoclasia.
Sensação clínica frequente da vasculite induzidapor complexos imunes na pele é a púrpura palpável, que aparece como pápulas vermelhas ou violáceas.
5. 
Marque a alternativa que apresenta situação que pode contribuir para a ocorrência de DMEs.
A. 
Realização de exercícos físicos com tênis adequado.
A utilização de calçado adequado, a prática e a superfície onde esta acontece evitam os DMEs.
B. 
Realização de alongamento e de aquecimento antes da prática de exercícios.
O aquecimento e o alongamento preparam os músculos, as articulações e os tendões para a atividade física.
C. 
Supertreinamento de pessoas sedentárias.
Pessoas sedentárias, ao realizar um supertreino, aumentam chance de sofrer algum tipo de lesão.
D. 
Equilíbrio emocional e psicológico.
O estresse psicológico afeta as respostas de atenção fisiológica.
E. 
Utilização de órteses.
Órteses são equipamentos utilizados em atividades não esportiva para auxiliar as estruturas de sustentação articular na recuperação de lesões.
Aula 6.1 - Distúrbios da medula suprarrenal
Desafio: Os feocromocitomas podem ser um dos fatores que levam a casos de hipertensão arterial. A importância e a gravidade destes tumores está na possibilidade de desencadearem crises hipertensivas potencialmente fatais, principalmente durante induções anestésicas, procedimentos cirúrgicos invasivos, cirurgias e situações de estresse.
Elabore um caso clínico de um indivíduo que foi diagnosticado com feocromocitoma, mencionando:
1) Idade e sexo do indivíduo;
2) Sintomas relatados;
3) Taxas de quais elementos vão ser analisados nos exames de sangue e de urina que foram solicitados pelo médico;
4) Quais exames radiológicos (de imagem) o médico poderá solicitar para confirmar o tumor da glândula suprarrenal;
5) E o que poderá ser sugerido ao paciente como manejo clínico, isto é, tratamento ou acompanhamento da patologia.
Resposta: Paciente do sexo masculino, 40 anos, em consulta médica queixa-se de palpitações, episódios de cefaleia, muita agitação e sudorese excessiva, durante as três últimas semanas. O médico então solicita exames laboratoriais de urina e de sangue para avaliar as taxas: basais de catecolaminas e seus metabólitos na urina e no sangue, dosagens de epinefrina, norepinefrina e dopamina urinárias e plasmáticas, metanefrinas e normetanefrinas urinárias e o ácido vanil mandélico urinário. O médico também solicita exame de ressonância magnética para confirmar o diagnóstico.
Foi diagnosticado feocromocitoma.
O tratamento indicado foi cirúrgico para a retirada do tumor. Se o tumor não puder ser extirpado, podem ser administrados medicamentos inibidores da síntese de catecolaminas, que poderá aliviar algumas manifestações clínicas da doença.
Exercícios
1. 
Feocromocitomas são tumores incomuns que surgem da inervação simpática da glândula suprarrenal, originando-se com mais frequência na medula adrenal. Estes tumores são produtores de:
A. 
a) Angiotensina II.
A angiotensina II é um hormônio que provoca a reabsorção de sódio e água pelos rins.
B. 
b) GABA
O GABA (ácido gama amino-butírico) é um neurotransmissor inibitório que regula as funções do sistema nervoso central.
C. 
c) Serotonina.
Serotonina é um neurotransmissor inibitório que, entre várias funções, inibe a transmissão de estímulos de dor.
D. 
d) Adrenalina e noradrenalina.
O tumor da medula suprarrenal provoca o aumento da produção de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina).
E. 
e) Endorfina e adrenalina.
As endorfinas são neurotransmissores liberados pelo sistema nervoso central e não pela medula suprarrenal.
2. 
A glândula adrenal é um local comum de doença metastática, sendo a mama e os pulmões as fontes mais comuns. As lesões podem ser unilaterais ou bilaterais, homogêneas ou heterogêneas em aparência. Geralmente, quanto maior a lesão metastática, maior a necrose e a hemorragia e mais heterogênea a aparência. Lesões menores tendem a ser mais uniformes. Nos feocromocitomas as lesões são massas sólidas bastante homogêneas (imagem). A maior parte dos feocromocitomas apresentam sintomas, como hipertensão e episódios de cefaleia e palpitações. Além destes sintomas, as seguintes manifestações clínicas estão relacionadas com esta patologia, exceto:
A. 
a) Hipertensão paroxística ou sustentada.
Hipertensão paroxística ou sustentada é a pressão arterial continuamente alta, típica de estimulação por catecolaminas.
B. 
b) Síndrome coronariana aguda.
A síndrome coronariana aguda pode ser causada pelos efeitos do excesso de catecolaminas.
C. 
c) Constipação.
As catecolaminas inibem as funções intestinais.
D. 
d) Ansiedade e psicose.
Ansiedade e psicose é um quadro característico dos efeitos das catecolaminas.
E. 
e) Diarreia e ausência de sudorese.
A diarreia não é um sintoma, pois o excesso de catecolaminas inibe o funcionamento dos intestinos. Não há ausência de sudorese, pelo contrário, há sudorese excessiva.
3. 
No feocromocitoma, as catecolaminas que escapam das vesículas neurossecretoras são convertidas: a adrenalina em metanefrina e a noroadrenalina em normetanefrina. Estes metabólitos da metanefrina escapam continuamente, diretamente para a circulação, em contraste com as catecolaminas que são secretadas de modo intermitente. A excreção contínua pelo feocromocitoma de metanefrinas é responsável pela sensibilidade superior do teste das metanefrinas livres, plasmáticas ou urinárias, no diagnóstico do feocromocitoma. Além destes exames, qual outro tipo de exame pode ser feito para diagnosticar este tumor?
A. 
a) Hormônios T3 e T4.
Hormônios T3 e T4 são hormônios da glândula tireoide.
B. 
b) Taxa de bilirrubina.
A taxa de bilirrubina é analisada quanto à alterações na vesícula biliar e fígado.
C. 
c) Taxa de creatinina no sangue.
A taxa de creatinina no sangue é analisada para avaliar as funções cardíacas e hepáticas.
D. 
d) Coleta de saliva.
A coleta de saliva não tem relação com esta patologia.
E. 
e) Ressonância magnética e tomografia computadorizada.
Ressonância magnética e tomografia computadorizada são exames radiológicos que podem detectar alterações morfológicas nas glândulas suprarrenais, apesar destas alterações serem bastante variáveis nas suas características radiológicas.
4. 
Os efeitos da epinefrina (adrenalina) e da norepinefrina (noradrenalina) são mediados pelas suas ações sobre duas classes de receptores: os receptores alfa e beta adrenérgicos. Os receptores α são subdivididos em receptores α1 e α2, enquanto os receptores β são subdivididos em receptores β1, β2 e β3. Indique a alternativa correta:
A. 
a) Os receptores α2 medeiam a contração do músculo liso nos vasos sanguíneos e no trato geniturinário e aumentam a glicogenólise.
Os receptores α1 medeiam a contração do músculo liso nos vasos sanguíneos e no trato geniturinário e aumentam a glicogenólise.
B. 
b) Os receptores α2 medeiam o relaxamento do músculo liso no trato gastrintestinal e a vasoconstrição de alguns vasos sanguíneos
Os receptores α2 medeiam o relaxamento do músculo liso no trato gastrintestinal e a vasoconstrição de alguns vasos sanguíneos e diminuem a secreção de insulina
C. 
c) Os receptores β1 medeiam um aumento na frequência e na força de contração do miocárdio e inibem a lipólise e a liberação de renina.
Os receptores β1 medeiam um aumento na frequência e na força de contração do miocárdio e estimulam a lipólise e a liberação de renina.
D. 
d) Os receptores β3 medeiam o relaxamento do músculo liso nos brônquios, nos vasos sanguíneos, no trato geniturinário e no trato gastrintestinal.
Os receptores β2 medeiam o relaxamento do músculo liso nos brônquios, nos vasos sanguíneos, no trato geniturinário e no trato gastrintestinal.
E. 
e) Os receptores β1 aumentam a gliconeogênese e a glicogenólise hepáticas, a glicogenólise muscular e a liberação de insulina e de glucagon.
Os receptores β2 aumentam a gliconeogênese e a glicogenólise hepáticas, a glicogenólise muscular e a liberação de insulina e de glucagon.
5. 
Algumas vezes ocorre apresença de tecido medular da suprarrenal acessório no retroperitônio, próximo aos gânglios simpáticos, ou ao longo da parte abdominal da aorta. Este tecido é chamado de:
A. 
a) Paragânglios.
Tecido acessório ao longo da artéria aorta abdominal.
B. 
b) Gânglios linfáticos.
Gânglios linfáticos pertencem ao sistema linfático.
C. 
c) Grânulos cromafins.
Dentro das células cromafins da medula suprarrenal armazenam as catecolaminas.
D. 
d) Derivação portossistêmica
É um distúrbio no fluxo sanguíneo que circula ao redor do figado ao invés de ser filtrado através dele.
E. 
e) Zona glomerulosa.
Zona glomerulosa é uma das camadas do córtex suprarrenal.
Aula 6.2 - Doença hepática
Desafio: Você sabia que a cirrose hepática não é só causada pelo alcoolismo? E se alguém lhe perguntar se a gordura no fígado pode levar à cirrose? O que você responderia? A cirrose hepática é uma doença silenciosa, pois nos estágios iniciais é assintomática e decorrente de vários fatores, não só o alcoolismo. Você como profissional da área da saúde precisa ter conhecimento sobre esta patologia, que atinge o fígado, um órgão vital para as funcionamento de diversas funções do organismo.
As perguntas que seguem irão nortear seu trabalho, utilize elas como base para compreender o tema "doença hepática", após obter todas as respostas produza uma vídeoaula de no máximo 5 minutos. Lembro que o vídeo deve ser em forma de palestra, ou seja, ser formado por figuras, palavras-chaves, aúdio, etc.
Perguntas norteadoras:
1) Por que o fígado não mostra sintomas ao longo do processo da cirrose?
2) Por que o indivíduo com cirrose hepática pode desenvolver hemorroidas?
3) Qual o nome da alteração que se caracteriza por acúmulo de gordura no fígado. Esta alteração pode levar à cirrose hepática?
4) Alguns especialistas comparam a cirrose a várias cicatrizes na pele. O que eles querem dizer com isso? Qual a consequência desta cicatriz (ou cicatrizes) no fígado?
5) Além do alcoolismo, cite mais três fatores que podem levar à cirrose hepática.
6) Existem certas doenças hepáticas genéticas, como o acúmulo de ferro no fígado. Pesquise e cite o nome desta patologia.
Resposta: O vídeo deverá abordar os conteúdos que seguem.
1) Por que o fígado não mostra sintomas ao longo do processo da cirrose?
Porque consegue desenvolver as funções vitais apenas com 20 a 30% de sua capacidade.
2) Por que o indivíduo com cirrose hepática pode desenvolver hemorroidas?
O fígado com cirrose oferece resistência para o sangue entrar, então aumenta a pressão sanguínea em outras áreas, como no reto, levando ao desenvolvimento de hemorroidas.
3) Qual o nome da alteração que se caracteriza por acúmulo de gordura no fígado? Esteatose.
Esta alteração pode levar à cirrose hepática? Sim, a longo prazo pode levar à cirrose.
4) Alguns especialistas comparam a cirrose a várias cicatrizes na pele. O que eles querem dizer com isso? Qual a consequência desta cicatriz (ou cicatrizes) no fígado?
Eles querem dizer que o tecido com cicatriz perde a função e a cirrose são inúmeras cicatrizes no órgão hepático.
5) Além do alcoolismo, cite mais três fatores que podem levar à cirrose hepática. Esteatose, vírus da hepatite e medicamentos usados por muito tempo.
6) Existem certas doenças hepáticas genéticas, como o acúmulo de ferro no fígado. Pesquise e cite o nome desta patologia.
Hemocromatose.
Exercícios
1. 
Alteração manifestada pela presença de excesso de líquido dentro da cavidade peritonial e no exame físico, aumento do perímetro abdominal, onda líquida, baloteamento do fígado e macicez de deslocamento. Esta descrição pertence à qual distúrbio?
A. 
Varizes gastresofágicas.
a) Varizes gastresofágicas estão presentes no esôfago e no estômago como consequência da derivação portossistêmica.
B. 
Hipoalbuminemia.
b) A hipoalbuminemia ocorre pelo agravamento progressivo da função hepatocelular na cirrose, que pode resultar em queda da concentração de albumina e de outras proteínas séricas sintetizadas pelo fígado.
C. 
Síndrome hepatorrenal.
c) A síndrome hepatorrenal pode ser uma consequência da ascite.
D. 
Hipertensão portal.
d) Nos pacientes com doença hepática a hipertensão portal é a causa da ascite.
E. 
Ascite.
e) A ascite é a consequência da hipertensão portal. Existem várias explicações para os mecanismos da formação da ascite, mas nenhuma é definitiva. A explicação geral é que o processo final da ascite ocorre quando o excesso de líquido peritoneal excede a capacidade de drenagem linfática, aumentando a pressão hidrostática.
2. 
São características relacionadas à lesão hepática crônica:
A. 
Matriz de baixa densidade no espaço subendotelial.
Matriz de baixa densidade é característica de fígado normal. Matriz de alta densidade no espaço subendotelial é característica de fígado com lesão crônica.
B. 
Lipócitos quiescentes ricos em vitamina A.
Lipócitos quiescentes ricos em vitamina A são característicos de fígado normal. Nas lesões crônicas os lipócitos proliferam, são fibrogênicos e não contêm vitamina A.
C. 
Espaço subendotelial sem fenestrações sinusoidais.
Esta perda das fenestrações e também das microvilosidades dos hepatócitos é característica de lesão hepática crônica.
D. 
Ausência de pontes de tecido conjuntivo.
Ausência de pontes de tecido conjuntivo é um sinal de fígado normal. Estas pontes ocorrem na remodelagem do tecido hepático, vista na progressão da cirrose.
E. 
Ausência de nódulos de regeneração.
A ausência de nódulos de regeneração é um sinal de fígado normal, pois estes nódulos estão presentes no processo de cirrose.
3. 
A hepatite viral aguda manifesta-se em três fases: o pródromo, a fase ictérica e a fase de convalescença. Indique a alternativa relacionada à fase pródomo:
A. 
Hiperbilirrubinemia.
O aumento da bilirrubina no sangue ocorre na fase ictérica.
B. 
Sinais e sintomas extra-hepáticos, como cefaleia, fotofobia e urticárias.
A fase pródomo caracteriza-se por sinais e sintomas inespecíficos, não relacionados diretamente ao fígado, assim como sintomas gastrintestinais.
C. 
Alterações na cor das fezes e na cor da urina.
Fezes mais claras e urina mais escura são identificadas na fase ictérica, indiretamente por causa do comprometimento do fluxo biliar.
D. 
Esplenomegalia.
Esplenomegalia (espleno=baço; mega=grande; ia=alteração) é o aumento anormal do baço que ocorre em alguns pacientes na fase ictérica.
E. 
Disfunção renal e edema cerebral.
Na fase ictérica, órgãos e estruturas são comprometidas pela toxicidade no sangue ou pela alteração da pressão portal, decorrentes na disfunção hepática.
4. Existe um sistema de pontuação simplificado para a hepatite crônica, que consiste em graus e estágios. Indique a alternativa que apresenta características do estágio 1:
A. Fibrose limitada aos tratos portais.
Característica do estágio 1 para hepatite crônica.
B. Septos periportais com integridade da relação vascular.
Característica do estágio 2.
C. Fibrose com estrutura deformada, porém sem cirrose óbvia.
Característica do estágio 3.
D. Hepatite de interface grave e disseminada.
Característica do grau 4 relacionado à inflamação portal e hepatite de interface.
E. Nenhuma fibrose.
Estágio zero.
5. Todas as alternativas sobre a destoxificação dos fármacos pelo fígado exceto:
A. A presença, na corrente sanguínea, um dos grandes grupos de fármacos inativados pelas enzimas de fase I aumenta a quantidade e a atividade dessas enzimas no fígado.
Este processo é chamado de indução enzimática e tem grande importância fisiológica.
B. As reações de fase I convertem compostos relativamente benignos em produtos mais reativos e mais tóxicos.
Estas reações servem para facilitar as reações de fase II, tornando o processo de destoxificação mais eficiente.
C. 
Os esteroides anabólicos, usados cronicamente, podem causar hepatite.
Os esteroides anabólicos podem causar colestase, que é um distúrbio relacionado a secreção de bile.
D. Os anestésicos podem causar hepatite.
O uso crônico de anestésicos, assim como anti-hipertensivos,

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