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GESTÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO - ANÁLISE DOS RISCOS DE ACIDENTES EM UMA MICROEMPRESA DO SETOR DE MÁRMORES E GRANITOS NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE MÉDICI-RO

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Universidade Candido Mendes 
 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
PAULO RICARDO JUNNIOR BARBOSA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO: ANÁLISE DOS 
RISCOS DE ACIDENTES EM UMA MICROEMPRESA DO 
SETOR DE MÁRMORES E GRANITOS NO MUNICÍPIO DE 
PRESIDENTE MÉDICI/RO 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente Médici/RO 
2019 
 
2 
 
PAULO RICARDO JUNNIOR BARBOSA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO: ANÁLISE DOS 
RISCOS DE ACIDENTES EM UMA MICROEMPRESA DO 
SETOR DE MÁRMORES E GRANITOS NO MUNICÍPIO DE 
PRESIDENTE MÉDICI/RO 
 
Artigo apresentado à Universidade Candido 
Mendes como exigência parcial à obtenção 
do título de Especialista em Engenharia de 
Segurança do Trabalho. 
 
Nome do Orientador: Luiz Roberto Pires 
Domingues Junior 
 
Presidente Médici/RO 
2019 
 
3 
 
 
Resumo 
 
Este estudo de caso aborda os riscos envolvidos no exercício da atividade com 
mármores e granitos existentes em uma marmoraria na cidade de Presidente 
Médici/RO, em que os trabalhadores estão envolvidos diariamente em sua jornada de 
trabalho. Exposição a poeira contendo sílica, irregularidade no piso, problemas com 
umidade excessiva e uso de equipamentos sem proteção tanto de EPI quanto de EPC. 
Com os riscos envolvidos desenvolveu-se um estudo baseado em visitas no local, 
entrevista com o empregador e com os empregados e assim fornecer um diagnóstico 
dos locais onde há os agentes causadores de riscos e então traçado o plano de ação 
contra os riscos, através de pesquisa bibliográfica, classificando de acordo com a 
revisão. Por fim o estudo se mostra relevante pois observa-se a importância de 
executar uma análise ante a toda atividade profissional desenvolvida por qualquer 
pessoa, sendo importante mesmo que em uma empresa pequena e sem 
obrigatoriedade de constituir SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho) e de CIPA (Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes) é interessante que se tenha um acompanhamento por um médico do 
trabalho para prevenir doenças ocupacionais e acompanhar a saúde do trabalhador 
para prevenção. 
 
 
Palavras-chave: marmoraria; riscos ocupacionais; silicose; granito; medidas 
preventivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. PROBLEMA 
 
Quais os riscos envolvidos no exercício da atividade do setor de mármores e granitos 
e quais medidas preventivas. 
 
2. OBJETIVO GERAL 
 
Estabelecer os riscos envolvidos no exercício da profissão aos empregados em todas 
as esferas de riscos. 
 
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Como o EST pode trabalhar para minimizar os problemas causados pelo exercício da 
atividade com mármores e granitos. 
 
4. JUSTIFICATIVA 
 
É evidente o crescimento do consumo de mármores e granitos na construção civil na 
cidade de Presidente Médici e por se tratar de uma cidade pequena, a fiscalização e 
a mão de obra qualificada fica sempre em segundo plano. Muitas vezes tanto as 
empresas quanto os órgãos fiscalizadores não têm conhecimento total de como a 
atividade deve-se comportar mediante aos impactos ambientais e os riscos à saúde 
humana. Acontece que ao observar uma dessas empresas, pude constatar que a 
atividade é exercida sem nenhuma preocupação com o risco a saúde dos 
trabalhadores, muito menos com a vizinhança ao redor. Outro agravante é a vigilância 
sanitária do município também não se preocupar, emitindo o alvará de funcionamento 
mesmo com as condições precárias de serviço. Levando em conta esses pontos, logo 
ficou claro que a população, empregadores e o governo, não tem conhecimento dos 
problemas graves que o setor pode gerar para a cidade. 
 
 
 
 
5 
 
5. REVISÃO DE LITERATURA 
 
A marmoraria trabalha com peças derivadas das rochas como granito, ardósias, 
mármores e produtos fabricados como o silestone e limestone. Dentre as atividades 
desenvolvidas o transporte de chapas, polimento, corte e acabamento são os mais 
desenvolvidos no dia a dia de trabalho. Entretanto há vários riscos envolvidos nessa 
atividade como risco de esmagamento de membros como pés e mãos, poeira, ruídos 
e acidentes e riscos ergonômicos. Em particular a poeira é o mais complicado de se 
controlar por conta dos equipamentos que geralmente são usados à seco, sendo essa 
poeira portadora da sílica que causa uma doença pulmonar perigosa e sem cura. 
Tão complexo quanto o processo produtivo, o conjunto que se cria para ter um 
ambiente de trabalho saudável e com segurança. São diversos os fatores que são 
levados em consideração para que tenhamos um ambiente totalmente harmonioso e 
com o mínimo de risco a doenças ou acidentes ocupacionais. Apesar das perdas e 
dos riscos envolvendo trabalho, apenas em meados do século XVIII, na Inglaterra é 
que a saúde e segurança do trabalho foi levado a sério. A revolução industrial levou a 
Inglaterra a ser a primeira a legislar sobre o assunto, criando processos para diminuir 
os riscos e doenças ocupacionais o que serviu de base para os demais países. No 
Brasil a legislação só começou no final do século XIX com o decreto 1313 de 17 de 
janeiro de 1891, que legislou sobre as condições de trabalho para os menores de 
idade. Mas só após o século XX é que houve avanço à todas faixas etárias com a 
criação da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) na década de 40. 
Riscos ocupacionais são aqueles que o trabalhador está sujeito a sofrer devido a suas 
atividades profissionais, ou seja, são acidentes e doenças que podem ser acarretadas 
devido ao seu trabalho ou por algum motivo da ocupação que exerce. Está geralmente 
interligado ao ambiente de trabalho sendo os motivos mais comuns o ruído, vibrações, 
gases, vapores, iluminação inadequada e tudo o que for agressivo à saúde humana. 
Nesse sentindo a NR12 regulamenta os riscos devido a atividade profissional exercida 
em 3 classes de agressividade (baixo, médio e alto). Os riscos ocupacionais são 
divididos nos seguintes seguimentos: 
Riscos físicos: são aqueles que o trabalhador está exposto à diversas formas de 
energia, tais como: ruído, pressão, calor, frio, umidade, radiações ionizantes e não 
ionizantes, vibrações entre outros. 
 
6 
 
Riscos ergonômicos: são aqueles que afetam as características físicas e psicológicas 
do trabalhador devido esforços excessivos de sua profissão, como: levantamento de 
peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, trabalho 
noturno excessivo, grandes jornadas de trabalho, entre outros, que causam estresse 
ao trabalhador. 
Riscos químicos: toda forma de substância, compostos ou produtos que possam 
penetrar no organismo do trabalhador através na inalação de gases, poeiras, neblinas, 
névoas ou vapores devido à atividade ou a exposição; contato através da pele ou 
ingestão do mesmo. 
Riscos de acidente: qualquer situação que deixe o trabalhador vulnerável, afetando 
sua integridade e bem-estar físico e psicológico, como: máquinas e equipamentos 
sem proteção, riscos de choques elétricos, probabilidade de explosões e incêndios 
devido à falta de proteção, arranjo físico inadequado e etc. 
Riscos biológicos: exposição a vírus, fungos, bactérias, protozoários, parasitas entre 
outros. 
“Prevenir é melhor que remediar”, um ditado popular que se aplica muito bem a 
engenharia de segurança no trabalho e em sua política. São diversas as formas que 
podemos intervir para que essa prevenção aconteça. Se paramos para analisar, os 
custos da prevenção são bem menores que os de custeio com indenizações e 
tratamento médico após o acidente, sem contar no transtorno psicológico causado ao 
acidentado. Diversas são as formas que podemos prevenir o ambiente de trabalho 
para que se torne seguro ao trabalhador como programa de treinamento de pessoal, 
divulgação dos riscos existentes aos funcionários, fornecimento de EPI’s e EPC’s com 
devido treinamento,organização do ambiente, conscientização e etc. 
Sendo grande ou de baixa produção a atividade com granito e mármores, os 
trabalhadores estão sujeitos à muitos riscos, sendo os ergonômicos os que mais 
ocorre devido as condições de trabalho e cargo. A situação se agrava quando se 
observa que mesmo sendo uma empresa grande de extração do minério, não há o 
controle adequado dos riscos a saúde e segurança do trabalhador, fato esse que piora 
quando falamos de pequenas empresas. Em cidades pequenas o cuidado com a 
saúde e segurança do trabalhador não são levados à sério, sendo o principal ponto a 
falta de fiscalização por parte da vigilância sanitária, prefeitura e demais órgão, mas 
também do empregador que muitas vezes nem se preocupa ou acha que é um gasto 
 
7 
 
sem a devida importância. A falta de fiscalização mais rigorosa tem colocado a vida 
de muitos trabalhadores e da população vizinha em risco que poderiam ser evitados 
com medidas simples, mas extremamente efetivas, proporcionando bem-estar e 
melhoria na qualidade de vida do trabalhador. 
 
6. METODOLOGIA 
 
O estudo de caso visa a experiência do dia a dia do trabalhador na confecção de 
peças em mármore e granito em uma empresa de cultura familiar e com produção 
típica artesanal. Foi acordado a análise dentro do ambiente de trabalho, desde a 
chegada do material, beneficiamento e transporte do produto acabado ao local de 
destino. 
Silva e Menezes (2001) classifica esse tipo de pesquisa em sua natureza como 
aplicada, que tem o intuito de gerar conhecimentos e na aplicação pratica das 
soluções encontradas, na forma de abordagem qualitativa onde serão analisados os 
riscos, classifica-los e por fim, trazer soluções para que não haja doenças ou acidentes 
no futuro. De acordo com Gil (1991) o objetivo da pesquisa é descritiva-explicativa, 
visando a determinação dos fenômenos envolvidos na atividade, bem como, 
determinar o motivo das ocorrências desses fenômenos e efetuar o estudo de caso 
com o intuído de trazer soluções práticas aos riscos existentes no local de trabalho. 
Houve relatos de acidentes causados pelo exercício da profissão pelos trabalhadores 
principalmente no transporte de matérias, o que afirma a falta de equipamento básico 
para manuseio do mesmo. A análise dos riscos será baseada em todos os processos 
de produção na marmoraria e também das instalações das maquinas e equipamentos. 
Com isso o estudo foi dividido em 4 partes sendo elas: 1º - coleta das informações 
sobre as condições de trabalho, 2º - análise das condições, 3º - medidas preventivas 
aos riscos analisados e 4º - plano de ação. 
Na primeira etapa foram realizadas visitas técnicas no local a fim de analisar os riscos 
existentes em campo, com registro de imagens e também entrevista com os 
funcionários de cada setor de produção. Forma levantados os problemas no processo 
de produção de diversas peças, desde a mais simples como soleira e peitoril aos mais 
complexos quanto bancadas e pias, lavatórios e afins. 
 
8 
 
Para análise das informações coletadas, identificação de medidas preventivas dos 
riscos para posterior plano de ação, as amostras foram classificadas em duas etapas, 
equipamentos e local de trabalho. Aos equipamentos será analisado se o mesmo 
oferece segurança no manuseio, desde a instalação, sistemas de proteção em caso 
de acidente, integridade equipamento entre outros. Quanto ao local de trabalho será 
analisado a eficiência do local para desenvolvimento da atividade, disposição dos 
equipamentos e a relação com as etapas do processo produtivo bem como os perigos 
existentes no local. 
Após análise dos perigos e do local é que será traçado o plano de ação, com 
classificação dos riscos através de um mapa de risco e formas de combate para que 
as doenças ocupacionais e acidentes sejam minimizados ou erradicados por completo 
dentro do ambiente de trabalho. 
 
7. ESTUDO DE CASO 
 
7.1. RAMO DE ATUAÇÃO DA EMPRESA 
 
A marmoraria em estudo pertence ao município de Presidente Médici, no interior do 
estado de Rondônia, a 346 km de distância da capital Porto Velho. É uma empresa 
de pequeno porte, om uma equipe de apenas 4 funcionários, trabalhando por 44 horas 
semanais. São desenvolvidas as atividades de corte e modelação de chapas de 
granitos e mármores, com usos diversos em residências e pontos comercias, desde a 
fabricação de soleiras, peitoris, lavatórios de banheiro, divisórias de chuveiro e bacia 
sanitária, balcões de cozinha, mesas e túmulos. 
 
7.2. ETAPAS DE PRODUÇÃO 
 
ANDRESSA et al. (2017) descreve o processo de produção de uma marmoraria como 
a resultante do arranjo de recursos naturais (matéria prima), mão de obra, tecnologia, 
equipamentos e insumos juntamente com métodos eficazes de trabalho chegando ao 
produto final, sendo este de ótimo acabamento e de acordo com as especificações de 
dimensionamento do projeto que atenderá a necessidade do consumidor. 
 
9 
 
Excluindo-se as soleiras e peitoris que tem processo de produção mais simples 
(acabando na 3ª etapa) o restante passa pela mesma linha de produção descrita a 
seguir: 
 
7.2.1. CHEGADA DO MATERIAL 
 
O material chega em uma chapa inteiriça, tendo dimensões médias de 3,0x2,5m e 
espessura de 2 ou 3 cm. As chapas chegam em caminhões e são descarregadas 
manualmente, apenas com auxílio de cordas. 
 
7.2.2. ETAPA DE CORTES 
 
Seguindo de acordo com o projeto definido com o cliente, a chapa pode receber um 
corte inicial (no chão ou inclinado no cavalete de estoque) e posteriormente receber o 
corte definitivo na esteira com serra circular ou ser transportado diretamente à serra 
para corte definitivo. 
 
7.2.3. ACABAMENTO 
 
Após corte de todas as peças, elas são encaminhadas para o acabamento inicial, 
onde é corrigido com as lixas circulares as irregularidades da peça, sejam essas 
provocadas pelo corte na serra ou alguma marca natural da própria pedra. 
 
7.2.4. MONTAGEM 
 
Com todas as peças com acabamento inicial é chegado a hora da montagem. Nesse 
processo são utilizadas massa plástica, acrílica e silicone em gel para fazer a fixação 
das peças umas nas outras. 
 
7.2.5. LIXAMENTO E POLIMENTO FINAL 
 
Com as peças coladas é feito um novo lixamento para retirar o excesso de cola nas 
juntas das peças e feito o polimento da pedra com produto químico. 
 
10 
 
7.2.6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS 
 
 A identificação dos riscos pode garantir que nenhum acidente possa acontecer 
ao funcionário no exercício da profissão. Esse é o primeiro passo para se ter um 
ambiente em nenhum acidente ou doença ocupacional. Seguindo essa premissa, com 
base em uma visita in loco, foram identificados os riscos, os agentes causadores e o 
impacto à saúde do trabalhador. 
 
7.2.6.1. RISCOS FÍSICOS 
 
7.2.6.1.1. RUÍDOS 
Causa: Barulho excessivo provocado pela serra e pela lixadeira 
Efeitos: Zumbido no ouvido, perda da audição, ansiedade, nervosismos, vertigens, 
náuseas, voômito, dificuldade de equilíbrio, dores de cabeça intensa, insônia, 
problemas cardiovasculares como variação de pressão, respiratórios com o aumento 
da frequência respiratória e etc. 
 
7.2.6.1.2. VIBRAÇÕES 
 
Causa: uso de serra de mão para corte inicial da chapa; corte com serra angular (para 
acabamento em 45º); lixadeira politriz para acabamento; furadeira; 
Efeito: perda do equilíbrio e falta de concentração, desordens gastrointestinais, 
aumento da frequência cardíaca, perda do controle muscular de partes do corpo, 
distúrbios visuais com visão turva, descalcificação de pequenas áreas dos ossos do 
corpo, lesões na coluna vertebral e degeneração gradativa do tecido muscular e 
nervoso. 
 
7.2.6.1.3. UMIDADE EXCESSIVA 
 
Causa: falta de canaleta de drenagem ou drenagem em equipamentos que utilizam 
de água para corte das chapas para minimizar a quantidade de poeira lançada ao ar 
no ambiente de trabalho. 
 
 
11 
 
Efeito:problemas circulatórios, respiratórios (umidade contaminada que evapora) e 
de pele (contato com umidade contaminada); Acidentes no local de trabalho (p.ex. 
quedas em locais alagados ou encharcados). 
 
 
Figura 1 - em (A) funcionário utilizando a serra de bancada; em (B) politriz 
utilizada para lixamento (lixadeira de mão para acabamento) 
 
 
Figura 2 - Umidade excessiva (sem sistema de drenagem superficial) 
 
 
 
 
12 
 
7.2.6.2. RISCOS ERGONÔMICOS 
 
7.2.6.2.1. TRANSPORTE DE MATÉRIA PRIMA 
 
Causa: postura inadequada devido carrinho de movimentação; excesso de peso por 
falta de equipamento hidráulico para içamento da mateira prima à bancada de trabalho 
ou para local transporte até o local de estocagem. 
Efeito: problemas no sistema osteomuscular do trabalhador, fadiga, lesões e 
enfraquecimento de diversas regiões do corpo como coluna (escoliose ou cifose), 
lombar, pulsos, braços e ombros. 
 
7.2.6.2.2. ACABAMENTO DAS PEÇAS 
 
Causa: postura inadequada no lixamento das peças; repetitividade da atividade na 
movimentação da politriz. 
Efeito: problemas no sistema osteomuscular do trabalhador, fadiga, lesões e 
enfraquecimento de diversas regiões do corpo como coluna, lombar, pulsos, braços e 
ombros; lesões por esforços repetitivos (LER); tendinites, lombalgias, bursites, 
ansiedade, depressão e estresse. 
 
 
Figura 3 – Carinho de transporte de chapas 
 
 
13 
 
7.2.6.3. RISCOS QUÍMICOS 
 
7.2.6.3.1. FIXAÇÃO DAS PEÇAS 
 
Causa: Utilização de massa plástica ou silicone para a fixação das peças, sem o uso 
de máscara para rosto e luvas para às mãos. 
Efeito: irritação à pele e olhos, queimadura nos olhos, dores de cabeça, vertigens e 
náuseas. 
 
7.2.6.3.2. CORTE DA CHAPA DE GRANITO OU MÁRMORE E 
ACABAMENTO 
 
Causa: poeira provocada devido uso de máquina de corte a seco; politriz sem sistema 
de coleta de pó ou sem sistema de lixamento à úmido (politriz úmida) 
Efeito: tosse e falta de ar; silicose provocada pela suspensão de partículas da sílica 
provenientes do corte de granito, uma forma de pneumoconiose que diminui a 
capacidade de respiração do trabalhador, dores no peito, tosse, fraqueza e febre. 
 
 
Figura 4 – Massa plástica 
 
 
14 
 
7.2.6.4. RISCOS DE ACIDENTES 
 
7.2.6.4.1. OBSTRUÇÕES NO FLUXO DE TRABALHO 
 
Causa: cavaletes montados próximos uns aos outros, restos de pedras jogadas em 
todo o barracão, maquinas e equipamentos esparramados no chão. 
Efeito: ferimento por esmagamento (queda de chapa do cavalete) de membros 
inferiores, escorregões, tropeço em restos de granitos e mármores ou em 
equipamentos no chão, e outros tipos de lesões físicas; 
 
7.2.6.4.2. SERRA DE BANCADA 
 
Causa: falta de proteção em serra de bancada ou de sistema de auto desligamento 
em caso de esbarrão de membro do corpo. 
Efeito: corte em mão ou perda de membros (mãos ou dedos). 
 
 
Figura 5 – Vista geral do barracão (ambiente de trabalho desorganizado) 
 
 
15 
 
 
Figura 6 – Vista geral do barracão (ambiente de trabalho desorganizado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
8. MAPA DE RISCO 
 
A seguir são apresentados os riscos existentes em cada ambiente de trabalho. 
 
Figura 7 – Ambiente de trabalho classificado de acordo com o risco da 
atividade 
 
17 
 
 
 
9. PLANO DE AÇÃO CONTRA OS RISCOS IDENTIFICADOS 
 
9.1. RISCOS FÍSICOS 
 
9.1.1. RUÍDOS 
 
Uso de abafadores de ouvido ou de protetor intra auricular. 
 
9.1.2. VIBRAÇÕES 
 
Aquisição de maquinas e ferramentas que funcionem com pressão de ar 
(pneumáticas) e com sistema anti vibração; 
Cumprir com as manutenções sempre no tempo estipulado pelo fabricante ou quando 
o equipamento apresentar um distúrbio fora do padrão (peças gastas antes do tempo, 
peças frouxas ou danificadas e etc). 
 
9.1.3. UMIDADE EXCESSIVA 
 
Uso de calçados emborrachado com proteção no bico; 
Implantação de canaletas com grades de proteção e regularização do piso para 
escoamento das águas proveniente das maquinas de corte. 
 
9.2. RISCOS ERGONÔMICOS: 
 
9.2.1. TRANSPORTE DE MATÉRIA PRIMA 
 
Aquisição de carro transportador com içamento hidráulico, rodas de náilon para 
deslizamento das chapas e rodas para evitar o tombamento da chapa do carro. 
 
 
 
18 
 
9.2.2. ACABAMENTO DAS PEÇAS 
 
Bancadas mais altas e com tempo de pausa entre as atividades de movimentação 
repetitiva. 
 
9.3. RISCOS QUÍMICOS: 
 
9.3.1. FIXAÇÃO DAS PEÇAS 
 
Máscara com filtro respiratório do tipo PFF1 (para atividades com poeira e névoas) e 
uso de luvas em PVC, latéx ou borracha para manejo da massa plástica e óculos de 
segurança com vedação contra produtos químicos. 
 
9.4. RISCOS DE ACIDENTES 
 
9.4.1. OBSTRUÇÕES NO FLUXO DE TRABALHO 
 
Uso de caçamba de entulho para descarte de sobras de pedras sem utilização; 
organização das maquinas e equipamentos em locais fora da zona de circulação de 
pessoal; 
 
9.4.2. SERRA DE BANCADA 
 
Uso de óculos de proteção contra projeção de partículas; peça de proteção ao redor 
da serra de corte em bancada; sistema de acionamento automático contra acidentes 
em caso de corte/amputação acidental. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo de caso beneficia tanto à marmoraria quanto a comunidade, sendo de 
grande relevância à segurança do trabalhador e demais pessoas que frequentam o 
local (fornecedores, vizinhança e etc.). Na análise foi possível identificar os riscos 
existentes no exercício da profissão em que os trabalhadores estavam expostos, 
identificando as causas e consequências de cada um. 
De acordo com o empregador, houve investimento em equipamentos de proteção 
individual aos funcionários, no entanto eles alegam incomodo para usar. É necessário 
que promova um DDS (Diálogo Diário de Segurança) para a conscientização do uso 
dos EPI’s, treinamento tanto para o uso correto quanto para cuidado com os 
equipamentos para sua maior conservação. 
No caso do corte em granito, o grande mal é a exposição à poeira (corte à seco) que 
transporta um composto chamado sílica, responsável pela patologia silicose. O uso 
de máscara é imprescindível, mas também, o acompanhamento médico é de suma 
importância. O trabalhador deve ser acompanhado e avaliado pelo médico do trabalho 
com exames que irão avaliar as condições pulmonares e em toa extensão da via 
respiratória. 
Outro ponto importante no combate à poeira é com relação a limpeza do local, sendo 
recomendado a limpeza do barracão todos os dias no final do expediente. O piso é 
um agravante pois o mesmo não foi finalizado, sendo esse irregular e sem camada de 
acabamento (piso cerâmico ou algo da mesma natureza), ou seja, um contrapiso 
poroso em concreto, dificultando a limpeza do local. 
Bons hábitos são a chave para o sucesso para que se tenha um ambiente de trabalho 
organizado, limpo e seguro contra acidentes e/ou doenças ocupacionais. Sendo que 
ambas as partes, empregado e empregador, devem se comprometerem com o plano 
de ação traçado pelo engenheiro de segurança. Quando se trata da saúde do 
trabalhador as medidas deixam de ser meras burocracias e passam a ser o futuro feliz 
deles, um futuro saudável, livre de riscos de acidentes e de doenças ocupacionais. É 
evidente que mesmo fora da obrigatoriedade de SESMT e de CIPA se faz necessário 
o acompanhamento médico trabalhista para prevenir doenças ou evitar seu 
desenvolvimento. 
 
 
20 
 
11. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
ÁREA - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Efeitos do ruído no organismo. 
Disponível em: https://areasst.com/efeitos-do-ruido-no-organismo/. Acesso em: 30 set. 
2019. 
 
ÁREA - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Riscos ergonômicos. Disponível 
em: https://areasst.com/riscos-ergonomicos/. Acesso em: 2 out. 2019. 
 
ÁREA - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Riscos químicos. Disponível em: 
https://areasst.com/riscos-quimicos/. Acesso em: 30 set. 2019.BATALHA, Ana. Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos. In: Instituto 
Politécnico de Setúbal (IPS). Recife, 2012. Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2016. 
 
BRASIL. NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. 
Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 2016. Disponível em: < 
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR12/NR-12.pdf >. Acesso em: 
25 set. 2019. 
 
BRASIL. NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Ministério do Trabalho e 
Emprego. Brasília, 2015. Disponível em: < 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15.pdf >. 
Acesso em: Acesso em: 25 set. 2019. 
 
BRASIL. NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, 2008. Disponível 
em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR4.pdf>. Acesso em: 25 
set. 2019. 
 
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