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Cinesiologia do tornozelo

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As funções do tornozelo podem ser destacadas como: 
✓ Ser uma alavanca rígida; 
✓ Absorver os impactos com o solo; 
✓ Promover a liberação de energia propulsora; 
✓ Permitir a caminhada, a corrida e os saltos (essa 
função é resultado da interação de articulações, 
tecidos conectivos e músculos); 
✓ Suporte do peso corporal; 
✓ Controlar e estabilizar o MMII; 
✓ Promover o ajuste à superfície de contato; 
✓ Manipulação de objetos (no caso de amputados, 
por exemplo) e operação de máquinas (dirigir); 
✓ Amortecer choques; 
 
Osteologia 
 No tornozelo, temos a articulação talocrural e 
também a tibiofibular. Como ele articula-se com o pé, nessa 
estrutura está incluída toda a parte distal à tíbia e fíbula. O osso 
tálus, por definição, está presente no tornozelo e no pé. 
 
 A região do retropé é composta pelos ossos tálus e 
calcâneo. A região do mediopé pelos ossos do tarso, 
articulação tarsotransversa e articulações intertarsais distais. A 
região do antepé é composta pelos metatarsos e falanges e 
pelas articulações tarsometatarsais. 
 
 
 
 
 Anatomicamente, a tíbia é côncava e forma o 
encaixe no osso tálus. O tornozelo, por sua vez, é uma 
articulação convexa na qual o corpo é o tálus. O maléolo lateral 
é mais volumoso e inferior. O maléolo medial é mais posterior 
(está oblíquo em 20º para fora e para trás do eixo látero-
lateral). 
Artrologia 
 As principais articulações do tornozelo e pé são: 
talocrural, subtalar e tarsotransversa. Mecanicamente, o tálus 
participa dessas 3 articulações e possui 70% da sua superfície 
envolta pela cartilagem articular. 
 
Articulação talocrural 
 
 É composta pela superfície entre tálus e tíbia distal 
e também pela superfície entre o tálus e a fíbula. 
 É uma articulação do tipo sinovial/em dobradiça: 
permite apenas um grau de movimento (flexão dorsal e flexão 
plantar). 
 Vários ligamentos conectam fortemente esses ossos 
entre si, sendo os mais importantes: ligamentos tibiofibulares 
e talofibulares (anteriores e posteriores), ligamento transverso 
e ligamento deltoide. 
 
 
 
 É importante ressaltar que o tornozelo possui alta 
estabilidade e baixa mobilidade em relação à amplitude. Essa 
alta estabilidade é importante na transmissão de força do 
corpo e também durante a sustentação de peso e outras 
cargas. Em alguns casos, a força transmitida pode ser até 10 
vezes o peso corporal (na corrida, por exemplo). 
 
Articulações entre tíbia e fíbula 
 
Membrana interóssea: 
 
 
 
Tibiofibular proximal: 
 
 É uma articulação do tipo sinovial plana, composta 
pela cabeça da fíbula e aspecto póstero-lateral da tíbia. Possui 
uma cápsula reforçada por ligamentos anterior e posterior. 
Anatomicamente, é separada da articulação do joelho. Permite 
o deslizamento superior e inferior, além da rotação da tíbia. 
Tibiofibular distal:
 
 A articulação tibiofibular distal é do tipo sindesmose, 
sendo que a tíbia e a fíbula não possuem contato entre si. Não 
possui cápsula articular e o ajuste máximo é feito durante a 
dorsiflexão máxima. A posição de ajuste frouxo ocorre 
durante a flexão plantar. 
 Essa articulação mantém proximidade entre os ossos 
e serve de eixo para o movimento fibular, sendo que a união 
dos ossos forma uma espécie de “pinça”. 
 Distalmente, é suportada medialmente pelo ligamento 
deltóide e lateralmente pelos ligamentos talofibular anterior e 
posterior, além do ligamento calcaneofibular. 
 
 
 
 
 Em uma entorse por inversão, os primeiros 
ligamentos a se romperem são talofibular anteior e posterior. 
 
Articulação tibiotársica 
 
 É a articulação distal do membro inferior, do tipo 
troclear (drobradiça) e possui somente um grau de liberdade 
de movimento. 
 
 
 
Fatores de coaptação 
 São aqueles responsáveis por promover estabilidade. 
Fazem parte desses fatores: 
✓ Arquitetura óssea; 
✓ Ligamentos; 
✓ Cápsula articular; 
✓ Membrana interóssea. 
 
Arquitetura óssea 
 A fíbula exerce um pequeno papel na transmissão 
de força. A face superior do tálus se ajusta em um encaixe 
formado pelos maléolos da tíbia e da fíbula. 
 
 O maior papel é da tíbia com o tálus, porque há 
contato mais direto entre eles. 
 
Ligamentos 
 Os principais são: talofibular anterior e posterior, 
calcaneofibular, tibiofibular inferior, deltóide (fibras tibiotalares 
anteriores e posteriores, tibiocalcâneo e tibionavicular). 
 
 
 
 
 
 
Cápsula articular 
 É fina nas partes anteriores e posteriores, mas 
reforçada de cada lado pelos ligamentos colaterais. 
 
Membrana interóssea 
 
 É importante lembrar das bursas sinoviais. O líquido 
sinovial presente nessas estruturas diminui o atrito entre ossos, 
músculos e tendões durante o movimento. 
 
 
Movimentos do tornozelo 
 
 
 
 
 A flexão plantar corresponde ao movimento de 
extensão do tornozelo. Ela acontece no plano sagital e possui 
ADM de 30 a 50º. Está associada a uma ligeira rotação do pé. 
Músculos 
 Os flexores plantares são: gastrocnêmios, sóleo e 
tibial posterior. Também há participação dos fibulares curto e 
longo. 
 
 
 Fibular longo Fibular curto 
 
 Os dorsiflexores ou flexores dorsais são: tibial anterior 
(principal), extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux 
e fibular terceiro. 
 
 O principal é o tibial anterior, que é possível palpar. 
Os outros participam do movimento, mas não o iniciam, 
servem apenas para aumentar a amplitude. 
Lesões 
 A lesão mais comum é a entorse por inversão. 
Nessa lesão, os primeiros ligamentos a serem rompidos são 
fibulocalcâneo e talofibular anterior. 
 
Fraturas 
 São mais comuns na parte lateral. Algumas medidas 
profiláticas podem ser tomadas a fim de evita-las: uso de 
órteses e enfaixamento durante a prática esportiva (mantém 
o tornozelo na posição neutra). 
 As fraturas de estresse são muito comuns na tíbia. 
Elas ocorrem devido a erros de treinamento, apoio mais 
vigoroso no antepé, correr em superfícies muito duras, uso 
de calçado inadequado, anomalias de alinhamento do tronco. 
 
Tendinite do Aquileu 
 Envolve inflamação e, às vezes, microrrupturas dos 
tecidos no tendão de Aquiles. Movimentos repetitivos e 
forçados de flexão plantar promovem falha ou ruptura dos 
filamentos colágenos no tendão.

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