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MARILENA CHAUI - TEORIA DA ALMA (PSICOLOGIA) E DA VIDA VIRTUOSA (ÉTICA)

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CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia : dos pré-socráticos a Aristóteles,
volume 1 / Marilena Chamo -2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Companhia das Letras, 2002
FABRICIO DA SILVA E SILVA
[RESUMO, p. 290 a 315]
TEORIA DA ALMA (PSICOLOGIA) E DA VIDA VIRTUOSA (ÉTICA)
A distinção entre o sensível e o inteligível é ontológica e é lógica ou epistemológica . Essa
distinção reaparece na teoria platônica da alma, psykhé.
No Timeu, depois de oferecer o mito da origem do mundo, isto é, a cosmologia ou a fabricação
do mundo sensível pelo demiurgo, Platão mostra que o mundo é um cosmo, uma totalidade
ordenada e coerente, porque é um organismo vivo ou vivente, ou seja, é animado, possui alma.
Ela é a Alma do Mundo. Inicialmente, fragmentos da Alma do Mundo permaneceram junto à
abóbada do universo, de onde contemplavam a verdade ou as ideias.
O conjunto de uma alma e um corpo chama-se homem. A alma humana é, pois, uma natureza
intermediária entre o divino e o mundo, destinada ao conhecimento, mas por sua ligação com o
corpo também pode cair no erro e ser arrastada pelas paixões, que a distanciam de sua
destinação natural. A alma é o que, em nós, conhece e permite conhecer.
Por ser imortal, a alma humana é individual. Sua individualidade é justamente o que torna tão
difícil aos homens defini-la, uma vez que a Ideia ou a Forma é definível por ser universal,
possuindo as mesmas qualidades e propriedades em todos os seres que dela participam ou
sendo sempre a mesma para uma pluralidade de coisas singulares. No caso da alma humana,
não se pode definir a alma em geral e encontrá-la sempre idêntica a si mesma em todos os
homens.
A PSICOLOGIA E A ÉTICA NA REPÚBLICA
Seguindo a tradição médica, Platão situa cada função da alma numa região do corpo e também
seguindo a tradição médica, que denominava os órgãos de «partes», chama de parte da alma a
cada uma das funções psíquicas.
É preciso, portanto, concluir que cada uma dessas operações depende de uma parte ou função
diferente e, por conseguinte, que a alma possui partes ou funções. Por conseguinte, vamos
distinguir na alma essas duas partes. Parte espiritual e imortal, é a função ativa e superior da
alma, o princípio divino em nós.
Cada uma das funções psíquicas realiza impulsos e tendências que lhe são próprios e em cada
uma é possível observar que Platão mantém firmemente a comunidade de natureza entre a alma
e as coisas em cuja direção ela se move, de sorte que há coisas que movem o apetite, outras que
movem a proteção e outras, o conhecimento. A distinção das coisas segundo a função da alma
será decisiva na ética platônica, pois assim como na teoria do conhecimento o erro decorre da
confusão quanto às coisas que devem ou podem ser predicadas a outras e as que não devem
nem podem ser predicadas a outras, assim também na ética, o vício decorrerá da confusão
quanto aos objetos de cada uma das partes ou funções psíquicas. Além disso, como vimos, uma
função pode opor-se a outra - uma impele a beber e a comer e outra impede de beber e de
comer - e essa oposição entre o que impele e o que impede mostra que não há simples
diferenças de funções, mas que pode haver conflito e contrariedade entre elas, ponto que é
também de suma importância para a ética.
Visto que a parte melhor e superior da alma é sua parte racional, haveria injustiça se o comando
das ações estivesse a cargo das partes concupiscente e colérica. Assim sendo, a vida ética ou
virtuosa dependerá exclusivamente da parte racional da alma.
A alma temperante ou moderada é aquela que não cede a todos os impulsos e prazeres, e sim
modera seus apetites, impondo-lhes a medida oferecida pela razão. Sob o domínio da razão, a
parte irascível saberá discernir o que é bom e mau para a vida de seu corpo, não só deixará de
lançar-se indiscriminadamente a todo e qualquer combate que imagine importante para a vida
corporal , como ainda guiará a função apetitiva ou concupiscente na escolha do que é bom para
a vida, impedindo-a de entregar-se a prazeres que a destruirão.
A virtude própria da alma colérica guiada pela razão é a honra ou coragem ou a prudência .
Finalmente, a alma será virtuosa se a parte racional for mais forte e mais dominadora do que as
outras duas, se não sucumbir aos apelos do apetite e da cólera, isto é, se não ceder aos apelos
irracionais das paixões.
A vida viciosa é aquela na qual nenhuma das partes da alma consegue realizar a excelência ou
virtude que lhe é própria porque a hierarquia de comando não é obedecida e por isso é uma
vida injusta, desordem interior e violência contra si e contra os outros.
Há desordem, guerra interior e conflitos com os outros homens porque as funções da alma
estão confundidas e pretende-se o impossível, isto é, que a função apetitiva realize a finalidade
da função irascível ou da função racional, ou que a função colérica realize as funções das
outras duas partes, ou, o que é pior, que a parte racional se reduza aos impulsos do apetite e da
cólera.
A FILOSOFIA COMO VIDA VIRTUOSA
Para enfatizar a atividade ética como esforço, luta e exigência de domínio pela parte superior e
melhor, no Fedro, Sócrates narra o Mito do Cocheiro, narrativa suscitada pelo desacordo entre
Sócrates e Fedro a propósito do discurso do sofista Lísias contra Eros. O delírio erótico ou
amor inspirado pelo divino é o conhecimento que os amantes alcançam da natureza e
excelência das almas dos amados, conhecimento que os eleva à própria origem dessa
excelência, isto é, à descoberta de que a alma bela e boa é aquela que já contemplou a verdade,
dela se lembra e deseja contemplá-la novamente. Para responder, Sócrates narra o Mito do
Cocheiro. " '1\ alma é como uma força ativa que unisse um carro puxado por uma parelha alada
e conduzido por um cocheiro pois, outrora, a alma possuía asas", assim inicia-se o mito.
A Alma do Mundo governa a matéria inanimada e manifesta-se no universo de múltiplas
formas. Quando reveste a forma de um corpo terrestre, este começa a mover-se, graças à força
que lhe comunica a alma. Esse conjunto de alma e corpo é o que chamamos de ser vivo e
mortal. Ser alado significa ter em si mesmo o princípio do movimento, isto é, da vida e por
isso, alada, a psykhé universal ou a Alma do Mundo é imortal, pois é vida e causa de vida.
Embora nascida da perda das asas pelos fragmentos da Alma do Mundo, nossa alma tem a
lembrança das asas e Eros, o deus que os deuses chamam de Pteros, é, como diz este nome
divino, aquele que dá asas aos mortais para que retomam às alturas da verdade e conservem a
imortalidade de sua melhor parte.
Os cavalos e cocheiros das almas divinas são bons e de boa raça. Quando o cocheiro "vê uma
coisa amável", que lhe aquece a alma, enchendo-a de desejo, o bom cavalo se refreia, mas o de
má raça corcoveia, arrasta o outro, mais o cocheiro, obrigando-os a se entregar à volúpia, ainda
que o cocheiro e o bom cavalo tivessem resistido furiosamente.
Essa visão o assusta, ele recua, puxando violentamente o carro para trás, mas o cavalo bom,
honrado e valoroso, com relinchos e puxões, força o cocheiro a não se esquecer do amado e a
voltar. O cocheiro é a alma racional, o corcel de boa raça, que força a subida, é a parte honrosa
ou valorosa da alma, o de má raça, que puxa o carro para baixo, a parte concupiscente que, pelo
desejo de gozar um prazer imediato e irrefletido, troca o amor pela verdade pelo amor às
aparências.
A presença de Eros faz com que num outro diálogo, o Fédon, Platão, retomando a teoria do
delírio divino , afirme que as três funções da alma são desejosas e desejantes.
A atualização é feita pela tékhne dialektiké como paidéia, cujo pressuposto é a ciência, a
episteme, que indica qual é a areté de cada função da alma - qual a excelência de cada uma
delas - e qual a boa hierarquia entre essas funções. A virtude é o bem humano. Esse bem é a
harmonia interior estabelecida entre as funções da alma sob a ação da parte racional e por isso
mesmo a virtudeé inseparável do conhecimento e a vida virtuosa é a vida filosófica.
A IMORTALIDADE DA ALMA
Platão afirma que a alma racional é imortal. As provas da imortalidade da alma variam de
diálogo para diálogo, à medida que a influência de Sócrates vai diminuindo e a dos pitagóricos
vai aumentando sobre sua filosofia. Num diálogo de juventude, como o Mênon, a noção de que
conhecer é lembrar sugere que a alma seja imortal, mas o tema também não é desenvolvido
nessa obra. Ao contrário, nos diálogos da maturidade e da velhice, Platão discute em
profundidade essa questão, aceitando a teoria órfico-pitagórica da reencarnação ou
transmigração das almas e a da filosofia como purificação ou ascese espiritual para vencer a
«roda dos nascimentos».
A POLÍTICA: O ESTADO IDEAL E O GOVERNANTE-FILÓSOFO
Como consequência, em quarto lugar, a ideia de que o homem deve ser educa do e formado
para ser antes de tudo e sobretudo um cidadão e que a política é a verdadeira e suprema pai ía,
definidora da areté. Resta, agora, examinarmos as ideias propriamente platônicas e já podemos
prever que, sendo um crítico do sofista, Platão não aceitará que a paidéia política seja a retórica
e a capacidade para vencer argumentos em público, e não aceitará que a política seja uma
técnica de governo, mas a conceberá como ciência que deve orientar e dirigir a técnica
governamental.
Vimos que na Oração fúnebre, pronunciada no início da Guerra do Peloponeso, Péricles
elogiaram a democracia ateniense, dizendo-a sem modelo e modelo para toda a Hélade. No
Livro VIII da República, como se tomasse o que dissera Péricles, Platão descreve uma Cidade
em que a liberdade é licença para se fazer o que se quer, a igualdade é promiscuidade e
injustiça porque trata da mesma maneira o igual e o desigual, a participação é demagogia, a
correção dos costumes é uma falsa aparência que encobre todo tipo de corrupção e vício, a
qualidade das leis não se conserva porque elas são mudadas incessantemente segundo os
interesses dos poderosos e não há respeito algum por elas - os filhos desrespeitam os pais, os
maridos tratar as esposas como prostitutas e as esposas tratam os maridos com amantes
temporários, os alunos desrespeitam os mestres e estes os ensinam a desrespeitá-los, os
condenados não cumprem as penas, os inocentes são condenados enquanto os culpados são
inocentados, os cidadãos se comportam como estrangeiros e estes, como senhores da cidade - e
a justiça é indulgência para toda contravenção.
A CIDADE JUSTA
Trasímaco, porém, afirma que a justiça é o poder do mais forte, seja porque este tem meios
para dominar os mais fracos, seja porque os mais fracos encontram formas astuciosas para se
fazerem mais fortes e dominar os fortes.
Como na alma, essa classe se caracteriza pela concupiscência, pela sede de riqueza e de
prazeres. Se ela governar , a Cidade estará voltada para a acumulação de riquezas, para uma
vida de luxos e prazeres e para lutas econômicas sem fim, aumentando o número de miseráveis
e reduzindo o número de abastados, A injustiça é evidente, pois a finalidade da Cidade está
confundida com a má atualização da dynamis da classe econômica.
Porém, essa classe se caracteriza pela cólera e pela temeridade, pelo gosto dos combates, pela
invenção de perigos para ter o prazer de lutar e buscar fama e glória.
Porém, essa classe, que se caracteriza pelo uso da razão, pode estar dominada pelas outras duas
classes, mais nu merosas do que ela e dispondo de instrumentos para controlar os magistrados.
Mas, para isso, várias condições devem ser preenchidas e a primeira delas é que a Cidade se
encarregue da educação de todas as crianças, mesmo quando algumas permanecerem com suas
famílias.
Assim, a classe econômica dos agricultores-comerciantes-artesãos deve ser educada para ter
como função exclusiva a sobrevivência da Cidade e viver de acordo com limites estabelecidos
pelo magistrado, impedindo que a busca das riquezas, luxos e prazeres perverta a Cidade
Em lugar de tentar inútilmente extirpar o egoísmo e os apetites dessa classe, o governante deve
apenas moderzá-los por meio das leis e usá-los para o bem da Cidade.
A educação dos guardiães é propriamente uma educação cívica, pois eles só existem como
pessoas públicas para o bem público. Por esse motivo, a seleção dos magistrados e sua
educação é a mais importante e a mais rigorosa, se comparada à das duas outras classes.
Acompanhemos a educação dos magistrados, pois ela inclui, até uma certa etapa, a dos
agricultores-comerciantes-artesãos, prossegue com a dos guardiães e segue sozinha para a
formação do político propriamente dito. Os menos dotados ficarão na classe dos guardiães,
enquanto os mais dotados iniciaram os estudos para a administração do Estado.
Tanto a timocracia como a plutocracia são formas de oligarquia , nas quais os que não estão
preparados para governar tomam o poder e governam para satisfazer aos seus interesses e não
aos da Cidade.
Provocando a revolta popular, esses governos fazem surgir a democracia que é, afinal, uma
anarquia, pois nela ninguém está preparado para conduzir o Estado. É clara a relação entre os
graus do conhecimento e as etapas da formação dos membros da Cidade, assim como é claro o
perfeito isonômico entre a alma individual e a estrutura da Cidade e, portanto, entre a virtude
individual e a virtude da própria Cidade.
A CIÊNCIA DO POLÍTICO
Por isso, na República, o paradigma era oferecido pela matemática, enquanto no Político será
dado pela medicina, pois o governante deverá curar as doenças da cidade . O diálogo
examinará todas as ima gens e opiniões que os gregos possuíam sobre o político e, praticando a
diairesis ou a divisão da dialética descendente, Platão mostrará que a política é um
conhecimento teórico e não uma simples prática para conduzir os homens.
Assim, o diálogo cometeu «um erro» para que pudesse, a seguir, demonstrar a humanidade da
política. Sendo um deus, tem o poder absoluto para governar e o faz segundo o Bem e a
Virtude, cujas ideias conhece.
Para um grego, o que Platão afirma é evidente e não precisa de comentário nem interpretação.
Por ser superior, mais e maior do que os outros, é que o tirano tem na própria vontade a única
fonte para seu poder. Não possuindo termo de comparação com outros humanos e não podendo
guiar-se pelo que dizem e fazem os que lhe são inferiores, só encontra em si mesmo a origem
das regras, leis e ordens.
A passagem pela figura do tirano, serviu para afastar a imagem do Pastor de Homens, serviu
ainda para uma outra coisa. Se o tirano é aquele que, usando a força, faz de sua vontade lei, fica
claro que a lei é o substituto que os humanos encontraram para suprir a ausência do
conhecimento perfeito do Bem e da Virtude.
Para responder a essas novas perguntas, o Estrangeiro propõe o exame das legislações
existentes, isto é, das Constituições ou policiais existentes de fato.
Fixar as leis de uma vez por todas significa imobilizá-las num mundo móvel e forçar sua
repetição rotineira para situações nas quais não poderão aplicá-las, de tal modo que aplicá-las
será uma injustiça. Que diante de situações novas que exigem respostas novas, ágeis, rápidas,
inteligentes, a lei não pode ser respeitada, e alguns, para o bem da Cidade, agem contra a
legislação, como o médico que receita um remédio intolerável ao paciente ou o capitão de um
navio que força os passageiros a aceitar uma nova rota para evitar forte tempestade.
Para ensinar crianças a ler, diz o Estrangeiro, os pedagogos, em lugar de ensinar-lhes as letras
isoladas, ensinam-lhes palavras-chave em que podem localizar e identificar as letras e, depois,
compor e ler palavras novas. Essas palavras-chave são paradigmas, isto é, exemplos que
enfatizam a estrutura ou a forma das palavras, oferecem uma totalidade organizada que facilita
a compreensão, pois, afinal, ninguém fala, lê e escreve letras, más palavras. Procuremos, então,
um paradigma para o político, sugere o Estrangeiro, vistoque os do pastor e do legislador não
nos ajudaram a encontrar sua essência.
A arte de lidar com fios para produzir uma trama ou um tecido. São para ele o que a arte de car 
dar é para a de tecer, ou seja, auxiliares preliminares de sua ação.
O político é um artesão que fica e tece as almas para que realizem sua areté e a da Cidade. A
ciência dos caracteres humanos, de suas concordâncias e discordâncias, do que é bom ou
excelente para cada um deles e do que os prejudica e vicia. O político possui a ciência das
almas humanas.
Este, para evitar a perda do poder, decidiu livrar-se de Métis, devorando-a. Desesperado com a
dor que invadia sua cabeça , Zeus pediu ao ferreiro dos deuses, Hefesto, que lhe arrebentasse a
cabeça para acabar com a dor. Ao escolher o paradigma da tecelagem, Platão mantém a patrona
de Atenas, mas altera profundamente o sentido mítico dessa patronagem. Ao escolher o
paradigma da tecelagem para definir o político, Platão realiza duas operações.

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