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FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS – FeMASS INDÚSTRIA 4.0 X ENGENHARIA DE PETRÓLEO MELISSA OLIVEIRA MACAÉ 2020 MELISSA OLIVEIRA INDÚSTRIA 4.0 X ENGENHARIA DE PETRÓLEO Resenha apresentada ao Curso de Engenharia de Produção da Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS) a Introdução a Engenharia do Petróleo Professor: Paulo Apicelo MACAÉ 2020 A indústria 4.0, como ficou conhecida a 4ª Revolução Industrial, pode ser definida como um novo conceito de indústria que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura e serviços. A partir de atributos como conectividade, inteligência artificial, IoT (Internet das Coisas), computação em nuvem, Big Data, machine learning, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis. Em geral, as revoluções e tecnologias propostas pela Indústria 4.0 são associadas a processos de manufatura e pouco ainda se fala na aplicação das mesmas para a área de prestação de serviços. Entretanto um dos setores que mais têm se voltado a entender e aplicar essas novas tecnologias, é a Indústria do Óleo e Gás. Com a crescente busca por energias renováveis, sustentabilidade e diminuição de custos, a indústria do O&G tem buscado se adaptar e implantar todas as mudanças tecnológicas citadas a fim de manter liderança e influência no mercado. Existem alguns pontos chave que esse segmento espera alcançar com a Indústria 4.0, entre eles: melhoria do desempenho operacional, redução nos custos de manutenção, aumento da segurança e confiabilidade dos processos, mais qualidade e agilidade na tomada de decisões, informações disponíveis em tempo real e otimização na performance de seus ativos e estratégias. Atingir cada um desses pontos é sinônimo de aumento de competividade e lucratividade. A seguir, alguns exemplos de atividades relacionadas a indústria 4.0 e suas tecnologias em fase de desenvolvimento e aplicação na indústria do O&G. Big Data – caracterizado como a capacidade de processar e analisar grandes volumes de dados e transformá-los em informações relevantes. No O&G encontra-se a aplicação dessa ferramenta na análise e correlação de parâmetros de perfuração em tempo real como toque, pressão, volume de tanques, peso da lama, profundidade do poço perfurada, RPM, e inclinação do poço. Além disso utilizando o Big Data Analytics também é possível a detecção automática de kicks e em conjunto com o machine learning e inteligência artificial, o desenvolvimento de algoritmos de predição de falha e situações anormais. Internet das Coisas (IoT) – é a integração dos ambientes físicos e digitais. Pode ser entendida como uma rede on-line de máquinas organizadas que se comunicam entre si por meio de protocolos de comunicação. Uma das diversas aplicações da IoT na indústria O&G é no monitoramento e gerenciamento de alarmes de equipamentos (sistemas de lubrificação, motores, painéis, VFD’s, CLP’s, geradores, sistemas de posicionamento dinâmico, etc) através da interface física e digital onde qualquer alteração do estado normal do equipamento é reportada rapidamente. Inteligência Artificial – pode ser definida como a busca por fazer com que computadores simulem a forma de agir e pensar dos seres humanos, modelando elementos como ações reativas e até mesmo sentimentos. Umas das aplicações da IA na indústria O&G é através da identificação de desvios através do processamento de imagens em tempo real ou gravadas. Além disso, a IA é capaz de monitorar tendências e tomar ações baseadas em padrões ou situações que já ocorreram, evitando falhas ou até mesmo prevendo situações de perigo. Esses foram somente alguns exemplos do que a Indústria 4.0 tem a oferecer na Engenharia do Petróleo e Indústria Óleo e Gás. Existem muito mais aplicações que envolvem, por exemplo, disponibilidade e eficiência no compartilhamento de informações e integração entre diversas interfaces. Entretanto, existem alguns desafios que todas as indústrias enfrentarão com as novas tecnologias 4.0, como por exemplo, a alta dependência de recursos, estabilidade e performance das redes, novos pontos de falhas e brechas ainda não mapeados, segurança da informação e falta de mão de obra qualificada. No geral, acredita-se que os bônus dessa nova revolução serão maiores que os ônus, nos garantindo que o futuro da indústria será a conectividade.
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