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Apostila Petrobras Engenharia de Petroleo - 2022

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DOMINA CONCURSOS
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR
APOSTILA
PDF 2022
 
 
QUEM SOMOS 
 
 
A Domina Concursos, especialista há 8 anos no desenvolvimento e 
comercialização de apostilas digitais e impressas para Concurso Públicos, tem 
como foco tornar simples e eficaz a forma de estudo. Com visão de futuro, 
agilidade e dinamismo em inovações, se consolida com reconhecimento no 
segmento de desenvolvimento de materiais para concursos públicos. É uma 
empresa comprometida com o bem-estar do cliente. Atua com concursos 
públicos federais, estaduais e municipais. Em nossa trajetória, já 
comercializamos milhares de apostilas, sendo digitais e impressas. E esse 
número continua aumentando. 
 
MISSÃO 
 
Otimizar a forma de estudo, provendo apostilas de excelência, baseados nas 
informações de editais dos concursos públicos, para incorporar as melhores 
práticas, com soluções inovadoras, flexíveis e de simples utilização e 
entendimento. 
 
VISÃO 
 
Ser uma empresa de Classe Nacional em Desenvolvimento de Apostilas para 
Concursos Públicos, com paixão e garra em tudo que fazemos. 
 
VALORES 
 
• Respeito ao talento humano 
• Foco no cliente 
• Integridade no relacionamento 
• Equipe comprometida 
• Evolução tecnológica permanente 
• Ambiente diferenciado 
• Responsabilidade social 
 
 
PROIBIDO CÓPIA 
 
 
Não é permitida a revenda, rateio, cópia total ou parcial sem autorização da 
Domina Concursos, seja ela cópia virtual ou impressa. Independente de manter 
os créditos ou não, não importando o meio pelo qual seja disponibilizado: link 
de download, Correios, etc… 
 
Caso houver descumprimento, o autor do fato poderá ser indiciado conforme 
art. 184 do CP, serão buscadas as informações do responsável em nosso banco 
de dados e repassadas para as autoridades responsáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conhecimentos básicos 
“É melhor você tentar algo, 
vê-lo não funcionar e 
aprender com isso, do que 
não fazer nada.” 
Mark Zuckerberg 
COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Compreensão e Interpretação de Texto 
Ao ler, tomamos contato com textos dos mais variados tipos, sendo possível classificá-los de diversas 
maneiras (poéticos, científicos, textos em verso e textos em prosa, políticos, religiosos etc). 
Daí, tratar da classificação dos textos se revelará útil tanto para a leitura quanto para a produção de 
textos. 
I – Modos de texto 
Classificam-se os textos em Narrativos, Descritivos e Dissertativos, embora, na maioria das vezes, 
não encontremos um texto em estado puro, já que o narrativo, o descritivo e o dissertativo podem 
interpolar-se em um único texto. 
a) Texto Narrativo: Relata as mudanças progressivas de estado que vão ocorrendo no tempo 
(evolução cronológica) com as pessoas e as coisas. Nesse tipo de texto, existe uma relação de 
anterioridade ou de posterioridade entre os episódios e os relatos. 
De uma forma sucinta, podemos afirmar que predominam nos textos narrativos 
• a presença de verbos que indicam ação, advérbios temporais e conjunções temporais 
• sucessão temporal 
• o objetivo de relatar os fatos 
• tempos verbais: presente e pretérito-perfeito do Indicativo, isto é, tempos que expressam o fato que 
ocorre no presente ou acontecido no passado, em uma sucessão temporal. 
b) Texto Descritivo: Enquanto uma narração faz progredir uma história, a descrição consiste 
justamente em interrompê-la, detendose em um personagem, um objeto – relatando suas 
características – , em um lugar etc. 
Os fatos reproduzidos numa descrição são simultâneos não existindo, portanto, progressão temporal 
de um estado anterior para outro posterior. 
Assim, podemos observar nos textos descritivos: 
• predominância de substantivos e adjetivos 
• ausência de passagem do tempo 
• o objetivo de identificar e qualificar os fatos 
• tempos verbais: o presente e o pretérito- imperfeito do Indicativo – tempos que indicam um fato 
observado em um determinado momento do tempo. 
c) Texto Dissertativo: Seu propósito principal é expor ou explanar, explicar ou interpretar idéias. Na 
dissertação, expressamos o que sabemos ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto; 
externamos nossa opinião sobre o que é ou nos parece ser. 
Observam-se nos textos argumentativos: 
• conectores relacionando argumentos 
• mecanismos de coesão 
• ausência da sucessão do tempo 
• objetivo de discutir, informar ou expor idéias 
• presença de opiniões e argumentos, com os verbos no Presente do Indicativo. 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
TIPOLOGIA TEXTUAL (MODOS DE TEXTO) – ESQUEMA 
 INTENÇÃO DO AUTOR EVOLUÇÃO CRONOLÓGICA 
NARRATIVO Relatar acontecimento. SIM. Antes e depois. Marca 
fundamental. 
DESCRITIVO Caracterizar NÃO. Tempo congela. Fatos 
ocorrem ao mesmo tempo. 
DISSERTATIVO Discutir, abstrair, discorrer, 
conceituar. Não Descreve. 
Não é relevante. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
I) Identifique os modos de organização discursiva dos seguintes trechos: 
1- Eram sete horas da noite em São Paulo e a cidade toda se agitava naquele clima de quase 
tumulto típico dessa hora. De repente, uma escuridão total caiu sobre todos como uma espessa lona 
opaca de um grande circo. Os veículos acenderam os faróis altos, insuficientes para substituir a 
iluminação anterior. 
2- Eis São Paulo às sete da noite. O trânsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres 
apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das 
mesas. Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios. 
3- As condições de bem-estar e de comodidade nos grandes centros urbanos como São Paulo são 
reconhecidamente precárias por causa, sobretudo, da densa concentração de habitantes num espaço 
que não foi planejado para alojá-los. Com isso, praticamente todos os pólos da estrutura urbana ficam 
afetados: o trânsito é lento; os transportes coletivos, insuficientes; os estabelecimentos de prestação 
de serviços, ineficazes. 
II – Tipos de Texto 
 
1) Informativo: Informar, veicular conhecimento que o leitor desconhece. É mais específico do 
que expositivo. Exs: jornal, bula de remédio, etc. (*) Tem por marcas lingüísticas freqüentes a 
clareza e a precisão. Procura meios de atrair a atenção do leitor para o que é veiculado. Traz 
implícita a idéia de que o conteúdo do texto é de interesse dos leitores. 
2) Didático: Ensinar, também são informações que o leitor desconhece. Ex: livros didáticos. 
3) Expositivo: Expõe o que se sabe, sem opinar. Ex: questões discursivas em concursos 
públicos. 
4) Opinativo: Também chamado de Argumentativo. Diferente do expositivo. Há a colocação da 
opinião do autor. Ex: os editoriais dos jornais. 
5) Polêmico: Neste texto aparecem, ao menos, dois pontos de vista sobre um assunto. Ex.: 
artigos que tratam de temas polêmicos – aborto, o sistema de reserva de quotas para negros 
nas universidades etc. 
6) Injuntivo: Tem por objetivo instruir em vista de uma ação. Ex: manuais. 
 
Enunciados de Tipologia Textual 
 
A seguir, os enunciados mais comuns de provas de concursos públicos sobre o assunto: 
 
“O texto deve ser classificado de forma mais adequada...”; “Os textos narrativos/ informativos/ 
didáticos caracterizam-se por...”; “O texto lido poderia ser classificado como...”; “Quanto ao modo de 
organização do discurso, pode-se afirmar que o texto lido é...”; “O texto lido deve ser considerado 
prioritariamente como...”; “A finalidade principal desse texto é a de...”; “O objeto maior do texto é...”, 
entre outros. 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL – PROVAS 
 
►Quanto aos modos e tipos de textos, julgue os itens a seguir: TEXTO 01 
 
O construtor de pontes 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um rio,entraram em conflito. 
Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia 
mudado. O que começou com um pequeno mal-entendido finalmente explodiu numa troca de 
palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu 
baterem à sua porta. 
— Estou procurando trabalho, disse um forasteiro. Faço trabalhos de carpintaria. Talvez você tenha 
algum serviço para mim. 
— Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do rio? É do meu vizinho. Na realidade 
é do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira 
ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta. 
— Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. 
Mostre-me onde estão a pá e os pregos. 
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, 
trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, 
uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou 
enfurecido e falou: 
— Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei! Mas as surpresas não 
pararam aí. Ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão se aproximando de 31 braços abertos. 
Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. 
O irmão mais novo então falou: 
— Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse. De 
repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, 
emocionados, no meio da ponte. 
O carpinteiro que fez o trabalho preparou-se para partir, com sua caixa de ferramentas. 
— Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você. 
Porém o carpinteiro respondeu: 
— Eu gostaria, mas tenho outras pontes a construir... 
 
1. O texto é essencialmente narrativo, apesar de o parágrafo inicial ter passagem descritiva. 
 
TEXTO 02 
 
A SANTA CRUZ DA ESTIVA 
 
No final do século passado, existia, rodeada por pequeno cemitério, outra igrejinha próxima ao local 
onde hoje está erguida a Capela de Santa Cruz da Estiva. Junto à estrada que passa diante da 
Capela, residia, então, um humilde lavrador que trabalhava as terras, auxiliado por sete filhos. 
Rapagões fortes e destemidos, eram o orgulho do pai. 
Foi quando surgiu a febre amarela, ceifando vidas sem piedade. Por ironia, ela foi levando um por um 
os sete filhos do lavrador, deixando-o sozinho com sua dor. 
Passada a epidemia, o desventurado buscou consolo em Deus. E se propôs, apesar de passar por 
dificuldades econômicas, a construir uma Capela nova junto à antiga, pedindo ao Senhor amparo 
para as almas de seus sete rapazes, conseguindo-lhes, assim, a absolvição dos pecados 
possivelmente cometidos. 
Obteve com seus rogos que a dona da fazenda fizesse a doação de uma faixa de terreno e, com os 
amigos e conhecidos, acertou o empreendimento de um mutirão. 
Assim foi construída a Capela de Santa Cruz da Estiva, segundo se diz por aí... 
(Adaptação de lenda de autor desconhecido) 
1) A lenda “A Santa Cruz da Estiva”, quanto ao modo de organização textual e à justificativa para a 
classificação, pode ser considerada um texto: 
A) narrativo, porque relata mudanças progressivas de personagens e coisas através do tempo 
B) descritivo, porque transmite imagens positivas ou negativas dos elementos descritos 
C) dissertativo, porque analisa e interpreta dados da realidade por meio de conceitos abstratos 
D) poético, porque utiliza jogos de figuras de modo a ocultar uma visão de mundo subjetiva 
 
TEXTO 03 
 
“Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e 
também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se 
finara e os moradores tinham fugido. Fabiano procurou em vão perceber um toque de chocalho. 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forçar a porta. Encontrando resistência, penetrou num cercadinho 
cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcançou o terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um 
bosque de catingueiras murchas, um pé de turco e o prolongamento da cerca do curral. Trepou-se no 
mourão do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus. 
Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo 
tenção de hospedar ali a família. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e 
não quis acordá-los.” 
(Graciliano Ramos, apud Carreter e outros, 1963:29) 
a) descritivo; 
b) jurídico; 
c) didático; 
d) narrativo; 
e) argumentativo. 
TEXTO 04 
Quando era menino, na escola, as professoras me ensinaram que o Brasil estava destinado a um 
futuro grandioso porque as suas terras estavam cheias de riquezas: ferro, ouro, diamantes, florestas 
e coisas semelhantes. Ensinaram errado. O que me disseram equivale a predizer que um homem 
será um grande pintor por ser dono de uma loja de tintas. Todavia, o que faz um quadro não é a tinta: 
são as idéias que moram na cabeça do pintor. As idéias dançantes na cabeça fazem as tintas dançar 
sobre a tela. Por isso, sendo um país tão rico, somos um povo tão pobre. Não sabemos pensar. (...) 
Minha filha me fez uma pergunta: “O que é pensar?” Disse-me que essa era uma pergunta que o 
professor de Filosofia havia proposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns. Primeiro, por ter ido 
diretamente à questão essencial. Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a 
resposta. Porque, se tivesse dado a resposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O 
pensamento é como a águia que só alça vôo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar 
sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas 
certas. Para isto existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. 
As respostas nos permitem andar sobre a terra firme, mas somente as perguntas nos permitem entrar 
pelo mar desconhecido. 
Rubem Alves. Ao professor, com o meu carinho. São Paulo: Verus Editora, 2004, p. 57-58. 
1 O texto caracteriza-se como texto científico devido ao uso de dados comprovados e ao excesso de 
trechos descritivos. 
TEXTO 05 
VIOLÊNCIA NO CAMPO 
José Saramago 
No dia 17 de abril de 1996, no estado brasileiro do Pará, perto de uma povoação chamada Eldorado 
dos Carajás (Eldorado: como pode ser sarcástico o destino de certas palavras...), 155 soldados da 
polícia militarizada, armados de espingardas e metralhadoras, abriram fogo contra uma manifestação 
de camponeses que bloqueavam a estrada em ação de protesto pelo atraso dos procedimentos 
legais de expropriação de terras, como parte do esboço ou simulacro de uma suposta reforma agrária 
na qual, entre avanços mínimos e dramáticos recuos, se gastaram já cinqüenta anos, sem que 
alguma vez tivesse sido dada suficiente satisfação aos gravíssimos problemas de subsistência (seria 
mais rigoroso dizer sobrevivência) dos trabalhadores do campo. Naquele dia, no chão de Eldorado 
dos Carajás ficaram 19 mortos, além de umas quantas dezenas de pessoas feridas. 
Passados três meses sobre este sangrento acontecimento, a polícia do estado do Pará, arvorando-se 
a si mesma em juiz numa causa em que, obviamente, só poderia ser a parte acusada, veio a público 
declarar inocentes de qualquer culpa os seus 155 soldados, alegando que tinham agido em legítima 
defesa, e, como se isto lhe parecesse pouco, reclamou procedimento judicial contra três dos 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
camponeses, por desacato, lesões e detenção ilegal de armas. O arsenal bélico dos manifestantes 
era constituído por três pistolas, pedras e instrumentos de lavoura mais ou menos manejáveis. 
Demasiado sabemos que, muito antes da invenção das primeiras armas de fogo, já as pedras, as 
foices e os chuços haviam sido considerados ilegais nas mãosdaqueles que, obrigados pela 
necessidade a reclamar pão para comer e terra para trabalhar, encontraram pela frente a polícia 
militarizada do tempo, armada de espadas, lanças e albardas. Ao contrário do que geralmente se 
pretende fazer acreditar, não há nada mais fácil de compreender que a história do mundo, que muita 
gente ilustrada ainda teima em afirmar ser complicada demais para o entendimento rude do povo. 
1. O texto é mais adequadamente classificado como: 
a) descritivo; 
b) narrativo; 
c) argumentativo; 
d) expositivo; 
e) informativo. 
Texto 06 
O MEDO SOCIAL 
Jurandir Freire Costa 
No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado. De repente foi assaltada 
por um adolescente, que a roubou, ameaçando cortar a garganta do garoto. Dias depois, a mesma 
senhora reconhece o assaltante na rua. Acelera o carro, atropela-o e mata-o, com a aprovação dos 
que presenciaram a cena. Verídica ou não, a história é exemplar. Ilustra o que é a cultura da 
violência, a sua nova feição no Brasil. 
Ela segue regras próprias. Ao expor as pessoas a constantes ataques à sua integridade física e 
moral, a violência começa a gerar expectativas, a fornecer padrões de respostas. Episódios 
truculentos e situações-limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de caucionar a idéia de 
que só a força resolve conflitos. A violência torna-se um item obrigatório na visão do mundo que nos 
é transmitida. Cria a convicção tácita de que o crime e a brutalidade são inevitáveis. O problema, 
então, é entender como chegamos a esse ponto. Como e por que estamos nos familiarizando com a 
violência, tornando-a nosso cotidiano. 
Em primeiro lugar, é preciso que a violência se torne corriqueira para que a lei deixe de ser concebida 
como o instrumento de escolha na aplicação da justiça. Sua proliferação indiscriminada mostra que 
as leis perderam o valor normativo e os meios legais de coerção, a força que deveriam ter. Nesse 
vácuo, indivíduos e grupos passam a arbitrar o que é justo ou injusto, segundo decisões privadas, 
dissociadas de princípios éticos válidos para todos. O crime é, assim, relativizado em seu valor de 
infração. Os criminosos agem com consciências felizes. Não se julgam fora da lei ou da moral, pois 
conduzem-se de acordo com o que estipulam ser o preceito correto. A imoralidade da cultura da 
violência consiste justamente na disseminação de sistemas morais particularizados e irredutíveis a 
ideais comuns, condição prévia para que qualquer atitude criminosa possa ser justificada e legítima. 
1. “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado. De repente foi 
assaltada por um adolescente...”; a passagem do pretérito imperfeito para o pretérito perfeito marca a 
mudança de: 
A)um texto descritivo para um texto narrativo; 
B)a fala do narrador para a fala do personagem; 
C)um tempo passado para um tempo presente; 
D)um tempo presente para um tempo passado; 
E)a mudança de narrador. 
 
2) O texto acima pode ser classificado, de forma mais adequada, como: 
a) narrativo moralizante; 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
b) informativo didático; 
c) dissertativo opinativo; 
d) normativo regulamentador; 
e) dissertativo polêmico. 
 
TEXTO 07 
 
Por ser uma versão continental dos Jogos Olímpicos, o Pan é o mais importante evento esportivo das 
Américas, envolvendo 42 países e um número estimado de 5.500 atletas, o que possibilita o 
intercâmbio técnico e a descoberta de novos talentos e recordistas. Com a transmissão ao vivo para 
vários países, o Pan também é uma ótima oportunidade de exposição de marca para a PETROBRAS, 
visto que atende à sua estratégia de internacionalização. Além do aporte financeiro ao evento, a 
companhia deverá participar do dia-a-dia da Vila Pan-Americana, promovendo shows diários na Zona 
Internacional da vila com artistas patrocinados pelo Programa PETROBRAS Cultural. O apoio ao Pan 
tem ainda como finalidade contribuir para a educação da juventude por meio da prática esportiva e 
dentro do espírito olímpico, que exige dedicação, trabalho em equipe e solidariedade. A 
PETROBRAS é, historicamente, uma das empresas que mais contribuem para o crescimento do 
esporte brasileiro. Em 2006, por exemplo, a companhia investiu cerca de R$ 70 milhões em 
modalidades como automobilismo, surfe, futebol, tênis e handebol. 
1. Predomina no texto o tipo textual narrativo. 
TEXTO 08 
A maioria do público acredita que os produtos químicos utilizados no diaa-dia já foram 
exaustivamente testados e que seus criadores sabem exatamente como a natureza os receberá de 
volta quando eles forem jogados em esgotos ou simplesmente caírem no solo. Infelizmente essa não 
é toda a verdade. 
Apesar dos inúmeros cuidados e métodos desenvolvidos para se avaliar o impacto ambiental dos 
compostos químicos, a realidade é que é virtualmente impossível testar como cada um deles vai se 
comportar na natureza. “Leva um tempo muito grande para se estimar o destino ambiental dos 
compostos químicos — a indústria produz novos químicos muito mais rapidamente do que eles 
podem ser testados”, diz o Dr. Victor de Lorenzo, pesquisador que desenvolveu, no Centro Nacional 
de Biotecnologia da Espanha, um programa de computador capaz de prever com grande precisão 
como um determinado composto químico se comportará na natureza, se ele irá se biodegradar ou 
não. O destino dos compostos orgânicos no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é 
largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos quebram alguns compostos diretamente em 
dióxido de carbono (CO2), mas, outros produtos químicos permanecem no meio ambiente por anos, 
absolutamente intocados. 
O novo sistema desenvolvido por Lorenzo mostra como os microrganismos digerem os compostos 
químicos. 
Diante de uma formulação que não seja digerida, é emitido um alerta que poderá auxiliar as 
autoridades a estabelecerem restrições ou até a proibir a comercialização do novo produto químico. 
O programa, chamado BDPServer, foi disponibilizado gratuitamente na Internet. 
1. O texto apresenta aspectos textuais que permitem classificá-lo como dissertativo-informativo. 
TEXTO 09 
O laudo médico-pericial é utilizado como prova técnica, devendo estar isento de tendências, vícios e 
distorções — condição básica para atingir seu objetivo principal: descrever e interpretar fatos médicos 
para a correta aplicação da justiça, cumprindo seu papel como um dos principais instrumentos de 
garantia aos Direitos Universais do Homem. 
Não importa se vítima ou agressor: o periciado tem o direito de ser visto e respeitado como homem, 
sendo examinado em ambiente neutro, sem a presença de estranhos, devendo sentir-se seguro e 
livre de coações. Enfim, contar com total liberdade para relatar sua versão dos fatos. Por sua vez, o 
médico-legista deve exercer seu mister livre de constrangimentos, coações ou pressões de quaisquer 
espécies, mantendo o respeito incondicional pelo homem. 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Para deixar mais claro: a própria Resolução CFM n.º 1.635, de 9 de maio de 2002, veda ao médico a 
realização de exames médico-periciais de corpo de delito em seres humanos no interior dos prédios 
e(ou) dependências de delegacias, seccionais ou sucursais de polícia, unidades militares, casas de 
detenção e presídios. Proíbe, ainda, exames de corpo de delito em seres humanos contidos por 
algemas ou por qualquer outro meio — exceto quando o periciado oferecer risco à integridade física 
do médicoperito. 
Como ficaria a posição do legista, trabalhando no interior de delegacias policiais, quartéis ou casas 
de detenção, repleta de policiais, caso assistisse à violação dos direitos humanos? Seria uma simples 
testemunha ou um perito médico, com obrigação legal de relatar os fatos? Um legista não é (e não 
pode ser visto como) testemunha ou cúmplice dos fatos. 
Nunca, jamais, devem acontecer ocorrências que levem o periciado a confundira figura imparcial e 
isenta do médico-legista (interessado na busca da verdade, por meio da prova técnica) com o 
aparelho repressor do Estado. Sua função é descrever, por meio da observação atenta e minuciosa, 
os fatos ocorridos, interpretando-os para a justiça, com seus conhecimentos de medicina. 
1. A partir do texto, assinale a opção que resume, corretamente, a idéia do parágrafo 
correspondente. 
A) primeiro parágrafo – apresentação de função, característica e objetivo dos laudos médico-periciais. 
B) segundo parágrafo – relato da necessidade de agressores e vítimas descreverem as versões dos 
fatos, responsavelmente. 
C) terceiro parágrafo – narrativa sintética dos princípios da Resolução CFM n.º 1.635, de 9 de maio 
de 2002. 
D) último parágrafo – argumentação imparcial em defesa da isenção dos médicos-legistas. 
TEXTO 10 
Entende-se que policial militar é um trabalhador que desenvolve um processo de trabalho peculiar. 
Concebe-se também que o exercício de sua atividade caracterize uma profissão, na medida em que a 
atividade policial é exercida por um grupo social específico, que partilha idéias, valores e crenças 
comuns. Considera-se, ainda, a polícia como uma profissão pelo conjunto de atividades atribuídas 
pelo Estado à organização policial para a aplicação da lei e a manutenção da ordem pública. Júlio 
Consul, em A Polícia Militar — revelando sua identidade, afirma que o trabalho de policial militar se 
caracteriza pela percepção, pelas expectativas e pela retórica para legitimar, entre o eu e o outro, nós 
e eles, o atributo de profissão policial sob os auspícios das atividades que eles desenvolvem no seu 
cotidiano laboral. 
O trabalho do policial militar compreende tudo aquilo que o profissional utiliza na realização de sua 
atividade. Essa atividade comporta o aspecto instrumental e o conhecimento técnico-operativo, 
descritos a seguir. Instrumental: São os equipamentos utilizados e os aprestos. São as ferramentas 
que dão suporte ao policial militar na realização de suas atividades, tais como: uniforme (a farda), 
capa de chuva, armas (arma de fogo, cassetete e algemas), viaturas, rádios transceptores, apito, 
coletes refletores, papel, caneta, telefone; instrumentos de prevenção: colete à prova de balas, 
capacete de controle de tumulto. 
Conhecimento técnico-operativo da profissão: É o saber adquirido no exercício profissional e o 
conjunto de conhecimentos que o policial militar adquire por meio dos cursos de formação e 
habilitação. Isso orientará sua maneira de agir. O policial utiliza ainda outros recursos que podem 
contribuir para a efetividade de sua ação, como diálogos com a comunidade, palestras e orientações. 
Em resumo, o papel da polícia é tratar de problemas humanos quando sua solução necessita ou 
possa necessitar do emprego da força. Assim, para que o policial possa realizar o seu trabalho com 
eficiência, é fundamental que aprenda a intervir-nos mais distintos espaços, de modo que exerça sua 
autoridade como profissional dentro das prerrogativas que lhe conferem o poder de polícia, mas sem 
abusar desse poder, de maneira arbitrária ou autoritária. 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
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1.O último parágrafo do texto faz uma síntese das idéias do parágrafo inicial sem a elas acrescentar 
informação alguma, o que evidencia a natureza narrativa. 
TEXTO 11 
Em sua posse no cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o embaixador 
Sérgio Amaral reafirmou o explícito entusiasmo de enfrentar o desafio de incrementar as exportações 
brasileiras. Ficou claro para todos que ele expressava uma posição de governo, enfatizada pelo 
presidente da República, em uma demonstração de que o espírito das autoridades federais está 
inoculado pela causa e de que a compreensão do que significa uma ação coordenada, visando à 
inserção do Brasil na economia internacional, começa a se disseminar. Entre outras coisas, o ministro 
declarou: “Nossa prioridade é o MERCOSUL”. 
O governo federal foca seus esforços no aumento das exportações brasileiras e na direção certa, 
mas há uma agenda aguardando definições e atos, particularmente no que diz respeito aos juros – 
que precisam ser reduzidos a patamares compatíveis com os praticados nos lugares do mundo onde 
nossos concorrentes se financiam. Espera-se também uma maior disponibilidade de recursos nos 
programas de fomento às exportações; uma reforma tributária, que é urgente; um aperfeiçoamento da 
legislação trabalhista e é uma ampliação e melhoria da infra-estrutura nacional, principalmente no 
setor de transportes. Esse conjunto de fatores -- - enquanto não definidos e implementados --- é que 
torna as empresas brasileiras vulneráveis no jogo do comércio internacional. Mas a questão da 
América do Sul merece uma análise especial. 
Dinheiro é um facilitador das transações, mas não é a única forma de relação comercial. O mundo 
moderno não pode menosprezar a sabedoria de nossos antepassados, que sobreviveram séculos 
fazendo trocas. Um bom exemplo de alinhamento entre estratégias empresariais e apoio 
governamental, que resultou em uma equação, é o caso da Odebrecht em Angola: esta construtora 
constrói a hidrelétrica de que o país africano necessita, e o governo angolano paga com petróleo, 
produto abundante naquele país. 
O fato é que existe um vasto mercado para exportação na América do Sul que não pode ser 
desconsiderado. Politicamente, esse é o mercado do Brasil, e o Brasil é o mercado para sua 
viabilização. O governo federal não deve fechar-se sobre o MERCOSUL. Precisamos assumir o papel 
geopolítico de liderança em toda a América do Sul, até porque nossa condição diferenciada no 
contexto mundial facilita a captação de capitais internacionais, para financiar, aqui, operações dessa 
natureza. A infraestrutura de transportes, geração de energia e telecomunicações e as riquezas do 
subsolo estão esperando por investimentos. Se não os fizemos, outros farão. 
Emílio Odebrecht. Ícaro Brasil, nov/2001, p. 28-30 (com adaptações) 
1. Aplicando conhecimentos acerca de tipologia, estrutura e organização de um texto em parágrafos, 
julgue os itens a seguir, segundo as idéias desenvolvidas no texto. 
2. 
a) No primeiro parágrafo, fica explícita a disposição do governo em enfrentar o desafio do aumento 
das exportações brasileiras, prioritariamente junto aos países que compõem o MERCOSUL. 
 
b) No segundo parágrafo, alude-se à ampliação dos limites do mercado, de forma a abranger todo o 
continente sul-americano, e levantam-se algumas estratégias de ação para viabilizar esse propósito: 
redução dos juros, aumento da disponibilidade de recursos, reforma tributária, aperfeiçoamento da 
legislação trabalhista e ampliação e melhoria da infra-estrutura de transportes. 
 
c) O terceiro parágrafo, predominantemente narrativo, apresenta o ponto de vista do narrador acerca 
do dinheiro, da sabedoria dos antepassados e das estratégias empresariais do governo africano para 
com o petróleo. 
 
d) O quarto parágrafo descreve o vasto mercado para a exportação da América do Sul, além do 
MERCOSUL, o papel geopolítico de liderança brasileira na região sul-americana, a condição 
diferenciada do Brasil no contexto mundial e a infra-estrutura brasileira de transportes, de geração de 
energia, de telecomunicações e de tecnologia. 
 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
d) Nesse texto, eminentemente dissertativo, o autor discute o assunto do incremento das 
exportações brasileiras na América do Sul, apresentando vários argumentos que teriam, em tese, o 
intuito de fazer o leitor partilhar do seu ponto de vista, que está resumindo na última idéia do texto: 
“Se não o fizermos, outros farão”. 
Texto 12 
A globalização começou no dia em que um anônimo primitivo, em alguma parte do continente ainda 
sem nome, movido por um sentimento de curiosidade, caminhou além dos limites conhecidos por sua 
tribo e encontrou um grupo de desconhecidos, como qual entabulou algum tipo de comunicação. A 
partir daquele momento, os homens nuca mais pararam de caminhar, de olhar ao redor e de integrar-
se em um processo de globalização cada vez mais amplo. 
Desde o final do século XV, com a invenção de novos equipamentos de navegação e as grandes 
descobertas, esse processo se espalhou por todo o planeta, ao mesmo tempo em que aumentava a 
influência européia no mundo. No século XIX, o telégrafo submarino reduziu o tempo com que as 
informações, as ordens e as diversas decisões importantes chegavam a diversos lugares do mundo – 
em pontos específicos, em quantidades limitadas e com alguma defasagem de tempo. 
O processo atual de globalização se diferencia do iniciado há centenas de milhares de anos porque o 
mundo se tornou um só e instantâneo. O conhecimento das informações, o acesso às coisas e a 
influência do poder ficaram internacionais e chegam ao mesmo tempo em todas as partes. 
Globalização é essa “simultaneidade totalizante”, que se instalou sem uma integração entre os 
homens. Para surpresa de todos que observam o mundo global, a globalização torna iguais os seres, 
não importa o grupo a que pertençam, mas faz com que dentro de cada grupo as pessoas sejam 
mais diferentes entre elas do que no passado. 
Uma das maiores manifestações lingüísticas na fronteira entre os séculos XX e XXI é a idéia de 
globalização como um processo de internacionalização. A globalização é um processo de 
disseminação das idéias, da cultura e dos objetivos sociais dos Estados Unidos. No lugar de 
globalização, há uma ameriglobalização. A melhor prova disso é que esse país defende a abertura 
comercial, mas fecha suas fronteiras e toma medidas protecionistas sempre que necessário. 
1.Analisando a tipologia do texto e a síntese das idéias nele desenvolvidas, assinale a opção 
incorreta. 
 
a) O primeiro parágrafo apresenta o mais remoto indício da globalização, título do texto, de forma 
expositiva, sem haver posicionamento explícito do autor frente aos acontecimentos. 
b) O segundo parágrafo mostra a evolução do processo, em uma retrospectiva histórica, desde o final 
do século XV, tempo e, que a influência européia no mundo se fez marcante, até o século XIX, 
quando as informações chegavam a diversos lugares do mundo “em quantidades limitadas e com 
alguma defasagem de tempo”. 
c) No terceiro parágrafo, o autor, de forma descritiva e privilegiando a apresentação do quadro global 
em vários pontos do planeta, discorre a respeito do processo de total simultaneidade, instalada sem 
uma integração entre os homens. 
d) No quarto parágrafo, o autor desmistifica a visão corrente de que a globalização é um processo 
neutro de internacionalização, exemplificando com a atuação da sociedade norte-americana perante 
o mundo. 
e) Em todo o texto predomina a estrutura dissertativa, por meio da qual o assunto é abordado, em 
linguagem objetiva e referencial, obedecendo a um viés cronológico, do passado ao presente. 
COESÃO E COERÊNCIA 
A crescente escassez de profissionais qualificados no mercado de trabalho doméstico está obrigando 
a Companhia Vale do Rio Doce a lançar uma campanha global de recrutamento para arregimentar 
pessoal especializado nos EUA, na Inglaterra, na Austrália e no Canadá. A previsão é de 62 mil 
contratações nos próximos cinco anos. 
O Estado de S.Paulo, 21/3/2008 (com adaptações). 
1) Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o fragmento de texto acima. 
a) Essa disputa se tornou tão acirrada que elevou o nível médio salarial. Um soldador, por exemplo, 
hoje tem um ordenado inicial entre R$ 1,2 mil e R$ 2,1 mil. Nas escolas do SESI e do SENAC, os 
formandos são disputados pelos empregadores. 
b) Essa é a iniciativa mais audaciosa já tomada por uma empresa brasileira em matéria de oferta de 
emprego, e é mais uma das conseqüências da globalização da economia. 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
c) Entretanto, com o extraordinário crescimento da produção industrial chinesa, nos últimos anos, o 
preço das commodities no mercado internacional disparou, o que abriu caminho para a expansão dos 
setores de mineração, siderurgia, petróleo e equipamentos de transporte pesado. 
d) Desde então, as empresas mais competitivas desses setores criaram milhares de novos postos de 
trabalho e, de forma cada vez mais agressiva, vêm disputando trabalhadores preparados para ocupá-
los. 
e) Todas essas empresas vêm publicando anúncios em inglês, em busca de profissionais qualificados 
de nível técnico superior. As empresas também vêm contratando trabalhadores aposentados e 
procurando atrair profissionais qualificados da PETROBRAS. 
Há cinco anos, sob o comando de George W. Bush, os Estados Unidos da América (EUA) invadiam o 
Iraque. Já se mostrou à exaustão que a aventura foi uma catástrofe humanitária e um fracasso 
político que encalacrou o Pentágono numa ocupação militar sem perspectiva de solução. Verifica-se, 
agora, que foi também um desastre financeiro. 
Folha de S.Paulo, 20/3/2008 (com adaptações). 
2. Assinale a opção em que o fragmento constitui continuação coesa e coerente para o texto acima. 
a) Entretanto, Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, calcula que a empreitada poderá sair por 
assombrosos US$ 4 trilhões ou mais, dependendo de quanto tempo a ocupação durar. 
b) Mas, agora que o país se encontra numa situação de déficit fiscal, a conta da guerra contribui para 
a crescente desvalorização da moeda norte-americana, num movimento que dificulta o combate à 
crise de crédito nos EUA e agrava suas repercussões globais. 
c) Às vésperas da invasão, a Casa Branca estimava que gastaria algo entre US$ 50 bilhões e US$ 60 
bilhões para derrubar Saddam Hussein e instalar um novo governo no país. Hoje, a conta está em 
US$ 600 bilhões e continua subindo. 
d) Avaliações mais conservadoras, como a do Escritório de Orçamento do Congresso, órgão que 
municia o Poder Legislativo com informações técnicas, concluem que a ocupação não atingirá 
efetivamente a economia norteamericana. 
e) Portanto, nada indica que o próximo presidente dos EUA terá condições de colocar um fim rápido à 
aventura. Fala-se em retirar as tropas até o fim de 2009. Isso, é claro, no melhor cenário. E o 
problema é que, no Iraque, o melhor cenário nunca se materializa. 
O conflito do Tibete, que se arrasta desde o século 13, requer solução pacífica pautada pelo signo da 
não-violência. Invadida pela China em 1950, a província luta pela autonomia há cinco décadas. 
Pequim resiste. Além de constante desrespeito aos direitos humanos, procede ao que o dalai-lama 
denomina “genocídio cultural” — sistemático esmagamento das tradições da região. 
Com o controle dos meios de comunicação, as autoridades chinesas exercem violenta censura à 
informação e à livre circulação de pessoas. A tevê só mostra imagens liberadas pelos 
administradores locais. O mesmo ocorre com as notícias e certos sítios da Internet. Jornalistas e 
turistas encontram as fronteiras fechadas. 
Torna-se difícil, assim, avaliar as dimensões e as conseqüências dos protestos que eclodiram 
recentemente. Pequim soma 13 mortos. Os tibetanos falam em mais de 100 e de centenas de prisões 
de dissidentes. Suspeita-se, com razão, do incremento da repressão. 
Correio Braziliense, 20/3/2008 (com adaptações). 
03) Assinale a opção que apresenta as idéias principais do texto acima. 
a) Pequim controla os tibetanos, que vivem sob censura, sem possibilidade de livre circulação em sua 
própria região. 
b) A tevê só mostra imagens liberadas pelos administradores locais, e as fronteiras estão fechadas 
para turistas e jornalistas. 
c) Para Pequim, houve treze mortos nos conflitos recentes; para os tibetanos, houve mais de cem 
mortos e centenas de prisões de dissidentes. 
d) A China procede a um genocídio cultural no Tibete, quando esmaga as tradições da região. 
e) Embora haja controle dos meios de comunicação e das fronteiras, suspeita-se do aumento da 
repressão no Tibete, queluta pela autonomia, pois é ocupado pela China há mais de cinqüenta anos. 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
4. Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o texto abaixo: Até aqui o 
governo se dedicou a expor seu ponto de vista e começou a mover suas pedras no tabuleiro, a partir 
de sua opção pela prioridade sulamericana e do Mercosul. Estabeleceu, em seguida, uma série de 
pontes e alianças possíveis com a África e a Ásia, como aconteceu com o G21, na reunião de 
Cancun da OMC, e como está acontecendo nas negociações do G3, com a África do Sul e com a 
Índia. Ou ainda, como vem ocorrendo nas novas parcerias tecnológicas com a Ucrânia, a Rússia, a 
China, ou com os projetos infra-estruturais com a Venezuela, a Bolívia, o Peru e a Argentina. 
a) Não há dúvida, porquanto, de que essas principais disputas giraram em torno das divergências 
econômicas entre os Estados Unidos e o Brasil, em particular as negociações da OMC, FMI e ALCA. 
b) O que se vê é a afirmação de uma nova política externa, ativa, presente, baseada no interesse 
nacional brasileiro e na afinidade histórica e territorial do Brasil com o resto da América do Sul, bem 
como na sua afinidade de interesses com os demais grandes países em desenvolvimento. 
c) E do outro lado, naquele momento, estarão os grupos econômicos e as forças sociais, intelectuais 
e políticas que sempre lutaram por um projeto de desenvolvimento para o Brasil. 
d) E aqui, não há como se enganar sobre as forças que esta batalha despertava, dentro e fora do 
governo: de um lado estarão, como sempre estiveram, os grupos de interesse que defendem uma 
relação subserviente com os Estados Unidos, em troca de uma acesso mais favorecido ao mercado 
interno americano. 
e) Orientando-se pelos interesses nacionais do povo e não apenas pelos interesses imediatos e 
particulares do seu agrobusiness, e dos seus grupos financeiros defendidos e acobertados pela 
retórica diletante e pela política escandalosamente subserviente dos “diplomatas descalços”. 
5.Os trechos a seguir constituem um texto, mas estão desordenados. Ordeneos nos parênteses e 
aponte a opção correta: 
( ) A aguda crise social desdobrou-se, então, em quatro vertentes de alternativa política: o fascismo 
italiano, o nazismo alemão, a social democracia sueca e o New Deal norte-americano. 
( ) O desemprego é uma tragédia social com profundas implicações políticas. 
( ) Um dado dessa natureza é importante, pois estabelece a conexão entre a crise social e o efeito 
político-eleitoral. 
( ) A esmagadora maioria dos eleitores nas últimas eleições apontava esse fenômeno como o mais 
grave problema do país. 
( ) Tal conexão apareceu pela primeira vez na História, claramente, há mais de 70 anos, nos 
principais países capitalistas, na Grande Depressão. 
a) 5, 1, 3, 2, 4 
b) 3, 5, 1, 4, 2 
c) 2, 4, 3, 5, 1 
d) 4, 1, 3, 5, 2 
e) 2, 1, 4 5, 3 
_________________________________________________________________________________ 
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TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Tipologias e Generos Textuais 
Tipologia Textual 
1. Narração 
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num 
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há 
uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos 
cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo 
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. 
2. Descrição 
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A 
classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. 
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação 
de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer 
uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que 
se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros 
como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
3. Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do 
objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. 
3.1 Dissertação-Exposição 
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre 
assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe 
ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos 
científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc. 
3.1 Dissertação-Argumentação 
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, 
além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se 
pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: 
sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e 
revistas. 
4. Injunção / Instrucional 
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, 
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do 
presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para 
montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de 
orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, 
aniversário, etc.). 
OBS1: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram que 
existe também o tipo predição. 
 
5. Predição 
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por 
ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, 
previsões escatológicas/apocalípticas. 
 
OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse nada 
mais é que o tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve 
personagens, um momento temporal (não necessariamente explícito), um espaço (real ou virtual), um 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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enredo (assunto da conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa. 
 
Dialogal / Conversacional 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, 
conversa telefônica, chat, etc. 
Gêneros textuais 
 
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. 
Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com 
características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em 
situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam 
em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, 
podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos: 
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se 
trata de "carta pessoal", a presença de aspectosnarrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é 
mais comum. No caso da "cartadenúncia", em que há o relato de um fato que o autor sente 
necessidade de o exporao seu público, os tipos narrativos e dissertativo-expositivo são mais 
utilizados. 
Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações 
sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, 
mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. 
Bula de remédio: trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo einjuntivo que tem 
por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. 
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para 
preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no 
imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. 
 
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo 
a passo e de maneira simplificada, como fazer algo. 
Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da 
empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. 
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em 
um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. 
Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, 
minuciosamente descritos. 
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, 
por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. 
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas 
ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do 
entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-
expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas 
pode também envolver aspectosnarrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, 
como na entrevista médica. 
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos 
quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. 
 
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de 
caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento 
atual, em sua grande maioria. 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em 
estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. 
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, 
poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais 
frequentes neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o 
conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e 
comove pode ser considerado como poético. Assim, quando aplica-se a poesia ao gênero 
<poema>, resulta-se em um poema poético, quando aplicada à prosa, resulta-se na prosa 
poética (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). 
Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em estrofes e as 
rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um refrão, parte da letra que se 
repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma interação direta com os instrumentos musicais. A 
tipologia narrativa tem prevalêncianeste caso. 
Adivinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem algum nível de 
engenhosidade. Predominantemente dialogal. 
Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para 
publicações científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não necessariamente a cada 
ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo. 
Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar aquilo que é 
oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e dalinguagem, consegue utilizar todas 
as tipologias textuais com facilidade. 
 
Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a informações de 
um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta, através da orientação que cada um 
traz. 
 
Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer no 
futuro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo também características dos 
tipos narrativo e descritivo. 
Gêneros literários: 
 Gênero Narrativo: 
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o 
dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante 
do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características 
diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras 
narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a 
questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: 
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de 
uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam 
um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os 
Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero. 
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter 
mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor 
vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, 
o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. 
É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. 
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade 
do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, 
e A Metamorfose, de Kafka. 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, 
anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a 
reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto 
surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da 
fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; 
contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um 
contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de mistério, que envolvem o 
suspense e a solução de um mistério. 
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são 
não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. 
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter 
um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou 
artigo de jornal, revistas e programas da TV.. 
 
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos 
descritivos. 
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e 
reflexões morais e filosóficas a respeitode certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, 
filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades 
como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo:Ensaio sobre a 
tolerância, de John Locke. 
 Gênero Dramático: 
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador 
contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os 
papéis das personagens nas cenas. 
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. 
Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e 
completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror". 
Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. 
Farsa: A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos como o absurdo, as 
incongruências, os equívocos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o 
engano. 
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua 
origem grega está ligada às festas populares. 
Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, 
significava a mistura do real com o imaginário. 
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural 
nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo. 
 Gênero Lírico: 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à 
do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os 
pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem. 
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto 
máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um 
poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare. 
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e 
cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus 
símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma 
ode com acompanhamento musical; 
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, 
às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo 
de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a 
paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara); 
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou 
irônico. 
Acalanto: ou canção de ninar; 
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada 
verso formam uma palavra ou frase; 
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo 
característico e refrão vocal que se destinam à dança; 
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical; 
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio; 
Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de 
três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° 
verso 5 sílabas; 
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima 
geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. 
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); 
satíricas, portanto. 
Diferenças entre gêneros e tipos textuais 
Gêneros e tipos textuais são dois conceitos distintos, embora ainda seja bastante comum a 
confusão entre esses elementos. 
A compreensão e identificação dos gêneros textuais é um tema recorrente em concursos e 
vestibulares. Entretanto, existem também os chamados “tipos textuais”, que são comumente 
confundidos com os gêneros, induzindo inúmeros candidatos ao erro. As diferenças entre gêneros e 
tipos textuaisexistem e são bem importantes! 
Gêneros e tipos texuais são elementos distintos, observe: 
Tipos Textuais 
 
Gêneros textuais 
Os tipos textuais são caracterizados por propriedades 
linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos 
verbais, construções frasais etc. 
Possuem função comunicativa e estão 
inseridos em um contexto cultural. 
São eles: narração, 
argumentação, descrição, injunção (ordem) e exposição 
(que é o texto informativo). 
Possuem um conjunto ilimitado de 
características, que são determinadas 
de acordo com o estilo do autor, 
conteúdo, composição e função. 
Geralmente variam entre 5 e 9 tipos. São infinitos os exemplos de gêneros: 
receita culinária, blog, e-mail, lista de 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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compras, bula de remédios, 
telefonema, carta comercial, carta 
argumentativa etc. 
 
Podemos afirmar que a tipologia textual está relacionada com a forma como um texto apresenta-se e 
é caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes. O gênero textual exerce 
funções sociais específicas, que são pressentidas e vivienciadas pelos usuários da língua. Mas você 
deve estar perguntando-se: “por que é importante saber a diferença entre gêneros e tipos textuais?”. 
Saber as diferenças elencadas no quadro acima é fundamental para a correta distinção entre gêneros 
e tipos textuais, pois quando conhecemos as características de cada um desses elementos, fica 
muito mais fácil interpretar um texto. A interpretação está relacionada não apenas com a construção 
de sentidos, mas também com os diversos fatores inerentes à estruturação textual. 
Você sabe o que são tipos textuais? 
Podemos chamar de tipos textuais o conjunto de enunciados organizados em uma estrutura bem 
definida e facilmente identificada por suas características predominantes. O termo tipologia 
textual (outra nomenclatura possível) designa uma sequência definida pela natureza linguística de 
sua composição, ou seja, está relacionado com questões estruturais da língua, determinadas por 
aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal. Objetivamente, dizemos que o tipo 
textual é a forma como o texto apresenta-se. 
Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os mais estudados e exigidos nas diferentes provas 
de vestibular e concursos no Brasil são a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e a 
exposição. Veja as principais características de cada um deles: 
► Narração: Sua principal característica é contar uma história, real ou não, geralmente situada em 
um tempo e espaço, com personagens, foco narrativo, clímax, desfecho, entre outros elementos. Os 
gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias 
etc. 
► Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio de estratégias 
argumentativas. Sua maior finalidade é conquistar a adesão do leitor aos argumentos apresentados. 
Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação, 
editorial etc. 
► Descrição: Têm por objetivo descrever objetiva ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações. 
Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. 
Também podem ser encontrados em textos literários por meio da descrição subjetiva. 
► Injunção: São textos que apresentam a finalidadede instruir e orientar o leitor, utilizando verbos 
no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, sempre indeterminando o sujeito. Os gêneros 
que se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, 
regulamentos, editais, códigos, leis etc. 
► Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato 
específico, enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros 
que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, 
seminário etc. 
Para que você conheça com detalhes cada um dos tipos textuais citados, o sítio de Português 
preparou uma seção sobre tipologia textual. Nela você encontrará vários artigos que têm como 
objetivo discutir as características que compõem a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e 
a exposição, bem como apresentar as diferenças entre tipos e gêneros textuais. Esperamos que você 
aproveite o conteúdo disponibilizado e, principalmente, desejamos que todas as informações aqui 
encontradas possam transformar-se em conhecimento. Boa leitura e bons estudos! 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Gêneros Textuais 
Os gêneros textuais são um modo de classificar os textos. Veja a diferença entre gênero textual, 
literário e tipos de textos 
Os textos, sejam eles escritos ou orais, embora sejam diferentes entre si, podem apresentar diversos 
pontos em comum. Quando eles apresentam um conjunto de características semelhantes, podem ser 
classificados em determinado gênero textual. 
Dessa maneira, os gêneros textuais podem ser compreendidos como as diferentes formas de 
linguagem empregadas nos textos, configurando-se como manifestações socialmente reconhecidas 
que procuram alcançar intenções comunicativas semelhantes, exercendo funções sociais específicas. 
Cada gênero textual tem o seu próprio estilo e pode ser diferenciado dos demais por meio das suas 
características. Algumas das características que determinam o gênero textual são o assunto, o papel 
dos interlocutores e a situação. Graças à sua natureza, torna-se impossível definir a quantidade de 
gêneros textuais existentes na língua portuguesa. 
Gênero Textual, tipo Textual e Gênero Literário 
Antes de vermos mais detalhadamente alguns exemplos de gêneros textuais, é necessário abordar 
alguns conceitos a fim de evitar possíveis confusões. Vejamos a seguir: 
Gênero literário – Os gêneros textuais abrangem todos os tipos de texto, ao contrário dos gêneros 
literários que, como o próprio nome já indica, aborda apenas os literários. O gênero literário é 
classificado de acordo com a sua forma, podendo ser do gênero dramático, lírico, épico, narrativo etc. 
Tipo textual – É a forma como um texto se apresenta. Pode ser classificado como narrativo, 
argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. 
Observe que, enquanto os tipos textuais variam entre 5 e 9 tipos, temos infinitos exemplos de 
gêneros textuais. 
Os gêneros textuais 
Os gêneros textuais são inúmeros e cada um deles possui o seu próprio estilo de escrita e de 
estrutura. Confira alguns deles a seguir: 
• Conto maravilhoso; 
• Conto de fadas; 
• Fábula; 
• Carta pessoal; 
• Lenda; 
• Telefonema; 
• Poema; 
• Narrativa de ficção científica; 
• Romance; 
• E-mail; 
• Manual de instruções; 
• Lista de compras; 
• Edital; 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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• Conto; 
• Piada; 
• Relato; 
• Relato de viagem; 
• Diário; 
• Autobiografia; 
• Curriculum vitae; 
• Notícia; 
• Biografia; 
• Relato histórico; 
• Texto de opinião; 
• Carta de leitor; 
• Carta de solicitação; 
• Editorial; 
• Ensaio; 
• Resenhas críticas; 
• Seminário; 
• Conferência; 
• Palestra; 
• Texto explicativo; 
• Relatório científico; 
• Receita culinária; 
• Regulamento; 
Vejamos alguns exemplos de gêneros textuais mais detalhadamente: 
Carta 
Na carta pessoal, é comum encontrarmos uma linguagem pessoal e a presença de aspectos 
narrativos ou descritivos. Já a carta aberta, destinada à sociedade, tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo. 
Diário 
É escrito em linguagem informal, consta a data e geralmente o destinatário é a própria pessoa que 
está escrevendo. 
Notícia 
Apresenta linguagem narrativa e descritiva e o objetivo é informar algo que aconteceu. 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Como já foi dito, os gêneros textuais são inúmeros e, por isso, seria impossível estudá-los ao mesmo 
tempo. Para produzir um bom texto em determinado gênero textual, é importante estudar as suas 
características e ler alguns exemplos. 
Os gêneros e os tipos textuais estão intrinsecamente relacionados, o que torna difícil a dissociação 
entre as duas noções 
Você já deve ter ouvido falar sobre gêneros e tipos textuais, certo? Mas será que você sabe como 
diferenciar essas duas noções? 
Diferenciar gêneros e tipologias textuais não é tarefa fácil, contudo é importante que saibamos alguns 
aspectos que possam defini-los para, dessa forma, facilitar nossos estudos. Vamos então à análise: 
Gêneros textuais 
Os gêneros textuais são aqueles que encontramos em nossa vida diária, inclusive em nossos 
momentos de interação verbal. Quando nos comunicamos verbalmente, fazemos, intuitivamente, uso 
de algum gênero textual. Sendo assim, a língua, sob a perspectiva dos gêneros textuais, é 
compreendida por seus aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais. 
Os gêneros privilegiam a funcionalidade da língua, ou seja, a maneira como os falantes podem dela 
dispor, e não seus aspectos estruturais. São inúmeros os gêneros textuais utilizados em nossas 
ações sociocomunicativas: 
 
Telefonema 
Carta comercial 
Carta pessoal 
Poema 
Cardápio de restaurante 
Receita culinária 
Bula de remédio 
Bilhete 
Notícia de jornal 
Romance 
Edital de concurso 
Piada 
Carta eletrônica 
Formulário de inscrição 
Inquérito policial 
História em quadrinhos 
Entrevista 
Biografia 
Monografia 
Aviso 
Conto 
Obra teatral 
 
É importante ressaltar que os gêneros textuais são passíveis de modificação, pois devem atender 
às situações comunicativas do cotidiano. Podemos destacar também que os gêneros atendem a 
necessidades específicas, que vão desde a elaboração do cardápio do restaurante à elaboração de 
um e-mail. Novos gêneros podem surgir (ou desaparecer) de acordo com a demanda linguística dos 
falantes. 
Tipos textuais 
Os tipos textuais diferem dos gêneros textuais por serem limitados, abrangendo categorias 
conhecidas como: 
Narração 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Argumentação 
Exposição 
Descrição 
Injunção (imposição) 
 
O termo Tipologia textual designa uma sequência definida pela natureza linguística de sua 
composição, ou seja, está relacionado com questões estruturais da língua, determinadas por 
aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal. 
Apesar dessa tentativa arbitrária de diferenciação entre gêneros e tipos textuais – o tema costuma 
provocar polêmica até mesmo entre linguistas –, é importante observar que essas duas noções estão 
intrinsecamente relacionadas. Um texto narrativo (tipo textual) poderá contar com elementos 
descritivos (gênero textual), e, para classificá-lo, a predominância de um elemento sobre o outro deve 
ser observada, pois um texto pode ser tipologicamente variado. 
Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos 
apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo. 
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor 
e receptor) de determinado discurso. 
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete 
ou lista de supermercado. 
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual podeconter mais de 
um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de 
ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo). 
Tipos de Gêneros Textuais 
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro 
das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais 
peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo 
e injuntivo. 
Texto Narrativo 
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura 
da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. 
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: 
• Romance 
• Novela 
• Crônica 
• Contos de Fada 
• Fábula 
• Lendas 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Texto Descritivo 
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. 
Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir 
das percepções sensoriais do locutor (emissor). 
São exemplos de gêneros textuais descritivos: 
• Diário 
• Relatos (viagens, históricos, etc.) 
• Biografia e autobiografia 
• Notícia 
• Currículo 
• Lista de compras 
• Cardápio 
• Anúncios de classificados 
Texto Dissertativo-Argumentativo 
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de 
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam 
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese 
(desenvolvimento), nova tese (conclusão). 
Exemplos de gêneros textuais dissertativos: 
• Editorial Jornalístico 
• Carta de opinião 
• Resenha 
• Artigo 
• Ensaio 
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado 
Veja também: Texto Dissertativo. 
Texto Expositivo 
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: 
definição, conceituação, informação, descrição e comparação. 
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: 
• Seminários 
• Palestras 
• Conferências 
• Entrevistas 
• Trabalhos acadêmicos 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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• Enciclopédia 
• Verbetes de dicionários 
Texto Injuntivo 
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo 
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na 
maioria dos casos, verbos no imperativo. 
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos: 
• Propaganda 
• Receita culinária 
• Bula de remédio 
• Manual de instruções 
• Regulamento 
• Textos prescritivos 
Conheça mais gêneros textuais: 
• Anedota 
• Blog 
• Reportagem 
• Charge 
• Carta 
• E-mail 
• Declaração 
• Memorando 
• Bilhete 
• Relatório 
• Requerimento 
• ATA 
• Cartaz 
• Cartum 
• Procuração 
• Atestado 
• Circular 
• Contrato 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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Quando falamos em tipos de textos, normalmente nos limitamos a tripartição, sob o enfoque 
tradicional: Descrição, Narração e Dissertação. Vamos um pouco mais além no intuito de conhecer 
um pouco mais sobre este assunto. 
TEXTO DESCRITIVO 
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa, animal, objeto ou 
lugar. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função 
caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes. 
A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. È uma estrutura pictórica, em que os 
aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas 
telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade. 
Quanto à descrição de pessoas, podemos atribuir-lhes características físicas ou psicológicas. 
TEXTO NARRATIVO 
Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido num determinado 
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O 
tempo verbal predominante é o passado. 
Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O narrar surge da busca de transmitir, de comunicar 
qualquer acontecimento ou situação. A narração em primeira pessoa pressupõe a participação do 
narrador ( narrador personagem) e em terceira pessoa mostra o que ele viu ou ouviu ( narrador 
observador ). 
Na narração encontramos ainda os personagens ( principais ou secundários ), o espaço ( cenário) e o 
tempo da narrativa. 
TEXTO DISSERTATIVO 
Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base a 
argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. Assim, a 
dissertação consiste na ordenação e exposição de um determinado assunto. É a nossa conhecida 
“redação” de cada dia. É a modalidade mais exigida nos concursos, já que exige dos candidatos um 
conhecimento de leitura do mundo, como também um bom domínio da norma culta. 
Está estruturada basicamente assim: 
1. Idéia principal ( introdução ) 
2. Desenvolvimento ( argumentos e aspectos que o tema envolve ) 
3. Conclusão ( síntese da posição assumida ) 
TEXTO EXPOSITIVO 
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo idéias, explicando e avaliando. Como 
o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar uma determinada situação. 
As exposições orais ou escritas entre professores e alunos numa sala de aula, os livros e as fontes 
de consulta, são exemplos maiores desta modalidade. 
TEXTO INJUNTIVO 
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede, manda ou 
aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados 
no modo imperativo. 
Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais 
, etc. 
GÊNEROS TEXTUAIS 
Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam como modos de 
organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos materializados,encontrados em 
nosso cotidiano. Eles são muitos, apresentando características sócio-comunicativas definidas por seu 
TIPOLOGIAS E GENEROS 
TEXTUAIS 
 
 
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estilo, função, composição conteúdo e canal. 
Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia ou recebe um e-mail ou usamos 
o Orkut ou MSN, estamos utilizando diversos gêneros textuais. 
Tipos Textuais 
Descrição 
Narração 
Dissertação 
Exposição 
Injunção 
Gêneros Textuais 
Bilhete 
Carta pessoal, comercial 
Diário, agenda, anotações 
Romance 
Blog, e-mail,Orkut, MSN 
Aulas 
Reuniões 
Entrevistas 
Piadas 
Cardápio 
Horóscopo 
Telegrama, telefonema 
Lista de compras, etc. 
Tipologia Textual: Conheça Os 5 Tipos Textuais e as Principais Características e Regras 
Gramaticais de Cada Tipo 
Sempre cai nas provas o assunto “Tipologia textual” (Tipos textuais) mas muita gente confunde 
com “Gêneros Textuais” (gêneros discursivos). 
Querem dizer a mesma coisa? 
Não. 
Estas são duas classificações que recebem os textos que produzimos a longo de nossa vida, seja na 
forma oral ou escrita. 
Sendo que a primeira leva em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem 
regras gramaticais, algo mais formal. 
Já a segunda preocupa-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em consideração 
a finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação. São inúmeros os 
gêneros textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor, noticia, biografia, seminário, 
palestras, etc. 
O Que É Tipologia Textual? 
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as regras 
gramaticais,

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