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Avaliação de Desempenho do Refino 1 CURSO DE FORMAÇÃO DE OPERADORES DE REFINARIA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO REFINO 2 Avaliação de Desempenho do Refino Avaliação de Desempenho do Refino 3 CURITIBA 2002 Equipe Petrobras Petrobras / Abastecimento UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO REFINO NEY TADEU ARAUJO MACHADO 4 Avaliação de Desempenho do Refino 658.562 Machado, Ney Tadeu Araujo. M149 Curso de formação de operadores de refinaria: avaliação de desempenho do refino / Ney Tadeu Araujo Machado. – Curitiba : PETROBRAS : UnicenP, 2002. 14 p. : il. ; 30 cm. Bibliografia: p. 12. Financiado pelas UN: REPAR, REGAP, REPLAN, REFAP, RPBC, RECAP, SIX, REVAP. 1. Indicador de desempenho. 2. Refinaria. 3. Balanced scorecard. I. Título. Avaliação de Desempenho do Refino 5 Apresentação É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você. Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife- renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de você e de seu perfil empreendedor. Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria. Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes téc- nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não po- dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da Petrobras. Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na Petrobras. Nome: Cidade: Estado: Unidade: Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo. 6 Avaliação de Desempenho do Refino Sumário 1 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO REFINO ............................................................... 7 1.1 Introdução ....................................................................................................................... 7 1.2 Indicadores de Desempenho ........................................................................................... 7 1.3 Balanced scorecard (bsc) – conjunto balanceado de indicadores ................................... 7 1.3.1 Resumo das características do BSC ..................................................................... 8 1.4 Referenciais internacionais de desem-penho de refinaria de combustíveis ................... 8 1.4.1 Principais indicadores Solomon ......................................................................... 10 Avaliação de Desempenho do Refino 7 1Avaliação doDesempenho doRefino 1.1 Introdução Conduzir as organizações modernas em meio a um ambiente competitivo complexo é, no mínimo, tão complicado, quanto pilotar um avião a jato. Pilotos experientes processam in- formações provenientes de um sem-número de indicadores com naturalidade. Por que se de- veria acreditar que os executivos podem con- tentar-se com um conjunto incompleto de ins- trumentos para dirigir suas empresas? Os exe- cutivos, assim como os pilotos, precisam de indicadores sobre vários aspectos do ambien- te e desempenho organizacional, sem os quais não poderiam manter o rumo da excelência empresarial. 1.2 Indicadores de Desempenho Um ambiente empresarial, em que a velo- cidade das mudanças intensifica-se drastica- mente, no qual é crescente a busca de um dife- rencial competitivo para satisfazer clientes cada vez mais exigentes e superar a concorrência, impõe um monitoramento, através de um con- junto de indicadores. Tal monitoramento apre- senta-se cada dia mais refinado, tanto na dimen- são tempo, de modo a exigir uma avaliação on line das operações, quanto em sua amplitude, pois se desloca de indicadores puramente finan- ceiros para outras dimensões do negócio. Estes indicadores de desempenho são ele- mentos quantificadores da gestão. Medem, em diversas áreas de atuação de uma empresa, como está a performance, para que se possa identificar onde a empresa está indo bem, as oportunidades de melhoria e em quais áreas de atuação deve-se efetuar correção de rumos, para que a empresa continue a ser competitiva e possa sobreviver. 1.3 BALANCED SCORECARD (BSC) – Conjunto Balanceado de Indicadores É um conjunto de indicadores que propor- ciona rápida e abrangente visão do Desempe- nho Empresarial sob diferentes perspectivas. Equilibra indicadores financeiros com indica- dores não-financeiros, alavancadores do de- sempenho financeiro. Este conceito foi proposto por KAPLAN & NORTON, em 1992, na Havard Business Review. O BSC adiciona, aos indicadores finan- ceiros usuais, indicadores em três outras pers- pectivas, também chamadas áreas-chave: – clientes; – processos do negócio; – aprendizagem e crescimento. Através do BSC, a empresa define como quer ser vista pela perspectiva: – ... dos Acionistas: resultados econômi- co-financeiros. Ex.: rentabilidade, retorno e valor eco- nômico agregado; – ... dos Clientes: satisfação dos clien- tes. Ex.: imagem da Empresa e fideli- dade dos clientes; – ... do Gerenciamento Interno: proces- sos Internos de Negócio. Ex.: eficiência e produtividade, exce- lência operacional; – ... da Aprendizagem e Inovação: com- promisso com a melhoria contínua. Ex.: satisfação dos empregados; exce- lência tecnológica e adaptação às mu- danças para o crescimento sustentado. A escolha dos indicadores é orientada pelo processo de planejamento estratégico do ne- gócio. O conceito do BSC é centrado em visão e estratégia, e não em controle puro e simples. O uso do BSC permite que se traduza a visão de futuro e a estratégia de longo prazo em ações de curto prazo consistentes. Os In- dicadores são criados de maneira estrutura- da e “de cima para baixo” (top-down). Estão ancorados nos objetivos estratégicos e basea- dos em uma cadeia de causa e efeito, o que minimiza a sobrecarga de informações, pois conduz à seleção de somente uns poucos indi- cadores realmente críticos. 8 Avaliação de Desempenho do Refino O BSC permite também identificar se a melhoria em uma determinada área é muito maior do que em outras, ou mesmo se aconte- ce às custas de outras. Sua adoção possibilita à gerência perceber as inter-relações entre as diversas dimensões críticas, e promover, a par- tir daí, a integração multifuncional na empresa. Portanto, o Balanced Scorecard é uma ferramenta gerencial, baseada em um mapa estratégico de informações, que traduz os ob- jetivos estratégicos do negócio em um siste- ma balanceado de indicadores de desempenho. 1.3.1 Resumo das características do BSC – Os indicadores do BSC devem ter for- te conexão com a Estratégia; – devem ser focados em resultados, e não em processos; – curtos e longos prazos devem estar bem conectados; – equilíbrio entre indicadores de resulta- dos passados e dos impulsionadores para resultados futuros. Negociação dos Indicadores de Desempenho com a área corporativa do Abastecimento No início de cada ano, os representantes da Alta Administração da Sede do Abasteci- mento vão a todas as Refinarias negociar com o Grupo 1 destas, metas anuais que sejam um desafio para a organização e para seus empre- gados. Os números a serem discutidos são pre- viamente trabalhados pelas áreas técnicas da Sede e das Refinarias. Ao final da negocia- ção, os números aprovados, sempre desafia- dores, passam a funcionar como um “contrato de gestão” entre o Abastecimento-Refino e as Refinarias da Petrobras. Nessas negociações, são utilizadas refe- rências internas, ou sejade outras refinarias da Companhia, bem como externas (interna- cionais). Tais estudos sobre referenciais de excelência são chamados de Benchmarking (termo inglês). Na área do refino, esses estu- dos são amplos, feitos por consultorias interna- cionais, e chegam a abranger refinarias de todo o mundo. Em grande parte dos Indicadores, as Refinarias da Petrobras já disputam posições de destaque e até de liderança, se comparadas às refinarias que ocupam o 1º quartil dos Esta- dos Unidos (refinarias líderes em desempenho, que estão entre as 25% de melhor performan- ce) e o 1º tercil da América Latina (as que es- tão entre as 33% melhores da AL). 1.4 Referenciais Internacionais de Desem- penho de Refinaria de Combustíveis A busca por Referenciais de Excelência visa comparar os processos, práticas e resulta- dos de uma indústria com os de líderes reco- nhecidos (locais, nacionais ou mundiais), a fim de identificar as oportunidades para melhoria de nossos processos e práticas. O objetivo é obter a melhoria contínua de resultados. Tra- ta-se de um processo contínuo, que pode in- cluir a comparação de estratégias, resultados, operações e procedimentos. Esta comparação pode ser feita com líderes de atuação no ramo, ou em organizações que têm diferentes objetivos. Ao saber como estão trabalhando outras organizações, concorrentes ou não, é possível observar oportunidades de melhoria na manei- ra de trabalhar, bem como ameaças competiti- vas na atividade. Esses referenciais são tam- bém um atalho seguro para a excelência em desempenho. Ao identificar aqueles que têm os melhores resultados e procurar aprender a maneira como trabalham, a empresa estará usando o trabalho intelectual acumulado por outras organizações e, assim, evitará erros e armadilhas. Para ser bem sucedido, o processo deve estar apoiado em alguns princípios básicos: – reciprocidade – ao solicitar informa- ções, se oferece a contra partida. Esse processo só funciona como “rua de mão dupla”: não se pode perguntar o que não se pode responder em troca; – analogia – este processo só é útil quan- do é possível estabelecer analogias com os processos da própria organização; – medição – não basta obter os índices, é preciso levantar os processos (melho- res práticas) que levaram aos resultados; – adequação – benchmarking não impli- ca em fazer uma cópia simples de pro- cessos que levaram outras empresas a excelentes resultados. É preciso estu- dar como se pode adequar tais práticas à realidade e à organização da empresa. – aprendizado – é importante que as or- ganizações que utilizam o benchma- rking assumam uma postura de “orga- nização que deseja aprender com os outros”. Avaliação de Desempenho do Refino 9 Para que se possa realizar um processo efi- caz de busca de “Referenciais de Excelência”, é importante obedecer às seguintes etapas: 1. planejamento; 2. coleta de dados; 3. análise de Informações; 4. implantação das melhores práticas. Em 1977, a Consultoria Solomon Associates deu início à primeira das Análises Comparati- vas de Desempenho de Refinarias de Produ- tos Combustíveis. O senso comum era de que o tamanho e a localização da refinaria, bem como a comple- xidade de seu processamento definiam, em grande parte, o seu desempenho. A SOLOMON procurou, então, desenvol- ver um sistema de medição de resultados, atra- vés do qual se pudesse examinar um grande número de refinarias nas mesmas bases. O pro- cesso foi crescendo ao longo das décadas de 80 e 90, de modo a englobar a maioria dos centros refinadores do mundo. O objetivo tem sido o de proporcionar um meio que permita à indústria de refino de pe- tróleo medir e monitorar a qualidade de seus esforços na condução de seu negócio principal. A consultoria verificou em seus estudos, que os parâmetros tamanho da refinaria, idade da tecnologia, tipo de proprietário, localiza- ção geográfica, tipos de matérias-primas pro- cessadas e filiação a sindicatos não são indi- cadores fundamentais para uma estrutura com- petitiva. Algumas plantas novas são ineficientes e algumas antigas refinarias são tidas como “vanguardeiras” (líderes em desempenho). Em resumo: o objetivo do Estudo Solo- mon é, portanto, identificar a necessidade de recursos a se alocar para atender aos objetivos da indústria. Acreditam esses consultores que as futuras margens de lucro, na competitiva indústria mundial de refino e de produtos quí- micos, serão definidas por seus participantes mais eficientes. Atualmente, a cada dois anos, essa Con- sultoria conduz três estudos básicos da indús- tria refinadora de combustíveis: – primeiro grupo – é feita a Análise de Desempenho de Refinarias de Combus- tíveis das Américas do Norte e do Sul, que envolve o maior número de parti- cipantes e examina as instalações que operam no maior mercado de petróleo do mundo, o dos Estados Unidos, do Canadá e da América Latina; – o segundo maior grupo de participan- tes é o da Europa Ocidental, África e Oriente Médio; – o terceiro grupo de Estudo é o do Ja- pão e da Bacia do Pacífico. A Solomon acredita que as Refinarias, que não se esforçarem para atingir um desempe- nho melhor do que a média, vão descobrir que os ciclos de negócios futuros, quase com cer- teza, atravessarão períodos de rendimentos insatisfatórios. Ao receber os resultados dos estudos é importante que se estabeleçam para a refinaria, metas de melhoria quanto ao con- sumo de energia, rendimento dos diversos pro- cessos, custos de manutenção, despesas ope- racionais, e adequação da força de trabalho. Em cada seção do relatório final do estu- do, para facilitar as comparações, separam-se os níveis das Refinarias em quartis (E.U.A), tercis (América Latina) e médias. Os resultados dos estudos da Solomon constituem importante fonte de informação para a definição de metas. Contudo, observou- se que, em grande parte dos casos, para que se obtenha a excelência, ou se possa melhorar muito o desempenho da refinaria, é necessá- rio rever as práticas de trabalho, mudar a for- ma de trabalhar. A empresa deve, então, ado- tar as melhores práticas e recomendações de consultorias, rever as políticas que orientam e fazer, eventualmente, alguma reestruturação organizacional. Para conseguir comparar refinarias de ta- manhos e complexidades desiguais, a proces- sar petróleos os mais diferentes, nas mais di- versas regiões do planeta, a Solomon desen- volveu, de acordo com a teoria do PhD. Dr. Nelson, a “Capacidade Equivalente de Desti- lação”. Como isto foi feito? Através da com- paração de todas as Unidades das Refinarias às suas Unidades de Destilação, que passaram a ter Complexidade 1 (é a referência). As de- mais Unidades e Equipamentos, a depender de sua tecnologia, sofisticação, custo para com- pra e manutenção, por exemplo, passaram a ter seus fatores de complexidade (também chamados de configuração), referidos sem- pre ao fator 1 da Unidade de Destilação. Por exemplo: Unidade Complexidade (configuração) Destilação 1,0 Craqueamento catalítico 8,2 – 10 Hidrotratamento 5,4 – 10 Recuperação de enxofre 250 10 Avaliação de Desempenho do Refino São somados os produtos desses fatores de Configuração pela carga de cada equipa- mento da planta, o que resulta na Capacidade Equivalente de Destilação de Projeto (CED). O total de CED de Projeto da refinaria é usado como denominador de vários índices. Em alguns casos, há mais afinidade de indica- dores com o CEDU, que é a capacidade de Destilação Utilizada. 1.4.1 Principais indicadores Solomon Utilização da refinaria É o percentual de utilização real da refi- naria em relação ao percentual de projeto da planta, considerando-se a carga de referência. Disponibilidade mecânica (%) É o percentual do ano em que os equipa- mentos das Unidades estão disponíveis para operação, deduzidas as paradas programadas, paralizações e reduções de carga relacionadas à manutenção, desde que não recuperadas até o mês seguinte à ocorrência. Índice de intensidade de energia (IIE) É um índice percentual, que compara o consumo energéticode uma refinaria com um consumo padrão desenvolvido pela Solomon. Este consumo corresponde ao consumo espe- rado para uma refinaria de mesma configura- ção de processo (complexidade), com a tec- nologia de conservação de energia do início da década de 1980, operada de modo eficiente. Indicadores de manutenção Os custos de manutenção representam cer- ca de 25% do total das despesas operacionais desembolsadas por uma refinaria típica. De- pois dos custos de energia, a manutenção re- presenta a segunda maior categoria de despe- sas. Os custos de manutenção incluem pessoal próprio da refinaria da Petrobras, e contrata- dos, bem como os materiais necessários para que sejam executados os reparos de manuten- ção de rotina e as atividades de paradas. O es- forço de manutenção está, quase totalmente, sob gestão dos gerentes locais e, por isso, é um indicador da qualidade dos esforços da gerência local. Pessoal equivalente Expressa quantas pessoas (por 100 KEDC) seriam necessárias para conduzir toda a ope- ração da refinaria, em uma jornada de traba- lho. Inclui empregados próprios e contratados. Despesas operacionais Incluem salários, vantagens, benefícios, materiais, aluguel de equipamentos, impostos sobre propriedades, seguros, paradas anuali- zadas, produtos químicos e aditivos, catalisa- dores, royalties, unidades compradas, combus- tíveis adquiridos e consumo de combustível interno. O índice é expresso em centavos de dólar/ CEDU (Capacidade Equivalente de Destilação Utilizada de fato). Margem líquida (US$/bbl) É a relação entre o valor da produção anual, abatidos o custo da matéria-prima, bem como as despesas operacionais e a carga de petró- leo. É expressa em US$/barril. Retorno sobre o investimento (ROI – %) Relação do valor da produção anual (da qual se exclui a soma do custo da matéria-pri- ma e as despesas operacionais) pelo capital total empregado. O capital total empregado é igual ao valor de reposição da refinaria mais o capital de giro. O valor de reposição da refinaria é o custo es- timado para se reconstruir a refinaria (como ela é atualmente), em sua localização geográ- fica específica. Modelos de Gestão As refinarias adotam Modelos de Gestão que têm muitos pontos em comum, e suas ações são coordenadas pela Sede do Refino (AB-RE). A avaliação da gestão nos diversos órgãos operacionais da Petrobras, inclusive da Sede (Abastecimento-Refino), é feita através de examinadores que utilizam os Critérios de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade. Os sete critérios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) são também utilizados como orientação para as ações das refinarias, bem como o que se chama de “ne- cessidades das partes interessadas” (acionis- tas, clientes, força de trabalho, fornecedores e sociedade). O modelo de gestão do PNQ tem por objetivo promover a excelência empresa- rial. Seus sete critérios são: 1. Liderança; 2. Estratégias e Planos; 3. Clientes e Sociedade; 4. Informações e Conhecimento; 5. Pessoas; 6. Processos; 7. Resultados. Avaliação de Desempenho do Refino 11 Os Critérios do Prêmio Nacional da Qua- lidade e o Balanced Scorecard, constituem a base do atual modelo de Gestão, aprovado pela Alta Administração da Petrobras, e visam es- tabelecer um clima de permanente busca por padrões de excelência. Definições A seguir estão descritos os termos usados com freqüência nas áreas de planejamento es- tratégico e na busca de indicadores de desem- penho e referenciais de excelência: – administração estratégica – proces- so de ação gerencial, que integra e arti- cula, de modo sistemático, o planeja- mento, a implantação, a operação e o controle da estratégia empresarial (ou da unidade de negócios). Inclui, como conceitos fundamentais, a orientação para prioridades, uma atitude prospec- tiva e proativa, a participação, uma vi- são sistêmica e global, e o desenvolvi- mento de uma capacidade coletiva de lidar competentemente com a incerte- za e a turbulência dos ambientes exter- no e interno. – ameaça – fenômeno ou condição ex- terna capaz de prejudicar substancial- mente e por longo tempo o cumprimen- to da Missão da Unidade de Negócios. – análise estratégica – fase do processo de planejamento estratégico que ma- peia e interpreta as interações entre oportunidades e ameaças versus forças e fraquezas para cada cenário, em dis- tintos horizontes de tempo. – ator – indivíduo, grupo, decisor, enti- dade, organização, conjunto de organi- zações ou movimento social que influi e/ou recebe influência significativa do sistema e/ou contexto considerado no cenário. Cada ator possui um projeto (conjunto de interesses) em relação ao sistema e/ou contexto considerado no cenário (ex: Petrobras, Federação das Indústrias do Estado do Paraná -FIEP, COPEL, Diretor Gerente do ABAST- REF, etc). – balanced scorecard – conjunto balan- ceado de indicadores de desempenho de uma organização. Traduz missão, vi- são e estratégia em objetivos e medi- das, a fim de quantificar todas as áreas de maior importância de uma empresa. – cenário – descrições sistêmicas e coe- rentes de futuros qualitativamente distintos e dos caminhos (trajetórias) que os conectam com a situação de ori- gem. – diretrizes – balizamento ou condições de contorno que indicam como reali- zar os objetivos estratégicos ou as es- tratégias. – estratégia – conjunto de ações e meios utilizados por atores intervenientes em um sistema, para aproveitar oportuni- dades, superar problemas e realizar seus projetos. – força – fenômeno ou condição interna que auxilia, substancialmente e por lon- go tempo, o desempenho da empresa. – fraqueza – fenômeno ou questão in- terna que dificulta, significativamente e por longo tempo, o desempenho da empresa. – metas – objetivos quantitativos, con- siderados como etapas para o alcance dos objetivos estratégicos. São utiliza- das para avaliação do processo. A fi- xação das metas é a primeira tarefa da etapa tática do planejamento, uma vez que através dela é possível identificar as ações e os projetos táticos. – missão – declaração de propósitos am- pla e duradoura, que individualiza e distingue a razão de ser, os negócios e os critérios fundamentais de desempe- nho da empresa. – objetivos estratégicos – resultados prioritários, de médio ou longo prazo, que devem ser realizados ou alcança- dos dentro do horizonte do planejamen- to estratégico. – opções estratégicas – ênfases e rumos escolhidos para o desenvolvimento da empresa e para a construção de seu fu- turo no horizonte do planejamento es- tratégico. – oportunidade – fenômeno ou condi- ção externa capaz de contribuir, subs- tancialmente e por longo tempo, para o cumprimento da missão da empresa. – planejamento estratégico – etapa do processo de administração estratégica que trata da formulação da estratégia empresarial ou da unidade estratégica de negócios. Estabelece prioridades e regras de decisão que definem os rumos 12 Avaliação de Desempenho do Refino Bibliografia (NORTH AND SOUTH AMERICAN FUELS REFINERY PERFORMANCE ANALYSIS FOR OPERATING YEAR 2000 – Input Forms Instructions, Solomon Associates.A ESTRATÉGIA EM AÇÃO – (Balanced Scorecard), by Robert Kaplan e David Norton, Harvard Business School Press, 1997. COMPETINDO PARA O FUTURO, estratégias ino- vadoras para obter o controle de seu setor e criar os mercados de amanhã, by Gary Hamel e C.K. Prahalad, Harvard Business School Press, 1995. IDENTIFICANDO E TRANSFERINDO MELHORES PRÁTICAS INTERNAS, by Carla O'Dell e C. Jackson Grayson, paper from Internet, site “Gestão do Conheci- mento”, 2001. REFERENCIAIS DE EXCELÊNCIA SOLOMON . Manual para Uso e Interpretação, por Ney Machado, 2001, Petrobras/U.N.Repar/PC. PLANO DE GESTÃO DA REPAR. Procedimento Ad- ministrativo, 2001. PLANO DE GESTÃO DA REGAP – Procedimento Administrativo. REFERENCIAIS DE EXCELÊNCIA Procedimento da Qualidade – Repar 2001 O CONCEITO DE BENCHMARKING, by Michael Spendolini, Makron Books, S.P. 1994. ESTRATÉGIA COMPETITIVA – Técnicas para Aná- lise de Indústrias e da Concorrência, ByMichael Porter, Editora Campus, 1991. OBSERVAÇÕES SOBRE O “BSC” – por Odilon Macedo, 2000, Petrobras/U.N.Repar/PC. QUESTIONS AND ANSWERS – North and South American Fuel Refinery Performance Analysis, Study Coordinators Seminar, Solomon Associates, 1998 and 1996. NSA PERFORMANCE ANALYSIS_ Estudo Compa- rativo de Refinarias de Combustíveis, Solomon Asso- ciates, 1998. METODOLOGIA PARA ANÁLISE COMPARATIVA DO DESEMPENHO DE REFINARIAS DE COMBUS- TÍVEIS, by Solomon Associates, 1999. Executive Summary & Industry Trends and Insights, 1998, Solomon Associates. Orientações para o ESTUDO SOLOMON – 2000 – documentos Diversos. a serem seguidos. Desta maneira, é pos- sível estabelecer o que pode ser feito pela organização para perseguir sua “missão” e os objetivos permanentes, considerando as restrições políticas, econômico-financeiras, tecnológicas, institucionais e administrativas a pre- valecerem no horizonte de tempo con- siderado. – Plano de Gestão da Refinaria (PGR) – plano abrangente e integrado, com pro- jetos e ações que permitirão à Unidade de Negócios (U.N.) alcançar sua visão de futuro e a excelência de seu proces- so de gestão. É abrangente, porque con- templa todas as áreas da U.N., e inte- grado, pois o desdobramento do plano pelos níveis hierárquicos garante o foco de todas as ações para objetivos e di- retrizes globais. – projeto estratégico – conjunto estru- turado e organizado de ações que se completam no sentido de operaciona- lizar as estratégias identificadas para o alcance dos objetivos de longo prazo. Os projetos estratégicos têm começo, meio e fim. – quantificações – representações numé- ricas dos objetivos estratégicos. – referenciais de excelência (bench- marking) – é um processo contínuo e sistemático, utilizado para avaliar pro- dutos, serviços e processos de trabalho de organizações que são reconhecidas como detentoras das melhores práticas no mercado. Visa a melhoria de resul- tados organizacionais. O aspecto fun- damental do Benchmarking é o enten- dimento de como os melhores resulta- dos são alcançados. O trabalho seguin- te é o de se adaptar e implantar essas melhores práticas, de maneira a permi- tir que as organizações melhorem seus resultados. – visão – estado que a organização dese- ja atingir no futuro. A visão tem a in- tenção de propiciar o direcionamento dos rumos de uma organização, deve ser inspiradora, viável e desafiadora. Deve ser clara para que todos os em- pregados a entendam, e deve fornecer energia e motivação à empresa. Avaliação de Desempenho do Refino 13 14 Avaliação de Desempenho do Refino Principios Éticos da Petrobras A honestidade, a dignidade, o respeito, a lealdade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios éticos são os valores maiores que orientam a relação da Petrobras com seus empregados, clientes, concorrentes, parceiros, fornecedores, acionistas, Governo e demais segmentos da sociedade. A atuação da Companhia busca atingir níveis crescentes de competitividade e lucratividade, sem descuidar da busca do bem comum, que é traduzido pela valorização de seus empregados enquanto seres humanos, pelo respeito ao meio ambiente, pela observância às normas de segurança e por sua contribuição ao desenvolvimento nacional. As informações veiculadas interna ou externamente pela Companhia devem ser verdadeiras, visando a uma relação de respeito e transparência com seus empregados e a sociedade. A Petrobras considera que a vida particular dos empregados é um assunto pessoal, desde que as atividades deles não prejudiquem a imagem ou os interesses da Companhia. Na Petrobras, as decisões são pautadas no resultado do julgamento, considerando a justiça, legalidade, competência e honestidade. Sumário 1.1 Introdução 1.2 Indicadores de Desempenho 1.3 Balanced scorecard (bsc) - conjunto balanceado de indicadores 1.3.1 Resumo das características do BSC 1.4 Referenciais internacionais de desem-penho de refinaria de combustíveis 1.4.1 Principais indicadores Solomon
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