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ESTUDOS TOPOGRÁFICOS E CARTOGRAFIAESTUDOS TOPOGRÁFICOS E CARTOGRAFIA INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA EINTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA E CARTOGRAFIACARTOGRAFIA Autor: Roberto Luiz dos Santos Antunes Revisor : Betânia Queiroz da S I lva I N I C I A R introdução Introdução Ao se estudar a topogra�a é possível entender como se deu o processo de orientação do homem pelo território, compreender os métodos e mecanismos de medição de área e veri�car o instrumental que foi elaborado, desde o mais rudimentar até os mais modernos existentes atualmente, com precisão a nível de segundos. Nessa perspectiva, esta unidade apresentará a introdução à topogra�a, suas relações com a Geodésia e a Cartogra�a, as superfícies de referência, projeções cartográ�cas, os elementos de representação, unidades de comprimento, área e escala e os sistemas de coordenadas. Pode-se considerar que a origem da topogra�a está ligada aos primórdios da civilização, pois o homem pré-histórico desenvolveu as primeiras noções de orientação na transição da vida sedentária para a nômade, ou seja, quando o homem precisou se mover de uma região para a outra em busca da sobrevivência (caça, pesca etc.). Origem da Topogra�aOrigem da Topogra�a Dessa forma, ao realizar seus deslocamentos, precisou se apoiar em parâmetros que o ajudassem a se localizar no espaço, como o sol, as estrelas, a lua e, até mesmo, em relação a aspectos naturais, como rios e montanhas. Com o passar do tempo, aperfeiçoaram-se as técnicas de localização e surgiram os primeiros equipamentos, por exemplo, as bússolas, que associadas aos primeiros mapas e cartas, permitiram que homem se deslocasse para lugares cada vez mais distantes e com um nível de precisão maior. Exemplos desses deslocamentos são as grandes navegações, momento histórico onde europeus partiram mar adentro em busca de novas terras, na tentativa de encontrar ouro e especiarias. Assim, tiveram de utilizar equipamentos mais precisos e técnicas cartográ�cas que permitissem uma localização mais correta possível. Desde então, novos equipamentos foram sendo desenvolvidos e as técnicas de orientação e localização foram se ampliando gradativamente. Nesse sentido, o avanço tecnológico propiciou inúmeras inovações e conseguiu transformar todo o processo de obtenção de dados e mecanismos de medição em uma plataforma mais ágil, e�ciente e precisa. Considera-se que essa contextualização já representa os procedimentos e o trabalho prático que a topogra�a tem por objetivo, assim sendo podemos referenciar o processo de criação de equipamentos, elaborados especi�camente para essas tarefas. Amorim (2016) destaca que a partir das suas necessidades os povos antigos, como egípcios, babilônicos e gregos, desenvolveram mecanismos rudimentares, mas que serviram como base para aparelhos so�sticados que existem atualmente. Entre esses equipamentos estão: Groma, que teve origem na Mesopotâmia, por volta de 400 a. C.; Dioptra, que tinha como princípio para medir o nivelamento a utilização de um tubo em formato de U com água; Quadrante, que consiste em um quarto de círculo graduado, tendo um �o de prumo �xo; e o Astrolábio, cujo modelo planisférico mais antigo foi inventado pelos gregos e alexandrinos, em cerca de 150 a. C. Já o modelo esférico foi construído em 1480 (Figura 1.1). Figura 1.1 - Astrolábio planisférico e esférico Fonte: Lavanha apud Amorim (2016 p 22) Em 1720, Jonathan Sisson construiu um equipamento que até hoje é utilizado pela topogra�a: o Teodolito. O instrumento, criado por Sisson, inicialmente, possuía quatro parafusos e foi aperfeiçoado por Ignácio Porro, inventor de instrumentos óticos, acoplando o telescópio (ZILKHA, 2014). Assim como o Teodolito, inicialmente, os equipamentos elaborados eram analógicos, com sistema de funcionamento óptico. Posteriormente, foram desenvolvidos os primeiros instrumentos baseados no princípio de funcionamento do RADAR. De acordo com Veiga et al. (2012, p. 58) “surgiram em 1948 os Geodímetros e em 1957 os Telurômetros [...] que permitiram a medida indireta das distâncias, utilizando o tempo e a velocidade de propagação da onda eletromagnética”. Apenas em 1968, surgiu o primeiro distanciômetro óptico-eletrônico, cujo processo de medição foi aperfeiçoado para permitir a obtenção do valor da distância a partir desse meio eletrônico. Atualmente, na Era Digital, a evolução dos equipamentos é cada vez mais crescente e a estação total (Figura 1.2) é o equipamento mais utilizado para a realização de levantamentos na topogra�a. Fonte: Lavanha apud Amorim (2016, p. 22). Para Veiga et al. (2012, p. 81), de maneira geral, “pode-se dizer que uma estação total nada mais é do que um teodolito eletrônico (medida angular), um distanciômetro eletrônico (medida linear) e um processador matemático, associados em um só conjunto”. Também se utiliza o Sistema de Posicionamento Global (GPS), tanto topográ�cos quanto geodésicos, dependendo da precisão a que o levantamento se objetiva. Figura 1.2 - Estação Total Fonte: Elaborada pelo autor. Conceitos e Aplicações Todo esse conjunto de equipamentos, associado às técnicas de representação, compõe o objetivo da topogra�a, que é o medir ângulos, distâncias e desníveis de uma porção da superfície terrestre e, posteriormente, fazer sua representação, a partir de cartas, mapas e outros produtos cartográ�cos. Cabe destacar que a origem da palavra Topogra�a, vem do grego topos, que signi�ca lugar e graphein, que se refere a descrever. Assim, topogra�a de uma forma mais geral seria a descrição de um lugar, ligando-se ao contexto histórico das formas primitivas de orientação e localização do homem pelo território. De acordo com Borges (2013), topogra�a “é a ciência aplicada cujo objetivo é representar, no papel, a con�guração de uma porção de terreno com as benfeitorias que estão em sua superfície”. As benfeitorias a que se refere são elementos físicos, por exemplo, obras de engenharia, e os naturais, como cursos d’água, morros, colinas etc., em que é possível determinar a extensão dos seus limites. A topogra�a está diretamente ligada a alguns ramos da matemática, como a geometria e a trigonometria plana, pois para a de�nição de distâncias e de outros valores que precisam ser calculados em um levantamento, utilizam-se medidas horizontais e verticais para obter a representação, projetada ortogonalmente sobre um plano de referência dos pontos (TULER; SARAIVA, 2014). Dessa forma, é possível de�nir a forma e a dimensão dos elementos naturais e arti�ciais de uma porção limitada do terreno. Cabe destacar que, para o estudo e a aplicação da topogra�a, é necessário o conhecimento de outras áreas, que complementam e possibilitam a aplicação correta e precisa dos seus procedimentos, como a geodésia, a cartogra�a, além do uso do sensoriamento, da fotogrametria, do geoprocessamento e da astronomia. Quanto à Geodésia, da qual a topogra�a faz parte, entende-se que seja a ciência que estuda as formas e as dimensões da terra, ou seja, detém-se ao estudo das superfícies de referência, necessitando, também, do conhecimento detalhado do campo da gravidade terrestre. Nesse contexto, Casaca, Matos e Baio (2015, p. 1) citam a de�nição de Robert Hemert (1880), professor de Geodésia da Universidade de Aachen e diretor do Instituto de Geodesia da Prússia, que seria: “a ciência que se ocupa da medição do campo gravítico da terra e da representação cartográ�ca da sua superfície”. Já a cartogra�a consiste na representação dos elementos medidos e calculados em forma de plantas, cartas e mapas. Na de�nição da Associação Cartográ�ca Internacional (1966) citado por Matias (1996, p. 46) é “o estudo que atua na concepção, na produção, divulgação, representação e todo o processo dos mapas”. Nessa perspectiva, o trabalho prático da topogra�a considera todas essas áreas de estudo para que as relações observadas possam ser processadas matematicamente, para a determinação do contorno, das dimensões de determinada porção da superfície da terra. Esse processo se constituifundamentalmente na determinação e marcação de pontos, sejam pontos de apoio ou pontos de detalhes, entre distâncias, ângulos e direções, imprescindíveis para a execução de um levantamento. Os procedimentos que compõem todo o processo de medição e de coleta dos dados constituem o chamado levantamento topográ�co, que engloba praticamente todos os processos e operações realizadas na topogra�a. De acordo com a NBR 13.133, norma que �xa as condições exigíveis para a execução de levantamento topográ�co, este se constitui no: Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográ�cas (ABNT, 1994, p. 3). Considera-se que o levantamento topográ�co pode ser dividido em levantamento planimétrico (coordenadas X e Y) e levantamento altimétrico (coordenada ou cota Z). Assim, com a associação entre os dois tipos de levantamentos, tem-se o levantamento planialtimétrico. Nesse caso, ao realizar um levantamento topográ�co, determinam-se também suas distâncias, que podem obtidas diretamente no campo ou de forma indireta, com a realização de cálculos especí�cos apoiados na trigonometria. Na medição direta, utiliza-se a trena e os equipamentos acessórios, como a baliza ou bastão, os piquetes e as estacas. Nesse caso, não é necessária a utilização de fórmulas ou cálculos para obter o valor da distância, entretanto, em alguns casos, a medição de áreas especí�cas necessita da aplicação matemática para determinar a distância, por exemplo, o cálculo da altura de um prédio ou das margens de um rio. Dessa forma, a associação do Teodolito ou estação total é complementado com os cálculos para a determinação da distância. Outra forma de medição de distâncias é a eletrônica. Nesse caso, faz-se necessária a utilização de equipamentos eletrônicos, como a estação total e GPS topográ�cos ou geodésicos. Ao fazer-se a classi�cação dos tipos de levantamentos, é necessário tratar da divisão da topogra�a em topologia e topometria, como a maioria dos autores a caracteriza. Topologia refere-se aos estudos relacionados ao terreno (relevo) e aos processos que condicionam sua formação. Nesse caso, são observados aspectos do seu modelado, como os pontos cotados, as curvas de nível e as demais elevações que, posteriormente, ao realizar o levantamento, podem ser representados a partir de plantas. Em relação à topometria (do grego, topos – lugar e metron – medida), esta se refere às medições clássicas da topogra�a, utilizando-se dos métodos e instrumentos para avaliação de grandezas (lineares e/ou angulares) que de�nem os pontos topográ�cos, considerando os planos horizontais e verticais. Dessa forma, a topometria subdivide-se em Planimetria, Altimetria e planialtimetria, conforme descrito no Quadro 1.1. Quadro 1.1 - Divisão da Topogra�a Fonte: Tuler e Saraiva (2016, p. 17). A partir da contextualização apresentada, destacam-se as aplicações da topogra�a, cujos procedimentos e métodos servem para diversas áreas e são empregados por inúmeros ramos do conhecimento. Planimetria Altimetria Planialtimetria Estuda os procedimentos, métodos e instrumentos de medida de ângulos e distâncias, considerando um plano horizontal. Estuda os procedimentos, métodos e instrumentos de distâncias verticais ou diferenças de níveis e ângulos verticais. Para isso, executa-se o nivelamento. Aplica técnicas da planimetria e altimetria para construção da planta com curvas de nível. Uma das aplicações mais importantes na engenharia é a locação de obra, que consiste na marcação (locação) de pontos no terreno a partir do levantamento topográ�co. Dessa forma, pode-se executar o projeto com a materialização dos pontos a partir de piquetes, identi�cando-se os ângulos correspondentes, para a fundação de uma edi�cação, construção de uma ponte etc. É justamente esse o objetivo da locação, que realiza a materialização de pontos no terreno (ângulos e coordenadas), representados nas plantas do projeto. Dessa forma, esses pontos são plotados no terreno, visando a construção de edi�cações, a correta localização de fundações, a marcação dos limites de estruturas internas de obras em andamento, como caixas de energia etc. Conforme apresentado na ilustração abaixo (Figura 1.3), o topógrafo a partir dos equipamentos especí�cos (estação total, Teodolito ou GPS), identi�ca a localização correta dos pontos que constam na planta baixa. Praticamente, todos os ramos da Engenharia utilizam-se da topogra�a para o desenvolvimento de projetos e para a construção de edi�cações, como nas barragens e obras hidráulicas, concretagem em rodovias, pontes e viadutos, veri�cação de deslocamento de estruturas etc. Além da Engenharia, a topogra�a também pode ser aplicada pelas ciências ambientais, como na Geogra�a, Biologia e Arquitetura, para a delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), remanescentes �orestais e levantamentos para planejamento urbano. Pode ser aplicada na Geologia e na Oceanogra�a, em mapeamentos de relevo e medições de propriedades, georreferenciamento de imóveis rurais, dentre outras aplicações. Figura 1.3 - Representação da locação de pontos na topogra�a Fonte: Andrey Ikryannikov / 123RF. Tuler e Saraiva (2016, p. 19) enumeram os pro�ssionais que estão envolvidos com os trabalhos da topogra�a: No contexto de apresentação dos principais conceitos da evolução histórica - desde a época dos povos primitivos até os dias atuais - e da aplicabilidade da disciplina, observa-se que a topogra�a é fundamental nos processos de localização e na obtenção de dados imprescindíveis à execução de obras e no apoio ao desenvolvimento de diversas atividades, cujas localizações e orientações são bases primordiais que as de�nem. atividadeAtividade A NBR 13.133 �xa as condições que podem ser exigidas para a execução de levantamento topográ�co destinado a obter conhecimento geral da execução de projetos executivos. Assinale a alternativa que melhor representa a de�nição de levantamentos topográ�cos, de acordo com a norma: a) O conjunto de métodos e processos baseado na medição de curvas de nível em terrenos com alta declividade e processo de erosão do solo. b) Uma superfície de projeção altimétrica, denominada irradiação. c) O levantamento de dados para a verificação da proporcionalidade das edificações, cuja representação será projetada em uma planta altimétrica. d) O conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, (…) implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. e) O espaço tridimensional a partir de duas retas que se interceptam na origem do levantamento. Assim como em outras áreas, a topogra�a tem seus procedimentos e suas técnicas padronizadas e especi�cadas por algumas normas técnicas. Essas normas referem-se às características dos levantamentos topográ�cos e aos procedimentos sobre a rede cadastral municipal, que também é uma das atividades pertinentes à topogra�a. Principais Aspectos Teóricos daPrincipais Aspectos Teóricos da Topogra�aTopogra�a Outra questão abordada nesta unidade refere-se ao plano topográ�co, no qual os referidos levantamentos são realizados e que serve de base para que os cálculos obtidos nas medições tenham a precisão adequada. Normas Técnicas A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a responsável pela a normalização de diversos procedimentos técnicos no país. Entre as diversas normas que especi�cam procedimentos, padronização, terminologia, simbologia, classi�cação e métodos de ensaio, estão as relacionadas aos levantamentos topográ�cos. A norma ABNT NBR 13.133 é a que especi�ca a execução de levantamentos topográ�cos. De acordo com a norma, o levantamento topográ�co, deve ter, no mínimo, as seguintesfases e tópicos (Quadro 1.2): FASES TÓPICOS Planejamento e seleção de métodos e aparelhagem Objeto Apoio topográ�co Finalidade Levantamento de detalhes Período de execução Cálculos e ajustes Localização e Origem (Datum) Original Topográ�co Precisões obtidas Desenho Topográ�co Quantidades realizadas Relatório Técnico Relação da aparelhagem utilizada Quadro 1.2 - Objetivos da normalização Fonte: ABNT (1994, p. 7). Nesse contexto, existem várias normas que se relacionam às atividades e aos procedimentos dos objetivos propostos pela topogra�a, entretanto, duas normas especí�cas são as que mais estão ligadas a esses objetivos: NBR 13133 e NBR 14166. De acordo com (ABNT, 1994, p. 1), a NBR 13133, que é norma de Execução de Levantamentos Topográ�cos, �xa as condições exigíveis para a execução de levantamento topográ�co destinado a obter: Equipe técnica e identi�cação do responsável técnico Documentos produzidos Memórias de cálculo, destacando-se: Planilhas de cálculo das poligonais e Planilhas das linhas de nivelamento. Nesse caso, segundo a norma, o levantamento topográ�co deve compatibilizar: medidas angulares; medidas lineares; medidas de desníveis; respectivas tolerâncias em função dos erros. Outra norma que é bastante utilizada e na qual se aplicam diversos procedimentos e métodos explicitados pela topogra�a é a NBR 14166 - que é a norma que de�ne a Rede de Referência Cadastral Municipal. Dessa forma, apresenta-se como objetivo �xar as condições exigíveis para a implantação e manutenção de uma Rede Cadastral Municipal. Na caracterização da referida norma, destacam-se suas principais aplicabilidades (ABNT, 1998, p. 2): Essa norma, que contribui com os órgãos municipais de �scalização e planejamento urbano, está dividida nos seguintes itens (Quadro 1.3): Referências normativas Contêm disposições que, ao serem citadas no texto da norma, constituem prescrições para a mesma. De�nições São apresentadas de�nições, como a de altura geométrica, alinhamento de via ou alinhamento predial etc. Estruturação e classi�cação da Rede de Referência Cadastral Sequência de operações que deve ser observada para a estruturação e implantação da Rede de Referência. Requisitos gerais Requisitos especí�cos Inspeção Itens para inspeção dos trabalhos de implantação e manutenção da rede. Quadro 1.3 - Caracterização dos itens Fonte: ABNT (1998, p. 1). Planta ou Plano Topográ�ico Como apresentado anteriormente, a topogra�a tem como objetivo a determinação de pontos sobre o terreno, de�nindo ângulos, distâncias e desníveis, para posterior representação. Assim sendo, essa representação do terreno é feita sobre uma superfície plana, denominada “plano topográ�co” (Figura 1.4), que se constitui em plano horizontal tangente ao esferoide terrestre. Aceitação e rejeição Nos levantamentos topográ�cos, os limites da referida superfície plana, assim como os elementos constituintes do terreno, vão ser projetados nesse plano horizontal. Dessa forma, a representação será realizada a partir de plantas, de�nindo-se os pontos de apoio e detalhes necessários para a de�nição das poligonais em estudo. De acordo com NBR 13.133 (ABNT, 1994, p. 4), planta refere-se “a uma representação grá�ca de uma parte limitada da superfície terrestre, sobre um plano horizontal local, em escalas maiores que 1:10000”, para �ns especí�cos, na qual não se considera a curvatura da Terra”, entretanto, para a Figura 1.4 - Representação do plano topográ�co Fonte: Elaborada pelo autor. representação de áreas menores, cujos detalhes de edi�cações devem ser observados, a escala de trabalho pode chegar a 1:200. Outra designação que se relaciona ao plano horizontal projetado é o plano topográ�co local. Este refere-se aos limites estabelecidos pela NBR 14.166 (ABNT, 1998) para o tamanho do plano topográ�co em determinadas condições. De acordo com a norma, o Plano Topográ�co Local (PTL) é “uma superfície de�nida pelas tangentes no ponto origem do Sistema Topográ�co ao meridiano deste ponto e à geodésica normal a este meridiano”. Para Dalforno et al. (2009, p. 53), o “plano local topográ�co desconsidera a curvatura da terra e é perpendicular à vertical do lugar no ponto da superfície terrestre considerado como origem do levantamento”. Desse modo, Dalforno et al. (2009) consideram que nessa simpli�cação não se observam os erros sistemáticos provenientes da desconsideração da curvatura terrestre e do desvio da vertical. atividadeAtividade A NBR 14.166 de�ne a Rede de Referência Cadastral Municipal (RRCM), suas características e procedimentos. Uma RRCM se con�gura em uma série de estações geodésicas, com pontos materializados no terreno topográ�co, cujas coordenadas estão associadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Nesse contexto, em relação ao trabalho da topogra�a no cadastro urbano, assinale a alternativa que melhor se enquadra nos procedimentos realizados: a) Medição das curvas de nível para verificar especificamente a altimetria do terreno. b) Reconhecimento e o levantamento do território, fornecendo o embasamento necessário à formulação de políticas públicas com fins de planejamento urbano. c) Levantamento de dados para a verificação da proporcionalidade das edificações, cuja representação será projetada em uma planta altimétrica. d) Calcula a partir de equipamentos topográficos os valores do IPTU Municipal. e) Implanta e mantém atualizado o Sistema Rodoviário do Município. Ao realizar um levantamento topográ�co, é necessário transpor esses dados para um meio cartográ�co, no papel ou de forma digital. Essa transposição refere-se à representação que é apresentada em uma escala adequada que permite que o pro�ssional responsável pela execução da obra ou cujas informações são necessárias à realização dos procedimentos para o estudo que realiza obtenha um levantamento com precisão e e�cácia. Elementos de RepresentaçãoElementos de Representação Topográ�ca e Cartográ�caTopográ�ca e Cartográ�ca Para que isso ocorra, é necessário o estudo dos elementos de representação topográ�ca e cartográ�ca, as superfícies de referência, os sistemas de coordenadas e as unidades de comprimento, área e escala. Super�ícies de Referência Desde a Antiguidade, o homem procurou estudar e estabelecer qual seria o formato que a Terra possui, assim, foram criadas diversas teorias e várias formas de entendimento sobre a sua superfície. Para a realização de levantamentos topográ�cos e geodésicos, foram de�nidos modelos que permitem a realização de cálculos sobre a superfície da Terra, alguns deles considerando as irregularidades da superfície física, outros utilizando formatos que facilitem a realização de cálculos e a sua representação. De acordo com Veiga et al. (2012, p. 7), “cada um destes modelos tem a sua aplicação, e quanto mais complexa a �gura empregada para a representação da Terra, mais complexos serão os cálculos sobre esta superfície”. Dessa forma, foram de�nidos quatro modelos de representação: Esférico, Elipsoidal, Geoidal e Plano (Figura 1.5). Modelo Esférico: é o mais simples dos modelos utilizados para representação da Terra, pois a considera como uma esfera. Dessa forma, as ondulações do relevo não são consideradas. É o mesmo formato representado nos globos. Essa representação considera as linhas imaginárias criadas para a representação cartográ�ca do globo terrestre, como as latitudes e longitudes; Modelo Elipsoidal: é o modelo mais utilizado, sendo representado a partir de uma �gura geométrica, chamada elipsoide de revolução. O elipsoide de revolução ou biaxial é a �gura geométrica gerada pela rotação de uma semielipse (geratriz) em torno de um de seus eixos (eixo de revolução) (Figura 1.6); se esse eixo for o menor, tem-se um elipsoide achatado (VEIGA et al., 2012, p. 7). Atualmente, o Brasil está em fase de transição para um sistema geocêntrico denominado de Sistema Geocêntrico de Referência para as Américas (SIRGAS 2000). Modelo Geoidal: o modelo Geoidal considera o modeladoda superfície terrestre, ou seja, as reentrâncias do relevo, que são observadas na superfície física. Dessa forma, é considerado o que mais se aproxima da forma da Terra. Robison et al. (1995) conceituam Figura 1.6 - Modelo elipsoidal Fonte: Datumizer / Wikemedia Commons. esse modelo como “a superfície do nível médio dos mares, em repouso, com suposto prolongamento sob os continentes”. Dessa forma, pode estar acima ou abaixo da superfície topográ�ca da Terra. Devido a esse modelo considerar a superfície física da Terra, os cálculos realizados sobre ele são mais complexos. A Figura 1.7 mostra a representação do Geoide. De acordo com Veiga et al. (2012, p. 11), “o Geóide é uma superfície equipotencial do campo da gravidade ou superfície de nível, utilizado como referência para as altitudes ortométricas no ponto Figura 1.7 - Modelo Geoidal Fonte: Denis Barbulat / 123RF. considerado”; Modelo Plano: para esse modelo, a porção da Terra onde serão realizados os levantamentos topográ�cos é considerada plana. Dessa forma, como esses levantamentos são realizados em área de dimensões limitadas (terrenos), esse plano é adotado pela topogra�a. Assim, considera-se como uma simpli�cação utilizada pela Topogra�a, o que é válida dentro de certos limites e facilita a realização de cálculos topográ�cos (VEIGA et al.; 2012). A NBR 13133 (Execução de Levantamento Topográ�co) admite um plano com até aproximadamente 80 m. Nesse caso, os efeitos da curvatura terrestre são minimizados. Sistemas de Coordenadas Ao se realizar os estudos topográ�cos, de�nem-se pontos sob a superfície, ou seja, sob porção da Terra em estudo. Dessa forma, é preciso também de�nir um sistema de coordenadas para que esses pontos tenham uma referência. reflita Re�ita O americano Nick Hague, astronauta da Agência Espacial Americana (NASA), fez um registro a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI). No registro, é possível veri�car a curvatura da terra. Essa notícia entra em contradição com as informações que revelam que, atualmente, cresce o número de pessoas que acredita na Teoria da Terra "plana”. Com os conhecimentos que você possui em relação ao tema, vê algum fundamento sobre a referida teoria? Fonte: Elaborado pelo autor. Por coordenadas entende-se qualquer ponto determinado na superfície terrestre ou no espaço. Esse ponto posiciona-se no cruzamento entre o eixo “X” e o “Y”. Existem dois tipos principais: as coordenadas geográ�cas e as coordenadas UTM. Cada ponto da superfície terrestre tem uma coordenada, pois, no globo terrestre, para �ns de localização, foram traçadas linha imaginárias, de leste a oeste e de norte a sul, essas linhas são as latitudes e as longitudes, respectivamente. No encontro de uma latitude com uma longitude, em qualquer ponto da Terra, temos uma coordenada geográ�ca. Assim, em uma planta ou em um mapa, podemos observar numerações, que são ângulos, representando as coordenadas. De acordo com Veiga et al. (2012, p. 5), existem dois tipos principais de sistemas de coordenadas: as coordenadas esféricas e as coordenadas retangulares (ou cartesianas): Coordenadas retangulares: no espaço bidimensional, um sistema bastante utilizado é o sistema de coordenadas retangulares ou cartesianas. Esse é um sistema de eixos ortogonais no plano, constituído de duas retas orientadas X e Y, perpendiculares entre si. A origem desse sistema é o cruzamento dos eixos X e Y. No espaço tridimensional, é caracterizado por um conjunto de três retas (X, Y, Z), denominado de eixos coordenados; Coordenadas esféricas: um ponto é de�nido nesse sistema através de uma coordenada denominada abscissa (coordenada X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Uma das notações P(x, y) ou P= (x, y) é utilizada para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y (VEIGA; ZANETTI; FAGGION, 2012). Representa qualquer ponto no espaço tridimensional a partir de relações entre a distância r e os ângulos Į e ȕ. A letra r representa a distância entre a origem e o ponto de interesse, o ângulo Į a abertura angular contida no plano (x,y) e o ângulo ȕ é aquele formado entre a reta que liga a origem ao ponto e sua projeção no plano (x,y). Ficando, dessa forma, as coordenadas esféricas do ponto determinadas por (r,Įȕ). Unidades de Comprimento, Área e Escala Espartel (1987, p.17) tratando sobre a questão da representação dos levantamentos topográ�cos considera que “o desenho topográ�co nada mais é do que a projeção de todas as medidas obtidas no terreno sobre o plano do papel”. Nesse caso, especi�ca que no “desenho, os ângulos são representados em verdadeira grandeza e as distâncias são reduzidas segundo uma razão constante”, que seria a escala. Sobre essa questão, é fundamental destacar a importância que esse elemento de representação tem na “transposição” das relações entre o que foi medido e, posteriormente, calculado com o que vai ser colocado em prática de forma real. A escala cumpre a função de reproduzir em níveis precisos a proporcionalidade das cartas topográ�cas, dos levantamentos, dos mapas e de todos os processos fundamentais para a transposição de pontos na execução, de obras de engenharia, por exemplo. De acordo com a NBR 8196 (norma que especi�ca o emprego e os procedimentos de escalas em desenho técnico), a de�nição de escala é: “a relação da dimensão linear de um elemento e/ou um objeto apresentado no desenho original para a dimensão real do mesmo e/ou do próprio objeto”. As escalas podem ser de redução (1:n), quando a representação de um objeto é menor do que seu tamanho real; ampliação (n:1), quando a representação de algo é maior do que seu tamanho real ou naturais (1:1), que consistem na representação do tamanho real de uma área, edi�cação ou outros objetos. Quanto às informações que podem ser observadas em um produto cartográ�co, considera-se que uma escala é grande (Figura 1.8) quando seu denominador é pequeno e o nível de detalhamento observado nos mapas ou nas cartas é maior, ou seja, é possível a identi�cação de diversos elementos, por exemplo, árvores, postes, edi�cações. Já em uma escala considerada pequena (Figura 1.9), o denominador é grande e o detalhamento é bem menor, por exemplo, em um mapa com escala pequena, provavelmente, o que pode ser identi�cado é o limite de Municípios, Estados e Continentes. Figura 1.8 - Exemplo de escala grande Fonte: IBGE (1999, p. 25). Uma escala numérica pode ser apresentada sob a forma de: fração: 1/100; 1/2000 ou proporção: 1:100; 1:2000, ou em forma grá�ca, apresentando a escala com intervalos de tamanhos que podem corresponder à unidade de metros ou quilômetros. Figura 1.9 - Exemplo de escala pequena Fonte: IBGE (1999, p. 24). O Manual de Cartogra�a do IBGE (1999, p. 23) considera que “duas �guras semelhantes têm ângulos iguais dois a dois e lados homólogos proporcionais”. Desse modo, relata que “será sempre possível, através do desenho geométrico obter-se �guras semelhantes às do terreno”. Portanto, aplicam-se as relações entre as distâncias reais e grá�cas, onde: saiba mais Saiba mais A escala cartográ�ca numérica é representada por uma fração, com o denominador (N) indicando quantas vezes uma determinada dimensão real será reduzida. Por exemplo, na escala de 1/10.000, o desenho será representado 10.000 vezes menor do que a dimensão real. A escala grá�ca tem a mesma função da escala numérica, porém, é representada nas cartas e nos mapas em forma de desenho com sua equivalência métrica. Fonte: Adaptado de Tuler e Saraiva (2016, p. 156). ACESSAR http://www.geocart.igeo.ufrj.br/pdf/trabalhos/Escala_Conceitos_Aplic.pdf D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se-á distância real natural; d = um comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática. Dessa forma, tem-se a relação entre os dois comprimentos, que é a razão d/D. A partir dessa relação, são empregados três tipos de notação para a representação da escala: E = 1/M; E = d/D; 1/M = d/D. Sendo: E = escala; M = denominador da escala; d = distância medida na carta;D = distância real (no terreno). atividadeAtividade A topogra�a adota como simpli�cação o modelo plano, pois, considera a porção da terra em estudo como um plano topográ�co. Nesse sentido, esse plano com dimensões limitadas facilita a realização dos cálculos, com os dados obtidos a partir de levantamentos topográ�cos. Nesse contexto, assinale a alternativa que melhor de�ne o porquê da utilização do modelo plano pela topogra�a: a) Este é considerado o modelo matemático da terra. b) É o modelo que mais se aproxima da forma da terra. c) Refere-se a uma superfície equipotencial do campo da gravidade ou superfície de nível, sendo utilizado como referência para as altitudes ortométricas. d) É modelo que possui maior interferência do efeito da curvatura da terra. e) Em um plano com até aproximadamente 80 km, o efeito da curvatura apresenta-se dentro de valores aceitáveis. O conceito da Cartogra�a, de�nido pela Associação Cartográ�ca Internacional (ACI), em 1966 e, posteriormente, rati�cado pela UNESCO, no mesmo ano, de acordo com o Manual de Cartogra�a do IBGE (1999, p. 17) considera que: A Cartogra�a apresenta-se como o conjunto de estudos e operações cientí�cas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise de Cartogra�aCartogra�a documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização. Esses elementos, conforme já mencionado, têm signi�cativa repercussão nos desdobramentos dos quais os levantamentos topográ�cos são representados, já que as cartas e os mapas se constituem no produto �nal desse processo. Assim sendo, é imprescindível o conhecimento dos elementos cartográ�cos, como as projeções e os sistemas de coordenadas. Projeções Cartográ�icas Um dos grandes desa�os da representação a partir de cartas e mapas é transferir uma área curva ou para um plano. É por esse motivo que muito produtos cartográ�cos apresentam discrepância quanto ao tamanho e ao formato que tais reproduções são apresentadas no papel, gerando algumas deformações. Nessa perspectiva, as projeções cartográ�cas ao longo do tempo tentaram, de certa forma, minimizar a in�uência das deformações nessas representações, entretanto, envolvem: "extensões" ou "contrações" que resultam em distorções ou "rasgos". O Quadro 1.4 apresenta a Classi�cação das projeções cartográ�cas elaboradas: Quanto ao método Geométricas e analíticas Quanto à superfície de projeção Planas (AZIMUTAIS) Cônicas Cilíndricas Polissuper�ciais Quanto às propriedades Equidistantes Conformes Equivalentes A�láticas Quanto ao tipo de contato entre as superfícies de projeção e referências Tangentes e Secantes Quadro 1.4 - Classi�cação das projeções cartográ�cas Fonte: IBGE (1999, p. 21). Dessa forma, diferentes técnicas de representação foram aplicadas no sentido de se alcançar resultados que possuam certas propriedades favoráveis para um propósito especí�co. Sistemas de Coordenadas Geográ�icas e Universal Transversa de Mercator (UTM) As linhas imaginárias criadas para a representação do globo terrestre foram traçadas de leste a oeste e de norte a sul, sendo que as principais, o meridiano de Greenwich e a linha do Equador, são os limites do ocidente e oriente e do hemisfério sul e norte, respectivamente. Dessa forma, cada ponto determinado em qualquer parte da superfície da Terra poderá ser localizado a partir dessas linhas, caracterizando-se nas coordenadas geográ�cas. Essas coordenadas, dependendo da posição que se encontram, fornecem os valores de latitude e longitude. As latitudes, também denominadas de paralelos, estão dispostas de leste a oeste e variam de 0º a 90º, sendo positivas para o leste e negativas para o sul. Já as longitudes, meridianos, situam- se de norte a sul, variando de 0 a 180º. Esses valores dependem do elipsoide de referência utilizado para a projeção do ponto em questão. A representação em cartas topográ�cas e planialtimétricas, utilizada como base em projeto de Engenharia ou de outras áreas especí�cas, é expressa tanto em coordenadas geográ�cas como no sistema de projeção UTM, que se denomina Universal Transversa de Mercator. As coordenadas UTM representam o eixo das abcissas (E) e das ordenadas (N) de um ponto sobre a superfície da Terra, quando este é projetado sobre um cilindro tangente ao elipsoide de referência (BRANDALIZE, 2004). Figura 1.10 - Sistema UTM Fonte: Teixeira (2010, p. 32). Nesse sistema, tem-se a divisão do globo em 60 arcos de 6° (60 x 6° = 360°). Cada um desses aros representa um fuso UTM (Figura 1.10) e um sistema de coordenadas com origem no meridiano central ao fuso. Os valores atribuídos para o hemisfério sul são de 500.000m para (E) e 10.000.000 m para (N) e, para o Hemisfério Norte, as ordenadas variam de 0 a 10.000 km, enquanto para o Hemisfério Sul variam de 10.000 a 0 km. atividadeAtividade Quanto ao emprego de escalas na topogra�a, entende-se que é fundamental para que as representações obtidas a partir dos levantamentos topográ�cos possam ser expressas através das reduções e ampliações. Nesse contexto, assinale a alternativa que indique qual é a distância real de uma área representada em folha A4 (215 cm x 277 cm), em uma escala de 1:10000: a) 21,5 m x 27,7 m. b) 0,0277 m x 0,0215 m. c) 2,15 m x 2,77 m. d) 2,15 cm x 2,77 cm. e) 0,0215 m x 0,0277 m. indicações Material Complementar LIVRO Topogra�ia Aplicada à Engenharia Civil. Editora: Edgard Blucher. Autor: BORGES, A. C. ISBN: 9788521201311. Comentário: O livro aborda os conceitos básicos de levantamentos, os aparelhos topográ�cos e os processos de cálculo de poligonais e de nivelamento. Com um enfoque nas aplicações da Engenharia, contém, em grande parte, a caracterização técnica necessária para a realização de levantamentos topográ�cos. FILME Prometheus. Ano: 2012. Comentário: Filme de �cção cientí�ca cujo enredo envolve uma expedição interestelar para investigar o início da vida no planeta. Durante o �lme, a tripulação da nave espacial Prometheus segue um mapa estelar com esse objetivo. T R A I L E R conclusão Conclusão Nesta unidade, foi possível compreender os processos e procedimentos necessários à realização de levantamentos topográ�cos e sua representação a partir de cartas e mapas. Dessa forma, o conhecimento das técnicas cartográ�cas, das características expressas a partir da Geodesia e do referencial abordados a partir dos históricos de orientação e localização, desenvolvidos através dos tempos, permitem o uso da topogra�a em diversas aplicações. referências Referências Bibliográ�cas AMORIM, J. A. A geometria plana no ensino fundamental: estudo prático sobre o teodolito. 2016. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133: Execução de levantamento topográ�co. Rio de Janeiro, 1994. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133:1994 Versão Corrigida: 1996. Execução de levantamento topográ�co. Rio de Janeiro, 1996. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14166: Rede de Referência Cadastral Municipal - Procedimento. Rio de Janeiro, 1998. BRANDALIZE, M. C. B. Topogra�a I: apontamentos. 2004. Apostila Aula de Graduação do Departamento de Geomática da Universidade Federal do Paraná. Disponível em: http://www2.uefs.br/geotec/topogra�a/apostilas/topogra�a(1).htm. Acesso em: 27 dez. 2019. BORGES, A. C. Topogra�a Aplicada à Engenharia Civil. 3. ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2013. 191p. CASACA, J.; MATOS, J.; BAIO, M. Topogra�a Geral. Lisboa: Lidel-Edições Técnicas, Ltda., 2015. DAL’FORNO, G. L. et al. Transformação de coordenadas geodésicas em coordenadas no plano topográ�co local pelos métodos da norma NBR 14166: 1998 e o de rotações e translações. Anais do http://www2.uefs.br/geotec/topografia/apostilas/topografia(1).htmIII Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação, Recife, 2010, p. 1-26. DAL’FORNO, G. L. et al. 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