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COLÉGIO ESTADUAL MARIA DALILA PINTO PROF.: Márcio Aparecido Pinheiro DISCIPLINA: Filosofia DATA DA ENTREGA: / / DATA DA DEVOLUÇÃO: / / ALUNO(A): EJA: 3° Semestre ENSINO: Médio ATIVIDADE 12 Ética aristotélica Prezado(a) Aluno(a)!! Esta atividade refere-se a aula “Ética aristotélica”. Ela consiste de um questionário com seis questões objetivas. Segue junto o texto de apoio, procure estudá-lo antes de fazer a atividade. Bons estudos!!! 1. (PUC/PR 2008) Para Aristóteles, em Ética a Nicômaco, “felicidade […] é uma atividade virtuosa da alma, de certa espécie”. Assinale a alternativa que NÃO condiz com a referida definição aristotélica de felicidade: a) Felicidade é uma fantasia que o homem cria para si. b) Felicidade só é possível mediante uma capacidade racional, própria do homem. c) Ter felicidade é obter coisas nobres e boas da vida que só são alcançadas pelos que agem retamente. d) A finalidade das ações humanas, o Bem do homem, é a felicidade. e) Nenhum outro animal atinge a felicidade a não ser o homem, pois os demais não podem participar de tal atividade. 2. (Enem PPL 2014) Ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-se ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1973. Em Aristóteles, o conceito de virtude ética expressa a a) excelência de atividades praticadas em consonância com o bem comum. b) concretização utilitária de ações que revelam a manifestação de propósitos privados. c) concordância das ações humanas aos preceitos emanados da divindade. d) realização de ações que permitem a configuração da paz interior. e) manifestação de ações estéticas, coroadas de adorno e beleza. 1/3 COLÉGIO ESTADUAL MARIA DALILA PINTO 3. (UEL 2011) Leia o texto a seguir. A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. Aristóteles. Ética a Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situada ética em Aristóteles, pode-se dizer que a virtude ética a) consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta. b) baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais perfeitos. c) pauta-se na escolha do que é mais satisfatório em razão de preferências pragmáticas. d) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta. e) implica na escolha do que é conveniente no excesso e do que é prazeroso na falta. 4. (UPE) Leia o texto a seguir sobre a Filosofia e a Consciência Moral. Na ética aristotélica, a sabedoria e a prudência, nossas virtudes intelectivas, formam a diferença específica do ser humano, tornando-o uma espécie distinta de todas as outras. Então, no homem, a physis deu um fantástico salto qualitativo quando produziu o intelecto, que é teórico (sabedoria) e, ao mesmo tempo, prático (prudência); através dessas duas energias, o homem busca as razões profundas da existência e administra a vida quotidiana. (PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 49.). Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir: I. A prudência tem o poder de discernir e ponderar as ações do ser humano. II. O intelecto tem a potencialidade de penetrar na essência das coisas. III. A prudência dá o norte de toda a prática ética. O papel do homem prudente é o alcance do seu bem possível diante do excesso ou da escassez. IV. A prudência ou sabedoria prática induz à decisão do que seja o mal e o bem, do injusto e do justo no âmbito da vida cotidiana. Estão CORRETOS a) apenas I, II e III. b) apenas II e III. c) apenas III e IV. d) apenas I e III. e) I, II, III e IV. 2/3 COLÉGIO ESTADUAL MARIA DALILA PINTO 5. Como podemos interpretar a seguinte citação de Aristóteles: “O bem é aquilo a que todas as coisas tendem” (Aristóteles, 1973, p. 249) a) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com o “bem”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que todas as coisas tendem a um bem. b) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com o “prazer”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que devemos buscar uma vida de satisfação dos impulsos. c) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com a “honra”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que é preciso realizar grandes feitos para ser reconhecido e isso é a verdadeira felicidade. d) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com a “riqueza”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que é preciso acumular a maior quantidade de dinheiro possível, pois só assim é possível prevenir-se da pobreza. 6. (Enem PPL 2013) O termo injusto se aplica tanto às pessoas que infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sentido de quererem mais do que aquilo a que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo conforme a lei e o injusto é o ilegal e iníquo. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado). Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa quando ela observa o a) compromisso com os movimentos desvinculados da legalidade. b) benefício para o maior número possível de indivíduos. c) interesse para a classe social do agente da ação. d) fundamento na categoria de progresso histórico. e) princípio de dar a cada um o que lhe é devido. 3/3 ► Aristoteles: o justo meio Discipulo de Platao, Aristoteles (384-322 a.C.) aprofundou a discussao a respeito das quest6es eticas. Na obra Etica a Nicomaco, procura o que representa o fim ultimo de todas as atividades humanas, urna vez que tudo o que fazemos visa a alcanc;ar um bem - ou o que nos parece ser um bem. Examinando todos os bens desejaveis, tais como os prazeres, a riqueza, a honra, a fama, observa que eles visam sempre a outra coisa e nao sao fruidos por si mesmos. Pergunta-se entao pelo sumo bem, aquele que em si mesmo e um fim, e nao um meia para o que quer que seja. E o encon tra no conceito de "boa vida", de "vida feliz" (em grego, eudaimonia ). Por isso a filosofi a moral de Aristoteles e urna eudemonia. A felicidade Portanto, prazeres, riqueza, honra, fama nao sao condi96es necessarias para nos conduzirem a felici dade, porque so nos tornarao felizes as ac;:6es mais pr6ximas daquilo que e essencialmente peculiar ao ser humano. E o que mais o caracteriza e a atividade da alma que segue um principio racional: ou seja, o exercicio da inteligencia te6rica, da contem la<t-åo. E certo que, tal como Platao, Aristoteles reser vava ao fi16sofo o exerdcio mais complexo da racio nalidade, mas reconhece que tambem as pessoas comuns aspiram pelo saber e se deleitam com ele, satisfeitas quando esclarecem duvidas ou compreen dem melhor algo que antes lhes parecia confuso. A virtude A vida humana, porem, nao se resume ao inte lecto, e encontra sua expressao na ac;ao, em urna atividade bem realizada; o objetivo e, portanto, combinar um certo moda de vida com um prind pio racional. Por exemplo, "a func;ao de um tocador de lira e tocar lira, e a de um bom tocador de lira e faze-lo bem".2 Ou seja, o bem e a atividade exercida de acordo com a sua excelencia ou virtude. Jimmy Hendrix em concerto nas li has Fehmarn, Alemanha (1970). Um guitarrista que conhece bem seu instrumento e tem talento, se forum excelente interprete, e cha ma do de virtuose. Metafisica. Jå vi mos esse conceito no capitulo 3, "O nascimento da filosofia".Consulte tambem o Vocabulårio, no final do livro. lrascivel. Para Platao, a a Ima irascivel e impulsiva, sede da coragem, localizada no peito. Concupiscivel. A a l ma concu pi seivel e a sede do desejo intenso de bens ou gozos materiais, inclusive o apetite sexual; localiza-se no ventre. Contemplac;:ao. O termo grego para contemplac;:ao e theoria, que inicialmente significava "ver", "observar", e passou a significar "ver com o espirito", "pensar", "con hecer", "contem pla r". ARISTOTELES. ftica a Sicåmaco. Lino I, cap. 7, 1098 a 10. Sii.a Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 256. (Co!ec;:ii.o Os Pensadores). Teorias eticas Capitulo 20 ' . l Justifa e amizade Segundo Aristoteles, o individuo bom e generoso, isto e, nao pensa apenas em si, mas orienta-se para atender as dificuldades e as necessidades dos outros. Nesse sentido, a justic;a refere-se as rela96es entre as peswas {virtnde individual, usada para consigo mesmo e para com os outros) e entre os individuos e o governo (virtude social), estabelecidas em leis. Portanto, a jus tic;a pode ser urna virtude moral ou politica. Ao se referir a justi9a, Aristoteles recorre aos termos de propor9åo e igualdade. Tratar as pessoas com justic;a consiste em distribuir os bens em sua devida propor9åo, o que nos faz lembrar da teo ria do justo meio: nåo se <leve dar as pessoas nem demasiado nem de menos. Ou seja, deve haver runa justa propor9ao entre o bem atribuido ( ou premio) e o merito demonstrado. Alem de que a justi9a deve ser distributiva, ao levar em conta a diferen9a entre as pessoas. Por exemplo, ao servir seus filhos durante a refei9åo, a måe oferece quantidades diferentes para cada um, de acordo com a idade, o apetite e as condi96es de saiide. Ate o tipo de alimento varia, quando se trata, por exemplo, de um bebe ou de um adolescente. Por fim, Aristoteles considera a amizade como o coroamento da vida virtuosa, possivel apenas entre os prudentes e justos, ja que a amizade supoe a jus ti9a, a generosidade, a benevolencia, a reciproci dade dos sentimentos. Amar a si e aos amigos de maneira generosa e <lesinteressada "e o que ha de mais necessario para viver". 5 EPICURO. Carta sobre afelicidade (aMeneceu). Såo Paulo: Editora Unesp, 2002. p. 37-38. Teorias eticas Capilulo 20 [ Ética aristotélica.pdf Aristóteles - o justo meio.pdf
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