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TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO INDUSTRIAL Sistemas dimensionais (SD): Terminologia Prof. MSc. Rafael Sayama ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO 1. Objetivos 2. Introdução 3. Terminologia 4. Exercícios 5. Bibliografia recomendada 2 1. OBJETIVOS • Aprender os principais termos técnicos utilizados nos sistemas dimensionais; • Discutir a importância dos termos técnicos no ambiente profissional; • Realizar exercícios. 3 2. INTRODUÇÃO Muitas vezes, uma área ocupacional apresenta problemas de compreensão devido à falta de clareza dos termos empregados e dos conceitos básicos. Esta aula enfatiza a terminologia e os conceitos da área de metrologia. 4 Qual é a diferença entre instrumentação e metrologia? 3. TERMINOLOGIA • Instrumentação - é o conjunto de técnicas e instrumentos usados para observar, medir e registrar fenômenos físicos. A instrumentação preocupa-se com o estudo, o desenvolvimento, a aplicação e a operação dos instrumentos. 5 3. TERMINOLOGIA • Medida - é o valor correspondente ao valor momentâneo da grandeza a medir no instante da leitura. A leitura é obtida pela aplicação dos parâmetros do sistema de medição à leitura e é expressa por um número acompanhado da unidade da grandeza a medir. 6 3. TERMINOLOGIA • Erro sistemático - é a média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando. • Erro aleatório - resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade. O erro aleatório é igual ao erro menos o erro sistemático. 7 3. TERMINOLOGIA • Erro grosseiro - pode decorrer de leitura errônea, de operação indevida ou de dano no sistema de medição. Seu valor é totalmente imprevisível, podendo seu aparecimento ser minimizado no caso de serem feitas, periodicamente, aferições e calibrações dos instrumentos. 8 3. TERMINOLOGIA • Outlier - é um dado observacional consideravelmente diferente em termos numéricos das outras observações em uma amostra. O termo é usado em estudos estatísticos e podem apontar anormalidades do conjunto de dados ou erros na medição realizada. Saber como calcular os outliers é importante para assegurar uma compreensão adequada dos dados e levará a conclusões mais corretas do estudo. 9 3. TERMINOLOGIA Dica importante: Quando forem encontrados outliers, tente explicar a presença deles antes de descartá-los do conjunto de dados; eles podem apontar para erros na medição ou anormalidades na distribuição 10 3. TERMINOLOGIA • Fontes de erros - um erro pode decorrer do sistema de medição e do operador, sendo muitas as possíveis causas. O comportamento metrológico do sistema de medição é influenciado por perturbações externas e internas. Fatores externos podem provocar erros, alterando diretamente o comportamento do sistema de medição ou agindo diretamente sobre a grandeza a medir. 11 3. TERMINOLOGIA O fator mais crítico, de modo geral, é a variação da temperatura ambiente. Essa variação provoca, por exemplo, dilatação das escalas dos instrumentos de medição de comprimento, do mesmo modo que age sobre a grandeza a medir, isto é, sobre o comprimento de uma peça que será medida. A variação da temperatura pode, também, ser causada por fator interno. 12 3. TERMINOLOGIA Exemplo típico é o da não estabilidade dos sistemas elétricos de medição, num determinado tempo, após serem ligados. É necessário aguardar a estabilização térmica dos instrumentos/equipamentos para reduzir os efeitos da temperatura. 13 3. TERMINOLOGIA Desvio padrão - é uma medida de dispersão que pode ser calculada para um conjunto de observações de uma variável. Quando calculamos o desvio padrão, obtemos um número que indica a variação das observações em relação à média delas. Quanto menor o valor do desvio padrão, mais homogêneos são os dados. 14 3. TERMINOLOGIA • Histerese - é a diferença entre a leitura/medida para um dado valor da grandeza a medir, quando essa grandeza foi atingida por valores crescentes, e a leitura/ medida, quando atingida por valores decrescentes da grandeza a medir. O valor poderá ser diferente, conforme o ciclo de carregamento e descarregamento, típico dos instrumentos mecânicos, tendo como fonte de erro, principalmente folgas e deformações, associadas ao atrito. 15 3. TERMINOLOGIA • Dimensão nominal – dimensão indicada no desenho. • Dimensão efetiva – dimensão medida, geralmente não coincide com a dimensão nominal. • Dimensões limites – valores máximos e mínimos admissíveis para a dimensão efetiva. • Dimensão máxima (Dmax) – valor máximo admissível para a dimensão efetiva. 16 • Dimensão mínima (Dmin) – valor mínimo admissível para a dimensão efetiva. • Tolerância (t) – variação permissível da dimensão da peça. t = Dmax – Dmin • Afastamento – diferença entre as dimensões limites e a nominal. • Afastamento inferior - diferença entre a dimensão mínima e a nominal. Símbolo para furo Ai e para eixo ai. 17 3. TERMINOLOGIA • Afastamento superior – diferença entre a dimensão máxima e nominal. Símbolo para furo As e para eixo as. • Linha zero – linha que nos desenhos fixa a dimensão nominal e serve de origem aos afastamentos. • Eixo - convenientemente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes, como sendo qualquer parte de uma peça cuja superfície externa é destinada a alojar-se na superfície interna da outra. 18 3. TERMINOLOGIA • Furo - Termo convenientemente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes, como sendo todo o espaço delimitado por superfície interna de uma peça e destinado a alojar o eixo. • Folga ou jogo (F) – diferença entre as dimensões do furo e do eixo, quando o eixo é menor que o furo. • Folga máxima (Fmax) – diferença entre as dimensões máxima do furo e a mínima do eixo, quando o eixo é menor que o furo. 19 3. TERMINOLOGIA • Folga mínima (Fmin) - diferença entre as dimensões mínima furo e a máxima do eixo, quando o eixo é menor que furo. • Interferência (I) – diferença entre as dimensões do eixo e do furo, quando o eixo é maior que o furo. • Interferência máxima (Imax) – diferença entre a dimensão máxima do eixo e a mínima do furo, quando o eixo é maior que o furo. 20 3. TERMINOLOGIA • Interferência mínima (Imin) – diferença entre a dimensão mínima do eixo e a máxima do furo, quando o eixo é maior que o furo. • Ajuste ou acoplamento – comportamento de um eixo num furo, ambos da mesma dimensão nominal caracterizado pela folga ou interferência apresentada. • Ajuste com folga – o afastamento superior do eixo é menor ou igual ao afastamento inferior do furo. 21 3. TERMINOLOGIA • Ajuste com interferência – o afastamento superior do furo é menor ou igual ao afastamento inferior do eixo. • Ajuste incerto – o afastamento superior do eixo é maior que o afastamento inferior do furo e o afastamento superior do furo é maior que o afastamento inferior do eixo. • Eixo base – é o eixo em que o afastamento superior é pré- estabelecido como sendo igual a zero. 22 3. TERMINOLOGIA • Furo base - é o furo em que o afastamento inferior é pré- estabelecido como sendo igual a zero. • Campo tolerância – é o conjunto de valores compreendidos entre o afastamento superior e inferior. Por convenção, as tolerâncias que estão sobre a linha zero são positivas (+) e as que estão sob tal linha são negativas (-). 23 3. TERMINOLOGIA • Furo base - é o furo em que o afastamento inferior é pré- estabelecido como sendo igual a zero. • Campo tolerância – é o conjunto de valores compreendidos entre o afastamento superior e inferior. Por convenção, as tolerâncias que estão sobre a linha zero são positivas (+) e as que estão sob tal linha são negativas (-). 24 3. TERMINOLOGIA 4. EXERCÍCIOS 1. Por que utilizar uma terminologia específica para a metrologia? 2. Cite 3 situações onde você acredita que o uso de termos técnicossão importantes. 3. Quais as vantagens e desvantagens em utilizar a terminologia correta dos sistemas dimensionais? 4. O desvio padrão pode determinar a qualidade de um componente? Por quê? 25 5. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Básica: • BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, V J. Instrumentação e Fundamentos de Medidas, V 2. LTC, 2007. • BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, V J. Instrumentação e Fundamentos de Medidas, V 1. LTC, 2006. • FIALHO, A. B. Instrumentação industrial. Érica, 2007. 26 5. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Complementar: • FARAGO F.T. Handbook of dimensional measurement. Industrial Press, 1994. • SIGHIERI, L.; NISHINARI, A. Controle Automático de processos industriais. Edgard Blucher, 1997. 27 28
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