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Sistem� Nerv�� ⇨ Característica� Gerai�: ■ O tecido nervoso encontra-se distribuído pelo organismo interligando-se de modo a formar uma rede de comunicações. ■ Para que serve o sistema nervoso: relacionar o animal com o ambiente isto é, permitir com que o corpo reaja a modificações contínuas do ambiente interno e externo. Capacidade de influenciar as funções comportamentais e motoras através do processamento dos estímulos sensoriais e transmissão dos impulsos elétricos. ■ Funções do sistema nervoso: ○ Função sensorial: receber informações do meio interno e externo. ○ Função cognitiva: associar e interpretar informações diversas. ○ Função motora: ordenar ações e respostas. ○ Interação com o sistema endócrino: controle do meio interno devido a relação com o sistema endócrino. ○ Função cognitiva avançada: memória (armazenamento de informações) e aprendizado. ■ O Sistema Nervoso é anatomicamente subdividido em 2: 1) Sistema Nervoso Central ou Neuroeixo: constituído pela medula espinhal, constituintes neurais do sistema fotorreceptor e encéfalo. 2) Sistema Nervoso Periférico: constituído pelos nervos e gânglios nervosos. ■ Nervos: formados principalmente por prolongamentos dos neurônios (células nervosas) que estão situados no SNC ou nos gânglios. OBS: Substância Branca ➟ em cortes transversais, se localiza externamente. Onde estão situados os astrócitos fibrosos (prolongamentos menos numerosos, porém mais longos). Substância Cinzenta ➟ em cortes transversais, se localiza internamente e sob a forma da letra H. No centro H medular há um orifício denominado canal ependimário, canal central da medula revestido por células ependimárias. ■ O Sistema Nervoso é funcionalmente subdividido em 2: 1) Sistema Nervoso Somático (SNS) ou Divisão Somática do Sistema Nervoso (DSSN). 2) Sistema Nervoso Autônomo (SNA) ou Divisão Autônoma do Sistema Nervoso (DASN) ou Sistema Nervoso Visceral ou Sistema Nervoso Vegetativo. 2.1) Sistema Nervoso Simpático (SNAS): fuga, luta e estresse. 2.2) Sistema Nervoso Parassimpático (SNAP): conforto e tranquilidade 2.3) Sistema Nervoso Entérico (SNE): responsável pelo controle do trato gastrointestinal (TGI). ■ Colunas identificadas anatomicamente no corte transversal: 1. Coluna Posterior: onde situam-se os neurônios sensitivos. 2. Coluna Lateral: onde estão os neurônios motores viscerais simpáticos e parassimpáticos. 1 3. Coluna Anterior: onde estão os neurônios motores. ■ Camada de Sustentação dos Nervos: ➢ Epineuro: camada fibrosa de tecido conjuntivo denso mais externa. Reveste o nervo e preenche os espaços entre os feixes de fibras nervosas. ➢ Perineuro: bainha de várias camadas de células achatadas e justapostas que revestem os feixes de fibras nervosas. São unidas por junções oclusivas, formando uma barreira para passagem de muitas macromoléculas (mecanismo de defesa contra agentes agressivos). Dentro da bainha perineural é que estão os axônios, cada um envolvido pela Bainha de Schwann. ➢ Endoneuro: envoltório conjuntivo da Bainha de Schwann constituído por fibras reticulares sintetizadas pelas próprias células de Schwann. ■ Constituição Celular do Sistema Nervoso: ➔ Neurônios: células nervosas que costumam ter grandes prolongamentos. ➔ Neuroglia ou Células da Glia: sustentam os neurônios e participam de outras funções importantes. A neuroglia é cerca de 5X mais abundante que os neurônios, formada por células não neuronais, não excitáveis, que possuem papéis importantes no tecido nervoso de sustentação, isolamento e nutrição dos neurônios. ★ Microglias ➟ realizam a fagocitose de resíduos. ★ Oligodendrócitos ➟ fazem o isolamento elétrico dos axônios. ★ Astrócitos ➟ responsáveis pela nutrição e suporte (sustentação e proteção dos neurônios). ⇨ Sobr� � Neurôni�: ■ São células especializadas com longos prolongamentos. ■ Responsáveis pela recepção e retrotransmissão dos estímulos do meio (interno e externo) permitindo que o organismo execute as respostas adequadas para a manutenção da homeostase. ■ Metabolismo: depende exclusivamente da glicólise (metabolismo aeróbio: quebra da glicose em 2 moléculas de ácido pirúvico, gerando saldo de ATP). Em condições de falta de oxigênio, os neurônios do sistema nervoso central (SNC), que dependem exclusivamente do metabolismo aeróbico, acabam recorrendo pela glicólise anaeróbica (metabolismo anaeróbico) que produz grandes concentrações de ácido lático, podendo ocorrer a degeneração ácida das células nervosas (acidose), diminuindo a capacidade de regeneração do axônio. Exemplo em que isso ocorre são os casos de sequela por deficiência de oxigenação cerebral. ■ Propriedades Fundamentais: Excitabilidade (também chamada de irritabilidade ou responsividade): capacidade da célula de responder estímulos internos e externos; propriedade que torna a célula apta a responder estímulos. Condutibilidade: capacidade de emitir uma resposta para os estímulos elétricos que recebem, transmitindo o impulso nervoso (onda de excitação) por toda sua extensão neuronal em grande velocidade e num curto período de tempo. ■ Classificação Funcional dos Neurônios: A. Sensorial ou Via Aferente: recebe os estímulos sensoriais e propaga o potencial de ação para o Sistema Nervoso Central (SNC). B. Motor ou Via Eferente: propaga o potencial de ação a partir do sistema nervoso central (SNC: córtex motor, no 2 tronco cerebral ou na medula espinhal) para os órgãos efetores (glândulas endócrinas e exócrinas, fibras musculares lisas, esqueléticas e do miocárdio, e vasos sanguíneos). C. Interneurônios ou Neurônios de Associação: funcionam dentro do SNC, conectando um neurônio a outro de modo a formar uma rede de neurônios. ■ Classificação Morfológica dos Neurônios: 01. Neurônios Multipolares: apresentam múltiplos prolongamentos celulares (dendritos). Possuem 2 ou mais dendritos e 1 axônio, que pode ter 1 ou mais ramos colaterais. Possui ocorrência mais comum. Ex: neurônios motores que controlam os músculos esqueléticos (neurônios motores do sistema nervoso somático - SNS) e neurônios motores (que encaminham o PA para órgãos efetores) que formam o sistema nervoso autônomo (SNA). 02. Neurônios Bipolares: possuidores de 1 dendrito, 1 corpo celular e 1 axônio. Possui apenas um axônio e um dendrito. Pode ser encontrado na mucosa olfatória, na retina e nos gânglios coclear e vestibular. Ex: encontrado na mucosa olfatória, na retina e nos gânglios coclear e vestibular. 03. Neurônios Unipolares: possuem apenas 1 prolongamento que é o axônio. Somente possui o axônio. Ex: encontrados em neurônios sensitivos de tato e dor. 04. Neurônios Pseudo-unipolares: um único dendrito que encontra-se próximo ao corpo celular (pericário), no entanto, este prolongamento dendrito logo se divide em 2, dirigindo-se um ramo para a periferia e o outro para o sistema nervoso central. (1 dendrito que se bifurca). Ex: encontrado na mucosa olfatória, na retina e nos gânglios coclear e vestibular. 05. Neurônio sem axônio: não possui axônio, o único prolongamento são dendritos. 3 ■ Direção da propagação do impulso elétrico: Dendrito ➟ Corpo Celular (Pericário)➟ Axônio. ■ Comunicação interneuronal: comunicação entre os neurônios ocorre nas sinapses (ponto de contato) a partir de neurotransmissores (que são substâncias químicas) liberados ou secretados pelos neurônios (ficam armazenados em vesículas). Os neurotransmissores podem excitar ou inibir outro neurônio, dando continuidade ou interrompendo a cadeia de transmissão de impulsos elétricos. ■ Divididos em 3 partes: 1) Corpo Celular ou Soma ou Pericário: ➔ Onde está localizado o núcleo, que é grande, apresenta coloração clara e possui um nucléolo bem visível. ➔ Contém Corpúsculos de Nissl (Grânulos de Nissl ou Substância Cromófila) que são acumulações basófilas, que se encontram no citoplasma de células nervosas e possuem função de ampliar a superfície da célula e receber contatos sinápticos. ➔ É, principalmente, um centro trófico, mas também tem função receptora e integradora de estímulos, recebendo estímulosexcitatórios e inibitórios gerados em outras células nervosas. 2) Dendritos (canal de entrada): ➔ São prolongamentos dos neurônios que garantem a recepção dos estímulos e posterior condução do impulso nervoso em direção ao corpo celular. ➔ Os dendritos mais grossos também apresentam Corpúsculos de Nissl. ➔ Aumentam bem a superfície celular, tornando possível receber e integrar os impulsos trazidos por numerosos axônios de outros neurônios. ➔ Os neurônios bipolares têm apenas 1 dendrito. ➔ Base dos dendritos (próximo ao pericário/corpo celular) não possuem aparelho de Golgi. 3) Axônios (canal de saída): ➔ São as terminações nervosas dos neurônios. ➔ Atuam como condutores dos impulsos nervosos: conduzem os impulsos nervosos que entram e saem do corpo celular, respectivamente. ➔ Podem apresentar ou não Bainha de Mielina, estrutura que propicia grande aumento da velocidade de condução do impulso. ➔ Os axônios pertencentes ao Sistema Nervoso Periférico (SNP) são envolvidos por células de Schwann, 4 responsáveis pela formação da Bainha de Mielina (invólucro lipídico que atua como isolante elétrico e facilita a transmissão dos impulsos nervosos, aumentando a velocidade dos mesmo). ➔ Os axônios periféricos (do SNP) possuem maior capacidade de regeneração que os axônios corticais (do SNC). ➔ A regeneração dos axônios ocorre de forma caudal (do corpo/soma em direção ao axônio). Na extremidade axônica existe uma secreção de fatores de crescimento (hormônios como o NCAM que é uma uma molécula glicoprotéica de adesão neuronal) que estimulam a diferenciação nessa região, partindo do corpo celular para a extremidade do axônio. ■ OBS: Neuroexcitotoxicidade: é a excitação exacerbada no crescimento do axônio que provoca, então, uma destruição dessa extremidade axônica. Isso acontece, nestes casos, devido a uma redução do PH na extremidade do axônio. ■ OBS: a Bainha de Mielina é produzida no sistema nervoso central (SNC) pelos oligodendrócitos e no sistema nervoso periférico (SNP) pelas células de Schwann. ■ OBS: Entre uma célula de Schwann e outra (célula que produz Bainha de Mielina no SNP - Sistema Nervoso Periférico), existe uma região de descontinuidade da bainha que acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada Nódulo de Ranvier. ■ OBS: Os axônios pode ser mielinizados (conter a Bainha de Mielina que protege e isola os axônios, além de aumentar a velocidade de propagação do impulso) ou podem ser amielinizados (isto é, não terem a Bainha de Mielina). 5 ■ OBS: região da Bainha de Mielina que contém o citoplasma + o núcleo da célula de Schwann = Neurilema. ⇨ Célula� d� Gli�: ■ Existem várias células que constituem a neuroglia, e cada uma delas desempenham um papel de suma importância no sistema nervoso. ■ Neuroglia no Sistema Nervoso Central: oligodendroglia, astrócitos, células ependimárias e microglias (células pequenas da glia). ■ Neuroglia no Sistema Nervoso Periférico: inclui células satélite ao redor dos neurônios dos gânglios espinhais (raiz posterior) e autônomos, e células de Schwann, no neurilema. ■ Tipos de Células da Glia: 1) Astrócitos: ➔ Entre as células da glia, os astrócitos são os que possuem maiores dimensões. ➔ Constituem o SNC. ➔ Os astrócitos são responsáveis pela nutrição, sustentação e proteção dos neurônios (suporte), além de estabelecerem as ligações dos neurônios com os capilares sanguíneos e com a pìa-mater. ➔ Existem 2 tipos de astrócitos: A. Astrócitos Protoplasmáticos ➟ são predominantes na substância cinzenta (áreas do SNC que se caracterizam por conter corpos celulares dos neurônios). B. Astrócitos Fibrosos ➟ são predominantes na substância branca do sistema nervoso central (SNC). A substância branca é caracterizada pela presença de tratos de fibras interconectantes e ausência de corpos celulares (soma ou pericário) dos neurônios. ➔ Funções dos Astrócitos: ★ Preenchimento dos espaços entre os neurônios (espaços interneuronais). ★ Regulação da concentração de diversas substâncias com potencial para intervir nas funções neuronais normais. Ex: alterar as concentrações extracelulares de potássio. ★ Regulação dos neurotransmissores (capazes de restringir a difusão de neurotransmissores liberados e possuem proteínas especiais em suas membranas que removem os neurotransmissores das fendas sináptica. ★ Regulação da composição extracelular do fluido cerebral. ★ Promovem tight junctions para formar a barreira hemato-encefálica (BHE): sua membrana emite pseudópodes (expansão do protoplasma que é parte da parede celular, por isso o nome astrócitos protoplasmáticos) que revestem o capilar sanguíneo, associando as membranas endoteliais e dos astrócitos, determinando a BHE, criando uma resistência para 6 penetração de substâncias tóxicas através do parênquima cerebral. Quanto mais hidrofóbica (mais lipídica e menos polar) for a substância que alcança a circulação cerebral, mais fácil será sua difusão através da barreira hemato-encefálica. 2) Células Ependimárias (Epidermoides): ➔ A denominação ependimária por lembrarem células epiteliais. ➔ Localização: margeiam os ventrículos cerebrais, o canal central da medula espinhal e ajudam a formar o plexo corocóide. ➔ Função: contribuem para a formação do plexo coróide, que é uma estrutura responsável por secretar e produzir o líquor (LCR = líquido cefalorraquidiano; é incolor e estéril, encontrado no espaço subaracnóideo no cérebro e medula espinhal - entre as meninges aracnóide e pia-máter -). O líquor ou líquido cefalorraquidiano atua como um amortecedor protegendo as estruturas cerebrais e medulares; fornece nutrientes essenciais para o cérebro e possui importante função na remoção dos resíduos provenientes da atividade cerebral e no equilíbrio da pressão intracraniana. 3) Micróglia ou Microgliócitos: ➔ Menores células da neuroglia, mas são bastante ramificadas. ➔ Possuem poder fagocitário, isto é, desenvolvem no tecido nervoso um papel semelhante ao dos macrófagos de fagocitar restos celulares, células mortas, proteínas estranhas, calo ósseo, entre outros. 4) Oligodendrócitos ou Oligodendróglia: ➔ Responsáveis pela formação e manutenção das bainhas de mielina dos axônios dentro do Sistema Nervoso Central (SNC), função executada pelas células de Schwann no SNP. (Enquanto o oligodendrócito participa na mielinização de vários neurônios, as células de Schwann mieliniza apenas parte de um axônio. 5) Células de Schwann: ➔ Ficam em torno de uma porção dos axônios dos neurônios do Sistema Nervoso Periférico (SNP). ➔ As células de Schwann possuem função similar aos oligodendrócitos de produzir a bainha de mielina no SNP. 6) Células Satélites: ➔ Possuem a função de fornecer suporte estrutural e nutricional no Sistema Nervoso Periférico (SNP). ⇨ Sistem� Nerv�� Centra� o� Neuroe��: ● Anatomia do Sistema Nervoso Central: 💗 Encéfalo: ● Conjunto das estruturas do sistema nervoso localizados dentro da caixa craniana: de cérebro + tronco encefálico + cerebelo. ● Cérebro: constituído por telencéfalo + diencéfalo. 1) Telencéfalo: ○ Dividido em 2 hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos, que são constituídos por giros e sulcos que abrigam os centros motores, sensitivos e cognitivos. ○ Estruturalmente, é dividido em 3 porções: núcleos da base; sistema límbico e córtex cerebral. A. Núcleos da base: são conjuntos de corpos neuronais situados na base do telencéfalo. São responsáveis por mediar os sinais estimuladores oriundos do córtex e os sinais que retornam até ele, principalmente os sinais motores. B. Sistema Límbico: conjunto de estruturas telencefálicas que se relacionam à emoções, memórias e controle do sistema nervoso autônomo (SNA). C. Córtex Cerebral: conjunto de pericários (corpos de neurônios ou soma) que revestem a periferia de todo telencéfalo, distribuídos/ 7 dispostos em camadas ao longo do hemisfério direito (não verbal) e esquerdo (verbal). Dependendo da localização telencefálica desses neurônios corticais, são incumbidos pela motricidade, sensibilidade,linguagem (parte motora e compreensão - processamento dos códigos), memória, etc. Cada hemisfério é constituído de 5 lobos: Frontal, Parietal, Temporal, Occipital e Lobo da ínsula (divisão meramente anatômica, sem ligação com a funcionalidade). ○ Corpo Caloso ➟ estrutura fibrosa que estabelece comunicação entre os 2 hemisférios, conectando estruturas comparáveis de cada lado. Possibilita o processamento de estímulos recebidos em ambos hemisférios (direito e esquerdo) ou exclusivamente no hemisfério oposto. Além disso, auxilia na coordenação e harmonia entre os comandos motores advindos dos 2 hemisférios. ○ A organização contralateral dos hemisférios ➟ informação sensorial dos neurônios é enviada para hemisférios opostos, isto é, a maioria dos estímulos sensoriais chega ao córtex contralateral (hemisfério oposto) cruzando ao longo das vias ascendentes que os conduziu. Ex: Crossover Visual: campo visual esquerdo projeta-se no lobo occipital direito, enquanto que o campo visual direito se projeto do lobo occipital esquerdo. Áreas motoras: o hemisfério direito controla o lado esquerdo e o hemisfério esquerdo tem controle sobre o lado direito, isso devido a decussação das pirâmides, em que as fibras motoras oriundas do córtex motor de um lado cruzam para o lado oposto ao nível do bulbo. 2) Diencéfalo: situado na área de transição entre o telencéfalo e o tronco encefálico. O diencéfalo é subdividido em 4 partes: Hipotálamo, Epitálamo, Tálamo e Subtálamo. Todas as informações sensoriais, com exceção dos receptores de olfato, passam pelo tálamo (e metatálamo) antes de chegarem ao córtex cerebral. Abaixo estão descritas as características e funções de cada parte do diencéfalo: ○ Tálamo ➟ massa ovóide composta majoritariamente por substância cinzenta (mais corpos celulares dos neurônios) no diencéfalo. Ocupa a maior parte das paredes laterais do 3º ventrículo encefálico. Atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. ○ Hipotálamo ➟ constituído por substância cinzenta (corpos celulares dos neurônios). Principal centro integrador das atividades (sistema nervoso autônomo - SNA), sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Faz a ligação entre o sistema nervoso/límbico e o sistema endócrino/visceral, realizando a ativação de diversas glândulas endócrinas. Capaz de estimular e inibir as ações do eixo hipofisário (relaciona-se com a adenohipófise + neurohipófise), ○ Epitálamo ➟ constitui a parede posterior do 3º ventrículo. É onde está localizado a glândula pineal, uma glândula endócrina, sensível a luz e que libera na corrente sanguínea a serotonina e a melatonina, o primeiro um neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar e a segundo um hormônio responsável pela indução e qualidade de sono. 8 ● Tronco encefálico: localizado entre a medula espinhal e o diencéfalo, posicionando-se ventralmente ao cerebelo. É subdividido em Bulbo, Ponte e Mesencéfalo. Possui 3 funções gerais e uma complementar: 1. Recebe informações sensoriais de estruturas cranianas e controla a maioria das funções motoras e viscerais referentes a estruturas da cabeça. 2. Tem circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e vice-versa (do encéfalo para medula), lembrando que o lado direito do cérebro controla o lado esquerdo assim como o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo. 3. Regula a atenção que é mediada pela formação reticular da parte central do tronco encefálico (formação reticular trata-se de uma agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas). 4. As várias divisões (bulbo, ponte e mesencéfalo) do tronco encefálico desempenham funções motoras e sensitivas específicas. 4.1 BULBO ➟ possui forma de cone. Estrutura onde situa-se o centro respiratório, importante para a regulação da frequência respiratória; o centro vasomotor, essencial para o controle da frequência cardíaca; e o centro do vômito, que controla o ato de vomitar. 4.2 PONTE ➟ localizada entre o mesencéfalo e o bulbo. Transmite impulsos nervosos para o cerebelo, serve de passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula espinhal e ainda participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no controle da respiração. 4.3 MESENCÉFALO ➟ situado entre a ponte e o cerebelo. É responsável pelas funções da visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo. ● Cerebelo: situado posteriormente ao tronco encefálico e inferiormente ao lobo occipital. Trata-se de um centro responsável pelo controle e aprimoramento (coordenação) dos movimentos planejados e iniciados pelo córtex motor (o cerebelo estabelece inúmeras conexões com o córtex motor e com a medula espinhal). Desse modo, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular e, sobretudo, coordenação motora. Estruturalmente de maneira fundamental, o cerebelo é constituído por núcleos cerebelares profundos e córtex cerebelar. 💗 Medula Espinhal: ● Porção alongada do SNC. ● Estabelece maiores relações entre o SNC e o SNP. ● Aloja-se no interior da coluna vertebral, ao longo do canal vertebral, dispondo-se no eixo crânio-caudal. 9 ● Início: no forame magno. ● Fim: entre a L1 e L2 (na altura da 1º e 2º vértebra lombar do adulto). ● Possui entre 44-46 cm de comprimento. ● Possui 2 intumescências: uma cervical e outra lombar, que marcam a localização de 2 grandes plexos nervosos: plexo nervoso braquial e plexo nervoso lombossacral (estes constituem o sistema nervoso periférico). ⇨ Sistem� Nerv�� Periféric�: ■ Composto por estruturas localizadas fora do neuroeixo. ■ Representado pelos: Nervos; Plexos nervosos (conjunto de nervos); Gânglios nervosos (conjunto de corpos celulares dos neurônios fora do sistema nervoso central). ■ Nervos Cranianos e Nervos Espinhais (que consistem em feixes de fibras nervosas ou axônios) conduzem as informações que partem ou chegam do sistema nervoso central. ■ Os nervos são revestidos por capaz fibrosas que lhe servem de proteção, entretanto, à medida que cursam para diferentes partes do corpo, são relativamente desprotegidos e tornam-se mais suscetíveis a lesões (traumatismos), trazendo déficits motores/ sensitivos para grupos musculares/porções de pele específicos. ■ Nervo: cordão formado por conglomerados de axônios, que, ao longo do seu trajeto, podem projetar vários axônios que chegarão até às estruturas a serem inverdadas (placa motora ou terminal sensitivo). ■ Características das estruturas que formam o SNP: 💗 Gânglios Nervosos: ● São aglomerados de corpos celulares de neurônios que situam-se fora do sistema nervoso central (se este aglomerado encontra-se dentro do SNC é chamado de núcleo de base). ● São divididos em 2: 10 A) Gânglios Sensoriais dos Nervos Espinhais e dos Nervos Cranianos (V, VII, VIII, IX e X). B) Gânglios Autonômicos (situados ao longo das fibras nervosas eferentes do SNA). 💗 Nervos Espinhais: ● Sulco Lateral Posterior + Sulco Lateral Anterior: onde existem conexões de pequenos filamentos radiculares. ● Filamentos Radiculares: se unem para formar as Raízes Ventral e Dorsal dos nervos espinhais. ● Raiz Ventral + Raiz Dorsal: unem-se e formam os nervos espinhais. ● A Medula Espinhal é dividida em segmentos. ● Função: os nervos espinhais são importantes para conectar o SNC à periferia do corpo. ● Os nervos espinhais são assim chamados por se relacionarem com a medula espinhal de modo a formar uma ponte de conexão entre o SNC e o SNP. ● Existem 31 pares de nervos espinhais que correspondem a 31 segmentos medulares. ● Pares de Nervos Espinhais: 1. Cervicais: 8 (apesar de termos 8 nervos cervicais, possuímos apenas 7 vértebras cervicais, pois o primeiro par de nervo cervical origina-se entre o osso occipital e a 1ª vértebra cervical). 2. Torácicos: 12. 3. Lombares: 5. 4. Sacrais: 5. 5. Coccígeo: 1. OBS: se forem considerados 2 pares de nervos coccígeos vestigiais, serão 33 pares de nervosespinhais no total. 💗 Nervos Cranianos: o corpo humano tem 12 nervos cranianos que desempenham funções neurológicas diversificadas. Em resumo, são eles; I. Nervo Olfatório: origina-se no teto da cavidade nasal, traz estímulos olfatórios para o bulbo olfatório e trato olfatório. II. Nervo Óptico: originado a partir dos axônios das células ganglionares situadas na camada mais interna da retina. Esses axônios seguem para a parte posterior do globo ocular, levando impulsos relacionados à visão até o corpo geniculado lateral e daí, até o lobo occipital. III. Nervo Oculomotor: inerva a maioria dos músculos extrínsecos do olho (Mm.oblíquo inferior, reto medial, reto superior, reto inferior e levantador da pálpebra) e intrínsecos do olho (M.ciliar e esfíncter da pupila). Paralisia do III par leva a imobilidade da pálpebra, que cai sobre o olho, além de pode causar outras disfuncionalidades ligadas à motricidade ocular, como o estrabismo divergente (olho voltado lateralmente). IV. Nervo Troclear: inerva o músculo oblíquo superior dos olhos que põe os olhos para baixo e para dentro ao mesmo tempo, como no olhar feito quando se desce uma escada. É o único par de nervos cranianos que se origina na porção dorsal do tronco encefálico (logo abaixo dos colículos inferiores). Suas fibras se originam no seu núcleo ao nível do colículo inferior do mesencéfalo, cruzam o plano mediano ainda no mesencéfalo e partem para inervar os Mm.oblíquos superiores do olho, sendo do lado oposto em relação à sua origem. V. Nervo Trigêmeo: grande função sensitiva (através de seus componentes oftálmico, maxilar e mandibular) e motora (inervação dos músculos da mastigação por ação do nervo mandibular). É responsável, ainda, pela inervação exteroceptiva da língua (térmica e dolorosa) e proprioceptiva. VI. Nervo Abducente: inerva o músculo reto lateral do olho, capaz de abduzir o olho (olhar para o lado, o que explica o seu nome). Paralisia no nervo abducente 11 pode causar estrabismo convergente (olhar voltado medialmente). VII. Nervo Facial: inerva todos os músculos mímicos da face. A paralisia de um nervo facial traz paralisia para todos os músculos da face do mesmo olho, tornando incapaz o fechamento do olho deste lado, predominando a ação dos músculos com inervação normal, puxando-os anormalmente. O nervo intermédio, componente do próprio nervo facial, é responsável por inervar as glândulas submandibular, sublingual e lacrimal, além de inervar a sensibilidade gustativa dos ⅔ anteriores da língua. VIII. Nervo Vestibulococlear: sua porção coclear traz impulsos gerados na cóclea (relacionados com a audição); enquanto que sua porção vestibular traz impulsos gerados nos canais semicirculares do órgão vestibular (relacionados com o equilíbrio). IX. Nervo Glossofaríngeo: responsável por inervar a glândula parótida, além de fornecer sensibilidade gustativa ao ⅓ posterior da língua. Realiza, também, a motricidade dos músculos da deglutição. X. Nervo Vago: maior nervo do corpo. Tem origem no sulco lateral posterior do bulbo e se estende até o abdome. Relacionado com a inervação de quase todos os órgãos torácicos e abdominais. Traz fibras aferentes do pavilhão auricular e do canal auditivo externo. Durante o trajeto do nervo vago, ele inerva a faringe, laringe, coração e outros órgãos, sendo através dele que o cérebro percebe como estão esses órgãos e regulariza diversas de suas funções. XI. Nervo Acessório: inerva os músculos esternocleidomastoideo e trapézio. Também é importante devido suas conexões com núcleos dos nervos oculomotor e vestíbulo-coclear, através do fascículo longitudinal medial (apenas seu componente espinhal faz essa ligação), o que garante um equilíbrio do movimento dos olhos em relação à cabeça. O componente bulbar do nervo acessório converge em direção ao nervo vago, com o qual se une, formando em seguida o nervo laríngeo recorrente. XII. Nervo Hipoglosso: inerva os músculos da língua. ⇨ Sistem� Nerv�� Somátic�: ■ É de controle voluntário, ou seja, depende da vontade do indivíduo de realizar as ações pela qual é responsável. ■ Controle voluntário sobre: ➢ Músculos Estriados Esqueléticos; ➢ Modalidades Sensitivas Elementares e facilmente interpretadas (conduzidas por fibras aferentes somáticas, levando estímulos relacionados com tato, pressão, dor, temperatura, etc). ■ Necessita da conexão entre o SNP ao SNC, mediada por neurônios motores (eferentes), neurônios sensitivos (aferentes( e nervos mistos. ■ Estruturas da parte funcional somática do sistema nervoso: Estruturas Centrais ❖ Córtex motor primário; ❖ Córtex motor secundário; ❖ Núcleos da Base; ❖ Cerebelo; ❖ Córtex somatossensorial, primário e secundário; ❖ Tálamo; ❖ etc... Estruturas Periféricas ❖ Parte motora e sensitiva dos principais nervos do corpo, principalmente dos destaques dos plexos braquial e lombossacral, além dos nervos cranianos que conduzem fibras somáticas. ⇨ Sistem� Nerv�� Autônom�: ■ É de controle involuntário, isto é, as ações cuja responsabilidade pertence a esse sistema ocorrem de forma 12 independente da vontade do indivíduo, de forma autônoma, sem que tenhamos controle sobre elas. ■ Inerva as estruturas involuntárias. ■ Controle da vida vegetativa: controla funções como a respiração, circulação sanguínea, manutenção da temperatura, digestão, entre outras. ■ Assim como o sistema nervoso somático, necessita da conexão entre o SNP ao SNC, mediada por neurônios motores (eferentes), neurônios sensitivos (aferentes( e nervos mistos. ■ Distribuído por toda a parte do sistema nervoso central (hipotálamo, sistema límbico, formação reticular, núcleos viscerais dos nervos cranianos) e periférico (nervos cranianos com fibras eferentes, e aferentes viscerais e nervos distribuídos ao longo do corpo e vísceras, principalmentes aqueles oriundos de plexos viscerais). ■ O SNA é subdividido em 2 partes que possuem fibras nervosas aferentes e eferentes: 1) Sistema Nervoso Autônomo Simpático; 2) Sistema N. Autônomo Parassimpático; 3) Sistema Nervoso Entérico. ■ Divisão do SNA: 💗 Sistema Nervoso Autonômico Simpático: ○ Função: prepara o corpo para situações de estresse e emergência (luta e fuga). OBS: Sistema Nervoso Simpático (❌💢 Stress): Sistema Torácico Lombar (Coluna Vertebral); gânglios distantes aos tecidos alvos. ○ Essa preparação é mediada através da liberação de neurotransmissores adrenérgicos, como a adrenalina e noradrenalina (ou epinefrina e norepinefrina). ○ As ramificações do sistema nervoso autonômico simpático saem da medula espinhal, mais especificamente da região T1 até L2. ○ Fibras pré-ganglionares: passam para a cadeia através do ramo comunicante branco. ○ Fibras pós-ganglionares: passam para a cadeia através do ramo comunicante cinzento. ○ Cadeias de gânglios simpáticos: ➢ Gânglio Paravertebral = Tronco Simpático; ➢ Gânglio Pré-vertebral; ➢ Nervos Esplênicos (maior, menor, torácico, imo e lombar); ➢ Gânglios celíacos; ➢ Gânglio Mesentérico Superior; ➢ Gânglio Mesentérico Inferior; ➢ Gânglios Aórticos Renais. ○ O fluxo é segmentado: cadeia simpática paravertebral (bilateral) e efluxo segmentar. ○ Os axônios pré-ganglionares simpáticos têm sua origem do SNC à níveis torácicos lombares da medula espinhal. ○ Secreção de Neurotransmissores: ➢ Neurônios Pré Ganglionares Simpáticos: são colinérgicos, secretam acetilcolina. ➢ Neurônios Pós Ganglionares Simpáticos: são adrenérgicos, secretam noradrenalina. 13 ○ Efeitos da Adrenalina e Noradrenalina: ➔ Aumento da pressão arterial a partir do estímulo à vasoconstrição; ➔ Aumento da frequência e da contratilidade cardíacas: aumento do trabalho e da potência do músculo cardíaco (ritmo cardíaco acelerado); ➔ Inibição da digestão: estagnação da atividade digestiva no estômago, que diminui a motilidade e secreção, e no fígado, que reduz a secreção de bile; ➔ Midríase: dilatação da pupila; ➔ Secreção de muco e enzimas pelas glândulas salivares (inibe salivação). ➔ Relaxamento das vias aéreas (pulmões precisam se expandir e receber mais ar). ➔Estimula a liberação de glicose pelo fígado. ➔ Incita a secreção de adrenalina e noradrenalina pelos rins. ➔ Redução da secreção de enzimas e de insulina pelo pâncreas. ➔ Diminuição da digestão intestinal, reduzindo a motilidade e secreção. ➔ Aumento da secreção de renina pelos rins: ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona que resultará na vasoconstrição e consequente aumento da PA. ➔ Na medula da glândula da supra renal, estimula a secreção de catecolaminas. ➔ Relaxamento da bexiga urinária (enchimento de urina); ➔ Indução da ejaculação peniana; ➔ Estimulação da contração uterina. ➔ Contrai o reto (inibe a defecação). ○ Explicando a Taquicardia: a abertura dos canais de cálcio têm efeito no músculo cardíaco, aumentando a frequência cardíaca. Ocorre o aumento do influxo de sódio e cálcio, aumentando a velocidade de despolarização e consequentemente a velocidade da passagem do potencial de ação. Ex: o neurotransmissor adrenalina é liberado pela medula da supra renal ➟ adrenalina liga-se ao receptor β1 acoplado à proteína Gs ➟ Ativa outras proteínas e Liga à proteína Pq ➟ Proteína Pq atua provocando a abertura dos canais de cálcio ➟ Abertura dos canais de cálcio provoca o aumento da frequência cardíaca já que este íon estimula a vasoconstrição. ○ Pode acontecer de haver dois estímulos diferentes e antagônicos, um do sistema simpático e outro do sistema parassimpático, atuando através de um neurotransmissor comum, como a adrenalina, sobre um mesmo órgão/tecido alvo. Entretanto, o que vai determinar a resposta da ação 14 é a ativação do receptor da membrana a partir da quantidade de neurotransmissores transmitidas e da afinidade desse receptor. Isto é, se há um estímulo simultâneo dos sistemas simpáticos e parassimpáticos, o que vai definir qual dos 2 promoverá a ação é quantidade de neurotransmissores que cada qual mandou e se corresponde com a afinidade do receptor. Ex: o receptor na membrana celular possui afinidade maior com a adrenalina, então, o sistema que enviou maior quantidade de adrenalina é quem vai ativar o receptor e gerar a ação do estímulo enviada. Lembrando que a adrenalina pode gerar a vasoconstrição se ligada ao receptor ∝, ou gerar vasodilatação se ligada ao receptor β2. ○ Síntese, Liberação e Recaptação da Adrenalina e Noradrenalina (Epinefrinas e Norepinefrina = Catecolaminas: Tirosina ➟ Diidroxifenilalanina (L-DOPA) ➟ Dopamina ➟ Dopamina entra na vesícula através do Transportador Vesicular de Monoamina (VMAT), e a dopamina só consegue entrar nessa vesícula por ser uma monoamina ➟ na vesícula a dopamina sofre ação da 15 dopamina beta-hidroxilase (DBH = β-hidroxilase) se transformando em noradrenalina (um neurotransmissor também conhecido como norepinefrina) ➟ noradrenalina é liberada na fenda sináptica do neurônio pós ganglionar simpático ➟ noradrenalina faz sinapse com receptores adrenérgicos pós-sinápticos localizados na célula alvo que podem ser β1, β2 ou ∝1➟ a quantidade de noradrenalina liberada irá definir qual receptor será ativado, já que cada um deles possui uma afinidade diferente à esse neurotransmissor (∝1 grande afinidade à noradrenalina, β1 possui mes afinidade entre adrenalina e noradrenalina, β2 maior afinidade pela adrenalina do que pela noradrenalina). ★ Receptor ∝1: maior afinidade à noradrenalina, em relação a adrenalina. ★ Receptor β1: mesma afinidade (igual) entre a adrenalina e noradrenalina. ★ Receptor β2: maior afinidade à adrenalina, em relação a noradrenalina. ○ Receptores Metabotrópicos Adrenérgicos: Receptor adrenérgico ∝1 (músculo liso + vaso-contração): esse receptor quando ativado, acopla-se preferencialmente à proteína Gq. A proteína Gq ativa o mensageiro DAG que, por consequência, transmite o sinal para IP3 (transdutor de sinal) que provoca a abertura dos canais de cálcio, aumentando a concentração de íons Ca + intracelular (⬆ Ca+). O efeito excitatório gerado é de vasoconstrição, relaxamento do trato gastrointestinal (musculatura lisa), aumento da produção da secreção salivar e aumento da glicogenólise (degradação de glicogênio em glicose = intuito de obter energia). Receptor adrenérgico ∝2 (atua sobre TGI - trato gastrointestinal - e pâncreas; provoca a diminuição da liberação de Noradrenalina - NOR): esse receptor, quando ativado (pelo neurotransmissor noradrenalina), acopla-se preferencialmente à proteína Gi. A proteína Gi inativa a enzima adenilatociclase (inibição), diminuindo, por consequência, a concentração de AMP cíclico, e provoca a abertura de canais de potássio (K+), fazendo com que haja a entrada de íons potássio no meio intracelular. A consequência disso é inibição dos neurotransmissores noradrenalina (NA ou NOR) e acetilcolina (Ach), inibição da insulina pancreática e indução da liberação de glucagon do pâncreas; contração dos esfíncteres no trato gastrointestinal; vasoconstrição (aumento PA). Receptores adrenérgicos β1, β2 ou β3: todos esses são receptores pós-sinápticos da adrenalina e da noradrenalina. Quando ativados, acoplam-se à proteína Gs. A proteína Gs provoca o aumento da concentração de AMP cíclico. Os efeitos que cada qual geram estão descritos abaixo: 1. β1 - Coração e rins: efeitos cardíacos positivos, secreção de renina, ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Lembrando que o sistema renina angiotensina-aldosterona envolve a atuação do rim (liberação de renina), do fígado (liberação da angiotensina) e da adrenal aldosterona (liberação da aldosterona) . 16 https://pt.wikipedia.org/wiki/Adenilato_ciclase https://pt.wikipedia.org/wiki/Renina 2. β2 - Músculo liso - relaxamento, musculatura lisa bronquial, uterina e vascular: relaxamento do útero; vasodilatação (vasos sanguíneos do músculo esquelético); relaxamento da musculatura lisa vascular; tremores musculares; broncodilatação; liberação de insulina (estimula células beta do pâncreas). 3. β3 - Tecido Adiposo e Musculatura Esquelética: estimula a queima gordura (Lipólise); aumenta temperatura em músculos esqueléticos (termogênese de gordura parda e branca); relaxa a bexiga (propicia o seu enchimento); no coração normal diminui a contratilidade do coração (inotropismo negativo moderado), mas em pessoas com insuficiência cardíaca crônica protege o coração contra remodelamento (hipertrofia) e arritmia. Os receptores beta 3 são resistentes à dessensibilização, permitindo uso prolongado com cardioprotector. 💗 Sistema Nervoso Parassimpático: ○ Prepara o corpo para o repouso e digestão, isto é, para momentos cômodos, de tranquilidade e relaxamento. Acomoda o corpo para manter e conservar energia metabólica. OBS: Sistema Nervoso Parassimpático (✅😀 Relax): Sistema Cérebro Sacral. (Origem no tronco encefálico ou na região sacral da medula espinhal); gânglios próximos aos tecidos alvos. ○ Os axônios pré-ganglionares parassimpáticos têm sua origem do SNC à níveis sacral da medula espinhal e tronco encefálico. ○ Secreção de Neurotransmissores: ➢ Neurônios Pré Ganglionares Parassimpáticos: são colinérgicos, secretam acetilcolina. ➢ Neurônios Pós Ganglionares Parassimpáticos: são colinérgicos, secretam acetilcolina. ○ Efeitos da Acetilcolina: ➔ Nos olhos, a acetilcolina provoca a miose (constrição pupilar, ou seja, diminuição). ➔ Excita a secreção aquosa pelas glândulas salivares (estimula a salivação). ➔ No coração, reduz a frequência cardíaca (desacelera os batimentos). ➔ Nos pulmões, provoca a constrição das vias aéreas. ➔ No fígado, aumenta a secreção de bile através do estímulo à vesícula biliar, estimulando a digestão. ➔ No estômago, estimula a digestão, aumentando a motilidade e secreção gástrica. 17 https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%9Atero https://pt.wikipedia.org/wiki/Lip%C3%B3lise https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Termog%C3%AAnese&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gordura_parda&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Inotropismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Arritmia ➔ No intestino, estimula a digestão, aumentando a motilidade e secreção. ➔ No pâncreas,incita a digestão promovendo a liberação de enzimas e da insulina. ➔ Na bexiga urinária, provoca a contração e consequente liberação de urina (estimula a micção). ➔ No pênis e testículo, induz a ereção. ➔ No útero, promove o ingurgitamento e secreções. ➔ Relaxa o reto, incitando a defecação. ○ Explicando a Bradicardia (redução da frequência cardíaca): a abertura dos canais de potássio por um maior período de tempo favorece a bradicardia, pois ocorre uma hiperpolarização da célula, condição em que não ocorre a passagem do potencial de ação (provoca um atraso do impulso elétrico). Ocorre o aumento da saída de potássio (maior efluxo de K+) e a redução da entrada de cálcio (diminuição do influxo de Ca+), provocando a hiperpolarização das células e consequente diminuição da taxa de despolarização, dificultando a passagem do potencial de ação. Redução da concentração de íons cálcio estimula o relaxamento dos vasos (vasodilatação). ○ Ação dos Receptores Nicotínicos: são receptores ionotrópicos, ou seja, estão acoplados a canais iônicos e, ao serem ativados, promovem sua abertura. Existem 2 tipos: N1: estão localizados nos gânglios autônomos, que podem levar estímulo à medula adrenal, promovendo a liberação de catecolaminas. N2: estão localizados na placa motora, e, ao serem ativados, pela Ach (acetilcolina) promovem contração muscular. ○ Ação dos Receptores Metabotrópicos Colinérgicos Muscarínicos (colinérgicos = sensíveis à acetilcolina): M1 (entérico neuronal), M3 (glandular, vascular), M5 (SNC): proteína Gq ativa o Ip3 e DAG (diaglicerol), que são responsáveis por aumentar a concentração dos íons cálcio dentro da célula e ativar outras proteínas intracelulares. As respostas geradas após a ativação desses receptores são de excitação e podem ser eles: excitação do sistema nervoso central, aumento da secreção gástrica (HCl), contração da musculatura lisa visceral, vasodilatação (via NO = aumento do fluxo de óxido nítrico para a musculatura lisa vascular provoca maior relaxamento celular e maior vasodilatação). M2 (cardíaco), M4 (SNC): os receptores muscarínicos M2 e M4, quando ativados, acoplam-se preferencialmente à proteína G inibitória (proteína Gi) que inibe a atividade da adenilciclase e reduz os níveis intracelulares de AMP cíclico. A ativação desses receptores também está associada à inibição de canais de Ca2+ voltagem dependente e à ativação de canais retificadores de K+ através da estimulação da proteína Gi. Ou seja, ocorre o fechamento dos canais de cálcio e o aumento da contundência de K + (potássio). As respostas geradas após a ativação desses receptores são inibitórias: inibição cardíaca (reduz a força de contração e também a frequência de batimentos cardíacos), inibição neuronal, inibição pré-sináptica. 💗 Sistema Nervoso Entérico: ○ Conhecido como 2º cérebro (grande quantidade e concentração de neurônios). ○ Responsável pelo controle do trato gastrointestinal (TGI): área de contato 18 https://blog.jaleko.com.br/adrenalina-e-noradrenalina-as-catecolaminas-endogenas-e-sua-acao-simpatica/?utm_source=blog&utm_medium=referral&utm_campaign=sistema-nervoso-parassimpatico-a-atuacao-da-acetilcolina https://blog.jaleko.com.br/como-funciona-a-contracao-muscular/?utm_source=blog&utm_medium=referral&utm_campaign=sistema-nervoso-parassimpatico-a-atuacao-da-acetilcolina https://blog.jaleko.com.br/como-funciona-a-contracao-muscular/?utm_source=blog&utm_medium=referral&utm_campaign=sistema-nervoso-parassimpatico-a-atuacao-da-acetilcolina com o ambiente = resposta a estímulos ambientais para controle homeostático. ○ Neurônios interconectados desde o esôfago até o ânus, pâncreas e vesícula biliar. ○ Origem: os gânglios e neurônios do sistema entérico surgiram a partir das cristas neurais. As células do sistema nervoso entérico são provenientes da Crista Neural Vagal (somitos 1-7) e Sacral (posterior ao somito 28). ○ Funções/Controle do SNE: ❖ Motilidade gastrointestinal; ❖ Secreção; ❖ Absorção de nutrientes; ❖ Fluxo sanguíneo (direcionamento/ concentração); ❖ Processos inflamatórios. ○ A atividade do sistema nervoso entérico é independente do sistema nervoso central: controle predominante do SNE. ○ Apesar da independência, o sistema nervoso entérico (SNE) é MODULADO pelo sistema nervoso central (SNC). O sistema nervoso entérico possui inervações do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático (SNAS-P) e neurônios sensoriais. ○ Existem fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas conectadas ao plexo mioentérico e submucoso do sistema entérico. Por isso, os estímulos simpáticos e parassimpáticos intensificam muito ou inibem as funções gastrointestinais. ○ Ação do Parassimpático (SNAP): fibras partem da região crânio-sacral e como sua ativação acomoda o corpo para repouso, estimula o aumento do processo digestivo (secreção e motilidade). O Sistema Parassimpático atua através da liberação do neurotransmissor Acetilcolina (Ach) pelos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos, que aumenta a atividade gastrointestinal. ○ Ação do Simpático (SNAS): fibras partem da região toracolombar e como sua ativação prepara o corpo para situações de luta ou fuga, inibe/reduz o processo digestivo, isto é, diminui a secreção e a motilidade. O Sistema Simpático atua através da liberação do neurotransmissor adrenérgico Noradrenalina (NOR, norepinefrina) pelos neurônios pós-ganglionares simpáticos, que inibe a atividade gastrointestinal. ○ Os Plexos Nervosos Entéricos: 1. Plexo Mioentérico (externo): ➢ Localizado entre as camadas muscular longitudinal externa e muscular circular interna. ➢ Plexo de Auerbach. ➢ Disposto do esôfago até o reto. ➢ Controla a camada muscular: controle sobre os padrões de movimentos do TGI (movimentos segmentares e peristalse). ➢ Quando estimulado: ★ Aumenta o tônus da parede intestinal; ★ Aumenta a intensidade das contrações musculares rítmicas provocando o movimento mais acelerado das ondas peristálticas intestinais. 2. Plexo Submucoso (interno): ➢ Situado na camada submucosa; ➢ Plexo de Meissner. ➢ Predomina nos intestinos delgado e grosso. ➢ Controla, basicamente, a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo da mucosa intestinal. ○ Movimentos Segmentares: contrações segmentares, responsável pela mistura do conteúdo. 19 ○ Complexo Motor Migratório (CMM): refere-se à peristalse, responsável por dar continuidade à condução do conteúdo, impulsionando-o à adiante. ○ Células do SNE: A. Neurônios: possuem morfologias e funções distintas. B. Células da glia entéricas: servem de neuroproteção contra danos teciduais; fazem comunicação com os neurônios e controle das funções neuronais (homeostase neuronal). ○ Ação dos Plexos Entéricos: ➔ Neurônios sensitivos monitoram a tensão na parede intestinal e a composição dos conteúdos intestinais. ➔ Esses neurônios sensitivos geram sinais aferentes para interneurônios dos gânglios entéricos. ➔ Esses sinais aferentes produzem sinais eferentes reguladores para os neurônios motores. ➔ Os neurônios motores conduzem os sinais eferentes para a musculatura lisa e glândulas do TGI. ○ Histologia do SNE - Arquitetura Básico do Sistema Digestório Infradiafragmático: A. Mucosa: epitélio de revestimento sobre lâmina de tecido conjuntivo frouxo; muscular da mucosa. B. Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado. C. Muscular: tecido muscular liso (circular interna e longitudinal externa). D. Serosa ou adventícia: epitélio pavimentoso simples (mesotélio) sobre lâmina de tecido conjuntivo (no esôfago, só na porção peritoneal). ○ Adaptações dos Intestinos: Constituído por pregas, vilosidades e microvilosidades da mucosa que ampliam a superfície de absorção (maior superfície de contato); Possuem glândulas epiteliais que secretam muco, importante para a movimentação do bolo alimentar; Apresenta uma camada muscular espessa que favorece os movimentos segmentares e peristálticos do bolo alimentar; No epitélio do intestino delgado há a produção de enzimas digestivas; Possuem placas de Peyer ( responsáveis pela produção deimunoglobulinas e de diversos anticorpos e células de defesa. ○ Plexo de Meissner (pertencente ao Plexo Submucoso e predominante nos intestinos: controle glandular (secreção) e contração do músculo submucoso (movimentos da mucosa). ○ Plexo de Auerbach (pertencente ao Plexo Mioentérico - entre as camadas musculares circular interna e longitudinal externa): controla o peristaltismo da camada muscular (mais externa). ⇨ A Bioquímic� n� Sistem� Nerv��: ■ Tanto o hipotálamo quanto o tronco encefálico são considerados centros de controle autonômicos homeostáticos. O 20 hipotálamo, além de ser responsável pela homeostase do organismo, atua no comportamento e no sistema límbico através de emoções e memórias. ■ Geralmente, as vertentes simpáticas e parassimpáticas possuem ações antagônicas, entretanto, em algumas situações ela podem atuar de forma sinérgicas, como é o caso da inervação autonômica peniana masculina (enquanto o SNA Simpático atua aumentando a irrigação para os corpos cavernosos, favorecendo o fluxo sanguíneo durante a ereção, enquanto o SNA Parassimpático atua controlando a contração muscular para a ejaculação do esperma). ■ O Sistema Nervoso Autônomo libera neurotransmissores que possuem receptores metabotrópicos (acoplados a proteína G) adrenérgicos e colinérgicos muscarínicos. ■ As catecolaminas são: 1. Adrenalina; 2. Noradrenalina; 3. Isoproterenol; 4. Dopamina; 5. Dobutamina. ■ Ação das principais catecolaminas sob receptores: A. Receptores α (alfa): Noradrenalina > adrenalina > isoprenalina (ou seja, mais sensíveis à Noradrenalina - esse hormônio predomina/ possui maior afeição a esse receptor). B. Receptores ɮ (beta): quanto maior a cadeia ligada ao N terminal, maior a ação agonista: Isoprenalina > adrenalina > noradrenalina (ou seja, mais sensíveis à isoprenalina e depois adrenalina - esses hormônios predominam/ têm maior afeição ao receptor beta). ⇨ Orige� d� Sistem� Nerv�� (Neurulaçã�): ■ Início: a neurulação se inicia na 3ª semana do desenvolvimento embrionário. ■ Origem: do ectoderma embrionário, do disco trilaminar. O sistema nervoso se localiza na região dorsal. Relembrando... Ectoderma: origina a epiderme, sistema nervoso central, sistema nervoso periférico, olhos, orelhas internas e muitos tecidos conjuntivos da cabeça. Mesoderma: origina músculos lisos viscerais e todos os músculos esqueléticos; células do sangue, da medula óssea e do revestimento dos vasos sanguíneos; revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo; ductos e órgãos do sistema reprodutor e excretor; maior parte do sistema cardiovascular. Tronco: todos os tecidos conjuntivos - cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, derme estroma dos órgãos internos. 21 Endoderma: origina epitélios dos tratos respiratório e gastrointestinal, incluindo as glândulas que se abrem no trato gastrointestinal e as células glandulares dos órgãos associados (fígado e pâncreas). ■ Neurulação: se refere à formação do tubo neural, que, posteriormente, dará origem ao sistema nervoso central (SNC). ■ Formação do tubo neural: 23º dia. ■ Processo de formação do tubo neural: espessamento do ectoderma acima da notocorda ➟ a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central➟ a depressão que se deriva dessa invaginação é chamada de sulco neural ➟ ao lado dessa depressão (sulco neural) será formada duas elevações, uma de cada lado, denominadas pregas neurais ➟ as duas pregas neurais irão crescer e se elevar cada vez mais, até se fundirem uma na outra ➟ fusão das pregas neurais ➟ formação de uma cavidade tubular, dá-se então a formação do tubo neural. No momento em que ocorre a elevação das pregas neurais para posterior fusão das mesmas, um grupo de células acaba indo junto com cada uma das pregas, esse aglomerado celular chamamos de células da crista neural. Células da crista neural ➟ as duas porções de células da crista neural também se fundem uma com a outra, simultaneamente e similarmente à fusão das pregas neurais ➟ encontro das células da crista neural rente ao ectoderma, acima do recém formado tubo neural ➟ formação da crista neural ➟ divisão da crista neural em duas partes ➟ as cristas neurais se dividem formando diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais ➟ gânglios espinhais vão se desenvolver e diferenciar em neurônios sensitivos e pseudo-unipolares (diferenciação dos gânglios espinhais do sistema nervoso autônomo - SNA) ➟ migração de várias células da crista neural para locais afastados onde darão origem à células que vão constituir o Sistema Nervoso Central (SNC). Estruturas/Elementos que vão se derivar da Crista Neural: ■ Gânglios Sensitivos; ■ Gânglios do Sistema Nervoso Autônomo; ■ Medula da glândula supra-renal; ■ Paragânglios ■ Melanócitos; ■ Células de Schwann; ■ Anfícitos e células C da tireóide. Formação e importância da crista neural: ■ A crista neural se separa em partes direita e esquerda, que migram para os aspectos dorsolaterais do tubo neural; na região dorsolateral do tubo neural são formados pelas células da crista neural os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais; ■ As células da crista neural contribuem para a formação de células pigmentares, células da medula da supra-renal (adrenal) e vários componentes musculares. ➔ Formação da placa neural: se dá pelo espessamento do ectoderma dorsal do embrião. ➔ Formação da goteira neural: se dá pelo aprofundamento da placa neural, isto é, pela invaginação do ectoderma. Essa goteira, posteriormente, se fecha formando o tubo neural. ➔ Formação do sulco neural: acontece ao longo do dorso da gástrula, o 22 ectoderma sofre uma depressão, formando uma espécie de canaleta. ➔ Formação do tubo neural: se dá pelo fechamento dos bordos da goteira neural, formando um canal.O tubo neural que dará origem ao SNC. Para o desenvolvimento do tubo neural e formação adequada do SNC, o ácido fólico é de grande importância, por essa razão que a mulher deve fazer o seu uso suplementar previamente a gravidez e durante a gestação. ➔ Crista neural: células da crista neural ➟ migração dorsal ➟ formação da crista neural entre o tubo neural e o ectoderma adjacente ➟ subdivisão da crista neural em direita e esquerda ➟ formação dos gânglios cranianos e espinhais do SNA (Sistema Nervoso Autônomo) ➟ formação das bainhas de Schwann ➟ e por fim, formação das meninges. ➔ Neurulação em outras palavras: 1. Espessamento do ectoderma (3ª semana do D.E) na região dorsal do disco trilaminar. 2. Invaginação celular do ectoderma na região próxima à notocorda, formando o sulco/goteira neural. 3. Ao lado da goteira/sulco neural, será formado duas elevações, uma de cada lado, denominadas pregas neurais. 4. As pregas neurais irão crescer e se elevar cada vez mais, até que ocorra a fusão das pregas neurais. 5. A fusão das pregas neurais resulta no fechamento da goteira neural, formando uma cavidade tubular denominada tubo neural. 6. No momento em que ocorre a elevação das pregas neurais para a fusão, um grupo de células acaba indo junto com cada uma das pregas, esse aglomerado celular chama-se células da crista neural e situam-se acima do tubo neural recém formado. Ao mesmo tempo que ocorre a fusão das pregas neurais, as células da crista neural dos dois lados também se fundem. 7. O tubo neural contém uma cavidade interna cheia de líquido chamado de canal neural; (canal neural dos adultos = ventrículos cerebrais e canal central da medula - no interior da medula). 8. Divisão da crista neural em partes uma darão origem aos gânglios espinhais. 9. Diferenciação dos gânglios espinhais em neurônios sensitivos e pseudo polares do SNA. 10. Migração de várias células da crista neural para locais afastados onde darão origem às células que vão constituir o Sistema Nervoso Central (SNC). 11. Dilatação da região superior do tubo neural, dando origem ao encéfalo primitivo. 12. A região inferior do tubo neural dá origem à medula espinhal. 13. Encéfalo primitivo ➟ a partir de sua vesícula única origina-se outras três: prosencéfalo (encéfalo anterior);mesencéfalo (encéfalo médio); e rombencéfalo (encéfalo posterior). ➔ Divisão do Sistema Nervoso Central: já se definem na 6ª de desenvolvimento embrionário: ★ Prosencéfalo: o encéfalo anterior sofre estrangulamento e se divide em duas vesículas: 1) Telencéfalo (Hemisférios c Cerebrais). 2) Diencéfalo (Tálamo e Hipotálamo). ★ Mesencéfalo: não se divide e nem sofre estrangulamento. ★ Rombencéfalo: o encéfalo posterior sofre estrangulamento e se divide em duas vesículas: 23 1) Metencéfalo (Ponte e Cerebelo). 2) Mielencéfalo (Bulbo). Para complementar os estudos de bioquímica (neurotransmissores e receptores - adrenérgicos e colinérgicos): ● https://blog.jaleko.com.br/sistema-nervo so-parassimpatico-a-atuacao-da-acetilc olina/ ● https://blog.jaleko.com.br/adrenalina-e- noradrenalina-as-catecolaminas-endog enas-e-sua-acao-simpatica/ 24 https://blog.jaleko.com.br/sistema-nervoso-parassimpatico-a-atuacao-da-acetilcolina/ https://blog.jaleko.com.br/sistema-nervoso-parassimpatico-a-atuacao-da-acetilcolina/ https://blog.jaleko.com.br/sistema-nervoso-parassimpatico-a-atuacao-da-acetilcolina/ https://blog.jaleko.com.br/adrenalina-e-noradrenalina-as-catecolaminas-endogenas-e-sua-acao-simpatica/ https://blog.jaleko.com.br/adrenalina-e-noradrenalina-as-catecolaminas-endogenas-e-sua-acao-simpatica/ https://blog.jaleko.com.br/adrenalina-e-noradrenalina-as-catecolaminas-endogenas-e-sua-acao-simpatica/
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