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Radiologia Oral_Pharoah_Fìlmes radiograficos

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CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 71
C A P Í T U L O
Filme Radiográfico,
Ecrans Intensificadores
e Grades
71
44
O
feixe de fótons de raios X que passa pelos arcos
dentários tem sua intensidade reduzida (atenuada)
por absorção e espalhamento de fótons fora da direção
do feixe primário. A configuração dos fótons que saem
do objeto (feixe remanescente) possui informações so-
bre a estrutura e a composição do absorvente. Para essa
informação ser útil no diagnóstico, o feixe remanes-
cente deve ser registrado em um receptor de imagem.
O receptor de imagem mais utilizado em radiografias
dentárias é o filme radiográfico. Este capítulo descreve
o filme radiográfico e suas propriedades, assim como o
uso de ecrans intensificadores e grades antidifusoras
para melhorar a imagem radiográfica. Sistemas de ra-
diografias digitais, que também podem ser usados para
fazer uma radiografia, são descritos no Capítulo 12.
Filme Radiográfico
COMPOSIÇÃO
O filme radiográfico tem dois componentes principais:
emulsão e base. A emulsão, que é sensível aos raios X
e à luz visível, registra a imagem radiográfica. A base é
um suporte de material plástico sobre o qual a emulsão
é colocada (Fig. 4-1).
Emulsão
Os dois principais componentes da emulsão são os cris-
tais halogenados de prata, que são sensíveis à radiação
X e à luz visível, e uma matriz onde os cristais estão
suspensos. Os cristais halogenados de prata são compos-
tos principalmente de cristais de brometo de prata. A
composição da emulsão dos filmes odontológicos é
mostrada na Tabela 4-1. Iodeto é adicionado ao filme
Ultra-Speed pois seu largo diâmetro (comparado com o
brometo) rompe a regularidade da estrutura do cristal
de brometo de prata, aumentando desse modo sua sen-
sibilidade à radiação X. O iodeto não é usado no filme
InSight. A fotosensibilidade dos cristais halogenados de
prata também depende da presença de pequenas quan-
tidades de compostos contendo enxofre. Além disso,
pequenas quantidades de ouro são algumas vezes adi-
cionadas aos cristais halogenados de prata para aumen-
tar sua sensibilidade.
Os cristais halogenados de prata no filme InSight são
cristais tubulares planos com o diâmetro médio de 1,8
μm (Fig. 4-2). O filme Ultra-Speed é composto por cris-
tais de formato globular de aproximadamente 1 μm de
diâmetro. Os cristais tubulares do filme InSight são orien-
tados paralelamente à superfície do filme para oferecer
uma maior área transeccional para o feixe de raios X
(Fig. 4-3). Como resultado, o filme InSight requer ape-
nas cerca da metade da exposição do filme Ultra-Speed.
Na fabricação do filme, os cristais halogenados de
prata são envolvidos em um veículo que é aplicado em
ambos os lados da base de suporte. O veículo, composto
de material gelatinoso e não-gelatinoso, mantém os
cristais halogenados de prata uniformemente dispersos.
Para assegurar uma boa adesão da emulsão à base do fil-
me, uma fina camada de material adesivo é adicionada
à base antes da emulsão ser aplicada. Durante o pro-
cessamento do filme, o veículo absorve as soluções
processadoras, permitindo que os químicos alcancem e
reajam aos cristais halogenados de prata. Uma camada
adicional de veículo é aplicada na emulsão do filme
como uma camada de revestimento; essa barreira ajuda
a proteger o filme de danos como arranhões, contami-
nação ou pressão dos rolos quando uma processadora
automática é usada.
A emulsão do filme é sensível tanto aos fótons de
raios X quanto à luz visível. O filme que será exposto aos
72 PARTE 4 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
raios X é chamado de filme de exposição direta. Todos os
filmes odontológicos intra-orais são filmes de exposição
direta. Os filmes screen, que são sensíveis à luz visível,
são usados com ecrans intensificadores que emitem luz
visível. Filmes screen e ecrans intensificadores são usa-
dos para projeções extra-orais como as panorâmicas e
as radiografias de crânio. Os ecrans intensificadores são
descritos posteriormente neste capítulo.
Base
A função da base do filme é dar suporte à emulsão. A
base deve ter um grau adequado de flexibilidade que
permita um fácil manejo do filme. A base de um filme
de raios X odontológico possui 0,18 mm de espessura
e é feita de poliéster polietileno tereftalato. A base do
filme é uniformemente translúcida e não provoca alte-
ração no resultado radiográfico. Acredita-se que uma
base com um leve corante azul aumenta a visibilidade
de detalhes para o diagnóstico. A base do filme tam-
bém deve resistir à exposição das soluções de processa-
mento sem sofrer distorção.
FILME RADIOGRÁFICO INTRA-ORAL
Um grande número de fabricantes pelo mundo produz
filmes radiográficos odontológicos intra-orais. Entretan-
to, o filme é fabricado com dupla emulsão, ou seja, co-
berto com uma camada de emulsão em cada lado da
base. Com a camada dupla de emulsão, menos radiação
pode ser usada para produzir a imagem. O filme de
exposição direta é usado para exames intra-orais porque
fornece imagens de maior resolução, quando compara-
FIG. 4-1 Micrografia eletrônica de varredura de um filme
radiográfico Kodak InSight (300 ×). Observe a camada pro-
tetora, a emulsão e a base neste filme de dupla emulsão.
(Cortesia de Eastman Kodak, Rochester, N.Y.)
FIG. 4-2 Micrografia eletrônica de varredura de uma emul-
são comparando cristais de brometo de prata tabulares planos
em um filme InSight (A) com cristais globulares haloge-
nados de prata do filme Ultra-Speed (B). (Cortesia de East-
man Kodak, Rochester, N.Y.)
A
B
TABELA 4-1
Peso da Camada por Largura do Filme (mg/cm2)
TIPO DE FILME PRATA BROMO IODO VEÍCULO VEÍCULO DO
DA EMULSÃO REVESTIMENTO
InSight 0,81-1,03 0,63-0,71 0 0,70-0,80 0,07-0,11
Ultra-Speed 0,92 0,67 0,02 0,59 0,16
Cortesia de Eastman Kodak, Rochester, N.Y.
CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 73
do com a combinação filme ecran. Algumas indicações,
como a detecção de cáries incipientes ou lesão peria-
pical precoce, requerem essa alta resolução.
Uma das bordas do filme possui um pequeno pon-
to de elevação (pit localizador) que é usado para orien-
tação do filme. Quando o filme é colocado na boca do
paciente, o lado convexo do pit localizador é sempre
posicionado em direção ao tubo de raios X. O lado do
filme com a concavidade é assim posicionado em direção
à língua do paciente. Depois de o filme ser processado,
o pit localizador é usado para identificar na imagem os
lados direito e esquerdo do paciente (Fig. 6-22).
O filme radiográfico intra-oral contém uma ou duas
películas de filme (Fig. 4-4). Quando o filme duplo é
utilizado, o segundo filme serve como um registro du-
plicado que pode ser enviado para convênios odonto-
lógicos ou para outro profissional. O filme é protegido
por um envoltório de papel preto e depois, externa-
mente, em um papel branco ou um envoltório plásti-
co resistente à umidade. O envoltório externo indica
claramente a posição do pit localizador e identifica
qual o lado do filme deve ser direcionado para o tubo
de raios X.
Entre os envoltórios do filme existe uma fina folha
de chumbo com um padrão em escamas. A folha é
posicionada atrás do filme, distante do tubo. Esta folha
de chumbo possui diversas funções. Ela protege o filme
da radiação de espalhamento (secundária), que provo-
ca fog no filme e reduz o contraste do objeto (qualidade
da imagem). Ela também reduz a exposição do paciente
absorvendo um pouco do feixe de raios X residual. No
entanto, o mais importante é o fato de que se o filme
for colocado invertido na boca do paciente e o lado sen-
sível do filme for colocado afastado do tubo, a folha de
chumbo será posicionada entre o objeto e o filme. Nes-
tas circunstâncias a maior parte da radiação é absorvi-
da pela folha de chumbo e a radiografia resultante fica
clara e mostra o padrão em escamas da folha de chum-
bo. A combinação de um filme clarocom as escamas
características indica que o filme foi colocado inverti-
do na boca do paciente e que a sinalização do lado di-
reito–lado esquerdo do paciente indicado pelo pit do
filme está invertida.
Como os filmes de exposição direta intra-oral pos-
suem diversas indicações e são usados tanto em adul-
tos como em crianças pequenas, eles são feitos de
vários tamanhos. A composição dos filmes é idêntica
em cada caso.
Camada protetora
Emulsão
Base
5 �
Camada protetora
Emulsão
Base
5 �
A B C D
FIG. 4-3 Imagem transversal de microscopia eletrônica de
um filme InSight (A) e filme Ultra-Speed (B). Observe que
a orientação dos cristais tabulares no filme InSight é essen-
cialmente paralela à superfície do filme para aumentar a
área de superfície de exposição dos cristais aos raios X. (Cor-
tesia de Eastman Kodak, Rochester, N.Y.)
FIG. 4-4 Pacote à prova de umidade e luz (A) contém uma
aba para abertura no lado oposto à face que fica voltada
para o tubo. Dentro existe uma lâmina de chumbo (B) e um
envoltório de folha de papel preto à prova de luz (C) que é
dobrado em volta do filme (D). O filme é empacotado com
uma ou duas películas.
A
B
74 PARTE 4 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
Radiografia Periapical
As radiografias periapicais são usadas para registrar
coroa, raiz e periápice. Os filmes podem ter três ta-
manhos: 0 para crianças pequenas (22 × 35 mm); 1,
que é relativamente estreito e usado para incidências
dos dentes anteriores (24 × 40 mm); e 2, o tamanho
padrão de filme usado para os adultos (31 × 41 mm)
(Fig. 4-5).
Radiografia Bite-wing
As radiografias bite-wing (interproximais) são usadas
para registrar a porção coronal dos dentes da maxila e
da mandíbula em uma imagem. Elas são ideais para
detectar cáries interproximais e avaliar a altura do osso
alveolar. O filme de tamanho número 2 normalmente
é usado para adultos; o tamanho menor de número 1,
é indicado para crianças. Em crianças pequenas, o ta-
manho 0 pode ser utilizado. Um tamanho de número
3, relativamente longo, também está disponível.
O filme para bite-wings freqüentemente possui uma
asa de papel projetada do meio do filme sobre a qual
o paciente oclui para manter o filme (Fig. 4-6). Esta
asa raramente é visibilizada e não interfere na quali-
dade de diagnóstico da imagem. Posicionadores de
filmes também estão disponíveis para radiografias
bite-wings.
Radiografia Oclusal
O filme oclusal é três vezes maior que o filme número
2 (57 × 76 mm) (Fig. 4-5). É utilizado para mostrar áreas
maiores na maxila ou na mandíbula do que as observa-
das no filme periapical. Estes filmes também são usados
para obter projeções ortogonais às projeções periapicais
convencionais. O nome provém do fato de o filme
normalmente ser mantido em posição por uma oclusão
suave do paciente, deixando o filme entre as superfícies
oclusais dos dentes (Capítulo 8).
FILME SCREEN
As radiografias extra-orais usadas mais freqüentemente
em odontologia são a panorâmica, cefalométrica e ou-
tras projeções do crânio. Para essas projeções e para
visibilizar todas as outras radiografias extra-orais, o fil-
me ecran é usado com ecrans intensificadores (descri-
tos adiante neste capítulo) para reduzir a exposição do
paciente. O filme ecran é diferente do filme odonto-
lógico intra-oral. Ele é projetado para ser sensível à luz
visível porque é colocado entre dois ecrans inten-
sificadores quando a exposição é feita. O ecran
intensificador absorve os raios X e emite luz visível, que
expõe o filme ecran. Os cristais halogenados de prata
são inerentemente sensíveis à luz ultravioleta (UV) e à
luz azul (300 a 500 nm) e, assim, são sensíveis aos ecrans
que emitem UV e luz azul. Quando o filme é usado com
ecran que emite luz verde, os cristais halogenados de
prata são cobertos com um corante sensibilizante para
aumentar a absorção. Como as propriedades dos ecrans
intensificadores variam, o dentista deve usar a apro-
priada combinação ecrans-filme recomendada pelos fa-
bricantes para que a emissão característica do ecrans
combine com a absorção característica do filme.
Diversos tipos de filmes ecrans são adequados para
radiografias extra-orais. Alguns fabricantes fornecem
filmes de alto contraste e média velocidade para as ra-
diografias do crânio. Outros filmes disponíveis são mais
rápidos (i. e. necessitam de menos exposição à radiação),
mas promovem menor detalhe de imagem. Tais filmes
FIG. 4-5 O filme radiográfico é comumente fornecido em
vários tamanhos. Esquerda, filme oclusal; à direita em cima,
filme adulto posterior; à direita no meio, filme adulto ante-
rior; à direita embaixo, filme infantil (em envoltório de vinil).
FIG. 4-6 Asa de mordida colocada em volta de um filme
adulto tipo 2 para segurá-lo quando o paciente ocluir a aba
na radiografia bite-wing. Essa projeção permite a visualização
das coroas dentárias e das cristas alveolares.
CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 75
podem ser usados para radiografias panorâmicas, onde
uma imagem de detalhes minuciosos não está disponí-
vel devido ao movimento do cabeçote do tubo de raios
X durante a exposição.
Outro tipo de filme fornece menor contraste e ampla
latitude. Este tipo revela uma ampla faixa de densida-
des e é mais adequado para radiografias cefalométricas,
nas quais tanto detalhes de osso quanto de tecidos mo-
les são desejados.
O formato dos filmes ecrans muda constantemente
para otimizar as características da imagem. A Kodak, p.
ex., introduziu o filme T-Mat, que possui cristais ha-
logenados de prata de formato tabular (plano) (Fig. 4-7).
Os cristais tabulares (T) estão dispostos com sua super-
fície relativamente larga e achatadas voltados para fon-
te de radiação, promovendo uma maior superfície
transversal (alvo) e resultando num aumento da veloci-
dade sem perda de nitidez. Além disso, corantes sen-
sibilizadores verdes são adicionados à superfície dos
cristais tubulares, aumentando sua capacidade de ab-
sorver luz e diminuindo a possibilidade de a luz da ca-
mada de fósforo de um lado do ecran intensificador
sensibilizar a emulsão do lado oposto do filme. Um
novo sistema da Kodak, Ektavision, inclui um corante ab-
sorvente na emulsão para prevenir que a luz do ecran
atinja a emulsão do outro lado. Isso aumenta a nitidez
da imagem.
Ecrans Intensificadores
Desde o início da história da radiologia, cientistas des-
cobriram que vários sais inorgânicos ou fósforos fluo-
rescem (emitem luz visível) quando expostos aos feixes
de raios X. A intensidade desta fluorescência é propor-
cional à energia de raios X absorvida. Estes fósforos fo-
ram incorporados aos ecrans intensificadores para
serem usados com os filmes ecrans. A soma dos efeitos
dos raios X e da luz visível emitida pelos fósforos do
ecran expõe o filme no chassi.
FUNÇÃO
A presença do ecran intensificador cria um sistema re-
ceptor de imagem que é de 10 a 60 vezes mais sensível
aos raios X do que o filme sozinho. Conseqüentemente,
o uso de ecrans intensificadores significa uma redução
substancial na dose de radiação a que o paciente é ex-
posto. Os ecrans intensificadores são utilizados com fil-
mes para praticamente todas as radiografias extra-orais,
incluindo panorâmicas, cefalométricas e projeções do
crânio. Em geral, o poder de resolução do ecrans está
relacionado à sua velocidade: quanto menor a velocida-
de do ecran, maior é o poder de resolução e vice-ver-
sa. O ecran intensificador não é usado em radiografias
intra-orais com filmes periapicais ou oclusais, porque
seu uso reduziria a resolução da imagem resultante, o
que é necessário para muitas anomalias dentárias.
COMPOSIÇÃO
Os ecrans intensificadores são feitos de uma base de su-
porte, uma camada de fósforo e uma cobertura poli-
mérica protetora (Fig. 4-8). Em todas as aplicações na
odontologia, os ecrans intensificadores são usados em
pares, um em cada lado do filme, e são posicionados
dentrode um chassi (Fig. 4-9). O objetivo do chassi é
segurar cada ecran intensificador em íntimo contato
com o filme radiográfico para maximizar a nitidez da
imagem. Muitos chassis são rígidos, mas também po-
dem ser flexíveis.
Base
O material de base de muitos ecrans intensificadores é
uma forma de plástico de poliéster de cerca 0,25 mm
de espessura. A base proporciona suporte mecânico para
as outras camadas. Em alguns ecrans intensificadores,
a base também é reflexiva; assim eles refletem a luz emi-
tida pela camada de fósforo de volta ao filme de raios
X. Isso possui um efeito de aumentar a emissão de luz
do ecran intensificador. Entretanto, também resulta em
uma imagem com perda de nitidez devido à divergência
dos raios luminosos refletidos de volta ao filme. Os ecrans
intensificadores de maior detalhe omitem a camada refle-
xiva para melhorar a nitidez da imagem. Em outros
FIG. 4-7 Cristais T halogenados de prata na emulsão de um
filme T-Mat (A) são maiores e mais planos do que os cristais
menores e espessos na emulsão de um filme convencional
(B). Observe que as superfícies planas dos cristais T são ori-
entadas paralelas à superfície do filme e voltadas para fon-
te de radiação. (Cortesia de Eastman Kodak, Rochester, N.Y.)
A B
76 PARTE 4 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
mentos terras raras, mais comumente lantânio e ga-
dolínio. Suas fluorescências podem ser aumentadas pela
adição de pequenas quantidades de elementos como
túlio, nióbio ou térbio. Combinações usuais de fósfo-
ros dos ecrans intensificadores são mostradas na Tabe-
la 4-2.
Alguns compostos terras raras são eficientes fósfo-
ros. Na escala de energia usada tipicamente em radio-
grafias odontológicas, um par de ecrans intensificadores
de terras raras absorve cerca de 60% dos fótons que al-
cançam o chassi depois de atravessar o paciente. Estes
fósforos têm uma eficiência de cerca de 18% em conver-
ter energia de raios X em luz visível. Os ecrans de ter-
ras raras convertem cada fóton de raios X absorvido em
aproximadamente 4.000 fótons de luz visível de baixa
energia (verde ou azul). Esses fótons visíveis expõem
depois o filme.
Fósforos diferentes fluorescem em diferentes porções
do espectro. Por exemplo, a luz emitida do ecran inten-
sificador de terras raras Kodak Lanex (Fig. 4-10) varia
de 375 a 600 nm e possui um pico em 545 nm (verde).
A Figura 4-10 mostra o espectro de emissão de um ecran
de terras raras e o espectro sensível de um filme apro-
priado. Outro ecran intensificador possui seu maior
pico em 350 nm (UV) e outro em 450 nm (azul). É im-
portante combinar ecrans emissores de luz verde com
filmes sensíveis à luz verde e ecrans emissores de luz
azul com filmes sensíveis à luz azul.
FIG. 4-8 A imagem da esquerda mostra o esquema de dois ecrans intensificadores (tonalidades de cinza) envolvendo o
filme (branco). O esquema ampliado da direita mostra os fótons de raios X entrando acima, atravessando a base e atin-
gindo as partículas de fósforo. Os fósforos emitem luz visível, expondo o filme. Alguns fótons de luz visível podem refletir
fora da camada reflexiva da base.
FIG. 4-9 Chassi de 20 x 25 cm. Quando o chassi é fechado,
o filme é colocado em íntimo contato entre os dois ecrans
intensificadores.
ecrans intensificadores, a base não é reflexiva e uma
cobertura separada de dióxido de titânio é aplicada ao
material de base, servindo como uma camada reflexiva.
Camada de Fósforo
A camada de fósforo é composta de cristais fluorescen-
tes suspensos em uma pasta polimérica. Quando os cris-
tais absorvem fótons de raios X, eles fluorescem (Fig.
4-8). Os cristais de fósforos freqüentemente contêm ele-
CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 77
A velocidade e a resolução de um ecran dependem
de muitos fatores, incluindo:
• Tipo de fósforo e eficiência de conversão do fósforo
• Espessura da camada de fósforo e peso da cobertura
(quantidade de fósforo/ unidade de volume)
• Presença de camada reflexiva
• Presença de um corante que absorva a luz na camada
de fósforo ou camada protetora
• Tamanho dos cristais de fósforo
Ecrans rápidos possuem cristais de fósforo grandes
e convertem eficientemente fótons de raios X em luz
visível, mas produzem imagens de baixa resolução.
Quando o tamanho dos cristais ou a espessura do
ecran diminui, a velocidade do ecran também dimi-
nui, mas a nitidez da imagem aumenta. Ecrans rápi-
dos também possuem uma camada de fósforo espessa
e uma camada reflexiva, mas estas propriedades tam-
bém diminuem a nitidez. Ao decidir a combinação a
ser usada, o operador deve considerar as necessida-
des de resolução requeridas para a indicação da ra-
diografia. A Tabela 4-3 mostra alguns ecrans atuais e
sua classificação quanto à velocidade. Muitas indica-
ções de diagnóstico extra-oral podem ser realizadas
com uma combinação filme-ecran para atingir uma
velocidade de 400 ou mais rápida.
Cobertura Protetora
Uma cobertura protetora de polímero (maior que 15 μm
de espessura) é colocada sobre a camada de fósforo para
protegê-la e promover uma superfície que pode ser lim-
pa. O ecran intensificador deve ser mantido limpo por-
que qualquer detrito, sujeira ou arranhão pode causar
manchas claras na radiografia resultante.
TABELA 4-2
Elementos Terras Raras Usados nos Ecrans
Intensificadores
EMISSÃO FÓSFORO
Verde Oxissulfito de gadolínio, térbio ativado
Azul e UV Tantalato de ítrio, nióbio ativado
350
100
In
te
ns
id
ad
e 
re
la
tiv
a
Comprimento de onda (nm)
80
60
40
20
0
400 450 500
Linhas de emissão
dos ecrans
Espectro de absorção do filme
550 600 650
FIG. 4-10 Sensibilidade relativa do filme Kodak T-Mat (li-
nha contínua) e linhas de emissão dos ecrans Kodak Lanex
e Ektavision (oxissulfito de gadolínio, térbio ativado). O
ecran intensificador emite luz como uma série de linhas de
emissão relativamente estreita. A emissão máxima do ecran
em 545 nm corresponde adequadamente uma região de
alta sensibilidade. (Dados de Cortesia de Eastman Kodak,
Rochester, N. Y.)
TABELA 4-3
Velocidade de Ecrans Terras Raras Selecionados
CLASSE DE STERLING/
VELOCIDADE AGFA FUJI KODAK KONICA DUPONT 3M
Ecrans emissores de luz verde
100 Curix Ortho Fine HR Fine Lanex Fine KF — Trimax 2
200 Curix Ortho Medium HR Medium Lanex Medium KM — Trimax 4
400 Curix Ortho Regular HR Regular Lanex Regular KR Ektavision Quanta V Trimax 8
600 Curix Ortho Fast HR Fast Lanex Fast KS — Trimax 12
Ecrans emissores de luz verde
100 — — — — Quanta Detail —
200 MR 400 — — RD Quanta Fast Detail —
800 MR 800 — — RB Quanta Rapid Trilight 8
78 PARTE 4 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
Características da Imagem
Processar um filme exposto aos raios X faz com que ele
fique escurecido na área exposta. O grau e o padrão de
escurecimento do filme dependem de inúmeros fatores,
incluindo a energia e a intensidade do feixe de raios X,
composição do objeto radiografado, a emulsão do filme
utilizado e as características do processamento do filme.
Este capítulo descreve as principais características de
imagem dos filmes radiográficos.
DENSIDADE RADIOGRÁFICA
Quando um filme é exposto ao feixe de raios X (ou à
luz, no caso da combinação filme-ecrans) e depois pro-
cessado, os cristais halogenados de prata da emulsão
que foram atingidos pelos fótons são convertidos em
cristais de prata metálica. Esses cristais de prata blo-
queiam a transmissão de luz do negatoscópio e dão
ao filme sua aparência escura. O grau total de escu-
recimento de um filme exposto é chamado de densida-
de radiográfica. Esta densidade pode ser medida como
a densidade óptica de uma área de um filme de raios
X, onde:
Densidade óptica = Log
10
 I
o
 I
t
onde I
0
 é a intensidade de luz incidente (p. ex.: do
negatoscópio) e I
t 
é a intensidade de luz transmitida
pelo filme. Assim, a medida da densidade do filme tam-
bém é a medida da opacidade do filme. Com uma den-
sidadeóptica de zero, 100% da luz é transmitida; com
uma densidade de 1, 10% da luz é transmitida; com
uma densidade de 2, 1% da luz é transmitida, e assim
por diante.
O gráfico da relação entre a densidade óptica do fil-
me e a exposição é chamado de curva característica (Fig.
4-11). Ela é normalmente mostrada como a relação en-
tre a densidade óptica do filme e o logaritmo da expo-
sição correspondente. Quando a exposição do filme
aumenta, sua densidade óptica aumenta. O filme possui
seu valor diagnóstico aumentado quando as estruturas
de interesse são visibilizadas numa porção relativamen-
te estrita do gráfico, entre 0,6 e 3,0 unidades de den-
sidade óptica. As curvas características dos filmes
fornecem muitas informações sobre o contraste, veloci-
dade e latitude.
Um filme virgem, quando processado, mostra alguma
densidade. Isso se deve à densidade inerente da base e
do corante adicionado, assim como à produção de cris-
tais halogenados de prata não expostos. Esta mínima
densidade é chamada de fog ou base e velamento. A densi-
dade óptica da base e velamento é normalmente 0,2 a 0,3.
A densidade radiográfica é influenciada pela expo-
sição, pela espessura e pela densidade do objeto.
Exposição
A densidade total do filme depende do número de fó-
tons absorvidos pela emulsão do filme. Aumentando-se
a miliamperagem (mA), a kilovoltagem pico (kVp), ou
o tempo de exposição, aumenta-se o número de fótons
que alcançam o filme, aumentando, assim, a densidade
radiográfica. Reduzindo-se a distância entre o ponto fo-
cal e o filme aumenta-se também a densidade do filme.
Espessura do Objeto
Quanto mais espesso for o objeto, mais os feixes são
atenuados e mais clara será a imagem resultante (Fig.
4-12). Se os fatores de exposição utilizados para adul-
tos forem usados para crianças ou pacientes edêntulos,
o filme resultante será mais escuro porque há uma me-
nor quantidade de tecido absorvente no caminho do
feixe de raios X. O dentista deve variar a exposição
(tanto o kVp quanto o tempo) de acordo com o tama-
nho do paciente para produzir radiografias com uma
densidade ideal.
Densidade do Objeto
Variações na densidade do objeto exercem uma profun-
da influencia na imagem. Quanto maior a densidade de
uma estrutura dentro de um objeto, maior é a atenua-
ção do feixe de raios X direcionado através do objeto
ou área. Na cavidade oral, as densidades relativas de
várias estruturas anatômicas, em ordem decrescente de
densidades, são esmalte, dentina e cemento, osso, mús-
culo, gordura e ar. Objetos metálicos (p. ex.: restaurações)
são muito mais densos do que o esmalte e, portanto,
absorvem mais. Como o feixe de raios X é diferente-
mente atenuado por esses absorvedores, o feixe resultan-
0,0
0,0
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
Log da exposição
D
en
si
da
de
 ó
tic
a
FIG. 4-11 Curva característica de filme de exposição dire-
ta. O contraste (inclinação da curva) é maior na região de
alta densidade do que na região de baixa densidade.
CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 79
te possui informações que são registradas no filme
radiográfico como áreas claras e escuras. Objetos densos
(que são grandes absorvedores) formam a imagem
radiográfica clara que é denominada radiopaca. Objetos
de baixa densidade são absorventes fracos. Eles per-
mitem a passagem da maioria dos fótons e formam a
área escura no filme que corresponde ao objeto radio-
transparente.
CONTRASTE RADIOGRÁFICO
Contraste radiográfico é um termo genérico que descreve
as variações de densidades em uma radiografia. É de-
finido como a diferença de densidades entre as áreas
claras quanto escuras na radiografia. Assim, uma radio-
grafia que mostra tanto áreas claras quanto escuras
possui um alto contraste. Isso também é denominado
como uma escala curta de contraste, pois poucas tona-
lidades de cinza estão presentes entre as imagens
brancas e pretas no filme. Uma imagem radiográfica
composta apenas de zonas de cinza-claro e cinza-escu-
ro tem um baixo contraste e é denominada como ten-
do uma escala longa de contraste (Fig. 4-13). O contraste
radiográfico da imagem é o resultado da interação do
contraste do objeto, contraste do filme e da radiação
secundária.
Contraste do Objeto
O contraste do objeto é uma série de características do
objeto que influencia no contraste radiográfico. Ele é
muito influenciado pela espessura, densidade e núme-
ro atômico do objeto. O contraste do objeto da cabeça
e pescoço do paciente numa projeção cefalométrica la-
teral é alto. As regiões densas do osso e dos dentes ab-
sorvem a maioria dos raios incidentes, enquanto o
tecido mole do perfil facial menos denso transmite a
maioria da radiação.
O contraste do objeto também é influenciado pela
intensidade e energia do feixe. A energia do feixe de
raios X, fornecida pelo kVp, influencia o contraste da
imagem. A Figura 4-14 mostra um dispositivo em de-
graus em cunha de alumínio exposto a feixes de raios
X de diferentes energias. Com o aumento do kVp, au-
Cunha de alumínio com 16 degraus
3,2
3,0
2,8
2,6
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
R
ad
io
gr
af
ia
 d
o 
de
gr
au
 e
m
 c
un
ha
D
en
si
da
de
 ó
tic
a
FIG. 4-12 A, Degrau em cunha de alumínio. B, Gráfico da
densidade óptica de uma radiografia feita pela exposição
do degrau em cunha. Observe que quando a espessura do
alumínio diminui, mais fótons estão disponíveis para expor
o filme e a imagem se torna progressivamente mais escura.
A
B
A
B
FIG. 4-13 Radiografia de uma mandíbula seca mostrando
um baixo contraste (A) e um alto contraste (B).
80 PARTE 4 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
menta-se a densidade total da imagem, e o tempo de
exposição deve ser ajustado de forma que a densidade
no meio da escala em cada caso seja comparável. À
medida que se aumenta o kVp do feixe de raios X, di-
minui-se o contraste do objeto. Da mesma forma,
quando um kVp de energia relativamente baixa é usa-
do, o contraste do objeto aumenta. Muitos clínicos se-
lecionam o kVp em uma faixa entre 70 a 80. Em valores
altos o tempo de exposição é reduzido, mas a perda
de contraste pode ser indesejável, porque alterações
sutis podem ficar obscurecidas.
Mudar o tempo de exposição ou o mA (e mantendo-
se o kVp constante) também influencia no contraste do
objeto. Se o filme estiver excessivamente claro ou escu-
ro, o contraste das estruturas anatômicas fica reduzido.
Mudanças sutis no mA podem também provocar altera-
ções leves no contraste do objeto pela modificação da
localização de estruturas radiografadas na curva carac-
terística, como descrito previamente.
Contraste do Filme
O contraste do filme descreve a capacidade de os filmes
radiográficos exibirem diferenças no contraste do objeto,
que são variações na intensidade do feixe remanescen-
te. Um filme de alto contraste revela áreas de pequenas
diferenças no contraste do objeto mais claramente do
que um filme de baixo contraste. O contraste do filme
normalmente é medido como a média do declive da
porção útil de diagnóstico da curva característica (Fig.
4-15): quanto maior o declive da curva nesta região,
maior o contraste do filme. Nesta ilustração, o filme A
possui maior contraste que o filme B. Quando o decli-
ve da curva no limite normal é maior do que 1, o filme
possui um contraste do objeto exagerado. Essa caracte-
rística desejável, que é encontrada na maioria dos fil-
mes, permite a visibilidade de estruturas que diferem
sutilmente em densidade. Por exemplo, o raio remanes-
cente na região da câmara pulpar do dente vai ser mais
intenso (maior exposição) do que o raio da região que
circunda o esmalte da coroa. O filme de alto contraste
irá mostrar um maior contraste (diferença na densidade
óptica) entre estas estruturas do que o filme de baixo
contraste. Filmes usados com ecrans intensificadores pos-
suem normalmente um declive no intervalode 2 a 3.
Como pode ser observado na Figura 4-11, o contraste
do filme também depende do intervalo de densidades
que está sendo examinado. No filme radiográfico de
exposição direta, o declive da curva aumenta continua-
mente com o aumento da exposição. Como resultado,
FIG. 4-14 Radiografias de um degrau em cunha realizadas
em 40 a 100 kVp. Quando o kVp aumenta, o mA é reduzi-
do para manter a densidade uniforme no meio da escala.
Observe a escala longa de cinza (baixo contraste) com um
alto kVp. (Cortesia de Eastman Kodak, Rochester, N.Y.)
Log da exposição do filme
0,0
0,0
D
en
si
da
de
 ó
pt
ic
a
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,53,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5 Filme A Filme B
� Densi- 
dade
óptica
� Densidade 
 óptica
�
expo- 
sição
3,0
3,5
�
expo- 
sição
FIG. 4-15 Curvas características de dois filmes demons-
trando o grande contraste inerente ao filme A comparado
ao filme B. A inclinação do filme A é maior do que a do fil-
me B; assim, o filme A mostra uma maior mudança na den-
sidade óptica do que o filme B para uma alteração
constante da exposição. O fato de o filme A ser mais rápi-
do do que o filme B nesta figura não está relacionado ao
contraste do filme.
CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 81
filmes expostos corretamente possuem mais contraste
do que filmes subexpostos (claros).
O processamento radiográfico é outro fator que in-
fluencia no contraste do filme. O contraste do filme é
maximizado pelas condições de processamento ideais.
Um mal manuseio do filme por um processamento in-
completo ou excessivo reduz o contraste das estruturas
anatômicas. O tratamento incorreto do filme, como ar-
mazenamento em altas temperaturas, exposição exces-
siva à luz de segurança ou frestas de luz na câmara
escura também degrada o contraste da imagem.
Velamento (fog) no filme radiográfico resulta no au-
mento da densidade do filme por outras causas além
da exposição ao raio remanescente. O contraste do fil-
me é reduzido pela adição dessa densidade indesejável.
Causas comuns de velamento na imagem são as luzes de
segurança inapropriadas, armazenamento do filme em
altas temperaturas, revelação do filme a uma tempera-
tura excessiva ou por um período prolongado. O
velamento da imagem pode ser reduzido pelo proces-
samento e armazenamento adequados do filme.
Radiação Secundária
A radiação secundária resulta de fótons que interagiram
com o objeto pela interação Compton ou coerente. Essa
interação causa a emissão de fótons que percorrem di-
reções diferentes do feixe primário. A radiação secun-
dária conseqüente provoca um esfumaçamento na
radiografia e um escurecimento homogêneo da ima-
gem, que resulta na perda do contraste radiográfico.
Em odontologia, as melhores maneiras para reduzir a
radiação secundária são (1) uso de kVp relativamente
baixo, (2) colimar o feixe do tamanho do filme para
prevenir espalhamento para uma área fora da região da
imagem e (3) uso de grades antidifusoras nas radiogra-
fias extra-orais.
SENSIBILIDADE RADIOGRÁFICA
A sensibilidade ou velocidade radiográfica refere-se a
quantidade de radiação necessária para produzir uma
imagem com densidade padrão. A velocidade do filme
é expressa freqüentemente como o inverso da exposição
necessária (em roentgens-recíproco) para produzir uma
densidade óptica de 1 acima da base velamento. Um
filme rápido requer uma exposição relativamente baixa
para produzir uma densidade de 1, enquanto um filme
lento requer um tempo maior de exposição para que o
filme revelado tenha a mesma densidade. A sensibili-
dade do filme é fortemente controlada pelo tamanho
dos cristais halogenados de prata e pelo seu conteúdo
de prata.
A sensibilidade dos filmes radiográficos intra-orais é
indicada por uma letra que designa um grupo em par-
ticular (Tabela 4-4). O filme radiográfico mais sensível
disponível atualmente tem a classificação de sensibili-
dade F. Apenas filmes D ou mais sensíveis são apropria-
dos para radiografias intra-orais. Atualmente, os tipos de
filmes mais usados nos EUA são o Kodak Ultra-Speed
(grupo D) e Kodak InSight (grupo E ou F, dependen-
do das condições de processamento). Os filmes InSight
são preferidos pois requerem a metade da exposição do
filme Ultra-Speed e oferecem contraste e resolução com-
paráveis. O filme de sensibilidade F é mais rápido do
que o tipo D, pois cristais tabulares são usados na
emulsão do filme F. A curva característica da Figura 4-16
mostra que o filme InSight (curva da esquerda) é mais
sensível que o filme Ultra-Speed (curva da direita), pois
menos exposição é necessária para produzir o mesmo
TABELA 4-4
Classificação de Velocidade dos Filmes
Intra-orais
GRUPO DE VELOCIDADE NÍVEL DE SENSIBILIDADE
DO FILME (ROENTGEN-RECÍPROCO)
C 6-12
D 12-24
E 24-48
F 48-96
Do Council on Dental Materials and Devices: Dentist’s desk reference:
materials, instruments, and equipment, ed 2, Chicago, 1983, American
Dental Association.
*Roentgen-Recíproco é o inverso da exposição em Roentgens necessária
para se obter um filme com densidade óptica de 1.0 acima da base e
velamento após o processamento.
Log da exposição do filme
InSight
Ultra-Speed
0,0
0,0
D
en
si
da
de
 ó
pt
ic
a
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,53,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
FIG. 4-16 Curvas características dos filmes InSight e Ultra-
Speed. O filme InSight é mais rápido e possui essencialmen-
te o mesmo contraste do filme Ultra-Speed. (Cortesia de
Eastman Kodak, Rochester, N.Y.)
82 PARTE 4 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
nível de densidade, embora os dois filmes tenham
contrastes similares.
Apesar de a sensibilidade do filme poder ser ligeira-
mente aumentada pelo processamento do filme numa
alta temperatura, isso é alcançado à custa do aumento
do velamento e da granulação da imagem. O processa-
mento em uma solução saturada pode abaixar a sen-
sibilidade efetiva. É sempre preferível utilizar uma
solução de processamento nova e seguir o tempo e a
temperatura de processamento recomendados.
LATITUDE DO FILME
A latitude do filme é o intervalo de exposições onde se
pode produzir densidade útil num filme. Um filme ob-
tido com uma ampla latitude pode registrar um objeto
com uma longa escala de contraste do objeto. O filme
que possui a curva característica com uma porção de li-
nha reta longa e pouca inclinação tem uma ampla lati-
tude (Fig. 4-17). Como conseqüência, uma grande
variação na quantidade de radiação emitida pelo obje-
to pode ser observada. Os filmes com uma ampla lati-
tude possuem contraste mais baixo (i. e., escala longa de
cinza) do que filmes com uma latitude mais estreita. Fil-
mes com uma ampla latitude são úteis quando tanto as
estruturas ósseas do crânio quanto os tecidos moles da
região facial devem ser registrados.
Até certo ponto, o operador pode modificar a latitu-
de do filme. Um alto kVp produz imagens com uma
ampla latitude e um baixo contraste. A diminuição da
exposição produz uma imagem clara e mostra uma es-
cala ligeiramente mais ampla de estruturas anatômicas
com menor contraste. O filme de ampla latitude é re-
comendado para estruturas visibilizadas em uma ampla
escala de densidades do objeto.
RUÍDO RADIOGRÁFICO
Ruído radiográfico é uma aparência desigual de densi-
dade de um filme radiográfico exposto uniformemen-
te. É visto numa pequena área de filme como variações
localizadas de densidade. As causas primárias de ruído
são o mosqueado radiográfico e o artefato radiográfico.
O mosqueado radiográfico é uma densidade desigual
resultante da uma estrutura física do filme ou do ecran in-
tensificador. Artefatos radiográficos são defeitos causados
por erros na manipulação do filme, como impressões
digitais ou dobras no filme, ou erros no processamento
radiográfico, como manchas de revelador ou fixador
ou marcas e arranhões provenientes da manipulação
rude.
Nos filmes radiográficos intra-orais, o mosqueado
pode ser vistocomo uma granulosidade na película, que
é causada pela visibilidade dos cristais de prata na emul-
são do filme, especialmente quando a imagem é ana-
lisada de forma ampliada. A granulação do filme é mais
evidente quando o processamento em altas tempera-
turas é usado.
O mosqueado radiográfico é também evidente quan-
do o filme é usado com ecrans intensificadores rápidos.
Duas importantes causas do fenômeno são o ruído quân-
tico e a estrutura mosqueada do ecran. Ruído quântico é
causado pela oscilação no número de fótons por unidade
de área transversal do feixe absorvido pelo ecran inten-
sificador. O ruído quântico é mais evidente quando a
combinação filme-ecran rápidos é usada. Sob estas con-
dições, a desigualdade relativa dos raios é mais alta. O
tempo de exposição longo necessário pela combinação
filme-ecran mais lentos tende a tirar o padrão dos raios
da média e, desse modo, reduzir o ruído quântico. Es-
trutura mosqueada do ecran é a granulosidade causa-
da pelos ecran de fósforos. Ela é mais evidente quando
ecrans rápidos com cristais grandes são usados.
BORRAÇÃO ÓPTICA
Nitidez é a capacidade da radiografia em definir pontos
contíguos (p. ex.: a junção amelodentinária, uma fina
cortical óssea). Resolução, ou poder de resolução, é a
capacidade de uma radiografia de registrar estruturas
separadas que estão próximas entre si. Isto é normalmen-
te medido pela radiografia de um objeto composto de
finas tiras de chumbo com espaços radiotransparentes
alternados de mesma espessura. Os grupos de linhas e
espaços ficam dispostos na radiografia em ordem cres-
cente de números de linhas e espaços por milímetros
Log de exposição do filme
0,0
0,0
D
en
si
da
de
 ó
pt
ic
a
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,53,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
Filme A Filme B
Latitude A
Latitude B
Faixa de
densidade
útil
FIG. 4-17 Curvas características de dois filmes demonstran-
do a maior latitude inerente ao filme B comparado ao fil-
me A. A inclinação do filme B é menos íngreme do que a
do filme A; conseqüentemente, o filme B possui uma escala
maior de exposição dentro da faixa de densidade útil do que
o filme A.
CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 83
(Fig. 4-18). O poder de resolução é medido como o
maior número de linhas pares (a linha par sendo a ima-
gem do objeto e o espaço radiotranparente adjacente)
por milímetro que pode ser distinguido na radiografia
resultante quando examinada com uma lupa. Normal-
mente, a combinação filme-ecran panorâmico pode
determinar cerca de cinco pares de linhas por milíme-
tros; o filme periapical, que possui maior poder de re-
solução, pode delimitar claramente mais de 20 pares de
linhas por milímetro.
A borração radiográfica é causada pelo fator filme (fil-
me e ecran), artefato de movimento e fator geométrico.
Fator Filme
No filme radiográfico intra-oral, o tamanho e o núme-
ro de cristais de prata na emulsão do filme determinam
a nitidez da imagem: quanto menor o tamanho do
cristal, melhor a nitidez. Em geral, filmes lentos pos-
suem pequenos cristais e filmes rápidos possuem cris-
tais maiores.
O uso de ecrans intensificadores nas radiografias extra-
orais possui um efeito contrário na nitidez da imagem.
Algum grau de nitidez é perdido, pois a luz visível e a
radiação ultravioleta emitidas pelo ecran espalham-se
além do ponto de origem e expõem uma área maior
do filme do que os cristais de fósforo (Fig. 4-8). Esta
luz espalhada causa a borração de detalhes minucio-
sos da radiografia. Os ecrans intensificadores com gran-
des cristais são relativamente rápidos, mas a nitidez da
imagem fica reduzida. Além disso, os ecrans intensifi-
cadores rápidos possuem uma camada de fósforo rela-
tivamente espessa, o que contribui para dissipação da luz
e perda da nitidez da imagem. A difusão da luz do ecran
pode ser minimizada e a nitidez da imagem aumentada
pelo íntimo contato obtido entre o ecran intensificador
e o filme.
A presença de uma imagem em cada lado da dupla
emulsão do filme também provoca perda na nitidez da
imagem devido à paralaxe (Fig. 4-19). A paralaxe resulta
de uma mudança aparente na posição ou tamanho de
um objeto quando ele é observado por diferentes pers-
pectivas. Como o filme odontológico possui uma dupla
camada de emulsão e os feixes de raios X são divergen-
tes, as imagens registradas em cada emulsão variam li-
geiramente de tamanho. Nas imagens intra-orais, o
efeito de paralaxe na nitidez da imagem não é impor-
tante, entretanto ele é mais aparente quando os filmes
são observados molhados. Nessas condições, a emulsão
fica intumescida pela água e a perda de nitidez da ima-
gem causada pela paralaxe é mais evidente. Quando
ecrans intensificadores são usados, a distorção da para-
laxe contribui para a perda de nitidez pois a luz de um
ecran pode atravessar a base do filme e alcançar a
emulsão do lado oposto. Esse problema pode ser resol-
vido incorporando-se corantes na base, que absorvem a
luz emitida pelos ecrans.
Artefato de Movimento
A nitidez da imagem também pode ser perdida pelo
movimento do filme, do objeto ou da fonte de raios X
durante a exposição. Movimentos na fonte de raios X
ampliam o ponto focal e reduzem a nitidez da imagem.
O movimento do paciente pode ser minimizado apoian-
do-se sua cabeça no encosto da cadeira durante a expo-
FIG. 4-18 Radiografia de um objeto com poder de resolu-
ção consistindo em grupos de linhas radiopacas e espaços
radiotranparentes. A numeração em cada grupo indica os
pares de linhas por milímetro representado pelo grupo.
Fonte de raios X
F
ilm
e 
de
 d
up
la
 e
m
ul
sã
o
FIG. 4-19 A falta de nitidez pelo princípio da paralaxe ocorre
quando um filme de dupla emulsão é usado, gerando uma
ampliação ligeiramente maior do lado do filme longe da
fonte de raios X. A falta de nitidez pelo princípio da paralaxe
é um problema pequeno na prática clínica.
84 PARTE 4 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM E TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
sição. O uso de mA e kVp mais altos e um tempo de
exposição mais curto também ajudam a resolver este
problema.
Fator Geométrico
Alguns fatores geométricos influenciam na nitidez da
imagem. Em parte, a perda de nitidez da imagem re-
sulta do fato de os fótons não serem emitidos por um
ponto (ponto focal) no anodo do tubo de raios X.
Quanto maior o ponto focal, maior a perda de nitidez
da imagem. Além disso, a nitidez da imagem pode ser
aperfeiçoada pelo aumento da distância do ponto focal-
objeto e pela redução da distância objeto-filme. Várias
formas de otimizar a projeção geométrica são discutidas
no Capítulo 5.
QUALIDADE DA IMAGEM
A qualidade da imagem descreve o julgamento subjetivo
do clínico sobre toda a aparência da radiografia. É uma
combinação de características de densidade, contraste,
latitude, nitidez, resolução e talvez até outros parâme-
tros. Várias considerações matemáticas têm sido usadas
para avaliar estes parâmetros adicionais, mas uma com-
pleta discussão sobre eles está além dos propósitos deste
texto. O equivalente quântico de detecção (DQE) é uma
medida básica da eficiência de um sistema de imagens.
Ela compreende contraste, borração, velocidade e ruído
da imagem. Freqüentemente um sistema pode ser oti-
mizado por um destes parâmetros, mas isso geralmente
é conseguido à custa dos outros. Por exemplo, o siste-
ma rápido normalmente possui um alto nível de ruído.
Entretanto, mesmo com essas e outras abordagens sofis-
ticadas, mais informações são necessárias para um com-
pleto entendimento de todos os fatores responsáveis
pela formação subjetiva da qualidade da imagem.
Grades
Quando um feixe de raios X atinge o paciente, muitos
fótons incidentes sofrem interações Compton e produzem
radiação secundária. Normalmente, o número de fótons
de radiação secundária no feixe remanescente que atin-
ge o filme é duas a quatro vezes o número de fótons
primários que não sofre absorção. A quantidade de ra-
diação secundáriaaumenta com o aumento da espes-
sura do objeto, o tamanho da área de indicência e o kVp
(energia do feixe dos raios X). Estes fótons secundários
produzem fog no filme e reduzem o contraste do objeto.
FUNÇÃO
A função da grade é reduzir a quantidade de radiação
secundária emitida pelo objeto e que atinge o filme. A
grade, que é posicionada entre o objeto e o filme, pre-
ferencialmente elimina a radiação secundária e poupa
os fótons primários; isso reduz a densidade e aumenta
o contraste do filme.
COMPOSIÇÃO
A grade é composta por tiras alternadas de um material
radiopaco (geralmente chumbo) e tiras de material
radiotransparente (freqüentemente plástico). O diagra-
ma da Figura 4-20 mostra a interação entre a grade e os
feixes de raios X. Quando fótons secundários gerados
no objeto são espalhados em direção ao filme, eles ge-
ralmente são absorvidos pelo material radiopaco da gra-
de. Isso ocorre porque a direção dos fótons secundários
desvia-se da direção original do feixe primário, e, con-
seqüentemente, eles não passam pelas placas paralelas
da grade. Grades focalizadoras são usadas mais freqüen-
temente. Na grade focalizadora, as tiras de material
radiopaco estão todas direcionadas para um ponto co-
mum a uma distância afastada, o ponto focal do tubo de
raios X. Como as tiras de chumbo são anguladas para
o ponto focal, suas direções coincidem com o caminho
divergente dos fótons no feixe de raios X primário. As
tiras de chumbo absorvem os fótons secundários à me-
dida que seus trajetos divergem dos fótons primários. A
grade focalizadora pode ser usada apenas dentro do li-
mite de distância do ponto focal, onde o alinhamento
das tiras de chumbo coincide com o caminho dos fei-
xes dos raios X divergentes. O limite desta distância
vem especificado na grade.
As grades são fabricadas com uma grande variedade
de pares de linhas absorventes e espaços radiotrans-
parentes por polegada. Grades com 80 ou mais pares de
linha por polegada não mostram a imagem das linhas
da grade na radiografia. A razão entre a espessura da
grade com a largura do espaço radiotransparente é co-
nhecida como razão da grade. Quanto maior a razão da
grade, mais efetivamente a radiação secundária é remo-
vida do feixe de raios X. Grade com razão de 8 ou 10
são preferidas.
A imagem das linhas radiotransparentes da grade no
filme pode ser suprimida pelo posicionamento per-
pendicular da grade em relação às suas linhas (mas não
movendo o objeto ou o filme) durante a exposição. Isso
gera um efeito de borração das linhas radiotranspa-
rentes e permite uma exposição mais uniforme. Este
movimento não interfere na absorção dos fótons secun-
dários. O aparato para mover a grade é chamado Bucky.
Para compensar a absorção da radiação secundária
pela grade, a exposição necessária quando a grade é
usada é aproximadamente o dobro de quando a grade
não é utilizada. Conseqüentemente, as grades devem ser
usadas apenas quando uma melhoria na qualidade da
imagem para fins de diagnóstico é suficiente para jus-
tificar a exposição adicional. Por exemplo, na radiogra-
fia cefalométrica lateral solicitada para avaliação de
CAPÍTULO 4 FILME RADIOGRÁFICO, ECRANS INTENSIFICADORES E GRADES 85
crescimento e desenvolvimento da região facial (Capí-
tulo 11), o uso de grade geralmente não está indicado,
pois a melhoria no contraste não ajuda na identificação
das estruturas anatômicas.
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Thunthy KH, Ireland EJ. A comparison of the visibility of
caries on Kodak F-speed (InSight) and D-speed (Ultra-
speed) films. LDA J 60:31-2, 2001.
Radiação
primária
Radiação
primária
Radiação
secundária
Radiação
secundária
Grade
focalizadora
Grade
paralela
Filme
Filme
Tiras de chumbo
Tiras de chumbo
Material radiotransparente
Material 
radiotransparente
FIG. 4-20 A grade absorve os fótons de raios X secundários do feixe primário e previne o velamento radiográfico. Na grade
focalizadora, as lâminas absorventes são anguladas em direção ao anodo; na grade paralela, as lâminas absorventes são pa-
ralelas.

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