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Fatores de risco e tratamentos para parto prematuro

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GIOVANA SANTA MARIA 1 
 
FPM V Obstetrícia 
NASCIMENTO DO FETO ENTRE 22 E 37 SEMANAS 
Obs: < 22 semanas = abortamento; > 37 semanas = parto 
a termo. 
OBS: PIG – RN abaixo do 10ª percentil para IG (relação 
peso/idade gestacional) 
OB2: BAIXO PESO: RN com peso inferior a 2.500g (relação 
exclusiva ao peso) 
• MUITO BAIXO PESO: RN com peso inferior a 
1500g 
• EXTREMO BAIXO PESO: RN com peso inferior a 
1000g 
• PRÉ-TERMO TARDIO: nascimento > ou igual a 34 
semanas; 
• PRÉ-TERMO MODERADO: nascimento com 30 ou 
mais semanas e menos que 34; 
• PRÉ-TERMO EXTREMO: nascimento com menos 
de 30 semanas. 
SOBREDISTENSÃO UTERINA: em casos de polidramnia e 
gestação gemelar; 
MIOMAS OU MALFORMAÇÕES UTERINAS: como 
hipoplasia e defeitos de fusão; 
ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS OVULARES 
(RPMO) 
GESTAÇÕES DE ALTO RISCO: prematuridade por 
alterações endócrinas com aumento da contratilidade 
uterina; devido a complicações maternas e/ou 
sofrimento fetal 
HEMORRAGIAS DA 2ª METADE DA GESTAÇÃO: placenta 
prévia, DPP 
INCOMPETÊNCIA ISTMOCERVICAL: encurtamento e 
dilatação do colo cervical antes do fim da gestação 
INFECÇÕES: elevam a cinética uterina e podem causar 
corioamnionite 
IATROGENIA: cesariana eletiva com idade gestacional 
erroneamente calculada 
HISTÓRIA DE PREMATURIDADE 
FATORES ANATÔMICOS: tanto uterinos coo cervicais, 
como miomatose uterina (miomas múltiplos ou 
volumosos) e colo curto (<25mm) 
GESTAÇÃO MÚLTIPLA 
POLIDRANIA 
INFECÇÕES SISTÊMICAS E ISTs 
DROGAS (TABACO, COCAÍNA, ÁLCCOL) 
ESTRESSE E ANSIEDADE 
Multifatorial; - liberação de citocinas inflamatórias, 
hormônios hipotalâmicos e adrenais (ocitocina, cortisol e 
horm lib de corticotropina, produção de estrógenos 
placentários, liberação de prostaglandinas e proteases e 
formação de trombina) 
ATIVIDADE UTERINA + ALTERAÇÃO CERVICAL OU RPMO, 
antes de 37 semanas de gestação. 
• Atividade uterina: 4 contrações em 20 minutos 
ou 8 contrações em 60 minutos 
• Alteração cervical: dilatação > 2 cm ou 
apagamento > ou igual a 80% ou progressão na 
reavaliação cervical; 
• RPMO: visualização de líquido amniótico ao 
exame especular e teste de cristalização ou da 
nitrazina. 
o Dosagem de creatinina: valores maiores 
ou iguais a 2% falam a favor de concepto 
maduro 
USG PARA AVALIAÇÃO DO COMPRIMENTO DO COLO 
UTERINO: se cervicometria > 30mm, em mulheres com 
contrações, define um FALSO TPP 
• USG: 
• MULHERES COM ALTO RISCO PARA TPP: distancia 
menor que 2.5 cm entre orifício interto e 
externo, entre 18 e 24 sem. 
 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 2 
 
FPM V Obstetrícia 
 
Obs: sinal do funil = sinal de incompetência istmocervical 
DOSAGEM DE FIBRONECTINA FETAL: ‘cola’ do 
trofoblasto, que promove a adesão uteroplacentária, 
sendo liberada nas secreções cervicovaginais. 
Dependendo da concentração, se associa ao PP. 
OUTROS MARCADORES: hormônio liberador de 
corticotropina, estriol salivar, estradiol, citocinas 
inflamatórias, AFP e HCG, fosfatase alcalina... 
 
Parto é conduzido normalmente; 
Profilaxia para Estreptococos do grupo B; 
Fato pré-viável, com mau prognóstico. 
Deve-se induzir o parto, com esvaziamento e curetagem. 
Feto viável, mas sem maturação pulmonar suficiente; 
PARTO RETARDADO POR TOCÓLISE + CORTICÓIDES (para 
maturação pulmonar e profilaxia de enterocolite 
necrosante) 
Casos com impossibilidade de inibição: contrações 
efetivas, RPMO, dilatação maior ou igual a 6cm ou 
instabilidade dinâmica mãe/feto → parto 
Inibição do trabalho de parto, reduzindo a força e a 
frequência das contrações → + tempo para adm do 
corticoide 
CONTRAINDICAÇÕES: 
• RPMO 
• DPP 
• MORTE FETAL 
• CORIOAMNIONITE 
• DOENÇA CARDÍACA MATERNA 
FÁRMACOS TOCOLÍTICOS 
INDOMETACINA: inibidor da COX 
• DOSE DE ATAQUE: 50 mg, via retal ou 50-100mg, 
via oral 
• DOSE DE MANUTENÇÃO: 23-50mg de 4/4h por 
48h (não ultrapassar 200mg/24h) 
• CONTRAINDICAÇÕES: disfunção renal ou hepática 
materna, ulcera péptica ativa, oligodramnia, IG > 
32 semanas ou uso por mais de 48h 
• EFEITOS COLATERAIS: náuseas, azia, fechamento 
precoce do canal arterial, hipertensão pulmonar 
fetal... 
ATOSIBAN: antagonista da ocitocina 
• FASE1: 7,5mg/ml em bolus dutante 1 minuto 
• FASE2: 300 mcg/ min (24ml/h) durante 3h 
• FASE 3: 100 mcg/min (8ml/h) durante 45h 
• Não ultrapassar 48h ou dose máxima de 330mg 
NIFEDIPINA: bloq canal de Ca 
• DOSE DE ATAQUE: 30 mg, via oral, dose única 
• DOSE DE MANUTENÇÃO: 20mg de 8/8h, via oral, 
até contrações cessarem, mantendo por ate 48h 
• EFEITOS COLATERAIS: rubor facial, cefaleia, 
tonturas, palpitação, hipotensão arterial... 
TERBUTALINA: agonista-beta-adrenérgico 
• DILUIR 5 AMPOLAS + 500ML DE SORO 
GLICOSADO 
• DOSE DE ATAQUE: 2,5 micrograma/minuto (10 
gostas/min), endovenoso, aumentando-se de 20 
em 20 min até cessar contrações (max de 80 
gotas/min) 
• DOSE DE MANUTENÇÃO: manter a dose capaz de 
cessar por 24h, diminuindo 10 gostas em 20 min, 
até suspensão total. 
• EFEITOS COLATERAIS: dor torácica, taquicardia, 
dispneia, mal-estar e edema... 
ENTRE 24 E 34 SEMANAS 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 3 
 
FPM V Obstetrícia 
É feita quando há iminência do parto em 7 dias; feita em 
um intervalo de 48h 
- reduz chance de membrana hialina, hemorragia 
intraventricular e enterocolite necrosante – maturação 
pulmonar 
• BETAMETAZONA: 12mg, IM, 1x/dia, por 2 dias 
• DEXAMETAZONA: 6mg, IM, 12/12h por 2 dias 
É IDEAL QUE A CRIANÇA VENHA A NASCER 24H APÓS O 
TERMINO DA ADM DO CORTICOIDE 
Contra-indicações: infecção, parto iminente 
Repetição de dose: controverso; repetir após 7 dias da 1ª, 
entes de 32 semanas. 
EFEITOS COLATERAIS: 
• Aumento da quantidade de leucócitos 
• Redução de linfócitos 
• Hiperglicemia materna 
• Alterações nos parâmetros de avaliação fetal 
(maior ou menor BCF, diminuição de mov fetais) 
Feita com sulfato de magnésio (MgSO4) – profilaxia para 
paralisia cerebral do prematuro, hemorragia 
intracraniana 
IG < 32 SEMANAS e risco de parto iminente em 
24HORAS; TPP com dilatação > ou igual a 4cm com ou 
sem RPMO ou programação de interrupção da gestação 
por cesariana) 
SÓ DEVE SER INICIADO COM A SUSPENSÃO DE 
TOCOLÍTICOS 
• DOSE DE ATAQUE: 4G, endovenoso, 20 a 30 min; 
4 h antes do parto 
• DOSE DE MANUTENÇÃO: 1g/h, EV, antes e 
durante o trabalho de parto ou por 24h 
DESCONTINUAÇÃO EM: 
• Parto não deixar de ser iminente, ou tiver sido 
feito o uso por 24h 
• Diurese <25mL/h 
• FR <16 irpm 
• Abolição de reflexos profundos 
Suspeita de TPP → cultura vaginal, perineal e perianal 
para Estreptococos do grupo B (agalactiae). 
Profilaxia intraparto deve ser iniciada já na adm, sendo 
mantida até a finalização do TP (caso o TP não evolua, a 
profilaxia deverá ser suspensa, quando a paciente entrar 
novamente em TP e a cultura ser positiva, profilaxia deve 
ser reintroduzida) 
Reduzir a chance de contaminação do feto no canal de 
parto 
• PENICILINA G CRISTALINA ou 
o ATAQUE: 5.000.000 UI, endovenoso 
o MANUTENÇÃO: 2.500.000 a 3.000.000 
UI, endovenoso, de 4/4h até o parto 
• AMPICILINA ou 
o ATAQUE: 2g EV 
o MENUTENÇÃO: 1g, EV, de 4/4h ate o 
parto 
• CAFEZOLINA (se alérgica a penicilina) ou 
o ATAQUE: 2g, EV 
o MANUTENÇÃO: 1g, EV, 8/8h ate o parto 
• CLINDAMICINA: ou 
o Regime único: 900mg, EV, 8/8h ate o 
parto 
• VANCOMICINA (se cultura evidenciar resistência 
a clindamicina) ou 
o Regime único: 1g, EV, 12/12h ate o parto 
• cultura vaginal, perianal e perineal para 
Estreptococos do grupo B 
• hemograma 
• sumário de urina 
• urocultura 
• USG para avaliar placenta prévia, RPMO, IG, 
medida do comprimento do colo 
Vigilância feral; 
O parto pode ser vaginal, caso apresentação cefálica. 
Vácuo extrator está contraindicado para fetos <34s e o 
fórceps não deve ser feito de rotina 
Não efetivas: 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 4 
 
FPM V Obstetrícia 
• repouso domiciliar ou hospitalar 
• abstinênciasexual 
• tocólise profilática 
• tocólise de manutenção 
• antibioticoprofilaxia em mulheres assintomáticas 
• uso de score de risco p/ prematuridade 
medidas potencialmente efetivas: 
• suplementação com progesterona quando: 
o passado de prematuridade ou presença 
de malformações uterinas 
o colo curto (<25mm) 
OBS: progesterona natural micronizada: 200mg, via 
vaginal, 1x por dia ao deitar 
• cerclagem quando: 
o historia de 1 ou mais perdas de 2º 
trimestre relacionada à dilatação cervical 
pouco dolorosa na ausência de DPP e TPP 
o relato de cerclagem previa 
o gravidez atual única, com passado de 
prematuridade 
OBS: cerclagem= procedimento em que se faz uma sutura 
cirúrgica no colo, objetivando o fechamento do mesmo 
• interrupção do tabagismo 
• redução de atividade física 
• tratamento de infecções genitais sintomáticas 
• tratamento de bacteriúria assintomática

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