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Sistema Cardiorrespiratório - Capítulo 3

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SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO
UNIDADE 3 - VOCÊ COMPREENDE A 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
CARDÍACO?
Georgia Miranda Tomich; Paulo Roberto Rambo
- -2
Introdução
O coração atua como uma bomba propulsora de sangue e, para que isso ocorra, mecanismos especiais atuam
promovendo uma sequência de eventos, com contrações sucessivas do músculo cardíaco, que recebe estímulo
gerado por células especiais, presentes no próprio miocárdio. As células do músculo têm características que as
tornam eficientes e funcionais de forma contínua, garantindo que o sangue seja ejetado para a circulação,
transportando os gases, nutrientes e metabólitos provenientes das células. Sucessivas contrações cardíacas
compõem o ritmo cardíaco.
A partir da leitura desta unidade, conheceremos as estruturas que compõem o sistema cardíaco e entenderemos
como ele funciona. Dessa forma, compreenderemos possíveis alterações no coração ou nos vasos sanguíneos que
provocam doenças comuns, as quais levam muitas pessoas a adoecerem e morrerem em todo o mundo.
Conhecer as estruturas responsáveis pelo ritmo de funcionamento cardíaco auxiliará a interpretação de
possíveis métodos diagnósticos de disfunções cardíacas. Por fim, será possível compreender como a pressão do
sangue é mantida dentro dos vasos, assim como possíveis causas de alterações.
Você sabe quais são as estruturas que mantêm o coração funcionando? O que faz com que ele tenha um ritmo
próprio e eficaz de funcionamento? Qual método pode ser usado para diagnosticar possíveis alterações nesse
ritmo? Depois que o coração ejeta o sangue, quais são as estruturas que conduzem o sangue ao seu destino?
Como funciona esse sistema de transporte? Quais são os mecanismos que mantêm a pressão do sangue nos
vasos sanguíneos?
Vamos estudar esse conteúdo a partir de agora! Bons estudos!
3.1 Sistema cardíaco
O coração é formado por duas bombas: do lado direito, bombeia sangue venoso para os pulmões, e do lado
esquerdo, sangue arterial para os tecidos do corpo. Para que sua atuação ocorra normalmente, há um sistema de
bombas e células especializadas em gerar o ritmo cardíaco. Quais são as características do sistema cardíaco?
Quais são as partes que o compõem? Como o sangue bombeado pelo coração é capaz de irrigá-lo? Entenderemos
mais sobre esse sistema no tópico a seguir.
3.1.1 Anatomia do sistema cardíaco: coração, pericárdio, valvas e 
coronárias
O coração e os vasos sanguíneos formam um sistema de transporte de sangue que conduz nutrientes, gases e
resíduos produzidos pelas diferentes células presentes em nosso corpo. A parede muscular do coração, chamada
de miocárdio, é formada pelo músculo estriado cardíaco, presente também, em menor quantidade, nas paredes
da artéria aorta, veias pulmonares e veia cava superior (GUYTON; HALL, 2017).
Além do miocárdio, existem outras duas camadas no coração: o epicárdio, localizado mais externamente, e o
endocárdio, localizado mais internamente. O miocárdio fica na camada média (SCANLAN; WILKINS; STOLLER,
2000; GANONG, 2006; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema.
Pericárdios
Para Ham e Cormarck (1983, p. 555), “[...] O pericárdio visceral e o pericárdio parietal,
formados por mesotélio, delimitam a cavidade pericárdica, preenchida por um fluido
seroso, que evita o atrito das superfícies e permite o livre movimento do coração durante
as contrações”.
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Coração
O coração é dividido em dois sistemas de bombas musculares, que são relacionados à
circulação sistêmica e à circulação pulmonar. Na circulação sistêmica, o ventrículo
esquerdo impulsiona para os tecidos corporais o sangue que vem dos pulmões, rico em
oxigênio, por meio da artéria aorta e de suas ramificações. 
Sangue
O sangue venoso, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico, retorna ao coração,
desembocando no átrio direito por meio das veias cavas superior e inferior. Na circulação
pulmonar, o ventrículo direito impulsiona, por meio das artérias pulmonares, o sangue
pobre em oxigênio para os pulmões, local onde ocorrem as trocas gasosas. O sangue rico
em oxigênio retorna ao coração no átrio esquerdo, por meio das veias pulmonares
(GROSSMAN; PORTH, 2016).
A figura a seguir mostra os componentes da circulação sistêmica.
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Figura 1 - Esquema sobre componentes da circulação sistêmica.
Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019.
As valvas atrioventriculares (A-V), que separam os átrios dos ventrículos, são formadas por um tecido conjuntivo
contendo colágeno e fibras elásticas. Essas valvas evitam que o sangue retorne dos ventrículos para os átrios
durante a sístole. As valvas semilunares evitam o refluxo de sangue da aorta e do tronco pulmonar para os
ventrículos durante a diástole (GUYTON; HALL, 2017). A figura a seguir ilustra as câmaras, os vasos e as valvas
cardíacas.
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Figura 2 - Estruturas anatômicas do coração humano.
Fonte: Chanclos, Shutterstock, 2019.
Cerca de 4% a 5% do total do débito cardíaco corresponde ao fluxo sanguíneo nas coronárias. As coronariopatias
são responsáveis por altos índices de mortalidade devido a doenças, como a cardíaca isquêmica, que ocorre
quando o fluxo sanguíneo coronariano se torna insuficiente (GROSSMAN; PORTH, 2016), conforme ilustra a
figura a seguir sobre o infarto do miocárdio.
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Figura 3 - Ilustração sobre doença cardíaca isquêmica: quando o fluxo sanguíneo coronariano diminui nas 
artérias coronárias, causa o infarto do miocárdio.
Fonte: TeraVector, Shutterstock, 2019.
O controle das contrações do miocárdio é feito de forma involuntária a partir da geração de impulsos elétricos no
sistema de marca-passo interno do coração, o nodo sinoatrial e o nodo atrioventricular, formado por células
capazes de gerar estímulos. O sistema intrínseco é capaz de gerar o próprio potencial de ação, mas pode ser
influenciado pelo sistema nervoso autônomo (GUYTON; HALL, 2017).
O que faz com que o músculo cardíaco funcione continuamente? A seguir, entenderemos mais sobre a estrutura
das células do coração e a contração do músculo cardíaco.
VOCÊ QUER VER?
Diante de um infarto do miocárdio, o atendimento pré-hospitalar rápido e adequado é
essencial para prevenir a morte da pessoa e minimizar o risco de sequelas. Assista ao vídeo
sobre o que fazer em uma situação de parada cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (s
/d). Disponível em: http://www.cardiometro.com.br/video_3.asp.
- -7
3.1.2 Microscopia das células cardíacas, contração muscular cardíaca
O músculo cardíaco é um músculo estriado que contém estrias transversais semelhantes às do músculo estriado
esquelético, mas, apesar da semelhança referente à estrutura, existem no miocárdio estruturas características
que são os discos intercalares, formados por junções de adesão e junções comunicantes ( )gap junctions
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
As fibras musculares cardíacas individuais são separadas por membranas, porém a presença de junções
comunicantes permite a propagação da despolarização por meio delas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017). Em
repouso, essas fibras musculares têm um potencial de cerca de 90 mV (GANONG, 2010).
O potencial de ação gerado pelas células (células P) do nodo SA (marca-passo) propaga-se pelas vias atriais e
chega ao nodo AV, de onde é conduzido para o feixe de His e daí chega aos ventrículos por meio do sistema de
Purkinje. O registro das variações de potenciais das membranas das células cardíacas pode ser feito apor meio
do eletrocardiograma. Esse registro é muito útil para diagnosticar anormalidades, como a que ocorre no infarto
do miocárdio (GANONG, 2010).
Como ocorre o transporte do sangue após ser bombeado pelo coração? Conheceremos a seguir os vasos
sanguíneos que transportam o sangue e compõem o sistema cardiovascular.
3.1.3 Vasos sanguíneos
Inicialmente, devemos entender que o sistema de condução do sangue é composto por diferentes tipos de vasos
sanguíneos. Fazem parte do sistema fechado de condução do sangue: artérias, arteríolas, capilares, veias, vênulas
e vasos linfáticos (NETTER, 2000).
Cliquenas abas e confira mais sobre o tema.
Características
As características dos vasos sanguíneos são importantes para que desempenhem diferentes funções, garantindo
a condução de nutrientes, oxigênio e resíduos que entram e saem das células. Ao sair do coração, o sangue com
alta pressão passa por grandes artérias (artérias elásticas condutoras), que têm muitas fibras elásticas em suas
paredes, o que permite sua expansão quando recebem o sangue impulsionado pelos ventrículos, e o retorno ao
seu tamanho normal entre as sístoles ventriculares. São exemplos de grandes artérias: aorta, artéria carótida,
artéria Ilíaca e tronco pulmonar (MOORE; DALLEY; AGUR, 2017).
Calibre
O calibre das artérias vai diminuindo à medida que vão se ramificando, dando origem às artérias musculares
médias (distribuidoras). Com a contração ou o relaxamento dos músculos presentes em suas paredes, essas
artérias diminuem ou aumentam o fluxo sanguíneo para os tecidos. Por exemplo, durante uma atividade física,
ocorre vasodilatação para aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos esqueléticos. São exemplos de artérias
musculares médias: artérias braquial e femoral (GUYTON; HALL, 2017; MOORE; DALLEY; AGUR, 2017).
Ramificação
A ramificação das artérias musculares médias origina pequenas artérias e arteríolas, menos calibrosas, com
lúmen reduzido e paredes musculares espessas. Essas artérias são importantes para o controle da pressão
arterial. Se ocorrer aumento do tônus do músculo liso das paredes das arteríolas, ocorre o aumento da pressão
arterial (hipertensão) (GROSSMAN; PORTH, 2016).
Capilares
Os capilares são os menores vasos sanguíneos e fazem a união entre os lados arterial e venoso da circulação,
garantindo a troca de materiais com o líquido extracelular ou intersticial.
O sangue conduzido pelas arteríolas entra no leito capilar e daí é drenado pelas vênulas. A pressão existente
dentro das arteríolas (pressão hidrostática) impulsiona o sangue das arteríolas para os capilares. Do leito capilar
o plasma sanguíneo flui para o espaço extracelular, promovendo a nutrição e oxigenação das células teciduais.
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o plasma sanguíneo flui para o espaço extracelular, promovendo a nutrição e oxigenação das células teciduais.
Na outra extremidade do leito capilar, localizam-se as vênulas, por onde ocorre o retorno do líquido rico em gás
carbônico para o sistema vascular. Esse retorno ocorre por diferença de pressão (MOURÃO; ABRAMOV, 2017).
Veias
As veias têm características e funções diferentes das artérias, pois conduzem o sangue de volta ao coração. Para
realizar isso, têm paredes mais finas em comparação com as artérias. O sangue conduzido tem menores níveis de
pressão, é pobre em oxigênio e rico em gás carbônico e resíduos metabólicos. Uma exceção são as veias
pulmonares, que conduzem o sangue oxigenado que sai dos pulmões de volta ao átrio esquerdo (GUYTON; HALL,
2017).
Vasos
Há diferentes tipos de vasos que fazem parte da circulação venosa, sendo eles: vênulas, veias médias e grandes
veias. As vênulas são as menores e são responsáveis pela drenagem do sangue do leito capilar. Elas dão origem
às pequenas veias que, por sua vez, originam as veias médias, as quais apresentam válvulas em suas paredes
internas, nos locais onde é necessário retornar o sangue contra a força da gravidade, como nos membros. São
exemplos de veias médias: veia cefálica e veia basílica dos membros superiores, eveias safena magna e parva dos
membros inferiores (GUYTON; HALL, 2017).
Nem todo o líquido do espaço extracelular é reabsorvido pelos capilares sanguíneos, isso ocorre em parte devido
à passagem de proteínas para esse espaço, as quais não atravessam as paredes dos capilares. Se houvesse o
acúmulo desse líquido no espaço extracelular, ocorreria constantemente o edema. Entretanto, em situações
normais, isso não acontece pela existência do sistema linfático (HANSEL; DINTZIS, 2007).
O sistema linfático é composto por uma rede de capilares linfáticos, plexos linfáticos, vasos linfáticos, linfa,
linfonodos, linfócitos e órgãos linfoides. O retorno das proteínas e do líquido intersticial é tão importante para o
nosso organismo que a falha desse mecanismo poderia causar a morte em um período aproximado de um dia
(GANONG, 2010).
Após conhecer sobre os componentes do sistema cardiovascular, devemos compreender sobre seu
funcionamento.
O que é o ciclo cardíaco? Como ocorre a sincronia entre as diferentes partes do coração para garantir seu
funcionamento normal? Quais são as fases do ciclo cardíaco? Quais fatores podem influenciar esse ciclo
cardíaco? A seguir, entenderemos mais sobre as fases e o controle do ciclo cardíaco.
3.2 Ciclo cardíaco
Para entendermos sobre o ciclo cardíaco, é interessante lermos algumas contextualizações científicas, como as
de Nascimento e Damião (2018, p. 15), autores que nos trazem ser esse
[...] um período de contração ventricular denominado de sístole que expele o sangue dos ventrículos,
VOCÊ QUER VER?
Confira um vídeo sobre hipertensão arterial sistêmica trazido pelo renomado médico Drauzio
Varella. Ele aborda seus efeitos em órgãos distintos do corpo. Disponível em: https://www.
.youtube.com/watch?v=MZDFdLSL6cA&feature=youtu.be&t=33
https://www.youtube.com/watch?v=MZDFdLSL6cA&feature=youtu.be&t=33
https://www.youtube.com/watch?v=MZDFdLSL6cA&feature=youtu.be&t=33
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[...] um período de contração ventricular denominado de sístole que expele o sangue dos ventrículos,
seguido de um período de relaxamento ventricular denominado de diástole, durante o qual os átrios
se enchem de sangue. Uma onda de despolarização elétrica que se propaga por todo o coração
precede e desencadeia cada contração mecânica.
A despolarização começa no nódulo sinusal, ou nódulo sino-atrial, depois se propaga pelo miocárdio
de ambos os átrios para atingir o nódulo átrio-ventricular, localizado na região inferior do septo
interatrial. Do nódulo átrio-ventricular, a onda de despolarização se transmite através do feixe átrio-
ventricular (feixe de HIS), e de seus ramos esquerdo e direito para as fibras de Purkinje, provocando
a contração dos ventrículos.
A seguir, poderemos compreender mais sobre as fases do ciclo cardíaco e sobre os fatores que podem alterá-lo.
3.2.1 Diástole e sístole
Para garantir a sincronia entre as diferentes partes do coração, existe uma ordem entre os momentos de
contração e de relaxamento do músculo cardíaco. Na sístole atrial, os átrios se contraem e, em seguida, ocorre a
sístole ventricular, com contração dos ventrículos; na fase denominada diástole, ocorre o relaxamento muscular
das quatro câmaras cardíacas.
Para que ocorra a contração do músculo cardíaco, deve haver um estímulo, gerado no nodo sinoatrial (nodo SA),
sendo esse considerado o marca-passo cardíaco, pois a frequência de batida do coração depende da frequência
de disparo do nodo SA. O estímulo gerado no nodo SA passa pelos átrios e chega ao nodo atrioventricular (nodo
AV), daí fazendo o seguinte trajeto: feixe de His, fibras de Purkinje e fibras musculares dos ventrículos
(MOURÃO; ABRAMOV, 2017).
Como ocorre a regulação da quantidade de sangue bombeada pelo coração? Entenderemos mais sobre a
regulação do débito cardíaco a seguir!
3.2.2 Regulação do débito cardíaco, pré-carga e pós-carga
O débito cardíaco corresponde à quantidade de sangue que sai do coração pela artéria aorta a cada minuto,
garantindo o fluxo de sangue na circulação sanguínea. Fatores como idade e exercício físico podem influenciar o
débito cardíaco.
Clique nas setas para conhecer mais sobre o tema.
Conforme Ganong (2010), pode-se calcular o débito cardíaco considerando o débito sistólico (volume de sangue
ejetado de cada ventrículo por minuto), que em média é 70 ml em um homem adulto em repouso, e a frequência
cardíaca (em torno de 72 batimentos/minuto), sendo que o valor médio de débito considerado para adultos é de
5 l/min. Pelo mecanismo de Frank-Starling, quanto maior o fluxo de sangue que chega ao coração, maior será a
força de contração ventricular, aumentando também o volumede sangue ejetado nessa contração (GANONG,
2010).
O aumento do retorno venoso eleva o débito cardíaco pela maior força de contração; a maior distensão do átrio
aumenta a frequência de estímulo no nodo SA na parede do átrio direito, o que aumenta o ritmo de contração e a
frequência cardíaca (GANONG, 2010; GROSSMAN; PORTH, 2016).
Em suma, os fatores que estão relacionados à regulação do débito cardíaco são: contratilidade cardíaca,
frequência cardíaca, enchimento ventricular e resistência. O nível de distensão do miocárdio antes da sua
contração representa a pré-carga (carga imposta antes da contração); quanto maior o retorno venoso, maior
será a pré-carga e maior a tensão que será gerada. A pós-carga representa a tensão gerada para impulsionar o
sangue, ou seja, o trabalho do coração após a contração (GANONG, 2010).
O sistema cardíaco apresenta propriedades que garantem uma alternância rítmica entre contração e
relaxamento do músculo cardíaco. Quais são essas propriedades? O que garante esse ritmo? Quais são as
estruturas que atuam para gerar no coração seu próprio ritmo? A compreensão sobre o ritmo cardíaco normal é
importante para entender possíveis alterações que podem ocorrer. Compreenderemos adiante como ocorre a
- -10
importante para entender possíveis alterações que podem ocorrer. Compreenderemos adiante como ocorre a
manutenção do funcionamento do coração de forma rítmica.
3.3 Ritmo cardíaco
O ritmo cardíaco é resultante da alternância entre contração e relaxamento do miocárdio, o que depende do
funcionamento de células cardíacas no sistema de condução intrínseco do coração. Esse sistema garante as
propriedades do miocárdio de automaticidade, excitabilidade, condutividade, contratilidade e relaxamento
(GANONG, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
A automaticidade é a capacidade de gerar seu próprio potencial de ação, o que é garantido por células marca-
passo presentes no nodo SA, que têm frequência de disparo de 60 a 100 vezes/minuto. A excitabilidade é a
propriedade de resposta a um estímulo e geração de um potencial de ação. A condutividade ocorre pela
condução dos estímulos gerados e a refratariedade reflete o grau de resposta perante o estímulo recebido
(contratilidade ou relaxamento) (GANONG, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
Qual é o ritmo cardíaco normal? Quais são os fatores que determinam o ritmo cardíaco? Quais situações podem
influenciar a frequência cardíaca? Compreenderemos a seguir os fatores que determinam o ritmo e a frequência
de batimento do músculo cardíaco.
3.3.1 Determinação do ritmo cardíaco e frequência cardíaca
Em uma pessoa saudável, cada estímulo gerado no nodo SA gera um batimento cardíaco, sendo a média de
batimentos por minuto em torno de 70, ou seja, a frequência cardíaca (FC) em repouso é de 70 batimentos por
minuto (bpm). Existem situações em que a FC fica diminuída (bradicardia), como durante o sono, enquanto em
outras situações a FC aumenta (taquicardia), o que ocorre durante exercícios físicos. Essas variações são normais
no decorrer do dia (GANONG, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
As arritmias cardíacas não representam necessariamente uma doença, podendo ocorrer mesmo em pessoas
saudáveis. Um exemplo é a arritmia sinusal, que tem origem no nodo SA. Pode haver bradicardia ou taquicardia
sinusal e síndrome do nó sinusal doente (períodos de bradicardia alternados com taquicardia) (GANONG, 2010;
GUYTON; HALL, 2017).
As arritmias que têm origem nos ventrículos geralmente apresentam repercussões mais graves. Pode-se citar
como exemplo as contrações ventriculares prematuras, comuns em casos de infarto agudo do miocárdio,
hipertrofia ventricular e isquemia (GROSSMAN; PORTH, 2016).
O potencial de ação cardíaco ocorre antes de cada contração do músculo cardíaco. Compreenda a seguir a
geração e condução do potencial elétrico no coração.
3.3.2 Eletrofisiologia cardíaca: potencial de ação rápido e lento, e sistema 
de condução elétrica do músculo cardíaco
O miocárdio tem diferentes tipos de canais de transporte de íons que contribuem para as variações de potencial:
canais de Na+ rápidos, canais de Ca++ lentos e canais de K+. Para entender o potencial de ação no músculo
cardíaco, consideramos cinco fases: fase 0 ou ascendente (despolarização rápida); fase 1 ou repolarização inicial;
fase 2 ou platô; fase 3 ou repolarização rápida final; fase 4 ou repouso (GANONG, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
Durante a despolarização rápida, entra o Na+, deixando o interior da membrana celular altamente positivo em
relação à sua parte externa. Enquanto o potencial de membrana (repouso) é de -90 mV, na despolarização o
potencial chega a +20 mV. Na repolarização inicial, ocorre inativação dos canais rápidos de Na+. Na fase de platô,
o K+ continua saindo lentamente e, ao mesmo tempo, ocorre a entrada de Ca++, o qual tem importante papel na
contração do músculo cardíaco. Na repolarização rápida, os canais de Ca++ fecham e ocorre o aumento da
permeabilidade ao K+, reestabelecendo o potencial de repouso com sua saída. A fase de despolarização diastólica
corresponde à diástole, fase na qual a atividade da bomba Na+/K+ contribui para manter o potencial de repouso
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permeabilidade ao K+, reestabelecendo o potencial de repouso com sua saída. A fase de despolarização diastólica
corresponde à diástole, fase na qual a atividade da bomba Na+/K+ contribui para manter o potencial de repouso
da membrana por meio da saída de Na+ e entrada de K+ (GANONG, 2010; GUYTON; HALL, 2017).
Há dois tipos de potencial de ação no músculo cardíaco: o de resposta lenta e o de resposta rápida. Nas células
normais do miocárdio, nos ventrículos e nas fibras de Purkinje, a resposta é rápida, decorrente da abertura de
canais rápidos de Na+, dependentes de voltagem. Diferentemente, as fibras presentes no nodo SA e as fibras de
condução do nodo AV apresentam resposta lenta (GUYTON; HALL, 2017).
Figura 4 - Potencial de ação: fase de despolarização (fase 0); fase de repolarização (fases 1, 2 e 3); fase de 
repouso (fase 4).
Fonte: MIRVIS; GOLDBERGER, 2006, p. 107.
Como ocorre a alternância entre contração e relaxamento no ritmo cardíaco? Entenda a seguir o que garante que
o coração seja estimulado de maneira a manter seu ritmo de funcionamento.
3.3.3 Excitação rítmica do coração
Após a ocorrência de um potencial de ação, há um período em que a membrana não responde a estímulos e, por
isso, não ocorre a despolarização. Esse é o período refratário absoluto. Isso colabora para manter o ritmo
cardíaco, evitando estímulos extras. A partir de um momento durante a fase de repolarização rápida final, a
membrana pode responder a um estímulo maior do que o normal, chamado de período refratário relativo
(GUYTON; HALL, 2017).
Como saber se o ritmo do coração está normal? Quais são as características de um eletrocardiograma normal? A
seguir, você poderá entender como as variações elétricas que acontecem no músculo cardíaco podem ser
registradas e avaliadas por meio do eletrocardiograma.
3.3.4 Eletrocardiograma normal
As variações no potencial de ação das fibras musculares do miocárdio podem ser registradas fora das células por
meio de um exame denominado eletrocardiograma (ECG). Em geral, essas variações elétricas são registradas em
uma tira de papel, conforme ilustrado na figura a seguir.
- -12
Figura 5 - O eletrocardiograma é um exame diagnóstico de possíveis alterações na atividade elétrica do coração, 
no qual a propagação de ondas elétricas geradas por células cardíacas é captada por eletrodos colocados no 
corpo.
Fonte: Evgeniy Kalinovskiy, Shutterstock, 2019.
Para o exame, eletrodos são posicionados em locais padronizados, sendo possível avaliar, a partir das ondas
registradas, se a propagação elétrica do coração está normal ou não. À medida que ocorrem ondas de
despolarização e repolarização no coração, os eletrodos captam as diferenças de potencial conduzidas à
superfície corporal. A onda denominada P corresponde a uma despolarização atrial, o complexo QRS a uma
despolarização ventricular e a onda T a uma repolarizaçãoventricular. O eletrocardiograma pode diagnosticar
possíveis arritmias decorrentes de situações clínicas, como isquemia e infarto do miocárdio (GANONG, 2010;
GUYTON; HALL, 2017).
Após a contração do músculo cardíaco, o sangue percorre a circulação para suprir as necessidades das células do
VOCÊ O CONHECE?
O médico holandês Willem Einthoven pesquisou por anos um método não invasivo para
estudar o funcionamento do coração, até obter o eletrocardiograma conectando fios no pé e
nas mãos do voluntário dentro de um balde com uma solução de eletrólitos, ligando essas
derivações à máquina. Em 1924, recebeu o prêmio Nobel de Medicina por esse advento. Saiba
mais sobre Einthoven e a história do eletrocardiograma no artigo disponível em: http://www.
rmmg.org/exportar-pdf/323/v20n2a18.pdf.
- -13
Após a contração do músculo cardíaco, o sangue percorre a circulação para suprir as necessidades das células do
nosso corpo. Compreenda a seguir como ocorrem ajustes no fluxo sanguíneo ao longo do sistema cardiovascular.
3.3.5 Circulação arterial e hemodinâmica: noções de hidrodinâmica e fluxos 
no sistema cardiovascular
Existem mecanismos de regulação local do fluxo sanguíneo de curto prazo (demandas metabólicas agudas) e de
longo prazo (demandas metabólicas crônicas). O controle de curto prazo ocorre em segundos ou minutos por
meio de variações rápidas no diâmetro das arteríolas, com vasodilatação ou vasoconstrição, aumentando ou
diminuindo o fluxo, respectivamente. O controle de longo prazo ocorre mais lentamente, em períodos de dias,
semanas ou até meses, podendo haver mudanças estruturais ou quantitativas nos vasos sanguíneos (GANONG,
2010; GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017). Um exemplo de mecanismo de controle agudo do fluxo
sanguíneo local é a resposta à diminuição do aporte tecidual de oxigênio, situação que eleva intensamente o
fluxo sanguíneo no tecido pelo aumento na concentração de substâncias vasodilatadoras. Existem também os
mecanismos que atuam em longo prazo, importantes em situações de aumento crônico no metabolismo tecidual.
Um desses mecanismos altera a vascularização tecidual, ocorrendo a formação de novos vasos (angiogênese),
quando aumenta o metabolismo (GANONG, 2010; GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
Com o controle do fluxo de sangue, ocorrem mecanismos de controle da pressão sanguínea. Qual é a pressão
sanguínea normal? Os valores de pressão sanguínea dependem de quais mecanismos de regulação? Qual é a
importância do controle da pressão arterial? O tópico a seguir discorrerá sobre a pressão arterial e os
mecanismos que a regulam.
3.4 Pressão arterial
A irrigação dos tecidos corporais depende da pressão com que o sangue é conduzido ao longo do sistema
arterial. A pressão nas grandes artérias atinge um valor máximo durante a sístole, correspondendo à pressão
arterial sistólica de cerca de 120 mmHg, e durante a diástole, a pressão arterial atinge nível mínimo de cerca de
70 a 80 mmHg, em um adulto saudável. Vários mecanismos atuam na regulação da pressão arterial no intuito de
manter o fluxo sanguíneo adequado nos diferentes órgãos (GROSSMAN; PORTH, 2016).
Como ocorrem os ajustes da pressão arterial? Entenda mais sobre a regulação da pressão arterial no próximo
tópico.
3.4.1 Regulação da pressão arterial de curto e longo prazo: mecanismos 
neurais e neuro-hormonais
A pressão arterial depende do débito cardíaco e da resistência periférica, sendo, então, influenciada por
situações que afetam esses fatores. A emoção, por exemplo, eleva o débito cardíaco e a resistência periférica 
.(GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017)
Clique nos itens abaixo.
Diversos tecidos corporais têm mecanismos locais de ajustes de fluxo de sangue, ainda assim é essencial que a
pressão arterial permaneça relativamente estável e, para isso, existem mecanismos que agem em curto prazo e
outros em médio ou longo prazo. A regulação imediata ocorre por meio de mecanismos neurais (curto prazo) e
humorais (médio prazo), agindo a cada minuto ou a cada hora. Em longo prazo, os rins atuam por meio da
regulação do volume extracelular (GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
Entre os mecanismos de controle de curto prazo (imediatos), os neurais atuam mais rapidamente. Os neurônios
que atuam nesse mecanismo se localizam no centro cardiovascular (ou vasomotor), situado no bulbo e na ponte.
Esse centro transmite estímulos parassimpáticos ao coração por meio do nervo vago e estímulos simpáticos ao
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Esse centro transmite estímulos parassimpáticos ao coração por meio do nervo vago e estímulos simpáticos ao
coração e aos vasos sanguíneos por meio da medula espinhal e dos nervos simpáticos periféricos. O sistema
nervoso autônomo age no controle da pressão arterial mediante reflexos ou de centros nervosos superiores
(GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
Nos mecanismos intrínsecos, os receptores são os barorreceptores (sensíveis à pressão) e os quimiorreceptores
(sensíveis a variações nas concentrações de oxigênio, gás carbônico e hidrogênio). Barorreceptores presentes
nos seios carotídeos e aórtico respondem a mudanças no estiramento nas paredes dos vasos e podem levar a
adaptações na frequência cardíaca e na resistência vascular periférica (SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2000;
CONSTANZO, 2008; GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
Os quimiorreceptores atuam na regulação da ventilação e podem causar vasoconstrição generalizada quando
ocorre uma diminuição crítica da pressão arterial, sendo estimulados, nesse caso, por uma diminuição dos níveis
de oxigênio e aumento da concentração do gás carbônico e dos íons hidrogênio (CONSTANZO, 2008; GROSSMAN;
PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
Mecanismos humorais contribuem para a regulação da pressão arterial por meio dos sistemas renina-
angiotensina-aldosterona, vasopressina e epinefrina-norepinefrina. O sistema renina-angiotensina-aldosterona
eleva a pressão por meio da vasoconstrição, da retenção de sal e água (nos rins) e do aumento da secreção da
aldosterona pela glândula suprarrenal (CONSTANZO, 2008; GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
A vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético, é produzida no hipotálamo e secretada pela neuro-
hipófise quando há diminuição da pressão arterial, sendo seu efeito a vasoconstrição. Outra ação hormonal para
controle da pressão arterial ocorre por meio da epinefrina e da norepinefrina, que aumentam a pressão arterial
CASO
Ao frequentar academias, podemos nos deparar com situações que requerem conhecimento e
cuidado. Mesmo uma pessoa acostumada a realizar exercício físico pode apresentar tonteira e,
até mesmo, desmaio após uma sessão de exercícios mais intensos. Quais são as possíveis
explicações para esses sintomas? Como agir diante dessa situação? Isso pode ser indicativo de
um problema mais grave de saúde?
Uma das possíveis explicações para tonteira ou desmaio após o exercício físico é a síndrome
vasovagal, também denominada síncope neurocardiogênica ou síncope reflexa. Ao
interromper de forma súbita um exercício, o sangue pode se acumular nos membros inferiores
(que já apresentam vasodilatação em resposta ao exercício), com diminuição do retorno
venoso, o que leva à redução do débito cardíaco e à queda da pressão arterial, resultando na
sensação de tonteira ou no desmaio.
A recuperação dos níveis normais de pressão arterial ocorrem com a ação de barorreceptores,
que detectam a queda da pressão arterial e ativam o centro vasomotor para aumentar os
estímulos simpáticos para o coração e diminuir os estímulos parassimpáticos. Com isso,
ocorrerá elevação da frequência cardíaca, da contratilidade e da resistência de vasos
periféricos, retornando o débito cardíaco e a pressão arterial aos níveis normais.
Diante dessa situação, a primeira medida é deitar a pessoa de costas, mantendo a cabeça
apoiada ao nível do chão e elevar as pernas dela ao máximo possível. Às vezes, essa medida é
suficiente, outras vezes, torna-se necessário chamar um profissional da saúde capacitado para
prestar socorroe tomar outras medidas necessárias.
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controle da pressão arterial ocorre por meio da epinefrina e da norepinefrina, que aumentam a pressão arterial
por meio da vasoconstrição e do aumento da frequência e da contratilidade do coração (CONSTANZO, 2008;
GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
Há situações nas quais os mecanismos de controle da pressão arterial de curto prazo não são suficientes, por isso
mecanismos de ação em longo prazo são importantes. Eles ocorrem por meio da capacidade dos rins de regular o
volume do líquido extracelular. Quando há excesso de líquidos e sal, a pressão arterial pode aumentar e, assim,
pode haver também aumento da excreção de água e de sal pelos rins (GANONG, 2010; GROSSMAN; PORTH,
2016; GUYTON; HALL, 2017).
Os autores Santos, Fagundes-Moura e Silva (2000, p. 227) nos trazem que
O sistema renina-angiotensina (SRA) é considerado um dos mais importantes sistemas reguladores
para a homeostase cardiovascular. A influência desse sistema sobre as funções cardiovasculares e
renais é extremamente ampla e complexa, envolvendo múltiplos mediadores, receptores e
mecanismos de sinalização intracelular variados.
E complementam:
O SRA tem um papel fundamental na regulação do equilíbrio hidroeletrolítico, em várias situações
fisiológicas e fisiopatológicas, principalmente por meio de seus efeitos renais. [...] Fisiologicamente, a
Ang II age tanto como um hormônio circulante quanto um componente ativo do SRA intrarenal,
promovendo a retenção de sal e água e, consequentemente, a manutenção do fluido extracelular
(SANTOS; FAGUNDES-MOURA; SILVA, 2000, p. 232).
Vamos praticar nossos conhecimentos? Veja a atividade a seguir.
O sangue conduzido pelos vasos deve chegar aos tecidos para irrigá-los e manter seu funcionamento. Existem
vasos microscópicos que ficam bem próximos às células e garantem a troca de nutrientes e metabólitos. O
próximo tópico trata dos componentes e do funcionamento da microcirculação.
3.4.2 Microcirculação, meta-arteríolas
A microcirculação é composta pelos menores vasos da circulação. Nela, o sangue chega por uma arteríola, passa
pelos capilares e retorna por uma vênula. Os capilares são microscópicos e têm em sua parede uma única
camada de células endoteliais e poros entre essas células que permitem a troca de substâncias. Há arteríolas
terminais que não têm revestimento muscular contínuo (meta-arteríolas) e constituem derivações
arteriovenosas que formam canais de comunicação diretos entre arteríola e vênula. Esses canais não permitem a
troca de nutrientes, mas são importantes em outras situações, por exemplo: para a regulação de temperatura na
VOCÊ SABIA?
A hipertensão arterial, associada ao diabetes e à obesidade, pode predispor ao baixo
desempenho cognitivo. Saiba mais no artigo “A hipertensão, o diabetes e a obesidade estão
associados ao menor desempenho cognitivo em idosos residentes na comunidade: dados do
estudo fibra” (OLIVEIRA , 2017). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?et al. 
script=sci_arttext&pid=S1980-57642017000400398.
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troca de nutrientes, mas são importantes em outras situações, por exemplo: para a regulação de temperatura na
pele (GROSSMAN; PORTH, 2016).
Os capilares que se originam dessas meta-arteríolas contêm esfíncteres pré-capilares que controlam o fluxo de
sangue, abrindo e fechando a entrada do capilar. Esse fluxo na microcirculação destina-se à troca de nutrientes e
metabólitos (GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
A pressão hidrostática nos capilares tende a forçar o líquido e as substâncias nele dissolvidas através
dos poros capilares, para os espaços intersticiais. Por outro lado, a pressão osmótica gerada pelas
proteínas plasmáticas (chamada de ) tende a fazer com que o líquido sepressão coloidosmótica
movimente por osmose, dos espaços intersticiais para o sangue. Essa pressão osmótica, exercida
pelas proteínas plasmáticas, impede, normalmente, a perda significativa de líquido do sangue para os
espaços intersticiais (GUYTON; HALL, 2011, p. 185, grifos dos autores).
Essa pressão osmótica, chamada também de oncótica (CONSTANZO, 2008; GROSSMAN; PORTH, 2016), aumenta
durante o comprimento do capilar, especialmente em capilares que possuem uma grande rede de filtração (como
os capilares do glomérulo renal), porque o fluido filtrado, ao sair, deixa proteínas no sangue, aumentando a
concentração proteica (CONSTANZO, 2008; GROSSMAN; PORTH, 2016). O líquido que não é reabsorvido retorna
à circulação por meio dos vasos linfáticos, conforme ilustrado na figura a seguir.
VOCÊ QUER LER?
O Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico,
produzido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016), contém as recomendações e os
valores de referência para avaliação do perfil lipídico. Acesse em: http://www.sbpc.org.br
/upload/conteudo/consenso_jejum_dez2016_final.pdf.
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Figura 6 - Pressões atuantes na microcirculação.
Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019.
Em algumas situações, é necessário aumentar o fluxo de sangue para os tecidos. Ajustes no fluxo sanguíneo nos
tecidos corporais têm como objetivo atender às suas necessidades e são essenciais para evitar a morte tecidual.
Conheça mais sobre esses mecanismos de ajustes a seguir.
3.4.3 Ação parácrina: histamina, serotonina, bradicinina, óxido nítrico
No controle humoral da circulação, pode haver a ação de hormônios, que são secretados por glândulas e
circulam pelo sangue, e de substâncias produzidas localmente, as quais causam efeitos circulatórios locais. Essas
últimas fazem parte da ação do tipo parácrina.
Quando ocorre uma lesão tecidual, há a liberação de histamina derivada dos mastócitos teciduais e dos basófilos
sanguíneos. A ação da histamina é vasodilatadora nas arteríolas, aumentando a porosidade capilar, muitas vezes
causando o edema. Esse mecanismo é muito comum em alergias. Outra substância vasodilatadora é a bradicinina,
que regula o fluxo de sangue localmente, especialmente na pele e nas glândulas salivares, e aumenta a
permeabilidade vascular em tecidos inflamados (GROSSMAN; PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
As células do endotélio dos vasos sanguíneos produzem substâncias que podem relaxar ou contrair a parede do
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As células do endotélio dos vasos sanguíneos produzem substâncias que podem relaxar ou contrair a parede do
vaso. Uma dessas substâncias é o óxido nítrico, considerado o mais potente vasodilatador produzido pelo
endotélio vascular. Quando aumenta o fluxo de sangue para um tecido de forma repentina pela dilatação das
arteríolas, as artérias mais calibrosas também se dilatam pela ação do óxido nítrico. Outra substância que
participa do controle humoral da função vascular é a serotonina. Encontrada no cérebro e nos pulmões, essa
substância causa vasoconstrição e tem importante papel do controle de hemorragia (GROSSMAN; PORTH, 2016;
GUYTON; HALL, 2017).
Várias substâncias estão presentes na circulação sanguínea. Os lipídeos são exemplos de substâncias que circulam
em combinação com outras substâncias. A seguir, abordaremos este tema. Devido à insolubilidade dos lipídeos
em solução aquosa, eles não circulam livremente na corrente sanguínea. Os ácidos graxos transportados ligam-se
à albumina, enquanto o colesterol, os triglicerídeos e os fosfolipídeos formam complexos ligados a proteínas.
Durante a absorção de gorduras no intestino, são formados quilomícrons. Essas moléculas são degradadas pela
enzima lipase lipoproteica, que as transforma em ácidos graxos livres e glicerol (GANONG, 2010; GROSSMAN;
PORTH, 2016; GUYTON; HALL, 2017).
O fígado é o responsável pela formação da maior parte das lipoproteínas (VLDL, LDL, HDL e quilomicrons). Nele
também é formado o colesterol dos fosfolipídeos e dos triglicerídeos. São essas lipoproteínas que transportam
lipídeos no sangue. Grande parte desses lipídeos será armazenada no tecido adiposo e no fígado. O tecido
adiposo pode ser usado depois como reserva de energia para outras partes do corpo, assim como paraisolamento térmico (GANONG, 2010; GROSSMAN; PORTH, 2016).
Os níveis de colesterol no plasma podem ficar elevados em consequência do aumento de lipoproteínas. Fatores
genéticos, nutricionais e metabólicos podem contribuir para a hiperlipidemia (GROSSMAN; PORTH, 2016).
O acompanhamento dos níveis séricos de lipoproteínas é especialmente importante quando há risco de doença
cardíaca coronariana. O exame de perfil lipídico é utilizado para fazer esse acompanhamento, conforme ilustrado
na figura a seguir.
VOCÊ QUER LER?
Vamos entender um pouco mais sobre o papel do HDL, considerado o “bom colesterol”? Será
que em excesso o HDL não prejudica? O texto de Lima e Couto (2006) trata sobre esse assunto
e está disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n3/a05v42n3.pdf.
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Figura 7 - O teste de perfil lipídico é uma importante ferramenta para avaliar os componentes presentes no 
plasma sanguíneo.
Fonte: Jarun Ontakrai, Shutterstock, 2019.
O índice elevado de lipídeos é o principal fator de risco para a aterosclerose, doença que predispõe ao infarto do
miocárdio, trombose cerebral, entre outras doenças. Na aterosclerose, o excesso de colesterol infiltra em
macrófagos, que formam células espumosas, formando lesões nas paredes arteriais. Esse processo causa
inflamação no local, causando distorções e enrijecimento dos vasos. A lesão aumenta e invade a luz do vaso
sanguíneo, aumentando a resistência do vaso à corrente sanguínea e, consequentemente, reduzindo, de forma
significativa, o fluxo sanguíneo. Pode haver também oclusão do vaso e formação de trombos (trombose), sendo
essa situação mais grave quando ocorre no coração (artérias coronárias) e no cérebro (GROSSMAN; PORTH,
2016; GUYTON; HALL, 2017).
Compreender as funções do sistema cardiovascular ajuda a reconhecer a importância de realizar os cuidados
recomendados para mantê-lo íntegro. Manter o sistema cardiovascular saudável contribui para manter a saúde
dos outros órgãos e sistemas do corpo.
VOCÊ SABIA?
Considerando os fatores de risco para doenças coronarianas, você pode calcular qual o
provável risco de ter uma doença coronariana (SBPC, s/d). Há também a possibilidade de
calcular o risco coronariano em dez anos. Faça o teste! Acesse em: http://prevencao.cardiol.br
/testes/riscocoronariano.asp.
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Síntese
Chegamos ao final da unidade. Tivemos a oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre o sistema
cardiovascular e seu funcionamento. Nesta unidade, foi possível conhecermos mais sobre o coração e as
estruturas que formam o sistema cardíaco, responsáveis pelo transporte do sangue que levam nutrientes e
oxigênio a todas as células do nosso corpo. Para cumprir essa função, o músculo estriado cardíaco tem
características próprias, que atuam para gerar e conduzir o estímulo elétrico em seu interior. Mediante os
estímulos gerados no próprio coração e de influências neurais e humorais, o coração e os vasos se ajustam para
atender às diferentes necessidades teciduais.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender a anatomia do sistema cardíaco;
• entender a fisiologia cardíaca;
• conhecer os vasos sanguíneos;
• compreender como acontece o ciclo cardíaco;
• identificar os mecanismos elétricos cardíacos;
• compreender como acontece o débito cardíaco;
• conhecer a hemodinâmica do sistema cardíaco;
• apreender o eletrocardiograma normal e o marca-passo cardíaco;
• compreender a pressão arterial e seus mecanismos de regulação;
• conhecer os efeitos de hormônios e mediadores químicos no sistema cardíaco;
• conhecer os lipídeos na circulação sanguínea.
Bibliografia
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	Introdução
	3.1 Sistema cardíaco
	3.1.1 Anatomia do sistema cardíaco: coração, pericárdio, valvas e coronárias
	3.1.2 Microscopia das células cardíacas, contração muscular cardíaca
	3.1.3 Vasos sanguíneos
	3.2 Ciclo cardíaco
	3.2.1 Diástole e sístole
	3.2.2 Regulação do débito cardíaco, pré-carga e pós-carga
	3.3 Ritmo cardíaco
	3.3.1 Determinação do ritmo cardíaco e frequência cardíaca
	3.3.2 Eletrofisiologia cardíaca: potencial de ação rápido e lento, e sistema de condução elétrica do músculo cardíaco
	3.3.3 Excitação rítmica do coração
	3.3.4 Eletrocardiograma normal
	3.3.5 Circulação arterial e hemodinâmica: noções de hidrodinâmica e fluxos no sistema cardiovascular
	3.4 Pressão arterial
	3.4.1 Regulação da pressão arterial de curto e longo prazo: mecanismos neurais e neuro-hormonais
	3.4.2 Microcirculação, meta-arteríolas
	3.4.3 Ação parácrina: histamina, serotonina, bradicinina, óxido nítrico
	Síntese
	Bibliografia

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