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A escrava atividade III de Literária II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E
ARTES
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS VIRTUAL
LITERATURA BRASILEIRA I
NOME: Aline Regina Da Silva Baracho
PÓLO: Alagoa Grande
Atividade de Aprendizagem III – 100 pontos
Leia o conto “A escrava” (1887), de Maria Firmina dos Reis, e responda:
Questão 1 (50 pontos): Identifique trechos do conto que correpondem aos seguintes
recursos do tempo na narrativa:
a) digressão:
“ O sol de todo sumia na orla cinzenta do horizonte, o vento paralizado não agitava as
franças dos anosos arvoredos, só o mar ao longe da costa, semelhante o arquejar
monótono de um agonizante.”
“ A lua percorria melancólica e solitária os pâramos do céu e cortava com uma fita de
prata as vagas do oceano.”
b) cena:
“- A noite se avizinha, e se a deixa ir mais longe, dificil lhe será encontra-lá
- Tem razão, minha senhora, eu parto imediatamente [...].”
“- Quem és filho? O que procura?
- Ah senhora , exclamou [...] eu procuro minha mãe, que correu nesta direção, fugindo
ao cruel feitor, que a persseguia. E também agora sou um fugido[...].”
“- Escuta, lhe tornei então, tua mãe está salva, salvou-a o acaso, e o feitor está agora
bem longe daqui.
- Ah! Minha senhora, onde, onde está a minha mãe e quem a salvou?
- Segue-me disse eu – tua mãe está ali – e apontei para a moita onde se refugiava.
- Minha mãe, sem receio de ser ouvido, exclamou o filho: minha mãe!”
“- Diga, minha senhora, ordene.
- Não moro presentemente longe daqui. Sabes a distância que vai daqui à praia? Estou
nos banhos salgados.
- Sei sim, senhora,é muito perto. Que devo então fazer?
- Tu, e estes homens – os criados acabma de chegar – vão transporta-lá, imediatamente à
minha morada, e lá procurarei reanimá-la.”
“- Peço-lhe mil desculpas, se a vi incomodar.
- Pelo contrário, retorqui-lhe. O senhor poupo-me o trabalho de o ir procurar.
- Sei que esta negra está morta, exclamou ele, e o filho acha-se aqui: [...] com este negro
a coisa muda de figura: minha querida senhora [...].
- Pelo amor de Deus, minha mãe, gritou Gabriel, completamente desorientado – minha
querida, leva-me contigo.
- Tranquiliza-te, lhe torni com calma, não te hei já dito que te achas sob a minha
proteção? Não tem confiança em mim?”
c) pausa descritiva:
“ Como não devo ingorar, eu já havia constituído então membro da sociedade
abolicionista da nossa província, e da do Rio de Janeiro. Expedi de pronto um
próprio à capital.”
“ Sim a vindita da lei; lei que infelizmente ainda perdura, lei que garante ao forte o
direito abuso, e execrando de oprimir o fraco.”
“Eu bem conhecia a gravidade do meu ato: - recebia em meu lar dois escravos
foragidos, e escravos talvez de algum poderoso senhor; era expor-me à vindita
da lei; mas em primeiro lugar o meu dever, e o meu dever era socorrer aqueles
infelizes.”
Questão 2 (50 pontos): Selecione um trecho do conto em que se percebe uma relação
do espaço com a situação dramática de uma personagem e, em seguida, identifique o
tipo de ambientação nele presente (franca, reflexa ou dissimulada).
“ - Sei que esta negra morta, exclamou ele,e o filho acha-se aqui: tudo isto teve a
bondade de comunicar-me ontem. Esta negra continuou, olhando fixamente para o
cadáver – esta negra era alguma coisa monomaniaca, de tudo tinha medo, andava
sempre foragida, nisto consumiu a existência. Morreu, não lamento esta perda, já para
nada prestava. O Antônio, meu feitor, que é um excelente e zeloso servidor, é que se
cansava em procurá-la. Porém, minha senhora, este negro – designava o pobre Gabriel,
com este negro a coisa muda de figura: minha querida senhora, este negro está fugido:
espero, mo entregrará, pois sou o seu legítimo senhor, e quero corrigi-lo.
- Pelo amor de Deus, minha mãe, gritou Gabriel completamente desorientado – minha
mãe, leva-me contigo.
- Tranquiliza-te, lhe tornei com calma, não te hei já dito que te achas sob a minha
proteção? Não tem confiança em mim?
Aqui o Senhor Tavares encarou-me estupefato – e depois perguntou-me.
- Que significa essas palavras, minha querida senhora? Não a compreendo
- Vai compreender-me, retorqui, apresentando-lhe um volume de papéis subscritados e
competentemente selados.
Rasgou o subscrito, e leu-os. Nunca em sua vida tinha sofrido tão extraordinária
contrariedade.”
Nesse trecho, retirado do conto “A Escrava” da escritora Maria Firmina dos Reis,
identifica-se um tipo de ambientação reflexa, no qual a posição adotada pela
personagem testemunha para narrar a situação dramática, a partir de sua subjetividade.
Desta maneira neste ambiente, se tem uma tensão e um conflito estabelecida entre as
personagens, uma vez que o senhor Tavares, dono dos escravos chega à casa da senhora,
para resgatar Gabriel o escravo fugido, sua mãe a escarva Joana já estava morta. O
senhor Tavares fala que o seu escavo precisa de um corretivo por ter fugido. Com medo
Gabriel clama por sua mãe, gerando uma tensão. A senhora, que estava protegendo
Gabriel, o acalmou. Desta maneira foi gerado um conflito, deixando o senhor Tavares
intrigado com tal afirmação da senhora, posteriormente, ela lhe entregou papéis
subscritados e zelados no qual se tratava da revogação da lei, protegendo o escravo
contra seu dono, sendo o escravo órfão. O Senhor Tavares nunca tinha sido tão grande
contrariedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dos Reis, Maria Firmina. A Escrava. [S.I.: s.n.], [S.d]. Disponível em:
<https://www.passeidireto.com/arquivo/20341378/maria-firmina-dos-reis-a-escrava>.
Acesso em: 24 out. 2018.
JUNIOR, Arnaldo Franco. Operadores de leitura da narrativa. [S.I.: s.n.], [S.d].
Disponível em:
<https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/54247763/143201616-Operadore
s-de-Leitura-Da-Narrativa.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&E
xpires=1540415355&Signature=gmpWBLnYcE9fcGElxK8KFiVU434%3D&response-
content-disposition=inline%3B%20filename%3DOPERADoRES_DE_LEITURA_DA_
NARRATIVA.pdf>. Acesso em: 24 out. 2018.

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