Buscar

MAUS - HQ - RESENHA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A primeira HQ a ganhar um Pulitzer. Biográfica, fictícia, essencial. Essa é a obra de hoje. :)
A história se inicia em 1978, e Art Spiegelman conversa com seu pai, Vladek, um judeu nascido na Polônia, acerca das vivências do genitor durante o Holocausto. Num percurso avassalador, a dor da guerra sempre é latente, a ferida da tortura nunca cicatriza e Spiegelman e o pai ainda precisam lidar com o suicídio da mãe, Anja, vítima dos terrores das memórias que nunca se vão. 
Art passa, então, a ter uma franca conversa com o pai sobre os acontecimentos que o envolveram desde a segunda guerra mundial até a libertação dos campos de concentração nazistas, história brilhantemente transposta aos quadrinhos. A palavra “Maus”, que significa “rato” em alemão, fica ainda mais condizente quando pensada na língua portuguesa. Spiegelman ilustra os judeus como ratos, os alemães como gatos, os americanos como cachorros e os poloneses como porcos. 
Apesar da antropomorfização, não houve tentativa de bestializar os envolvidos nessa história sangrenta e muito menos de insinuar que os gatos e ratos seriam inimigos naturais, amenizando os motivos da perseguição. O intuito de Spiegelman foi, talvez, refletir o imaginário doentio dos alemães e a própria propaganda nazista, que colocava os judeus nos papeis de vermes, roedores, dignos do lixo. A epígrafe da obra deixa isso claro, consta no primeiro anexo das imagens aqui do post, foi uma frase pronunciada por Hitler que evidencia a razão da antropomorfização que o autor trouxe. 
Teríamos muito pra falar sobre Maus, seriam necessários muitosss posts, mas o que posso dizer é: QUE OBRA. Que história incrível, quanta sensibilidade, quanta honestidade e, justamente por isso, quanta tristeza. É impossível não se abalar, mas foi uma realidade. Conhecer a história para não mais repeti-la. 
Se esse post foi útil pra você, salve, curta, comente e compartilhe com alguém que possa se interessar.

Outros materiais