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MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA RENDIMENTO VOLUMETRICO E RELAÇÃO AR COMBUSTÍVEL DE UM MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA Carlos Alberto Breda Maio de 2021 Prof. GarciaProf. GarciaProf. GarciaProf. Garcia 1. RENDIMENTOS VOLUMÉTRICOS (POTÊNCIA POR LITRO) Para comparar os motores entre si, relaciona-se muitas vezes a sua potência efetiva à unidade de cilindrada expressa em litros, ou seja: potência/cilindrada = potência por litro Nos primeiros motores atingiam 5 C.V. (3,6 kW) por litro. Este valor era baseado na potência nominal utilizada ainda hoje em vários países. Os motores modernos desenvolvem entre 30 kW (40 C.V.) e 37 kW (50 C.V.) por litro, e mais de 80 kW (100 C.V.) para os motores de alto rendimento. Estes aperfeiçoamentos resultam principalmente no aumento dos regimes de rotação, da diminuição de peso das peças móveis e da qualidade do carburante. Para comparação mais exata das vantagens da execução mecânica dos motores, é preciso determinar a potência por litro milhares de rpm, ou seja: potência/cilindrada x regime = Potência por litro por 1000 rpm. Os valores atuais situam-se entre 5 e 9 kW por litro/1000 rpm, ou seja, entre 7 e 12 C.V. 1.1. Eficiência volumétrica (ην ou Rv) Quanto maior a quantidade de ar admitido, maior é a potência que pode ser fornecida por um mesmo motor na mesma rotação. A relação entre o ar admitido e o volume deslocado pelos pistões é indicado como a eficiência volumétrica de um motor (ην %) – Fig. 2.1. Figura 2.1 – Parâmetros envolvidos no cálculo do eficiência volumétrica Onde, Q – Quantidade de ar admitido em litros por minuto; N – Rotação do motor em rpm; Vh – Volume deslocado em cm3; Z – número de cilindros. O fator 0,5 deve-se ao fato de que, em um motor 4 tempos, o ar é admitido apenas uma vez em cada rotação do virabrequim 1.2. Rendimento de um motor É a relação entre a potência mecânica fornecida pelo motor no eixo virabrequim e a que lhe é disponibilizada pelo combustível durante o seu funcionamento. O motor de combustão interna aproveita apenas uma pequena parcela da energia resultante da queima do combustível. Uma unidade a gasolina, por exemplo, tem a seguinte distribuição 1: 35% - calor retirado através dos gases de escapamento; 32% - Calor dissipado pelo sistema de arrefecimento; 8% - Atritos internos decorrentes do funcionamento do motor; 25% - Energia mecânica efetivamente disponível no volante do motor. O motor Diesel possui um rendimento superior, podendo passar dos 35% chegando a 38%. Isso se deve à maior taxa de compressão do mesmo. 1.3. Relação ar combustível A mistura admitida por um motor de combustão interna só queimará em uma determinada faixa de relação. Essa relação, denominada relação ar combustível, define a relação de peso entre o ar e o combustível admitido. Onde, Q – quantidade de ar admitida em litros por minuto; - peso específico do ar; b ou q – quantidade de combustível consumido em cm3; t - tempo de consumo de combustível em segundos; r – peso específico do combustível. A relação ar combustível possível de ser queimada em um motor na prática varia de 8:1 a 21:1 (rica e pobre, respectivamente). Peso específico do ar – é uma unidade que expressa o peso do ar por unidade de volume em Kg/m3. O valor varia em função da pressão e temperatura do ar: Onde, Po – Pressão atmosférica em mmHg; Td – Temperatura da atmosfera em bulbo seco (°C). 5. Relação ar combustível teórica Quando o combustível queima na presença de ar, a quantidade deste pode ser calculada. A relação de peso ar combustível calculada é denominada relação teórica. Supondo que a gasolina é composta unicamente por hexano (C6H14), a quantidade de ar necessária para queimar 1 Kg de combustível é calculada. O ar é composto por aproximadamente 79% de Nitrogênio (N2) e 21% de oxigênio (O2); A relação de massa do N2 e O2 no ar é 77% : 23%. Uma vez que, Massa molecular do N2 é 14 x 2 = 28 Massa molecular do O2 é 16 x 2 = 32 1 Informação extraída do livro Curso Prático para Mecânico de Automóveis – O Motor, de H. M. Chollet A massa de N2 será 0,79 x = 0,369 A massa de O2, por sua vez será 0,21 x = 0,112 Consequentemente, A relação de massa do N2 no ar é 767,0 112,0369,0 369,0 A relação de massa do O2 no ar é 233,0 112,0369,0 112,0 Quando ocorre a queima completa do combustível, a reação é a seguinte: C6H14 + 9,5O2 = 6 CO2 + 7 H2O 6x12 + 14x1 = 86 9,5x2x16 = 304 A quantidade de ar necessária para queimar completamente 1 Kg de combustível é X Kg: 86:304 = 1:X X = 3,53Kgs A relação de massa de Nitrogênio e Oxigênio é 7:23, e a quantidade de nitrogênio necessária é Y Kg. 77:23 = Y:3,53 Y = 11,8 Kgs Finalmente, a quantidade de ar necessária será igual a : X + Y Kgs = 3,53 + 11,8 = 15,33 (relação teórica) Essa relação também é conhecida como razão estequiométrica, considerando uma queima completa com gasolina pura. No Brasil, o uso de uma mistura de cerca de 27,5% à gasolina, faz com que a razão estequiométrica fique em 13, 5:1. 1.4. Processo de combustão em um motor Infelizmente, em um motor de combustão interna não ocorre a queima completa do combustível. Diversos fatores ocasionam a queima incompleta do combustível, dentre eles: Tempo reduzido para a reação entre o combustível e o oxigênio do ar; A mistura ar combustível não é formada perfeitamente, deixando locais com excesso de oxigênio e outros com falta, tornando a queima no interior da câmara de combustão heterogênea; O ar admitido contém outros elementos além do oxigênio (Nitrogênio e outros gases em menor proporção); Variações de carga, rotação, temperatura do ar e do próprio motor provocam alterações na combustão, com alimentação com misturas fora da razão estequiométrica. Em um funcionamento hipotético de um motor ideal, seria consumida uma mistura ar combustível estequiométrica - que é aquela que mantém a proporção ideal entre os reagentes para a ocorrência de uma queima completa. Se considerada a gasolina pura, ou seja, sem a adição de álcool, são necessários cerca de 15 gramas de ar para cada grama de gasolina a fim de garantir uma queima sem resíduos de ar e hidrocarbonetos não queimados. A gasolina brasileira, por conter cerca de 27,5% de álcool, possui poder calorífero ligeiramente menor, exigindo 13,28 gramas de ar para queimar completamente 1 grama de gasohol. O álcool hidratado por sua vez tem uma razão estequiométrica de 9:1, devido à presença de oxigênio na composição desse combustível. Em uma combustão completa, os únicos subprodutos resultantes da queima da gasolina são o dióxido de carbono, Água e Nitrogênio. A mistura real proporciona uma queima não ideal, produzindo outros subprodutos, muitos dos quais tóxicos e com emissão restrita pelo PROCONVE – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. Enfim, o funcionamento de um motor de combustão interna provoca a emissão de diversos gases. 1.5. Gases não poluentes Pelos gases do escapamento de um veículo sai uma mistura de gases composta por 99% de gases não poluentes, que em sua maioria não trazem problemas à saúde. São eles: Nitrogênio – parte integrante do ar que respiramos, não participa como fonte de energia na queima – 71% Vapor d’água – compõe cerca de 9% dos gases de escape; Dióxido de carbono (CO2) – compõe cerca de 18% dos gases eliminados. Apesar de não ser considerado poluente, o gás carbônico, como também é chamado, é um dos responsáveis pelo Efeito estufa, contribuindo de forma significativa com a elevação da temperatura global; Oxigênio e gases inertes – cerca de 1% dos gases do escapamento. Corresponde ao oxigênio não utilizado durante a queima e os demaisgases que compõe o ar atmosférico em reduzida quantidade. Estes gases poluentes, apesar de comporem apenas 1% dos gases expelidos, são extremamente danosos à saúde e ao meio ambiente, o que os torna indesejados e alvo de restrito controle pelas legislações ambientais ao redor do mundo, são eles: Monóxido de carbono – inodoro e incolor, o CO é extremamente tóxico. Respirá-lo em uma concentração de 0,3% em volume mata em apenas 30 minutos. O gás se combina aos glóbulos vermelhos do sangue, impedindo o transporte de oxigênio. O CO corresponde à maior parte dos gases nocivos emitidos pelos motores (cerca de 18%); Óxidos de Nitrogênio – o ar, quando submetido a elevadas temperaturas e pressões, propicia a formação dos óxidos de nitrogênio que, combinados com o vapor d’água na atmosfera, pode formar o ácido nítrico. Esses elementos, além de nocivos à saúde, são fatores responsáveis pela formação de chuva ácida; Hidrocarbonetos – correspondem ao combustível não queimado, ou queimado parcialmente. Além de formarem fuligem – aquela substância que escurece os tubos de descarga dos carros – são cancerígenos. Partículas sólidas – especialmente vistos em motores Diesel, são uns dos responsáveis pela fumaça preta desse tipo de veículo. Também causam problemas à saúde; Compostos de enxofre – o enxofre, não totalmente eliminado na produção da gasolina, pode provocar a formação de compostos que, combinados ao vapor d’água, se transformam em ácidos sendo nocivos à saúde e danificando o escapamento e o catalisador; Aldeídos (CHO) – são voláteis cancerígenos e provocam irritações nas vias respiratórias. São especialmente gerados através da queima do álcool puro (etanol) ou do álcool anidro presente à gasolina. 1.6. Combustão anormal 1.6.1 - Detonação Quando ocorre a centelha da vela, uma frente de chama é formada, elevando rapidamente a pressão no interior da câmara de combustão. A auto-ignição, ou detonação, ocorre quando essa elevação provoca uma nova onda de pressão em algum local, devido ao surgimento de queima da mistura sem a faísca da vela. Esse fenômeno de combustão anormal traz prejuízos à queima devido aos esforços desordenados gerados no interior do cilindro, que podem inclusive gerar ruídos metálicos, denominados batidas de pino. Se permanecer durante longos períodos, além da queda no rendimento e ruído, o fenômeno da detonação traz sérios danos ao motor danificando os pistões. A detonação pode ser causada por combustível inadequado, temperatura muito elevada ou sistema de ignição regulado inadequadamente. È possível eliminar ou atenuar a detonação atrasando a ignição. Nesse caso a pressão no interior dos cilindros é ligeiramente menor, o que acaba por impedir a formação de novas frentes de chama. 1.6.2 - Pré-ignição Também denominada ignição de superfície, é causada pela presença de um ponto quente no interior da câmara, dando origem a uma frente de chama independente da centelha da vela de ignição. A pré-ignição tem geralmente as origens em impurezas de carvão e válvulas ou velas incorretas. Um motor carbonizado costuma apresentar problemas de pré-ignição na medida em que o carvão depositado na cabeça do pistão, válvulas e sedes de válvulas agem como pontos quentes, dando origem a frentes de chama anteriores à combustão provocada pela vela de ignição. 2. ENSAIOS DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Na indústria, os ensaios de motores de combustão interna são feitos em geral com os seguintes objetivos: a) Levantamento das curvas características; b) Verificação do desempenho do conjunto e de componentes específicos; c) Ajustes e regulagens do conjunto e de componentes específicos; d) Desenvolvimento de novos projetos. 2.1. Curvas características Propriedades As propriedades, conjugado na árvore de manivelas ou torque (T ou Mt), potência (Pe ̇) e consumo especifico (Ce), são as que serão utilizadas para o "levantamento" das curvas características de um motor de combustão interna, todas elas obtidas em função da rotação para motores em que se pode controlar a quantidade de ar e combustível admitidas (caso dos motores de automóveis). Estas curvas estão mostradas na Fig. 1. No caso de motores estacionários, que acionam maquinas que necessitam de rotação constante (como geradores e bombas), estas curvas são apresentadas em função do consumo total de combustível. Normalmente estes motores apresentam um governador (mecânico ou eletrônico) que aciona a borboleta do ar do carburador de modo que com o aumento da carga (torque) sobre o eixo do motor, ele corrige a posição da borboleta de forma a manter a rotação constante. Como a posição da borboleta de ar também atua sobre o controle de combustível (por válvula agulha regulável) ou por diferença de velocidade no Venturi, consegue-se a compensação adequada à nova carga. Figura 1: Curvas características de motores 2.1.1. Torque ou conjugado da árvore (T ou Mt) Como mostra a Fig. 2, o conjunto pistão-biela-manivela, faz aparecer um momento instantâneo (Ta) no eixo do motor, causado pela força tangencial (Ftan). Figura 2. Forças aplicadas à arvore de manivelas Na Fig. 2, Ft é a força total; Fb é a força na biela; Ftan é a força tangencial e Ta é o torque instantâneo. Embora o raio da manivela seja constante, esse momento varia com o ângulo α, que a manivela faz com relação à linha de centro do cilindro. Com o funcionamento do motor a uma dada rotação se obtém um momento médio positivo que será chamado de torque (T ou Mt). 2.1.2- Potência e consumo Para um motor de combustão interna, são definidas quatro potências: Pe Pe Potência Térmica ou Potência Teórica (Q ou PT) é o calor fornecido por unidade de tempo pela queima do combustível; onde: PCI é o poder calorífico inferior do combustível, ou seja, energia por unidade de massa, mc a vazão em massa de combustível que o motor consome. Potência indicada (PI) é a potência desenvolvida na cabeça dos pistões; Potência de atrito ( ̇PA) é a potência consumida pelas resistências internas do motor; Potência efetiva (PE) é a potência medida no eixo do motor Ondė a potência medida no eixo do motor, pode ser expresso em função do torque (T ou Mt) e do número de rotação do motor (n), normalmente expresso em rotações por minuto ou rpm como já vimos. 2.1.3. Rendimentos Rendimento térmico indicado (RT): Conhecido também apenas como rendimento térmico, que está relacionado com a potência teórica e potência indicada. Rendimento mecânico (RM): Engloba as perdas por atrito do motor. Pode ser medido com um ensaio especifico chamado Ensaio de Atrito Interno e só pode ser realizado com dinamômetro elétrico que permita acionar o motor de combustão desligado. Está relacionado com a potência efetiva e indicada. Rendimento térmico efetivo (RG): Conhecido também como rendimento global do motor ou como eficiência térmica. Está relacionado com a potência teórica e potência efetiva. Rendimento volumétrico (ηv ou Rv): É a relação entre a massa de ar realmente admitida pelo motor e a massa de ar que poderia ser admitida se as condições de entrada (patm e tamb) fossem mantidas. Para um motor de 4 tempos, com volume deslocado igual a cilindrada parcial que também chamamos de cilindrada unitária, que é o volume deslocado pelo cilindro rendimento volumétrico é dado por: Onde, Q – Quantidade de ar admitido em litros por minuto; n – Rotação do motor em rpm; Vh – Volume deslocado em cm3; Z – número de cilindros. O fator 0,5 deve-se ao fato de que, em um motor 4 tempos, o ar é admitido apenas uma vez em cada rotação do virabrequim 2.1.4. Consumo especifico Consumo específico (Ce) 𝐶𝑒 = 𝑚𝑐 𝑃𝐸 = Lembrando que consumo especifico é uma indicação inversa do rendimento Onde, mcé a vazão em massa de combustível que o motor consome PE é a potência efetiva. A figura 3 mostra a distribuição das potências e rendimentos pelo motor. Figura 3. Potencias e rendimento de um motor 3. DINAMÔMETRO (FREIO DINAMOMÉTRICO) Equipamento destinado a determinar o torque e a potência efetiva de um motor de combustão interna. Basicamente se compõe de um rotor e um estator com um elemento de acoplamento entre eles, que pode ser água ou um fluxo elétrico, sendo chamado de dinamômetro hidráulico ou dinamômetro elétrico respectivamente (Fig.4). Figura 4. Esquema de um dinamômetro onde We= PE e Wf= PA 3.1. Medida do torque e da potência 3.1.1 Freio de Prony - É um elemento usado com finalidade didática que é utilizado para se compreender o funcionamento dos dinamômetros. Foi também utilizado no passado como dinamômetro. Está esquematizado na Fig. 5. Figura 5: Freio de Prony Ao acelerarmos o motor, a sua rotação tende a aumentar. Apertando-se na cinta ajustável, freia-se o volante do motor, conseguindo o equilíbrio dinâmico mantendo, portanto a rotação constante. Devido à ação motora (momento), aparece no braço uma força que será lida no medidor. Logo, T = F.b Onde T é o torque do motor ou momento de torção; F é a força lida no medidor e b é o comprimento do braço do dinamômetro. 3.1.2 Dinamômetro hidráulico Um dinamômetro hidráulico de alta potência, para altas e baixas rotações, é composto por uma carcaça contendo dentro um rotor com vários alvéolos semielípticos, de frente para igual número de alvéolos semelhantes, na face interna da carcaça. A água, admitida para a carcaça, passa através de furos existentes nos alvéolos, atingindo os do rotor. A potência do motor em prova é dissipada pela água entre a carcaça e o rotor. A absorção de energia se manifesta pelo aumento de temperatura da água, que deve estar disponível em quantidade suficiente para absorver a potência máxima. 4. MEDIDA DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL 4.1 Método em massa No prato de uma balança coloca-se um reservatório de combustível, que irá alimentar o motor. Utilizando-se da escala da balança como referência, quando o ponteiro passar por um valor conhecido aciona-se um cronômetro e quando o ponteiro passar por um novo valor conhecido, desliga-se o cronômetro. Teremos então uma massa consumida num certo tempo (t), o que é exatamente a vazão em massa de combustível (mc) consumido. Ver esquema na Fig. 6. Figura 6: Método de medição de consumo por balança 4.2. Método em volume Utiliza-se um rotâmetro (medidor de vazão em volume mostrado na Fig. 7), na linha de alimentação de combustível para o motor, que irá fornecer direto o volume de combustível consumido por unidade de tempo. A desvantagem deste método é que é necessário conhecer a massa específica do combustível, para determinar a vazão em massa. Figura 7: rotâmetro, medidor da vazão volumétrica Na falta do rotâmetro, pode-se utilizar uma bureta graduada e um cronômetro (Fig.8), executando-se um processo semelhante ao do método em massa, só que será medido o volume (Vc) consumido por tempo (t). Figura 8. Bureta para medida volumétrica do consumo de combustível 4.3. Medida do consumo de ar (flow-box) A figura 9 mostra um equipamento que utiliza um medidor de “placa de orifício” para a medida de consumo de ar. Seu princípio básico de funcionamento leva em conta que a admissão de ar para o motor é pulsante, não sendo, portanto um escoamento em regime permanente. Para resolver esse problema, a tomada de ar para o motor é feita em um tanque que, devido ao seu tamanho, elimina a pulsação, fazendo que pelo “orifício” exista uma vazão constante de ar. A pressão dentro tanque será medida por um micromanômetro diferencial, com escala em mmca. Figura 9. Sistema para medição da vazão de ar. Aplicando-se a equação de Bernoulli entre as seções (1) e (2) teremos: Onde, para escoamento incompressível: Onde h = L senθ , sendo θ a inclinação do tubo de leitura do manômetro (OBS alguns manômetros, como é o caso do deste experimento, já possuem L senθ na escala). Portanto A vazão teórica é: Sendo a vazão real: e sendo a vazão mássica: A densidade do ar pode ser determinada considerando- o como um gás ideal: Temos, Onde, ṁar é a vazão mássica de ar realmente admitida pelo motor. Quando o ar é admitido para o motor, à medida que ele se aproxima do cilindro, sofre aquecimento e perda de pressão e, portanto a sua massa específica (ρ ar) diminui. Devido a essa diminuição, a massa de ar realmente admitida pelo motor, é menor do que a que caberia no cilindro, se as condições de entrada, Patm e Tamb , fossem mantidas. 4.4. Razão combustível/ar ou ar/combustível A relação combustível/ar, e a relação entre a massa ou vazão em massa de combustível e a massa de ar, ou a vazão em massa de ar que formam a mistura. Onde mc= massa de combustível e ma= massa de ar 𝐹 = 𝑚𝑐 𝑚𝑎 𝑜𝑢 𝑡𝑎𝑚𝑏𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝐹/𝐴 É a relação entre a massa de ar e a massa de combustível que formam a mistura que será admitida pelo motor (λ), ou seja nomenclatura utilizada pelas montadoras americanas: também denominado de relação A/F (ar e F vem de fuel) A razão ar/combustível estequiométrica (ou teórica) é obtida considerando a quantidade de ar necessária para a combustão completa do combustível, sendo representada por λe. Seu valor normalmente é utilizado como referência. Em condições reais, para que a combustão completa ocorra, λ deve ser maior que λe. Exemplo: Cálculo da vazão ar/combustível estequiométrica (λe) para a gasolina: Ou FR= 𝑭 𝑭𝒆 Onde na literatura encontramos também com Fe= fração estequiométrica ou relação estequiométrica que é a mesma representação de λe. Onde chamamos λe de relação estequiométrica de ar combustível e F relação entre combustível e ar sendo FR fração relativa e Fe= fração estequiométrica entre combustível e ar A razão entre a relação ar combustível real e a estequiométrica (φ) é conhecida como excesso de ar, podendo ser maior ou menor que a unidade. Se φ > 1 teremos uma mistura pobre. Se φ = 1 teremos mistura estequiométrica. Se φ < 1 teremos mistura rica. Se tivermos uma mistura onde FR=1 dizemos estequiométrica e se FR> 1 dizemos estequiométrica e se FR< 1 dizemos mistura pobre Normalmente os motores ciclo Otto apresentam mistura estequiométrica, de modo que o catalisador elimine a maioria dos poluentes presentes no escape), embora os novos motores de injeção direta e os motores a gás possam queimar misturas com elevado excesso de ar (misturas pobres). Os motores Diesel de ignição por compressão queima sempre com excesso de ar onde λ> 1.1. 4.5. Influência do tipo de mistura no comportamento do motor. -Mistura muito rica (limite rico) O excesso de combustível dificulta a propagação da chama, provocando uma instabilidade na rotação do motor. Provoca também um resfriamento da câmara de combustão e em consequência disso a extinção da chama, impedindo o motor de funcionar. (Motor “afogado”) - Mistura de máxima potência É uma mistura levemente rica, que na condição de plena carga do motor produz a máxima potência. - Mistura econômica É uma mistura levemente pobre, que devido ao excesso de ar permite a queima completa do combustível. Nesta condição o motor pode produzir o mínimo consumo específico. - Mistura muito pobre (limite pobre) Devido ao excesso de ar, a chama se torna excessivamente lenta, mantendo a combustão durante grande parte da expansão, provocando o superaquecimento da câmara de combustão. 4.6. Sistema experimental A bancada de instrumentação é projetada para operar junto com o motor em teste. A fotografiada bancada dinamométrica é vista na Fig. 10, enquanto a vista da bancada de instrumentação é mostrada na Fig. 11. Figura 10. Vista de uma bancada dinamometrica junto ao motor a ser ensaiado Figura 11. Painel de controle da bancada 4.6.1. Medição da velocidade de rotação do motor A velocidade do motor é medida eletronicamente por um sistema de contagem de pulsos. Um sensor óptico é montado sobre o chassi do dinamômetro contendo um transmissor e receptor de infravermelho. Um disco rotativo com fendas radiais é colocado entre o transmissor e o receptor. A medida que o motor e o disco giram os raios do emissor são interrompidos e o trem de pulsos resultante é processado eletronicamente para fornecer a velocidade do motor. Este tacômetro eletrônico é calibrado com um gerador de sinais de precisão. A Fig. 12 mostra um esquema da montagem do dinamômetro. Figura 12. Esquema da montagem do dinamômetro 4.7. O dinamômetro hidráulico e medição de torque O torque do motor é medido pelo dinamômetro hidráulico e transmitido para o indicador de torque na bancada de instrumentação. 4.7.1. Fornecimento de água Uma fonte de água limpa de altura constante (pressão constante) entre 6 a 12 m. Tipicamente o fluxo de água é 4 L/min numa pressão de 6mca usando tubo plástico de 10 mm de diâmetro. 4.8. O dinamômetro hidráulico A figura 12 mostra o princípio de operação e o esquema do dinamômetro. O fluxo de água é controlado pelo registro A entrando pelo topo do casco do dinamômetro B e saindo pela válvula C para o dreno. A quantidade de água no dinamômetro e consequentemente a potência absorvida do motor, depende de ajuste da válvula A e da válvula C. O eixo do motor aciona o rotor hidráulico dentro do casco aletado agitando a água. O casco é impedido de rotação pelas duas molas fixadas à corda de nylon e que passa em torno do casco B e é fixo ao topo do casco. As duas molas (F) são idênticas. O amortecedor (G) é conectado ao casco. A posição angular do casco (B) depende do torque T e da constante das molas (F). O deslocamento periférico do casco é proporcional ao torque (T) e é medido por um potenciômetro rotativo (H), cujo saída é alimentada a entrada do medidor do torque. 4.9. Medição da temperatura dos produtos de combustão A temperatura dos produtos de combustão pode ser medida por um termopar tipo J (cromel/alumel) soldado ao tubo de exaustão próximo ao bloco do cilindro. 4.10. Sistema de combustível O sistema de combustível é alimentado a partir de um tanque de combustível de capacidade de 4,5 litros, montado no topo da unidade de instrumentação (Fig. 15). Sendo alimentado por gravidade, o carburador do motor deve estar abaixo do nível do tanque. A Fig. 14 mostra o sistema de combustível. A marca mais baixa na pipeta de combustível deve ser montada mais alta que o carburador do motor para garantir que o reservatório de 32 mL esvazie completamente antes da parada do motor. O combustível escoa no fundo da pipeta graduada em volumes de 8, 16 e 32 mL. A torneira T isola o tanque do motor permitindo o consumo de combustível que está na pipeta. O consumo de combustível é determinado pela medição do tempo (t) que o motor leva para consumir um dado volume, 8 mL por exemplo. A torneira T2 isola o motor do sistema de fornecimento de combustível. Esta torneira deve ser fechada somente quando o dispositivo não está em uso. Assumindo a densidade relativa da água como 1000 kg/m³ e para um volume de 8 mL temos: Obs: Um valor típico para a densidade relativa da gasolina é 0,74. Figura14. Sistema de alimentação de combustível 4.11. Medição de consumo de ar Na unidade de instrumentação está instalado um medidor de vazão do tipo fluxo laminar (Fig. 15) Figura 15. Sistema de medição de vazão de ar. 4.12. Cálculo da razão ar/combustível. A razão ar/combustível pode ser obtida pela divisão de fluxo de ar/ fluxo de combustível como obtidos anteriormente. Anexos : ANEXO I DE 2008 DA ANEEL ANEXO II DE 2014 DA ANEEL DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 21/11/2018 | Edição: 223 | Seção: 1 | Página: 153 Órgão: Ministério do Meio Ambiente/Conselho Nacional do Meio Ambiente RESOLUÇÃO Nº 490, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2018 Estabelece a Fase PROCONVE P8 de exigências do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores - PROCONVE para o controle das emissões de gases poluentes e de ruído para veículos automotores pesados novos de uso rodoviário e dá outras providências. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pelo art. 8º, inciso VI, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e pelo art. 2º, § 9º, e art. 3º da Lei nº 8.723, de 28 de outubro de 1993, tendo em vista o disposto no seu Regimento Interno e o que consta no processo administrativo nº 02000.008155/2018-57, e Considerando que a emissão de poluentes por veículos automotores contribui significativamente para a deterioração da qualidade ambiental, especialmente nos centros urbanos; Considerando que a utilização de tecnologias automotivas, de eficácia comprovada, associadas a especificações adequadas de combustíveis permitem atender às necessidades de controle da poluição, sem prejuízo da competitividade de mercado; Considerando a necessidade de estabelecer novos padrões de emissão para os motores veiculares e veículos automotores pesados, nacionais e importados, visando à redução da poluição do ar nos centros urbanos do país; Considerando a necessidade de prazo e de investimentos para promover a melhoria da qualidade dos combustíveis automotivos para viabilizar a introdução de tecnologias de controle de poluição; Considerando a necessidade de prazo para a adequação tecnológica de motores veiculares e de veículos automotores às novas exigências de controle da poluição, resolve: CAPÍTULO I DOS LIMITES MÁXIMOS DE EMISSÃO DE ESCAPAMENTO Art. 1º Instituir a Fase P8 do PROCONVE, conforme tabela 1 do Anexo desta Resolução, estabelecendo os novos limites máximos de emissão, aplicáveis conforme cronograma abaixo: I - a partir de 1° de janeiro de 2022, para as homologações de novos modelos de veículos, que nunca obtiveram Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor - LCVM; e II- a partir de 1º de janeiro 2023, para os demais veículos abrangidos por esta Resolução. § 1º Os motores e veículos para aplicações especiais que não possam ser utilizados para o transporte urbano e rodoviário poderão, mediante decisão justificada, ser dispensados parcial ou totalmente das exigências desta Resolução, a critério exclusivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama. § 2º É facultado o atendimento antecipado dos limites de emissão da Fase PROCONVE P8, com o respectivo registro na LCVM. § 3º O Ibama poderá, por decisão justificada, alterar a métrica de NH3 de ppm para g/kWh. Art. 2º A emissão de gases de cárter deverá ser nula. Parágrafo único. Os motores com turbo compressores poderão, excepcionalmente, ter gases de cárter lançados na atmosfera, desde que essa emissão, somada à emissão de gases de escapamento, atenda aos limites estabelecidos na Tabela 1 do Anexo desta Resolução, para todos os ensaios previstos no art. 8º. Art. 3º Todos os parâmetros de estratégia auxiliar de controle de emissões (Auxiliary Emission Strategy - AES), conforme Regulamento UN ECE R49.06, que modifiquem a estratégia de controle de emissões, deverão ser previamente aprovados pelo Ibama. §1º Os parâmetros elencados para atender ao caput deste artigo deverão ser disponibilizados para o rastreamento durante o funcionamento do veículo em qualquer condição. §2º O Ibama poderá propor procedimentosnacionais equivalentes por Instrução Normativa própria ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. CAPÍTULO II DO COMBUSTÍVEL DE REFERÊNCIA E SUAS ESPECIFICAÇÕES Art. 4º Para fins de homologação da Fase PROCONVE P8, será utilizado o combustível de referência com adição de biodiesel, a partir da publicação da especificação da ANP, conforme estabelecido no artigo 7º da Lei nº 8.723, de 28 de outubro de 1993. Parágrafo único. Na hipótese de não atendimento ao disposto no caput, será adotado o mesmo óleo diesel de referência, conforme a Fase PROCONVE P7. Art. 5º No caso dos motores a GNV, os gases de referência para os ensaios de emissões serão os estipulados pela Resolução ANP n° 29, de 22 de setembro de 2009. CAPÍTULO III DOS PROCEDIMENTOS DE DURABILIDADE DA EMISSÃO Art. 6º A partir do início da Fase PROCONVE P8, o fabricante e/ou importador deverão comprovar o atendimento aos limites máximos de emissão de poluentes pelos intervalos de rodagem e de tempo de no mínimo: I - 160.000 km ou 5 (cinco) anos para os veículos de passageiro com Peso Bruto Total - PBT) £ 5 toneladas; II - 300.000 km ou 6 (seis) anos, para os veículos de carga com PBT > 3,856 toneladas e £ 16 toneladas, e para os veículos de passageiro com PBT > 5 toneladas e £ 7,5 toneladas; e III - 700.000 km ou 7 (sete) anos, para os veículos de carga com PBT > 16 toneladas, e para os veículos de passageiro com PBT > 7,5 toneladas. Art. 7º Para a comprovação da durabilidade de emissões dos veículos que atendam à Fase PROCONVE P8, o fabricante e/ou importador deverão aplicar os Fatores Multiplicativos de Deterioração Tabelados, conforme a Tabela 2 do Anexo desta Resolução, para todos os motores. § 1º Alternativamente, os fatores de deterioração podem ser determinados por meio de ensaios de durabilidade em dinamômetro de motor ou por acúmulo de quilometragem em pista, desde que comprovada a equivalência aos intervalos de rodagem requeridos no art. 6º desta Resolução, demonstrada pelo fabricante e/ou importador e aprovado pelo Ibama. § 2º Os ensaios descritos no parágrafo anterior devem ser realizados com óleo diesel comercial, quando acumulando rodagem e com óleo diesel de referência quando realizando os ensaios de emissão, conforme as especificações vigentes. § 3º A verificação dos requisitos de durabilidade deve se basear nas normas UN ECE R49.06 e UE 582/2011. CAPÍTULO IV DOS PROCEDIMENTOS DE ENSAIO DE EMISSÃO Art. 8º Ficam estabelecidos para determinação dos valores de emissão para a Fase PROCONVE P8 os procedimentos relativos aos métodos de ensaio, conforme o Regulamento UN ECE R49.06, das Nações Unidas, inclusive os ciclos de ensaios World Harmonized Transient Cycle - WHTC, World Harmonized Stationary Cycle - WHSC e o World Harmonized Not to Exceed - WNTE, até que sejam publicados procedimentos nacionais equivalentes, pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. CAPÍTULO V DA REGULAMENTAÇÃO DO SISTEMA DE DIAGNÓSTICO DE BORDO - OBD Art. 9º Os controles executados pelo Sistema de Diagnóstico de Bordo - OBD, a partir do início de vigência da Fase PROCONVE P8, devem atender aos critérios de exigência conforme Tabela 3 do Anexo desta Resolução. Parágrafo único. Para as exigências estabelecidas no caput deste artigo, o fabricante e/ou importador deverão utilizar como base o ciclo WHTC e apresentar, durante a certificação do motor, análise dos efeitos em longo prazo no sistema de controle de emissões decorrentes de mau funcionamento dos injetores de combustível. Art. 10. Para atendimento da Fase PROCONVE P8 serão aplicados os requisitos do OBD estabelecidos pelos Anexos 9A, 9B, 9C, 11 e 14 do Regulamento UN ECE R49.06, das Nações Unidas, e no Anexo XIII da EC 582/201, até ser publicada regulamentação nacional equivalente pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. § 1º Os fabricantes de veículos e motores deverão fornecer, no ato da homologação, tabela de código de falhas do sistema de OBD relacionadas à emissão de poluentes. § 2º A leitura dos registros dos códigos de falhas, datas de início e de reparos e a duração das falhas deve ser facultada sem protocolos de bloqueio. § 3º Os códigos de falhas, datas de início e de reparos e a duração das falhas devem permanecer gravados, por pelo menos 720 dias, mesmo após a desconexão elétrica das baterias do veículo. § 4º A regulamentação do OBD deverá fornecer os requisitos necessários ao complemento da Resolução CONAMA nº 418/2009, com a definição dos parâmetros de inspeção complementares a serem verificados a partir do OBD. Art. 11. Para a Fase PROCONVE P8, os veículos para aplicação específica, assim reconhecidos pelo Ibama, tais como aqueles para bombeiros, polícias, serviços de resgate, ambulâncias, transporte de presos e militares, poderão ter permissão da desativação de limitador de torque e de velocidade, sendo este fato registrado na respectiva LCVM. §1º A desativação permanente do limitador de torque e de velocidade somente deve ser efetuada pelo fabricante do motor ou do veículo. §2º Quando da descaracterização da aplicação específica ficará o proprietário do veículo responsável pela reativação do limitador de torque e velocidade. §3º O estado desativado previsto no caput deste artigo deverá ficar registrado no OBD e disponível para verificação em inspeção ou fiscalização. CAPÍTULO VI DA MEDIÇÃO DAS EMISSÕES EM TRÁFEGO REAL Art. 12. Fica estabelecida, a partir do início da Fase PROCONVE P8, a exigência da medição da emissão de poluentes em tráfego real no ato da homologação, cujos limites a serem atendidos constam da Tabela 1 do Anexo desta Resolução. § 1º A medição das emissões em tráfego real deverá ser realizada em pelo menos um veículo equipado com motor de configuração mestre de cada família de motor, definido pelo Ibama ou norma técnica brasileira por ele referenciada. § 2º O procedimento de ensaio será realizado conforme Regulamento UN R49.06 - Anexo 10 - apêndice 1, das Nações Unidas, até que sejam publicados procedimentos nacionais equivalentes, pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada § 3º Os parâmetros a serem verificados nos ensaios de tráfego real, como a distância e a duração do teste, a porcentagem de trajeto urbano, rural e estrada, velocidade máxima, velocidade média, períodos de descanso, inclinação da pista, aceleração relativa, partida a frio e combustível deverão ser aprovados pelo Ibama. § 4º São obrigatórios os registros e declaração dos valores de CO2, em g/kWh, e do consumo de combustível, em g/kWh, pelo método balanço de carbono. CAPÍTULO VII DAS EMISSÕES DURANTE A VIDA ÚTIL DO VEÍCULO - ISC Art. 13. Ficam estabelecidos, a partir do início da Fase PROCONVE P8, os limites máximos de emissão de poluentes para atendimento ao Ciclo de Comprovação das Emissões Durante a Vida Útil do Veículo (In-Service Conformity - ISC), conforme Tabela 1 do Anexo desta Resolução. § 1º O atendimento ao ISC deve seguir os critérios técnicos estabelecidos pelo Regulamento UN ECE R49.06, por uma quilometragem acumulada igual ou superior ao requerido pelo art. 6º desta Resolução, até que sejam publicados procedimentos nacionais equivalentes, pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. § 2º O procedimento de ensaio deve ser realizado conforme Regulamento UN ECE R49.06 - Anexo 10 - apêndice 1, das Nações Unidas, até que sejam publicados procedimentos nacionais equivalentes, pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. § 3º São obrigatórios os registros e declaração dos valores de CO2, em g/kWh, e do consumo específico de combustível, em g/kWh, pelo método balanço de carbono. Art. 14 A partir do início da Fase PROCONVE P8, o fabricante e/ou importador deverão apresentar ao Ibama um plano para realização do ISC em pelo menos um veículo equipado com motor mestre que represente cada intervalo de rodagemmínima definidos conforme art. 6º desta Resolução acrescido de pelo menos um modelo de ônibus urbano. §1º Após 2 anos do início da Fase PROCONVE P8, o fabricante e/ou importador deverão apresentar ao Ibama um plano para realização do ISC das demais famílias de motores. §2º A quantidade e a escolha de amostras do ISC deverá estar de acordo com os critérios elencados no art.13 §1º. §3º No plano deverão constar os prazos previstos para início e término de cada etapa. §4º Os veículos escolhidos como amostras deverão ter uso normal para a finalidade a que se destinam ao longo da vida útil. §5º O fabricante e/ou importador deverão informar os resultados dos ensaios ao Ibama, à medida que realizados, bem como eventuais alterações do plano de realização dos ensaios. §6º Em caso de alguma intercorrência com alguma amostra que impeça a sua continuidade no ISC, a sua substituição deverá ser justificada e aprovada pelo Ibama. §7º Ao final do ISC, o fabricante e/ou importador deverão apresentar um relatório que demonstre o atendimento aos requisitos previstos no art. 13, devendo ser declarada a relação de todos os componentes do motor e dos sistemas de controle de emissões substituídos durante o ISC, bem como a respectiva data de substituição das peças. §8º O Ibama poderá, a qualquer tempo, auditar a realização dos ensaios do ISC. §9º As exigências estabelecidas no programa ISC deverão ser cumpridas por todos os modelos de veículos homologados na Fase PROCONVE P8, observadas as demais disposições deste artigo. Art. 15. Na constatação do não atendimento aos limites, conforme Tabela 1 do Anexo desta Resolução, durante o ISC, fica o responsável obrigado a apresentar ao Ibama um plano de reparo da frota dos modelos pertencentes à família. § 1º O plano de reparo deverá ser aprovado pelo Ibama antes de sua execução. § 2º A implementação das medidas corretivas do plano de reparo não isenta o fabricante e/ou importador das demais sanções previstas na legislação ambiental para o controle das emissões de gases e de ruído. § 3º No caso da realização de plano de reparo decorrente da infração deste artigo, caberá ao fabricante, importador ou representante legal atender às determinações da legislação em vigor. CAPÍTULO VIII DA REGENERAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONTROLE Art. 16. Os motores que utilizam sistemas de pós-tratamento de gases com regeneração, contínua ou periódica, devem ser testados conforme procedimento previsto no Regulamento UN ECE R49.06, das Nações Unidas, até que sejam estabelecidos procedimentos nacionais equivalentes pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. § 1º Para cada poluente, deverá ser determinado um fator de regeneração no ensaio e aplicado às emissões dos gases de escape do motor. § 2º A critério do fabricante, o fator de regeneração de um motor poderá ser aplicado para outros motores da mesma família. § 3º Os resultados dos ensaios, após a aplicação dos respectivos fatores de regeneração, devem atender aos limites máximos estabelecidos na Tabela 1 do Anexo desta Resolução. § 4º A metodologia e os parâmetros utilizados, além de todo o processo de determinação dos fatores de regeneração deverão fazer parte do processo de homologação. CAPÍTULO IX DA MEDIÇÃO DE RUÍDO Art. 17. Ficam estabelecidos os limites de emissão de ruído de passagem a serem atendidos pelos veículos pesados da Fase PROCONVE P8, conforme Tabela 4 do Anexo desta Resolução. § 1º Os limites máximos de ruído de passagem estabelecidos na Etapa 1 passam a vigorar a partir do início da Fase PROCONVE P8, para todos os modelos de veículos. § 2º Os limites máximos de ruído de passagem estabelecidos na Etapa 2 passam a vigorar a partir de 1° de janeiro de 2027, para novos modelos de veículos, e a partir de 1° de janeiro de 2028 para todos os modelos de veículos da Fase PROCONVE P8. § 3º Os limites máximos de ruído de passagem estabelecidos na Etapa 3 passam a vigorar a partir de 1° de janeiro de 2032, para novos modelos de veículos, e a partir de 1° de janeiro de 2033, para todos os modelos de veículos da Fase PROCONVE P8. § 4º A determinação de ruído de passagem dos veículos deverá ser feita conforme método prescrito pela Norma ISO 362-1:2015 (Measurement of noise emitted by accelerating road vehicles - Engineering method - Part 1: M and N categories) ou suas sucedâneas até que sejam publicados procedimentos nacionais equivalentes, pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. § 5º É facultado o atendimento antecipado aos limites de emissão de ruído previsto neste artigo com o respectivo registro na LCVM. § 6º A caracterização de veículo fora-de-estrada previsto na Tabela 4 seguirá os critérios adotados pela Diretiva 2007/46/EC ou norma técnica brasileira referenciada pelo Ibama. Art. 18. Fica estabelecido para a Fase PROCONVE P8 o limite máximo de emissão de ruído de descarga do compressor em 72 dB(A), a ser medido conforme procedimento estabelecido no Anexo 5 do Regulamento UN ECE R51.03, das Nações Unidas, ou até que sejam publicados procedimentos nacionais equivalentes, pelo Ibama ou por norma técnica brasileira por ele referenciada. Art. 19. Fica estabelecida, a partir de 1° de janeiro de 2022, a obrigatoriedade do fabricante e/ou importador declararem no Sistema de Informações e Serviços - INFOSERV, os valores típicos da emissão de ruído pelo sistema de arrefecimento de ônibus urbanos, conforme procedimento a ser definido pelo Ibama até 1º de janeiro de 2021. Parágrafo único. Com base nos valores obtidos, o Ibama analisará a necessidade de controlar ruído por sistema de arrefecimento dos ônibus. Art. 20. Ficam vedadas, para os veículos na Fase PROCONVE P8, a introdução, alteração, operação ou ajuste de qualquer dispositivo mecânico, elétrico, térmico, eletrônico ou de outra natureza, não previstos no Regulamento UN ECE R51.03, das Nações Unidas, com a finalidade específica de atender aos requisitos de ruído desta Resolução, se o dispositivo não puder operar nas condições normais de uso. CAPÍTULO X DA MEDIÇÃO DA OPACIDADE PARA FISCALIZAÇÃO E INSPEÇÃO Art. 21. Para efeitos de fiscalização em campo e inspeção de veículos em uso da Fase PROCONVE P8, o limite máximo de opacidade em aceleração livre para os veículos pesados equipados com motor do Ciclo Diesel, é de 0,4m- 1, em qualquer altitude. CAPÍTULO XI DOS RELATÓRIOS DE VALORES DE EMISSÃO DA PRODUÇÃO - RVEP Art. 22. Para efeito de atendimento das exigências previstas na Resolução CONAMA nº 299/2001, para apresentar Relatório de Valores de Emissão da Produção - RVEP dos motores da Fase PROCONVE P8, o fabricante e/ou importador deverão realizar os ensaios conforme o ciclo dinamométrico WHSC e utilizar o óleo lubrificante recomendado para uso normal do veículo. § 1º A quantidade de motores ensaiados deverá ser igual ou superior a 0,3% da produção semestral, com número mínimo de 3 (três) motores/semestre. § 2º Na execução dos ensaios para elaboração do RVEP será permitido o uso de um mesmo sistema de pós-tratamento das emissões para o conjunto de motores de mesma família ou sistema "escravo". CAPÍTULO XII DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 23. O veículo leve comercial com 3,500 < PBT < 3,856 toneladas, cujo motor deriva de motor mestre homologado para veículo pesado, pode, alternativamente, atender os limites da Fase PROCONVE P8, desde que previamente justificado e autorizado pelo Ibama. Art. 24. Os fabricantes e/ou importadores de veículos com motores equipados com sistema de recirculação de gases de escapamento - EGR devem demonstrar que esse sistema opera adequadamente em altitudes de pelo menos 1.000 metros. Art. 25. Os veículos dotados de sistemas de propulsão alternativos ou que utilizem combustíveis não previstos nesta Resolução podem ser dispensados parcialmente das exigências determinadas neste regulamento, mediante decisão motivada e exclusiva do Ibama, por umperíodo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, podendo ser revalidada. Art. 26. Todos os documentos e informações apresentados pelo fabricante e/ou importador na homologação do veículo ou motor deverão refletir as características do veículo ou motor a ser comercializado. Art. 27. O fabricante e/ou importador deverão comercializar em território nacional somente veículos que estejam de acordo com a configuração homologada. Art. 28. O fabricante e/ou importador comunicarão ao Ibama, por meio do sistema INFOSERV, as alterações nos componentes constantes do processo de homologação, inclusive na versão do programa da Central Eletrônica do Veículo - ECU, que não alterem os níveis de emissões, podendo o Ibama exigir nova homologação. Art. 29. Todas as despesas decorrentes das ações dessa Resolução, tais como de ensaios, de inspeções e auditorias, de recolhimentos, de reparos, administrativas, de transporte do produto ou de pessoal envolvido, locação de laboratórios e pistas de ensaios serão assumidas exclusivamente pelo fabricante ou seu importador representante, ou, na sua inexistência, pelo importador responsável pelo lote de veículos ou motores. Art. 30. Nos casos de realização dos programas de reparo (recall) decorrentes de infração a esta Resolução, caberá ao fabricante e/ou importador: I- dar publicidade à população dos fatos e dos veículos afetados, seguindo os critérios estabelecidos pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor - DPDC; II- apresentar plano de reparo da frota dos veículos afetados, dentro do prazo acordado com o Ibama para execução dos trabalhos de correção; III- convocar os proprietários para apresentarem os veículos para a realização do reparo; e IV - reparar os veículos de acordo com o plano aprovado pelo Ibama. Parágrafo único. As despesas decorrentes dessas ações serão de responsabilidade exclusiva do fabricante e/ou importador. Art. 31. Os veículos abrangidos nesta Resolução deverão ser equipados com dispositivo que desliga o motor automaticamente após 5 minutos de funcionamento na condição de marcha lenta e veículo parado. Parágrafo único. O dispositivo de desligamento automático do motor poderá ser desativado em condições excepcionais, quando o funcionamento do motor com o veículo na condição parado for essencial para o funcionamento de equipamento como, mas não limitado, bomba hidráulica para acionamento de implementos ou sistema de refrigeração de carga. Art. 32. Os dados e informações constantes dos processos de homologação de veículos pesados e controles posteriores determinados por esta Resolução devem ser disponibilizados, pelo Ibama, ao público em formato eletrônico aberto e interoperável na rede mundial de computadores, nos termos da Lei nº 12.527/2011, do Decreto nº 7724/2012 e do Decreto nº 8777/2016. Art. 33. O Ibama deverá adequar o sistema de homologação com antecedência necessária ao início da Fase PROCONVE P8, de modo a permitir sua utilização para essa fase. Art. 34. Os veículos que atendam à Fase PROCONVE P8 ficam dispensados do atendimento das exigências da Resolução CONAMA nº 16/1995. Art. 35. O descumprimento das disposições desta Resolução sujeitará os infratores às sanções previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação específica. Art. 36. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. ROMEU MENDES DO CARMO Anexo Tabela 1 - Limites máximos de emissão de poluentes para veículos pesados de uso rodoviário, da Fase PROCONVE P8 P8 Ciclo CO (mg/kW h) THC(¹) (mg/kW h) NMHC(² ) (mg/kW h) CH4(²) (mg/kW h) NOx (mg/kW h) NH3(³ ) ppm MP Massa (mg/kW h) NP Númer o #/kWh WHSC (¹) 1.500 130 - - 400 10 10 8,0 x 10¹¹ WHTC(¹) 4.000 160 - - 460 10 10 6,0 x 10¹¹ WHTC(¹) 4.000 - 160 500 460 10 10 - OCE (WNTE)( ¹) 2.000 220 - - 600 - 16 - CR/ISC 6.000 240 240 750 690 - - - (1) Aplicável a motores de ignição por compressão (2) Aplicável a motores de ignição por centelha (3) Aplicável em veículos equipados com sistemas de pós-tratamento com agentes redutores ou veículos abastecidos a gás. Tabela 2 - Fatores multiplicativos de Deterioração Tabelados para veículos pesados de uso rodoviário, da Fase PROCONVE P8 Ciclo CO THC(¹) NMHC(²) CH4(²) NOx NH? MP (massa) NP (número) WHSC / WHTC 1,3 1,3 1,4 1,4 1,15 1,0 1,05 1,0 (1) Aplicável a motores de ignição por compressão (2) Aplicável a motores de ignição por centelha Tabela 3 - Limites OBD para veículos pesados de uso rodoviário, da Fase PROCONVE P8 IUPRs(¹) MP NOx CDmin do reagente para (²) (NOx) Diferença de consumo de reagente(³) Mau funcionamento dos injetores de combustível Unidade mg/kWh mg/kWh mg/kWh % Aprovação do agente homologador A partir do início da Fase PROCONVE P8 para todos os veículos pesados ³ 0,1 25 1.200 460 50 Controlar (1) IUPRs - Índices de desempenho em uso (2) Limite de NOx em função da concentração de ARLA-32 (3) Diferença percentual entre o consumo médio de reagente e o consumo médio de reagente exigido pelo sistema Tabela 4 - Limites de emissão de ruído, em dB(A), para veículos pesados de uso rodoviário, da Fase PROCONVE P8 Categoria Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Veículos de pelo menos 4 rodas destinados ao transporte de passageiros M2 3,856t < PBT £ 5t Pn£135kW 75 73 72 3,856t <PBT £ 5t 75 74 72 Pn>135kW M3 PBT > 5t Pn £ 150kW 76 74 73 PBT > 5t 150kW < Pn £ 250kW 78 77 76 PBT > 5t Pn > 250kW 80 78 77 Veículos de pelo menos 4 rodas destinados ao transporte de mercadorias N2 3,856T < PBT £ 12t Pn£135kW 77 75 74 3,856t < PBT £ 12t Pn£135kW 78 76 75 N3 PBT > 12t Pn£150kW 79 77 76 PBT > 12t 150kW < Pn £ 250kW 81 79 77 PBT > 12t Pn>250kW 82 81 79 (a) Veículos fora de estrada terão os limites acrescidos de 2 dB(A) para categorias M3 e N3 e 1 dB(A) para demais categorias Glossário AES (Auxiliary Emission Strategy) - Estratégia Auxiliar de Emissões ANP - Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ARLA-32 - Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo Categoria M - veículo automotor que contem pelo menos 4 rodas, projetado e construído para o transporte de passageiros Categoria N - veículo automotor que contem pelo menos 4 rodas, projetado e construído para o transporte de cargas CDmin - concentração mínima aceitável do reagente ARLA CH? - metano CO - monóxido de carbono CO?- dióxido de carbono Diretiva 2007/46/EC - Diretiva do parlamento europeu e do conselho estabelecendo uma estrutura de aprovação de veículos automotores, rebocados e de sistemas, componentes e unidades técnicas separadas direcionadas a esses veículos. DPDC - Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor ECR - emissões em tráfego real, ou RDE (Real Drive Emissions) ECU (Electronic Control Unit) - Central Eletrônica do Veículo EGR (Ehxaust Gas Recirculation) - sistema de recirculação de gases de escapamento GNV - Gás Natural Veicular INFOSERV - Sistema de Informação e Serviço do PROCONVE/PROMOT ISC (In-service Conformity) - Ciclo de Comprovação das Emissões Durante a Vida Útil do Veículo ISO (International Organization for Standardization) - Organização Internacional de Normalização IUPRS (In-Use Performance Ratio) - Índice de desempenho em uso LCVM - Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor M2 - Veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros, que não tenham mais de 8 assentos, além do assento do motorista, e que contenham uma massa máxima não superior a 5t. M3 - Veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros, que não tenham mais de 8 assentos, além do assento do motorista, e que contenham uma massamáxima superior a 5t MP - material particulado NH3 - amônia NMHC (non-methane hydrocarbons) - hidrocarbonetos não metano, parcela dos hidrocarbonetos totais, descontada a fração de metano Norma ISO 362-1:2015 (Measurement of noise emitted by accelerating road vehicles - Engineering method - Part 1: M and N categories) - medição do ruído emitido por veículos rodoviários automotores em aceleração- método de engenharia. NOx - Óxidos de Nitrogênio N2 - Veículos projetados e construídos para o transporte de carga e que contenham uma massa máxima superior a 3,5 t, porém não superior a 12 t. N3 - Veículos projetados e construídos para o transporte de carga e que contenham uma massa máxima superior a12t NP - número de partículas OBD (On-board Diagnose) - dispositivos ou sistemas instalados a bordo do veículo para controle das principais funcionalidades dos veículos OCE (Off-Cycle Emissions) - emissões fora do ciclo PBT - Peso Bruto Total Pn - Potência nominal Recall - programas de reparo da frota em uso RVEP - Relatórios de Valores de Emissão da Produção THC (total hydrocarbons) - Hidrocarbonetos totais UE 582/2011 - Regulamentação do Parlamento Europeu e do conselho a respeito de emissões de veículos pesados (Euro VI) UN ECE R49.06 - Regulamento das Nações Unidas número 49, revisão 6, que trata das disposições uniformes relativas aos requisitos de controle de emissão de poluentes gasosos e de partículas provenientes de motores a compressão ou por ignição a serem utilizados em veículos UN ECE R51.03 - Regulamento das Nações Unidas número 51, revisão 3, que trata das disposições uniformes relativas a homologação de veículos a motor equipados com no mínimo 4 rodas no que diz respeito às emissões sonoras WHTC (World Harmonized Transient Cycle) - Ciclo Transiente Mundial Harmonizado WHSC (World Harmonized Stationary Cycle) - Ciclo estacionário Mundial Harmonizado WNTE (World Harmonized Not to Exceed) - Limite Mundial Harmonizado a não ser excedido REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Oliveira Junior, Motores de combustão interna, FATEC – SP, 1997. Heywood, J. B. Internal Combustion Engines Fundamentals, McGraw-Hill Inc., 1988. Taylor, C. F., Análise dos Motores de Combustão Interna. Edgar Blucher, 1976. Taylor, C. F., Análise dos Motores de Combustão Interna. Edgar Blucher Vol. II, 1984. Rowland S. Benson, N.D Whitehouse, Internal Combustion Engines Vol. I, 1979. Rowland S. Benson, N.D Whitehouse, Internal Combustion Engines Vol. II, 1979. Michael, P., Anthony M. Engine Testing – Theory and Practice, BH, 2nd Edition,1999. Richard, S., Introduction to internal combustion engines, 1999. Ferguson, Colin R., Internal Combustion Engines : Applied Thermo Sciences, New York, NY: John Wiley, c1986.
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