Aula - Técnicas de Controle da Poluição do ar

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA - DETEC 
CAMPUS PAU DOS FERROS 
COMPONENTE: MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
 
TÉCNICAS DE CONTROLE 
DA POLUIÇÃO DO AR 
 
Docente: Joseane Dunga da Costa 
 
 
 
Pau dos Ferros, RN. 
 
A presença, na atmosfera, de substâncias que: causem prejuízos às 
pessoas, aos animais, aos vegetais e à vida microbiológica; provoquem danos 
aos materiais; interfiram no gozo da vida e no uso da propriedade. 
 
POLUIÇÃO DO AR 
São aqueles lançados diretamente pelas fontes de emissão, como 
por exemplo: o dióxido de enxofre (SO2), o ácido sulfídrico 
(H2S), os óxidos de nitrogênio (NOx), a amônia (NH3), o 
monóxido de carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2), o 
metano (CH4), fuligem, e aldeídos. 
Poluentes primários do ar 
POLUIÇÃO DO AR 
São aqueles formados na atmosfera através de reações químicas 
entre os poluentes primários, com destaque para o peróxido de 
hidrogênio (H2O2), o ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido nítrico 
(HNO3), o trióxido de enxofre (SO3), os nitratos (NO3
-), os 
sulfatos (SO4
2-) e o ozônio (O3). 
Poluentes secundários do ar 
POLUIÇÃO DO AR 
 
• Fixas ou Estacionárias (MP, SOx, NOx) 
• Móveis (MP, CO) 
POLUIÇÃO DO AR 
Fontes de poluição - Classificação 
 
• Impactos 
• Local 
• Regional 
• Global 
 
Ex: Prejuízos à saúde 
Ex: Chuva ácida 
Ex: Aquecimento Global e destruição da camada de ozônio. 
POLUIÇÃO DO AR 
Consequências 
 
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As principais fontes destes poluentes são as indústrias, centrais elétricas 
(principalmente as de carvão, alto teor de enxofre), e os veículos. 
SO2 + NOx 
IMPACTO REGIONAL 
H2O 
Atmosfera 
H2SO4 + HNO3 
O2 
CHUVA ÁCIDA 
(Poluentes) 
Ácidos fortes 
Figura - Central eléctrica de carvão em Cheshire, Ohio 
Figura – Processos que intervêm na formação das chuvas ácidas. 
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PROGRAMA DE 
CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
– Definição dos padrões de qualidade do ar; 
– Estudo das condições meteorológicas: 
• Direção e velocidade dos ventos, temperatura, pressão, estabilidade 
atmosférica, radiação, umidade relativa, precipitação. 
– Monitoramento da qualidade do ar: 
• rede de amostragem e determinação da concentração dos 
poluentes. 
– Medidas de controle; 
– Órgão de controle da poluição: 
• execução de suas atividades. 
– Legislação específica: 
• execução de ações normativas e punitivas. 
• Monitoramento da qualidade do ar: 
– Recomendações: 
Áreas mais 
poluídas 
Áreas mais 
povoadas 
Estações nas 
entradas de ar 
da região 
Estações em 
locais para 
desenvolvimento 
futuro 
Estações à 
mesma altura 
do solo 
Evitar 
proximidades de 
obstáculos 
Evitar 
proximidades de 
chaminés 
Estações entre 3 
e 6 m de altura 
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PROGRAMA DE 
CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
São, em grande parte, chamadas de tecnologias limpas, sempre 
com o objetivo de prevenir o escape ou formação dos gases. 
Eis algumas destas medidas: 
Medidas Indiretas 
Planejamento territorial e 
zoneamento 
Diminuir a quantidade de poluentes gerados 
Impedir à geração do poluente 
P+L/1264_3745.mp4
P+L/1264_3745.mp4
P+L/1264_3745.mp4
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Este grupo é classificado como método indireto de controle de 
gases, pois é conseguido através da modificação do 
equipamento/processo, alteração de matérias primas por outras 
ecologicamente mais adequadas, manutenção dos equipamentos e 
operação dos mesmos dentro da sua limitação. 
Medidas Indiretas 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Incluem técnicas recuperativas e de controle e monitoramento das 
emissões geradas e da qualidade do ar. 
Medidas Diretas 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
No problema de poluição do ar podem ser consideradas quatro 
etapas, a saber: 
 
 
 
 
 
 
 
Em cada uma dessas etapas é possível intervir para reduzir os 
riscos da poluição e aplicar, na maioria dos casos, métodos 
científicos e técnicos já conhecidos. 
Produção Emissão 
Recepção de poluentes 
Transporte 
Medidas Diretas 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Dentre esses métodos, têm sido considerados os seguintes: 
 
• Planejamento territorial e zoneamento; 
• Remoção das fontes; 
• Eliminação e minimização de poluentes; 
• Concentração dos poluentes na fonte para tratamento 
antes do lançamento; 
• Diluição e mascaramento dos poluentes; 
• Equipamentos de controle de poluentes; 
• Punições legais. 
Medidas Diretas 
Localização 
adequada das 
fontes 
poluidoras 
Utilização de 
barreiras 
naturais ou 
artificias 
Distribuição 
adequada de 
edificações 
Melhoria do 
sistema viário e 
circulação de 
veículos 
Melhoria e 
incentivo ao uso 
de transporte 
coletivo 
Zona comercial 
Barreira artificial 
Ventos predominantes 
Zona residencial Barreira natural Barreira natural Zona industrial 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Planejamento territorial e zoneamento 
Uso de matérias primas 
e combustíveis menos 
poluidores 
Modificação dos 
processos industriais 
Operação e 
manutenção adequada 
dos equipamentos 
Layout adequado, com 
manutenções 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Eliminação e minimização de poluentes 
Fontes Fixas 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Quanto à concentração dos poluentes na fonte, o ponto mais importante se 
relaciona ao uso de sistemas de ventilação local exaustora como meio para 
juntar os poluentes que, depois de tratados, serão lançados na atmosfera. 
Concentração dos poluentes na fonte (tratamento/lançamento) 
Diluição e mascaramento dos poluentes 
Consiste basicamente no uso de chaminés 
elevadas e de substâncias que 
possibilitem reduzir/diluir a emissão de 
substâncias desagradáveis. 
Equipamentos de controle de poluentes 
São dispositivos que visam remover os poluentes antes que esses sejam 
lançados na atmosfera. 
Modelagem de dispersão dos poluentes 
Fontes Fixas 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Ventilação Industrial 
 
• Ventiladores 
• Projeto de tubulação 
• Captores 
 Equipamentos de controle de poluição do ar (ECP) 
Fontes Fixas 
Controle da emissão de MATERIAL PARTICULADO 
Coletores centrífugos 
CICLONES PRECIPITADORES 
PRECIPITADORES ELETROSTÁTICOS 
Coletores úmidos 
Filtros (de tecidos, material 
granulado ou fibroso) 
Coletores gravitacionais Coletores inerciais 
Fontes Fixas 
 Equipamentos de controle de poluição do ar (ECP) 
Controle da emissão de GASES E VAPORES 
Incineradores (flaires, e queimadores) 
FILTRO DE CARVÃO ATIVADO 
Adsorventes Absorventes 
Tratamento biológico 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Fontes Fixas 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Incluem os veículos leves e pesados. 
Em termos de controle desse tipo de fonte no Brasil, está 
diretamente relacionado à adoção do tipo de combustível. Enquanto 
não houver padronização, os resultados esperados muito 
dificilmente serão alcançados. 
Fontes móveis 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Dentre estes, destacam-se a forma como os veículos são projetados 
e produzidos; o tipo de combustível; a qualidade dos combustíveis 
disponíveis; a falta de planejamento das vias e do sistema de 
tráfego; o uso de transporte individual e a insuficiência de 
transporte coletivo; a manutenção e o uso inadequado dos veículos; 
a quantidade de veículos e a deficiência de sua fiscalização. 
Fontes móveis 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
A exemplo das fontes fixas, as emissões resultantes das fontes 
móveis podem ser reduzidas por medidas internas ao motor ou 
externas por meio do uso de equipamentos de controle (filtro ou 
catalisador) ou, ainda, da utilização de combustíveis de menor 
potencial poluidor (gás natural encontrado com o petróleo). 
Fontes móveis 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
No caso do Brasil, tanto os veículos leves como os pesados vêm 
sofrendo alterações de projeto nos motores ou recebendoequipamentos de controle nos pontos de emissão visando atender 
às exigências estabelecidas no Programa de Controle da Poluição 
do Ar por Veículos Automotores (Proconve). 
 
Outro programa que se encontra em ação é o Programa de Controle 
da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot). 
Fontes móveis 
ASPECTOS LEGAIS: 
CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
 
• Resolução CONAMA nº 05/1989 : 
– Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar; 
 
 
• Resolução CONAMA nº 03/1990: 
– Padrões de qualidade do ar (primário e secundário); 
 
 
 
 
• Resolução CONAMA nº 491/2018: 
– Estabelece os novos padrões de qualidade do ar, considerando como 
referência, os valores guia de qualidade do ar recomendados pela 
Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2005. 
Principal Legislação Brasileira referente a poluição do ar 
Padrão de qualidade do ar Intermediário (PI - 1, 2 e 3); 
 e Padrão de qualidade do ar Final (PF). 
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR 
 
É uma ferramenta matemática desenvolvida para simplificar o 
processo de divulgação da qualidade do ar. Esse índice foi criado 
usando como base uma longa experiência desenvolvida nos EUA. 
 
• Os parâmetros contemplados pela estrutura do índice utilizado pela 
CETESB são: 
 
– partículas inaláveis (MP10) 
– partículas inaláveis finas (MP2,5) 
– fumaça (FMC) 
– ozônio (O3) 
– monóxido de carbono (CO) 
– dióxido de nitrogênio (NO2) 
– dióxido de enxofre (SO2) 
CETESB, 2012. 
 
ASPECTOS LEGAIS: 
CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Índice de Qualidade do Ar 
 
Para cada poluente medido é calculado um índice, que é um valor adimensional. 
Dependendo do índice obtido, o ar recebe uma qualificação, que é uma nota para a 
qualidade do ar, além de uma cor. 
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ASPECTOS LEGAIS: 
CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Estrutura do Índice de Qualidade do Ar (CETESB, 2012) 
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ASPECTOS LEGAIS: 
CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
Índice de Qualidade do Ar (CETESB, 2012) 
TÉCNICAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
É a presença de altas concentrações de poluentes na atmosfera, em 
curto período de tempo, resultante da ocorrência de condições 
meteorológicas desfavoráveis a dispersão dos mesmos. 
São definidos três níveis: Atenção, Alerta e Emergência. 
Episódios Críticos de Poluição 
REFERÊNCIAS OBRIGATÓRIAS 
 
DERISIO, José Carlos. Introdução ao controle de 
poluição ambiental. 4.ed. atual. São Paulo: Oficina de 
textos, 2012. 223p. ISBN: 9788579750465. 
 
MOTA, Suetônio. Introdução à Engenharia Ambiental. 
6. ed. Rio de Janeiro: ABES, 2006, 526p. 
 
 
 
 
OBRIGADA! 
joseane.costa@ufersa.edu.br