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Conteudista: Prof.ª M.ª Fabiana Taveira de Melo Revisão Textual: Dr. Fábio Ronaldo da Silva Material Teórico Material Complementar Referências Emissões Atmosféricas: Tipos e Programas de Controle Tipos de Emissões Atmosféricas Existem vários tipos de emissões: gasosas, líquidas, sonoras, vibratórias e radiativas. Nesta Unidade, vamos tratar das emissões gasosas e sonoras, consideradas as mais comuns para as atividades industriais, sociais e urbanas. Gasosas Os poluentes atmosféricos podem ser classi�cados como primários e secundários. Os poluentes primários são aqueles lançados diretamente no ar, por uma fonte �xa ou móvel, e que contém substâncias capazes de causar danos à saúde e aquecimento global. 1 / 3 Material Teórico Objetivos da Unidade: Apresentar de�nições e conceitos sobre os tipos de emissões atmosféricas, suas fontes e impactos provocados por emissões gasosas e sonoras; Apresentar os dispositivos de controle da poluição do ar, formas de monitoramento e controle. Os poluentes secundários são aquelas substâncias que se formam na atmosfera por reações químicas que ocorrem em razão da presença de certas substâncias químicas e de determinadas condições físicas. Por exemplo, o SO3 (formado pelo SO2 e O2 no ar) reage com o vapor de água para produzir o ácido sulfúrico (H2SO4), que precipita, originando a chamada “chuva ácida”. Saiba Mais Conheça mais sobre a chuva ácida e os seus efeitos climáticos: Chuva Ácida - Entenda tudo!!! https://www.youtube.com/watch?v=p8U2L_nGuf8 Figura 1 – Título Fonte: Reprodução A classi�cação dos estudos sobre a poluição atmosférica vai depender da sua natureza de emissão, da área geográ�ca que ocupa e até da quantidade de atividade industrial realizada em uma determinada região. De acordo com o ministério de meio ambiente, os fatores importantes que podem in�uenciar na qualidade do ar são: a localização geográ�ca, a topogra�a e as condições climáticas locais, principalmente no que diz respeito à constância, intensidade e direção dos ventos. Tais fatores também podem interferir nos diagnósticos ambientais, principalmente àqueles efetuados a partir da percepção do observador, pois podem criar períodos de intensa poluição em áreas urbanas, tais como fenômenos climáticos como as inversões térmicas, in�uenciando diretamente nas condições que favoreçam a concentração ou a dispersão dos poluentes. Com relação as fontes de poluição, responsáveis pela emissão dos poluentes em especial, os primários, existem dois principais tipos: Fonte �xa: São aquelas que ocupam uma área relativamente limitada, permitindo uma avaliação direta na fonte. São exemplos: Atividades industriais, no geral, pois são responsáveis pela emissão de grade quantidade de gases e, portanto, possuem fontes mais signi�cativas, ou de maior potencial poluidor; Usinas que utilizam carvão, óleo combustível ou gás, como as termoelétricas e os incineradores de resíduos, que realizam a queima de material, logo, também têm elevado potencial poluidor atmosférico; Equipamentos, como gerador de energia, que usam combustível fóssil para funcionamento de motores, portanto, também são considerados fontes �xas. A imagem a seguir, ilustra um exemplo de fontes �xas emitindo poluentes primários diretamente no ar, proveniente de uma atividade industrial: Figura 2 – Fonte �xa de emissão de poluente primário Fonte: Getty Images Existem também as fontes �xas naturais, que emitem poluentes provocados por eventos da natureza como a maresia e o vulcanismo. Tais emissões também podem in�uenciar a composição das condições do ar. Fonte móveis: São as que se dispersam pela comunidade, não sendo possível a avaliação na base de fonte por fonte. Na maioria das vezes, são as que emitem gases proveniente da queima de combustíveis fósseis (como CO2, por exemplo), emitidos pelos veículos, geradores e motores movidos à combustível e que têm grande contribuição para a poluição do ar. São exemplos: Os veículos automotores, juntamente com os trens, aviões e embarcações marítimas. Os veículos se destacam nas cidades como as principais fontes poluidoras e são divididos em: leves de passageiro (utilizam principalmente gasolina ou álcool como combustível); leves comerciais (utilizam Gás Natural Veicular (GNV) ou óleo diesel); e veículos pesados (somente de óleo diesel). A imagem a seguir, ilustra um exemplo de fontes móveis emitindo poluentes primários diretamente no ar, proveniente da atividade de transporte: Figura 3 – Fonte móvel de emissão de poluente primário Fonte: Getty Images Você Sabia? A cidade de Cubatão, no litoral de São Paulo – SP foi por muito tempo chamada de “Vale da Morte”, por ter sido considerada a cidade mais poluída do mundo pela ONU, por causa da alta carga de poluente primário emitida pelas industrias da região, nas décadas de 80. Conheça essa história e como a cidade se recuperou, após um importante projeto de �scalização e controle ambiental: Sonoras (ruído ambiental) Podemos considerar que o som é um elemento da física, no qual ondas de pressão ou vibração são propagadas em um espaço. O som, quando se torna um fator de incomodo, acaba se convertendo num impacto para o meio ambiente e, portanto, quando propagado a níveis indesejados, torna-se um ruído. Pela Resolução do Conama nº 01 de 1990, os níveis excessivos de emissão de ruído estão entre os sujeitos ao controle da poluição atmosférica. Por isso, as emissões de ruído, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, devem ser monitoradas e controladas pois, têm impacto no interesse da saúde e do sossego público, podendo causar incômodos à vizinhança dos estabelecimentos emissores e danos à saúde da população. Cubatão Poluição https://www.youtube.com/watch?v=SarZsZbIWtE As atividades urbanas e industriais são, na maioria das vezes, as que mais provocam a emissão da poluição sonora. O aumento da circulação de veículos, investimentos na infraestrutura viária e nos meios de transporte, facilitações na compra e venda de veículos, funcionamento de estabelecimentos como casa de shows e eventos, atividades de máquinas e equipamentos nas produções fabris, são os principais fatores responsáveis por essa emissão. As indústrias estão sendo instaladas junto às residências e num ascendente crescimento, algumas vezes desordenado, causando incômodos à vizinhança. Com esse crescimento, os problemas de trânsito se agravam, o que traz um signi�cativo acréscimo dos níveis de emissão de ruído ambiental, que já não são localizados, no caso das indústrias, mas que afetam toda a comunidade. Figura 4 – Atividade industrial inserida em zona residencial: evidência de incomodo Fonte: Getty Images Os efeitos da poluição ambiental são diversos, a começar com os efeitos à saúde. Com o passar dos anos, a exposição faz com que o indivíduo perca a acuidade auditiva e a percepção, a maioria dos re�exos e reações �cam prejudicadas. Este fato levou as autoridades europeias, em 1989, a considerar o ruído um problema de saúde pública. Entretanto, nem todo ruído é considerado poluição sonora e, portanto, causador de problemas à saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível de ruído recomendável para a audição é de até 50 decibéis (dB). Isso signi�ca que o ruído é danoso se for superior a 75 dB e doloroso a partir dos 120 dB. A recomendação, portanto, é que o ruido não ultrapasse 65 dB durante o dia e que, para que o sono seja reparador, o ruído do ambiente noturno não seja superior a 30 dB. Você Sabia? Algumas doenças podem ser decorrentes da exposição ao ruído como: perda de audição, dor de cabeça, pressão alta. Conheça os principais distúrbios provocados pela exposição ao ruído excessivo no link: Especial Cidadania - Senado Notícias https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania Assim comoas fontes das emissões gasosas, as fontes de emissões de ruído também podem ser de fontes �xas ou móveis. Fontes �xas: são aquelas em que se encontram estacionadas em um local. Destacam-se as operações industriais e seus processos, atividades de construção civil, comércio (casas noturnas e de shows); Fontes móveis: são aquelas que se movimentam de um local para outro. Destacam-se as atividades de transporte como: aviões, carros, ônibus, caminhões, trens e martelos pneumáticos. O controle e monitoramento da emissão do ruído, veremos a seguir, no item 2 desta Unidade. Alteração da Qualidade do Ar A atmosfera tem na sua composição natural, principalmente, nitrogênio (78%), oxigênio (21%), argônio, vapor de água e outros gases com menores concentrações, como ozônio, metano, óxidos de nitrogênio e de enxofre. Dentre esses gases, existem os que estão associados ao equilíbrio da temperatura da Terra, chamados de gases do efeito estufa (GEE), como por exemplo, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o ozônio (O3), entre outros. As atividades industrias e urbanas são as fontes responsáveis pela alteração da composição natural dos gases da atmosfera, pois, a partir da emissão de diferentes poluentes químicos, provocam reações que impactam nas condições climáticas do planeta e, consequentemente, na saúde da população e no meio ambiente. Administração Agricultura Cultura Economia Infraestrutura Internacional Justiça Meio Ambiente Política Segurança Social Tecnologia LEIA MAIS SENADO FEDERAL https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania A Figura a seguir, ilustra o comportamento dos gases que provocam impactos ao meio ambiente: Figura 5 – Ciclo de poluentes: das fontes ao impacto no meio ambiente Dentre as fontes responsáveis pela alteração da qualidade do ar, destacam-se as atividades industriais e, principalmente, as atividades de transporte que queimam combustíveis fósseis por meio do funcionamento do motor. Por Veículos Hoje, a principal fonte responsável pela emissão de poluentes e dos Gases de Efeito Estufa (GEE) no mundo, são os gases gerados pela queima de combustíveis fósseis líquidos, como: a gasolina, o diesel e o óleo combustível. Considerando esta a�rmação, os veículos automotivos e de transporte acabam tendo uma importância na atenção do controle e do monitoramento, tanto por parte do Estado, quanto do usuário. Diversas regras e legislações vêm sendo publicadas e �scalizadas pelos órgãos competentes na fabricação de motores veiculares para evitar emissões excessivas, a �m de se obedecer aos limites mais restritivos de emissões de poluentes. Mas, mesmo com a imposição de tais regras, os veículos automotivos ainda continuam sendo os principais responsáveis pela alteração da qualidade do ar em áreas urbanas, embora emissões por processos industriais também sejam relevantes em inúmeras áreas urbanas (IAP, 2020). Os gases responsáveis pela alteração da qualidade do ar são compostos por uma mistura de substâncias tóxicas que, se absorvidas pelo sistema respiratório, produzem efeitos negativos sobre a saúde. Essa emissão é formada por gases do tipo: monóxido de carbono (CO); óxidos de nitrogênio (NOx); hidrocarbonetos (HC); óxidos de enxofre (SOx); material particulado (MP). Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), o monóxido de carbono (CO) é um gás resultante da queima incompleta do combustível e, se inalado, reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Essa emissão, por exemplo, foi bastante reduzida nos anos de 1970 e 1980 com o avanço das tecnologias de combustão e controle. Já os óxidos de nitrogênio (NOx) são formados quando o nitrogênio reage com o oxigênio em razão da alta temperatura na câmara de combustão. O NOx participa da formação do “smog” fotoquímico, cujo principal poluente é o ozônio. Contribui também na formação de chuva ácida e do material particulado. Se constitui em um dos poluentes de maior preocupação na atualidade e que requer tecnologias atualizadas de controle, já que sua formação tende a aumentar com a e�ciência dos motores, principalmente, dos veículos movidos a óleo diesel. Os hidrocarbonetos (HC), por sua vez, são vapores expelidos pelo motor do veículo quando o combustível não é queimado ou expelido durante o abastecimento do tanque de combustível do veículo. Assim como o NOx, estes gases também merecem especial atenção quanto ao seu controle, já que reagem na atmosfera promovendo a formação do “smog” fotoquímico (CETESB. 2021). Os óxidos de enxofre (SOx) são provocados também pela queima do combustível que tem o enxofre na composição, por exemplo o óleo diesel. Tecnologias vêm sendo adotadas pelos fabricantes de veículos para controlar a emissão. Os óxidos de enxofre (SOx) têm importância nos efeitos a saúde humana. Podem reagir com outros compostos presentes na atmosfera, formando pequenas partículas que penetram profundamente em partes sensíveis dos pulmões e causar ou agravar doenças respiratórias, como en�sema e bronquite. Além disso, podem agravar doenças do coração preexistentes, levando à internação e à morte prematura. O material particulado (MP) ou fuligem (partículas sólidas e líquidas ou fumaça preta), devido ao seu pequeno tamanho, mantém-se suspenso na atmosfera e pode penetrar nas defesas do organismo, atingir os alvéolos pulmonares e ocasionar diversos efeitos negativos à saúde. Os responsáveis por tal emissão são veículos de tecnologia à diesel, que são os veículos de mais expressiva emissão desse poluente. Outro fator a ser considerado é que essas emissões causam grande incômodo aos pedestres próximos às vias de tráfego. No caso da fuligem, a coloração e o mau cheiro desta emissão causa, de imediato, uma atitude de repulsa e pode ainda ocasionar diminuição da segurança e aumento de acidentes de trânsito pela redução da visibilidade. Você Sabia? "Com o aumento expressivo na frota veicular do Brasil e de suas regiões metropolitanas, alguns estados enfrentam situações preocupantes. No estado de São Paulo, por exemplo, a frota motorizada, calculada segundo metodologia do inventário estadual explicitada no Relatório de Emissões Veiculares da CETESB é de aproximadamente 15,4 milhões de veículos, sendo 10,4 milhões de automóveis, 1,9 milhões de comerciais leves, 560 mil ônibus e caminhões e 2,5 milhões de motocicletas. Só na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), são mais de 7 milhões de veículos, considerando todos os tipos. A idade média da frota calculada para 2019 é de 10,1 anos. O inventário de emissões veiculares elaborado pela CETESB calcula que foram emitidas em 2018 no Estado de São Paulo 299 mil toneladas de CO, 63 mil toneladas de COV (NMHC), 165 mil toneladas de NOx, 4,1 mil toneladas de MP e 2,7 mil toneladas de SO2, todos poluentes tóxicos. O grá�co abaixo mostra a evolução na emissão desses compostos ao longo dos últimos 14 anos e inclui além dos poluentes citados, também a emissão de gases de efeito estufa (GEE), em CO2eq". Figura 6 – Evolução GEE Fonte: cetesb.sp.gov Graças à retração econômica e oscilações anuais em função da variação do uso do etanol ou gasolina nos veículos �ex, as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) vêm apresentando reduções ao longo dos últimos anos. Mas ainda é notório o aumento da frota de veículos e de congestionamento nas grandes cidades, o que compromete grandes avanços com relação ao controle das emissões e, consequentemente, à qualidade do ar. Alguns estados e municípios conseguem monitorar a situação da qualidade do ar por meio de programas especí�cos. No caso da CETESB, por exemplo, órgão responsável pela gestão ambiental no estado de São Paulo, estudos periódicos estão sendo realizados para veri�car o comportamento das emissões veiculares nas regiões metropolitanas da cidade paulista. Veja abaixo uma ilustração deste monitoramento e os resultados: Figura 7 – Monitoramento da qualidade do ar Fonte: qualar.cetesb.sp.govPor Atividades Industrias A queima de combustíveis sólidos (carvão e resíduos) provocada por atividades industriais é a que mais se destaca quando se trata de emissões de poluentes responsáveis pela alteração da qualidade do ar. Neste caso, a poluição atmosférica, resultante das atividades produtivas do setor industrial e da produção de energia, é provocada por meio da queima de combustível fóssil e de biomassa (por exemplo, usinas termelétricas), que liberam matéria (gases) para a atmosfera, por emissão pontual (fontes �xas, como estações e chaminés) ou “fugitiva” (fontes móveis, como equipamentos e veículos). De maneira geral, os poluentes são provenientes de processos de fabricação e transformação de produtos, da queima de combustíveis para a produção de energia ou mesmo da movimentação de materiais. A geração de energia por meio da queima de combustíveis fósseis (diesel, gasolina e outros derivados do petróleo) cresceu no país nas últimas décadas e se caracteriza por ser uma fonte potencial de emissão de poluentes. A Figura a seguir, ilustra os principais gases, que provocam alteração da qualidade do ar e que são emitidos pelas diversas atividades industriais: Figura 8 – Principais gases poluentes da atmosfera Por Queimadas Nas regiões centrais do Brasil e na Amazonia, as queimadas e os incêndios �orestais compõem a principal fonte de emissão de poluentes atmosféricos. A queima de biomassa decorrente das áreas desmatadas e do manejo de pastos, além de liberar GEE, libera também grandes quantidades de material particulado. Segundo o Instituto de pesquisa WRI Brasil, a fumaça provocada pela queimada tem impacto no ciclo hidrológico, gerando um aumento da disponibilidade de partículas na atmosfera que interfere na formação de gotículas de chuva. Esse material particulado acaba se movimentando devido às correntes de ar que atuam na Amazônia, as mesmas que levam a umidade da região para o Centro Oeste, Sul e Sudeste do país. Sendo assim, a fumaça das queimadas é umas das causadoras de poluição na zona rural, afetando o clima e causando importantes alterações na qualidade do ar, em cidades de outras regiões do país (WRI BRAZIL, WORKING PAPER, Jan./2021 ). Tecnologias, Controle e Monitoramento das Emissões Atmosféricas Ruído, Controle e Monitoramento O controle e monitoramento do ruído, depende de algumas técnicas, habilidades e uso de instrumentos de medição especí�cos. Tais técnicas podem ser utilizadas simultaneamente ou de forma isolada, em função das necessidades a serem atendidas. O instrumento usado para medir o nível de ruído é chamado de “decibelímetro” e mede a pressão sonora por meio de um microfone de alta qualidade, que deve ser calibrado periodicamente para assegurar a leitura da pressão sonora medida. O processo de medição é realizado quando, ao atingir o diafragma do microfone, um sinal elétrico é transformado ou convertido em sinal Raiz Média Quadrática (R.N.Q). Esse sinal elétrico é compensado a um leitor de curva que simula a resposta do ouvido humano. Posteriormente, o mesmo sinal é convertido em decibel ou decibels (dBa) da pressão sonora medida (DERISIO, 2013). Para assegurar uma boa medição, alguns fatores precisam ser considerados, como: Nível de ruído de fundo existente naturalmente num local, sem a presença de fontes de poluição (recomendado a prevenção de possíveis ruídos interferentes); Posição do operador (é recomendado que seja utilizado um tripé ou que pro�ssional �que com os braços estendidos durante a medição). Para realizar um monitoramento do ruído ambiental, é importante levar em consideração os padrões estabelecidos pelas normas e legislações nacionais, estaduais e municipais, já que cada região ou fonte de emissão tem sua característica física, regional e social. Os padrões de emissão de ruído atmosférico nas grandes cidades podem ser diferentes para as menores. Neste caso, temos normas brasileiras e legislações que estabelecem os padrões de emissão de ruído ambiental, com metodologias, considerando as características de cada região e fatores ambientais. Para as atividades industriais e fabris as normas legais são: Norma ABNT nº 10151: “Avaliação do Ruído em áreas Habitadas visando o Conforto da Comunidade”; Resolução Conama nº 1 de março de 1990: que estabelece critérios e padrões para a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais. Ainda no caso das atividades industriais, de produção de produto ou de serviço, no qual os limites de tolerância ultrapassam os especi�cados pela norma NBR 10151 da ABNT ou legislação, o controle para assegurar a obediência dos limites de emissão podem ser: Substituição de equipamentos por outros mais silenciosos; Manutenção do equipamento (fonte �xa) barulhento com correta lubri�cação, alinhamento de rolamentos e eixos, balanceamento e equilíbrio das partes móveis e a ancoragem do equipamento em suportes vibratórios; Alteração ou substituição dos processos de produção por meio da adoção de uma outra atividade ou processo, operação do equipamento em períodos pré-estabelecidos e eliminação ou redução nas operações em períodos noturnos (DERISIO, 2013). No caso das emissões veiculares, cabe aos municípios ou órgãos ambientais competentes, realizar os monitoramentos e �scalizações para adotar ações de controle apropriadas. O IPT, por exemplo, junto à prefeitura de São Paulo, iniciou em 2017, uma pesquisa para avaliar o comportamento do barulho na cidade, por meio de um mapa de ruído. Saiba Mais Barulhômetro e ruídos sonoros – São Paulo Sustentável – 16 de maio Gases, Controle e Monitoramento Os principais objetivos para que seja realizado o monitoramento da qualidade do ar é veri�car se as emissões gasosas, principalmente, as realizadas pelas atividades industriais, atendem aos parâmetros estabelecidos pelas regulamentações e legislações dos órgãos ambientais competentes. Para isso, as fontes de emissões gasosas devem fornecer dados para ativar ações de emergência durante períodos de estagnação atmosférica, isto é, quando os níveis de poluentes na atmosfera possam representar risco à saúde pública, de modo a proteger a saúde e bem-estar da população e acompanhar as mudanças na qualidade do ar decorrentes de alterações nas emissões feitas pelas pessoas. A Portaria Normativa nº 348 de 1990, por exemplo, estabeleceu os padrões nacionais de qualidade do ar, assim como a Resolução do Conama nº 3 de 1990 que dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (PRONAR). Os parâmetros regulamentados são os seguintes: partículas em suspensão, fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de carbono ozônio e dióxido de nitrogênio. Barulhômetro e ruídos sonoros – São Paulo Sustentável – 16 de … https://www.youtube.com/watch?v=LMTkd2AWCsU Na Figura 9 são apresentados os padrões nacionais de qualidade do ar, determinados pela Resolução Conama nº 3 de 1990: Figura 9 – Padrões nacionais de qualidade do ar (Resolução Conama nº 3, de 28/6/1990) Fonte: Reprodução De acordo com a Resolução do Conama, Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à �ora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Os métodos para realizar o monitoramento devem levar em consideração os equipamentos adequados para produzir resultados apropriados. O número (ou quantidade) de estações de amostragem e a frequência de amostragem também são fatores que interferem no monitoramento. As estações de amostragem, com equipamentos especí�cos, devem ser instaladas num determinado local com o objetivo de avaliar a qualidade do ar em uma área (onde a indústria ou atividade está instalada) ou a região. De maneira geral,recomenda-se os seguintes critérios para implementar uma estação de amostragem atmosférica: Área ou região mais poluída ou com grande fonte de emissão de poluentes; Área mais povoadas; Colocar estações nos locais de entrada de ar para a região (neste caso considerar a direção predominante dos ventos); Instalar todas as estações no mesmo nível; Evitar proximidade de chaminés; Colocar estações entre três e seis metros de altura. Os valores resultantes de concentração de poluentes, vão levar em conta as médias horarias (de oito horas), médias diárias, mensais e anuais. Veja nas imagens abaixo um modelo de estação de amostragem para avaliação da qualidade do ar, na região do bairro de Pinheiros, São Paulo – SP. Figura 10 – Estação de avaliação da avaliação da qualidade do ar Fonte: https://cetesb.sp.gov.br Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leituras Ministério do Meio Ambiente Planeta Biologia 2 / 3 Material Complementar Fontes Fixas Poluição AmbientalEm geral, os estudos da poluição atmosférica são classi�cados de acordo com a sua natureza ou pela área que ocupam, podendo ser divididos em duas ordens, em relação às fontes de emissão: as provenientes de fontes �xas e aquelas oriundas de fontes móveis. As fontes �xas são aquel... LEIA MAIS MMA https://antigo.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar/fontes-fixas.html https://antigo.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar/fontes-fixas.html CETESB – Qualidade do ar Poluição do ar e gases poluentes da atmosfera - Planeta Biologia A poluição do ar tem se tornando um grande problema das sociedades industrializadas. Seus efeitos podem causar grande prejuízo em todo planeta. Nessa aula veremos como acontece os diferentes tipos de poluição, os principais gases poluentes e seus efeitos negativos no meio ambiente. LEIA MAIS PLANETA BIOLOGIA Qualidade do Ar Poluente atmosférico é toda e qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à �ora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. LEIA MAIS CETESB https://planetabiologia.com/poluicao-do-ar-e-gases-poluentes-da-atmosfera/ https://planetabiologia.com/poluicao-do-ar-e-gases-poluentes-da-atmosfera/ https://planetabiologia.com/poluicao-do-ar-e-gases-poluentes-da-atmosfera/ https://cetesb.sp.gov.br/ar/ https://cetesb.sp.gov.br/ar/ Livros Poluição do meio ambiente SANTOS, M. A. (Org.). Poluição do meio ambiente. Rio de Janeiro: LTC, 2017. (e-book) Vídeos Chuva Ácida Barulho e ruídos sonoros Chuva Ácida - Entenda tudo!!! Barulhômetro e ruídos sonoros – São Paulo Sustentável – 16 de … https://www.youtube.com/watch?v=p8U2L_nGuf8 https://www.youtube.com/watch?v=LMTkd2AWCsU BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2005. DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4. ed. São Paulo: O�cina de Textos, 2013. EMISSÃO veicular. CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. 2021. Disponível em: <https://cetesb.sp.gov.br/veicular/>. Acesso em: 09/10/2021. SIMONI, W. et al. O Estado da Qualidade do Ar no Brasil. WRI Brasil, jan. 2021. Disponível em: <https://wribrasil.org.br/sites/default/�les/wri-o-estado-da-_qualidade-do-ar-no- brasil.pdf>. Acesso em: 23/08/2021. 3 / 3 Referências
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