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Conhecendo Maria Ssma

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Índice 
Apresentação...................................................................................................................7 
Capítulo 01.......................................................................................................................9 
Dogma da Imaculada Conceição de Maria.....................................................................9 
 
[1.1] Definição de Imaculada Conceição: “Concebida ou gerada sem pecado”...............9 
[1.2] Objeção e resposta acerca da Imaculada Conceição.............................................10 
[1.3] Observação importante para não deixar brechas..................................................10 
[1.4] Outra objeção.........................................................................................................10 
[1.5] Maria é a arca da nova aliança...............................................................................11 
[1.6] Oração do séc. IV: “Tota pulchra es Maria”...........................................................12 
 
Capítulo 02.....................................................................................................................14 
Dogma da virgindade perpétua de Maria.....................................................................14 
 
[2.1] Maria Virgem antes do parto.................................................................................14 
[2.2] Maria Virgem durante o parto...............................................................................14 
[2.3] Maria Virgem depois do parto / Objeções e respostas..........................................15 
[2.4] Vejamos agora a questão dos “irmãos” de Jesus...................................................16 
[2.5] Quem são os “irmãos” de Jesus?...............................…..........................................16 
[2.6] Importante.............................................................................................................17 
 
Capítulo 03.....................................................................................................................19 
Dogma da maternidade divina de Maria......................................................................19 
 
[3.1] Provas bíblicas da maternidade divina de Maria...................................................19 
[3.2] Palavras dos santos e de pessoas influentes do cristianismo sobre a maternidade 
divina de Maria...............................................................................................................20 
[3.3] Palavras dos primeiros “reformadores” protestantes...........................................21 
 
 
 
Capítulo 04.....................................................................................................................23 
Dogma da assunção de Maria ao céu...........................................................................23 
 
[4.1] Distinção entre assunção e ascensão.....................................................................23 
[4.2] Provas bíblicas da assunção de Maria....................................................................23 
[4.3] Objeções e respostas.............................................................................................24 
[4.4] Detalhe importante................................................................................................25 
[4.5] Oração....................................................................................................................26 
 
Capítulo 05.....................................................................................................................28 
Vamos estudar agora sobre a oração da Ave Maria, frase por frase, palavra por 
palavra, vírgula por vírgula...........................................................................................28 
 
[5.1] Ave, (Maria) cheia de graça, o Senhor é convosco... (Lc 1,28)...............................28 
[5.1.1] Ave, Salve ou Alegra-te?......................................................................................28 
[5.1.2] Cheia de graça / Gratia plena / Agraciada...........................................................28 
[5.1.3] O Senhor é convosco...........................................................................................29 
[5.2] Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre (Jesus)...29 
[5.2.1] Bendita sois vós entre as mulheres.....................................................................30 
[5.2.2] Bendito é o fruto do teu ventre, Jesus................................................................30 
[5.3] Ave, (Maria) cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as 
mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, (Jesus)...................................................30 
[5.4.1] Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa 
morte. Amém! // Santa Maria........................................................................................31 
[5.4.2.3] Mãe de Deus // Rogai por nós..........................................................................32 
[5.4.4] Ainda sobre a expressão: Rogai por nós / Objeções e respostas........................34 
[5.4.5.6] Final da oração da Ave Maria / Agora e na hora de nossa morte // Amém.....35 
[5.5] Para concluir o estudo sobre a oração da Ave Maria, veremos a seguir, palavras e 
testemunhos de santos e pessoas virtuosas sobre esta sublime oração.......................36 
 
 
 
Capítulo 06.....................................................................................................................39 
Outros temas de igual importância sobre Nossa Senhora............................................39 
 
[6.1] Um pequeno desafio..............................................................................................39 
[6.2] O contraste entre Eva e a Virgem Maria................................................................39 
[6.3] A Igreja subsistiu no sábado santo apenas em Maria Ssma...................................40 
[6.4] Pelo próprio Cristo fomos consagrados e entregues como filhos à Nossa 
Senhora...........................................................................................................................40 
[6.5] Maria, a Mulher do Gênesis ao Apocalipse............................................................41 
[6.6] Oração....................................................................................................................42 
 
Capítulo 07.....................................................................................................................42 
Alguns poucos testemunhos meus sobre Nossa Senhora.............................................42 
 
[7.1] Apenas 1 Pai nosso, porém 10 Ave Marias, isto é um absurdo?............................44 
[7.2] Uma proposta inesperada......................................................................................44 
[7.3] Uma resposta aos escrupulosos de Maria Ssma....................................................44 
[7.4] Um casal em crise e a intervenção de Nossa Senhora...........................................45 
[7.5] Uma libertação através da imagem de Nossa Senhora das Graças........................45 
[7.5.1] O poder de influência das imagens sacras e relíquias de santos........................45 
[7.5.2] Uma observação importante sobre as imagens..................................................46 
[7.5.3] Outra observação................................................................................................46 
[7.5.4] Os sacramentais e sua influência na Igreja segundo o catecismo.......................47 
[7.5.5; 7.6] Fontes // Significado de algumas palavras e abreviações............................47 
[7.6.1] Abreviações bíblicas............................................................................................47 
[7.6.2.3] Palavras e abreviaçõeslatinas // Outras abreviações .....................................48 
[7.7] Para concluir, oremos!...........................................................................................48 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
Salve, Maria Santíssima! 
Este pequeno livro de cujo título: “Conhecendo Maria Santíssima”, foi inicialmente um 
desejo meu e acredito também tenha sido da Virgem Ssma, de poder fazer conhecer as 
grandezas de Deus através das grandezas e maravilhas que o mesmo realizou em Maria. 
“Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.” (Lc 
1,49) Tratava-se, originalmente, apenas de uma página na plataforma do Facebook. Ei-
la aqui: (https://www.facebook.com/VirgemSsma/) Só depois a ideia deste livreto que 
ora vos apresento... 
É bem verdade que ninguém pode amar quem não conhece. Neste caso, é necessário 
conhecer para, enfim, poder amar de fato. Porém, infelizmente, a falta de conhecimento 
ainda é um fator determinante para a “morte”, ou seja, a negação da verdadeira fé. (Os 
4,6) A ignorância ou a desonestidade intelectual a respeito da Virgem Maria pode 
ocasionar em uma repulsa, cólera e/ou um desprezo irracional e diabólico à Ela. (Gn 
3,15) 
Entretanto, foi pensando na maior glória que Cristo pode receber através do 
conhecimento das pessoas acerca de sua digníssima mãe que reproduzimos aqui este 
livreto. A final, o fim último de nossa devoção à Nossa Senhora é o próprio Jesus, visto 
que, não se elogia uma obra sem reconhecer o autor. 
Sabemos que é pela boca de bebês e criancinhas de peito que Deus tira o perfeito louvor. 
(Mt 21,16) Pois bem, quanto mais puro e inocente o ser, mais perfeito e agradável a 
Deus será seu louvor. (Sl 8,3) Portanto, os elogios e louvores que os pobres pecadores 
tercem à Nossa Senhora faz com que ela que é pura e imaculada, (Lc 1,28) glorifique 
mais perfeitamente o Criador. (Id. 1, 41-47) Com efeito, se queremos, e como queremos, 
que Cristo seja glorificado plenamente, então, tal como Santa Izabel, reconheçamos 
antes qual tabernáculo O trouxe a este mundo. (Is 7,14; Hb 9,11) 
Boa leitura! 
 
 
 
 
 
 
 
7 
https://www.facebook.com/VirgemSsma/
 
 
 
 
 
Capítulo 01 
Dogma da Imaculada Conceição de Maria 
[1.1] Definição de Imaculada Conceição: “Concebida ou gerada sem pecado” 
Concepção= Ato ou efeito de conceber, gerar, criar; 
Imaculada= Sem mácula, sem mancha ou pecado. 
Este dogma foi proclamado em 8 de dezembro de 1854 por Pio IX. (Bula: Ineffabilis Deus) 
No entanto, desde os primórdios a Igreja acredita na Imaculada Conceição de Maria. 
Saiba mais em: (http://diocesedeapucarana.com.br/portal/artigo/80/terceiro-dogma-
mariano-imaculada-conceicao) Ver também: (CIC § 490 a 494) 
O fato é que: “Não se tira água limpa de uma fonte surja”. Sabemos pois, que Jesus 
Cristo é esta água viva, pura e imaculada. (Ez 47,1-12; Jo 4,10.14) Maria é, de fato, a 
fonte de onde flui esta água. (Is 7,14; Lc 2,7) Pois que, não poderia jamais ser impura. 
Ora, “Quem fará sair o puro do impuro? Ninguém!” (Jó 14,4) “Mas uma só é a minha 
pomba, a minha IMACULADA; ela é a única de sua mãe, a escolhida da que a deu à luz. 
As filhas viram-na e lhe chamaram bem-aventurada; (Lc 1, 48b) viram-na as rainhas e as 
concubinas, e louvaram-na.” (Ct. 6, 9) 
O anjo entrou onde ela estava, e disse: Salve, “CHEIA DE GRAÇA!” Do grego: Kaire 
“KEKHARITÕMENÉ”. (Lc 1,28) Analisemos o significado desta expressão grega. Vejamos! 
O prefixo “KE” antes do radical “KHARITOÖ” denota tempo passado, ou seja, que ela FOI 
agraciada, e o sufixo “MENÉ” depois do mesmo verbo, indica estar sendo agraciada em 
um presente contínuo. Portanto, este vocativo, [kekharitõmenê] significa uma graça 
contínua que Maria ENCONTROU. (Lc 1,30) Note que o verbo no passado mostra que 
antes mesmo de Maria ficar grávida, isto é, não apenas a partir do momento da 
anunciação, mas desde o ventre de sua mãe, já tinha sido escolhida (Jr 1,5) e já possuía 
esta graça santificante em vista do nascimento de Cristo. A mesma que Adão e Eva 
possuíam antes de pecarem. Veja também uma outra versão com mais detalhes! 
(http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/virgem-maria/978-
em-lucas-1-28-x-em-eclesiastico-18-17) 
Um outro fato curioso é que não era comum um anjo saudar uma mulher e muito menos 
fazer-lhe reverência, tal como, o anjo Gabriel o fez. Ao contrário, os anjos apareciam 
normalmente aos homens e eram eles quem se prostravam diante do anjo. (1Cr 21,16; 
Nm 22,31; Jz 13,20; Js 5,14) Logo, isto já é o suficiente para demostrar o quão superior 
ela é até mesmo aos anjos. 
A mudança do nome das pessoas na bíblia estava sempre relacionada com a missão que 
elas deveriam exercer. (Gn 17,5.15-16; 32,28; Mt 16,17-18; At 9,1; 13,9) Tal vocativo, 
substitui o próprio nome de MARIA, significando a missão especial e única de mãe de 
Deus e IMACULADA que ela deveria exercer, i.e., de ser a genitora do cordeiro 
IMACULADO. (IPd 1,19) Finalmente, a nenhuma outra criatura é atribuída tal expressão, 
com esse sentido, senão unicamente à Virgem Maria. 
9 
http://diocesedeapucarana.com.br/portal/artigo/80/terceiro-dogma-mariano-imaculada-conceicao
http://diocesedeapucarana.com.br/portal/artigo/80/terceiro-dogma-mariano-imaculada-conceicao
http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/virgem-maria/978-em-lucas-1-28-x-em-eclesiastico-18-17
http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/virgem-maria/978-em-lucas-1-28-x-em-eclesiastico-18-17
 
 
[1.2] Objeções e respostas acerca do dogma da Imaculada Conceição 
Obj.: Maria tinha pecado porque ela reconhece que precisou de um salvador. “E o meu 
espírito exulta em Deus meu Salvador.” (Lc 1,47) 
Resp.: Precisou sim. No entanto, existem duas maneira de salvar alguém, p. ex. tirando 
a pessoa de um buraco ou impedindo-a de cair nele. Maria foi salva da segunda forma. 
Deus em seu amor incomensurável, em vista dos méritos de seu filho Jesus, preservou 
ou “salvou” Maria de cair no “buraco” do pecado original. 
Alguns pais da Igreja compararam a transmissão do pecado original a uma torrente de 
águas. Portanto, acho justo interpretar esse rio que o dragão lançara contra à Mulher, 
(Ap 12, 15-16) como sendo o próprio pecado original, mas que Deus miraculosamente, 
abriu essa grande boca na terra, ou seja, preservou-a em sua própria natureza (Gn 2,7) 
e a acudiu, conservando-a intacta, imaculada. 
[1.3] Observação importante para não deixar brechas 
Esta Mulher é Maria Ssma. Veja! 
(Ap 12,1 = Jo 2,4; 19,26 // Ap 12,2 = Lc 2,4-6 // Ap 12,4b = Mt 2,13c; Ap 12, 5 [a,b,c] = 
[a] Lc 2,7a; [b] SI 2,9; [c] At 1,9; // Ap 12,6 = Mt 2,14) 
(Egito = Deserto->Ex 13,18.19,1-2) Confira no link abaixo! 
(https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sinai) 
[1.4] Outra objeção 
Maria teve pecado porque Paulo diz aos romanos: “Porque todos pecaram e destituídos 
estão da glória de Deus.” (Rm 3, 23) 
Resp.: A palavra “todos” do grego “πᾶς” (pás) não significa, necessariamente, todos 
sem exceção, do contrário, quem interpretaria ao pé da letra, e.g., as palavras de Jesus 
quando diz: “Sereis odiados de TODOS por causa do meu nome.” (Mt 10,22) Seria 
declarar a missão dos apóstolos fracassada. Mas, o sentido da frase é: “Sereis odiados 
pela maioria por causa do meu nome.” Confira mais detalhes sobre o assunto no link a 
seguir: (https://padrepauloricardo.org/blog/se-todos-pecaram-como-fica-a-imaculada-
conceicao) 
Tanto é comprovado que há exceção nesta citação, que especificamente nesta, o autor 
sagrado ao citar que todos pecaram não excetua nem o próprio Jesus. Todavia, isto não 
significa, obviamente, que Jesus tenha pecado. Portanto, se Jesus, mesmo sem pecado 
(Hb 4,15), não foi deixado de fora na expressão “todos pecaram”, mesmo sendo uma 
exceção, poderia muito bem ter outra pessoa sem pecado inclusa nesta exceção.Afinal, 
Deus é onipotente, e como tal, deveria fazer com que, ao menos, uma semente de Adão 
nascesse sem culpa. Com base nisto, podemos afirmar categoricamente, que essa 
criatura, filha de Adão, só pode ser Maria Ssma. 
 
10 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sinai
https://padrepauloricardo.org/blog/se-todos-pecaram-como-fica-a-imaculada-conceicao
https://padrepauloricardo.org/blog/se-todos-pecaram-como-fica-a-imaculada-conceicao
 
 
Sabemos que Deus criou nossos primeiros pais, Adão e Eva, imaculados, i.e., sem 
pecado. (Gn 2,25) Estes, uma vez desobedientes, pecaram e atraíram sobre todos a 
morte eterna. (Gn 3, 3. 6; ICor 15, 22) Ao passo que, na nova aliança, Jesus e Maria 
também nasceram imaculados, novo Adão e nova Eva. (Hb 4,15; Lc 1,28) No entanto, 
obedientes, (Mt 26, 39.42; Lc 1, 38) atraíram assim a benção de Deus e a graça da vida 
eterna para todos. (Rm 6, 23) Esta é a simples lógica dos santos. 
Confira no link a seguir os três modos para demostrar que Maria foi preservada do 
pecado original: https://youtu.be/H68RYLTY3ag (Por Duns Scotus) 
[1.5] Maria é a arca da nova aliança 
Vejamos a analogia entre a arca da antiga aliança e Maria, a arca da nova aliança 
•Antigo test.: Davi, por temer ao Senhor, se questiona: “Como virá a mim a arca do 
Senhor?” (II Sm 6,9) 
•Novo test.: Isabel, surpresa com a chegada de Maria, se questiona: “De onde me 
provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?” (Lc 1,43) 
•Antigo test.: Davi saltava de alegria na presença da arca do senhor. (II Sm 6,14-15) 
•Novo test.: João salta de alegria no ventre de sua mãe Isabel quando Maria a saúda. 
(Lc 1,44) 
•Antigo test.: A arca do Senhor passou três meses na casa de Obede-Edon. (ISm 6,11) 
•Novo test.: Maria ficou na casa de Isabel cerca de três meses. (Lc 1,56) 
•Antigo test.: Na arca, o próprio Deus se manifestava. (Ex 25,22; Nm 7, 89) 
•Novo test.: No ventre de Maria, o próprio Deus se manifestou. (Mt 1,23; Jo 1,14) 
•Antigo test.: A arca da aliança ficava no “santo dos santos” (I RS 6,16-19) e ali, para 
demonstrar a sua glória, lahweh se fazia presente através de uma nuvem ou sombra. (Ex 
40,34; I Rs 8,10; Ez 10,3) 
•Novo test.: Maria foi tomada pela “sombra do altíssimo” (Lc 1,35) e em seu ventre o 
próprio Deus se fez presente. (Mt 1,23) 
•Antigo test.: A arca continha à vara de Arão (Nm 17,10; Hb 9,4), símbolo do sacerdócio. 
Arão foi o primeiro sumo sacerdote da linhagem de Levi. (Ex 28,1; 30,30) 
•Novo test.: Maria carregava em seu ventre o grande sumo sacerdote, Jesus. (Hb 4,14) 
•Antigo test.: A arca continha as tábuas da lei, i.e., a palavra de Deus. (Ex 25,16; НЬ 9,4) 
•Novo test.: Maria carregou Jesus, a Palavra de Deus. (Jo 1,1.14) 
•Antigo test.: A arca continha o maná, o pão descido dos céus. (Ex 16,33; Hb 9,4) 
•Novo test.: Maria carregava em seu ventre o pão do céu, o verdadeiro maná que se dá 
por nós. (Jo 6, 51-54) 
11 
https://youtu.be/H68RYLTY3ag
 
 
Bem, por que me detive em provar no texto acima que Maria Ssma é a arca da nova 
aliança, já que estamos estudando sobre o dogma da Imaculada Conceição? Porque tem 
tudo a ver, uma vez que a antiga ARCA tinha que ser da melhor madeira, considerada 
imperecível (Cetim ou acácia) e toda bem preparada, recoberta de ouro fino por dentro 
e por fora, (Ex 25,10-11) pois carregaria no seu interior o símbolo da presença de Deus, 
isto é, as tábuas da lei, o maná e o cajado de Arão. (Hb 9,4) Ao passo que Maria, a nova 
arca, teria que ser de uma “madeira” ainda melhor, ou seja, imagem do próprio Deus. 
(Gn 1,26) E toda recoberta por dentro e por fora de um “ouro” muito mais fino e 
totalmente superior ao da antiga arca, i.e., de uma santidade e pureza incomensuráveis, 
já que seria receptáculo e carregaria no seu ventre, não o símbolo da presença de Deus, 
mas o próprio Deus humanado. (Is 7,14; Jo 1,1.14) 
Da antiga arca se exigia um respeito e uma reverência muito grandes, tanto que se uma 
pessoa a tocasse sem permissão morreria, como foi o caso de Uzá. (II Sm 6,6-7) No Santo 
dos santos, onde estava a Arca, só entraria os sumos sacerdotes, os quais, teriam que se 
preparar durante um ano (Hb 9,6-7) e com todos os paramentos, a fim de que não 
morressem diante dela. (Ex 28, 34-35.43) 
Conclusão: Como não reverenciar, respeitar e amar Maria, esta que possui toda essa 
santidade e poder de um modo ainda muito mais pleno? A ARCA DA NOVA ALIANÇA, O 
TABERNÁCULO DE DEUS, A IMACULADA CONCEIÇÃO. 
[1.6] Oração do séc. IV: “Tota pulchra es Maria” 
Tu és toda formosa, Maria 
E a mancha original não há em ti. 
Sua roupa é branca como a neve, e seu rosto é como o sol. 
Tu és toda formosa, Maria, 
E a mancha original não há em ti. 
Você é a glória de Jerusalém, és a alegria de Israel, 
tu és a honra do nosso povo. 
Tu és toda formosa, ó Maria. (Ct 4,1a. 7) 
Aprecie como canto gregoriano em: (https://youtu.be/t-7HUe0kTV8) 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
https://youtu.be/t-7HUe0kTV8
 
 
 
 
 
Capítulo 02 
Dogma da virgindade perpétua de Maria 
Este dogma foi proclamado por volta do ano 649 a 655 no Concílio Regional de Latrão, 
por São Martinho I. Maria é virgem antes, durante e depois do parto... 
[2.1] Maria virgem antes do parto 
Não há dúvidas que Maria foi virgem antes do parto. O profeta Isaías profetizou 700 
anos a.C.: “Eis que a JOVEM conceberá e dará à luz um filho” (Is 7,14) Mesmo o profeta 
usando a palavra hebraica, ALMAH, para designar, JOVEM, o evangelista Mateus, 
interpretando este termo usado pelo profeta, (Mt 1,22-23) se utiliza da expressão grega 
na tradução da septuaginta: “παρθενος” (Parthénos), que quer dizer: VIRGEM, como de 
fato significava para os judeus a palavra, almah, i.e., moça virgem. 
Também, o evangelista São Lucas, narrando o episódio da anunciação, diz que o anjo de 
Deus foi enviado à uma VIRGEM. Cf.: (Lc 1,26-27) E por fim, a própria Virgem Maria 
declara: “Como se fará isso visto que NÃO CONHEÇO varão?” (Lc 1,34) Com efeito, 
acredito estar mais de que provado que Maria foi VIRGEM antes do parto. 
[2.2] Maria virgem durante o parto 
“São Cirilo de Alexandria dizia que assim como a luz atravessa de um lado para outro a 
vidraça sem quebrar-lhe, da mesma forma o Verbo pôde entrar e sair do ventre de sua 
Mãe sem lhe rasgar as paredes.” Ou seja, Jesus, o sol da justiça (MI 4,2) e a luz do mundo 
(Jo 8,12) passou, nasceu da Virgem Maria sem danificar o “vidro” de sua integridade 
física virginal. Jesus ultrapassou a porta fechada do lugar onde os discípulos estavam 
trancados, por medo dos judeus. (Jo 20,26) Também não poderia transpor o hímen de 
Maria, conservando-o “fechado”? É claro que sim. 
O templo de Deus era sua casa, onde Ele mesmo habitava. (SI 69,10; Mt 12,4) Maria é 
verdadeiramenteo templo onde o próprio Deus residiu. (ICor 3,16; Is 7,14) Entretanto, 
o profeta Ezequiel ver neste templo (símbolo da Virgem Maria) uma porta por onde 
Deus passou e esta permaneceu fechada. (Ez 44,1-2) Esta porta é uma alusão perfeita 
ao útero de Maria, por onde Jesus, o homem Deus, passou e permaneceu fechado. 
São Lucas narra o episódio do nascimento de Jesus como milagroso. Maria dá à luz e 
logo põe-se a cuidar do menino. (Lc 2,6-7) Sabemos que isso seria, praticamente, 
impossível por se referir aqui à uma mãe em seu primeiro (e único) parto e ainda sem 
nenhum auxílio humano, diga-se de passagem. No entanto, por Maria ter sido concebida 
sem a nódoa do pecado original, não deveria sofrer as dores do parto como 
consequências do mesmo. (Gn 3,16) Portanto, de forma milagrosa, tal como em sua 
concepção e em sua gravidez, permaneceria virgem e santa, também durante o parto. 
Veja mais detalhes neste link: (https://pt.aleteia.org/2017/07/12/maria-sofreu-ao-dar-
a-luz-jesus-cristo/) 
 
14 
https://pt.aleteia.org/2017/07/12/maria-sofreu-ao-dar-a-luz-jesus-cristo/
https://pt.aleteia.org/2017/07/12/maria-sofreu-ao-dar-a-luz-jesus-cristo/
 
 
Obs.: Tudo que Jesus usou era novo e exclusivamente para Ele. O jumentinho, e.g., 
ninguém ainda tinha o montado (Mc 11,2) e não há evidências de mais alguém ter 
montado nele. O seu sepulcro também era novo (Mt 27,60) e não há relatos bíblicos ou 
históricos de mais alguém ter sido posto nele. Assim também é o trono de Deus, quem 
pode sentar senão o próprio Deus? O único que quis usurpar o trono de Deus, nós já 
conhecemos a história, foi expulso do céu com a terça parte dos anjos apóstatas. (Ap 
12,7-9) Por fim, sabemos que o ventre de Maria foi o trono de Deus, e exclusivamente 
d’Ele aqui na terra, quem mais poderia nele “sentar”? 
[Para refletir!] 
[2.3] Maria virgem depois do parto / Objeções e respostas 
Obj.: José teve relações com Maria, pois a palavra diz que “ele não a conheceu ATÉ QUE 
ela deu à luz”. (Mt 1,25) 
Resp.: A expressão “ATÉ QUE” é um hebraísmo ou uma expressão hebraica, e quer dizer 
“sem que”. O autor sagrado quer apenas afirmar que Maria deu à luz SEM QUE José a 
tivesse conhecido ou tido relações com ela; porquanto Jesus seria o filho “biológico” de 
Deus e não de José. São numerosos os exemplos destes hebraísmos na Bíblia Sagrada. 
Vejamos este: “O coração do justo está firme e não temerá ATÉ QUE veja confundidos 
seus inimigos”. (SI 112,8) Ora, se o coração do Justo não temeu antes de ver confundidos 
seus inimigos, não temerá, muito menos, depois. O sentido da frase é: os inimigos serão 
confundidos SEM QUE o coração do Justo tema. Assim sendo, Mateus quis, APENAS E 
TÃO SOMENTE, afirmar que Maria concebeu de forma milagrosa, i.e., sem a intervenção 
carnal de um homem. Confira outros exemplos a fim de que não restem dúvidas. (Dt 7, 
24; Sb 10, 14; SI 56, 2; Is 22, 14; Mt 5, 18) 
Obj.: Maria teve outros filhos, uma vez que Jesus é chamado o primogênito de Maria e 
não unigênito. (Lc 2,7) 
Resp.: A palavra primogênito (primeiro gerado) pode significar apenas “o bem amado” 
ou também unigênito. Note que Jesus, o unigênito de Deus (Jo 3,16) também foi 
chamado de primogênito. Cf.: “E outra vez, ao introduzir no mundo o PRIMOGÊNITO, 
diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” (Hb 1,6) O profeta Zacarias O remete a uma 
situação de filho único e primogênito ao mesmo tempo. Veja! “Suscitarei sobre a casa 
de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de boa vontade e de prece, e 
eles voltarão os seus olhos para mim. Farão lamentações sobre aquele que 
traspassaram, como se fosse um FILHO ÚNICO; chorá-lo-ão amargamente como se 
chora um PRIMOGÊNITO!” (Zc 12,10) E ainda, em uma outra passagem bíblica, vemos: 
“E disse o Senhor a Moisés: Conta todos os primogênitos homens dos filhos de Israel, da 
idade de um mês para cima...” (Num 3,40) Ora, se há primogênito de um mês de idade, 
como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo filho? Então, 
portanto, não dá para afirmar que Maria teve outros filhos só porque Jesus é chamado 
de seu primogênito. Saiba mais: (http://old.champagnat.org/500.php?a=11a&id=4142) 
 
15 
http://old.champagnat.org/500.php?a=11a&id=4142
 
 
[2.4] Vejamos agora a questão dos “irmãos” de Jesus 
Em primeiro lugar é bom sabermos que na língua oficial dos judeus, i.e., hebraica e 
aramaica não existem as palavras: primo(a), tio(a), sobrinho(a), cunhado(a), etc. Veja 
que Ló era filho do irmão de Abrão, portanto seu sobrinho. (Gn 12,5) Porém, Abrão diz 
a Ló: “Ora, não haja contenda entre mim e ti, entre os meus pastores e os teus, porque 
somos irmãos.” (Gn 13, 8; 14, 14-16) Como vimos, se usava em lugar destas, a palavra 
IRMÃOS. Entretanto, mesmo existindo tais palavras na língua grega, na qual foi escrito 
o Novo Testamento, os autores sagrados preferiram permanecer fiéis a sua cultura e ao 
costume dos seus antepassados, ampliando assim o sentido da palavra IRMÃO, 
“αδελφός” (adelphos) do grego, para além de nascidos dos mesmos pais, (Gn 4, 9. 42,15) 
também para parentes próximos; (Gn 29,13.15; ICro 23, 21-22) pertencentes a uma 
mesma tribo; (IISm 19,11-12) a um mesmo povo; (Ex 2,11) a uma mesma natureza 
humana (Gn 9, 5; Mt 5, 22. 7, 3; Hb 2,11) e, por fim, a uma mesma fé. (Lc 22, 32; Jo 1,12. 
20,17; At 10, 23. 11,1) 
[2.5] Quem são os “irmãos” de Jesus? 
A bíblia enumera quatro e suas “irmãs”. São eles: Tiago, José, Judas e Simão. (Mc 6,3) 
Esse Judas era um dos apóstolos, e também irmão de Tiago (Jd 1,1; At 1,13; Lc 6,16) 
Obs.: Em algumas traduções podemos encontrar a expressão: “Judas, filho de Tiago” em 
vez de “irmão de Tiago” nas citações de (At 1,13 e Lc 6,16). No entanto, nos textos gregos 
está a expressão: “Judas de Tiago”, talvez por isso alguns tradutores optaram pela 
expressão: “filho de Tiago” significando o amor e o cuidado de pai que Tiago tinha para 
com seu irmão mais novo, Judas (Tadeu). Na nota explicativa ou rodapé, referente a 
palavra filho no texto de Lc 6,16, algumas traduções de bíblias sugerem: “ou IRMÃO”. 
Tiago e Simão também eram apóstolos (Mc 3,18; Lc 6,12-16) Observe que Paulo chama 
a Tiago, “irmão do Senhor” de apóstolo. (GI 1,18-19; At 9,26-27) 
Dos “irmãos” do Senhor, apenas José não era apóstolo, e certamente por ele está com 
as “irmãs” de Jesus, tanto nas bodas de Caná (Jo 2, 12) quanto no cenáculo, (At 1,13-14) 
os autores sagrados, depois de enumerarem os apóstolos, citam também os “irmãos” 
de Jesus. Uma outra observação é que, segundo a regra, mesmo estando varias 
mulheres, mas com um homem junto, usa-se sempre o substantivo no masculino-plural. 
Neste caso, José, “irmão” do Senhor, junto com suas “irmãs”, deveria se pronunciar: 
“irmãos” do Senhor, conforme, de fato, se ler. Já vimos que Tiago, “irmão” do Senhor, é 
um dos apóstolos. Pois bem, na descrição dos apóstolos há dois Tiagos, um irmão de 
João, filho de Zebedeu e outro filho de Alfeu. (Mc 3,17-18) Portanto, nenhum é filho de 
José e Maria e muito menos irmão carnal de Jesus. 
Obs.: Alfeu ou Cléofas são a transcrição e a pronúncia do mesmo nome hebraico, 
Halphai, ou dois nomes usados pela mesma pessoa, como: Jetro e/ou Raguel (Ex 2,17-
18; 3,1); Tadeu e/ou Judas, (Mc 3,18; Lc 6,16); Simão e/ou Pedro (Jo 1,42); Mateus e/ou 
Levi (Mt 9,9) [...] 
 
16 
 
 
[2.6] Importante: Simão, o Zelota, “irmão” do Senhor, também era um dos filhos de 
Alfeu (Cléofas), como acredita o conceituado historiador do século II, Hegezipo. 
Ademais, observamos que nas citações bíblicas eles [os “irmãos” de Jesus] aparecem 
sempre juntos, como era costume dos irmãos. (Mt 10,3; Mc 3,18; Lc 6,14; At 1,13) 
Vemos ainda que Maria, esposa de Cléofas, aquela que é tida como mãe de Tiago e José, 
(Mt 27,563; Mc 15,40) João no seu evangelho afirma ser irmã da Mãe de Jesus. Logo, 
está mais que comprovado que os “irmãos” de Jesus: Tiago, José, Judas e Simão, são 
filhos de Alfeu (Cléofas) comMaria, irmã da mãe de Jesus. Portanto, são na verdade, 
seus PRIMOS e não seus irmãos carnais. 
Obs.: A expressão: “filho de Maria”, em grego: “υἱός της Μαρίας” (huios tēs Marías), só 
foi mencionada referente a Jesus. (Mc 6,3) Portanto, se os supostos irmãos de Jesus 
realmente fossem filhos de Maria, nada impediria os evangelistas de também 
classificá-los como tais. 
Se realmente José e Maria tivessem tido mais filhos eles iriam juntos para a festa da 
páscoa em Jerusalém, como era uma celebração de costume para toda a família. (Ex 
12,1-3.26) Por que então, só foram Jesus, Maria e José juntos? (Lc 2,41.51) E ainda, se 
de fato, ela tivesse tido outros filhos, por que Jesus no momento da cruz a entregou aos 
cuidados de João, o discípulo amado, (Jo 19,26-27) um dos filhos de Zebedeu (Mt 10,2) 
e não ao seu filho mais velho como era o costume judaico? 
Contudo, diante destas questões só se tem uma simples resposta: Porque ela é 
AEIPHARTHENÓS, A SEMPRE VIRGEM MARIA, como acredita a Igreja de Cristo, (Mt 
16,18) coluna e sustentáculo da verdade, (ITm 3,15) há mais de 2000 anos. 
Ó Bem-aventura e Sempre Virgem Maria, Rogai por nós que recorremos à vós! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 03 
Dogma da maternidade divina de Maria 
Este foi o primeiro dogma mariano a ser proclamado historicamente. O mesmo foi 
definido no concílio de Éfeso por volta do ano 431 pelo papa Celestino I. 
De um lado estava Nestório, bispo de Constantinopla, defendendo sua heresia de que 
Maria só seria mãe de Cristo-homem, por achar inconcebível que uma criatura fosse 
mãe do criador. Por outro lado, estava Cirilo, o bispo de Alexandria, defendendo Maria 
Theotokos, isto é, mãe de Deus. Uma vez que Cristo é uma pessoa (divina) com duas 
naturezas inseparáveis, humana e divina [união hipostática]. Do qual, Maria foi mãe, não 
apenas de uma natureza isoladamente, mas da PESSOA de Cristo, Homem-Deus. 
Depois, com a conclusão do concílio e o dogma definitivamente estabelecido, os fiéis 
saem às ruas em procissão e o Papa, pela incredulidade de muitos acerca da 
maternidade divina de Maria, reza: Santa Maria MÃE DE DEUS rogai por nós os 
pecadores agora e na hora de nossa morte. E todos os presentes respondem com 
alegria: AMÉM! 
No entanto, desde os tempos mais remotos, os cristãos acreditavam nesta verdade. No 
ano de 1927, no Egito, foi encontrado um fragmento de papiro que remonta ao século 
III, no qual estava descrita a oração: “À vossa proteção recorremos Santa MÃE DE DEUS. 
Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de 
todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.” 
[3.1] Provas bíblicas da maternidade divina de Maria 
Maria é reconhecida como MÃE DE DEUS pelo profeta Isaías. (Is 7,14) O evangelista 
Mateus citando este profeta, explica o significado do nome EMANUEL: “Eis que a virgem 
conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que quer dizer: DEUS 
conosco!” (Mt 1,22-23) Ou seja, aqui a Virgem Maria é chamada de Mãe do DEUS 
conosco (Emanuel). Ainda, o profeta Isaías ao enumerar alguns títulos deste menino, 
cita dentre eles, DEUS forte. Veja! “O seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, DEUS 
forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” (Is 9,6) Do qual Maria Ssma é realmente mãe. Cf.: (Mc 
1,18; Lc 1,31. 2,34; Jo 2,1. 19,25) E ainda mesmo depois da ascensão de Jesus ao céu, os 
discípulos continuaram acreditando e chamando-a de mãe do Senhor. (At 1,14) 
O catecismo da Igreja Católica ratifica esta verdade: A saber: “Chamada nos evangelhos 
«a Mãe de Jesus» (Jo 2, 1; 19, 25), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e 
desde antes do nascimento do seu Filho, como «a Mãe do meu Senhor» (Lc 1, 43). Com 
efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se 
tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do 
Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, 
verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos»).” (CIC § 495) 
 
19 
 
 
Sabemos que Jesus é Deus, como já explicitado. Porém, como ratificação desta verdade, 
vejamos ainda, p.ex., São Tomé que proclama Jesus, Senhor e DEUS: “Responde-lhe 
Tomé: Meu Senhor e meu DEUS!” (Jo 20,28) Também, o salmista Davi que escreve: 
“Disse o Senhor ao meu Senhor...” (SI 110, 1) Noutras palavras, Davi diz: Disse Deus ao 
meu Deus... Referindo-se a Jesus. Reiterando, o próprio Jesus declara: “Eu e o Pai somos 
um.” (Jo 10, 30) E por fim, Isabel chama Maria de “MÃE DO MEU SENHOR”. Confira! 
“E donde me provém a honra, que venha me visitar a MÃE DO MEU SENHOR?” (Lc 1,43) 
Obs.: O povo judeu não fala o nome de Deus por acreditar que ninguém deva e/ou saiba 
pronuncia-lo de forma exata. Em escritos contemporâneos, e.g., redigidos por pessoas 
do judaísmo é comum encontrar o nome de Deus escrito “D*s”. “Um rabino citado no 
tratado Sanhedrin declarou que quem pronuncia o nome divino como está escrito não 
participará do mundo vindouro. Por isso na leitura a voz alta, Adonai (Senhor) substituiu 
YHWH em hebraico e foi adotado pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em 
griego Kύριος; em latim Dominus).” Saiba mais detalhes clicando no link a baixo! 
(https://pt.m.wikipedia.org/wiki/YHWH ) 
Contudo, isso explica o porquê de Isabel não ter usado a expressão: Mãe do meu Deus 
(YHWH) e sim, Mãe do meu Senhor, significando portanto, a mesma coisa. Na verdade 
o nome de Deus (Yahweh=Javé) com a tradução da septuaginta (LXX) ou tradução grega 
do antigo testamento, (Ano 200 a.C) foi substituído pela palavra, Kύριος (kyrios) do 
grego, que quer dizer SENHOR, pois que, como vimos, os Judeus já não costumavam 
pronunciar o nome de Deus. 
Conclui-se então, que Maria, MÃE DO SENHOR, como proclama Santa Isabel, é de fato, 
a MÃE DE DEUS. Assim sendo, rezemos com o Papa Celestino I e com toda a Igreja esta 
proclamação dogmática belíssima sobre a Theotokos: Santa Maria MÃE DE DEUS, rogai 
por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte... E todos quantos creiam, podem 
dizer: AMÉM! 
[3.2] Palavras dos santos e de pessoas influentes do cristianismo sobre a maternidade 
divina de Maria 
Obs.: É bom lembrar que nem tudo que Jesus fez e/ou pregou ou que os apóstolos 
ensinaram está na bíblia. (Jo 20,30; 21,25) Mas, muitos ensinamentos e obras foram 
transmitidos de geração em geração pela tradição via oral e por outros manuscritos 
antigos. (2Ts 2,15; 2Tm 3,6) 
•Santo André apóstolo: “Maria é MÃE DE DEUS, resplandecente de tanta pureza, e 
adiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou 
no céu”, (Sto Andreas Apost. In trasitu B. V., apud Amad. Séc. I) 
•São João Apóstolo: “Maria, é verdadeiramente MÃE DE DEUS, pois concebeu e gerou 
um verdadeiro Deus, deu à luz, não a um simples homem como as outras mães, mas a 
Deus unido a carne humana.” (S. João Apost. Ibid. Séc. I) 
 
20 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/YHWH
 
 
•São Tiago: “Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima MÃE DE DEU” (S. Jac. In 
Liturgia, Séc. I) 
•São Dionísio Areopagita: “Maria é feita MÃE DE DEUS, para a salvação dos infelizes.” 
(S. Dion. In revel. S. Brigite Séc. I) 
•Origenes escreveu: “Maria é MÃE DE DEUS, unigênito do Rei e criador de tudo o que 
existe” (Orig, Hom I, in divers. – Sec. I) 
•Santo Atanásio diz: “Maria é MÃE DE DEUS, completamente intacta e impoluta.” (Sto. 
Atha.Or. in pur. B.V. Séc. II) 
•Santo Efrém: “Maria é MÃE DE DEUS sem culpa” (S. Ephre. In Thren. B.V. Séc. IV) 
•São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente MÃE DE DEUS”. (S. Jerôn. In Serm. Ass. B.V) 
•Santo Agostinho: “Maria é MÃE DE DEUS, feita pela mão de Deus”. (S. Agost. In orat. 
Ad heres. Séc. IV) 
[3.3] Palavras dos primeiros “reformadores” protestantes 
“Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis monarcas da terra, 
comparados com a Virgem Maria que, nascidade descendência real (descendente do 
rei Davi) é, além disso, MÃE DE DEUS, a mulher mais sublime da terra? Ela é, na 
cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos 
exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda 
a nobreza, com sabedoria e santidade.” (Martinho Lutero no comentário do Magnificat 
– cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista Jesus vive e é o Senhor). 
“Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da 
incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana 
que teve um Filho em comum com o Pai Celeste.” (Martinho Lutero – Deutsche 
Schriften, 14,250). 
“Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo 
tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para ser MÃE 
DE DEUS.” (Calvino – Comm. Sur l’Harm. Evang., 20) 
 
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós que recorremos à vós! 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
Capítulo 04 
Dogma da assunção de Maria ao céu 
[4.1] Distinção entre assunção e ascensão 
Assunção= Elevação por meio dos méritos de outra pessoa. Neste caso, Maria foi 
assunta aos céus, i.e., elevada por meio de seu filho Jesus. 
Ascensão= Elevação pelos próprios méritos. Ao contrário de Maria, Jesus é ascendido, 
ou seja, elevado aos céus por seus próprios méritos. 
A verdade sobre a assunção de Maria Ssma foi a quarta e última (mais recente) a ser 
ratificada. Este dogma foi proclamado pelo papa Pio XII em 1950 na sua vencíclica 
Munificentissimus Deus. No entanto, ao contrário do que muitos pensam de que seria 
uma invenção da igreja, esta verdade já se era crida e professada pelos primeiros 
cristãos e pais da igreja. Uma carta em armênio atribuída a São Dionísio, o Areopagita, 
discípulo de São Paulo (At 17, 34; Séc. I), menciona o evento da assunção de Maria, 
embora seja uma obra posterior. 
São João Damasceno (Séc.VI), doutor da igreja foi uma influente autoridade eclesiástica 
a defender a doutrina da assunção de Maria. Seus contemporâneos, São Gregório de 
Tours e São Modesto de Jerusalém, também ajudaram a promover tal conceito por toda 
a igreja. 
A crença na assunção de Maria é a crença na divindade de Cristo, pois se Deus se 
encarnou no seio da Virgem Maria herdando sua carne (João 1,14), não permitiria que 
esta, uma vez glorificada, a qual não viu a corrupção, (Atos 2,27.31) e está no céu à 
direita do Pai, (Idem 2,30.34; 7,55-56) se corrompesse no túmulo, em sua Mãe. 
[4.2] Provas bíblicas da assunção de Maria 
Vejamos alguns exemplos de pessoas que foram elevadas ao Céu de corpo e alma. Deus 
tomou Enoque para JUNTO DE SI, e nunca mais foi encontrado; (Gn 5,24; Hb 11,5) O 
profeta Elias foi arrebatado ao CÉU numa carruagem de fogo; (2Rs 2,11) E Moisés, o 
grande líder dos Israelitas, que mesmo a bíblia citando o momento de sua morte, (Dt 
34,5-7) Deus isenta seu corpo da corrupção através do Arcanjo Miguel. (Jd 1,9) E mesmo 
envolvendo de mistérios tal evento, o faz aparecer junto com Elias na transfiguração de 
Cristo. (Mt 17,2-3) Pois então, isto é fato incontestável que Deus os tenha elevado aos 
céus ainda que pecadores (Dt 32,51; IRS 19,4; Rm 3,23) e nascidos do pecado. (SI 51,5) 
Portanto, será que Deus não elevaria sua própria mãe que, ao contrário, foi Imaculada, 
(Ct 6,9; Hb 9,11) bendita entre todas as mulheres, (Lc 1,43) cheia de graça? (Lc 1,28) 
Acaso deixaria que os germes comecem a carne que Ele mesmo herdou? 
[Reflitamos!] 
 
 
23 
 
 
[4.3] Objeções e respostas 
Obj.: Disse Jesus: “Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu”. (Jo 3,13) Como 
pode estes terem subido ao Céu? 
Resp.: A palavra CÉU do grego: OURANÓ, que foi empregada neste texto, segundo a 
versão da septuaginta, é a mesma que aparece no episódio da assunção de Elias. “Eis 
que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; (Elias de Eliseu) e 
Elias subiu ao CÉU...” (2Rs 2,11) Todavia, já que Jesus afirma que “ninguém subiu ao 
CÉU” e a bíblia fala que “Elias subiu ao CÉU”, haveria aqui uma contradição se não 
existisse uma explicação lógica e realmente honesta. 
É sempre bom analisarmos o contexto e neste caso, versículos antes, (v. 7) Jesus está 
falando a Nicodemos das coisas celestes com uma linguagem terrestre (nascer de novo) 
e mesmo assim ele não entende, por isso Jesus o interpela: “Se vos falo das coisas 
terrestres e não crestes, como crereis se vos falar das coisas celestes?” (v.12) Por fim, 
Ele acrescenta: “Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem 
que está no céu.” (v.13) Ou seja, o texto em seu contexto quer apenas afirmar que 
ninguém, nenhum profeta, penetrou no conhecimento absoluto das realidades 
celestiais e veio transmitir a nós, seres humanos, senão unicamente Jesus que é 
“natural” de lá, (Jo 1,1) e não que ninguém possa ter ido morar com Ele no céu. Além do 
caso de Elias, Enoque e Moisés citado anteriormente, confira outros exemplos! (Lc 23, 
43; Mt 27,52-53) Saiba de um modo mais detalhado sobre este assunto no link abaixo! 
(https://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/santos/459-joao-3-
13-sera-que-ninguem-subiu-ao-ceu-mesmo ) 
Já vimos que Maria Ssma é, verdadeiramente, a Arca da Nova Aliança. Pois bem, 
observemos o que diz o Salmista: “Levantai-vos, Senhor, para vir ao vosso repouso, vós 
e a ARCA de vossa majestade.” (SI 132,8) Contudo, para confirmar o salmo, o apóstolo 
João viu a antiga arca aparecer no CÉU (Ap 11,19) e logo em seguida, ver surgir também 
um outro sinal no CÉU, uma MULHER revestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e 
sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. (Ap 12,1) Deste modo, é bem certo que, 
como ele viu a antiga arca no céu, também tivesse visto lá, muito mais esplêndida e 
gloriosa, a Arca da nova aliança, a Mulher, que é a Virgem Ssma. (Pág. 10) 
Ao aparecer gloriosa no CÉU, envolta com o sol, Maria é originalmente, a realização fiel 
de uma das promessas de Jesus. “Então os justos brilharão como o sol no reino de seu 
Pai.” (Mt 13,43) Assim sendo, é certo afirmar que a primeira Mulher justa na ordem da 
nova aliança tenha mesmo é que brilhar como a lua e fulgurar como o sol no reino 
celeste. (Ct 6,10) 
Entretanto, Maria também é Rainha, pois aparece com uma coroa de doze estrelas sobre 
a cabeça. Esta simboliza sua realeza sobre os apóstolos (12 estrelas = 12 apóstolos) e, 
consequentemente, sobre toda Igreja. Uma vez que o número doze simboliza plenitude, 
os apóstolos como o núcleo original da mesma, representam todo o povo de Deus. 
 
24 
https://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/santos/459-joao-3-13-sera-que-ninguem-subiu-ao-ceu-mesmo
https://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/santos/459-joao-3-13-sera-que-ninguem-subiu-ao-ceu-mesmo
 
 
Além do mais, a saudação comum entre os judeus é: “Shalon Adonai” em hebraico, que 
quer dizer: “A paz do Senhor” ou “Shalom alechem” isto é, “A paz sobre vós”. Confira! 
(https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Shalom_alechem#:~:text=Shalom%20alechem%20ou
%20shalom%20aleikhem,se%20responde%20%22alechem%20shalom%22.) 
Ao passo que a palavra “Khaire” quer dizer: “Salve” e era uma saudação normalmente 
voltada à pessoas ilustres. Com efeito, observamos que esta saudação foi dirigida pelos 
algozes de Cristo para saudá-lo como Rei, (Mt 27,29) e por conseguinte, curiosamente, 
é a mesma que o arcanjo Gabriel saudou Maria. (Lc 1,28) Portanto, não há nenhum mal 
em considera-la Rainha se o próprio anjo de Deus a saudou como tal. 
[4.4] Detalhe importante: Maria não se atemoriza com a presença do anjo, mas se 
perturba com sua saudação, pois não entende o seu porquê, (Lc 1,29) e reflete: “Como 
um anjo de Deus pode saudar-me como Rainha se sou apenas uma humilde serva do 
Senhor?” (Id. 1,48) No entanto, depois que o anjo explica que ela será mãe de um Rei 
(Lc 1, 32-33)e que toda mãe de rei é rainha, (IRS 15,13; 2Rs 10,13; Jr 13,18) é que Maria, 
não só compreende o sentido da saudação, como aceita sua missão de, como Rainha-
Mãe, cuidar de seu Filho-Rei. (Lc 1,38) Ademais, Maria como a Mãe-rainha (Gebirah do 
hebraico) sua posição é ao lado do Rei. (I RS 2,19) Estando este Rei [Jesus] no Céu, (Mc 
16,19; At 1,9) pois seu reinado não é deste mundo, (Jo 18,36) consequentemente, Ela 
também está lá à sua destra, como declara o salmista: “A vossa direita se encontra a 
rainha com veste esplendente de ouro de ofir.” (SI 45,9) Assim sendo, isto só confirma 
o porquê que Jesus disse à mãe dos filhos de Zebedeu que os lugares de honra, isto é, à 
sua direita e à sua esquerda, que ela pediu para seus filhos quando Ele entrasse em seu 
reino, já estavam reservados por seu Pai. (Mt 20,20-23) 
Obs.: O nome da rainha-mãe é citado com ênfase assim que o filho herda o trono. Cf.: 
(IRS 14,21; 15,1; IIRs 8,26; 12,1; IICro 27,1; 29,1) 
O povo da antiga aliança (Israel) se inicia com Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos. 
(Ex 3,6; Gn 35,23-26) O povo da nova aliança (Cristãos) se origina com Deus Pai, o 
Espírito Santo, Jesus e seus doze apóstolos. (Lc 1,35; Mt 3,16-17; Lc 6,12-16) O povo de 
Deus, i.e., a Igreja, (Mt 16,18) imaculada, sem ruga nem mancha (Ef 5,27) é sempre 
representada pela figura de uma mulher/esposa. (Ef 5,25; Ap 19,7) Contudo, a Mulher 
que representa, perfeita e originalmente a Igreja, por ser imaculada, sem ruga nem 
mancha (Ct 4,7; Hb 9,11) e ainda esposa do próprio Deus, (Lc 1,35) só pode ser, como 
evidencia as citações, a bem-aventurada e sempre Virgem Maria. Logo, o que se diz 
referente à Igreja pode se dizer com a mesma propriedade sobre Nossa Senhora. 
Portanto, nada mais justo que, como primícias dos justos e prefiguração da Igreja, Ela 
aparecesse gloriosa no Céu. 
O fato seguinte é importante para a base da próxima argumentação. Ei-lo pois: As águias 
são aves que representam força e agilidade, (Is 40,30-31) e também são elas que voam 
mais alto e fazem seus ninhos nos picos mais elevados das montanhas. (Ab 1,3-4) 
 
25 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Shalom_alechem#:~:text=Shalom%20alechem%20ou%20shalom%20aleikhem,se%20responde%20%22alechem%20shalom%22
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Shalom_alechem#:~:text=Shalom%20alechem%20ou%20shalom%20aleikhem,se%20responde%20%22alechem%20shalom%22
 
 
Portanto, do mesmo modo como o povo de Deus foi arrebatado de sua ameaça (Faraó) 
com “asas de águia” ao deserto, (Ex 19,4) Deus também não faria diferente com Nossa 
Senhora. Pois, como vimos, o que se diz a respeito do povo de Deus, [neste caso, porém, 
de um modo ainda muito mais superior] pode se dizer também sobre a Virgem Maria. 
Pois que, Maria não foi arrebatada para uma libertação meramente terrena, (asas de 
águia) em que ainda viria a perecer, tal como aconteceu com os israelitas, mas para uma 
liberação definitiva. (Asas da Grande Águia) Ou seja, o próprio Deus a conduziu (para 
Junto si) ao “deserto”, (Ap 12,14) livrando-a de sua ameaça. (Serpente/satanás ou 
corrupção do corpo natural. Cf.: Jd 1,9) Em outras palavras, Deus arrebatou Maria pelos 
méritos de seu filho Jesus (Asas da Grande Águia) e a elevou às alturas espirituais do 
Céu, para onde vão, metaforicamente, as águias por voarem tão alto. (Pv 23,5) 
Obs.: O deserto, neste contesto, é símbolo do lugar onde Deus habita. (Ex 3, 1.5; 19,18-
20; 29,45-46) 
[4.5] Oração 
Ó dulcíssima soberana, Rainha dos céus e da terra, dos homens e dos anjos, bem 
sabemos que, miseráveis pecadores, não éramos dignos de vos possuir neste vale de 
lágrimas, mas sabemos também que a vossa grandeza não vos faz esquecer a nossa 
miséria e, no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta cada 
vez mais para conosco. Do alto desse trono em que reinas sobre todos os anjos e santos, 
volvei para nós os vossos olhos misericordiosos; vede a quantas tempestades e mil 
perigos estaremos, sem cessar, expostos até o fim de nossa vida! Pelas vossas santas 
virtudes, obtende-nos o aumento da fé, da confiança e da santa perseverança na 
amizade de Deus, para que possamos, um dia, ir beijar os vossos pés e unir as nossas 
vozes as dos espíritos celestes, para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no 
céu, por Cristo nosso Senhor. Assim seja! Amém! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
Capítulo 05 
Vamos estudar agora sobre a oração da Ave Maria, frase por frase, palavra por 
palavra e vírgula por vírgula 
[5.1] Ave, (Maria) Cheia de graça, o Senhor é convosco... (Lc 1,28) 
[5.1.1] Ave, salve ou Alegra-te? 
Bem, a palavra que foi empregada pelo escritor sagrado em grego foi “Khaire” que quer 
dizer: SALVE! Porém, em algumas traduções podemos encontrar a palavra “ALEGRA-TE” 
ou mesmo “AVE”, nas versões católicas. Entretanto, como esta saudação está voltada 
para uma pessoa ilustre, isto é, à Rainha mãe, como já descrito anteriormente, não 
obstante, embora a palavra “Khaire” também signifique “Alegra-te”, acredito que a mais 
adequada, nesse contesto, seria “SALVE”. Outrossim, a palavra de origem latina “AVE”, 
por sua vez, era uma saudação dirigida aos imperadores romanos. Confira no link a 
seguir: (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ave_Caesar_morituri_te_salutant) 
A mesma, aparece com a primeira tradução da bíblia chamada vulgata ou versão simples 
(latina) de são Jerônimo. (Séc. IV d.C.) Todavia, é bom esclarecer que Imperador ou 
Imperatriz, Rei ou Rainha têm praticamente a mesma dignidade em honra e/ou em 
autoridade. Portanto, como interpretou são Jerônimo, não existe nenhum erro em 
aplicar tal saudação à Ssma Virgem Maria, pois que ela também é Rainha e imperatriz 
do céu e da terra, dos homens e dos anjos, como, ademais, já vo-lo comprovamos até 
então. 
O nome “MARIA” foi acrescido à saudação do anjo, no Oriente, por volta do século V, 
segundo aparece, na liturgia de São Basílio; porém, no Ocidente, certamente ocorreu 
por volta do século VI, numa das obras de São Gregório Magno, o Sacramentário 
Gregoriano. 
[5.1.2] Cheia de graça/ Gratia plena/ Agraciada 
Podemos encontrar também em algumas traduções, a expressão: muito favorecida ou 
agraciada. Não alteram o sentido da palavra no original grego: KECHARITÕMENÉ. No 
entanto, esta expressão foi traduzida por São Jerônimo como “gratia plena” do latim ou 
“cheia de graça” em português. Sem dúvidas é a expressão mais fiel, segundo o contexto 
bíblico geral da situação em que Maria está inserida. Ou seja, Deus cumulou Maria de 
graças antes mesmo de seu filho ser gerado nela a fim de que Ele ainda se sentisse no 
paraíso enquanto estivesse no ventre de sua mãe, o paraíso terrestre. “Deus juntou 
todas as águas e fez o mar, Deus juntou todas as graças e fez Maria.” (São Luiz de 
Montfort) Portanto, este vocativo, kecharitomene, tem sentido de substantivo próprio, 
pois substitui o nome de Maria, sendo único e dirigido exclusivamente à ela, dá-lhe o 
prestígio de ser tão singular e ímpar em toda criação de Deus, tal como o vocativo que 
a define. 
 
28 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ave_Caesar_morituri_te_salutant
 
 
Por fim, ao analisar um vídeo do pastor presbiteriano, Augustus Nicodemos, o 
apologista, Érick Augusto Gomes, do site: apologética cristã católica, refuta cada tópico 
por ele apresentado relacionado ao termo “cheia de graça”. Confira e aprenda mais 
sobre este assunto: (http://accapologeticacristacatolica.blogspot.com/2014/03/maria-
era-cheia-de-graca.html?m=1) 
[5.1.3] O senhor é convosco 
Disso não há quaisquer dúvidas, pois de fato, Deus é ou está com a Virgem Maria desde 
sempre e eternamente. Se Deus é conosco, (e como é) o Emanuel, é muito mais com 
Maria, pois ela é sua genitora. (Mt 1,23) Esteve muito mais intimoà Ela, pois não só ao 
seu lado, de uma forma corpórea ou em seu coração, espiritualmente, mas também em 
seu ventre, físico e divinamente presente. Ou seja, Deus está completamente envolvido 
em Maria, e Ela está totalmente revestida de Deus, tal como a arca revestida de ouro 
por dentro e por fora. (Ex 25, 11) Por dentro: Em seu coração espiritualmente e em seu 
ventre fisicamente. (Lc 1,28; 2,5) Por fora: Em sua volta temporariamente (Lc 2,7,42; Jo 
2,1-2; 19,25s) e ao seu lado eternamente. (SI 45, [44] 10) A filha de Deus Pai, (Mt 6,9) 
mãe de Deus filho (Is 7,14) e esposa do Divino Espírito Santo. (Lc 1,35) 
[5.2] Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, (Jesus) (Lc 
1,42) 
Antes de iniciarmos explicando frase por frase sobre esta segunda parte, é bom salientar 
que o crescente medo entre os cristãos de destronar Jesus honrando Maria foi posto 
disfarçadamente pelo inimigo de Deus enquanto a Igreja “dormia”, (A parir da “reforma” 
protestante, séc XVI) movido pelo terminante ódio que tem da Mulher. Assim como o 
fez no campo de trigo, semeando o joio. (Mt 13,25) Pois sabemos que, honrarias, 
louvores e/ou glórias a alguém, não significa necessariamente, uma adoração. (Ex 20,12; 
Ct 6,9; Jo 17,22; ICor 4,5; Rm 2,10; 8,17; ITm 13,4) Adoração ou “λατρεια” (latreía) do 
grego é, antes de tudo, um sacrifício (Gn 22, 2.5; SI 50,5; IISm 24,22-25; Jo 13,30-31; 
19,16-18; Ap 5,11-12) e/ou uma absolutização que se deve aplicar unicamente a Deus. 
(Dt 6,13) Não se trata apenas de um ato de dirigir palavras, pedidos, cânticos e/ou 
menções com o corpo, (prostrar-se ou ajoelhar-se) que se define como adoração. (Ct 
1,1-4; ICr 21,16; Nm 22,31; Ex 18,7; IISm 14,4; Js 7,6) O culto que a Igreja presta à Nossa 
Senhora é de “υπερδουλεια” (hiperdulia) que significa uma veneração especial e única 
por só ela ter sido a mãe de Deus, diferente do culto de latria, que como vimos, deve-se 
apenas e tão somente a Deus, por ser um culto de adoração. Ademais, com exceção de 
São José [protodulia], os outros santos recebem o culto de dulia, “δουλεια,” (douleuo) 
que quer dizer: honra, veneração/ imitação. 
Saiba mais no link abaixo! 
(https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dulia#:~:text=No%20cristianismo%2C%20Dulia%20(d
o%20grego,se%20hiperdulia%20(‘%CF%85%CF%80%CE%B5%CF%81%CE%B4%CE%BF%
CF%85%CE%BB%CE%B5%CE%B9%CE%B1) 
 
29 
http://accapologeticacristacatolica.blogspot.com/2014/03/maria-era-cheia-de-graca.html?m=1
http://accapologeticacristacatolica.blogspot.com/2014/03/maria-era-cheia-de-graca.html?m=1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dulia#:~:text=No%20cristianismo%2C%20Dulia%20(do%20grego,se%20hiperdulia%20(‘%CF%85%CF%80%CE%B5%CF%81%CE%B4%CE%BF%CF%85%CE%BB%CE%B5%CE%B9%CE%B1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dulia#:~:text=No%20cristianismo%2C%20Dulia%20(do%20grego,se%20hiperdulia%20(‘%CF%85%CF%80%CE%B5%CF%81%CE%B4%CE%BF%CF%85%CE%BB%CE%B5%CE%B9%CE%B1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dulia#:~:text=No%20cristianismo%2C%20Dulia%20(do%20grego,se%20hiperdulia%20(‘%CF%85%CF%80%CE%B5%CF%81%CE%B4%CE%BF%CF%85%CE%BB%CE%B5%CE%B9%CE%B1
 
 
[5.2.1] Bendita sois vós entre as mulheres 
A rainha Ester é uma figura perfeita de Maria, pois o rei Assuero, esposo da virgem moça 
Ester, antes ao contemplá-la, amou-a entre todas as mulheres, e a coroou rainha sobre 
a terra em lugar de Vastí. Esta última, por sua vez, perdeu as regalias de seu trono, por 
desobedecer as ordens do Rei. (Est 1,10-12; 2,2.17) O Supremo Rei, i.e., o Espirito Santo 
de Deus, esposo da Virgem Maria, (Lc 1,35) proclamou-a, pela boca de Isabel, bendita 
entre todas as mulheres e também a coroou Rainha no reino celeste depois de destituir 
Eva das regalias de seu trono, isto é, do paraíso, por sua desobediência as ordens do 
Supremo Rei. (Gn 3,3.6.23) 
Note que Santa Isabel CHEIA DO ESPÍRITO SANTO, exclama sem medo, não de qualquer 
jeito, mas convictamente em ALTA VOZ, que Maria é BENDITA entre todas as mulheres. 
(Lc 1,42) Isto é uma honraria! Ao contrário de destronar Jesus honrando Maria Ssma, o 
Espírito Santo e santa Isabel nos dão uma linda lição de que para honrar e bendizer 
perfeitamente o Fruto do ventre de Maria, i.e., Jesus, faz-se necessário reconhecer e 
bendizer antes aquela que o carregou em seu ventre. “Reconhecei pois, a árvore e 
saboreai do fruto.” 
[5.2.2] Bendito é o fruto de vosso ventre, jesus 
Não só é bendito, como adorado; louvado; exaltado; enaltecido e deve ser amado por 
todos nós, sobre todas as coisas. (Mc 12,30) Ó bendito fruto do ventre da árvore Maria, 
és o contraste do antigo fruto de cuja árvore, Eva fascinada o comeu, trazendo sobre 
nós a ruína eterna. (Gn 3,1-6) Tu, no entanto, nos trouxeste a vida e vida em plenitude. 
(Jo 10,10) Glória a Jesus em Maria, glória à Maria em Jesus, glória só a Deus! 
O nome “JESUS” foi acrescido às palavras de Santa Isabel provavelmente um século 
depois, no Oriente, figurando pela primeira vez em certo Manual dos Coptas, talvez no 
século VII; no Ocidente, todavia, o primeiro documento que registra o nome do 
Redentor é a Homilia IIl sobre Maria, mãe virginal, de Santo Amedeo, Bispo de Lausanne 
(Suíça, aproximadamente em 1150), discípulo de São Bernardo. Nos mencionados 
documentos, ao nome Jesus encontra-se adicionada a palavra Christus. Confira! 
(http://planetamariano.blogspot.com/2014/11/ave-maria.html?m=1 ) 
[5.3] Ave, (Maria) cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as 
mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus 
Esta primeira parte da Ave Maria é um louvor à Nossa Senhora, tirado da boca do próprio 
Deus, através do arcanjo Gabriel, (Lc 1,26-28) [este como arauto de Deus deveria então, 
transmitir apenas o que o próprio Deus lhe ordenara] e de santa Isabel. (Id. 1,42) que 
totalmente inspirada pelo Espírito Santo, deveria, por sua vez, transmitir só o que Deus 
a inspirou. Portanto, trata-se de um elogio e/ou um reconhecimento das virtudes que o 
próprio Deus conferiu à Virgem Maria. 
 
 
30 
http://planetamariano.blogspot.com/2014/11/ave-maria.html?m=1
 
 
Por certo, é fato que ninguém costume pedir algo a alguém que não tem nada a 
oferecer. Por isso, é natural que se elogie reconhecendo as virtudes e o poder que a 
pessoa a quem se dirige tem de agraciar o pedinte, como em todo início de oração, 
pedido e/ou súplica. (Lc 18,38; 23,41; Mt 6,9; Ap 6,10) 
Ademais, sobre os documentos escritos em que aparece o uso da saudação do anjo, o 
primeiro é a Homilia de um certo Theodoto Ancyrani, falecido antes do ano 446. Nela é 
explicitamente afirmado que, impelidos pelas palavras do anjo, dizemos: “Ave, cheia de 
graça, o Senhor é contigo.” Quanto à saudação de Santa Isabel, ela aparece unida a do 
anjo por volta do século V. As duas saudações conjugadas já se encontram nas liturgias 
orientais de São Tiago (em uso na Igreja de Jerusalém), de São Marcos (na Igreja Copta) 
e de São João Crisóstomo (na Igreja de Constantinopla). Na Igreja latina, entretanto, as 
referidas saudações aparecem pela primeira vez unidas aproximadamente no século VI, 
em obras de São Gregório Magno. 
[5.4] Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa 
morte, Amém! 
A pesar de já termos citado anteriormente a segunda parte da Ave-Maria, penso que 
ainda seja necessário reescreve-la aqui. Eia pois! Conta-se que no dia de encerramento 
do Concílio, (Éfeso no ano 431 sobre o dogma da maternidade divina de Maria) onde os 
Padres Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da Virgem Maria, o 
Santo Padre Celestino I, depois de uma procissão, ajoelhou-se diante da assembleia e 
saudou Nossa Senhora, dizendo: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, 
agora e na hora de nossa morte, Amém!” 
[5.4.1] Santa maria 
Que Nossa Senhora é santa não se deve haver quaisquer dúvidas. Pois, se a terra que 
Jesus pisou é chamada de santa, imaginem a Virgem Maria que O carregou em seu 
ventre! Portanto, não é apenas santa,mas a Santa das santas ou Santíssima, em virtude 
da santidade de Cristo que dela nasceria. (Lc 1,35b) Não se pode tirar o puro do impuro. 
(Jó 14,4) Ainda assim, tem quem diga que só Jesus é santo. Porém, onde ficaria a vontade 
expressa na ordem de Deus e ratificada pelo próprio Jesus: “SEDE SANTOS!”? (Lv 19,2; 
Mt 5,48) 
E ainda São Paulo que chama os cristãos vivos de SANTOS (Rm 8,27; 2 Cor 13,12; FI 
1,1[..]) e São João que também chama de SANTOS os cristãos que tinham sido mortos 
por causa da palavra de Deus. (Ap 1,1; 6,9; 8,2-3) Com base nisto, penso que não há 
problema algum em chamar Maria de Santa. Seria uma hipocrisia e/ou uma 
desonestidade intelectual querer contradizer a Escritura e negar a santidade de Maria, 
sendo que Ela, acima de qualquer cristão vivo ou morto, foi a única agraciada em gerar 
em seu ventre o Santo dos santos. (Mt 1,22) 
 
 
31 
 
 
Obs.: A palavra “santo” em grego é “ἅγιος”(agios) no singular; e “ἅγιοι”(agioi) no plural. 
São Pedro, portanto, citando (Lv 11,45) usa o mesmo termo, tanto para identificar a 
santidade de Deus quanto para indicar a santidade que o mesmo nos ordena a ter/ser. 
(1Pd 1,16) Analise e compare as palavras em negrito no texto original grego e na 
tradução em português. 
•διότι γέγραπται [ὅτι] ἅγιοι ἔσεσθε, ὅτι ἐγὼ ἅγιος [εἰμι]. 
•Pois a escritura diz: Sedes santos, porque eu sou Santo. 
Diante disso, podemos afirmar que a essência da santidade de Maria é proveniente da 
mesma santidade de Deus. O desejo e a ordem de Deus para sermos santos como Ele o 
é, se concretiza primeiro e de um modo pleno (graça santificante) em Maria, desde sua 
concepção, em consequência do nascimento de seu filho Jesus. Ele que é o Santo dos 
santos, o Santíssimo Deus. (Ap 4,8) 
[5.4.2.3] Mãe de Deus [Já explicado] // Rogai por nós 
É bem certo que todos quantos precisem de algo, tendam a rogar ou pedir a alguém o 
que se necessita. Quem nunca pediu orações ao pastor/ padre ou mesmo a um irmão 
de comunidade? As Sagradas Escrituras nos instrui, na humildade, a pedir orações e/ou 
interceder uns pelos outros. (Mt 7,7-8; At 12,5; 1Tm 2,1-3; Ef 6,18-19) Logo, deixá-lo 
seria um ato de soberba e orgulho, que não cabem a um verdadeiro cristão. 
“Eu creio na comunhão dos santos.” Trecho do credo ou profissão de fé dos católicos. 
Trata-se da comunhão com os santos da Igreja militante [os que caminham neste 
mundo]; (At 2,44; 12,5) padecente [os que estão pagando suas penas no purgatório]; 
(Mt 5, 2126; Lc 12,45-48; ICor 3,10-15) e triunfante [os que já contemplam a face de 
Deus]. (Hb 12,22-24; Ap 5,8) Todos os fiéis fazem parte de um único corpo místico de 
Cristo, (ICor 12, 12. 27; Rm 12,5) e mesmo os que já partiram desta vida, não deixam de 
ser membros deste corpo. Ao contrário, por estarem ligados a Cristo, Cabeça do corpo 
que é a Igreja, (Ef 5, 23) assim como um ramo à videira, (Jo 15, 5) continuam, por 
conseguinte, unidos e vivos em Cristo que vive eternamente. (Lc 23,43) 
Assim sendo, ainda a dar bons frutos com suas intercessões, movidos pelo amor que não 
passa. (ICor 13, 8.13) Vejamos o que São Paulo diz: “Estamos cheios de confiança, 
preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor. É também por isso 
que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe.” (II Cor 5, 8-9) Com efeito, como 
agradaríamos a Deus depois de mortos se estivéssemos dormindo? E ainda, qual 
utilidade teria o amor depois da morte, se o mesmo é uma prática contínua do bem? (Jo 
14, 21) Diante disto, só nos resta uma certeza, a que os santos realmente Intercedem 
por nós. 
 
 
 
32 
 
 
Obs.: É bom esclarecer que invocar tem um significado diferente de evocar. Enquanto 
invocar significa pedir intercessão, rogar e é utilizado pelos cristãos para invocar a 
intercessão dos santos; evocar, por sua vez, significa chamar, fazer aparecer e é usado 
pelos espíritas para chamar, evocar suas entidades. 
Contudo, é fato a existência dos aniquilacionistas, ou seja, os que defendem a tese de 
que só os vivos podem interceder e não os que já partiram deste mundo, pois estariam 
dormindo e sem consciência. Para negar a imortalidade da alma [E consequentemente 
a intercessão dos santos] usam textos bíblicos fora do contexto, tais como este: “Porque 
os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem e já não há salário para eles, 
pois foi perdida a sua memória. Tanto o seu amor quanto o seu ódio, como os seus zelos, 
há tempos pereceu e nunca tomarão parte em qualquer coisa que ocorra sob o sol.” (Ecl 
9,5-6) No entanto, é sabido que a revelação ainda estava em progresso neste tempo, 
prova disso é que no pentateuco [cinco primeiros livros da Bíblia] ainda nada se falava 
sobre a ressurreição final dos mortos. Outro é o fato de o próprio autor desconhecer (ou 
se referir aqui apenas a uma realidade terrena) sobre a recompensa final das pessoas, 
quando diz: “já não há salário para eles”, pois que o próprio Jesus prometeu uma 
recompensa, a saber: “O Filho do Homem há de vir na glória do seu Pai, com os seus 
anjos, e então pagará a cada um segundo a sua conduta.” (Mt 16,27) Saiba mais: 
(https://www.veritatis.com.br/a-alma-e-imortal/) 
Vejamos uma citação do doutor angélico sobre o assunto: “A partir deste fato, ou seja, 
que a alma humana Intelige as coisas necessárias e perpétuas, como a própria verdade, 
também os universas e os princípios e conclusões da ciência, parece manifesto que é 
incorruptível. A intelecção é, pois, a perfeição de quem Intelige. Ora, é necessário que a 
perfeição e o perfectível estejam contidos sob um mesmo gênero. Portanto, se essas 
coisas que foram inteligidas pela alma humana, enquanto tais, forem incorruptíveis, será 
necessário que a alma humana esteja no gênero dos incorruptíveis”. (Santo Tomás, De 
immortalitate animae, resp.) 
Entretanto, como se conclui, apenas o corpo natural é que “dorme”, ou seja, descansa 
dos “trabalhos” deste mundo. Sabemos pela Sagrada escritura que Deus não é Deus de 
mortos e sim de vivos. (Lc 20, 38) Todavia, Ele se revela a Moisés como o Deus de Abraão, 
Isaque e Jacó (Ex 3,6) mesmo estes já estando mortos. Na realidade, é que para Deus os 
que morrem em Cristo ou na amizade de Deus não estão mortos, mas vivos (Jo 11,26) 
e, consequentemente, conscientes de tudo o que eles viveram sobre a terra, falam e 
conversam, (Lc 16,19-31) e também rogam clamando a Deus por justiça, (Gn 4,10; Ap 
6,9-10; 8,2-4) outrossim, por misericórdia. (II Mac 15,12-16) 
Realmente, a Virgem Maria é, em vida e após ela, o maior exemplo de intercessora 
depois de Cristo. Visto que, em Caná da Galileia, numa festa de casamento (Símbolo da 
união de Cristo e a Igreja) ela ligeiramente ao perceber a ausência do vinho, recorre 
(intercede) a quem pode realizar o milagre, i.e., Jesus. 
 
33 
https://www.veritatis.com.br/a-alma-e-imortal/
 
 
Porém, a princípio, recebendo uma resposta negativa de seu filho: “O que tenho eu 
contigo?” (Pois eles eram só convidados e não deveriam se preocupar com a situação) E 
depois: “A minha hora ainda não chegou” (Pois ainda não tinha recebido o “aval” do Pai 
de iniciar publicamente seus milagres). Mesmo assim, ela continua a acreditar na 
possibilidade e ordena, pela fé, aos serventes: “Façam tudo o que Ele vos disser!” Vendo 
Jesus a fé de sua santa mãe, ainda sem ter nada a ver com a situação e mesmo sem ter 
chegado sua hora, manda que encham as talhas de água e logo a transforma no melhor 
vinho. (Jo 2,1-10) Com efeito, Maria não só se torna intercessora em Caná, mas 
participante direta e mediadora oficial na união “matrimonial” de Cristo com sua Igreja. 
[5.4.4] Ainda sobre a expressão: Rogai por nós / Objeções e respostas 
Obj.: A Bíblia diz: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus 
Cristo, homem...” (1Tm 2,5) 
Resp.: (Mediação= Ação de ficar no meio) Sabemos que mediar, interceder e pedir ourogar em favor de alguém, têm o mesmo sentido. Portanto, afirmar que há um só 
mediador, ensinando isto ao pé da letra e isoladamente, tirando o texto do contexto, 
contradiria a própria Bíblia que nos ensina inclusive, no mesmo livro e capítulo, a 
fazermos pedidos, orações e ações de graça em favor de todos os homens. (Idem 2, 12) 
E isto é ser mediador (intercessor). Antes de afirmar que há um só mediador, Paulo diz 
que há um só Deus e compara, exclusivamente, esta mediação a uma ação que só Deus 
poderia realizar. No vs 6, ele explica qual seria esta mediação: “(Jesus Cristo) Que se 
ENTREGOU para resgatar a todos”. Ou seja, percebemos aqui que não se refere a uma 
mediação que qualquer um de nós poderíamos faze-lo, mas uma para a salvação eterna, 
a qual só Cristo, o Homem-Deus, poderia realizar. Onde Ele ficaria literalmente no meio, 
entre o céu e a terra, suspenso no madeiro da cruz, i.e., numa mediação, a fim de salvar 
e unir, definitivamente, o homem a Deus. 
Obs.: Quando São Paulo afirma que há um só mediador, não faz nenhuma referência se 
esta mediação é entre os que estão vivos sobre a terra ou entre os que já partiram deste 
mundo. Logo, usar este argumento para negar a intercessão do santos que já estão na 
eternidade com Deus, (Lc 23,43) seria negar também, a nós vivos, a possibilidade de 
sermos mediadores uns dos outros, como foram: Abraão; (Gn 18,16-33) Samuel; (Ism 
7,8-9) Moisés; (Ex 32,11-14) a Rainha Ester; (Et 7,1-3) e sobretudo, a maior medianeira 
depois de Cristo que é a Ssma Virgem Maria. 
Obj.: Os santos e os anjos não ouvem orações porque não são onipresentes, só Deus. 
Resp.: Realmente a onipresença só compete a Deus, no entanto, os santos e os anjos 
vivem continuamente, “dia e noite”, servindo e contemplando a face d’Ele no céu. (Ap 
7,15) Além disso, fazem parte, como membros, do corpo místico de Cristo, e isto 
possibilita, através do próprio Deus, a não só escutar, como Interceder e apresentar as 
orações de TODOS no altar diante do trono. (Ap 5,8; 8,1-4) 
 
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Os anjos de Deus não só intercedem, como também ouvem nossas orações. (Zc 1,12; Jó 
5,1; 16, 18-22) Do contrário, Jacó quando foi abençoar Efraim e Manassés não pediria 
desejoso ao anjo que o protegeu que também os abençoasse. (Gn 48, 15-16) 
E por fim, o Próprio Deus afirma que ainda se Moisés e Samuel (que já estavam mortos) 
lho pedissem pelo povo de Israel, não voltaria atrás na sua decisão. (Jr 15,1) Desse modo, 
Deus dá a entender que eles poderiam interceder mesmo depois de mortos, mas 
naquele momento, por conta do pecado do povo, Ele não os ouviria. 
É verdade que ninguém vai ao Pai senão por Jesus. (Jo 14,6) Porém, se Cristo utilizou, 
como meio seguro para chegar até nós, a Virgem Maria, é justo que, seguindo seu 
exemplo como seus verdadeiros discípulos, voltemo-nos a Ele pelo mesmo caminho, i.e., 
por Maria Ssma. “Jesus é a água e Maria é a piscina, mergulhemo-nos em Maria e nos 
encharquemos de Cristo.” (Parafraseando São Luís de Montfort) 
[5.4.5] Final da oração da Ave Maria / Agora e na hora de nossa morte 
São Paulo nos exorta a orarmos incessantemente, (Ef 6,18) fazendo súplicas e ações de 
graças, intercedendo uns pelos outros em todo tempo e lugar. (ITm 2,12) Por isso, em 
comunhão com a Igreja, corpo místico de Cristo, podemos e devemos pedir [Como já 
comprovamos até aqui] a intercessão dos santos, em particular, da Virgem Maria, a fim 
de que ela nos ajude e interceda por nós, tanto no momento presente, (agora) quanto 
nos últimos instantes de nossa vida. (hora de nossa morte) Portanto, com o auxílio de 
nossa mãe, Maria Ssma, conseguiremos fazer como o bom ladrão que nos seus últimos 
instantes de vida, ao contemplar a face de Nossa Senhora aos pés da cruz, soube 
enxergar a inocência de Jesus e reconhecer o merecimento de sua própria morte, 
herdando assim, a promessa de ir morar com Cristo no paraíso celeste. (Lc 23, 40-41) 
Finalmente, até o próprio Cristo quis que sua mãe estivesse ao seu lado durante toda 
sua vida e na hora da morte aos pés da cruz. (Jo 19,25) Então, quem somos nós para 
renunciar seus rogos ou sua presença materna em nossa vida, seja no momento 
presente ou na hora de nossa morte? Ao contrário, deve ser uma honra para nós sua 
presença intercessora em todos os momentos de nossa vida, como o foi para Isabel em 
sua gravidez; (Lc 1,43) para aquele casal na festa de Caná; (Jo 2,1-11) para o discípulo 
amado, são João, que a levou para sua casa (Jo 19,27) e para a Igreja no cenáculo com 
os apóstolos, atraindo seu digníssimo esposo, o Espírito Santo Paráclito. (At 1, 12-14) 
Rogai por nós ó Ssma Virgem Maria, agora e na hora de nossa morte! 
[5.4.6] Amém 
Quer dizer: Assim seja, creio, confirmo e concordo com tudo que rezei. Por isso, convido 
você que acredita ou está começando a acreditar nas verdades que apresentei até 
agora, a rezar comigo, com São Gabriel, Santa Isabel e com toda Igreja esta oração: “Ave 
Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito 
é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, 
agora e na hora de nossa morte, AMÉM! 
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[5.5] Para concluir o estudo sobre a oração da Ave Maria, veremos a seguir, palavras 
e testemunhos de santos e pessoas virtuosas sobre esta sublime oração 
Uma Ave Maria bem rezada enche o coração de Nossa Senhora com alegria e nos 
concede grandes graças. Uma Ave Maria bem recitada dá-nos mais graças que mil 
rezadas sem reflexão. 
A Ave Maria é como uma mina de ouro da qual nós podemos sempre extrair e nunca se 
esgota. É difícil rezar a Ave Maria? Tudo o que temos que fazer é saber seu valor e 
compreender seu significado. 
S. Jerônimo nos diz: “As verdades contidas na Ave Maria são tão sublimes, tão 
maravilhosas, que nenhum homem ou anjo poderiam compreendê-las inteiramente.” 
S. Tomás de Aquino, príncipe dos teólogos, “o mais sábio dos santos e o mais santo dos 
sábios”, como Leão XIII o chamou, pregou a Ave Maria por 40 dias em Roma, enchendo 
os corações de êxtase. 
Pe. F. Suárez, o santo e erudito jesuíta, declarou que ao morrer dispostamente daria 
todos os livros que escreveu, todas as obras de sua vida, pelo mérito de uma só Ave 
Maria rezada devotamente. 
S. Matilde, que amava muito Nossa Senhora, certo dia estava se esforçando para 
compor uma bela oração em sua honra. Nossa Senhora apareceu-lhe, com as letras 
douradas em seu peito: “Ave Maria, cheia de graça.” Disse-Ihe: “Desista, minha filha, de 
seu trabalho, pois nenhuma oração que talvez você pudesse compor dar-me-ia a alegria 
e o prazer da Ave Maria.” 
Um certo homem encontrou a alegria em orar lentamente a Ave Maria. A bendita 
Virgem em troca apareceu-lhe sorrindo e anunciando-lhe o dia e hora de sua morte, 
concedendo-lhe uma morte santa e feliz. Depois de sua morte, um lírio branco cresceu 
de sua boca e escrito em suas pétalas: “Ave Maria”. 
Cesário descreve um incidente similar. Um santo e humilde monge viveu no monastério. 
Sua mente e memória estavam tão fracas que ele somente podia repetir uma oração, 
que era a Ave Maria. Depois de sua morte uma árvore cresceu sobre sua sepultura e em 
todas suas folhas estava escrito: “Ave Maria”. 
“Uma Ave Maria dita sem sensível fervor, mas com um puro desejo em um tempo de 
aridez, tem muito mais valor à minha vista do que um Rosário inteiro no meio das 
consolações”. (Nossa Sra a Ir, Benigna Consolata Ferrero) 
“Dar-te-ei tantos auxílios na hora da morte quantas Ave-Marias Ihe houver recitado em 
vida.” (Nossa Sra a Santa Gertrudes) 
O dr. Hugh Lammer foi um dedicado protestante, com forte ódio contra a Igreja 
Católica. Um dia ele encontrou uma explicação da Ave Maria e começou a lê-la. Ele ficou 
tão encantado com ela que começou a rezá-la diariamente. 
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Progressivamente, toda a sua animosidade anti-católica começou a desaparecer. Ele se 
tornou um bom católico, um santo padre

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