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Prof. Douglas Gomes @profdouglasgomes AULÃO 28 anos do código de ética do/a assistente social Nada é absoluto. Tudo muda, tudo se move, tudo gira, tudo voa e desaparece Frida Kahlo 1. Trajetória dos Códigos de Éticas do Serviço Social brasileiro; 2. Lei nº 8662/1993 - Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências; 3. A construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social brasileiro; 4. Principais resoluções do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS); 5. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social - FHTM. De acordo com a professora Maria Lúcia Barroco (2009) a ética profissional fundamenta-se como ação moral “através da prática profissional, como normatização de deveres e valores, através do Código de Ética Profissional, como teorização ética, através das filosofias e teorias que fundamentam sua intervenção e reflexão e como ação ético política (Ibidem, pag. 12). ÉTICA E MORAL FONTE DA IMAGEM: http://cressmt.org.br/novo/sigilo- profissional-no-servico-social-e-tema-de-evento-em-cuiaba/ A ética também se objetiva através de um Código de Ética: conjunto de valores e princípios, normas morais, direitos, deveres e sanções, orientador do comportamento individual dos profissionais, dirigido à regulamentação de suas relações éticas com a instituição de trabalho, com outros profissionais, com os usuários e com as entidades da categoria profissional (Ibidem, pag. 14). ÉTICA E MORAL ‒ A ética parte do fato da existência da história moral, isto é, toma como ponto de partida a diversidade de morais no tempo, com seus respectivos valores, princípios e normas. [...] Como as demais ciências, a ética se defronta com os fatos. [...] estuda uma forma de comportamento humano que os homens julgam valiosos e, além disto, obrigatórios e inescapáveis. [...] A ética deve fornecer a compreensão racional de um aspecto real, efetivo, do comportamento dos homens. (VASQUÉZ, 2001, pag. 22) ÉTICA E MORAL ÉTICA REFLEXÃO MORAL AÇÃO MORAL ‒ Conjunto de crenças, regras, princípios e valores que determinam a conduta do indivíduo ou de um grupo social, que orienta sobre o bem ou mal - certo ou errado - de uma ação. ÉTICA ‒ É uma ciência prática e normativa que estuda a moral, e determina o que é bom e, a partir deste ponto de vista, como se deve agir. Ou seja, é a teoria ou a ciência do comportamento moral. Na prática, agir eticamente, é agir de acordo com os preceitos da moral instituída. [...] enquanto a moral se refere a um conjunto de normas, valores (ex: bem, mal), princípios de comportamento e costumes específicos de uma determinada sociedade ou cultura (Schneewind, 1996; Weil, 2012), a ética tem por objeto de análise e de investigação a natureza dos princípios que subjazem a essas normas, questionando-se acerca do seu sentido, bem como da estrutura das distintas teorias morais e da argumentação utilizada para dever manter, ou não, no seu seio determinados traços culturais; enquanto a moral procura responder à pergunta: como havemos de viver?, a ética (meta normativa ou meta ética) defronta-se com a questão: porque havemos de viver segundo x ou y modo de viver? (PEDRO, 2014, pag. 485) DÉCADA SERVIÇO SOCIAL BASE TEÓRICA ANOS 30 - 40 Gênese do S.S. no Brasil; Criação das primeiras Escolas de Serviço Social. Pressupostos católicos e com base neotomista. 1947 I Código de Ética Profissional (29.09 - ABAS) ANOS 50 - 60 Aprimoramento do Serviço Social no Brasil; Ampliação da profissão e das Escolas de S.S. Positivismo; Estruturalismo; Funcionalismo. 1965 II Código de Ética Profissional (08.05 – CFAS) ANOS 60 à 80 [+-]: MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO 1. MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA ❖ Conhecimento técnico científico - Funcionalismo e Estrutural- Positivismo; ❖ Encontros de Araxá (1967) e Teresópolis (1970). 2. REATUALIZAÇÃO DO CONSERVADORISMO ❖ Aproximação com a fenomenologia; ❖ Seminários de Sumaré (1978) e Alto da Boa Vista (1984). 1975 – III Código de Ética Profissional (30.01 – CFAS) 3. INTENÇÃO DE RUPTURA ❖ Ideias Marxistas; ❖ Método Belo Horizonte (1975) e III CBAS – Congresso da Virada (1979). ANOS 80 ❖ Redemocratização; ❖ Categoria profissional atuando junto com os Movimentos Sociais; 1982 – Currículo mínimo Processo de formação profissional, face às exigências contemporâneas. 1986 – IV Código de Ética Profissional (09.05 – CFAS) ANOS 90 [...] ❖ 1993 – V Código de Ética Profissional (13.03 – CFESS) ❖ 1993 – Lei 8662 (07.06); ❖ 1996 – Diretrizes curriculares da ABEPSS. IMAGEM: https://www.gratispng.com/baixar/o-bloco-de-notas.html DEONTOLOGIA ‒ Provêm das palavras gregas “déon, déontos” que significa dever e “lógos” que se traduz por discurso ou tratado; ‒ Jeremy Bentham (1748-1832); ‒ Conjunto de deveres profissionais estabelecidos em um código específico; ‒ A deontologia pode ser considerado o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adotadas por um determinado grupo; ‒ Influência das teorias morais que orientam nossas escolhas sobre o que deve ser feito. IMAGEM: https://www.gratispng.com/baixar/o-bloco-de-notas.html IMAGEM: https://www.gratispng.com/baixar/o-bloco-de-notas.html IMAGEM: https://www.gratispng.com/baixar/o-bloco-de-notas.html IMAGEM: https://www.gratispng.com/baixar/o-bloco-de-notas.html O Código de 1986 revelou-se insuficiente, dentre outras questões, na subordinação imediata e sem mediações entre ética e política e entre ética e ideologia. (CFESS Manifesta, 2009) O CEP se organiza em torno de um conjunto de princípios, deveres, direitos e proibições que orientam o comportamento ético profissional, oferecem parâmetros para a ação cotidiana e definem suas finalidades ético-políticas, circunscrevendo a ética profissional no interior do projeto ético- político e em sua relação com a sociedade e a história (BARROCO & TERRA, 2012, pag. 53). Artista Plástico: Arthur Bispo do Rosário Paes FONTE: Paciente Ficha de doente de Arthur Bispo do Rosário. Paciente 01662. Arquivo da Colônia Juliano Moreira. FERRAO, A.P.D. Reflexões sobre a arte a partir da obra de Arthur Bispo do Rosário. Especialização em ciência, arte e cultura na saúde. Instituto Oswaldo Cruz. Monografia. Rio De Janeiro, 2014. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34369/2/ana_ferrao_i oc_espec_2014.pdf . Observação A revisão do texto de 1986 processou-se em dois níveis. Reafirmando os seus valores fundantes - a liberdade e a justiça social -, articulou-os a partir da exigência democrática: a democracia é tomada como valor ético-político central, na medida em que é o único padrão de organização político-social capaz de assegurar a explicitação dos valores essenciais da liberdade e da equidade (CFESS, 2011, pag. 21). I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central; II. Defesa intransigente dos direitos humanos e combate ao autoritarismo; III. Ampliação e consolidação da cidadania; IV. Defesa e aprofundamento da democracia; V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, com a universalidade de acesso aos serviços e programas sociais; VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito; VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas com o constante aprimoramento intelectual; VIII. Projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária [sem exploração]; 1. projeto profissional; 2. projeto societário IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população; XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar. ORGANIZAÇÃO DO CEP DE 1993 1) Os 11 princípios; 2) Competências do CFESS e CRESS; DIRETOS DEVERES VEDADO 3) A. Assistente Social X X X B. RELAÇÕES – AS x usuários X X C. RELAÇÕES – AS x instituições X X X D. RELAÇÕES – AS x Outros profissionais X X E. RELAÇÕES – AS x Entidades da categoria e demais OSCX X X F. RELAÇÕES – AS x justiça X X G. Sigilo profissional X X 4) Observações, penalidades, aplicação e cumprimento da CEP. X RESOLUÇÕES DE ITENS Q 01. CS/UFG, 2018 – UFG – ASSISTENTE SOCIAL. A ética normativa regula as relações humanas e assim atribui a função de fazer recomendações e formula uma série de normas e prescrições morais. No campo profissional, a ética normativa aparece com a denominação de Código de Ética que significa as normas de condutas que um profissional deve ter. O Código de Ética do Serviço Social em vigência é de 1993, enquanto os outros, em número de quatro, são de: a) 1936, 1945, 1977, 1982. b) 1936, 1954, 1968, 1982. c) 1947, 1965, 1975, 1986. d) 1937, 1942, 1964, 1988. CESPE, 2015 – DEPEN – SERVIÇO SOCIAL. Acerca da ética profissional pertinente ao assistente social, julgue o item a seguir à luz da legislação específica do assistente social e do vigente Código de Ética do Assistente Social, publicado em 1993. De acordo com o Conselho Federal de Serviço Social, a versão anterior do Código de Ética do Assistente Social, publicada em 1986, expressava clara conformidade com as bases filosóficas tradicionais, nitidamente conservadoras, orientadoras da ética da neutralidade. ERRADO CESPE/CEBRASPE, 2020 – HUB – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL. Julgue o próximo item, relativo à história do serviço social e aos seus códigos deontológicos. O Código de Ética Profissional de 1986 abalizou a construção de uma nova ética resultante, entre outros fatores, do movimento de politização e capacitação teórica característico do Congresso da Virada. CERTO CESPE/CEBRASPE, 2020 – HUB – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL. No que tange aos princípios ético- profissionais do serviço social, julgue o item a seguir. Desde 1986 o código de ética que norteia a atuação profissional dos assistentes sociais prevê a defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo, o que demonstra a firme vinculação dos assistentes sociais à luta em favor dos direitos humanos. ERRADO CESPE/CEBRASPE, 2020 – HUB – RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL. FUNDATEC, 2020 – PREFEITURA DE SANTO AUGUSTO/RS. Assinale a alternativa que NÃO diz respeito a uma afirmação extraída do Código de Ética Profissional de 1986. a) Constitui dever do Assistente Social aprimorar de forma contínua os seus conhecimentos, colocando‐os a serviço do fortalecimento dos interesses da classe trabalhadora. b) Constitui dever do Assistente Social denunciar, no exercício da profissão, às organizações da categoria, às autoridades e aos órgãos competentes, qualquer forma de agressão à integridade física, social e mental, bem como abuso de autoridade individual e institucional. c) Constitui direito do Assistente Social participação em manifestações de defesa dos direitos da categoria e dos interesses da classe trabalhadora. d) Constitui direito do Assistente Social livre exercício das atividades inerentes à profissão. e) Constitui princípio fundamental do Código de Ética do Assistente Social a opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero. IBADE, 2019 – DEPASA/AC. O Código de Ética Profissional do Assistente Social em vigor (1993) é considerado a consolidação da vertente crítica do agir profissional, dando continuidade aos avanços obtidos no Código de Profissional promulgado em 1986. Neste sentido, o Código de 1993 estabelece alguns princípios fundamentais. Dentre eles, destaca-se a(o): a) defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida. b) garantia e defesa das atribuições e prerrogativas do assistente social estabelecidas pela Lei de Regulamentação da Profissão. c) aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-se a serviço dos princípios do Código de Ética Profissional. d) livre acesso à população usuária. e) democratização das informações junto aos usuários dos programas disponíveis nos espaços institucionais. GABARITO 01. 02. 03. 04. 05. 06. C E C E E A BARROCO, Maria Lúcia Silva. Fundamentos éticos do Serviço Social. In: CFESS. Serviço Social: Direitos sociais e competências profissionais. Unidade III. Brasília: CFESS, v. 1, 2009. BARROCO; Maria Lúcia Silva. TERRA, Sylvia Helena. Código de Ética do/a Assistente Social comentado. Conselho Federal de Serviço Social. In: CFESS. (Org.). São Paulo: Cortez PEDRO, Ana Paula. Ética, moral, axiologia e valores: confusões e ambiguidades em torno de um conceito comum. Kriterion, Belo Horizonte , v. 55, n. 130, p. 483-498, Dec. 2014 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 512X2014000200002&lng=en&nrm=iso>. VÁZQUEZ, Adolfo Sanches. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, 260p. REFERÊNCIAS Utilizadas Boa sorte e tenha uma excelente preparação! Mega abraços. Prof. Douglas Gomes
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