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Ecologia de paisagem

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Ecologia de paisagem 
A ecologia de paisagens é uma área nova dentro da ecologia, por conta da 
existência de duas principais abordagens: uma geográfica, que abrange o estudo da 
influência do homem sobre a paisagem e outra ecológica, que relata a importância do 
contexto espacial sobre os processos ecológicos, bem como a importância destas 
relações em termos de conservação biológica. 
 
Na medida em que as atividades humanas foram ocupando as mais variadas 
regiões do planeta, passamos a identificar diferenças entre essas áreas. Lagos, 
montanhas, planícies, desertos, oceanos, animais, plantas, culturas, sociedades. Há 
sempre algo característico em cada pedacinho do planeta que o faz único. 
A Terra é repleta desses pedacinhos chamados paisagens. Ela é definida como 
uma porção diferente e mensurável do espaço na qual se apresenta um padrão espacial 
com a interação e repetição ao longo desta unidade, entre vários elementos do terreno 
(agricultura, estradas, florestas, rios, áreas urbanas etc), suas perturbações (ciclone, 
atividades humanas, erosão etc) e geomorfologia. Portanto, ela é heterogênea e pode ser 
vista de várias formas de acordo com quem a vê. Essas diversas maneiras em se 
perceber a paisagem, resultam em variadas interpretações do mesmo espaço. 
Em todos os casos, há sempre uma noção de amplitude, de distanciamento. A 
paisagem nunca está no primeiro plano, pois ela é o que se vê de longe, de um ponto 
alto. Sempre precisamos nos distanciar para observá-la e, de certa forma, a paisagem é o 
lugar onde não estamos, pois observamos. 
O conceito de paisagem proposto evidencia ainda que a paisagem não é 
obrigatoriamente um amplo espaço geográfico ou um novo nível hierárquico de estudo 
em ecologia, justo acima de ecossistemas, pois a escala e o nível biológico de análise 
dependem do observador e do objeto de estudo. 
No âmbito científico, a primeira pessoa a introduzir o termo paisagem foi um 
geo-botânico, Alexander von Humboldt, no início do século XIX, no sentido de 
“característica total de uma região terrestre”. Em 1939, o termo “ecologia de paisagens” 
foi pela primeira vez empregado pelo biogeógrafo alemão Carl Troll (1899/1975), 
apenas quatro anos após Tansley (1935) ter introduzido o conceito de “ecossistema”. 
O ponto de partida da ecologia de paisagens é muito semelhante ao da ecologia 
de ecossistemas: a observação das inter-relações da biota (incluindo o homem) com o 
seu ambiente, formando um todo. No entanto, a definição de paisagem difere 
grandemente da definição de ecossistema. Para Troll (1971) a noção básica de paisagem 
é a espacialidade, a heterogeneidade do espaço onde o homem habita. O ecólogo da 
paisagem tem uma preocupação maior em estudar a heterogeneidade espacial, o que 
contrasta com a visão do ecólogo de ecossistema, que busca entender as interações de 
uma comunidade com o sistema abiótico num ambiente relativamente homogêneo. A 
entidade espacial heterogênea, que constitui uma paisagem, engloba aspectos 
geomorfológicos e de recobrimento, tanto naturais quanto culturais (Delpoux 1974). 
Esta noção visual, espacial e global está profundamente impregnada nas abordagens 
atuais de ecologia de paisagens. 
Na abordagem ecológica, o mosaico heterogêneo é considerado como um 
conjunto de habitats que apresentam condições mais ou menos favoráveis para a espécie 
ou a comunidade estudada. A definição das unidades e da extensão do mosaico depende 
de cada espécie: um mesmo espaço geográfico pode ser percebido como paisagens 
(mosaicos interativos) totalmente diferentes em função das características destas 
espécies. 
Paisagem segundo a visão do Homem 
 Abrange amplas extensões espaciais (km2) 
 Fontes de heterogeneidade na paisagem: 
1. heterogeneidade do ambiente físico (topografia, solos, umidade, 
dinâmica hidrogeomorfológica); 
2. regime de perturbações naturais (fogo, tornado, pestes); 
3. perturbações antrópicas (desmatamento/fragmentação, criação de 
estradas, reservatórios). 
Paisagem segundo a visão das espécies 
Se olharmos na visão de um gafanhoto, por exemplo, pode existir um tamanho 
de 4 m² área de paisagem, formada por manchas mais ou menos densas de herbáceas. 
Por outro lado, se considerarmos o mosaico de habitats para uma onça-parda, este pode 
ser definido em escalas espaciais semelhantes às usadas para a ocupação humana. 
Tomada de decisão com ecologia de paisagem 
 Áreas prioritárias para conservação e restauração; 
 Planejamento territorial; 
 Mosaicos de unidades de conservação; 
 Impacto de empreendimentos; 
 Criação de corredores ecológicos. 
Descrição da paisagem 
 Composição: que são os elementos da paisagem;(vegetação, rios, 
pastos, floresta) 
 Configuração que são os arranjos dos elementos. 
A ecologia de paisagem aplicada 
 Caracterização de padrões: análise da paisagem pode ser realizada utilizando 
diferentes ferramentas de geoprocessamento como fragstats, patch analyst, v-
late, sensinode, e a modelagem temática em SIG. 
 Os agentes na formação de padrões: os aspectos físicos abióticos podem ser bem 
determinados, porém as respostas demográficas desses aspectos e os regimes de 
distúrbios que ocorrem nele são mais restritos em função dos limites logísticos e 
os custos altos. 
 Elaboração de modelos: podem ser elaborados em nível mais fundamental dos 
aspectos abióticos, mas têm uma aplicação mais restrita ao funcionamento 
ecológico das paisagens, uma vez que o esforço de coleta de informações é 
limitado. 
 Propostas práticas a caracterização e a modelagem detalhada dos aspectos 
abióticos associados á informação mais restrita dos aspectos bióticos é um 
importante suporte para a definição de políticas públicas de conservação e 
manejo de ecossistemas. 
 
A paisagem pode ser estudada em qualquer nível hierárquico, sendo do mais básico 
ao mais complexo, esses estudos necessitam uma abordagem de analise sistêmica, que 
pressupõe a integração de equipes multidisciplinares. No Brasil é possível uma 
contribuição desses estudos para a determinação do suporte abiótico e dos padrões de 
manchas de cobertura da vegetação. 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
MARTINS, E. de S. et al. Ecologia de paisagem: conceitos e aplicações potenciais no Brasil. 
Embrapa Cerrados, 2004. 35p. 
METZGER, J.P. O que é ecologia de paisagens ? . Biota Neotropica, Vol. 1, números 1 e 2, 
2001 - ISSN 1676-0603 http://www.biotaneotropica.org.br/v1n12/pt/abstract?. Publicado em 28 
de novembro de 2001. 
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/programa_ciencias/textos_1
5012018/ep_15012018_1822/ 
https://www.youtube.com/watch?v=FilxJe3ah1E&t=705s ECOLOGIA DA PAISAGEM: O 
QUE É (Parte 1) 
https://www.youtube.com/watch?v=-jykNWQS204 ECOLOGIA DA PAISAGEM: MÉTRICAS 
(Parte 2) 
http://www.biotaneotropica.org.br/v1n12/pt/abstract
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/programa_ciencias/textos_15012018/ep_15012018_1822/
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/programa_ciencias/textos_15012018/ep_15012018_1822/
https://www.youtube.com/watch?v=FilxJe3ah1E&t=705s
https://www.youtube.com/watch?v=-jykNWQS204

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