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ECOLOGIA FLORESTAL PROVA 1 – RESUMO E QUESTÔES 1. A figura representa a relação entre riqueza de espécies arbóreas em duas áreas da mata atlântica localizadas na região da serra dos órgãos e o esforço amostral empregado (numero de parcelas usadas para levantamento florístico e fitossociológico), em nenhuma das áreas estudadas o esforço amostral foi suficiente para que a maior parte das espécies fosse amostrada. Com base nessas informações. Por qual motivo os pesquisadores não conseguem fazer o esforço amostral necessário nas duas áreas? Resposta: é possível verificar pelos resultados que como a curva continua crescendo e não estabiliza, ainda há mais espécies a serem amostradas, ou seja, o esforço amostral não foi suficiente para acumular conhecimento sobre a flora local. Dessa forma, as possíveis razões para isso ter acontecido são: não houve número suficiente de pesquisadores; frequência ou tempo de amostragem de amostragem insuficiente para a grandeza da área estudada. 2. Em relação ao enunciado da questão anterior, o que você faria para corrigir o esforço amostral, tornando-o mais eficiente e, consequentemente, tendo sucesso na amostragem da maioria das espécies presentes na área? Resposta: obtendo o resultado apresentado, talvez uma iniciativa que deveria ser tomara é aumentar o numero de pesquisadores alocados na área e, também a frequência da amostragem e sey tempo. Desse modo, se a curva apresentar estabilização, repetir o processo até alcançar o resultado desejado. 3. As florestas tropicais estão localizadas entre os trópicos de câncer e capricórnio, região na qual as condições climáticas são consideradas mais estáveis do que em ambientes temperados, onde oscilações são evidentes. O que explica isso? Resposta: isso acontece devido a sua posição do globo terrestre e a angulação da terra, nos trópicos tem pouca variação de quantidade de incidência luminosa recebida e da duração de dias/noites durante o ano, diferente de quando há distanciamento ou aproximação do sol. Ou seja, a pouca variação na inclinação da luminosidade e duração de dias mantem elevadas temperaturas, que por consequência, elevada evapotranspiração, o que colabora em preservar a elevada pluviosidade da região. 4. Em comunidades florestais tropicais, é comum a estratificação da vegetação. A posição das espécies arbustivas e arbóreas nos diferentes estratos da floresta é explicada pelas diferentes exigências de luz. No entanto, algumas espécies mudam de estrato ao longo do tempo. Baseada nessas informações, explique o motivo pela qual uma espécie típica de estratos superiores permanece por anos no estrato arbustivo, sem conseguir crescer, indicando o que faria com quem ela mudasse de estrato. Resposta: espécies de estratos superiores necessitam de uma maior incidência luminosa, já que quando em seu estrato de origem obtém uma maior quantidade de luz em que estratos inferiores. Por outro lado, estratos inferiores tem menos incidência de luz porque há sombreamento das espécies acima. Por isso, quando não alcançar uma quantidade de luz suficiente para o desenvolvimento, permanecem menores até que as quantidades luminosas se tornem favoráveis. 5. Ainda com relação ao enunciado anterior, algumas formas de vida das plantas, como lianas e epífitas, seguiram caminhos evolutivos distintos para obter luz, distribuindo-se verticalmente dentro das florestas de acordo com as exigências por esse recurso. Dessa forma, elas reduziram a competição por luz com as outras formas de vida. Como esses dois grupos adaptaram-se, para obtenção desse recurso? Resposta: as lianas e epífitas são encontradas em florestas tropicais, devido a alta densidade de indivíduos vegetais nessas florestas, fazendo com que esses grupos pudessem se adaptar em buscas de outras formas para conseguir luz, visto que, se ficassem no solo, teriam poucas chances de sobrevivência, pois têm pouca iluminação devido as copas das arvores de grande porte. Desse modo, esses grupos passaram a utilizar outras espécies vegetais como substrato. Algumas das adaptações são: raízes aéreas, capazes de aderir sobre as arvores e absorver umidade do ar e nutrientes. Por outro lado, as lianas mantiveram raízes subterrâneas, mas desenvolveram hábito trepador, com gavinhas por exemplo, para que pudessem se desenvolver sobre as árvores. 6. A figura representa os processos que levam uma determinada localidade a possuir um determinado conjunto e espécies. Baseado nessas informações, explique o papel da dispersão. Dos filtros ambientais e das interações ecológicas na montagem da comunidade biológica de uma determinada localidade. Resposta: pode se dizer que o primeiro filtro a atuar é o da dispersão pois a espécie precisa ser capaz de chegar até o novo local para compor a comunidade. Em seguida, chegando no novo local, a espécie enfrentará o filtro das condições ambientais para se estabelecer na região (suportar clima e disponibilidade de recursos). Por fim, há atuação do filtro das interações bióticas, que define se a espécie será capaz ou não de estabelecer na comunidade, pois ela precisa conseguir sobreviver as interações com outras espécies. 7. Com o objetivo de comparar riqueza, competição e diversidade de espécies arbóreas de fragmentos da Floresta atlântica de Paraty (F1), Teresópolis (F2) e Campos (F3), um pesquisador realizou amostragens sistemáticas, com tipos de parcelas e esforço amostral iguais nas 3 áreas. Com base nessas informações, diga e explique se a riqueza de espécies é igual nas 3 áreas, informando qual área possui maior riqueza e menor riqueza. Resposta: pelo conceito de que riqueza é o número de espécies que determinada área compreende e considerando os resultados do gráfico, podemos afirmar que a riqueza de espécies não é igual nas três áreas. De modo que os fragmentos F1 e F2 apresentam mesma riqueza, é maior que no fragmento F3. 8. Ainda com base no enunciado da questão 7, responda: a composição de espécies é a mesma entre as áreas? Explique. Resposta: a partir do conhecimento que composição se refere a qual é o conjunto de espécies existentes em uma determinada área, é possível afirmar que os 3 fragmentos não contem a mesma composição de espécies, pois pode aferir que no fragmento F3, não foram verificados as espécies 8 e 9, diferente dos outros fragmentos que contém todas as 9 espécies, mesmo que em proporções diferentes. 9. Mesmo sem ter os dados para calcular índice de diversidade de Shannon para as 3 áreas apresentadas, é possível indicar qual delas possuem a maior e menor diversidade biológica. Cite as áreas e justifique a resposta. Resposta: o fragmento F1 apresenta maior diversidade biológica. Isso ocorre porque o fragmento além de apresentar maior riqueza de espécie, tem a maior equabilidade entre os indivíduos do que nos demais fragmentos. Seguindo o mesmo raciocínio, o fragmento que apresenta menor diversidade biológica é o F3. 10. Apesar da teoria do nicho ecológico ajudar a explicar os padrões observados na estruturação de comunidades ecológicas, um dos pontos mais criticados da teoria está relacionado ao fato dela utilizar a competição como principal processo estruturador. Por exemplo, alguns grupos biológicos como os insetos fitófagos, são um dos grupos funcionais mais abundantes na natureza, sem haver elevada competição entre eles. Por que a competição não explica a composição, a diversidade e a abundância de insetos fitófagos nas florestas tropicais? Resposta: Isso ocorre por que esses grupos de insetos têm alta relação espécie específica. Com isso, há redução de seu nicho a ponto de que não haja a sobreposição com os nichos dos demais espécimes de grupo, assim não tendo competição relevante entre eles.
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