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Anestésicos locais

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Anestésicos locais
DOR 
• “Experiencia desagradável de difícil 
definição associada ou não a lesão 
tecidual”. 
• Componente essencial para 
sobrevivência. 
NOCICEPTORES 
• São fibras nervosas responsável por 
transmitir o estímulo de dor. 
• Receptores para estímulos lesivos 
(adaptação lenta). 
• Tipos principais: 
➢ Nociceptores mecânicos (fibras A delta): 
✓ Delgadas e mielinizadas: estímulos 
mecânicos (dor rápida e localizada). 
➢ Nociceptores polimodais (fibras C): 
✓ Maior diâmetro e amielinizadas: estímulos 
mecânicos térmicos e químicos (dor lenta, 
pulsátil, difusa). 
POTENCIAL DE AÇAO NEURONAL 
• A membrana do neurônio em seu estado 
natural está polarizada (positivo 
extracelular e negativo intracelular) e 
para ocorrer a propagação deve ser 
despolarizada, isso é um estímulo em 
cadeia. Fibra C e A Delta são receptores 
dolorosos, são tipos de aferentes 
primários, os nociceptores periféricos 
podem ser ativados por estímulos: 
Térmicos, Mecânicos ou Químicos. Na 
construção do percurso temos 
nociceptores periféricos que vão mandar 
os sinais para os neurônios de 1ª ordem, 
depois vão para a medula espinhal, 
posteriormente neurônios de 2ª e 3º 
ordem e por fim o SNC. 
• Na transmissão nervosa: Vai haver 
estimulo, que vai gerar energia, essa 
energia por sua vez terá que fechar os 
canais de potássio, para que a membrana 
seja despolarizada, e fazer a transmissão 
do impulso nervoso, após a transmissão 
do impulso, a membrana irá se 
repolarizar. 
 
VIA SOMATOSSENSORIAL (DOR) 
• Via pela qual temos a percepção da dor 
com exceção da face. 
• Neurônios de 1ª ordem levam o estímulo 
do local afetado até o gânglio da raiz 
dorsal localizado na medula espinhal. 
• Na medula ocorre sinapses dos 
neurônios de 1ª com os de 2ª ordem por 
meio de neurotransmissores (substância 
P, peptídeo relacionado ao gene da 
calcitonina). 
• A informação segue até o tálamo (sistema 
límbico), onde os neurônios de 2ª ordem 
fazem sinapse com os de 3ª por meio de 
neurotransmissores levando o estímulo 
até o córtex somatossensorial resultando 
no estímulo de dor. 
• O sistema límbico que é uma região 
importante das nossas emoções, e é uma 
das explicações de porque a dor é algo 
variado para cada indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIA SOMATOSSENSORIAL TRIGEMINAL 
• Via de percepção de dor na face. 
• Irão ter neurônios de 1ª ordem (ramos do 
trigêmeo como oftálmico, maxilar e 
mandibular), vão até o gânglio trigeminal 
se encontrar com os de 2ª ordem. Se 
encontram com os de 3ª ordem passando 
pela região talâmica, assim como a via 
somatossensorial da dor, porém não 
passa pela medula espinhal. Por fim 
chegando até o córtex somatossensorial. 
 Jamilly Barbosa Rodrigues 
 
HISTORICO 
• Na história o primeiro a ser utilizado foi a 
folha de coca (poucas propriedades 
anestésicas e terapêutica). Foi se 
desenvolvendo substâncias sintéticas 
mais eficientes ao longo do tempo como a 
Procaina (1904). 
ANESTESICOS LOCAIS 
• Droga que pode bloquear de forma 
reversível a transmissão do estimulo 
nervoso no local onde for aplicado, sem 
ocasionar alterações no nível de 
concordância. 
 
• Química e classificação: 
➢ Anfipática (hidrossolúveis e lipossolúveis). 
➢ Sítios moleculares: 
o Anel aromático (C6H6). 
o Amina terminal (NH3). 
o Cadeia intermediaria (classificação dos 
anestésicos). 
 
• De acordo com a cadeia intermediária 
foram classificados em 2 grupos: 
ESTERES 
• Primeiros a serem fabricados, derivados 
da cocaína, estão em desuso de forma 
injetável por terem substâncias tóxicas, 
mas se utiliza de forma tópica 
(tetracaína). 
• Outros exemplos de anestésicos ésteres: 
Procaína, propoxicaína, cocaína, 
benzocaína, diclonina. 
AMIDAS 
• Tipos de anestesicos mais usados 
atualmente de forma injetável. 
• Outros tipos de anestésicos amidas: 
Lidocaína, etidocaína, bupivacaína, 
prilocaína, articaína, mepivacaina 
PROPIEDADES FISICO-QUIMICAS 
• Anestésicos são bases fracas 
(comercializados na forma de sal), ou seja, 
são substancias que possuem a 
capacidade de doar hidrogênio, mas que 
também recebem de novo os hidrogênios 
de volta. 
• Lembrando que os ácidos fortes e bases 
fortes tendem a perder hidrogênio para o 
meio e não receber de novo. Enquanto os 
ácidos fracos e bases fracas perdem 
menos íons. 
• Perdendo mais hidrogênio a solução fica 
menos carregada, sendo mais apolar, e 
atravessando melhor as barreiras. 
• Assim, se o meio estiver ácido por causa 
de uma infecção, o anestésico não 
dissocia bem os íons de hidrogénio, 
permanecendo carregado e não 
atravessando bem as barreiras do corpo, 
resultando na ineficácia do anestésico. 
• Esse é o motivo de não se realizar punção 
em locais de infecção e edema, além de 
ter o risco de disseminar a infecção para 
outros tecidos. 
• É evitado anestesiar em infecção devido a 
probabilidade de disseminação da 
infecção e a ineficácia anestésica. Para se 
anestesiar em locais com inflamação, é 
indicado anestesiar a distância, com uma 
técnica troncular 
PRINCIPAIS ANESTESICOS UTILIZADOS 
 
 
 
• Anestésicos locais são substancias 
vasodilatadoras. 
• Mepivacaina: mais potente que a 
lidocaína e prilocaina devido a sua 
vasodilatação ser menor, ficando menos 
tempo no tecido. 
• Os anestésicos são substâncias 
vasodilatadoras, e isso é um ponto 
negativo pois quanto maior for esse 
efeito, mais rápido o anestésico sai do 
local de ação pela circulação sanguínea, 
diminuindo seu tempo de ação. Logo 
podemos concluir que os que tem maior 
tempo de ação, são os que tem menor 
ação vasodilatadora ou estão associados 
a vasoconstritores. 
TEMPO EM MINUTOS DA AÇAO DE ANESTESICOS 
COM E SEM VASOCONTRICTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 Hoje em dia se utiliza anestésico com 
vasoconstritor mesmo em pacientes com 
necessidades especiais (exceto raras 
exceções), pois se o efeito do anestésico 
acabar durante o atendimento e o paciente 
começa a sentir dor, ele irá liberar 
noradrenalina. Isso causará uma arritmia 
maior do que uma possível interação 
medicamentosa. Mas nesses pacientes 
devemos realizar um cálculo de dose 
apurado e uma boa técnica anestésica a fim 
de que tudo ocorra bem. 
 
MECANISO DE AÇAO 
• Inibem reversivelmente a condução e 
formação do impulso nervoso. 
• Diminui a condutância aos canais de 
sódio: 
➢ Interagindo com membrana lipídica. 
➢ Bloqueando os canais de Na++ regulados 
por voltagem então não ocorre o influxo 
de Na+, assim o neurônio não despolariza 
e não ocorre o estímulo doloroso. 
 NÃO BLOQUEIAM A PERCEPÇÃO AO TOQUE OU 
A PRESSÃO, POIS ESSES SENTIDOS 
SÃO DADOS PELAS FIBRAS AA (ALFA) E AB (BETA) 
QUE SÃO FIBRAS ALTAMENTE MIELINIZADAS, 
IMPEDINDO QUE O ANESTÉSICO ADENTRE 
FIBRAS ↑ MIELINIZADAS: A E A 
FIBRAS ↓ MIELINIZADAS: A E C 
o As fibras A delta e fibras C, são 
responsáveis pela propagação da dor, 
porem possuem uma camada delgada de 
mielina, o que permite que o anestésico 
entre e bloqueie a propagação do 
estimulo doloroso. Entretanto, as fibras A 
alfa e A beta são responsáveis pela 
propagação de estímulos ao toque, a 
percepção, são fibras bastante 
mielinizadas, o que impede que o 
anestésico entre e bloqueias. 
FARMACOCINÉTICA 
• Absorção: 
➢ Dose administrada: local administrado. 
➢ Presença de vasoconstrictor (se possuir 
vasoconstrictor é mais lentamente 
absorvido, se não tiver será rapidamente 
absorvido). 
➢ Depende do grau de vasocontricçao da 
droga (lidocaína e procaína). 
 
• Distribuição: 
➢ Ligação as proteínas plasmáticas e 
eritrócitos. 
➢ Ultrapassam as barreiras 
hematocefalicas e placentária (são 
substancias anfipáticas). 
 
 
• Metabolização e excreção: 
 Ésteres: 
➢ Metabolizados por pseudocolinesterase 
(PABA – procaína e tetracaína) 
➢ Metabolização hepática 
 Amidas: 
➢ Metabolizados no fígado e no sangue 
(algumas enzimas) 
➢ Reação de fase I ➜ Amidase hepática ➜ 
Excreção renal. 
➢ Alguns anestésicos (prilocaína) passam 
por uma reação de fase IIpara serem 
excretados. 
EFEITOS FARMACOLOGICOS DAS BASES 
ANESTESICAS 
• Efeitos vasculares – vasodilatação 
arteriolar, queda da RVP e PA. 
• Outros efeitos: reações alérgicas (mais 
comum nos ésteres), paralisia 
neuromuscular, bloqueio ganglionar 
autossômico. 
 
 
• Sistema nervoso central: 
➢ Atravessa barreiras hematocefalicas 
➢ Efeito dual: 
o Estimulante (tonturas, vertigens, 
alucinações, convulsões, tremores e 
parada respiratória); doses usuais. 
o Depressora (sonolência, lentidão, efeitos 
analgésicos e anticonvulsivantes; 
administração I.V. acidental. 
 
• Sistema cardiovascular: 
➢ Doses usuais: 
o Reduz automaticidade (efeitos ectópicos). 
o Reduz contratilidade cardíaca. 
 
➢ Doses toxicas (supradosagem ou IV): 
o Bradicardia, redução do DC e PA, hipoxia. 
o Colapso cardiovascular. 
o Bupivacaina e etidocaina (cardiotoxicas) 
(toxicas – lipossolubilidade). 
INTOXICAÇAO POR BASES ANESTESICAS 
• Etiologia. 
• Sintomatologia e tratamento: 
➢ Colapso cardiovascular. 
➢ Depressão respiratória. 
➢ Convulsão (Diazepam ou succinilcolina). 
VASOCONTRICTOR 
• Vantagens (↑ o tempo de anestesia, ↓ 
toxicidade e hemostasia). 
• Classificação farmacológica: 
➢ Epinefrina, norepinefrina (25%), fenilefrina 
(sem anel catecol) e congêneres 
(receptores α -1). 
➢ Felipressina (análogo sintético da 
vasopressina; receptores V1 no m.liso e 
microcirculação) adicionado somente a 
prilocaina. 
• Precauções: 
➢ Injeções I.v. acidentais. 
➢ Portadores de doença cardíaca. 
PREPARAÇOES DISPONIVEIS NO BRASIL – 
ANESTESICOS LOCAIS 
• Cuidado com as soluções 1:50.000 
(necrose) 
 
• Cuidado com as soluções 1:50.000 
(sialometaplasia necrotizante). 
• Anestésico 1:100.000 é mais seguro. 
VASOCONTRICTORES X PACIENTES CARDIACOS 
• Catecolaminas. 
• Efeitos fisiológicos: 
➢ Aumento de RVP (resistência vascular 
periférica). 
➢ Aumento do inotropismo e cronotropismo 
cardíaco (frequência cardíaca e força de 
contração). 
➢ Aumento da P.A. 
 
• Aspectos importantes: 
➢ Quantidade de anestésico administrado. 
➢ Modo de administração. 
➢ Nível de estresse do paciente. 
 
• Com vasoconstrictor adrenergico tem 
uma maior segurança aplicando 
corretamente não pegando vasos, com no 
máximo 2 tubetes. 
 
• Uma boa alternativa é usar um 
vasoconstrictor não adrenérgico em 
pacientes cardíacos como a felipressina 
associada a prilocaina, possui uma dose 
segura de ate 3 tubetes. 
• Felipressina: 
➢ Origem. 
➢ Constitui uma boa alternativa a 
adrenalina. 
➢ Atividade vasoconstritora e hemostática. 
➢ Efeitos cardiovasculares: 
 
EFEITOS ADVERSOS 
• Causas: 
➢ Injeções I.V 
➢ Doses terapêuticas em pacientes 
cardíacos. 
➢ Interações farmacológicas 
(simplatoplegicos). 
 
• Sintomas: 
➢ Crise hipertensiva (atenção com uso de 
Bloqueadores – aumento pós-carga sem 
aumento de FC e 
contração/vasoconstrição excessiva). 
➢ Isquemia e IAM. 
➢ Arritmias e efeitos excitarias centrais. 
OUTROS COMPONENTES ANESTESICOS 
• Estabilizantes (antioxidantes): 
➢ Função (vasoconstrictor). 
➢ Bissulfitos (alergia). 
 
• Conservantes (bacteriostáticos e 
fungistáticos): 
➢ Metilparabeno. 
➢ Proibido o uso nos EUA pela FDA. 
➢ Usado no brasil (alergia). 
USOS NA ODONTOLOGIA 
• Seleção da droga: 
➢ Segurança e eficácia na anestesia 
(técnica correta e 1ml/min). 
➢ Tipo e duração do procedimento 
realizado. 
➢ Estado de saúde do paciente. 
 
• Preparações e posologia: 
➢ Dose única de 1,8ml. 
➢ Diluído em H2O destilada com NaCL 
(isotônico). 
➢ pH variável (3-7). 
 
• Durante a execução do procedimento 
sempre levar em consideração: 
➢ técnica correta 
➢ Conhecer região anatômica 
➢ Não pegar vasos sanguíneos para que o 
anestésico não seja injetado dentro do 
vaso. 
➢ Injetar o anestésico de devagar (1ml/min) 
➢ A seleção da droga vai depender do tipo 
de procedimento realizado. 
➢ Estado de saúde do paciente. 
LIDOCAINA 
• Anestésico de rotina (Mais utilizado). 
• Potência moderada e baixa toxicidade 
(bem tolerado). 
• Rápido início de ação (2 a 3 min/PKa-7,8). 
• Metabolização hepática e excreção renal. 
• Formulares disponíveis e tempo de 
trabalho: 
 
➢ Sem vaso: 
✓ 10min para polpa (ineficaz). 
✓ 35min para tecidos moles. 
 
➢ Com vaso: 
✓ 50min para polpa. 
✓ 190 min para tecidos moles. 
 
 Não se usa lidocaína sem vasoconstrictor, 
devido ao baixo tempo de ação. 
 
• Ter cuidado com à associação do 
vasoconstrictor: 
➢ 1:50.000: ter cuidado, principalmente em 
regiões como o palato que é menos 
irrigado, pode ter risco de necrosar se for 
administrado grande quantidade de 
tubete. 
➢ 1:100.000: Mais seguro. 
➢ Preparação mais usada: soluções 2% com 
vaso e epinefrina 1:100.000. 
 
• A lidocaína pode ser associada: 
 soluções a 2%: 
➢ Epinefrina: 1:100.000. 
➢ Epinefrina: 1:50.000. 
➢ Norepinefrina: 1:50.000. 
➢ Fenilefrina: 1:2.500. 
 soluções a 3%: 
➢ Norepinefrina: 1.50.000. 
MEPIVACAINA 
• Muito semelhante a lidocaína. 
• Potencial clínico: potência maior devido a 
ela ser menos vasodilatadora, deixando o 
anestésico mais tempo no local dando um 
tempo de anestesia maior. 
• Pode ser usado a mepivacaina ao invés 
da lidocaína caso o procedimento seja 
mais complexo e demorado. 
• Formulações disponíveis e tempo de 
trabalho: 
➢ Sem vaso: 
✓ 30min para polpa. 
✓ 150min para tecidos moles. 
 
➢ Com vaso: 
✓ 60min para polpa. 
✓ 180min para tecidos moles. 
 
• A lidocaína pode ser associada: 
Soluções 2%: 
 
➢ Epinefrina: 1:100.000 
➢ Norepinefrina: 1:100.000 
➢ Carbodrina: 1:20.000 
Solução a 3%: 
➢ Sem vasoconstrictor. 
 
PRILOCAINA 
• Menos potente que a mepivacaina e 
lidocaína. 
• Potência moderada. 
• Início de ação rápido (2 a 3min/PKa-7,7). 
• Metabolização hepática plasmática e 
excreção renal. 
• Quando é metabolizada pela reação de 
fase 1, forma um metabólito tóxico (O-
toluidina) que estará ligada a uma 
alteração: metahemoglobinemia (O-
toluidina). 
• Associada com felipressina não 
adrenérgico. Pode ser uma opção para 
uso em pacientes cardíacos. 
• Formulações disponíveis e tempo de 
trabalho: 
➢ Com vaso: 
✓ 45min para polpa. 
✓ 160min para tecidos moles. 
 
• A prilocaina pode estar associada: 
Soluções a 3%: 
➢ Felipressina: 0,03 UL/ml. 
 
BUPIVACAINA 
• Análogo da mepivacaina (muito 
lipossolúvel). 
• Ação potente (mais potente que os 
citados anteriormente) até 4x mais. 
• Início de ação mais lento (6 a 8min/PKa-
8,1). 
• Mais cardiotoxico (0,5%) – 
levobupivacaina. 
• Mais usado quando o procedimento for 
mais traumático e demorado. 
• Formulações disponíveis e tempo de 
trabalho: 
➢ Sem vaso: 
✓ 40min para polpa. 
✓ 150min para tecidos moles. 
 
➢ Com vaso: 
✓ 250min para polpa. 
✓ 650min para tecidos moles. 
 
• A bupivacaina pode estar associada: 
Soluções 0,5%: 
➢ Sem vasoconstrictor. 
➢ Epinefrina: 1:200.000 
 
ARTICAINA 
• Semelhante a bupivacaina. 
• Inicia de ação rápido (1 a 3 min) 
• Ação potente. 
• Metabolização hepática e plasmatica e 
excreção renal. 
• Formulações disponíveis e tempo de 
trabalho: 
➢ Sem vaso: não disponível. 
➢ Com vaso: 
✓ 150min para polpa. 
✓ 250min para tecidos moles. 
 
• Articaina pode estar associado: 
Soluções a 4%: 
➢ Epinefrina: 1:100.000. 
➢ Epinefrina: 1:200.000. 
DOSES DE SEGURANÇA DOS ANESTESICOS 
 
CALCULO DE DOSE MAXIMA 
 
CALCULO DO VASOCONTRICTOR 
 
INTERAÇOES MEDICAMENTOSAS 
• Barbitúricos, opioides e analgésicos 
gerais (depressores do SNC). 
• Agentes arrítmicos. 
• Cimetidina e ranitidina (inibitores do 
sistema microssomal hepático) – podem 
fazer com que o anestésico seja menos 
metabolizado. 
• ATC, cocaína, crack, B-bloqueadores e 
fenotiazinicos (deprimem SNC e 
cardiovascular). 
 
ANESTESICOS LOCAIS X PACIENTES ESPECIAIS 
HIPERTIREOIDISMO 
• Esses pacientes vão ter um excesso na 
produção do hormônio tireoidiano 
(principalmente T3 e T4), esses hormônios 
fazem com que os batimentos cardíacos e 
metabolismo acelerem, ou seja, todo 
paciente com hipertireoidismo vai ter 
umahipertensão secundária. 
• Paciente não tratado: 
➢ Realizar tratamento médico (não realizar 
nenhum procedimento odontológico), em 
casos de urgência fazer uso de 
anestésico sem vaso. 
• Paciente tratado: 
➢ Não é contraindicado o uso de 
vasoconstrictor (usar no máximo 2/3 
tubetes). 
 
FEOCROCITOMA 
• Tumor na medula da glândula 
suprarrenal (onde é produzido 
adrenalina e noradrenalina), esses 
pacientes com feocromocitoma vao ter 
liberação excessiva de adrenalina e 
noradrenalina, ou seja, deve-se evitar 
administrar vaso nesses pacientes. 
• Paciente não tratado: 
➢ Realizar tratamento médico (não realizar 
nenhum procedimento odontológico), 
nem em caso de urgência. 
• Paciente tratado: 
➢ É contraindicado o uso de 
vasoconstrictor (usar anestésico sem 
vaso em pacientes pré-sedados. Realizar 
procedimento de forma rápida). 
ALERGIAS A SULFITOS 
• Sulfitos são antioxidantes colocados nos 
anestésicos que tem como vaso a 
adrenalina e noraadrenalina 
(catecolaminas) que são extremamente 
sensíveis ao oxigênio, por isso deve-se 
incorporar um antioxidante, e muitas 
vezes o paciente tem alergia não ao 
anestésico, mas ao antioxidante (sulfito), 
uma alternativa para esses pacientes é 
utilizar a prilocaina associada a 
felipressina (vaso sem sulfito) ou 
anestésico sem vaso. 
• Características clinicas: prurido, 
angioedema, dermatite, asma, anafilaxia. 
• Contraindicado: uso de anestésico com 
vasoconstrictor (adrenalina e 
congêneres). 
• Optar por felipressina como 
vasoconstrictor. 
 
PACIENTES IDOSOS 
• População em fraco crescimento. 
• Alterações fisiológicas (ajuste de dose): 
➢ Redução dos líquidos corporais. 
➢ Aumento da relação massa 
adiposa/massa muscular. 
➢ Atividade hepática e renal. 
➢ Maior incidência de doenças crônicas 
(interações medicamentosas). 
• Atendimento odontológico: 
➢ Atendimento rápido e no início da tarde. 
• Anestésicos locais: 
➢ Adequação de dose. 
➢ Não é contraindicado o uso de 
vasoconstrictores (normais). 
➢ Cuidados com prilocaina (situação 
fisiológica senil) pois a prilocaina forma 
um metabólito tóxico: O-toluidina que 
provocar a metahemoglobinemia (pode 
ocorrer em pacientes idosos). 
 
PACIENTES PEDIATRICOS 
• Diferenças metabólicas (adequação de 
dose). 
• Anestésico local: 
➢ São mais sensíveis (volume sanguíneo 
menor). 
➢ Não é contraindicado o uso de 
vasoconstrictor (normais). 
➢ Observar o limite anestésico. 
➢ Cuidados com prilocaina 
(metahemoglobinemia) e bupivacaina 
(trauma de mordida). 
➢ Sedação (reduzir quantidades de 
anestésicos). 
 
PACIENTES GESTANTE 
• Alterações morfofisiológicas 
➢ Deslocamento de órgãos e compressão 
vascular. 
➢ FC, FR e PA. 
➢ Aumento da síntese de hormônios. 
➢ Aumento da demanda de insulina 
“diabetes gestacional”. 
➢ Lesões de tecido mole na cavidade oral 
(gengivite gravídica e granuloma 
piogênico). 
• Anestesia local: 
➢ Bases anestésicas (ultrapassam a 
placenta). 
➢ Não é contraindicado o uso de 
anestésicos locais com vasoconstrictor 
nem gravidas, nem lactantes 
(normossistemicas). 
➢ Ligação a proteínas plasmáticas 
(lidocaína 64%, prilocaina 55% e 
mepivacaina 77%). 
➢ Cuidado com o Citanest/prilocaina: 
✓ Prilocaina (baixo peso molecular). 
✓ Tratamento da metahemoglobinemia. 
✓ Felipressina: pode causar contrações 
uterinas (evitar o uso). 
OBSERVAÇÃO: 
- LIDOCAÍNA: MAIS UTILIZADA. 
- PRILOCAINA: TEM O RISCO DE OCORRER A 
METAHEMOGLOBINEMIA. 
- MEPIVACAINA: EFEITOS TÓXICOS AO FETO. 
METAHEMOGLOBINEMIA: 
• A hemoglobina é responsável pelo 
transporte de oxigênio, ela pode estar em 
2 estágios no organismo: estado férrico 
(não faz o transporte de oxigênio) e 
ferroso (faz transporte de oxigênio), a 
enzima metahemoglobina redutase 
converte o estado ferrico para o estado 
ferroso. O metabólito tóxico da 
prilocaina: o-toluidina vai inibir a enzima 
metahemoglobina redutase, causando 
prejuízo no transporte de oxigênio. 
• Sintomatologia: arroxeamento das 
extremidades (Ex: dedos, lábios). 
• Tratamento: Azul de metileno 1% por via 
endovenosa (injeção lenta), vai retirar a 
orto-toluidina da enzima, deixando a livre 
para converter o estado férreo para o 
estado dessoro transportando oxigênio. 
• Riscos a prilocaina: anêmicos, pacientes 
normosistemicos: criança, idosos e 
gestantes. 
 
DIABETES MELLITUS 
• Tratamento (tipo I e II). 
• Atentar para os sintomas durante 
anamnese e encaminhar para a 
realização de exames. 
• Cuidados durante atendimento 
odontológico: 
➢ Atendimentos longos (desmaios). 
➢ Cirurgias que limitam função 
mastigatória (contactar 
endocrinologista). 
• Anestesia local: 
➢ Não é contraindicado o uso de 
anestésicos com vasoconstrictor nestes 
pacientes controlados. 
➢ Evitar uso de adrenalina como 
vasoconstrictor em pacientes não 
medicados (cetoacidose), usar 
felipressina. 
 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
• Hipertensão arterial. 
➢ Definição e diagnostico. 
➢ Níveis de hipertensão e sintomas. 
➢ Classificação (primaria e secundaria). 
➢ Tratamento. 
• Anestesia local: 
➢ Hipertenso controlado (indicado o uso de 
vasoconstrictor). 
➢ Hipertenso medicado com leve elevação 
de pressão durante atendimento: 
anestésico sem vasoconstrictor ou usar 
felipressina (3 tubetes) ou adrenalina (2 
tubetes). 
➢ Hipertenso medicado com grande 
elevação de pressão durante 
atendimento (só atender urgência e em 
ambiente adequado. Usar mesmo 
protocolo, preferir anestésico sem vaso, 
avaliar sedação). 
 
PACIENTES POS INFARTO (REVASCULARIZAÇAO) 
• Evitar atendimento durante os 6 
primeiros meses. 
• Em caso de urgência fazer em ambiente 
hospitalar com anestésico local sem vaso 
ou felipressina (2 tubetes) ou adrenalina 
(1,5 tubetes). 
• Cuidados com o uso de anticoagulantes. 
• Pacientes portadores de ICC 
(insuficiência cardíaca congestiva) 
➢ Fisiopatologia. 
➢ Etiologia (hipertensão, defeitos septais, 
infarto, estenose aórtica, defeitos 
valvares). 
➢ Tratamento. 
PACIENTES PORTADORES DE ICC 
• Anamnese odontológica (náuseas, vomito, 
perda de peso, confusão neurológica, 
alucinações). 
• Tratamento odontológico (evitar esforço): 
➢ Rápido. 
➢ Ambiente hospitalar. 
➢ Evitar taquicardia. 
➢ Usar BDZ. 
➢ Usar anestésicos sem vaso ou com vaso 
de forma restritiva. 
➢ Taquicardia persistente (suspender 
atendimento). 
PACIENTES PORTADORES DE ARRITMIA 
• FC no adulto (60 a 100) na criança, idoso e 
atleta. 
• Fisiopatologia. 
• Tratamento (antiarrítmicos, β-
bloqueadores e diagnósticos). 
• Anestésico local: 
➢ Usar anestésicos com felipressina (3 
tubetes) ou adrenalina (2 tubetes). 
➢ Evitar anestésico sem vasoconstrictor. 
PACIENTES PORTADOR DE ASMA 
• Fisiopatologia. 
• Fatores desencadeadores. 
• Tratamento. 
• Tratamento odontológico: 
➢ Pedir para o paciente trazer a medicação. 
➢ Evitar ambientes frios e mofados. 
➢ Usar anestésico com vasoconstrictor, 
exceto se houver alergia a sulfitos. 
 
 
ANESTESICOS TOPICOS

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