Buscar

clínica de felinos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

29/04/2021
CLÍNICA MEDICA DE PEQUENOS ANIMAIS- 1º SEMESTRE 2021
· Clínica de felinos: 
· Doença do trato urinário inferior de felinos:
- É um conjunto de doenças que afetam a bexiga e a uretra, ou seja, que afetam a bexiga e, consequentemente alteram a uretra, devido a anatomia, que culmina grande acumulo de proteína na urina, que culmina em formações de plug’s (que são “pedrinhas”), que ao sair da bexiga, obstrui a uretra. 
- Acomete, principalmente os gatos machos, devido a uretra ser curta (bexiga, próstata e uretra), significando que a proximidade da bexiga com o ambiente externo é muito grande, levando a presença constante de MO, bactérias muito grandes, o que facilita a proliferação de doenças.
- Não se sabe ainda a exata causa (idiopático), nos gatos, é considerado que devido ao estresse, possam ter uma cistite neurogênica (estresse), muito comum ser assintomático.
- Muito mais comum em animais castrados, pois os pênis dos gatos são sensíveis a testosterona, perdendo as espiculas na castração, ocasionando ligeira diminuição ao encurtamento (largura, não cumprimento) da uretra.
- Nutrição, pois depois da digestão, o que foi absorvido, é filtrado pelo fígado e eliminado pelo rim. Os gatos castrados têm tendência a engordar, porque o metabolismo desacelera, tem tendência a diminuir atividade, querer dormir mais, portanto, tem uma necessidade proteica menor, então se continuar ofertando alimentação normal, o excesso de proteína, que o organismo não vai gastar, vai se acumular no rim, para ser excretado.
- Devido a obstrução (por calcificação das proteínas, que entram na uretra), leva a azotemia pós-renal (aumento da ureia e creatinina, sem o paciente apresentar sinal clinico), podendo levar ao início de uma doença renal. Após cerca de 24 hrs, o gato passa a apresentar uremia (aumento de ureia e creatinia, sintomático)
- Fisiopatologia: 
- Tampões uretrais, podendo se formar na bexiga e ir para uretra, estenoses da uretra e, raramente, neoplasias ou corpos estranhos. 
- A composição sesses tampões: estruvita (minerais, como também o cálcio) associada com proteínas (geralmente, glicoproteínas)
- Proteínas plasmáticas vão para urina, inclusiva, em processos inflamatórios (como FIV/FELV), quando crônico, acumulam muita proteína plasmática na bexiga.
- Sinais clínicos: 
- Comportamento do gato ir até a caixa de areia a todo momento, fazer a posição de micção e não urinar – retenção urinaria.
- Alteração comportamental (parou de comer sache, parou de pedir carinho, etc. O tutor vai perceber, qualquer que seja a alteração de comportamento)
- Na faze uremica (clinica), apresenta vomito, diarreia, apatia.
- Geralmente, uma vez que o gato obstruiu, isso pode se tornar recorrente. 
- NÃO REALIZAR CISTOCENTESE EM GATOS COM SUSPEITA DE OBSTRUÇÃO, a bexiga vai estar muito sensível, inchada, portanto, tem perigo de romper, então, o ideal é tentar sondar!
- Ultrassonografia ou raio X de emergência para confirmação de tampões, ou até mesmo cálculos renais, sempre com muita delicadeza, pois se a bexiga estiver muito cheia, qualquer pressão a mais no abdômen pode rompe-la.
- NÃO FAZER FLUIDOTERAPIA, pois a bexiga vai estar lotada, então o fluido não vai ter para onde ir, se acumulando no rim, gerando hidronefrose.
- Diagnostico:
- Azotemia pós renal (o rim vai parar de filtrar, pois tem algo obstruindo a saída de urina, consequentemente, a urina fica armazenada por muito tempo, aumentando ureia e creatinina) 
- Hipercalemia (ocasionando arritmia cardíaca, por exemplo), pois o cálcio é escretado pela urina, como o animal não consegue urinar, aumenta tudo
- Ultrassonografia, ou, com muito cuidado, palpação abdominal, procurando pela bexiga.
- Tratamento:
- Depois de realizar a obstrução, é recomendado deixar o gato na fluidoterapia, sendo o de escolha, ringer lactato IV (para eliminar toda micoproteina ou minerais que possam ficar no trato genito urinário)
- Pode-se fazer uso de bicarbonato de sódio IV (1-2 mEq/kg), diluído no soro, pois, pelo grande acumulo de urina, o animal pode estar em acidose 
- Importante administrar medicamentos para dor, como buprenorfina, 0,01 mg/kg intravenoso [IV], inicialmente a cada 8 a 12 h)
- NUNCA COLOCAR CATETER (aquela parte de silicone) NO GATO, SEM ANTES ANESTESIA-LO, pois, os gatos tem esfíncter uretal, que só relaxa sob medicações anestésicas 
- Cateterismo (como se fosse a sondagem uretral, mas com a parte de silicone do cateter)
- Betanecol, induz a contração da bexiga, auxiliando na micção, sendo na dose 2,5mg/animal VO, a cada 12 hrs. Pois micção constante é importante para não se acumular micoproteinas ou minerais, para não ter reicidivas de obstrução em poucas horas.
- Depois de sondar o gato, administrar solução fisiológica para gerar pressão para que o plug volte para a bexiga, vai ser visível quando isso acontecer, pois vai ser possível realizar a sondagem. O próximo passo é esvaziar a bexiga, pega uma seringa grande, vai tirando toda a urina, quando não houver mais o que sair, vai lavando a bexiga com solução fisiológica (aplica e retira a solução, até sair bem transparente. 
- Depois de lavar a bexiga, é importante deixar o gato na fluidoterapia, para forçar a limpeza da bexiga, e fazer os rins funcionarem, sempre deixando o paciente ainda sondado, para ter certeza que a urina voltou a cor normal. Depois, tirar a sonda, receitar betanecol e aí pode liberar o gato, pode-se administrar anti-inflamatório (pela manipulação excessiva da bexiga). 
- Extremamente importante mudar o manejo dos gatos: mudar alimentação, se o gato for obstruído, entrar com ração urinari e alimentos úmidos, sempre ofertando muito agua, deixando vários potes dispersos pela casa -> geralmente, os gatos não bebem muita agua, então é importante inserir agua junto com a comida, como é o caso daqueles saches de ração úmida.
· Doença renal policística autossômica dominante: 
- Doença cística do gato persa, pois boa parte dos gatos persas possuem rim plicistica, sendo uma doença congênita (tanto fêmea quanto macho pode transmitir). 
- Geralmente, os gatis possuem gatos com rins plicisticos, podendo vender os animais com essa doença, apesar de ser desaconselhado a reprodução desses animais. Os gatis de boa índole, fazem US para descobrir quais gatos possuem essa doença.
- É caracterizada pelo desenvolvimento de cistos renais no decorrer da vida, mas costuma acontecer numa idade jovem, pois é congênita. Esses animais, obrigatoriamente vai ser doente renal, numa idade jovem.
- O gene da doença é no lócus DPR (sendo, fenotipicamente, as chances de apresentar a doença PP (100% de chances), Pp (50% de chances), pp, sendo só o ultimo que não apresenta a doença)
- Os cistos acontecem em região de nefróns, podendo levar a união de segmentos de néfrons, gerando uma dilatação e hiperplasia epitelial (que é induzida como uma alteração genica, pelo gene DPR), ocasionando a perda do parênquima renal, sendo substituídos por cistos
- Sinais clínicos: 
- Aumento de volume abdominal (o animal costuma perder peso, tornando mais sensível a palpação abdominal, podendo perceber facilmente o rim, até mesmo visualmente), tutor geralmente fala que sentiu alguma coisa na barriga
· O rim direito é mais cranial, sendo próximo ao fígado, portanto, facilmente confundido com tumor hepático.
- Sinais de doença renal crônica: halito uremico, vomito, diarreia, anorexia, estomatite
- Diagnostico: 
- Ultrassonografia!!!
- Exames laboratoriais: aumento de ureia e creatinina (Devido a falha na filtração renal), hemograma vai apresentar anemia, devido a não produção de eritropoietina renal
- Tratamento: 
- NÃO EXISTE UM TRATAMENTO PARA CURA!
- Como paliativo, pode-se aspirar os cistos guiado por US, periodicamente, para trazer alivio para o gato.
- Entrar com dieta para doentes renais (ração KD), para ter controle de proteína, controlar bem a glicemia, sempre estimulando muito a ingestão de agua ou alimentos úmidos.
- Fluidoterapia e terapia de suporte
· Lipidose hepática
- De uma forma geral, pode acontecer em gatos obesos, masé menos frequente
- A apresentação clinica mais comum, é o gato em jejum, geralmente a partir de 3 dias, aparece a lipidose (DRC, FELV, lesões em cavidade oral, crioterapia ou eletroterapia em cavidade oral ou qualquer outra situação que faz o animal parar de comer).
- Esse animal tem perda do controle da lipólise, que é a quebra de gordura, consequentemente, acumulando muita gordura no fígado, desenvolvendo lesões hepáticas graves!
- Acontece devido da ausência de energia e proteína para o funcionamento do organismo.
- O paciente parou de comer, então vai ter a diminuição da secreção de insulina (que é produzida para aumentar a permeabilidade da célula para absorver glicose). Com isso, aumenta liberação de glucagon, para permitir utilização de energia provinda do próprio organismo, porém, esse glucagon, faz com que ocorra acumulo de gordura no fígado. Devido ao processo de lipidose, o animal vai persistir na anorexia (o fígado produz fatores que dizem ao SN que ele está cheio, então não precisa se alimentar
- NO gato obeso, o tecido adiposo cria resistência à insulina, então, mesmo o organismo produzindo insulina, o tecido não reage a ela. 
- Sinais clínicos: progressivo, vomito, diarreia, icterícia hepática, perda de peso rápida e progressiva, hepatomegalia (gato com toda mucosa amarelada), anorexia, desidratação
- Diagnostico: 
- Sinais clínicos associados a exames laboratoriais.
- US abdominal evidencia infiltração gordurosa no fígado.
- ALT e FA estarão altas, por lesão de hepatócitos e ductos biliares.
- Investigar outras causas: doenças de base que causaram a anorexia inicial. Hemograma, US, etc. 
- Tratamento: 
- Suporte nutricional, com dietas ricas em proteínas (patês como o A/D e o RECOVERY) – alimentação forçada inicialmente, para poder reativar a via de insulina. Isso faz com que o glucagon entenda que não tem necessidade de ocorrer sua liberação, pois o organismo está recebendo alimentação e ativando a insulina.
- Pode-se colocar sonda esofágica ou nasoesofagica, caso necessário, só retirando a sonda quando o paciente voltar a comer. 
- Canular a veia e fazer fluidoterapia (o gato vai estar desidratado, pois está sem se alimentar)
- CUIDADO COM MEDICAÇÕES QUE TENHAM METABOLIZAÇÃO HEPATICA, o fígado já está praticamente afuncional, então qualquer cosa que precise de metabolização hepática pode intoxicar o paciente!!
· Síndrome do gato paraquedista:
- Gato politraumatizado, com lesões internas graves, mas quase sem ou nulas lesões externas, devido ao paciente cair de grandes alturas
- Os gatos possuem muita agilidade e acurado senso de equilíbrio, conseguindo perceber que está caindo e se virar para cair em pé. 
- Quando o gato cai de uma altura grande (por exemplo, em prédios a partir do 6º andar), ele percebe que não vai conseguir cair nos membros, sem se machucar, então ele procura corrigir a postura para cair como na figura 3, esticando os membros, esticando a cabeça, fazendo com que ocorra desaceleração súbita do corpo, além de distribuir o impacto por uma superfície maior.
- PORÉM, o tórax recebe maior parte do impacto, devido a ser mais proeminente por causa das costelas, podendo ter pneumotórax, ou hemotórax, ou hérnia diafragmática. Por não ter nenhuma lesão aparente, geralmente passa despercebido pelos clínicos, então é IMPORTANTISSIMO FAZER RAIO X, para evitar ao máximo não observar algum problema.
- Tríade felina: face, tórax e membros (o jeito que o gato cai) vão ficar planos para entrar em contato com o solo, distribuindo o impacto que ele receberia em apenas um local.
- Em quedas baixas (do 6º andar para baixo), o gato vai apresentar traumas graves, principalmente em membros, pois ele vai tentar cair em pé. 
- Em quedas altas, (do 6º andar para cima), ele vai tentar cair como a tríade felina, para desacelerar e distribuir impacto, podendo levar a lesões internas graves sem apresentar lesões externas.
· O INDICADO É RAIO X TORACICO DE EMERGENCIA, auscultar com muita atenção o tórax, examinar cabeça e palpar abdômen 
· Língua para fora, taquipneia ou dispneia, cianose -> desconfiar de trauma torácicas!!
- Manter material para intubação emergencial por perto, procurar sinais de choque devido a possíveis hemorragias, exames de imagem como emergência para identificação das lesões, caso necessário, entrar em cirurgia!!!

Continue navegando