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-O sistema genital feminino tem a função de garantir a perpetuação das espécies, junto com o masculino. Vai ser responsável pela produção de hormônios e alojamento/abrigo do embrião; -Esse sistema pode ser dividido em órgãos internos e externos, sendo eles: Ovários; Tubas uterinas; Útero; Vagina; Monte do púbis; Lábios maiores e menores do pudendo; Glândulas vestibulares maiores e menores; Clitóris; Bulbo do vestíbulo; -O peritônio visceral é o que vai estar recobrindo as vísceras, e a sua flexão sobre bexiga, útero e reto, vai formar duas escavações, sendo a vesicouterina (anterior - entre o útero e a bexiga urinária) e a retouterina ou saco de Douglas (posterior - entre o útero e o reto); É na escavação retouterina que pode ocorrer peritonite, ascite (acúmulo de líquidos) e gravidez ectópica (comum nessa região). -Os ovários vão se desenvolver na parede posterior do abdômen, e com o desenvolvimento embrionário eles vão descendo até a cavidade pélvica, não atravessando o canal inguinal, devido à presença do ligamento úterovárico. As estruturas que vão atravessar o canal inguinal são o ligamento redondo do útero, se fixando na tela subcutânea dos lábios maiores do pudendo, e o nervo ilioinguinal; -O processo vaginal é obliterada na sexta semana, e caso se mantenha, pode ocasionar a presença de hérnias inguinais indiretas; -Os ovários são considerados glândulas anfícrinas, sendo responsáveis pela produção e maturação de gametas (ovócitos), síntese de hormônios que ajudam a regular o ciclo menstrual (estrógeno e progesterona) e desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos; -Os ovários possuem uma face medial e uma face lateral (íntimo contato com a parede lateral da pelve), uma margem livre e uma mesovárica (em contato com o mesovário - ligamento largo), e duas extremidades, uma tubária (ligamento suspensor do ovário) e outra uterina (ligamento útero-ovárico); -Cada ovário é suspenso por uma prega peritoneal ou mesentério, denominado mesovário, o qual é uma subdivisão de um mesentério maior do útero, o ligamento largo; -Os ovários vão ser recobertos pela túnica albugínea (tecido conjuntivo elástico com fibras colágenas), um epitélio germinativo (superior a túnica albugínea), córtex do ovário, que é onde estão os folículos ovarianos, e a medula do ovário, que é a parte mais central e extremamente vascularizada, formada de tecido conjuntivo frouxo; -Os ovários vão possuir 3 ligamentos que vão manter os ovários na cavidade pélvica, sendo o mesovárico, ligamento útero-ovárico e ligamento suspensor do ovário; -O mesovário é uma subdivisão do ligamento largo do útero, fixando e mantendo suspenso as vísceras; -O ligamento útero-ovárico vai estar numa face posterior do útero, saindo da extremidade uterina do ovário até a face lateral superior do útero (inferior à entrada da tuba), sendo responsável por impedir a descida do ovário para o canal inguinal; -Já o ligamento suspensor do ovário, vai ascender terminando na fáscia do musculo psoas maior, e vai estar relacionado com artérias, veias e nervos avarianos que acompanham seu trajeto, mantendo o ovário fixo na cavidade pélvica; -Também é chamada de trompas de Falópio, sendo uma estrutura tubomuscular formada por musculo liso. Vai se estender lateralmente aos cornos uterinos e se abrem na cavidade peritoneal perto dos ovários. Vão estar localizadas na meossalpinge (mesentério estreito que compõe o ligamento largo); -Suas funções são a condução do ovócito para a cavidade uterina e é um local de fertilização, que ocorre no terço distal; -As tubas vão ser revestidas por uma túnica mucosa (interna), que é onde vão estar as pregas tubárias, vai ser formada por células ciliadas (promove a migração dos ovócitos para a cavidade uterina) e não ciliadas (secretoras). Vai possuir também uma muscular (músculo liso que ajuda no transporte do ovócito) e uma túnica serosa; -A tuba uterina vai ter algumas divisões anatômicas, como: sendo a sua parte mais distal, que vai possuir as fímbrias (processos digitiformes que se abrem na parte medial do ovário), sendo a região especializada na captação de ovócitos; é a região superior e mais dilatada e corresponde ao local onde ocorrerá a fecundação; região mais estreitada e que entra no corno uterino; atravessa a parede do útero e se abre na cavidade uterina por meio do óstio uterino; -A tuba vai possuir dois óstios, o uterino, que se abre no útero, e o abdominal que se abre na cavidade peritoneal; -A fixação das tubas se faz pelo ligamento mesossalpinge, que é parte do ligamento largo do útero; -É o processo de esterilização feminina, por meio do corte da tuba uterina, impedindo que os espermatozoide consigam fecundar os ovócitos. -Avaliação de doença tubária e uterina, como hiperplasias. É realizada por meio da introdução de um cateter no canal vaginal e a liberação de um contraste, a fim de aferir a permeabilidade dos canais. Utilizada, por exemplo, para verificar se houve bloqueio eficaz das tubas uterinas após a laqueadura (o exame é feito geralmente 3 meses após o procedimento). -Quando o zigoto fica retido na tuba uterina, sem seguir para o útero, ocorre uma gravidez ectópica tubária. Pode ocorrer na ampola (mais frequente) e no istmo. Em algumas mulheres pode haver acúmulo de pus na tuba uterina (piossalpingite) e há oclusão parcial por aderência, de modo que a passagem do zigoto ao útero é impedida. A gravidez ectópica tubária pode, quando não for diagnosticada precocemente, acarretar em ruptura da tuba uterina e hemorragia grave para a cavidade abdominopélvica, por conseguinte, morte fetal. -A irrigação dos ovários e das tubas uterinas possuem duas origens (abdominal e pélvica), com as artérias ováricas vindo da aorta abdominal, acompanhando o ligamento suspensor do ovário, originando os ramos ováricos e tubários. E as artérias uterinas (ramo da artéria ilíaca interna) vão emitir um ramo ascendente e outro descendente. O ramo ascendente vai pela parte lateral do útero, e vai emitir ramos ováricos e tubários; -A drenagem dos ovários vai ser pelo plexo venoso pampiriforme, que vão drenar para as veias ováricas (direita e esquerda), com a direita drenando para a veia cava inferior, e a esquerda para a veia renal; -Já a drenagem das tubas uterinas vai ser feita pelas veias tubárias, que vão drenar para as veias ovárica e para o plexo venoso uterino; -A drenagem linfática é feita pelos linfonodos lombares (aórticos e cavais) que vão acompanhar os vasos ováricos; -A inervação simpática é derivada de dois plexos, o ovárico e o uterino, com as fibras simpáticas (T10- T11) vindo segmentos espinais torácicos; -As fibras parassimpáticas são provenientes dos nervos esplâncnicos pélvicos (S2-S4), compor o plexo hipogástrico inferior; -Fibras aferentes viscerais vindas dos gânglios sensitivos dos nervos espinais (T11-L1); -Órgão muscular oco, ímpar e mediano. O útero não grávido fica localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga e o colo entre a bexiga e o reto; -É o local onde ocorre a gestação, alojando o feto, com as paredes musculares do útero sofrendo hiperplasia (aumento das fibras), adaptando-se ao crescimento do feto e sua contração ajuda na expulsão durante o parto; -O útero possui as faces anterior/vesical (voltada para a bexiga urinária) e posterior/intestinal (voltada para o reto). Vai possuir duas margens laterais (direita e esquerda); -O útero vai ser dividido em duas regiões anatomicamente, sendo separados pelo istmo do útero (estreitamento), sendo elas: na sua região mais superior vai estar o fundo do útero, que vai estar localizado acima dos cornos uterinos (ângulos súpero-laterais). Vai possuir a cavidade uterina, que é uma região triangular invertida, com o ápice sendo o istmo e a base o fundo vai estar abaixodo istmo, e possui duas divisões, a porção supra-vaginal (endocérvice), e a porção vaginal (ectocérvice), que está internalizada (dentro) da vagina. No colo vai haver o canal do colo do útero, que possui as pregas palmadas, em forma de coluna que têm a função de melhorar a superfície de contato; No colo uterino estão as células endocervicais que produzem muco viscoso, gerando um tampão, que impede a ascensão de patógenos da vagina ao útero, pois é denso e pode fechar o canal do colo do útero. Quando há estímulo de estrógeno (ovulação), o líquido é mais permeável para permitir a passagem do espermatozoide. -Na parte interna do útero há algumas aberturas, que são os óstios uterinos da tuba uterina e o óstio do útero (abertura externa); -O corpo do útero vai possuir algumas camadas, que são a camada serosa (perimétrio), muscular (miométrio - sofre ação hormonal) e a mucosa (endométrio - com a camada funcional sendo a que vai descamar, e a basal que vai regenerar essa camada); -O colo possui uma camada muscular menor que que a do corpo, quase não sofrendo alterações durante a gravidez; -O ligamento largo do útero vai ser formado por uma dupla lâmina de peritônio, que vai dividir a cavidade pélvica em dois compartimentos. Esse ligamento vai ser dividido em algumas partes, sendo mesossalpinge (superior - nas tubas), mesovário (posterior - mais perto do ovário) e mesométrio (inferior - maior parte, que sai da margem lateral do útero para as paredes laterais da pelve); -Vai haver outros ligamentos, como o ligamento transverso do colo do útero (cardinal ou Mackenrodt), que vai fixar o útero às paredes laterais da cavidade pélvica (com os vasos uterinos acompanhando ele), e vai ajudar a limitar a inferiorização do útero. Há também o ligamento retouterino ou uterossacro, que vai sair da região póstero-inferior pelas margens laterais, e vai ser revestido pelo peritônio, formando a prega retouterina, evita que o útero se projete anteriormente; -Já o ligamento redondo do útero, sai da região antero-lateral e superior do útero, que vai atravessar o canal inguinal do útero, junto com vasos linfáticos, se fixando na tela subcutânea dos lábios maiores do pudendo. Vai ser responsável por restringir o movimento de posteriorização do útero; -E o ligamento pubocervical, que vai do púbis ao colo do útero; -O útero inclina-se anteriormente à bexiga urinária, fletindo-se, ficando na posição antefletida. Em relação ao eixo da vagina, ele está anterosuperiormente, em ângulo antevertido; -O útero pode ter retroversões que podem ser propícias ao prolapso/exteriorização do útero, o que pode levar o útero a descender. Isso, associado à frouxidão ligamentar e enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico; -Anteflexão é entre colo e eixo do corpo do útero, com flexão anterior do útero sobre a bexiga urinária. E a anteversão é o útero anterossuperior à vagina; -Vai possuir três eixos, o do corpo do útero, o do colo do útero e o da vagina; -O corpo do períneo é a região central entre o ânus e o óstio da vagina, importante região em que há entrelaçamento dos músculos do períneo e dos músculos que compõem o diafragma pélvico, como os músculos bulboesponjoso, esfíncter externo do ânus, o transverso do períneo e levantador do ânus (pubococcigeo); No parto normal pode ocorrer lesão da região do corpo do períneo, por episiotomia mediana. O procedimento correto é realizar episiotomia mediolateral para evitar lesões no corpo do períoneo, as quais repercutem com afrouxamento da musculatura da região e prolapso de vísceras. -Exame onde são colhidas células do colo do útero para análise laboratorial. É utilizado para identificar lesões ou alterações do tecido uterino, a exemplo das provocadas por carcinomas, pelo HPV e pela candidíase. -O panículo adiposo da tela subcutânea do abdome (fáscia de Camper) se continua com o panículo adiposo da tela subcutânea do períneo; -A fossa isquioanal é formada por tecido adiposo que ajuda na sustentação do canal anal, mas é facilmente deslocada para permitir a passagem das fezes; Abcessos na região da fossa isquioanal podem disseminar infecções para regiões do períneo. Precisam ser drenados. -O canal de Alcock ou canal do pudendo é uma passagem na fáscia obturatória, onde entra um feixe neurovascular importante, composto pela a. pudenda interna (ramo terminal da divisão anterior da a. ilíaca interna) e pelo n. pudendo interno, o qual atravessa a fossa isquioanal e inerva o músculo pubococcígeo; -A principal artéria que promove a irrigação do útero é a artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna). A artéria uterina vai lançar o ramo ascendente (ramos laterais que irrigam o corpo) e um descendente que supre o colo do útero e a região superior da vagina; -Vai existir algumas anastomoses colaterais entre as artérias ováricas (ramos da parte abdominal da aorta) e uterinas (artéria ilíaca interna). As artérias uterinas vão dar as artérias arqueados, que cursam no interior do miométrio, que vão dar as artérias radiais transversais e dessas as espiradas (irriga a parte funcional do endométrio), e as artérias retas ou basais, que irriga a parte basal do endométrio; -A drenagem é feita pelos plexos venosos uterinos, que será drenado para as veias uterinas e dessas para a veia ilíaca interna; -A drenagem linfática é feita pelos linfonodos inguinais superficiais, lombares (cavais/aórticos), ilíacos internos e externos, e sacrais; -A inervação do útero é feita pelo plexo nervoso uterovaginal, derivado do plexo hipogástrico inferior, que é formado por fibras simpáticas (nervos hipogástricos direito e esquerdo) e parassimpáticas (nervos esplâncnicos pélvicos, de origem das raízes sacrais de S2-S4); -É um tubo musculomembranáceo distensível em torno de 7 a 9 cm se estende do óstio do útero até o óstio da vagina (abertura inferior). É o órgão de cópula feminino, e é o local onde ocorre escorrimento de secreções uterinas, líquido menstrual, passagem/expulsão do feto no parto; -A vagina comunica-se superiormente com o canal do colo do útero e inferiormente com o vestíbulo da vagina. O vestíbulo da vagina é uma fenda entre os lábios menores onde se abrem o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os ductos das glândulas vestibulares; -Vai estar localizada anteriormente ao reto, posteriormente à uretra a à bexiga urinária. Vai possuir 1/3 de paredes lisas (proximal) e 2/3 com proeminências da túnica mucosa (distal), que correspondem às pregas vaginais; -A vagina vai apresentar a parede anterior e a posterior. Ela também apresenta algumas túnicas, como a adventícia (externa), muscular (média) e a mucosa (interna); -A vagina possui o fórnice da vagina, que é um recesso ao redor do colo uterino, o qual ajuda a delimitar o colo do útero em parte supravaginal e vaginal. Vai possuir algumas partes, que são a anterior (6-8cm), associada à parede anterior da vagina, a posterior (7-10cm), que é mais profunda e estabelece íntima relação com a escavação retouterina, e a lateral; -É a drenagem de líquidos acumulados na escavação retouterina. -O paracolpo é a união lateral da fáscia visceral da vagina com o arco tendíneo da fáscia da pelve, cuja função é ajudar a vagina a sustentar o peso do fundo da bexiga; -O óstio da vagina vai ter uma membrana formada por tecido conectivo elástico e cartilaginoso, conhecido como hímen. Já as carúnculas himenais são os resquícios do hímen, que ficam após a primeira relação sexual; -A vagina vai ser irrigada pelo ramo vaginal descendente da artéria uterina (colo do útero e parte superior da vagina), pela artéria vaginal (irriga a parte media da vagina, podendo ser ramo da ilíaca interna ou da uterina) e pela artéria pudenda interna (parte inferior); -A drenagem venosa é feita pelas veias vaginais, que vão formar os plexos venoso vaginal, que écontinuo com o plexo venoso uterino, drenando para as veias uterinas, e destas para as veias ilíacas internas; -A drenagem linfática é feita pelos linfonodos ilíacos internos, que drenam o corpo do útero, colo do útero e partes média e superior da vagina, pelos linfonodos ilíacos externos, que drenam parte inferior do corpo do útero, colo do útero e parte superior da vagina, pelos linfonodos sacrais que drenam as estruturas pélvicas póstero-inferiores e parte inferior da vagina, e pelos linfonodos inguinais superficiais, que drenam parte súperolateral do útero (região onde se fixa o ligamento redondo do útero), pele do períneo + pudendo, óstio da vagina, prepúcio do clitóris e pele perianal. -O nervo pudendo vai inervar a porção inferior da vagina, correspondendo a 1/4, sendo responsável pela inervação motora somática, sensitiva e simpática; -Já o plexo nervoso uterovaginal vai inervar os outros 3/4 da vagina (porção superior da vagina) e do útero. Sai pelo plexo hipogástrico inferior e segue até as vísceras pélvicas. Fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais atravessam esse plexo; -Simpático (T12 – L2): a inervação simpática origina- se nos segmentos torácicos inferiores, segue pelos nervos esplâncnicos lombares, em seguida plexo intermesentérico, que vai para o plexo hipogástrico superior -> plexo hipogástrico inferior -> plexo pélvico; -Parassimpático (S2, S3 e S4): atravessa os nervos esplâncnicos pélvicos até o plexo hipogástrico inferior/uterovaginal; -Acima da linha da dor pélvica, que corresponde ao fundo e ao corpo do útero, os impulsos dolorosos vão ser transmitidos pelas vias aferentes viscerais, que acompanham as fibras simpáticas. Já abaixo da linha da dor pélvica, está o colo do útero e a parte superior da vagina, vão sair pelas aferências viscerais, acompanhando as fibras parassimpáticas; -É feito no parto vaginal, caso a mulher seja submetida a uma episiotomia não haja dor, pois estão anestesiados os dermátomos S2-S4 (maior parte do períneo e ¼ inferior da vagina). Nesse tipo de anestesia não há bloqueio da parte superior do canal de parto (colo do útero e parte superior da vagina), logo a parturiente pode sentir as contrações uterinas. -A anestesia é mais profunda ou mais prolongada, com o anestésico banhando as raízes dos nervos espinhais S2-S4, inclusive as fibras de dor do colo do útero e da parte superior da vagina, e as fibras aferentes do nervo pudendo. Com isso, há anestesia do canal de parto, do assoalho pélvico e da maior parte do peritônio, entretanto os MMII não são afetados. A mulher ainda consegue sentir as contrações uterinas, porque as fibras de dor do corpo do útero (acima da linha de dor pélvica) ascendem até o nível torácico inferior/lombar superior, de modo que estas e as fibras superiores a elas não são afetas pelo anestésico. -O anestésico é introduzido com uma agulha no espaço subaracnóideo medular (L3-L4). Produz anestesia na região abaixo do nível da cintura. Ocorre anestesia completa do períneo, do assoalho pélvico e do canal de parto, bem como anestesia motora e sensitiva dos MMII. As contrações uterinas não podem ser sentidas (via da dor temporariamente inibida). A mulher permanece consciente, mas como o anestésico fica no espaço subaracnóideo medular e é mais pesado que o LCE, ele pode entrar na cavidade craniana da parturiente, gerando cefaleia intensa. -Os órgãos genitais femininos externos, vão ser chamados de pudendo ou vulva, sendo responsáveis pela excitação feminina; -O monte do púbis é formado por tecido adiposo contínuo com a fáscia de Camper, correspondendo ao panículo adiposo da tela subcutânea do abdômen. É uma eminência adiposa anterior à sínfise púbica, que promove o amortecimento dos movimentos durante o ato sexual; -Já os lábios maiores do pudendo são pregas cutâneas proeminentes, as quais protegem o óstio da vagina e o óstio externo da uretra. Protege contra a entrada de microrganismos. Formado pelo panículo adiposo da tela subcutânea do períneo. Possuem face externa (onde estão pelos pubianos encrespados) e interna (aparência lisa, voltada para medial e rosácea, possuindo glândulas sebáceas). São neles que está ligado o ligamento redondo do útero. Eles vão se encontrar superiormente, formando a comissura anterior (verdadeira), e inferioremente, formando a comissura posterior (falsa, pois se rompe após o primeiro parto); -A rima do pudendo corresponde a uma fenda localizada medialmente aos lábios maiores do pudendo; -Os lábios menores do pudendo são duas pregas cutâneas lisas, sem tecido adiposo e sem pelos, situadas na rima do pudendo. Divide-se em duas lâminas mediais que se unem formando o frênulo do clitóris, o qual fixa nessas lâminas mediais a glande do clitóris. Depois emite lâminas laterais que se unem em formato de capuz formando o prepúcio do clitóris, revestindo a glande do clitóris; -Posteriormente os lábios menores se encontram formando o frênulo dos lábios do pudendo (pode ser indicativo de violência sexual, pois está lacerado em casos de estupro infantil); -A fossa do vestíbulo da vagina é uma depressão entre o óstio da vagina e o frênulo dos lábios do pudendo; -Já o vestíbulo da vagina é o espaço circundado pelos lábios menores, que nele se abrem o óstio externo da uretra, o óstio da vagina, os óstios dos ductos das glândulas vestibulares e os óstios dos ductos das glândulas uretrais; -Podem ser classificadas em maiores (Bartholin) e menores; -Lateralmente ao óstio da vagina (nas faces mediais dos lábios menores) estão duas aberturas, que são os óstios das glândulas vestibulares maiores, denominadas glândulas de Bartholin, responsáveis por produzir muco durante a excitação sexual para lubrificar o vestíbulo, tornando a região propícia ao ato sexual; Nesta região é relativamente frequente a presença de adenocarcinomas vulvares. Pode ocorrer inflamação das glândulas vestibulares maiores por bactérias, ISTs, escherichia colli, clamídia, gonorreia, que levam à bartolinite. Cisto da glândula de Bartholin (o tratamento é ambulatorial ou cirúrgico a depender do caso), forma uma elevação dolorosa próxima aos lábios menores. A glândula vestibular maior fica posterior ao bulbo da vagina. -Glândulas vestibulares menores secretam muco para o vestíbulo da vagina, e ficam localizadas entre o óstio externo da uretra e o óstio da vagina; -O clitóris feminino é um tecido erétil homólogo ao pênis masculino. Localiza-se anteriormente no ponto de encontro dos lábios menores do pudendo. Ele vai possuir dois ramos (direito e esquerdo), que vão se fixar na parte inferior do púbis e na membrana uterina; -Ele vai possuir dois corpos cavernosos, revestidos por tecido conjuntivo fibroso denso, e eles vão ser incompletamente separados por um septo (septo fibroso pectiniforme). Vai possuir uma dilatação anterior, formando a glande do clitóris; -Revestindo o clitóris têm-se os músculos isquiocavernosos, bulboesponjosos e esfíncter externo do ânus. Os ramos do clitóris são recobertos por músculos isquiocavernoso, o bulbo do vestíbulo ao redor do óstio da vagina é recoberto pelos músculos bulboesponjosos, e a glande do clitóris se conecta ao bulbo do vestíbulo por meio de um tecido fibroso erétil; -Vai existir o ligamento suspensor do clitóris, que e formado por tecido conjuntivo fibroso que envolve os corpos cavernosos, se ligando à sínfise púbica; -O bulbo do vestíbulo é uma massa de tecido erétil profunda aos lábios laterais e ao óstio da vagina. Vai causar uma constrição do óstio da vagina que permite maior contato do pênis e da vagina na cópula, pois vai ter uma maior irrigação durante a excitação; -Já as glândulas uretrais vão estar situadas entre a uretra e a vagina, sendo homólogas à próstata masculina e apresentam um ducto comum, o ducto parauretral ou de Skene. Elas vão desembocar inferiormente aoóstio externo da uretra, nos óstios dos ductos parauretrais. Atribui-se a ejaculação feminina a essas glândulas; -A irrigação é feita pelos ramos da artéria pudenda interna, que são: : vai irrigar os músculos do períneo e o vestíbulo da vagina, além de lançar as artérias labiais posteriores, que irrigarão os lábios maiores e menores do pudendo; irriga a glande e a pele; que dar os ramos do clitóris, irrigando os corpos cavernosos do clitóris; irriga o bulbo do vestíbulo; -A artéria pudenda externa vai lançar as artérias labiais anteriores, que vão irrigar a face anterior dos lábios maiores do pudendo e do monte do púbis; -Já a drenagem venosa é feita pelas veias labiais (tributárias das veias pudendas internas), veia dorsal superficial do clítoris (drena o sangue da glande para a veia pudendo externa), veia dorsal profunda do clitóris (drena sangue dos rmaos do clitóris para o plexo venoso vesical) e a veia do bulbo do vestíbulo (drena sangue do bulbo do vestíbulo para a veia dorsal profunda do clitóris); -A drenagem linfática do óstio e vestíbulo é feita para linfonodos inguinais superficiais, já a parte superior (clitóris e lábios menores), vai drenar para linfonodos inguinais profundos e ou ilíacos internos; -A inervação do pudendo vai ser feita por alguns plexos, como: pelo nervo pudendo (face posterior do pudendo), que vai emitir os ramos perineais superficial (labiais posteriores, que são cutâneos, inervando os lábios menores e maiores) e o profundo (mm. do períneo, pele do vestíbulo da vagina e a túnica da parte inferior da vagina), e o nervo dorsal do clitóris (sensibilidade da glande); é feita pelo nervo ilioinguinal (ramos labiais anteriores) e ramo genital do nervo genitofemoral, inervando a face anterior do pudendo, com inervação cutânea (sensitiva) do monte do púbis e parte anterior dos lábios maiores do pudendo; é feita pelo nervo cutâneo femoral posterior (sensitivo: face lateral dos lábios maiores do pudendo), e pelos nervos cavernosos que são originados pelo plexo nervoso úterovaginal, que possui inervação parassimpática (ereção do clitóris, aumento das secreções vaginais e engurgitamento do vestíbulo, bulbo do vestíbulo e clitóris - ereção); -O períneo é delimitado por dois triângulos, com um sendo o urogenital e o outro o anal; -O limite anterior do períneo é a sínfise púbica, o anterolateral é delimitado pelos ramos isquiopúbicos, o lateral pelos túberes isquiáticos, os póstero- laterais pelos ligamentos sacro-tuberais, e o limite posterior sendo o cóccix/sacro; -Na região mais central, recobrindo o bulbo do vestíbulo, está o músculo bulboesponjoso. Já os músculos isquiocavernosos vão recobrir os ramos do clitóris da mulher. E o músculo transverso superficial do períneo, que recobre a membrana do períneo; -Esses três músculos são os superficiais do períneo, e quando comprimem as veias, ajudam na ereção; -Já os músculos profundos do períneo são o músculo transverso profundo do períneo, o músculo esfíncter externo da uretra, que vai lançar fibras para formar o músculo compressor da uretra (ajudar na continência urinária) e o esfíncter uretrovaginal; -Glande do clitóris -> glande do pênis -Lábios maiores -> escroto -Lábios menores -> rafe escrotal -Localizam-se superiormente ao músculo peitoral maior. São formadas por tecido glandular e tecido fibroso integrados a uma matriz adiposa, junto a um feixe neurovascular. Internamente têm-se 15 a 20 lóbulos das glândulas mamárias, relacionadas com a secreção mamária; -Vai da margem lateral do esterno até a linha axilar média, e ocupa do 2º ao 6º espaço intercostal; -Vai possuir os ligamentos suspensores, que fixam a mama à derme; -Os ductos lactíferos convergem e na extremidade mais próxima à papila se dilatam formando o seio lactífero, onde são armazenadas gotículas de leite. O reflexo de ejeção do leite leva a contração das células mioepiteliais (ocitocina). Os ductos lactíferos originam brotos que formam lóbulos da glândula mamária, região parenquimatosa. Cada lóbulo tem apenas 1 ducto lactíferos, com esses ductos se abrindo nas papilas mamárias; -A aréola (hiperpigmentada) circunda a papila mamária, e nela estão glândulas sebáceas, com ativadas principalmente na gestação (aumentam), bem como algumas glândulas sudoríparas; -Parte da mama se projeta para a região axilar média (margem inferolateral do m. peitoral maior), o que se denomina como processo axilar ou cauda de Spence (sendo necessário lembrar de apalpar essa região durante a palpação da mama). A drenagem nesta região se dá para linfonodos axilares; -A irrigação da mama é feita pelas artérias torácica lateral, toracoacromial e as intercostais posteriores. -Já a drenagem venosa é feita para a veia axilar e para a veia torácica interna; -A drenagem linfática é dividida em nível 1, sendo a partir da borda lateral do m. peitoral menor, drenando para os linfonodos axilares peitorais (anteriores), linfonodos axilares subescapulares (posteriores) e axilares umerais, nível 2, drenando a parte entre a borda medial e lateral do m. peitoral menor, para os linfonodos axilares centrais e interpeitorais, e nível 3, drenando a partir da borda medial do m. peitoral menor para os linfonodos axilares apicais ou subclávios; -A drenagem linfática é feita em quadrantes, sendo a maior parte da drenagem linfática da mama se dá para o quadrante superior lateral. Ao redor da aréola fica o plexo linfático subareolar. Já o superior medial pode drenar para a mama oposta ou para linfonodos paraesternais seguindo em direção ao tronco broncomediastinal, e o inferior medial para linfonodos diafragmáticos inferiores;
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