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2ª AVALIAÇÃO ETICA JURIDICA 2021 NOME: JOSE ALFREDO DE LIMA RAMALHO 1. Advogado ouve de um cliente, em seus escritórios, a portas fechadas, que cometeu ato ilegal contra empresa concorrente. À noite, em uma festa, o advogado conta o fato a amigos, mencionando nomes e datas. Você, como Juiz do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, tipifique a infração no EAOAB, enunciando-a. “O ESTATUTO DA OAB ART. 34, INCISO VII-- No referente inciso apresenta-se expresso: “violar, sem justa causa, sigilo profissional”; já no CODIGO DE ETCIA DO ADVOGA EM SEU ART Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil. Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. § 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado e Cliente; “a razão pela qual a lei qualifica certos comportamentos como infrações administrativas, e prevê sanções para quem nelas incorra, é a de desestimular a prática daquelas condutas censuradas ou constranger ao cumprimento das obrigatórias. Assim, o objetivo da composição das figuras infracionais e da correlata penalização é intimidar eventuais infratores, para que não pratiquem os comportamentos proibidos ou para induzir os administrados a atuarem em conformidade de regra que lhes demanda comportamento positivo.” As infrações disciplinares previstas no referido Estatuto (Lei nº 8.906/94), podem ser cometidas por advogados ou estagiários regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. O sigilo profissional é inerente a profissão do advogado, também disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB. Vale destacar o entendimento do Conselho Federal, no que tange o recurso n° 2008.08.05572-05/SCA, de 2 de dezembro de 2009: “atividades conjuntas exercidas no mesmo espaço físico, angariam causas ou clientes e comprometem o direito/dever de sigilo profissional”. 2. Cliente pede a seu advogado que guarde em sua residência objetos furtados, para que após suas vendas, possa pagar os honorários do devidos, já atrasados. Tipifique sua sentença com seu enunciado adequado à sua decisão como Juiz. faz incidir na pena de suspensão na seara administrativa a par da responsabilidade penal do advogado, quando for o caso No que tange o inciso XVIII, este dispõe: “solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta”; Cabível, diante de uma infração formal, nada mais nos resta que comentarmos tal inciso através do exposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, em seu art. 2°, II. 3. Advogado comete em reiteradas petições erros vernaculares primários como prestação da casa. Em que infração disciplinar poderá ser enquadrado? Não bastando a previsão ética, é preciso reconhecer que a Lei 8906/94 determina que constitui potencial infração disciplinar a incidência em reiterados erros que deixem evidenciar inépcia profissional. É o que prescreve o art. 34, Inciso XXIV. 4.No instituto da reabilitação, de que forma pode o advogado, condenado em processo disciplinar, que resultou da prática de crime, ser reabilitado? Se a sanção disciplinar tiver resultado da prática de crime, apenas após a reabilitação criminal decretada pelo Poder Judiciário poderá ser pleitear a reabilitação disciplinar na OAB. Nesse caso, não haverá necessidade de outras provas de bom comportamento, porque todas já foram apreciadas em sede judicial. A reabilitação é um instituto previsto no art. 41 da OAB. Tal instituto remete a recuperação da confiança ou da consideração pública ao advogado anteriormente sancionado. 5. No artigo da prescrição, o que ocorrerá com processo disciplinar, paralisado por mais de 3 anos, pendentes de despacho ou julgamento? Art. 43, § 1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação. Quando o processo administrativo permanece parado por mais de três anos sem qualquer espécie de impulso, ato ou despacho, como por exemplo, na hipótese de esquecimento em algum escaninho de mesa, não há grandes discussões jurídicas, sendo de rigor a extinção do processo em razão da prescrição intercorrente. Sucesso a vocês
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