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Plano de Aula Antirracista

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC 
Curso de Extensão 
O Lugar do Negro na História e na Sociologia Brasileiras 
Uma Abordagem Crítica dos Clássicos 
 
 
 
Mariselma Rodrigues Desidério 
 
 
 
 
PLANO DE AULA 
TEMA: Por acaso existe racismo no Brasil? 
 
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Extensão da Universidade Federal do ABC, 
como requisito para obtenção da certificação. 
 
 
 
Ministrador: Prof. Dr. Ramatis Jacino 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2020 
 
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AULA 
1.1 Série: 2º Ano D 
1.2 Curso: Ensino Médio 
1.3 Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura 
1.4 Carga horária total: 5 aulas (uma semana) 
1.5 Professora da disciplina: Mariselma Rodrigues Desidério 
 
2. EMENTA DO PLANO DE AULA EM ACORDO COM O CURSO “O LUGAR DO 
NEGRO NA HISTÓRIA E NA SOCIOLOGIA BRASILEIRAS - UMA ABORDAGEM 
CRÍTICA DOS CLÁSSICOS” 
 
O presente Plano de Aula dialoga com todo o curso, com ênfase na 4ª e a 9ª aula, ao apresentar 
autores e obras voltados ao estudo das condições do negro no Brasil sob diferentes visões. 
Aponta os malefícios que o racismo estrutural estabelecido a séculos em nosso país trouxe ao 
considerar os brancos como uma raça superior às demais, deixando à população indígena e 
principalmente à negra um legado de miséria, sofrimento e morte. Contudo, se faz necessário 
trazer esse debate para o chão da escola e ilustrar por meio de diferentes textos literários, 
biográficos, jornalísticos e científicos que O Racismo no Brasil Existe e Não é por Acaso. 
 
Ou o texto dá sentido ao mundo, ou ele não tem sentido algum. LAJOLO(2001) 
 
 
3. TEMA NORTEADOR 
 
Por acaso existe racismo no Brasil? Há quem afirme que o Brasil é um país democrático 
em que todos possuem os mesmos direitos e de acordo com seus méritos estabelecem suas 
conquistas. Brancos, negros, indígenas, todos são iguais perante a lei, tem os mesmos direitos 
assegurados pela Constituição e o mesmo tratamento. Porém, essa é a verdade máxima da nossa 
sociedade construída com amor e união entre os irmãos brasileiros? Tais questionamentos 
servirão como tema para o desenvolvimento das aulas propostas. 
 
 
 
 
4. OBJETIVOS 
4.1 Geral 
Promover a reflexão sobre algumas construções históricas, políticas, sociais e culturais sobre o 
negro Brasil que culminaram no racismo estrutural e as razões pelo qual a nossa sociedade ainda 
padece desse mal. 
 
4.2 Específicos 
• Desmistificar a existência de uma democracia racial brasileira; 
• Romper com as formas de preconceito racial no ambiente escolar; 
• Identificar as possíveis origens do racismo no Brasil e desarticular mitos que 
fundamentam suas bases; 
• Analisar textos que retratam a condição do negro no Brasil com diferentes visões em 
períodos históricos que se contrapõem, mas ao mesmo tempo complementam as ideias que 
sustentam a existência do racismo estruturado em nosso território; 
• Utilizar a Literatura Realista de Machado de Assis para ilustrar a submissão e o 
genocídio do povo negro em relação a supremacia branca, ironicamente narrada por um negro. 
 
5. METODOLOGIA/ESTRATÉGIA 
 
A) Exposição oral sobre o tema promovendo um debate sobre a existência do racismo no Brasil 
B) Divulgar a bibliografia dos seguintes autores e suas principais obras para comparar 
seus pensamentos em relação aos negros 
Nina Rodrigues (filho de coronel fazendeiro, médico legista, psiquiatra, antropólogo e 
etnólogo) 
Machado de Assis (neto de escravos alforriados, filho de um pintor de paredes e dourador 
de móveis e uma bordadeira e rendeira portuguesa, escritor, teatrólogo, jornalista e crítico 
literário) 
Jessé de Sousa (filho de trabalhador da classe média oriundo de família abastada , sociólogo, 
professor universitário e pesquisador) 
Florestan Fernandes (Filho uma empregada doméstica, solteira e imigrante portuguesa que não 
pôde criá-lo e o entregou aos cuidados de sua madrinha, sociólogo, professor universitário e 
político) 
Abdias do Nascimento (Neto de africanos escravizados e filho de pai sapateiro e mãe doceira, 
contador, economista, professor universitário, escritor e político) 
 
C) Leitura do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, Capítulo XXXI – A Borboleta 
Preta com ênfase dos trechos “Era negra como a noite. 
..Não caiu morta; ainda torcia o corpo e movia as farpinhas da cabeça...Fiquei um pouco 
aborrecido, incomodado... Também por que diabo não era ela azul?...Como é bom ser 
superior às borboletas! Porque, é justo dizê-lo, se ela fosse azul, ou cor de laranja, não 
teria mais segura a vida;” (...) comparada a leitura digital da entrevista de Jessé de Souza 
a revista Isto É de 17/08/2018 com foco na seguinte fala: “Essas classes populares são 
odiadas e desprezadas, como os escravos eram. Você pode matar um pobre no Brasil, que não 
acontece nada. A polícia mata com requintes de crueldade e ninguém se comove porque os 
pobres são percebidos de modo desumanizado, como os escravos eram.” (...) 
D) Produção de um Artigo de Opinião sobre o tema trabalhado em sala: Por acaso existe 
racismo no Brasil? X O racismo existe e não é por acaso! 
 
6. CRONOGRAMA 
 
1ª aula: exposição do tema e debate inicial levantando conhecimento prévios e opiniões; 
2ª e 3ª aula: divulgação das biografias, obras e pensamentos dos autores selecionados; 
4ª e 5ª aula: leitura comparada dos textos selecionados e exemplificação da produção do 
Artigo de Opinião. 
 
7. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 
 
• Registros sistemáticos da participação dos estudantes por meio da observação dos 
debates, de perguntas, respostas e reflexões formuladas durante as aulas; 
• Avaliação qualitativa das produções textuais geradas ao final da semana de estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Escala Educacional. 
2008, p. 55 e 56. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado 
em 5 de outubro de 1988. 53. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018, p. 9. 
CLEMENTE, Ana Tereza. Machado de Assis. São Paulo: Globo. 2007. 
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: 
Nacional, 1965. 
FERNANDES, Florestan. Brancos e Negros em São Paulo. São Paulo: Anhembi, 1971. 
LAJOLO. Marisa. Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. São Paulo: Ática. 2001. 
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo 
mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. 
NEVES. Márcia das. A concepção de raça humana em Raimundo Nina Rodrigues. Disponível 
em http://www.abfhib.org/FHB/FHB-03/FHB-v03-13-Marcia-Neves.pdf. Acesso em 
01/08/2021. 
PORFÍRIO. Francisco. Democracia Racial. Portal UOL. Mundo Educação. Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/democracia-racial.htm. Acesso em 01/08/2021. 
SOUZA. Jessé. “A doença do Brasil é o ódio de classe”. ISTO É. São Paulo. Edição 
17/08/2018 - nº 2539. Entrevista concedida a Vicente Vilardaga. Disponível em 
httpl://istoe.com.br/a-doenca-do-brasil-e-o-odio-de-classe/. Acesso em 01/08/2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.abfhib.org/FHB/FHB-03/FHB-v03-13-Marcia-Neves.pdf
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/democracia-racial.htm.%20Acesso%20em%2001/08/2021

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