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Formação do Direito nas sociedades primitivas

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Formação do Direito nas Sociedades Primitivas 
 Toda cultura possui um aspecto normativo, 
cabendo-lhe delimitar a existencialidade de 
padrões, regras e valores que institucionalizam 
modelos de conduta. 
 Na maioria das sociedades remotas, a lei é 
considerada parte essencial do controle social. 
Expressa a presença de um direito ordenado na 
tradição e nas práticas costumeiras que mantem a 
coesão do grupo social. 
 Direito passado oralmente -> de boca em boca e 
de geração em geração. 
 Sem alfabeto para escrever uma legislação. 
Características: 
 Princípio do parentesco; 
 Desconhecimento da escrita; 
 Influências religiosas (revelações sagradas, deuses 
e crenças); 
 A base geradora do jurídico encontrava-se nos 
laços de consanguinidade, nas práticas de convívio 
familiar; 
 Tem sua origem na família, derivando das crenças 
religiosas universalmente admitidas na idade 
primitiva; 
 Multiplicidade de direitos não escritos; 
 Não havia legislação escrita ou códigos formais. 
 As práticas primitivas de controle e organização 
social eram transmitidas oralmente. 
 O direito manifestava-se por atos simbólicos, 
palavras sagradas, gestos solenes, rituais, 
repetição de fórmulas. 
 O Direito era a expressão da vontade dos deuses 
(origem divina). Os legisladores (reis-sacerdotes) 
da época anunciavam ter recebido suas leis (orais) 
dos deuses da cidade. 
 O ilícito confundia-se com a quebra da tradição ou 
costumes religiosos. 
 Sanções legais = sanções rituais (morte, pena 
corporal ou sanção sobrenatural) 
Fases 
 1ª fase – direito provém dos deuses (direito 
sagrado) 
 2ª fase – direito confundido com os costumes 
(direito consuetudinário) 
 3ª fase – direito identificado com a lei (regras de 
comportamento dada pelos reis-sacerdotes) 
Origem das primeiras 
codificações 
 Na Suméria por volta de 3300 a.c. é que surge a 
primeira escrita. 
 Quando se fala da existência de "códigos" na 
antiga Mesopotâmia, essa expressão não deve ser 
entendida no seu sentido moderno (como um 
documento sistematizado, dotado de princípios 
gerais, categorias, conceitos e institutos). 
 Descreve como a sociedade era composta. 
 Foi o primeiro, surgiu no período entre 2.140 e 
2.004 a.C., na região da Suméria. 
 Por este código podia se entender a estrutura 
da sociedade que era dividida em duas grandes 
classes de pessoas: os homens livres e os 
escravos, e uma camada intermediária: de 
funcionários dos palácios reais e dos templos e 
que possuem uma liberdade limitada. 
 Este Código teve origem em “Código” de 
Esnunna 1930 a.C.; 
 Em acadiano o 'código' mais antigo, até hoje 
conhecido, é o do rei Bilalama da cidade de 
Esnunna, na Acádia, que reinou no século XIX 
a.C ; 
 Era organizado em sessenta artigos; 
 Versava sobre noções de responsabilidade 
civil, além de outros institutos tais como 
direito de família e responsabilização de donos 
de animais por lesões corporais seguidas de 
morte; 
 Era vigente, possivelmente em 1.880-1.870 a.C.; 
 Em seu texto podiam ser encontradas leis que: 
 Puniam o aborto provocado 
acidentalmente por um terceiro. 
 Prevê que um homem possa ter duas 
esposas que lhe tenham dado filhos 
 Foi descoberto na Pérsia, em 1901; 
 O documento legal é gravado em pedra negra (estela) 
aproximadamente em 1792 a.c.; 
 Possui este nome por causa do rei Hamurábi, que 
governou a Babilônia (hoje Iraque e parte do Irã); 
 A sociedade era dividida em três classes sociais: 
homens livres (awillum) – classe intermediária, 
composta por funcionários públicos (muskênum) e 
aquela composta por prisioneiros de guerra (escravos); 
 Em seu texto trazia também noções de 
responsabilidade civil; 
 Fixou, por exemplo, limite máximo de tempo de serviço 
para aqueles que, em razão de dívidas, eram obrigados 
à escravidão 
o § 117: "Se uma dívida pesa sobre um awilum – 
homem livre – e ele vendeu sua esposa, seu filho ou 
sua filha ou (os) entregou em serviço pela dívida, 
durante três anos trabalharão na casa de seu 
comprador ou daquele que os tem em sujeição, no 
quarto ano será concedida a sua libertação“ 
 O Código também disciplina como proceder à divisão da 
herança no matrimônio de um escravo com a filha de 
um homem livre. (§ 
o 176: (...) "se o escravo morreu, a esposa tomará 
consigo o seu dote; mas tudo o que seu esposo e 
ela adquiriram depois que se uniram, dividirão em 
duas partes; o dono do escravo tomará uma 
metade, a filha do awilum tomará a outra metade 
para seus filhos". 
 Foi adotado na India; 
 Seu nome era referente a uma denominação que 
se referia aos brâmanes (líderes espirituais da 
casta superior na India); 
 Tinha 115 artigos que abordavam temas sobre 
partilha e sucessões, e versavam sobre matérias já 
transcorridas no Código de Hamurabi, trazendo 
inovações para o Regramento Jurídico da época 
(escrito em sânscrito); 
 Era vigente entre o período 1300 e 800 a.C. (é a 
legislação mais antiga da Índia); 
 A sociedade na Índia era dividida em 4 castas: 
 -brâmanes: casta superior, abrangia médicos e líderes 
espirituais; 
-ksatriyas (xátrias): guerreiros; 
-vaisyas: comerciantes; 
-Sudras: casta inferior, pessoas que trabalhavam para 
outras castas (jardineiros, pedreiros).

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