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@yahannaestrela @medwinxs Medicina – UFCG Anatomia Humana – T20 Yahanna Estrela Referências: Tortora e Marieb Sistema Cardiovascular INTRODUÇÃO AO SISTEMA CIRCULATÓRIO O sistema circulatório é constituído por um conjunto fechado de tubos, no interior dos quais circulam livremente humores. Os vasos sanguíneos e linfáticos representam o sistema de tubos, enquanto os humores correspondem ao sangue e à linfa. O coração garante a circulação sanguínea de sua contração rítmica, impulsionando-o através da rede vascular. A função primordial do sistema é levar oxigênio e nutrientes a todos os tecidos do Corpo Humano. Entretanto, também possui outras funções. FUNÇÕES DO SISTEMA 1. Transporte de substâncias nutritivas e oxigênio às células 2. Transporte dos produtos residuais do metabolismo celular, dos locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de sua eliminação. 3. Difusão dos hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas 4. Participação na manutenção da temperatura constante no meio interno do corpo 5. Defesa orgânica contra substancias estranhas e microrganismos DIVISÃO DO SISTEMA 1. Coração 2. Vasos: artérias, veias e capilares. 3. Sistema linfático: vasos linfáticos (capilares, troncos linfáticos, ductos linfáticos), linfonodos e tonsilas. 4. Sistema hematopoiético. OBS.: Nesse material, será abordado apenas o sistema cardiovascular. TIPOS DE CIRCULAÇÃO 1. Circulação pulmonar ou pequena circulação: conduz o sangue que retorna da circulação sistêmica, ou seja, pobre em oxigênio, do ventrículo direito até os pulmões, nos quais se verificam as trocas gasosas entre o sangue e o ar atmosférico, denominada de Hematose. Possui natureza funcional. A circulação pulmonar inicia no ventrículo direito, que impulsiona o sangue pobre em oxigênio para os pulmões através das artérias pulmonares. Ocorre a troca gasosa nos capilares pulmonares e o sangue rico em oxigênio é reconduzido pelas veias pulmonares ao átrio esquerdo. Representação do trajeto da circulação pulmonar* 2. Circulação sistêmica ou grande circulação: conduz o sangue oxigenado vindo dos pulmões para as células, nas quais, através de difusão, os nutrientes irão atravessar dos capilares para o espaço intercelular. Natureza nutritiva. O sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. O ventrículo esquerdo impulsiona o sangue rico em oxigênio, proveniente da circulação pulmonar, por meio das artérias sistêmicas, há troca de oxigênio e nutrientes por dióxido de carbono no restante dos capilares do corpo. O sangue pobre em oxigênio retorna ao átrio direito através das veias cavas superiores e inferiores e do seio coronário, completando o sistema circulatório. Representação do trajeto da circulação sistêmica* O sangue proveniente das regiões do corpo acima do diafragma (excluindo a parede cardíaca) entra no átrio direito pela veia cava superior (VCS); o sangue que volta das regiões do corpo abaixo do diafragma entra pela veia cava inferior (VCI); e o sangue que escoa da própria parede do coração é coletado pelo átrio direito através do seio coronário. Ventrículo direito Tronco pulmonar Pulmões Vv. Pulmonar Átrio Esquerdo Ventrículo esquerdo A. Aorta Tecidos Seio coronário e Vv. Cavas Átrio direito @yahannaestrela @medwinxs 3. Circulação coronariana: responsável por nutrir o coração durante o seu incansável esforço de bombear o sangue pelo corpo. As células do coração recebem sangue arterial das artérias coronárias, que são as primeiras ramificações da aorta, contornando o coração como uma coroa (daí a sua denominação). Estas artérias voltam para o coração, dividindo-se em vasos cada vez menores que penetram fundo no músculo do coração. Todos esses vasos estão interligados. Se há problemas com suprimento numa rota, há chance que o sangue siga por outro caminho. Tudo que as células do coração devolvem é lançado no sistema de veias coronárias azuis que drenam o sangue de volta para o lado direito do coração. Existem outras circulações, como a porta hepática. ÓRGÃOS HEMOPOIETICOS 1. Medula óssea 2. Baço 3. Timo CORAÇÃO O coração é um órgão muscular e oco, que bombeia sangue ao longo do corpo ao fazê-lo circular através do sistema circulatório/vascular. Funciona como uma bomba de ação aspirante- propulsora. É aspirante pois suga o sangue de 06 veias encontradas em sua base para o interior das câmaras superiores, durante o relaxamento do Músculo Cardíaco (Diástole). É propulsor pois empurra o sangue das câmaras inferiores para o interior de artérias, associadas às referidas câmaras, durante a contração do Músculo Cardíaco (Sístole), e assim impulsiona o fluído ao longo da Circulação Sistêmica ou da Circulação Pulmonar. É formado por tecido muscular estriado cardíaco Sua camada média também chamada de miocárdio é altamente especializada e consistem em fibras que se ramificam e se conectam pelos seus ramos com fibras adjacentes. LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO Está localizado no interior da cavidade torácica, num espaço entre os dois pulmões denominado mediastino. Encontra-se por cima do m. diafragma, por diante do esôfago, da porção torácica da a. aorta e da coluna vertebral, por trás das cartilagens costais e do osso esterno. Apresenta disposição oblíqua de seu longo eixo, com 2/3 do seu volume à esquerda do plano mediano, e o 1/3 restante situado à direita do referido plano. Mediastino é o compartimento ocupado pela massa de tecido entre as 2 cavidades pulmonares. Contém todas as vísceras e estruturas torácicas ocas [cheias de ar ou de líquidos], exceto pulmões. O volume do coração varia de acordo com a idade e o sexo (sendo um pouco maior no homem), sendo comparado ao volume do punho. APLICABILIDADE CLÍNICA Esse volume pode estar aumentado em duas situações completamente distintas: a hipertrofia e a dilatação. Na hipertrofia, comum em atletas, o órgão apresenta um aumento do componente muscular de suas paredes, em sintonia com o desenvolvimento muscular de todo o corpo. A dilatação representa um estado patológico em que o coração apresenta- se aumentado, porém não há incremento no componente muscular de suas paredes que apresentam-se finas, traduzindo o estado de insuficiência cardíaca. Tanto na Hipertrofia como a Dilatação o aumento do órgão pode ser constatado através de exame radiográfico no vivo, ou diretamente no cadáver _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA 1. Ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda (origina o ramo diagonal/lateral); 2. Ramo circunflexo da artéria coronária esquerda (origina o ramo marginal esquerdo). ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA 1. Ramo do nó sinoatrial da artéria coronária direita; 2. Ramo do cone arterial da artéria coronária direita; 3. Ramo marginal direito da art. Coronária direita; 4. Ramo interventricular posterior da artéria coronária direita @yahannaestrela @medwinxs REVESTIMENTOS DO CORAÇÃO Pericárdio é uma membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início de seus grandes vasos; formado por uma camada fibrosa e outra serosa, a qual possui lâminas parietal (a parietal externa adere à superfície interna do pericárdio fibroso) e visceral (forma o epicárdio). Entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso há um espaço similar a uma fenda, chamado cavidade do pericárdio. APLICABILIDADE CLÍNICA Pericardite e tamponamento cardíaco: a infecção e inflamação do pericárdio, ou pericardite, pode levar ao espessamento do revestimentoseroso da cavidade do pericárdio. Como consequência, o batimento cardíaco produz um som de rangido denominado atrito pericárdico, que pode ser ouvido com um estetoscópio. A pericardite caracteriza -se por dor posterior ao esterno. Com o passar do tempo, ela pode levar a adesões do coração na parede externa do pericárdio ou o pericárdio pode cicatrizar e ficar espesso, inibindo os movimentos do coração. Nos casos de pericardite aguda grave, grandes quantidades de fluido resultantes da resposta inflamatória exsudam para a cavidade do pericárdio. Como o pericárdio fibroso é um tecido rígido e inflexível, o excesso de fluido comprime o coração, limitando sua expansão entre os batimentos e diminuindo sua capacidade de bombear sangue. Essa condição, chamada tamponamento cardíaco (“um tampão no coração”), é tratada pelos médicos por meio de inserção de uma agulha hipodérmica na cavidade do pericárdio para drenar o excesso de fluido. O tamponamento cardíaco também ocorre se o sangue se acumular dentro da cavidade do pericárdio, como quando um ferimento penetrante no coração (uma facada, por exemplo) faz que o sangue vaze desse órgão e entre na cavidade. CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA Endocárdio: “dentro do coração”. Fina membrana de revestimento interno das câmaras do coração que também cobre suas valvas. Endotélio + tecido conjuntivo subendotelial. Ele reveste as câmaras cardíacas e cobre valvas cardíacas. Miocárdio: “músculo do coração”. Forma a maior parte do órgão. Camada intermediária helicoidal, espessa e formada por músculo cardíaco. Os tecidos conjuntivos do miocárdio formam o esqueleto fibroso do coração, que reforça o miocárdio internamente e prende as fibras musculares cardíacas. A Epicárdio: “sobre o coração”. Fina camada externa de mesotélio formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso. Essa membrana costuma ser infiltrada com gordura, principalmente nas pessoas idosas. MORFOLOGIA EXTERNA DO CORAÇÃO O coração possui forma de um cone truncado. Possui 3 faces, 4 margens, 1 ápice e 1 base. As faces do coração são: 1. Face esternocostal do coração: está voltada para o osso esterno e para as cartilagens costais. 2. Face diafragmática do coração: está voltada para baixo, apoiada sobre o M. Diafragma; 3. Face pulmonar do coração: Face pulmonar esquerda: face do órgão que, em posição anatômica, está ajustada na impressão cardíaca do pulmão esquerdo. Face pulmonar direita: formada principalmente pelo átrio direito As margens do coração são: 1. Margem direita: é uma margem ligeiramente convexa, formada pelo átrio direito, que se estende entre a veia cava superior e veia cava inferior. 2. Margem inferior: quase horizontal, formada pelo ventrículo direito e parte do ventrículo esquerdo. 3. Margem superior: formada pelos átrios e aurículas direita e esquerda, anteriormente. Saem dessa margem a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar e a veia cava superior entra pelo seu lado direito. 4. Margem esquerda: quase vertical, é formada pelo ventrículo esquerdo e parte da aurícula esquerda. A base está constituída dos átrios direito e esquerdo. As veias cavas superior e inferior e as veias pulmonares penetram no coração pela base. O coração posiciona-se obliquamente dentro do tórax; a parte “posterior” do coração está contra o diafragma e, portanto, é sua face inferior. @yahannaestrela @medwinxs O ápice é contralateral a base e é frequentemente arredondado, formada pela parte ínfero-lateral do ventrículo esquerdo, e é onde ocorre o batimento apical (pulsação máxima do coração). MORFOLOGIA INTERNA DO CORAÇÃO O coração é dividido em quatro câmaras cardíacas, que são os átrios direito e esquerdo, superiormente, e os ventrículos direito e esquerdo, inferiormente. Em seu interior, o coração é dividido pelo septo interatrial (separa os átrios) e pelo septo interventricular (separa os ventrículos). Externamente, os limites das quatro câmaras são demarcados pelos seguintes sulcos: o sulco coronário, que circunda o limite entre os átrios e os ventrículos; o sulco interventricular anterior, que demarca a posição anterior do septo interventricular; e o sulco interventricular posterior, que separa os dois ventrículos na face inferior do coração. Os átrios e ventrículos se comunicam através dos Óstios Átrio-ventriculares. ÁTRIO DIREITO O átrio direito é a câmara que recebe o sangue com baixo teor de oxigênio que volta da circulação sistêmica. Forma toda a margem direita do coração Do lado externo, pode-se observar a aurícula direita, um pequeno retalho em forma de orelha de cachorro. Internamente, o átrio direito tem duas partes: uma posterior, de parede lisa, e uma anterior, revestida por músculos pectíneos. Ambas as partes são separadas pela crista terminal. ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ A crista é um marco anatômico importante na localização dos pontos onde as veias se abrem no átrio direito: A veia cava superior se abre posteriormente à curvatura superior da crista; A veia cava inferior, posteriormente à curvatura inferior da crista; O seio coronário, anteriormente à extremidade inferior da crista. Portanto, possui 3 aberturas de entrada. A fossa oval encontra-se posteriormente à extremidade inferior da crista. É uma depressão no septo interatrial que demarca o ponto onde existia uma abertura no coração fetal: o forame oval. Inferior e anteriormente, o átrio direito abre-se para o ventrículo direito através da valva atrioventricular direita (valva tricúspide). Portanto, possui 1 abertura de saída. APLICABILIDADE CLÍNICA O forame oval patente (FOP) é uma condição clínico-patológica caracterizada pela persistência de uma comunicação entre o átrio direito e o átrio esquerdo, que atinge cerca de 27% da população em geral. Diversas comorbidades estão relacionadas à sua presença, como acidentes vasculares encefálicos (AVE), ataques isquêmicos transitórios (AIT), infarto agudo do miocárdio e outras síndromes embólicas. Sabe-se que, durante a vida fetal, o sangue oxigenado proveniente da veia cava inferior (via placenta) passa através do septo interatrial direto para a circulação sistêmica, sem participação ativa dos pulmões – que nesta fase da vida encontram-se colabados. Assim, logo após o nascimento, a expansão pulmonar gera um aumento da pressão atrial esquerda e ocorre a fusão dos septos primum e secundum, levando ao fechamento do forame. Entretanto, em alguns indivíduos as lâminas do septo não se fundem de maneira correta, fazendo com que o forame permaneça patente e ocasione um fluxo sanguíneo entre os átrios. @yahannaestrela @medwinxs ÁTRIO ESQUERDO O átrio esquerdo recebe sangue com alto teor de oxigênio, que retorna dos pulmões através de duas veias pulmonares direitas e duas veias pulmonares esquerdas. Portanto, possui 4 aberturas de entrada. Corresponde à maior parte da face posterior do coração, ou base A única parte do átrio esquerdo que é visível anteriormente é sua aurícula esquerda triangular. Internamente, a maior parte da parede atrial é lisa. Os músculos pectíneos revestem apenas a aurícula. O átrio esquerdo abre-se no ventrículo direito através da valva atrioventricular esquerda (mitral). Portanto, possui 1 abertura de saída. VENTRÍCULO DIREITO O ventrículo direito recebe o sangue do átrio direito e o bombeia para a circulação pulmonar via artéria tronco pulmonar. Forma a maior parte da face anterior do coração. Suas paredes apresentam-se menos espessas que a do esquerdo (utilizar isso para diferenciar na prática). Em seu interior, as paredes ventricularessão demarcadas por trabéculas cárneas. Além disso, músculos papilares cônicos projetam-se das paredes para a cavidade ventricular. As cordas tendíneas projetam-se acima dos músculos papilares até as membranas (cúspides) da valva atrioventricular direita (tricúspide). Portanto, possui 1 abertura de entrada Superiormente, a abertura entre o ventrículo direito e o tronco pulmonar contém a valva do tronco pulmonar (formada por válvulas semilunares). Portanto, possui 1 abertura de saída. VENTRÍCULO ESQUERDO O ventrículo esquerdo bombeia sangue na circulação sistêmica. Forma o ápice do coração e predomina na face inferior desse órgão. Possui paredes mais espessas que o ventrículo direito. Também contém trabéculas cárneas, músculos papilares, cordas tendíneas e uma valva atrioventricular (mitral). Portanto, possui 1 abertura de entrada. Superiormente, o ventrículo esquerdo abre-se para o tronco arterial da circulação sistêmica (a aorta) no qual se encontra a válvula da aorta, também formada por válvulas semilunares. Portanto, possui 1 abertura de saída. _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ FUNÇÃO E ESTRUTURA DAS VALVAS CARDÍACAS As valvas cardíacas determinam o fluxo unidirecional de sangue dos átrios para os ventrículos e dos ventrículos para as grandes artérias do coração. É importante saber que cada valva cardíaca consiste em duas ou três válvulas. Entre os átrios e seus respectivos ventrículos estão as valvas atrioventriculares direita (possui três válvulas tricúspide) e esquerda/valva mitral (possui duas válvulas bicúspide). separam os átrios e ventrículos para a passagem de sangue. Entre os ventrículos e as grandes artérias estão as valvas da aorta (possui três válvulas válvula semilunar esquerda, válvula semilunar direita e válvula semilunar posterior) e do tronco pulmonar (possui três válvulas válvula semilunar anterior, válvula semilunar direita e válvula semilunar esquerda). Para memorizar: o tronco pulmonar está mais anterior que a aorta, então ele que possuirá a válvula anterior. Essas valvas possuem um anel fibroso que dá sustentação a elas. Cada anel acompanha o nome da sua localização: anel fibroso do tronco pulmonar, anel fibroso da artéria aorta, anel fibroso da valva atrioventricular direita e anel fibroso da valva atrioventricular esquerda. Além disso, como é um esqueleto unido, apresenta dois trígonos (direito e esquerdo) e possui outra parte (membranácea) que dá fixação nos septos interventriculares. Suas funções são: 1. Fixar as valvas. 2. Evitar a dilatação excessiva das aberturas da valva à medida que o sangue pulsa através delas. 3. Conectar os feixes de músculo cardíaco nos átrios e ventrículos. 4. Bloquear a disseminação direta dos impulsos elétricos dos átrios para os ventrículos. Essa função é crítica para a coordenação adequada das contrações dos átrios e dos ventrículos. As valvas abrem (para permitir o fluxo sanguíneo) e fecham (para evitar o refluxo sanguíneo) em resposta às diferenças na pressão arterial em cada lado delas. As duas valvas atrioventriculares (AV) impedem o refluxo do sangue nos átrios durante a contração dos ventrículos. Quando os ventrículos estão relaxados (diástole), as cúspides das valvas AV pendem frouxamente no interior dos ventrículos enquanto o sangue flui dos átrios para os ventrículos pelas valvas AV abertas. Quando os ventrículos começam a contrair, a pressão dentro deles aumenta e impulsiona o @yahannaestrela @medwinxs sangue superiormente contra as valvas, empurrando simultaneamente as margens das válvulas e fechando as valvas AV. Os músculos papilares começam a contrair ligeiramente antes do restante do ventrículo, tracionando as cordas tendíneas e impedindo a eversão das valvas AV. As válvulas semilunares da aorta e no tronco pulmonar evitam o refluxo do sangue das grandes artérias para dentro dos ventrículos. Quando os ventrículos contraem e aumentam a pressão intraventricular, essas valvas forçosamente se abrem e suas válvulas são achatadas contra as paredes arteriais à medida que o sangue passa por elas. Quando os ventrículos relaxam, o sangue que tende a refluir para o coração enche as válvulas semilunares e obriga-as a fechar. APLICABILIDADE CLÍNICA Ausculta cardíaca O fechamento das valvas provoca vibrações no sangue adjacente e nas paredes cardíacas, as quais contribuem para os sons familiares de “tum-tá” de cada batimento cardíaco. O “tum” é chamado primeira bulha cardíaca. Coincide com o fechamento das valvas atrioventriculares e é gerada por vibrações no miocárdio e sangue resultantes da contração dos ventrículos. Inicia-se, a sístole ventricular e na ausculta cardíaca, observa-se o pequeno silêncio. O “tá” é chamado segunda bulha. Coincide com o fechamento das valvas aórtica e pulmonar ao término da contração e é gerada pelas vibrações das paredes das artérias e sangue que se choca contra estas estruturas. Inicia-se, a diástole ventricular e na ausculta cardíaca observa-se o grande silêncio. As bulhas são auscultadas através de focos, que podem variar de localização devido a cada biótipo, sendo eles: 1. Foco mitral: situa-se no 5º espaço intercostal (EIC) esquerdo na linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis. 2. Foco pulmonar: situa-se no 2º EIC esquerdo, junto ao esterno. Nesse espaço podemos avaliar desdobramentos da 2ª bulha cardíaca. 3. Foco aórtico: 2º EIC direito, justaesternal. Porém, algumas vezes, o melhor local para auscultar alterações de origem aórtica é a área entre o 3º e 4º EIC esquerdo, onde fica localizado o foco aórtico acessório. 4. Foco tricúspide: situa-se na base do apêndice xifóide ligeiramente para a esquerda. Os fenômenos acústicos originados na valva tricúspide (sopro sistólico) costumam ser mais percebidos na área mitral. APLICABILIDADE CLÍNICA Transtornos valvares Os defeitos das valvas cardíacas são comuns e têm uma série de causas, variando de anomalias congênitas e genéticas até um suprimento sanguíneo inadequado para as valvas (devido a um ataque cardíaco) e uma infecção bacteriana do endocárdio. Os defeitos valvares levam a transtornos valvares, sendo a maioria classificada em dois tipos. As valvas que vazam por não fecharem adequadamente são consideradas incompetentes (também se diz que exibem insuficiência). Uma valva incompetente produz um sopro distinto após seu fechamento. Por outro lado, as valvas com aberturas estreitadas, como ocorre quando as válvulas se fundiram ou se tornaram enrijecidas por depósitos de cálcio, são chamadas estenosadas. As valvas enrijecidas não conseguem abrir adequadamente. A estenose da valva da aorta produz um som de clique durante a sístole ventricular quando o sangue que passa pela abertura constrita se torna turbulento e vibra. As valvas incompetentes e estenosadas reduzem a eficiência do coração e, assim, aumentam sua carga de trabalho; com isso, o coração pode ficar seriamente enfraquecido. A valva AV esquerda e a valva da aorta estão envolvidas com mais frequência nos transtornos valvares porque estão sujeitas a forças maiores que resultam da contração vigorosa do ventrículo esquerdo. No prolapso da valva AV esquerda, uma fraqueza hereditária do colágeno na valva e nas cordas tendíneas permite que uma ou ambas as cúspides dessa valva “caiam” no átrio esquerdo durante a sístole ventricular. Esse transtorno valvar é caracterizado por uma bulha cardíaca diferente — um clique seguido de um assobio (refluxo de sangue). A maioria dos casos é branda e inofensiva, mas os casos graves podem levar à insuficiência cardíaca ou a uma perturbação do ritmo cardíaco. O tratamento dos transtornosvalvares costuma incluir o reparo cirúrgico das valvas danificadas. Quando essa abordagem não obtém êxito, as valvas são substituídas por substitutas mecânicas ou biológicas. APLICABILIDADE CLÍNICA Cardiomiopatia hipertrófica A cardiomiopatia hipertrófica é uma condição herdada na qual a parede do ventrículo esquerdo (sobretudo o septo interventricular) é anormalmente espessa e composta de células musculares desorganizadas. Como a luz do ventrículo esquerdo é pequena demais para abrigar todo o sangue que volta para ele, a pressão arterial na circulação pulmonar é elevada. Além disso, o miocárdio gravemente espessado torna-se isquêmico porque não consegue obter oxigênio suficiente dos vasos coronários que o abastecem. O exercício pode provocar desmaio, dor torácica e até mesmo morte súbita. @yahannaestrela @medwinxs COMPLEXO ESTIMULANTE/SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO As células musculares cardíacas têm uma habilidade intrínseca para gerar e conduzir impulsos elétricos que as estimulam a contrair de forma rítmica, portanto, não depende de estímulos nervosos extrínsecos. As estruturas que formam o sistema de condução: 1. Nó sinoatrial – marca-passo do coração (na junção da veia cava superior com o átrio direito): possui fibras internodais, passa o estímulo do nó sinoatrial para o nó atrioventricular. Ele estabelece a frequência cardíaca básica. 2. Nó atrioventricular: atrasa os impulsos por uma fração de segundo. Após esse atraso, os impulsos correm pelo fascículo atrioventricular, que entra no septo interventricular e se ramifica em dois (direito e esquerdo). Esses ramos do feixe terminam nos ramos subendocárdicos (antes denominados fibras de Purkinje), que se aproximam do ápice do coração e depois viram na direção superior (contornam) para as paredes ventriculares. O nó atrioventricular está localizado num triângulo formado entre anel fibroso da valva atrioventricular direita e óstio do seio coronário, embora não esteja visível (é microscópico). Essa organização garante que a contração dos ventrículos comece no ápice do coração e siga superiormente para que o sangue ventricular seja ejetado nas grandes artérias O esqueleto fibroso entre átrios e ventrículos evita que os impulsos na parede atrial avancem diretamente para a parede ventricular, prosseguindo apenas os sinais que passam pelo nó AV. O ritmo comum dos batimentos cardíacos estabelecido pelo nó AS é chamado ritmo sinusal normal. O termo arritmia refere-se a um ritmo anormal como resultado de um defeito no complexo estimulante. APLICABILIDADE CLÍNICA Marca-passo e classificação de arritmias. Como os átrios e os ventrículos são isolados eletricamente uns dos outros pelo esqueleto fibroso do coração inerte, a única rota para a transmissão de impulsos dos átrios para os ventrículos é através do nó AV e do fascículo AV. Portanto, o dano a qualquer um deles, chamado bloqueio cardíaco, interfere na capacidade dos ventrículos de receber os impulsos que ditam o ritmo. Sem esses sinais, os ventrículos batem em uma frequência intrínseca mais lenta que a dos átrios — e lenta demais para manter a circulação adequada. Nesses casos, normalmente se implanta um marca- -passo artificial configurado para descarregar na frequência adequada. As arritmias são classificadas pela velocidade, ritmo e origem do problema: 1. Bradicardia: refere-se a uma frequência baixa do coração (abaixo de 50 bpm); 2. Taquicardia: refere-se a uma frequência rápida do coração (acima de 100 bpm); 3. Fibrilação: refere-se a batimentos cardíacos descoordenados rápidos. @yahannaestrela @medwinxs NERVOS CARDÍACOS Embora o início do batimento cardíaco se origine no nó SA, este é influenciado pelos nervos da divisão autônoma do sistema nervoso. Ramos cardíacos do nervo vago (X) parassimpático e ramos cardíacos do tronco simpático torácico superior e cervical se unem em torno do coração, formando o plexo cardíaco de nervos. Os nervos simpáticos aceleram os batimentos do coração e provocam dilatação das artérias coronárias. As fibras simpáticas projetam-se para a musculatura cardíaca em todo o coração; Os nervos parassimpáticos diminuem a frequência cardíaca e provocam constrição das artérias coronárias. O CICLO CARDÍACO Um único ciclo cardíaco compreende todos os eventos associados a um batimento cardíaco. Em um ciclo cardíaco normal, os dois átrios se contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam. Em seguida, enquanto os dois ventrículos se contraem, os dois átrios relaxam. Sístole refere-se à fase de contração de uma câmara do coração; Diástole é a fase de relaxamento. 1. Período de relaxamento: no final de um ciclo cardíaco, quando os ventrículos começam a relaxar, as quatro câmaras estão em diástole. Esse é o início do período de relaxamento. A medida que os ventrículos relaxam, a pressão no interior das câmaras cai e o sangue começa a fluir do tronco pulmonar e da aorta de volta para as ventrículos. Conforme esse sangue fica retido nas válvulas semilunares, as valvas arteriais (aórtica e pulmonar) se fecham. A medida que os ventrículos continuam a relaxar, o espaço interno se expande e a pressão cai. Quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão atrial, as valvas AV se abrem e tem início o enchimento ventricular. 2. Sístole atrial (contração): marca o final do período de relaxamento e responde pelos 25% restantes do sangue que enche os ventrículos. Durante todo o período de enchimento ventricular as valvas atrioventriculares ainda estão abertas e as valvas semilunares ainda estão fechadas. 3. Sístole ventricular (contração): força o sangue contra as valvas atrioventriculares, induzindo-as a fechar. Durante um período muito curto todas as quatro valvas estão fechadas novamente. A medida que a contração ventricular prossegue, a pressão no interior das câmaras aumenta rapidamente. Quando a pressão do ventrículo esquerdo se eleva acima da pressão nas artérias, ambas as valvas semilunares se abrem e começa a ejeção de sangue pelo coração. Isso dura até que os ventrículos comecem a relaxar. Em seguida, as valvas arteriais se fecham e tem início outro período de relaxamento. EXERCÍCIO E O CORAÇÃO O exercício contínuo aumenta a demanda dos músculos por oxigênio; A adequação do débito cardíaco e o funcionamento correto do sistema respiratório é que determinam se essa demanda será atendida; Uma pessoa saudável, após semanas de atividade física, consegue aumentar seu débito cardíaco máximo, aumentando, consequentemente, a taxa máxima de oferta de oxigênio para os tecidos; Quando comparado a uma pessoa sedentária, um atleta pode alcançar um débito cardíaco duas vezes maior; O treinamento provoca hipertrofia do coração cardiomegalia fisiológica. A cardiomegalia patológica se relaciona com a cardiopatia significativa. Em repouso, o débito cardíaco de uma pessoa sadia com treinamento e de uma pessoa sadia sem treinamento é quase o mesmo. O exercício ajuda a reduzir PA, ansiedade, depressão, controle de peso e aumenta a capacidade do corpo para dissolver coágulos sanguíneos. @yahannaestrela @medwinxs APLICABILIDADE CLÍNICA Insuficiência cardíaca e transplante cardíaco Na insuficiência cardíaca, a pessoa apresenta redução na capacidade de se exercitar ou até mesmo de se locomover. Existem várias técnicas cirúrgicas e equipamentos médicos para aliviar a insuficiência cardíaca. Para alguns pacientes até mesmo um aumento de 10% no volume de sangue injetado pelos ventrículos significa a diferença entre ficar acamado e ter mobilidade limitada. O transplante cardíaco é a substituição de um coração gravemente lesado por um coração normal de um doa- dor recém-falecido ou com morte encefálica. Os transplantes cardíacossão realizados em pacientes com insuficiência cardíaca em estágio terminal ou doença grave da artéria coronária. Os transplantes do coração são comuns atualmente e produzem bons resultados, mas a disponibilidade de doadores é muito limitada. Outra abordagem é o uso de dispositivos de assistência cardíaca e outros procedimentos cirúrgicos que auxiliem o funcionamento do coração sem a remoção do coração, incluindo a bomba com balão intra-aórtico e dispositivo de assistência ventricular CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VASOS SANGUÍNEOS As paredes de todos os vasos sanguíneos, exceto os muito pequenos, são compostas por três camadas distintas, ou túnicas que circundam o espaço central cheio de sangue, a luz/lúmen, sendo elas: 1. A túnica íntima: forma o revestimento interno de um vaso e está em contato direto com o sangue que flui pelo lúmen do vaso; 2. A túnica média: é uma lâmina composta por tecidos conjuntivo e muscular, que apresenta a maior variação entre os diferentes tipos de vasos; 3. A túnica adventícia: consiste em fibras colágenas e elásticas. Protege e reforça os vasos e o prende em estruturas circundantes. Existem cinco principais tipos de vasos sanguíneos: 1. Artérias 2. Arteríolas 3. Capilares 4. Vênulas 5. Veias As artérias transportam o sangue para longe do coração até outros órgãos. As grandes artérias elásticas deixam o coração e se dividem em artérias musculares de tamanho médio (musculares), que se ramificam para as diversas regiões do corpo. As artérias de tamanho médio se ramificam em artérias menores que, por sua vez, se dividem em artérias ainda menores, chamadas arteríolas. A medida que as arteríolas penetram em um tecido, se ramificam em uma miríade de vasos minúsculos, chamados capilares. As paredes finas dos capilares permitem a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos do corpo. Grupos de capilares no tecido se reúnem para formar pequenas veias, chamadas vênulas. Essas vênulas, por sua vez, se fundem para formar vasos sanguíneos progressivamente maiores, chamados veias. As veias são os vasos sanguíneos que conduzem o sangue dos tecidos de volta para o coração. A união dos ramos de dois ou mais vasos que suprem a mesma região corporal é chamada de anastomose. As anastomoses entre os vasos fornecem trajetos alternativos para que o sangue chegue/saia a um tecido ou órgão. A rota alternativa do fluxo sanguíneo para uma parte do corpo, por meio de anastomose, é conhecida como circulação colateral. As artérias que não se anastomosam são chamadas de artérias terminais. APLICABILIDADE CLÍNICA Veias varicosas (varizes) Quando as válvulas nas veias se tornam ineficientes, o resultado são as veias varicosas. As veias deformam e incham com o sangue acumulado e a drenagem venosa desacelera consideravelmente. As mulheres são afetadas com mais frequência do que os homens. O membro inferior esquerdo é mais suscetível às veias varicosas do que o direito. As veias varicosas podem ser hereditárias, mas também ocorrem nas pessoas cujas ocupações exijam que elas fiquem de pé na mesma posição por muito tempo. Nas pernas imóveis, o sangue venoso drena tão lentamente que acumula, estica as paredes venosas e as válvulas, e faz que essas válvulas falhem. A obesidade e a gravidez podem provocar ou agravar o problema, pois o aumento no peso constringe as veias de drenagem da perna na parte superior da coxa. O esforço durante o parto ou um movimento intestinal aumenta a pressão intra- abdominal e eleva a pressão venosa, evitando a drenagem do sangue das veias do canal anal, na extremidade inferior do intestino grosso. As varicosidades resultantes nessas veias anais se chamam hemorroidas. Nos casos graves, as veias varicosas tornam a circulação tão mais lenta em uma região do corpo que os tecidos nessa região morrem por privação de oxigênio. @yahannaestrela @medwinxs AORTA E SEUS RAMOS – VISÃO GERAL A aorta é a maior artéria do corpo; Possui quatro divisões principais, sendo elas: 1. Parte ascendente da aorta 2. Arco da aorta 3. Parte torácica da aorta 4. Parte abdominal da aorta A valva da aorta está no início da aorta A parte ascendente da aorta emerge do ventrículo esquerdo, posteriormente ao tronco pulmonar e dá origem a duas artérias coronárias, que irrigam o coração; Ao se curvar para a esquerda, a parte ascendente da aorta forma o arco da aorta; A medida que a aorta desce, aproxima-se dos corpos vertebrais e é chamada parte torácica da aorta; Ao passar pelo hiato aórtico do diafragma, tem-se a parte abdominal da aorta. A parte abdominal continua descendo, até se dividir em duas artérias ilíacas comuns. PARTE ASCENDENTE DA AORTA: VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO A parte ascendente da aorta inicia-se na valva da aorta; Ela termina no nível do ângulo do esterno; O início da parte ascendente situa-se posteriormente ao tronco pulmonar e à aurícula direita. Na sua origem, possui os seios da aorta (3 seios); Os seios direito e esquerdo dão origem as artérias coronarianas direita e esquerda, respectivamente; Artéria coronária esquerda*: 1. Ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda (deixa um ramo diagonal/lateral): irriga parte do ventrículo direito e ventrículo esquerdo; 2. Ramo circunflexo da artéria coronária esquerda (em 40% das pessoas pode dar a volta para irrigar o nó sinoatrial, esse ramo origina ramo marginal esquerdo): irriga o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Artéria coronária direita*: 1. Ramo do nó sinoatrial da artéria coronária direita (irriga o nó em 60% das pessoas); 2. Ramo do cone arterial da artéria coronária direita; 3. Ramo marginal direito da art. Coronária direita: irriga o ventrículo direito; 4. Ramo interventricular posterior da artéria coronária direita (deixa ramos septais): irriga o ventrículo direito, face diafragmática do ventrículo esquerdo, nó atrioventricular e 1/3 do septo interventricular. Pode haver alterações na exposição dos ramos das artérias, alguns não são mostrados; há variação entre referências. Siga a referência do seu professor. Mostrarei aqui as principais. Ao final, haverá esquema com nome da maioria das artérias, se não todas. Utilize o espaço para anotações. Interventricular posterior e anterior se anastomosam. Por isso quando se fala em irrigação dos ventrículos, leva-se em consideração as duas. ARCO DA AORTA O arco da aorta é a continuação da parte ascendente da aorta; Termina no disco intervertebral, entre a quarte e a quinta vértebra torácica; Na face superior do arco, três artérias principais têm origem: tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. 1. O tronco braquiocefálico divide-se em artéria subclávia direita e artéria carótida comum direita. 2. A artéria carótida comum esquerda: irriga cabeça e pescoço. Na margem superior da laringe, divide-se em artérias carótidas externa e interna direitas. O pulso pode ser palpado na artéria carótida comum, logo lateral a laringe, e na artéria carótida externa, imediatamente anterior ao músculo esternocleidomastóideo. É conveniente detectar um pulso carótico quando nos exercitamos ou nos casos de reanimação cardiopulmonar. 3. A artéria subclávia esquerda segue uma via semelhante à da artéria carótida comum. Dá origem às artérias que irrigam o encéfalo, medula, pescoço e ombros. Ela deixa os ramos da artéria axilar direita e da artéria vertebral direita. _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO:PARTE ASCENDENTE DA AORTA ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO: ARCO DA AORTA @yahannaestrela @medwinxs PARTE TORÁCICA DA AORTA É uma continuação do arco da aorta; Inicia no nível do disco intervertebral, entre a quarta e a quinta vértebras torácicas, situando-se à esquerda da coluna vertebral, aproximando-se da linha mediana à medida que desce; Estende-se pelo hiato aórtico do diafragma; A parte torácica da aorta envia numerosos ramos viscerais para as vísceras e ramos parietais para as estruturas da parede do corpo. Os ramos viscerais são: 1. Artérias pericárdicas: irrigam os tecidos do pericárdio; 2. Artérias bronquiais: irrigam os tecidos da árvore brônquica e tecido pulmonar adjacente até o nível dos ductos alveolares; 3. Artérias esofágicas: irriga os tecidos do esôfago; 4. Artérias mediastinais: irriga os tecidos variados no interior do mediastino, basicamente tecido conjuntivo e linfonodos. Os ramos parietais são: 1. Artérias intercostais posteriores: irrigam pele, músculos e costelas da parede torácica; vértebras torácicas, meninges e medula espinal; glândulas mamárias; 2. Artérias subcostais: irrigam pele, músculos e costelas; T XII, meninges e medula espinal; 3. Artérias frênicas superiores: irrigam músculo diafragma e pleura recobrindo o diafragma. PARTE ABDOMINAL DA AORTA É a continuação da parte torácica após atravessar o diafragma; Tem início no hiato aórtico do diafragma e termina aproximadamente no nível da quarta vértebra lombar; Situa-se anteriormente à coluna vertebral; Assim como a parte torácica da aorta, ela dá origem a ramos parietais e viscerais; Divide-se em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Os ramos viscerais ímpares são: 1. Tronco celíaco, que se divide nos ramos: Artéria gástrica esquerda: irriga a parte abdominal do esôfago e a curvatura menor do estômago; Artéria esplênica: origina as artérias pancreáticas (irriga o pâncreas), a artéria gastro-omental esquerda (irriga a curvatura maior do estômago e o omento) e as artérias gástricas curtas (irriga o fundo do estômago); Artéria hepática comum, que origina a artéria hepática própria (irriga o fígado, vesícula biliar e omento menor); ertéria gástrica direita (irriga estômago e omento menor); a artéria gastroduodenal (irriga estômago, duodeno e pâncreas). 2. Artéria mesentérica superior, que possui os ramos: Artéria pancreaticoduodenal inferior: irriga o pâncreas e o duodeno; Artérias jejunais e ileais: irrigam jejuno e íleo; Artéria ileocólica: irriga parte terminal do íleo, ceco, apêndice e primeira parte do colo ascendente; Artéria cólica direita: irriga colo ascendente e primeira parte do colo transverso; Artéria cólica média: irriga grande parte do colo transverso. 3. Artéria mesentérica inferior, que possui os ramos: Artéria cólica esquerda: irriga final do colo transverso e colo descendente; Artérias sigmóideas: irrigam colo sigmoide; Artéria retal superior: irriga parte superior do reto. Os ramos viscerais pares são: 1. Artérias suprarrenais: as artérias suprarrenais médias originam-se da parte abdominal da aorta descendente. As suprarrenais superiores das frênicas inferiores e as suprarrenais inferiores das artérias renais. Irrigam as glândulas suprarrenais. 2. As artérias renais direita e esquerda: irrigam todos os tecidos dos rins. 3. Artérias gonadais (testicular ou ovárica): nas mulheres irrigam os ovários, tubas uterinas e ureteres. Nos homens, irrigam testículos, epidídimo, ducto deferente e ureteres. O ramo parietal ímpar é: 1. Artéria sacral mediana: irriga sacro, cóccix, nervos espinais sacrais e músculo piriforme. Os ramos parietais pares são: 1. Artérias frênicas inferiores: irrigam diafragma e glândulas suprarrenais. 2. Artérias lombares: irrigam vértebras lombares, medula espinal e meninges, pele e músculos das partes lateral e posterior da parede do abdome. _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO: PARTE ABDOMINAL DA AORTA ANOTAÇÕES __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ @yahannaestrela @medwinxs ARTÉRIAS DA PELVE E DOS MEMBROS INFERIORES O término da parte abdominal da aorta se dá com a sua divisão em artérias ilíacas comuns direita e esquerda, que irrigam a parede do músculo da pelve, órgãos pélvicos, órgãos genitais externos e membros inferiores; As artérias ilíacas comuns se dividem em artéria ilíaca externa (irriga parte inferior da parede abdominal, músculo cremaster nos homens e ligamento redondo do útero nas mulheres e membro inferior) e artéria ilíaca interna (irriga a parede do músculo da pelve, órgãos pélvicos, órgãos genitais externos e músculos da parte medial da coxa). As artérias ilíacas externas passam a ser artérias femorais (na coxa, irriga os músculos da coxa), artérias poplíteas (posteriores ao joelho, irriga os músculos da parte distal da coxa, pele da região do joelho, músculos da parte proximal da perna, articulação do joelho, fêmur, patela, tíbia e fíbula) e se bifurcam em artérias tibiais anteriores e posteriores (nas pernas, anteriores irrigam tíbia, fíbula, músculos anteriores da perna, músculos dorsais do pé, ossos tarsais, metatarsais e falanges; posteriores irrigam compartimentos musculares lateral e posterior da perna, músculos plantares do pé, tíbia, fíbula, ossos tarsais, metatarsais e falanges). ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO: ARTÉRIAS DA PELVE E DOS MEMBROS INFERIORES @yahannaestrela @medwinxs VEIAS DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA As veias podem ser superficiais ou profundas; As superficiais estão logo abaixo da pele, sendo facilmente visualizadas e clinicamente importantes como locais de coleta sanguínea ou de aplicação de injeções; As profundas geralmenteseguem ao lado das artérias e costumam ter o mesmo nome; Existem três veias sistêmicas: 1. Seio coronário: recebe sangue das veias cardíacas; 2. Veia cava superior: recebe sangue de outras veias que drenam os tecidos superiores ao diafragma; 3. Veia cava inferior: recebe sangue de outras veias que drenam tecidos inferiores ao diafragma. VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO A maior parte do sangue que drena da cabeça passa para três pares de veias, sendo elas: veias jugular interna, jugular externa e vertebral. No encéfalo, todas as veias drenam para os seios da dura-máter e, posteriormente, para as veias jugulares internas. Veias braquiocefálicas: Veias jugulares internas: se anastomosam com as veias subclávias para formarem as veias braquiocefálicas. Drenam o encéfalo, meninges, ossos do crânio, músculos e tecidos da face e pescoço. Os principais seios da dura-máter que contribuem para a veia jugular interna são: 1. Seio sagital superior 2. Seio sagital inferior 3. Seio reto 4. Seios sigmóideos 5. Seios cavernosos Veias subclávias: Veias jugulares externas: drenam o escalpo e pele da cabeça e pescoço, músculo da face e do pescoço e cavidade oral e faringe. Veias vertebrais: também entra nas veias braquiocefálicas. Drenam as vértebras cervicais, parte cervical da medula espinal e meninges e alguns músculos profundos no pescoço. VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES As veias superficiais são mais calibrosas do que as veias profundas e drenam a maior parte do sangue dos membros superiores. As principais veias superficiais dos MS são as veias cefálica e basílica. Na parte livre de cada membro superior, cada artéria é acompanhada por uma rede de veias circundantes, chamadas veias acompanhantes. As válvulas das veias são mais numerosas nas veias profundas. Veias profundas: Veias braquiocefálicas: Veias subclávias: drenam pele, músculos, ossos dos braços, ombros, pescoço e parte superior da parede torácica. Veias axilares: drenam pele, músculos, ossos do braço, axila, ombro e parede súperolateral do tórax. Veias braquiais: drenam músculos e ossos do cotovelo e regiões braquiais. Veias ulnares: drenam músculos, ossos e pele da mão e músculos da face medial do antebraço. Veias radiais: drenam músculos e ossos da parte lateral da mão e antebraço. Veias superficiais: Veias cefálicas: drenam o tegumento e músculos superficiais da face lateral do membro superior. Veias basílicas: drenam o tegumento e músculos superficiais da face medial do membro superior. Veias intermédias do antebraço: tegumento e músculos superficiais da palma e face anterior do membro superior. _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DE DRENAGEM: VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO: VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES @yahannaestrela @medwinxs VEIAS DO TORAX Embora as veias braquiocefálicas drenem algumas partes do tórax, a maioria das suas estruturas é drenada pelo sistema ázigo. O sistema ázigo consiste em três veias: veias ázigo, hemiázigo e hemiázigo ecessória. O sistema ázigo pode atuar, também, como uma via de drenagem colateral para a veia cava inferior. Caso a veia cava inferior ou a veia porta do fígado sejam obstruídas, o sangue que normalmente passa pela v. cava inferior se desvia para o sistema ázigo. Veias braquiocefálicas: drenam cabeça, pescoço, membros superiores, glândulas mamárias e parte superior do tórax; Veia ázigo: lado direito da parede torácica, vísceras torácicas e parede abdominal posterior; Veia hemiázigo: drenam lado esquerdo da parte inferior da parede torácica, vísceras torácicas e parede abdominal posterior esquerda; Veia hemiázigo acessória: drenam lado esquerdo da parte superior da parede torácica e vísceras torácicas. VEIAS DO ABDOME E DA PELVE O sangue proveniente das vísceras pélvicas e abdominais, assim como da parede, retorna ao coração pela veia cava inferior; A veia cava inferior não recebe veias diretamente do trato gastrintestinal, do baço, do pâncreas e nem da vesícula biliar. Esses órgãos drenam para a veia porta do fígado, uma união das veias mesentérica superior e esplênica. Esse fluxo especial de sangue se chama “circulação porta-hepática”. Veias frênicas inferiores: drenam a face inferior do diafragma e tecidos peritoneais adjacentes; Veias hepáticas: Veia gástrica esquerda: drena a parte terminal do esôfago, estômago, fígado, vesícula biliar, baço, pâncreas, intestinos delgado e grosso. Veia gástrica direita: drena a parte abdominal do esôfago, curvatura menor do estômago e duodeno. Veia Esplênica: drena o baço, o fundo e curvatura maior do estômago, pâncreas, omento maior, colo descendente, colo sigmoide e reto. Veia mesentérica superior: drena duodeno, jejuno, íleo, ceco, apêndice, colo ascendente e colo transverso. Veias lombares: drenam a parede muscular abdominal posterior, vértebras lombares, medula espinal e nervos espinais (cauda equina) no interior do canal vertebral e meninges. Veias suprarrenais: drenam as glândulas suprarrenais. Veias renais: drenam os rins. Veias gonadais: drenam testículos, epidídimos, ductos deferentes, ovários e ureteres. Veias ilíacas comuns: drenam pelve, órgãos genitais externos e os membros inferiores. Veias ilíacas internas: drenam os músculos da parede da pelve e região glútea, vísceras pélvicas e órgãos genitais externos. Veias ilíacas externas: drenam a parte anterior e inferior da pared abdominal, músculo cremaster nos homens, genitais externos e membro inferior. VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES O sangue proveniente dos membros inferiores é drenado por veias superficiais e profundas; Todas as veias dos membros inferiores apresentam válvulas, que são mais numerosas do que as das veias dos membros superiores. Veias femorais: drenam pele, linfonodos, músculos e ossos da coxa e órgãos genitais externos. Veias poplíteas: drenam articulação do joelho e pele, músculos e osso em torno da articulação do joelho. Veias tibiais posteriores: drenam pele, músculo e ossos da face plantar do pé e das faces posterior e lateral da perna. Veias tibiais anteriores: drenam a face dorsal do pé, articulação talocrural, face anterior da perna, articulação do joelho e articulação tibiofibular. Veias Superficiais: Veias safenas magnas: drenam os tecidos do tegumento comum e músculos superficiais dos membros inferiores, virilha e parede abdominal inferior. Veias safenas parvas: drenam os tecidos do tegumento comum e músculos superficiais do pé e face inferior da perna. APLICABILIDADE CLÍNICA As veias safenas magnas estão mais provavelmente sujeitas à varicosidades do que outras veias nos membros inferiores, porque precisam suportar una coluna longa de sangue e não são bem suportadas pelos músculos esqueléticos. As veias safenas magnas são frequentemente usadas para administração prolongada de líquidos intravenosos. Isto é especialmente importante em crianças e em pacientes de qualquer idade que estão em choque, e cujas veias estão colapsadas. Na revascularização do miocárdio, caso múltiplos vasos sanguíneos precisem ser enxertados, seções da veia safena magna são usadas junto com pelo menos uma artéria como enxerto. Após a remoção da veia safena magna e sua divisão em seções,estas são usadas para desviar os bloqueios. Os enxertos venosos são invertidos, de forma que as válvulas não obstruam o fluxo de sangue. @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO: VEIAS DO TÓRAX ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO: VEIAS DO ABDOME E DA PELVE @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO: VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES @yahannaestrela @medwinxs OUTRAS APLICABILIDADES CLÍNICAS @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DA CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DA CIRCULAÇÃO PORTA-HEPÁTICA ESQUEMA DA CIRCULAÇÃO FETAL @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DA CIRCULAÇÃO FETAL @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DE IRRIGAÇÃO: PRINCIPAIS ARTÉRIAS DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA @yahannaestrela @medwinxs ESQUEMA DE DRENAGEM: PRINCIPAIS VEIAS DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ @yahannaestrela @medwinxs IMAGENS DO CORAÇÃO, ARTÉRIAS E VEIAS @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs @yahannaestrela @medwinxs
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