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1 APOSTILA DE GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR - EAD SEÇÃO 3 Professor Lino Freitas (lino.freitas@academico.emge.edu.br) Curso de Engenharia Civil 2 A B 1. VETORES 1.1. Definição e representação de vetores • Algumas grandezas físicas, tais como massa, temperatura ou trabalho, são completamente determinadas ao associar-se a elas um único nº real que caracteriza seu valor ou “tamanho”. Tais grandezas são denominadas grandezas escalares, ou simplesmente escalares. • Outras, tais como força, velocidade ou campo magnético, denominadas grandezas vetoriais ou apenas vetores, necessitam 3 características para a sua determinação: – intensidade ou modulo: é o valor, o “tamanho” do vetor; – direção: o ângulo formado com uma direção estabelecida como padrão; – sentido: o lado para o qual o vetor aponta. • Vetores podem ser representados por um segmento de reta orientado - por exemplo, de cima para baixo, ou da direita para a esquerda - com uma origem (ponto inicial) e uma extremidade (ponto final) - ver abaixo. O vetor a seguir pode ser representado por �⃗⃗� ou 𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗, sendo A e B suas extremidades. 1.2. Vetores a partir de coordenadas no plano e no espaço Um vetor não possui posição fixa, pode ser aplicado em qualquer ponto, tanto no plano, como no espaço a 3 dimensões; É comum e conveniente referir-se a um vetor a partir das coordenadas de seus pontos extremos, seja no R2 ou no R3. Por exemplo: �⃗⃗� = (1,2), no plano cartesiano; �⃗⃗⃗� = (3,-2,4), no espaço a 3 dimensões. 3 1.3. Soma, subtração e produto de vetor por número A soma de 2 vetores é obtida a partir da chamada regra do paralelogramo, tal como ilustrado na figura a seguir, na qual o vetor �⃗⃗� corresponde à soma dos vetores 𝐅 e 𝐒 ; Por sua vez, a subtração é ilustrada a seguir. Muito embora esta representação geométrica tenha utilidade, é muito mais frequente e conveniente trabalhar tais operações a partir das coordenadas dos vetores. Exemplos. Sendo �⃗⃗� (3,4,-2) e �⃗⃗� (1,1,1), tem-se: soma �⃗⃗� + �⃗⃗� = (3+1,4+1,-2+1) = (4,5,-1); diferença �⃗⃗� - �⃗⃗� = [1-3,1-4,1-(-2)] = (-2,-3,3). O mesmo procedimento deve ser aplicado para vetores no plano cartesiano, tal como ilustrado na figura abaixo. 4 Vx Vy Vx Vy V X Y Por sua vez, o produto de um vetor �⃗⃗� por um número fornece como resultado outro vetor, cujo significado é: || > 1 o módulo do vetor aumenta; || < 1 o módulo do vetor diminui; < 0 inverte-se o sentido do vetor. Mais uma vez, esta operação é bastante simples a partir das coordenadas do vetor. Sendo: = -3 e �⃗⃗� = (1,0,4) �⃗⃗⃗� = �⃗⃗� = [(-3)x1,(-3)x0,(-3)x4] = (-3,0,-12) Na figura a seguir ilustra-se esta última operação para um valor do número > 1. 1.4. Módulo ou norma de um vetor O cálculo do módulo (norma) ou “tamanho” do vetor é uma consequência direta do teorema de Pitágoras. No caso do plano cartesiano, sendo: �⃗⃗� (x1,y1) ‖�⃗⃗� ‖ = √𝐱𝟏𝟐 + 𝐲𝟏𝟐 A representação com duas barras paralelas em ambos os lados é usada para diferenciar o módulo de um vetor do módulo de um número real x, normalmente indicado por |x|. De forma similar, no espaço a 3 dimensões, sendo:, �⃗⃗� (x1,y1,z1) ‖�⃗⃗� ‖ = √𝐱𝟏𝟐 + 𝐲𝟏𝟐 + 𝐳𝟏𝟐 1.5. Coordenadas de um vetor a partir das coordenadas de seus pontos extremos De posse das coordenadas de suas extremidades, as coordenadas do vetor resultante são SEMPRE calculadas a partir da seguinte regra prática: 5 COORD. VETOR = COORD. PONTO FINAL - COORD. PONTO INICIAL Exemplos: A (1,1,-1) e B (6,4,-2) 𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = [6-1,4-1,-2-(-1)] = (5,3,-1) X (-2,3) e Y (0,-4) 𝐗𝐘⃗⃗⃗⃗ ⃗ = [0-(-2),-4-3] = (2,-7) Para calcular o módulo de um vetor a partir das coordenadas de seus pontos extremos as fórmulas são análogas às do cálculo da distância entre dois pontos, seja no R2 ou no R3. No R2, sendo B (xB,yB) e A (xA,yA) Exemplo: A (3,1) e B (0,-2) ||𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗|| = √(0 − 3)2 + (−2 − 1)2 = √9 + 9 = √18 No R3, sendo C (x1,y1,z1) e D (x2,y2,z2) Exemplo: Para M (1,1,1) e N (5,4,1) 1.6. Produto escalar Na Física, alguns fenômenos que envolvem 2 vetores, mas cujo resultado NÃO é uma grandeza vetorial, podem ser mensurados com base no chamado produto escalar. Exemplos: trabalho = força x deslocamento; potência = força x velocidade. O produto escalar entre dois vetores, representado por um ponto, tem como resultado um número real, que pode ser positivo, negativo ou nulo. Matematicamente, escreve-se; = 0, se �⃗⃗� ou �⃗⃗⃗� é nulo; �⃗⃗� .�⃗⃗⃗� = ||�⃗⃗� ||.||�⃗⃗⃗� ||.cos, sendo o ângulo formado entre os 2 vetores. Por meio da lei dos cossenos, demonstra-se que: no plano cartesiano: �⃗⃗� (vx,vy) e �⃗⃗⃗� (wx,wy) �⃗⃗� .�⃗⃗⃗� = vxwx + vywy no espaço tridimensional: 𝐒 (sx,sy,sz) e �⃗⃗� (ux,uy,uz) 𝐒 .�⃗⃗� = sxux + syuy + szuz Exemplos: �⃗⃗� (1,-2) e �⃗⃗� (-2,-3) �⃗⃗� .�⃗⃗� = 1(-2) + (-2)(-3) = -2 + 6 = 4 𝐂 (2,-4,7) e �⃗⃗� (0,2,2) 𝐂 .�⃗⃗� = 2x0 + (-4)2 + 7x2 = -8 + 14 = 6 Usando a definição para o caso em que nenhum dos 2 vetores é nulo, chega-se à conveniente fórmula a seguir usada para o cálculo do ângulo formado entre 2 vetores: 6 Z X Y A B (1,1,0) C D (1,1,1) O (0,0,0) Entretanto, como se deseja normalmente obter o menor ângulo entre os vetores, modifica-se a fórmula anterior, obtendo-se: EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DO PRODUTO ESCALAR 1) Calcular o ângulo formado entre os vetores �⃗⃗� (1,1) e �⃗⃗� (4,3) Solução ||�⃗⃗� || = √12 + 12 = √2 ||�⃗⃗� || = √42 + 32 = √25 = 5 �⃗⃗� .�⃗⃗� = 1x4 + 1x3 = 7 Usando a fórmula, obtém-se: = 8,1º 2) Calcular o ângulo formado entre uma diagonal de um cubo e uma das arestas que seja com ela concorrente. Solução Tem-se a seguinte figura geométrica: Fixando o comprimento de cada aresta do cubo = 1 e colocando a origem do espaço no ponto O, tal como indicado na figura, e considerando a diagonal 𝐎𝐃̅̅ ̅̅ , podem-se definir os seguintes vetores: 𝐎𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (1-0,1-0,1-0) = (1,1,1) ||𝐎𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ || = √12 + 12 + 12 = √3 𝐁𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (1-1,1-1,1-0) = (0,0,1) ||𝐁𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ || = √12 = 1 𝐎𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ .𝐁𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 1x0 + 1x0 + 1x1 = 1 Logo, usando a fórmula, calcula-se: cos = 1 √3 ⁄ = 54,7º 7 O mesmo valor será encontrado usando outros pontos como referência. 1.7. Produto vetorial Diversos fenômenos físicos estudados em Mecânica, Eletricidade e Eletromagnetismo resultantes da interação entre 2 vetores podem ser quantificados aplicando-se o fomalismo matemático apresentado a seguir, denominado produto vetorial. Exemplos: — momento de uma força em relação a um ponto = força x distância; — força 𝐅 exercida sobre uma partícula com carga elétrica e velocidade �⃗⃗� em um campo magnético de intensidade �⃗⃗� : 𝐅 = �⃗⃗� x �⃗⃗� . O resultado do produto vetorial, representado por um “x”, é SEMPRE um 3o vetor. Assim 𝐂 = �⃗⃗� x �⃗⃗� representa o produto vetorial entre �⃗⃗� e �⃗⃗� , que tem como resultado o vetor 𝐂 . O produto vetorial possui as seguintes proprieda des: o vetor resultado tem direção perpendicular ao plano definido pelos outros dois vetores; o sentido do resultado é obtido a partir da chamada regra da mão direita - ver figuras a seguir, na qual a seta vermelha indica o sentido do vetor resultado; 8 Z X Y = 2 - 7 -6 (2,-7,-6) a fórmula que relaciona os módulos de dois vetores �⃗⃗� e �⃗⃗⃗�multiplicados vetorialmente entre si e o do vetor resultado, bem como o ângulo formado entre os dois vetores é: por se tratar de uma operação cujo resultado é um vetor perpendicular ao plano dos outros dois, só há sentido para o produto vetorial no espaço a 3 dimensões; Vale recordar que qualquer vetor no espaço tridimensional pode ser visto como uma combinação dos vetores unitários (ou canônicos) - 𝐢 (1,0,0), 𝐣 (0,1,0) e 𝐤 (0,0,1), paralelos aos eixos cartesianos - ver figura abaixo. Sendo dois vetores �⃗⃗� (vx,vy,vz) e �⃗⃗⃗� (wx,wy,wz), calcula-se o resultado do produto vetorial entre eles, �⃗⃗� = �⃗⃗� x �⃗⃗⃗� , por meio do seguinte determinante simbólico, no qual 𝐢 , 𝐣 e 𝐤 representam os vetores unitários: Exemplo: sendo �⃗⃗� = 𝐢 + 2𝐣 - 2𝐤 (1,2,-2) e �⃗⃗� = 3𝐢 + 𝐤 (3,0,1), segue que, Uma consequência do produto vetorial é que o módulo do vetor resultado é numericamente igual à área do paralelogramo definido pelos dois vetores. Tal fato é ilustrado na figura a seguir. 9 Sabe-se que a área de um paralelogramo = base x altura e, em função da fórmula do produto vetorial, escreve-se: que corresponde justamente ao produto base x altura. 1.8. Produto misto Define-se produto misto entre 3 vetores como o produto escalar de um deles pelo produto vetorial dos outros dois. Por se tratar do resultado de um produto ESCALAR entre 2 vetores, o resultado do produto misto é SEMPRE um número real. Matematicamente, para o caso dos vetores �⃗⃗� , �⃗⃗� e 𝐂 , escreve-se: n = �⃗⃗� . (�⃗⃗� x 𝐂 ), sendo n um no real Embora esta operação possa ser realizada em etapas, calculando-se primeiramente o produto vetorial, seguido do produto escalar, o resultado do produto misto pode ser imediatamente obtido por meio de um determinante. Sendo: �⃗⃗� (ax,ay,az); �⃗⃗� (bx,by,bz); 𝐂 (cx,cy,cz); o resultado do produto misto �⃗⃗� .(�⃗⃗� x 𝐂 ) é obtido pelo determinante a seguir: Exemplo. Considerando: �⃗⃗� = 2i - j + 3k⃗ (2,-1,3) �⃗⃗� = -i + 4j + k⃗ (-1,4,1) W⃗⃗⃗ = 5i + j - 2k⃗ (5,1,-2) o produto misto �⃗⃗� .(�⃗⃗� x �⃗⃗⃗� ) é calculado por: 10 Demonstra-se que o módulo do resultado do produto misto corresponde ao volume do paralelepípedo formado entre os 3 vetores, o que é ilustrado na figura a seguir. Decorre também do produto misto o fato que, se o resultado desta operação é nulo, os 3 vetores são coplanares. Ou seja, se: �⃗⃗� . (�⃗⃗� x 𝐂⃗⃗⃗ ) = 0 �⃗⃗� , �⃗⃗� e 𝐂 pertencem a um mesmo plano. 1.9. Problemas 1) Calcular os ângulos internos do triângulo cujos lados são A (1,2), B (-1,-1) e C (2,-2). Solução A partir das coordenadas dos pontos, calculam-se as coordenadas dos 3 vetores cujas extremidades correspondem a tais pontos. 𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = (-1-1, -1-2) = (-2,-3) ‖𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗‖ = √22 + 32 = √13; 𝐀𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗ = (2-1,-2-2) = (1,-4) ‖𝐀𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗‖ = √12 + 42 = √17; 𝐁𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗ = [2-(-1),-2-(-1)] = (3,-1) ‖𝐁𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗‖ = √32 + 12 = √10. Calculam-se os 3 produtos escalares: 𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗.𝐀𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗ = (-2,-3).(1,-4) = -2 + 12 = 10 𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗.𝐁𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗ = (-2,-3).(3,-1) = -6 + 3 = -3 𝐀𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗.𝐁𝐂⃗⃗⃗⃗ ⃗= (1,-4).(3,-1) = 3 + 4 = 7 Usando a fórmula do produto escalar, tem-se: 1 = 47,73º 2 = 74,74º 11 3 = 57,53º Observa-se, como esperado, que a soma dos 3 ângulos é igual a 180º. 2) Determine os valores de x e y de tal modo que o vetor �⃗⃗� (x,y,1) tenha módulo igual a √3 e seja perpendicular ao vetor �⃗⃗� (1,3,4). Solução Se �⃗⃗� �⃗⃗� , então o produto escalar entre eles é nulo. Assim, escreve-se: (x,y,1).(1,3,4) = 0 x + 3y + 4 = 0 x = -4 - 3y (1) Em relação ao módulo do vetor, tem-se: √𝑥2 + 𝑦2 + 12 = √3 elevando ao quadrado os dois lados dessa igualdade: x2 + y2 + 1 = 3 x2 + y2 - 2 = 0 (2) Combinando as relações (1) e (2), obtém-se: (-4 - 3y)2 + y2 - 2 = 0 10y2 + 24y + 14 = 0 Esta equação do 2o grau possui 2 raízes: y1 = -7/5 y2 = -1 Usando, então, a relação (1), obtém-se: x1 = -4 - 3(-7/5) x1 = 1/5 x2 = -4 + 3 = -1 Ou seja, o problema possui 2 soluções: 𝐔𝟏⃗⃗⃗⃗ ⃗ = (1/5,-7/5,1) 𝐔𝟐⃗⃗⃗⃗ ⃗ = (-1,-1,1) 3) Seja �⃗⃗� um vetor no espaço tridimensional. Considerando que é válido o sistema de equações indicado a seguir, calcule as coordenadas de �⃗⃗� . �⃗⃗� .(2𝐢 + 3𝐣 + 4𝐤 ) = 9 �⃗⃗� x (-𝐢 + 𝐣 - 𝐤 ) = -2𝐢 + 2𝐤 Solução Sejam x, y e z as coordenadas do vetor �⃗⃗� . Levando em conta a 1a equação e, por meio da regra do produto escalar, escreve-se: 12 (x,y,z).(2i + 3j + 4k⃗ ) = 9 (x,y,z).(2,3,4) = 9. Desenvolvendo, obtém-se: 2x + 3y + 4z = 9 (1) Por sua vez, o produto vetorial indicado na 2a equação equivale a: (x,y,z) x (-1,1,-1) = (-2,0,2). Introduzindo tais valores no determinante simbólico inerente ao produto vetorial, tem-se: Resolvendo o determinante simbólico e igualando-se os 2 resultados, chega-se à seguinte equação vetorial: -(y + z)𝐢 + (x - z)𝐣 + (x + y)𝐤 = -2𝐢 + 2𝐤 Para que 2 vetores sejam iguais, suas coordenadas também devem se igualar. Portanto, escreve-se: y + z = 2 x - z = 0 x = z x + y = 2 Combinando-se essas 3 equações, obtém-se: x + y = 2 Por sua vez, utilizando a relação (1) proveniente da equação relativa ao produto escalar, chega-se ao seguinte sistema de 2 equações a 2 incógnitas (considerando que x = z): x + y = 2 x + y = 2 6x + 3y = 9 2x + y = 3 cuja resolução fornece como resultado x = 1 e y = 1 Portanto, a resposta do problema é: 𝐀 ⃗⃗ ⃗(1,1,1). 4) Sejam os pontos A, B, D e E mostrados na figura abaixo, cujas coordenadas são: A = (0,0,0), B = (-1,-1,0), D = (0,3,0) e E = (2,2,1). Tais pontos formam um tetraedro. Sabendo que o volume de um tetraedro é igual a 1/6 do volume do paralelepípedo também indicado na figura, calcule o volume do tetraedro ABDE. 13 Solução Calculam-se as coordenadas dos vetores indicados na figura: 𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = (-1-0,-1-0,0-0) = (-1,-1,0) 𝐀𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (0-0,3-0,0-0) = (0,3,0) 𝐀𝐄⃗⃗⃗⃗ ⃗ = (2-0,2-0,1-0) = (2,2,1) Calcula-se o produto misto 𝐀𝐁⃗⃗ ⃗⃗ ⃗.(𝐀𝐃⃗⃗⃗⃗⃗⃗ x 𝐀𝐄⃗⃗⃗⃗ ⃗), cujo resultado obtém-se por meio do seguinte determinante: Como informado no enunciado, conclui-se que o volume do tetraedro ABDE é igual a |-3| / 6 = 1/2 ou 0,5. 5) Calcular os ângulos que o vetor �⃗⃗� (3,4,12) forma com os eixos cartesianos X, Y e Z. Solução Os ângulos de qualquer vetor com os eixos cartesianos são obtidos por meio dos seguintes produtos escalares: com o eixo X: �⃗⃗� . 𝐢 ; com o eixo Y: �⃗⃗� . 𝐣 ; com o eixo Z: �⃗⃗� . 𝐤 ; O módulo do vetor V⃗⃗ é igual a √32 + 42 + 122 = √169 = 13 Por sua vez, os módulos dos vetores 𝐢 , 𝐣 e 𝐤 são todos iguais a 1. Chamando de , e os ângulos com os eixos X, Y e Z, respectivamente, calculam-se: E, analogamente, 14 Observação: demonstra-se que, para qualquer vetor no espaço a 3 dimensões, a seguinte relação é obedecida: cos2 + cos2 + cos2 = 1 sendo , e os ângulos formados com os eixos cartesianos X, Y e Z. Os alunos devem fazer esta demonstração.
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