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Direito do Trabalho - Contrato de Trabalho

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Direito do Trabalho – Contrato do Trabalho 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
1 
 
Introdução 
 
 
O Direito do Trabalho constitui em um conjunto de princípios, institutos e normas jurídicas 
cogentes criadas e impostas pelo Estado para reger as relações entre empregados e 
empregadores, é um fenômeno recente na história da humanidade, eis que surgiu após a 
Revolução Industrial, no Século XVIII. 
 
Como sempre acontece, à medida que os fatos sociais surgem, impõe-se a necessidade 
de que sejam regulados pela ordem jurídica. No caso do trabalho operário, com a 
Revolução Industrial houve um deslocamento maciço da população rural para as cidades, 
como ocorre hoje em alguns países da Ásia Oriental, em busca de trabalho. 
 
 Isso porque a indústria, ao contrário das outras atividades econômicas necessitava de 
uma gigantesca massa de trabalhadores em seu processo produtivo, que no início da 
industrialização estavam submetidos a condições extremamente desumanas, tais como 
jornadas exaustivas (era comum que os operários, inclusive mulheres e crianças, 
trabalhassem 16 horas por dia), inexistência de intervalos de descanso intrajornada e de 
férias, ambientes de trabalho extremamente perigosos e insalubres, o que levava a 
frequentes acidentes fatais e numerosíssimos casos de doenças ocupacionais 
incapacitantes ou fatais. 
 
Toda essa exploração desumana levou a um sem número de conflitos sociais, tais como 
frequentes greves, que eram muitas vezes reprimidas violentamente pelos governos, de 
modo que se mostrou imprescindível que fosse criada uma legislação que limitasse a 
autonomia que as empresas tinham com relação às relações capital/trabalho. 
 
Assim, o Direito do Trabalho nasceu pelo fórceps da luta dos trabalhadores, bem como 
pelo trabalho de muitas pessoas e instituições altruístas que não se conformavam com 
tamanha brutalidade e exploração dos trabalhadores pelo capital. 
 
No Brasil, com a industrialização do país após a Revolução de 1930, foram surgindo as 
primeiras aglomerações significativas de operários, de modo que as leis trabalhistas 
foram surgindo gradativamente, por força do poder de organização de algumas categorias 
de trabalhadores, como ferroviários, bancários, professores, etc., o que levou à criação de 
leis esparsas prevendo alguns direitos para os trabalhadores destas categorias. 
 
Em 1943 entrou em vigor a Consolidação das leis do Trabalho. Pelo próprio nome vê-se 
que não se trata de um Código, mas sim de uma Consolidação; isto porque houve não a 
elaboração de uma lei completamente nova, mas sim uma consolidação de textos de leis 
esparsas que tratavam das relações entre empregadores e empregados. 
 
 
Princípios constitucionais relativos ao trabalho humano. 
 
 
No atual ordenamento jurídico brasileiro o trabalho humano é realçado e protegido pela 
Constituição Federal com base na a dignidade da pessoa humana, valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa, construção e uma sociedade livre, justa e solidária, 
 
Direito do Trabalho – Contrato do Trabalho 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
2 
Art. 1º CF/88 – A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como 
fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa. 
 
Art. 3º CF/88 - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir 
uma sociedade livre, justa e solidária. 
 
No artigo 7º (CF/88) está elencados uma série de direitos dos trabalhadores (leia-se 
empregados) urbanos e rurais e nos artigos 8° e 9º estão garantidos os direitos de livre 
associação profissional ou sindical e de greve, respectivamente. 
 
Já a norma insculpida no artigo 170 impõe que a ordem econômica está fundada na 
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, que são princípios a função social da 
propriedade e da defesa do meio ambiente. Nesse mesmo diapasão, o princípio 
insculpido no artigo 193 dispõe que a ordem social tem como base o primado do trabalho 
e como objetivo o bem-estar e a justiça social. 
 
2 – Contrato de Emprego – Relação de Emprego 
 
Em primeiro lugar, convém frisar que as expressões contrato individual de trabalho, 
contrato de trabalho, contrato de emprego, relação de emprego, relação de trabalho, são 
utilizadas pelas leis trabalhistas como sinônimas. 
 
Porém, tecnicamente, contrato de emprego é uma espécie do gênero contrato de 
trabalho. Assim, um contrato entre um dentista e seu cliente, um eletricista autônomo e 
seu cliente, um servidor público estatutário e a administração, uma diarista e seu cliente, 
por exemplo, são contratos de trabalho, porém não são contratos de emprego. 
 
Isto porque contrato de emprego é uma espécie do gênero contrato de trabalho, e como 
tal tem seus elementos que o definem. E é um contrato de fundamental importância, 
porque a maioria esmagadora dos contratos de trabalho são contratos de emprego. 
 
Assim, o primeiro passo para o operador jurídico é analisar e concluir quanto à natureza 
do contrato de trabalho em baila; se se tratar de contrato de emprego, sobre ele incidirá 
toda a legislação trabalhista; se não, ou atrairá a incidência das normas do Código Civil 
ou de alguma lei relativa a servidores públicos estatutários. 
 
A CLT, no artigo 3°, define o que deve ser entendido como empregado: é aquela pessoa 
física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência 
deste e mediante salário. 
 
Assim, para se concluir que um trabalhador esteja na condição de empregado há de estar 
presentes os elementos pessoalidade do trabalhador, não eventualidade na prestação 
dos serviços, pagamento de salário como contraprestação ao trabalho prestado e 
subordinação jurídica ao empregador. 
 
Não eventualidade significa que o trabalho prestado é daqueles que o empregador 
precisa normalmente pela própria dinâmica de sua atividade empresarial. Assim, se se 
trata de uma necessidade normal de trabalho por parte do empregador, o trabalho é não 
eventual. 
 
Direito do Trabalho – Contrato do Trabalho 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
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Já a subordinação jurídica significa que o trabalhador presta os serviços não por conta 
própria, mas por conta do empregador; isto é, ele se insere no contexto produtivo sob o 
comando do empregador, que define seus horários de trabalho, seus horários de intervalo 
durante a jornada, o local de trabalho e controla e fiscaliza seu trabalho quanto à 
eficiência, qualidade e horários de trabalho. Já o autônomo não é empregado porque não 
trabalha por conta de outrem, mas por conta própria, definindo seus horários de trabalho e 
sem ficar submetido à fiscalização e controle do contratante durante a execução dos 
serviços. 
 
Por outro lado, o artigo segundo da CLT define empregador, como sendo a empresa, 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria 
e dirige a prestação pessoal de serviços. 
 
Um princípio fundamental emerge dessa definição: o risco da atividade econômica é do 
empregador. Assim, se houver prejuízo em sua atividade econômica, é um problema seu, 
os direitos dos trabalhadores não poderão ser lesados. Aliás, é um princípio dos mais 
importantes do Direito do Trabalho o que dispõe que os salários dos empregados são 
intangíveis. 
 
O parágrafo segundo do artigo segundo da CLT dispõe que se houver um grupo 
econômico, todas as empresas deste grupo são responsáveis solidárias pelos créditos 
trabalhistas dos empregados de qualquer delas. 
 
A parte de Introdução da CLT (Título I), além de definir empregador e empregado e 
delimitar a aplicação de suas normas aos empregados urbanos, traz outras normas 
fundamentais para o manejo do Direito do Trabalho pelo operador jurídico. Assim, no 
artigoquarto está disposto que o tempo em que o empregado esteja à disposição do 
empregador, mesmo que apenas aguardando ordens, é considerado como de serviço 
efetivo. 
 
Nos artigos 5º e 6° vedam-se alguns tipos de discriminação. Com a Constituição Federal 
de 1988, todo tipo de discriminação ficou proibida. Já no artigo 8º estão dispostas as 
formas de integração das normas dispostas na CLT.A norma insculpida no artigo 9º é de 
fundamental importância, pois fulmina de nulidade qualquer ato que venha a fraudar as 
normas de proteção do trabalho. 
 
3 – O Contrato 
 
 
O contrato de trabalho é um documento imprescindível que firma o vínculo empregatício 
entre a contratante e o funcionário. Ele funciona como um acordo, e possui diversas 
finalidades que vão desde seguir uma determinação prevista pela Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), até estabelecer as funções que serão exercidas pelo colaborador e 
seus direitos garantidos. 
 
No momento de sua elaboração, existem diversos modelos deste documento que podem 
ser adotados, e poderão variar conforme o tipo de contratação que for exercida. Qualquer 
erro em sua elaboração pode acarretar em sérios prejuízos legais para as empresas. Por 
 
Direito do Trabalho – Contrato do Trabalho 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
4 
isso, é necessário saber todas as informações que devem constar no contrato, assim 
como os tipos que existem. 
 
De acordo com a legislação trabalhista, o contrato de trabalho deve ser entendido como 
um acordo feito entre a contratante e o contratado. Ele pode ser feito de forma escrita ou 
verbal, por tempo determinado ou indeterminado. 
 
Seu objetivo é firmar a relação empregatícia que será criada, ou seja, formalizar o vínculo 
entre a pessoa física e uma pessoa jurídica. Mas, além disso, também serve como um 
documento no qual deverá conter uma série de informações referentes ao colaborador e 
às tarefas que ele irá exercer na organização.

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