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Doenças cutâneas em felinos (1)

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DOENÇAS
CUTÂNEAS EM
FELINOS
@GABSBUSTAMANTE
 
Idade: algumas doenças cutâneas são mais
comuns em determinadas faixas etárias. Sarna
na orelha, parasitos contagiosos e
dermatofitoses são mais comuns em filhotes do
que em gatos adultos. Doenças alérgicas tendem
a ser observadas primeiramente em gatos com
6 meses a 2 anos de idade. 
1- Queixa do proprietário
2- Informações de assinalamento: Abordagem
diagnóstica
Obtenção do Histórico
Sexo: felinos machos inteiros, especialmente se tiverem vida livre, são
mais propensos a abscessos e outras infecções.
Raça: esse item é menos importante do que em cães, porém existem
algumas doenças relacionadas com a raça, como a dermatite por
Malassezia de gatos Rex.
Estilo de vida e o fato de haver ou não outros gatos morando no
mesmo local: gatos com acesso ao ambiente externo são mais passíveis
de contrair doenças cutâneas contagiosas; assim, saber se há problema
de pele em outros felinos do lugar pode ajudar a determinar se a
doença cutânea é contagiosa.
Origem: animais de companhia recém-adquiridos de criadores, abrigos,
lojas especializadas ou organizações de resgate apresentam risco maior
de doenças cutâneas contagiosas e infecciosas.
Data de início
Desenvolvimento agudo ou crônico: início agudo pode sugerir reações
medicamentosas ou reações irritantes em contraste com um problema
crônico que é mais compatível com doenças alérgicas ou tumores.
Gatos mais velhos são mais suscetíveis a doenças cutâneas imunomediadas,
tumores ou doenças associadas a doenças sistêmicas.
 Com relação à doença cutânea em si, o veterinário deve estabelecer os
seguintes elementos fundamentais:
Sazonalidade: as doenças cutâneas sazonais envolvem
pulgas, alergias a pulgas, dermatites atópicas e doenças
parasitárias. As alergias alimentares não são sazonais.
Qual era o aspecto no início?
A doença é pruriginosa?
O prurido desenvolveu-se antes, ao mesmo tempo ou
após o desenvolvimento das lesões?
Quão grave é o prurido, e com que frequência ocorre? 
Como o prurido se manifesta (p. ex., com o animal
dando mordidas, comendo as unhas, puxando o pelo,
esfregando-se)?
Que partes do corpo estão acometidas?
O prurido responde a tratamento com corticosteroide?
 Em gatos com prurido conhecido ou suspeito, existem cinco
pontos fundamentais a estabelecer:
Vibrissas: estão rombas ou quebradas? Há
possibilidade de isso ser sinal de prurido e é
comum em gatos atópicos.
3- Exame físico
Queixos e lábios: há perda de pelo? Há
comedões ou furúnculos? Esses são sinais de
fricção facial.
Orelhas e áreas pré-auriculares: há exsudato excessivo nas orelhas?
Qual a consistência? A hiperpigmentação pré-auricular pode ser
decorrente de comedões. Há evidências de hematoma auricular
pregresso? As lesões estão na parte interna das orelhas? Há perda de
pelo ou crostas nas orelhas? Dermatofitose e pênfigo acometem as
orelhas. As margens das orelhas são normais? Margens irregulares
podem decorrer de traumatismo, enregelamento ou neoplasia. Há pelo
branco na cabeça? A pele está normal? Se estiver anormal, poderá ser
decorrente de lesão solar. Além disso, há possibilidade de ocorrerem
carcinomas escamocelulares ou alterações actínicas iniciais
Prurido: coceira
Nariz e face: há perda de pelo? Crostas? Ulceração?
Cavidade bucal: procurar úlceras ou erosões
Patas e leito das unhas: gatos com prurido costumam morder as unhas,
que terão aspecto quebrado e dividido. Há fragmentos cerosos pretos
próximos do leito da unha ou na área interdigital? Com frequência, esse
é um sinal de crescimento excessivo de leveduras associado a alergias ou
doenças sistêmicas. Os coxins plantares estão normais? Crostas e
espessamento dos coxins plantares são anormais e podem ser causados
por doenças imunomediadas, dermatofitoses e síndrome hepatocutânea.
Há calosidades nos coxins plantares? Isso pode sugerir distúrbio de
queratinização ou anormalidade de desenvolvimento, ou ainda explicar
claudicação. Os coxins plantares parecem inchados? Isso é comum na
pododermatite por plasmócitos.
Qualidade dos pelos: os gatos praticam autolimpeza meticulosa, e pelos
emaranhados e não cuidados não são normais. Há descamação
excessiva? Os pelos têm descamação presa? Isso é comum em gatos com
piodermite bacteriana. Se houver descamação, ela é espessa e aderente?
Isso é gravemente anormal e está mais comumente associado a doenças
neoplásicas ou imunomediadas. Também pode ser encontrada em
dermatofitose grave. Os pelos se soltam com facilidade? Há perda de
pelo? Em caso afirmativo, os pelos estão ásperos, sugerindo raspagem?
Qual o padrão geral da perda de pelo?
Ventre: inspecionar atentamente os mamilos. Há pústulas ou crostas?
Pústulas ao redor dos mamilos são raras e mais comumente vistas nos
casos de pênfigo. Examinar a cauda e a base da cauda. Pelo
excessivamente oleoso na cauda sugere inflamação de glândulas
sebáceas, autolimpeza ruim, ou ambas. Convém inspecionar atentamente
a pele quanto a lesões primárias e secundárias. Muitas lesões não são
encontradas facilmente, exceto por palpação da pele.
Os comportamentos e os achados clínicos associados a prurido são (porém
não estão limitados a) ato de coçar e morder o corpo evidente, esfregação
da face, vibrissas quebradas e tortas, perda de pelo no queixo, formação
de comedões nos lábios e no queixo, balançar da cabeça, excesso de
autolimpeza, pelo quebrado ou eriçado, mancha por saliva das patas,
automutilação, tiques nervosos e irritabilidade quando o animal é acariciado.
O problema cutâneo mais comum em
gatos é o prurido, e o diagnóstico ou é
evidente ou exige exames sistêmicos.
 As três causas mais comuns de prurido
em gato são parasitos, infecções e
doenças cutâneas alérgicas. 
Prurido
Otodectes
A infestação por ácaros mais comum em gatos é o ácaro da orelha
Otodectes. Os ácaros alimentam-se de epitélio e o canal da orelha preenche-
se de material preto-acastanhado. Os sinais clínicos clássicos são secreção
em borra de café e prurido. As infestações por ácaros dos ouvidos não
tratadas e tratadas inadequadamente podem levar a infecções secundárias,
otite externa (OE) ou otite média (OM) purulenta e hematomas na orelha. 
O diagnóstico de infestações por ácaros da orelha é feito encontrando-se
ácaros por exame direto com o otoscópio ou, mais comumente, em citologia
de swab de orelha em óleo mineral.
Os fragmentos são removidos delicadamente do canal da orelha, pois
nenhum tratamento tópico para a orelha ou tratamentos spot-on (p.
ex., selamectina) consegue penetrar nesse material, que pode conter
grande número de ácaros e ovos. O óleo mineral é útil para amolecer o
material.
O alívio do prurido no ouvido é proporcionado pela aplicação tópica de
um esteroide ótico
Um tratamento de corpo inteiro é empregado para prevenir a
reinfestação de ácaros migrantes. Recomenda-se o uso concomitante de
um acaricida ótico e um produto para controle de pulgas no corpo
inteiro. 
Há diversos protocolos de tratamento bem aceitos e eficazes para
infestações por ácaros. Os pontos fundamentais de tratamento são:
Causas parasitárias de
prurido
Ácaros e piolhos do pelo
Os ácaros mais comuns do pelo são Dermanyssus gallinae, Lynxacarus
radovskyi, trombiculídios (bicho-de-pé) e Cheyletiella spp.
D. gallinae, ou ácaro-da-galinha, é mais comum em pássaros silvestres e
pássaros criados como animais de estimação. Os gatos de estimação são
expostos mais comumente quando as casas têm pássaros silvestres fazendo
ninhos próximos a pórticos telados. O diagnóstico pode ser difícil, porém um
achado útil no histórico consiste em o proprietário relatar encontrar
pássaros novinhos mortos próximos a esses ninhos.
 As infestações por L. radovskyi foram relatadas no Havaí, no Texas e
na Flórida. Os sinais clínicos variaram de prurido leve a intenso e erupção
papular. As infestações por ácaros foram generalizadas e produziram
grande quantidade de descamação. Nos poucos casos vistos por esses
autores, os ácaros não foram difíceis de serem encontrados.
Os trombiculídios são uma causa pouco diagnosticada de pruridoem gatos.
Os bichos-de-pé vivem em material orgânico, e é a larva que parasita e se
alimenta de animais. As picadas podem ocorrer em qualquer lugar, porém
são mais comuns em áreas de contato com grama ou solo. O sinal clínico
mais comum é uma erupção papular. Nos casos vistos pelos autores, tanto
os proprietários quanto os gatos estavam acometidos. As infestações são
sazonais e tendem a ocorrer no fim do verão e no outono.
Os ácaros do gênero Cheyletiella são a causa mais conhecida e comum de
infestação de ácaros no pelo de gatos. Os animais infestados podem ser
assintomáticos e não identificados até que pessoas ou outros gatos estejam
acometidos. A apresentação clínica clássica consiste em descamação dorsal
com prurido de leve a moderado, que pode ser intenso.
Já o ácaro Notoedres cati, também conhecido como “sarna felina”, é
responsável por uma doença cutânea de gatos altamente pruriginosa. É
incomum e encontrada com maior frequência em gatis e locais com diversos
gatos. Os gatos acometidos apresentam crostas e descamação intensamente
pruriginosas em face, orelhas, cabeça, pescoço, patas e região perineal. Se
não tratada, a pele torna-se liquenificada, hiperpigmentada, alopécica e
escoriada. Esses ácaros são encontrados com facilidade em raspados de
pele.
Os piolhos são espécie-específicos e contraídos por contato direto com outro
hospedeiro infectado. Os gatos são acometidos por apenas uma espécie de
piolho, Felicola subrostratus. Os animais infestados podem estar
assintomáticos ou, mais comumente, manifestar inquietação, prurido,
descamação, perda de pelo e irritabilidade. 
As opções de tratamento para as infestações de piolho, ácaros do pelo, 
 Cheyletiella e Notoedres são semelhantes. A chave para o tratamento
exitoso consiste em usar um produto que seja aplicado em toda a cobertura
de pelo. Se possível, o gato deve ser banhado, a fim de remover resquícios,
descamação em excesso, casulos de ovos e lêndeas do pelo. 
A doença é causada por D. cati, um ácaro fino e longo, ou por D. gatoi, um
ácaro arredondado e curto. A doença cutânea pode estar limitada às
orelhas, provocando otite pruriginosa. É possível que também sejam
encontradas lesões cutâneas localizadas ou generalizadas. As lesões
localizadas, em geral, caracterizam-se por perda de pelos em áreas,
descamação e eritema(vermelhidão) ao redor dos olhos ou sobre a cabeça
ou o pescoço. Podem ser encontrados eritema, descamações, crostas, pelos
facilmente depiláveis, alopecia (calvície) simétrica ou apenas prurido intenso
semelhante a tremores felinos.
O D. cati é encontrado mais comumente em gatos com prurido nas orelhas
ou com lesões cutâneas e doença concomitante, como diabetes melito,
hiperadrenocorticismo felino, vírus da imunodeficiência felina (FIV), vírus da
leucemia felina (FeLV), toxoplasmose, lúpus sistêmico ou outras doenças
imunomediadas e neoplasia.
 O D. cati não é considerado um
ácaro contagioso. Já o D. gatoi 
 cada vez mais é visto como doença
cutânea pruriginosa de gatos e com
contágio conhecido. Cada vez mais é
encontrado em gatos com alopecia
simétrica.
Demodicose
Infestações por carrapatos e pulgas e hipersensibilidade a picada de pulgas
 As infestações por pulgas são mais comuns nos meses de clima quente, mas
podem ser encontradas durante o ano todo, mesmo em climas com estações
bem definidas e invernos frios. As infestações por pulgas podem provocar
anemia grave por picada de pulgas. Gatos jovens, idosos e gravemente
debilitados correm maior risco. 
Os gatos não alérgicos a pulgas podem não demonstrar sinais de doença,
mesmo se a cobertura pilosa estiver intensamente infestada por elas. Isso
representa um estado de tolerância e não é comum em gatos de companhia.
A maioria dos gatos com infestação por pulgas tem prurido. Perda de pelo,
descamação, erupções papulares com ou sem crostas e áreas de
autotraumatismo (ou seja, placas eosinofílicas) são comuns. A intensidade do
prurido em gato alérgico a pulgas é desproporcional ao número de pulgas
encontrado. Pode não ser encontrada pulga alguma porque os gatos
alérgicos a pulgas irão morder, mordiscar, caçar e ingerir pulgas. A perda
de pelo na área lombossacra, nos membros posteriores e no pescoço é
comum. A dermatite miliar (pequenas crostas vermelhas de soro e sangue)
também é comum, especialmente na face e no abdome. Lábios ulcerados e
alopecia simétrica são habituais. Lesões do tipo “úlcera roedora” costumam
resultar de picadas de pulga ao redor dos lábios.
As infestações por carrapatos, de fato, ocorrem em gatos e precisam ser
controladas porque podem transmitir doenças infecciosas. Com frequência,
os proprietários não observam infestações ou não acreditam que elas
possam ocorrer, pois é possível os carrapatos serem removidos
mecanicamente por autolimpeza em muitos casos. As picadas de carrapato
podem levar a pequenas reações nodulares na pele no local da fixação. As
lesões tendem a ocorrer várias semanas após a picada. Outra complicação
comum da infestação por carrapatos é a invasão do canal auditivo. Um
gato acometido pode manifestar otite ou, possivelmente, doença vestibular
grave.
As causas infecciosas de pele pruriginosa em gatos são proliferação
bacteriana (piodermite), proliferação de leveduras e dermatofitose.
Piodermite
Os patógenos mais comumente isolados são Staphylococcus spp. Os sinais
clínicos de piodermite bacteriana felina são pápulas (caroços), pústulas
(espinhas) (raras), lesões semelhantes a dermatite miliar, colaretes
epidérmicos e descamação.
Causas infecciosas de
prurido
Placa eosinofílica. Aréa sem pelos,
avermelhada e ulcerada.
O agente desencadeador pode ser um evento isolado que passou (p. ex.,
infestação por pulgas), ou, mais frequentemente, uma doença cutânea
crônica subjacente ou uma doença sistêmica.
Proliferação de Malassezia
É causada pela proliferação da levedura Malassezia spp., que é parte da
flora normal dos canais auditivos, mucosas (oral e anal) e bolsas anais. As
manifestações clínicas encontradas com mais frequência são otite externa. 
 As orelhas podem conter material negro ceroso ou apenas resquícios
ceruminosos excessivos. Resquícios cerosos ao redor do leito das unhas de
gatos não são comuns e são típicos de dermatite por Malassezia . O sinal
clínico unificador consiste em prurido que varia desde brando a intenso. A
dermatite por Malassezia é uma complicação frequente de doenças cutâneas
alérgicas, autolimpeza ruim, imunossupressão decorrente de FIV ou FeLV,
diabetes melito e neoplasia. 
A técnica de amostragem depende do local anatômico acometido: swabs de
orelha para orelha, raspados com espátula para leitos de unhas e áreas de
tampões foliculares e acne do queixo e preparado com fita de acetato para
locais na pele.
As raças de gatos com cobertura anormal de pelo (p. ex., Rex, Sphynx) têm
maior produção de óleo na pele e correm o risco de proliferação de
leveduras. Isso pode envolver o corpo inteiro, as pregas das unhas ou
ambos. Não obstante, é importante ter em mente que o crescimento
excessivo de leveduras sempre decorre de uma doença cutânea subjacente
ou de uma condição clínica. Falta de resposta ao tratamento pode ser
consequência de infecção bacteriana concomitante não diagnosticada ou de
doença cutânea subjacente persistente.
Tratamento: A higiene, seja por um profissional ou pelo proprietário, é muito
útil em gatos com dermatite por levedura. A remoção de pelos soltos,
descamação e óleos acumulados, associada a terapia sistêmica, é bastante
útil. Se a proliferação de leveduras estiver restrita a uma área focal, como
leito de unhas, queixo ou orelhas, pode ser realizada a aplicação tópica de
xampu ou solução antibacteriana e antifúngica associada. Em geral, o uso de
produtos contendo fitosfingosina é fortemente recomendado.
Dermatofitose
Esta é a doença cutânea infecciosa e contagiosa mais comum em gatos, e o
prurido pode variar. Esta doença de pele é discutida na seção sobre
descamação, crostas e pele oleosa.
Causas alérgicas de
prurido
As doenças cutâneas alérgicas mais comunsde gatos são dermatite por
alergia a pulgas, alergia alimentar, dermatite atópica felina e
hipersensibilidade felina a picada de insetos. O diagnóstico tem por base
histórico; sinais clínicos compatíveis; descarte de outras etiologias mais
comuns de doença alérgica; e resposta a esquemas de tratamentos.
Dermatite por alergia a pulgas
A dermatite por alergia a pulgas é uma doença cutânea muito comum de
felinos, causada por reações de hipersensibilidade a picadas de pulgas.
Conforme a região geográfica, os sinais clínicos podem ser sazonais ou
ocorrer durante todo o ano. Os sinais clínicos sazonais são mais comuns em
regiões onde existem estações de tempo frio bem definidas; a alergia a
pulgas tende a ocorrer nos meses de tempo quente, porém nem sempre. Pode
haver uma população viável de pulgas, suficientemente grande para
perpetuar a dermatite por picadas de pulgas, em durante os meses de
inverno. Além disso, pequenos mamíferos que vivem no local ou ao redor dela
podem ser uma fonte de exposição a pulgas durante todo o ano.
O padrão clássico consiste em perda de pelo e dermatite miliar (a dermatite
miliar é um padrão clínico caracterizado por apresentar várias pápulas
eritematosas com crostas aderentes castanhas ou negras, de tamanho
variável devido a uma reação de hipersensibilidade) sobre a região
lombossacra e membros posteriores. A dermatite por alergia a pulgas é
uma causa comum de alopecia simétrica com lesões pruriginosas papulares
recorrentes, proliferação recidivante de bactérias e leveduras, doenças
eosinofílicas e comportamentos estranhos. A alergia a pulgas é um
diagnóstico diferencial importante em gatos levados a exame devido a
mordeduras frequentes da pele; ataques frenéticos súbitos da pele; e
episódios repentinos de comportamentos hiperativos por meio dos quais o
felino parece ser caçado ou tenta escapar. Outra apresentação de possível
alergia a pulgas são pequenas úlceras eosinofílicas no lábio, com frequência
intermitentes.
O diagnóstico de dermatite por pulgas pode ser fácil ou difícil. A existência
de um histórico clínico compatível, sinais clínicos e pulgas ou excrementos de
pulgas indica bastante. Infelizmente, esses últimos não são encontrados com
frequência em gatos que conseguem se limpar de modo eficaz. A testagem
intradérmica com antígeno de pulgas e a observação da reação positiva são
sugestivas, porém não são diagnósticas. O melhor instrumento diagnóstico é
a resposta ao controle de pulgas. 
Hipersensibilidade a picada de insetos
A hipersensibilidade a picada de insetos é uma doença cutânea causada por
reações de hipersensibilidade a picadas de pequenos insetos picadores. A
hipersensibilidade a picada de insetos pode ocorrer em gatos que andam
livremente no meio externo ou naqueles que têm acesso ao meio externo por
meio de quintais telados ou com telas que possibilitem a entrada de insetos.
Os sinais clínicos podem ocorrer durante todo o ano, dependendo da
geografia e do ciclo de vida do inseto picador. As picadas de insetos
ocorrem sobre áreas de pelos finos do gato, como nariz, face interna e
externa das aurículas, área periocular e coxins plantares próximo à junção
das áreas com e sem pelo. As picadas de insetos resultam em pápulas que
variam em gravidade desde brandas a graves. Os sinais clínicos tornam-se 
mais intensos conforme a gravidade do prurido aumenta e podem envolver
ulceração disseminada, perda de pelo, hiperpigmentação ou hipopigmentação.
O diagnóstico baseia-se, principalmente, no histórico e nos sinais clínicos. A
exposição a ambientes externos, particularmente pela manhã ou à noite,
deve levantar suspeita. As lesões sofrerão resolução em 1 semana sem
tratamento se o gato for mantido dentro de casa.
Não há necessidade de tratamento, a menos que o prurido seja intenso. As
opções de tratamento possíveis são doses anti-inflamatórias de prednisolona
(0,5 mg/kg por via oral, 1 vez/dia até que as lesões sofram cicatrização) ou
doses de prednisolona em dias alternados se o gato não puder ser mantido
dentro de casa.
A doença pode ser prevenida mantendo-se o gato dentro de casa. Se isso
não for possível, o gato deverá ser mantido dentro de casa nos períodos do
amanhecer e do anoitecer. 
Alergia alimentar
As alergias alimentares em gatos são causadas por reação de
hipersensibilidade a um alimento ou aditivo alimentar. 
Neste gato, as orelhas foram
atacadas e as picadas de inseto
resultaram em rápido desenvolvimento
de pequenos granulomas eosinofílicos.
Os sinais clínicos da alergia alimentar são muito variáveis. Não existe uma
apresentação clássica. As alergias alimentares podem se manifestar com ou
sem sinais gastrintestinais; contudo, em um estudo, a existência de sinais
concomitantes foi a apresentação mais comum.
 A única maneira de diagnosticar a alergia alimentar consiste na
implementação de um experimento de dieta estrito sucedido por um teste de
desafio. A hipersensibilidade dietética é diagnosticada quando o sinal clínico-
alvo (ou seja, prurido) sofre resolução quando a dieta-teste está sendo
administrada e volta quando o gato é alimentado com sua dieta original. Os
experimentos dietéticos devem ser conduzidos durante um período de 8 a 12
semanas para se ter certeza e, durante esse tempo, poderia ocorrer
mudança de estação ou outros fatores. Consequentemente, é necessária a
prova positiva por meio do desafio.
 Não há consenso entre os dermatologistas veterinários sobre a melhor
dieta, nem estudos que apoiem alguma em particular. Existem três tipos
principais de dietas usados em experimentos alimentares: dietas caseiras,
dietas com novas proteínas e dietas hidrolisadas.
Dermatite atópica
É uma doença cutânea causada por uma hipersensibilidade tipo 1 a alérgenos
ambientais em gatos. 
O trabalho diagnóstico para a dermatite atópica felina é feito
descartando-se outras etiologias comuns de prurido (ou seja, parasitos,
infecções, alergia a pulgas e alergia alimentar) e ter histórico e sinais clínicos
compatíveis.
Além da alopecia simétrica felina, alguns dos sinais clínicos mais comuns são,
porém não estão limitados a, lesões eosinofílicas recorrentes (placas,
granuloma linear, dermatite miliar, úlceras nos lábios), “queixa do gato que
se coça todo”, alopecia em áreas específicas, mordedura da cobertura de
pelos, perda de pelo nas faces medial e lateral dos membros, prurido podal,
crescimento excessivo de leveduras no leito das unhas, otite recorrente por
leveduras, aumento da secreção ceruminosa dos ouvidos, alopecia simétrica,
vibrissas quebradas, perda de pelo no queixo e nos lábios e desenvolvimento
de comedões. A cobertura de pelos pode estar sem brilho, áspera ou, até 
mesmo, úmida. Os sinais não dermatológicos podem ser rinite, espirros,
conjuntivite, tosse crônica e linfadenopatia.
 Perda de pelo na face medial do
membro anterior.
Gato atópico com prurido
podálico. Este gato comeu as
unhas e apresentava requícios
cerosos na base da unha.
 Se o gato regularmente vai para a área externa, mantê-lo dentro de casa
diminuirá a exposição direta a diversos alérgenos sazonais. O pólen pode ser
reduzido no interior da casa por meio da limpeza regular dos ductos de
aquecimento da casa e do uso de filtros para fornalha descartáveis de alta
qualidade. Para os gatos com alergia a ácaros da poeira domiciliar, camas
antigas de gatos devem ser substituídas por camas novas lavadas no
mínimo 1 vez/semana.
Pele
escamosa,
crostosa e
oleosa
A descamação (“caspa”) e as crostas são queixas comuns dos clientes.
Crostas e esfoliação disseminadas não são comuns e, em geral, estão
associadas a um problema clínico ou a doença dermatológica mais grave. A
cobertura de pelos com oleosidade pode ser focal ou generalizada.
 Dermatofitose
A dermatofitose é a doença cutânea infecciosa e contagiosa mais comum
em gatos. O patógeno isolado com maior frequência é M. canis; no entanto,
os gatos podem ser infectados por Trichophyton spp. e Microsporum
gypseum. É mais comum em filhotes do que em adultos.
 A dermatofitose é transmitida pelo contato comambientes contaminados
ou por outros animais infectados. Para que uma infecção se estabeleça com
sucesso, os artrósporos (material infectante formado a partir da
segmentação e da fragmentação de hifas fúngicas) têm de se livrar dos
mecanismos protetores mecânicos, fisiológicos e imunológicos. O mecanismo
protetor mais importante do gato consiste em pelo sadio associado a
autolimpeza de rotina.
Descamação excessiva
 Depois que os esporos penetram na cobertura de pelo e alcançam a
superfície da pele, é necessário algum tipo de traumatismo para estabelecer
a infecção, pois os esporos não conseguem penetrar na pele íntegra. O
aumento da hidratação e da maceração da pele favorece a penetração e a
germinação de esporos. Em geral, a pele e os pelos normalmente secos
associados às propriedades fungistáticas do soro e do sebo são defesas
fisiológicas naturais do hospedeiro. O comportamento normal de autolimpeza
dos gatos distribui o sebo de áreas de alta concentração e produção
(queixo e dorso) a outras áreas.
 O período de incubação é de cerca de 1 a 3 semanas a partir do tempo de
exposição até o desenvolvimento de lesões. A recuperação da infecção
depende de uma forte resposta imunológica celular; o estresse e a
imunossupressão comprometem a recuperação.
 A doença acomete o folículo piloso e os achados clínicos mais comuns são
perda de peso, quebra do pelo, descamação e crostas. As consequências do
prurido variam desde nenhuma até automutilação.
Gato com dermatofitose. Trata-
se de doença folicular, cuja maior
característica consiste na perda
de pelo. Nesse caso, as lesões
estavam na face e na área pré-
auricular.
 Os gatos com dermatofitose generalizada frequentemente ingerem grande
quantidade de pelo durante a autolimpeza e podem ter histórico de vômitos,
constipação intestinal, problemas com bola de pelos ou com qualquer
associação desses fatores. Também são comuns eritema e descamação da
face interna ou da face externa (ou ambas) das orelhas como sintomas de
apresentação em gatos adultos. Áreas de descamação com pequena alopecia
ou quebra do pelo são uma das apresentações mais comuns em gatos de
pelo longo. 
 É importante ter em mente que esta doença apresenta cura espontânea
em gatos sadios nos demais aspectos. O motivo pelo qual os gatos são
tratados consiste em acelerar a resolução da doença, limitar a disseminação
a outros animais e pessoas e diminuir a contaminação do ambiente. Sem o
tratamento, os gatos e os filhotes estarão curados em 60 a 100 dias, ao
passo que, com o tratamento, esse tempo pode ser significativamente
encurtado. O tratamento ideal envolve modalidades tópicas, sistêmicas e
ambientais, cada uma com um papel diferente. O tratamento tópico reduz a
contaminação da cobertura de pelos, ajuda a minimizar a reinfecção do
hospedeiro e diminui a disseminação de esporos para o ambiente. O
tratamento sistêmico beneficia o gato por reduzir o número de semanas
para completar a cura por afetar o crescimento do dermatófito no estágio
de folículo piloso. A limpeza do ambiente reduz as possibilidades de infecção e
disseminação para outros hospedeiros suscetíveis.
As seguintes estratégias reduzirão a contaminação em casa:
•Tão logo um animal seja infectado, isolá-lo em um cômodo de fácil limpeza
•Remover tudo o que for desnecessário do cômodo e manter as portas de
armários fechadas
•Remover brinquedos contaminados e lavar as camas
•Tosar, pentear ou usar rolo de retirar fiapos a fim de remover pelos
infectados
•Usar enxágue antifúngico tópico 2 vezes/semana. A cal sulfurada é
particularmente segura e eficaz
•Limpar a casa de modo rotineiro e usar a técnica de tríplice limpeza no
cômodo onde o gato está confinado. 
•Após o gato estar curado, a casa deve ser lavada completamente,
utilizando-se a técnica da tríplice limpeza. Superfícies que possam ser
danificadas pelo cloro de uso doméstico devem ser limpas repetidamente com
algum produto seguro específico.
A adenite sebácea é uma doença imunomediada na qual as glândulas
sebáceas são destruídas. Os poucos casos descritos na literatura foram
apresentados com alopecia não inflamatória do corpo, áreas de perda de
pelo ou um exsudato preto-acastanhado periocular ao redor das pálpebras e
da vulva. A doença é diagnosticada por meio de biopsia de pele e pode ser
tratada com ciclosporina.
 Gato Persa com a face oleosa. O
animal tem exsudatos perioculares e
faciais simétricos e ricos em sebo.
O pênfigo foliáceo (PF) é uma doença cutânea imunomediada caracterizada
pela perda da adesão intercelular de células na epiderme. Autoanticorpos
atacam as moléculas de adesão provocando o descolamento das células
epidérmicas. Os neutrófilos invadem os espaços em resposta aos mediadores
inflamatórios. A doença pode ocorrer de modo espontâneo ou ser
consequência de reações medicamentosas. A doença é mais comum em gatos
de meia-idade.
 Clinicamente, a doença caracteriza-se por ondas de pústulas íntegras que
se rompem e formam crostas, o que resulta em áreas acometidas por
crostas e descamação. Em gatos, as lesões são encontradas com maior
frequência na face, no nariz e na face interna das aurículas. As lesões
também podem envolver as patas, o que resulta em paroníquia exsudativa e 
Síndromes de
seborreia oleosa
Adenite sebácea
Pênfigo foliáceo
crostas nos coxins plantares. As lesões podem disseminar-se e são palpadas
mais facilmente do que observadas. Há pequenas crostas sobre áreas de
exsudação por toda a cobertura de pelos. Pústulas íntegras são difíceis de
encontrar e são mais comuns na face interna das orelhas e ao redor das
mamas. Conforme mencionado anteriormente, as lesões tendem a se
desenvolver em ondas, e os gatos podem ficar deprimidos e febris
imediatamente antes do início do desenvolvimento de uma onda de lesão.
Gato com pênfigo foliáceo. Observar
as lesões no nariz e na ponta das
orelhas. 
Esta é uma doença que pode ser controlada, porém não curada. 
 Esta é uma doença que pode ser
controlada, porém não curada. 
As lesões têm início como dermatite eritematosa não pruriginosa que logo se
torna acentuadamente esfoliativa na cabeça, no pescoço, nas orelhas e no
corpo. A proliferação de leveduras é muito comum e ocorre em números
muito grandes, e esses microrganismos são encontrados com facilidade em
biopsia da pele. São sinais não dermatológicos tosse, dispneia, anorexia,
letargia e perda de peso.
Ocorrem alterações solares ou actínicas em virtude da exposição crônica à
luz solar e aos raios ultravioleta. Os efeitos prejudiciais dependem da
duração e da frequência da exposição, da intensidade de ação e da
reatividade da pele, que tem por base coloração da pele geneticamente
determinada, densidade da cobertura de pelos e suscetibilidade genética. Em
gatos, os sinais clínicos iniciais aparecem nas margens das orelhas com pelos
esparsos sob a forma de eritema e descamação fina. À medida que as
lesões evoluem, o eritema aumenta com a formação de crostas e escamas,
dor e movimentação das orelhas. A progressão adicional das lesões não
tratadas leva a ulceração e hemorragia. Além das lesões na orelha, podem
ocorrer lesões solares ou actínicas na pálpebra e nas faces dorsais do
nariz. O diagnóstico definitivo é feito por meio de biopsia. O tratamento
clínico varia desde limitar a exposição ao sol até a excisão cirúrgica da área
acometida. 
O linfoma epiteliotrópico é um linfoma de células T cutâneo incomum,
caracterizado por eritrodermia esfoliativa pruriginosa com perda de pelo e
descamação. Essa neoplasia é diagnosticada por meio de biopsia cutânea.
Dermatite esfoliativa paraneoplásica
Linfoma epiteliotrópico
Dermatite solar ou actínica
Esfoliação. Este gato tem
esfoliação intensa e proliferação
de Malassezia.
Acne do queixo e
furunculose do
queixo
Considera-se a acne um distúrbio
folicular que varia em apresentação
desde comedões dispersos até furunculose
intensa do queixo. 
O lavado facial com um
xampu antibacteriano e
antifúngico suave pode ser
útil. Em muitos casos, lavar
com água morna apenas junto
a terapia antimicrobianasistêmica é eficaz.
Após o prurido, a alopecia é o motivo mais frequente pelo qual os gatos são
levados ao veterinário para exame dermatológico. A causa mais comum de
alopecia em gatos é a lambedura autoinduzida. 
A alopecia simétrica de felinos (ASF) é um padrão de reação clínica no qual
o gato manifesta alopecia simétrica sob o tórax, o flanco, o abdome ventral
ou as regiões pélvicas. Na maioria dos casos, a etiologia subjacente é uma
doença pruriginosa que pode estar complicada por proliferação secundária
bacteriana ou de leveduras. A ASF também é capaz de se desenvolver após
exposição a irritantes ou fármacos tópicos.
No início da avaliação diagnóstica, é importante determinar se o excesso de
autolimpeza está associado a dor ou a uma doença clínica, de modo que o
gato não sofra inutilmente.
A autolimpeza excessiva do abdome ventral pode indicar dor abdominal,
particularmente dor associada à bexiga. O tratamento deve aliviar a
autolimpeza excessiva, possibilitando que o pelo cresça novamente e retorne,
uma vez retirada a substância modificadora do comportamento. 
Alopecia
Alopecia simétrica de felinos
O eflúvio telogênico é um padrão de perda de pelo não pruriginoso e não
inflamatório caracterizado por pelos facilmente removidos. Clinicamente, os
pelos são removidos com facilidade mediante tração delicada, e, com
frequência, tem-se a impressão de que a cobertura de pelos pode ser quase
retirada. Este distúrbio é comum em gatos ou gatinhos de abrigos para
animais que apresentam histórico de infecção respiratória grave,
especialmente acompanhada de febre. A perda de pelo sem prurido sofre
resolução sem tratamento.
A hipotricose congênita é uma doença rara na qual um ou mais filhotes
felinos em uma ninhada são acometidos. Os gatinhos nascem alopécicos ou
perdem seus pelos no primeiro mês de vida. A biopsia de pele revela ausência
de folículos pilosos ou estes se mostram acentuadamente atróficos. O
problema é estético, porém convém ter cuidado para a pele não ser lesada
com a falta de proteção da cobertura de pelos. 
 Eflúvio telogênico. Esse gato
encontrava-se em um abrigo, e
grandes quantidades de pelo
eram retiradas com facilidade.
A cobertura de pelo cresceu
novamente.
Eflúvio telogênico
Hipotricose congênita
Perda de pelo congênita em filhote felino.
Um gatinho na ninhada nasceu sem
folículos pilosos no tronco. 
A alopecia paraneoplásica é uma rara doença cutânea em gatos em que
existe alopecia disseminada. Uma característica exclusiva da pele é que o
animal tem o aspecto brilhoso e os pelos remanescentes são facilmente
retirados. Pode estar associada ao crescimento excessivo de bactérias e de
microrganismos Malassezia. É vista mais comumente em gatos com neoplasias
sistêmicas e é reversível se a neoplasia original for removida. Este é um sinal
clínico de doença sistêmica.
As causas mais comuns de alopecia inflamatória focal em gatos são
dermatofitose, piodermite com ou sem infecção leveduriforme secundária,
demodicose e autotraumatismo secundário a uma infestação parasitária. A
inspeção atenta da pele revela que essas lesões raramente são solitárias.
Os exames diagnósticos principais envolvem cultura para fungos, citologia da
pele, tricograma e raspado de pele.
Alopecia paraneoplásica
Alopecia inflamatória focal
Alopecia pré-auricular e auricular
A perda de pelo pré-auricular é normal em gatos, porém é mais intensa em
gatos de cor escura. A alopecia auricular é incomum e caracteriza-se por
crises episódicas de perda de pelo no pavilhão auricular. Os gatos Siameses
são predispostos. Este problema é estético e não convém tratamento algum.
 Alopecia auricular. Perda de
pelo bilateralmente simétrica
nas orelhas de um gato de
meia-idade. 
Neoplasia paraneoplásica. Observar a
alopecia, as descamações finas e a pele
brilhosa. 
Alopecia areata
A alopecia areata é uma doença cutânea imunomediada que se manifesta
como áreas solitárias ou múltiplas de alopecia não inflamatória. As áreas
são bem demarcadas e podem ocorrer em qualquer parte do corpo. O
diagnóstico é feito descartando-se outras causas de perda de pelo focal
não inflamatória e por biopsia cutânea. Não existe tratamento bem-
sucedido. É importante descartar infecções ou etiologias contagiosas de
perda de pelo.
As causas mais comuns de úlceras e erosões em gatos são doenças
pruriginosas ou associadas a descamação e crostas. Essas lesões podem ter
aspecto impressionante e o objetivo imediato do histórico e do exame físico
consiste em determinar se as lesões devem-se a uma etiologia infecciosa,
contagiosa, imunomediada ou de outra maneira potencialmente fatal. 
Na maioria dos casos, os exames diagnósticos mais úteis em gatos com
úlceras ou erosões são citologia da lesão e do exsudato, culturas para
fungos e biopsia cutânea.
Algumas condições carecem de menção especial. A ulceração bucal em gatos
está associada mais comumente a doenças virais, e o diagnóstico imediato
em geral não é difícil. Não se conhece a etiologia, e as lesões são difíceis de
controlar. Algumas são tão refratárias a tratamento que a excisão
cirúrgica é a única opção. Se houver dor neuropática envolvida, a
gabapentina pode ser uma opção terapêutica.
Úlceras e erosões
As lesões eosinofílicas são aquelas caracterizadas por eosinófilos ao exame
histológico da pele ou ao exame citológico de amostras de biopsia cutânea. A
eosinofilia periférica é variável. Nos casos graves, há possibilidade de os
gatos apresentarem linfadenopatia e de o aspirado com agulha fina revelar
linfonodos reativos com grande número de eosinófilos. As lesões tendem a
ser pruriginosas e estão mais comumente associadas a doença cutânea
alérgica.
Lesões eosinofílicas
O termo úlcera indolente descreve uma lesão erosiva unilateral ou bilateral
no lábio superior de gatos de qualquer idade. Recentemente, têm surgido
evidências de que alguns gatos podem apresentar predisposição genética
para o desenvolvimento de lesões quando expostos a desencadeadores
alérgicos, particularmente pulgas. Outro achado interessante é que essas
lesões também podem ocorrer como resultado de corpos estranhos (p. ex.,
espinhos de cactos) ou no local de uma lesão focal, como nas margens dos
lábios em locais onde foram encontrados pelos infectados por dermatófitos,
infestados por pulgas de aves ou carrapatos.
As úlceras indolentes em decorrência de traumatismo focal são transitórias
e, com frequência, ocorrências únicas e podem explicar por que, em alguns
gatos, particularmente filhotes novos, as lesões podem se desenvolver e
sofrer resolução sem tratamento e sem recorrer. As lesões que persistirem
ou que forem recorrentes são causadas por um desencadeador persistente,
como alergias alimentares ou atopia. Recomenda-se o tratamento inicial com
antibióticos. Pode ser necessário tratar lesões que não respondam
completamente a antibióticos com glicocorticoides até as lesões sofrerem
resolução
Úlcera indolente
A dermatite miliar refere-se a um padrão de reação eritematoso da pele
com formação de crostas. As placas eosinofílicas são lesões elevadas
exsudativas, erosivas, intensamente pruriginosas e de tamanho variável.
As lesões são o resultado direto de autotraumatismo e são vistas
comumente na face, no abdome, na região inguinal, nas áreas medial e
caudal das coxas e no pescoço. Essas lesões são desencadeadas com maior
frequência por um evento que provoca prurido e leva ao ato de coçar. As
lesões recorrentes costumam ser o início de uma doença alérgica subjacente,
embora nem sempre esse seja o caso. Essas lesões também podem se
desenvolver como resultado de infecções decorrentes de dermatofitose,
bactérias e Malassezia spp.
Úlcera indolente focal. Essa lesão
encontra-se no local de diversos pelos
infectados por N. canis.
Dermatite miliar e placas eosinofílicas
Dermatite miliar. Placa eosinofílica.
Hipersensibilidade a picada de mosquitos e insetos
A hipersensibilidade a picada de mosquitos e insetos caracteriza-se pela
erupção erosiva papular em face, pontas das orelhas, nariz e coxinsdigitais
de gatos. As lesões tendem a começar em áreas de pelo fino e podem ser
mais comuns em gatos de cobertura escura. As lesões são intensamente
pruriginosas, podendo ocorrer despigmentação, crostas e exsudatos. 
Tipicamente, os gatos acometidos têm acesso ao meio externo, especialmente
de manhã cedo ou ao entardecer, quando esses insetos estão se
alimentando. 
Lesões eosinofílicas familiares
As lesões eosinofílicas familiares foram descritas em gatos de laboratório
sem patógeno específico por, pelo menos, dois pesquisadores. Esses gatos
desenvolveram lesões entre 4 e 18 meses de vida, e observou-se que essas
lesões recidivavam até que os gatos tivessem, no mínimo, 4 anos de vida. Em
um estudo, 21 de 24 gatos descendentes desses originais também
desenvolveram lesões. As lesões tendiam a ser mais comuns durante a
primavera e o verão, o que sugere um possível alérgeno sazonal, inseto,
desencadeador hormonal ou reprodutivo. 
Pele que se lacera com facilidade não é comum em gatos. As causas mais
frequentes são síndrome de Ehlers-Danlos (SED), hiperadrenocorticismo
felino de ocorrência espontânea, uso excessivo de glicocorticoides exógenos e
reações medicamentosas.
A pele lacera-se facilmente, com dor mínima associada às lesões, e cicatriza.
O diagnóstico é clínico, tendo a pele uma capacidade de estiramento não
natural. Não existe tratamento. Os gatos acometidos costumam morrer em
decorrência de problemas relacionados com a doença (p. ex., vasos aórticos
rotos) ou são sacrificados a pedido dos proprietários.
Pele frágil
Síndrome de Ehlers-Danlos. Este é um defeito
congênito do colágeno caracterizado por pele
estirável.
Síndrome da fragilidade cutânea. Este gato
tem hiperadrenocorticismo felino de ocorrência
natural, e a pele lacera-se com facilidade.
Áreas focais de pele rígida costumam se apresentar mais como nódulos e
podem ser causadas por infecções bacterianas ou fúngicas, neoplasia, corpos
estranhos (p. ex., tiro de chumbinho) ou paniculite nodular estéril com pan-
esteastite. A causa mais comum de nódulos não inflamatórios na pele
consiste em degeneração do colágeno; o desencadeador mais comum é a
hipersensibilidade à picada de insetos. Indica-se a biopsia para o diagnóstico.
Pele rígida
Escara cutânea desenvolvida sobre uma
área de traumatismo. 
Alterações
pigmentares
Hiperpigmentação pós-inflamatória
A hiperpigmentação pós-inflamatória não é comum em gatos. Na experiência
da autora, é mais frequente em gatos com dermatofitose. Indicam-se
raspados de pele, citologia de pele e cultura para fungos para os pacientes
felinos com hiperpigmentação pós-inflamatória desconhecida.
Lentigo
A área focal de hiperpigmentação não inflamatória encontrada com maior
frequência é lentigo simples em gatos de cor alaranjada. Máculas não
endurecidas planas, variando em tamanho de 1 mm até 10 mm, desenvolvem-
se no nariz, nos lábios, na gengiva, nas orelhas, nas pálpebras ou no palato
duro. Essas lesões podem se tornar mais disseminadas conforme o gato
envelhece. São uma alteração estética, sem necessidade de tratamento. O
principal diagnóstico diferencial é o melanoma. Se houver alteração no
tamanho ou na natureza da lesão, indica-se a biopsia.
Despigmentação
A despigmentação não é comum em gatos, embora o leucoderma idiopático
dos coxins de gatos da raça Siamêstenha sido relatado. Além disso, os
gatos dessa raça podem desenvolver leucotriquia periocular (síndrome da
viseira) após prenhez, deficiência dietética ou doença sistêmica.
Acromelanismo
O acromelanismo é encontrado em filhotes de gatos das raças Siamesa,
Himalaia, Balinesa e Birmanesa, que nascem brancos e desenvolvem pontos
pigmentados conforme amadurecem, devido à influência de temperaturas
externas. Temperaturas altas produzem pelos claros, e temperaturas baixas
produzem pelos escuros. Isso é causado por uma enzima que depende da 
temperatura envolvida na síntese da melanina. A alteração pigmentar que
depende da temperatura é encontrada com maior facilidade quando a
cobertura de pelos é tosada e os pelos que crescem novamente mostram-se
de coloração diferente (em geral, mais escuros). A coloração normal dos
pelos retorna no próximo ciclo do pelo.
Doenças de coxins
digitais, paroníquiae
bolsas anais
Os problemas mais comuns são descamação e crostas, tumefação,
calosidades e calos digitais e ulceração. As etiologias subjacentes são
variáveis e envolvem traumatismo, doenças alérgicas, infecções, doenças
imunomediadas, tumores e doenças virais.
Linfoma cutâneo. Este é um caso
de linfoma cutâneo manifestado
em forma de tumefação e
crostas do coxim digital. 
Coxins digitais
As duas apresentações mais comuns de paroníquia em gatos são crostas e
exsudação e prurido podálico com exsudato ceroso. As causas mais comuns
de crostas e exsudação do leito da unha são infecção bacteriana,
infestação por Notoedres, dermatofitose e PF. Leito de unhas pruriginoso
quase sempre decorre da proliferação de leveduras. 
 Pododermatite de plasmócitos. Esta é uma
doença cutânea infiltrativa benigna que
acomete os coxins digitais. Observar a
tumefação e o aspecto “semelhante a
travesseiro”.
Paroníquia
Calo em coxim digital..
Leito da unha. O acúmulo de fragmentos no
leito da unha ao redor da base é típico em
gatos com pododermatite por leveduras.
A causa mais comum de problemas em bolsas anais em gatos é o prurido
perineal causado por alergias. A pele que circunda a área perineal torna-se
inflamada, os pequenos ductos superficiais tornam-se intumescidos e as
excreções não podem ser evacuadas quando o gato defeca. Gatos com
impactações recorrentes de bolsas anais ou gatos cujos proprietários
queixam-se de lambedura anal excessiva devem ser examinados com cuidado
quanto a doenças cutâneas alérgicas, o que inclui alergia a pulgas, alergia
alimentar e dermatite atópica. A pele perineal é facilmente colonizada em
excesso por bactérias e leveduras, o que aumenta o prurido. Pode ser
necessária terapia antimicrobiana sistêmica associada para resolver essa
inflamação. É possível os gatos com prurido perineal não complicado, causado
por alergias, serem tratados com corticoterapia tópica, esquemas curtos de
esteroides por via oral, se o problema for sazonal ou ciclosporina.
Tumores e outras tumefações de dígitos individuais
A tumefação de dígitos individuais pode ser causada por neoplasia, corpos
estranhos ou infecção. A biopsia é o modo mais rápido de diagnosticar o
problema.
Doenças das bolsas anais
Prurido perianal.
Abscesso de bolsas anais. Este
gato apresentava abscessos
crônicos de bolsas anais e
exsudatos em decorrência de
alergias.
Existem três apresentações clínicas de otite em gatos, conforme a
localização anatômica: otite externa (OE), otite média (OM) e otite interna
(OI).
Os fatores predisponentes a serem considerados em gatos são, por exemplo,
clima úmido e aumento da maceração do tecido da orelha causado por
autolimpeza frequente. 
As causas primárias são doenças que provocam diretamente doença na
orelha. São exemplos doenças parasitárias, alergias, doenças autoimunes,
neoplasia, distúrbios de queratinização, dermatite facial de gatos da raça
Persa, doenças congênitas (raças de gatos sem pelos), corpos estranhos,
pólipos e traumatismo (como lesões térmicas e enregelamento).
 Os fatores perpetuadores impedem que a doença da orelha se cure. Os
mais comuns são bactérias e leveduras. As etiologias mais comunes de otite
recorrente em gatos são OM não diagnosticada, infecções resistentes e
obstruções do canal auditivo.
 A OE em gato inclui, por exemplo, qualquer combinação dos seguintes sinais
clínicos: eritema; perda de pelo; descamação; crostas; prurido; dor; pavilhão
auricular deformado; espessamento do pavilhão externo; odor; e exsudato de
coloração, quantidade e consistência variáveis. O proprietário pode relatar
agitação da cabeça, coceira nas orelhas, ataques de coçar a orelha após
manipulação, alterações nos hábitos alimentares, alterações no
comportamento (p. ex., esconder-se ou agredir) ou alterações na
vocalização.Otite
 A OM é uma inflamação da cavidade da orelha média, o que inclui a
membrana e a bolha timpânica. Muitos gatos, porém não todos, com OM
apresentam OE concomitante. Em geral, a manipulação da orelha é dolorosa
e é comum um som “ de molhado”, indicando líquido no canal. Se a
membrana timpânica puder ser observada, talvez sejam evidentes
abaulamento, alteração da cor ou ruptura.
 Gatos com OM e membrana timpânica rompida frequentemente
apresentam secreção líquida malcheirosa abundante ao exame otoscópico. E
isso também pode ser visto no assoalho do canal horizontal. Pode ser
encontrado muco na OM. É importante observar que o muco não costuma
estar em qualquer local ao longo do canal auditivo externo, porém
extravasa a partir da bolha timpânica por meio de qualquer laceração na
membrana timpânica. Se houver muco ao exame otoscópico do canal externo,
existirá laceração na membrana timpânica.
A OI envolve inflamação do labirinto ósseo, onde os órgãos da audição
(cóclea) e o aparelho vestibular (canais semicirculares e vestíbulo) localizam-
se. Perda da audição, inclinação da cabeça, andar em círculos, cair,
descoordenação generalizada, elevação e deambulação difíceis, nistagmo,
paralisia de nervo facial e síndrome de Horner são sinais comuns em gatos
com OI. Nos casos de OM concomitante, a inclinação da cabeça é para o
lado acometido e o animal pode andar em círculos e cair na direção do lado
acometido.
Infestações por Otodectes
As infestações por ácaros da orelha são uma das causas mais comuns de
otite em gatos e uma das doenças do ouvido mais exitosamente “tratáveis
e curáveis” em gatos. 
 A complicação mais frequente das infestações por ácaros da orelha é o
hematoma auricular. O tratamento ideal que reduzirá a recorrência e a
deformação das orelhas envolve drenagem cirúrgica do sangue e sutura
completa da orelha, a fim de fechar o espaço morto. 
Pavilhão auricular deformado. A
falta de tratamento adequado
ou a ocorrência de hematomas
aurais recorrentes crônicos
podem provocar pavilhões
auriculares deformados. Esta
alteração predisporá o gato a
infecções crônicas da orelha. 
Demodicose ótica
D. cati (comprido e fino) e D. gatoi (curto e grosso) podem ser encontrados
à microscopia com óleo mineral a partir de orelhas de gatos com OE
prurítica. 
Os tratamentos bem-sucedidos são milbemicina, ivermectina ótica,
milbemicina ótica e preparados óticos rotulados para o tratamento de
ácaros da orelha em gatos. Não se recomenda amitraz para uso em gatos
porque pode ser tóxico. Esteroides óticos tópicos concomitantes podem ser
úteis no alívio do prurido.
Otite obstrutiva
As causas mais comuns de otite obstrutiva em gatos são pólipos na orelha,
tumores da orelha, estenose secundária a inflamação, deformidade da
orelha causada por hematomas auriculares não tratados e concreções de
fragmentos na orelha. Os sinais clínicos mais comuns associados a lesões
obstrutivas expansivas são OE ou OM recorrentes crônicas, agitação da
cabeça e secreção supurativa malcheirosa.
Pólipo da orelha. 
Otite alérgica
A otite alérgica em gatos é uma complicação comum de atopia e de alergia
alimentar. O tratamento ideal consiste no manejo adequado da alergia
subjacente (alimentar ou atópica). A atopia sazonal é comum e o prurido
ótico pode ser o único sinal clínico. Os proprietários podem se queixar de
aumento da secreção ceruminosa. A citologia ótica com frequência revelará
otite concomitante por levedura. O tratamento da otite por levedura
diminuirá, porém não eliminará completamente o prurido, e serão necessários
glicocorticoides óticos.
Otite por leveduras
A otite crônica recorrente por levedura em gatos é encontrada com maior
frequência em animais com doença alérgica da orelha causada por atopia ou
alergia alimentar, doença obstrutiva branda da orelha e anormalidades
congênitas dos pelos (p. ex., raças Devon Rex e Sphynx). O tratamento de
escolha mais comum é o itraconazol.
Otite média
A OM pode ser sequela de uma infecção respiratória superior; ocorrer
como complicação de infestação por ácaro na orelha ou lesão obstrutiva,
como um pólipo; ou pode ser doença primária quando microrganismos
oriundos da retrofaringe ascendem pela tuba auditiva para o interior da
bolha timpânica. Os principais exames diagnósticos são citologia e cultura
bacteriana do ouvido.
Hidrocistoma apócrino
Este é um distúrbio não neoplásico raro no qual os gatos apresentam vários
nódulos ou vesículas no canal auditivo externo, interior das orelhas ou da
pálpebra.
Feridas que não
cicatrizam
A expressão ferida que não cicatriza simplesmente descreve qualquer lesão
que não sofra resolução com o que, inicialmente, parece ser o cuidado
apropriado. Em geral, os seguintes exames diagnósticos são fundamentais
para feridas que não cicatrizam: raspados de pele, citologia cutânea,
aspirado com agulha fina de massa ou tecido, cultura de tecido por cunha
excisional e biopsia cutânea. Como alguns dos agentes são zoonoses
potenciais, todos os gatos com feridas que não cicatrizam devem ser
manipulados com luvas.
Parasitos
 Cuterebra
 Leishmaniose
 Infecções disseminadas com Protista
Fungos
 Granuloma subcutâneo por Microsporum canis
 Esporotricose
 Infecções fúngicas oportunistas (p. ex., micetoma, feo-hifomicose)
 Compromentimento cutâneo por micoses sistêmicas: criptococose, coccidioidomicose,
blastomicose, histoplasmose
Corpos estranhos
Doenças neoplásicas
Infecções bacterianas
 Furunculose bacteriana
 Infecções por Actinomyces/Nocardia
 Granuloma bacteriano cutâneo
 Infecções micobacterianas cutâneas
 Hanseníase felina

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