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Criminologia-Resenha

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Resenha Jurídica - Criminologia
Falando de conceito de criminologia, no sentido etimológico do termo, que deriva do latim “crimino” (crime) e do grego “logos” (estudo), tratamos do estudo do crime, uma ciência humana e social, e não tem o objetivo apenas do estudo do crime, mas também, do estudo de todas as circunstâncias envolvidas entre o indivíduo e a vítima.
Este termo surgiu em meados de 1883 desenvolvido por Paul Topinard e aplicada de forma mundial por Garófalo, em 1885, no celebre livro Criminologia. Na época em questão o objeto e método da matéria já se era difundido em consideráveis proporções e também merecia a devida atenção, Ferri, por exemplo, cria que com o surgimento da Criminologia, o Direito Penal haveria de se tornar inócuo, simplesmente acadêmico.
Inicialmente o termo “criminologia”, foi usado por Garófalo para designar “ciência do crime”, e logo após vieram outros estudiosos que deram outro significado ao termo criminologia.
Para Afrânio Peixoto em seu livro Criminologia, pela Ed. Saraiva, “é a ciência que estuda os crimes e os criminosos, isto é, a criminalidade”.
Já João Faria Junior - Manual de criminologia. 3ª.ed. Juruá. Curitiba, 2001. p.11 - conceitua criminologia:
Criminologia é a ciência humano-social que estuda:
a) O homem criminoso, a natureza de sua personalidade, e os fatores criminógenes;
b) A criminalidade, suas geratrizes, o grau de sua nocividade social, a insegurança e a intranquilidade que ela traz a sociedade e aos seus membros;
c) A solução do problema da criminalidade e da violência através do emprego dos meios capazes de prevenir as incidências e a reincidência do crime, evitando ou eliminando suas causas.
Antônio García-Pablos de Molina e Luiz Flávio Gomes elucidam na obra Criminologia: Introdução a seus fundamentos teóricos; Introdução às bases criminológicas da Lei 9.099/95; Lei dos Juizados especiais criminais.8ª. ed. rev. e atual: ed. Revista dos tribunais. São Paulo, 2002.p.30, que:
Cabe definir criminologia como ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime – contemplado este como problema individual e como problema social -, assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos ou sistemas de respostas ao delito.
Newton Fernandes então descreve em sua obra Criminologia Integrada - ed. Revista dos tribunais. São Paulo, 1995:
Criminologia é a ciência que estuda o fenômeno criminal, a vítima, as determinantes endógenas e exógenas, que isolada ou cumulativamente atuam sobre a pessoa e a conduta do delinquente, e os meios laborterapêutos ou pedagógicos de reintegra-lo ao grupamento social. 
Em sentido latu senso, a Criminologia é uma pesquisa científica do fenômeno criminal, das suas causas, da sua prevenção e do controle de sua incidência, tendo sua base, portanto, os criminólogos que trazem as próprias experiências do estudo de outros aspectos científicos dos quais sempre tem a agregar. A Criminologia, não é definida de maneira uniforme, e sim de um conjunto de fatores, de diversificadas conceituações. Deve-se considerar, no entanto que os vários os conceitos e definições da Criminologia, logo ela não é reconhecida como ciência autônoma.
A Criminologia, na verdade é uma ciência, sem dúvida, uma visão empírica do crime, o que confirma sua colaboração com o Direito Penal, que já procura seguir, cada vez mais em sua essência e causa, o delito propriamente dito, além da personalidade do criminoso. Portanto, não impeditivo, o Direito Penal não deixa de ser uma ciência de forte repressão social, contra aquele que cometer o delito, oriundo de regras impostas no ordenamento jurídico brasileiro.
Em face disso, a Criminologia é uma ciência causal-explicativa que claramente tem em sua essência a prevenção, com intuito de oferecer estratégias, por meio de padrões operacionais, buscando mitigar os fatores que estimulavam a criminalidade, através de táticas baseadas em fatores que possam intimidar o conjunto de crimes.
Lembrando que havendo conflitos de opiniões acerca do conceito de
Criminologia, evidentemente que estas divergências irão estender-se ás subdisciplinas criminológicas que são, muita das vezes, confundidas com a própria matéria da Criminologia, exemplo disso é o caso da Antropologia Criminal e da Biologia Criminal cujos conceitos são extremamente similares.
De forma sucinta, pode-se definir Criminologia como a ciência que, procura entender os processos biológicos, físicos, psicológicos e sociais que envolvam a pessoa do criminoso e a evolução do crime, propriamente dito
Sabendo que a Criminologia e o Direito Penal têm como objeto de estudo o crime, considere o enfoque dado por um e por outro ao estudo do delito, que se diferenciam, pois, o Direito Penal, sendo uma ciência de caráter normativo, tem como objeto o crime como sendo uma regra anormal de conduta, contra o qual irá se estabelecer uma sanção mediante a violação de tal regra. O Direito Penal é uma ciência de repressão social, por meio de regras, que ele mesmo elabora e que se violadas geram uma punição ao indivíduo, é, portanto, o estudo do crime como um ente jurídico, passível de sanções.
Por sua vez, a Criminologia é uma ciência causal-explicativa, como enfatiza Orlando Soares em sua obra Curso de Criminologia. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2003:
Dada a sua natureza, se responsabiliza não só pelo estudo do crime, mas também de conhecer o criminoso, a sua conduta, montando esquemas para combater a criminalidade, apoiando-se em meios preventivos para melhor cuidar dos criminosos para que ao final tenha um resultado positivo e que não venham a reincidir.
No que se refere a Criminologia, tem-se uma ampla atividade para verificar, para pesquisar, para analisar condutas das causas geradoras do delito, e de um vasto estudo para tratamento do delinquente com expectativas de que não haja reincidência.
Correto afirmar que no Direito Penal e na Criminologia o trabalho é da mesma matéria-prima, mas a forma de executa-lo, esse trabalho é o que diferenciam uma da outra.
Há uma importante diferenciação no conceito de delito, diferente para o Direito
Penal e para a Criminologia. No Direito Penal “delito é a ação ou omissão típica, ilícita e culpável”.
Ao considerar este conceito o legislador valeu-se de uma visão do crime centrada no comportamento do criminoso, ou seja, a exteriorização da conduta por meio de uma ação ou omissão no mundo concreto
Já com a Criminologia, o crime deverá ser visto como um problema comunitário e social, embora tanto o direito penal quanto a criminologia têm por objetivo o estudo do crime, salientado anteriormente, ambos se diferenciam em relação ao fenômeno criminal.
Pois como acima discorrido, de forma concisa, o direito penal é uma ciência normativa, onde visualiza o crime, que tem a conduta merecedora de uma punição. Na Criminologia visualiza o crime como um problema social, ou seja, um problema comunitário, abrangendo diversos elementos, por exemplo, o aumento em massa da população.
Portanto, no que se refere ao delito, à criminologia irá analisar a conduta antissocial, as causas que gerou estas condutas, o tratamento aplicado ao delinquente, com a finalidade de sua não reincidência.
O delito não interessa somente a criminologia, a outras ciências também: a Filosofia, a Sociologia, ao Direito Penal entre outras.
O delito é um fenômeno de delinquência que é seu objeto de estudo pela Criminologia. Diante do conceito que diz que o delito é um fenômeno de delinquência e é pacifico o entendimento que neste conceito envolve certos aspectos morais, religiosos, econômicos, filosóficos, políticos, jurídicos, históricos, biológicos, psicológicos e outros.
Reitero que, não só o estudo do crime tem relevância para a criminologia, mas também o estudo do criminoso,como para Sérgio Salomão Schecaria que enfatiza na obra Criminologia - 4ª.ed.rev e atual. Ed. Revista dos tribunais. São Paulo, 2012.p. 46:
O criminoso é um ser histórico, real, complexo e enigmático, um ser absolutamente normal, pode estar sujeito às influências do meio (não determinismos). E arremata dizendo: as diferentes perspectivas não se excluem; antes, comtemplam-se e permitem um grande mosaico sobre o qual se assenta o direito penal atual.
Numa abordagem sobre as escolas sociológicas do crime podemos ver que para a Escola Clássica, por exemplo, o criminoso era considerado um ser que cometeu algum pecado, que era voltado para a prática de maldades. Já para a Escola Positiva entendia-se que o criminoso era um ser que tinha desvio de caráter, e que tinha uma deformação patológica, ou seja, muita das vezes nascia assim.
Vale ainda assim registrar que o marxismo, entendia que o criminoso era a vítima das estruturas econômicas, ou seja, quem era culpável era a própria sociedade. 
Concluindo a abordagem referente ao criminoso, este assim como qualquer cidadão tem vontades próprias, tem desejo de ir além, de superar, de construir seu futuro, de ter sua opinião, é uma individuo como outra qualquer, porém, sujeito a influências do meio em que vive.
O outro aspecto que envolve a criminologia está relacionado ao estudo da vítima que se relaciona com a prática do ato delitivo. A vítima é aquela que sofre com a prática do crime causados tanto pelos próprios atos quanto pelos atos de outros, ou até mesmo do acaso.
Desde os primórdios da civilização até o fim da Alta Idade Média, com a autotutela, lei de Talião entre outros, o processo era inquisitivo, ou seja, sigiloso, e era considerado monopólio da jurisdição, que é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei, a vítima perdia o papel principal no processo. Com o fim da autotutela, pena de talião, composição, nasce então o processo acusatório, havendo então uma considerável perda do papel da vítima na lide.
Numa segunda fase, tem-se uma neutralização do poder da vítima, o poder de reação ao fato delitivo.
Com o estudo da vitimologia, ramo da criminologia que estuda a personalidade das vítimas de crimes ou delitos, permite-se estudar integralmente a criminalidade, colher informações das vítimas é fundamental para esclarecimentos de crime como acontece, com a violência e a grave ameaça, sem a participação da vítima nesses crimes seria impossível colher informações claras e reais.
Sendo assim, a vítima tem um papel fundamental na estrutura do delito, principalmente em face dos problemas de ordem moral e psicológica.
Nos tempos mais remotos a história do homem em sociedade, foi marcada por conflitos, sendo solucionados das mais diversas formas. Alguns desses conflitos podem ser resolvidos entre os próprios envolvidos, e outros, conforme as circunstancias do gravame que apresentem para os valores sociais, acabam assim por receber a mão forte, e pesada, do estado que intervirá no conflito e dará a melhor solução ao caso, sempre valorizando o interesse ameaçado.
Quando o estado toma essa ação interventiva nos conflitos para a pacificação e a melhor valorização do interesse agredido, portanto há uma forma de controle social legitimada passando para o Estado o direito de punir, o qual foi ratificado pelas teorias contratualistas e se consolidou através do Direito Penal.
A função do controle social tanto em sua atividade formal (órgãos de Estado) como em sua atividade informal (família, opinião pública, etc.) possui duas funções: a prevenção de comportamentos desviantes e a punição, e que será aplicada quando a primeira falhar.
Ao falar em que toda vez que ocorrer um fato delitivo, sempre haverá uma sanção, não é uma verdade absoluta, pois em cada caso poderão existir outras formas de resolução dos conflitos. Estaríamos banalizando o controle informal se todos os casos desviantes permitissem uma punição, a fim de evitar a utilização do Direito Penal, que traz normas de caráter punitivo com o efeito seletivo e condenatório,
Veja que o complicado é separar o limite sobre a origem do controle social, e esse controle é fundamental à organização do homem em sociedade.
Para Marquês de Beccaria em seu famoso livro, Dos delitos e das penas - Ed. Martins Claret. São Paulo, 2003.p.18-19:
O homem tem natureza mordaz sem piedade e no estado natural vivia em guerra, primeiramente entre um e outro homem, e, após, entre os bandos formados para melhor garantir sua sobrevivência. Assim, o ius puniendi teve origem quando os homens se esgotaram de viver em beligerância e tendo sua liberdade ameaçada constantemente, decidiram abdicar de parte desta liberdade irrestrita para dispor do restante com segurança. A soma dessas parcelas de liberdade originou a soberania da nação. Neste ínterim, foi o soberano (rei) encarregado de sua administração, cabendo-lhe proteger as liberdades de usurpações. Os instrumentos jurídicos adotados, para tanto, foram as penas estabelecidas para aqueles que desrespeitassem as leis.
Ele ainda assevera Marquês de Beccaria, Op. cit., que:
Neste pacto social não estaria apenas à origem do Direito Penal, mas também seu limite, posto que somente a necessidade obriga os homens a ceder uma parcela de sua liberdade; disso advém que cada qual apenas concorda em pôr no depósito comum a menor porção possível dela, quer dizer, exatamente o que era necessário para empenhar os outros em mantê-lo na posse do restante. A reunião de todas essas pequenas parcelas de liberdade constitui o fundamento do direito de punir. Todo exercício do poder que deste fundamento se afastar constitui abuso e não justiça; é um poder de fato e não de direito; constitui usurpação e jamais um poder legítimo.
Beccaria, expõe perfeitamente quando afirma que o controle social penal não surgiu apenas para punir aquele que causasse algum mal ou infringissem as normas da sociedade. Na verdade, como forma de evitar a aplicação das sanções por parte de outros então veio a delimitar o Estado, us puniendi.
No final do século XVIII, as escolas penais, observaremos individualmente elas logo a seguir, lutavam para conceituar sobre o crime e o criminoso. No entanto, foi a partir de estudos científico que o homem passou a ser o foco, principalmente com a inserção massiva da Psicologia e a Sociologia, sendo possível então verificar vários tipos de comportamentos humanos, entre eles, principal para esta matéria, o delitivo.
Surgem as Escolas Criminológicas, tendo como objeto de estudo o criminoso, e tais escolas lutavam arduamente para encontrar respostas quanto a origem do crime, sua maneira de combatê-lo e de preveni-lo.
A primeira Escola Sociológica do Crime foi a Clássica, e seu surgimento se deu através do Iluminismo italiano do século XVIII, que se apoiava em determinados princípios, entre eles estão:
O delito é um ente jurídico;
A ciência do Direito Penal é uma ordem de razões emanadas da lei moral e jurídica;
A tutela jurídica é o fundamento legítimo de repressão e seu fim;
A qualidade e quantidade de pena, que é repressiva, devem ser proporcionadas ao dano que se ocasionou com o delito ou perigo ao direito;
A responsabilidade criminal se baseia na imputabilidade moral, desde que não exista agressão ao direito, livre arbítrio não se discute.
A segunda escola foi a Positivista, com seus grandes pensadores, entre eles, Lombroso, Ferri e Garófalo. Tais pensadores dentre outros se destacaram através de uma criminologia positivista, amparada por outras ciências como a Psiquiatria, Psicologia, Antropologia, Sociologia, e com o auxílio de Estatística, podendo então considerar o comportamento humano, analisando fatores externos ou internos, e o meio em que surgiu.
Haviam conflitos entre as escolas, com o passar do tempo, a Biologia, a Psicologia e a Sociologia passaram a dar novos rumos aos estudos criminológicos.
Para diferenciar o delinquente do nãodelinquente, vieram teorias biológicas, essas buscavam encontrar no organismo do indivíduo delinquente algum motivo que lhe diferenciava dos demais seres humanos, uma causa para a motivação da prática de delitos. Realizados diversos estudos sobre endocrinologia, anatomia, genética, morfologia e patologia, se acreditava que o criminoso era um ser dotado de anomalias, surge então a Escola Cientifica.
A criminologia Crítica, outra escola, teve seu surgimento baseada no marxismo, através das teorias políticas e econômicas do crime, que se começou a analisar as causas sociais e institucionais causadoras daquele ato delitivo. A escola critica teve como seus principais estudiosos Alessandro Baratta, Becker, Schur, Granfiel, Goffman, Erickson entre outros.
Cabe falar da política criminal de prevenção ao delito que é o estudo dos meios em que vive o indivíduo para se evitar o crime. Essa política atua tanto na prevenção como na repressão da delinquência, com o intuito de buscar saídas para as ações do Estado.
Essa prevenção, que é o objetivo real do Estado de Direito, contra os atos nocivos e como finalidade trazer a paz e a harmonia social, é fundamental em dois tipos de medidas que se mostram indispensáveis, a primeira irá atingir o crime de forma indireta já a segunda irá atingir o crime de forma direta.
Ainda falamos de graus de prevenção, que pode ser primária, secundária e terciária. Na primária ataca-se desde a raiz do problema, ou seja, a educação, o emprego, a moradia, a segurança; uma luta incessante para que o Estado, implemente a prevenção primária ligada as garantias dos direitos sociais como a educação, saúde, trabalho, segurança e qualidade de vida de toda a sociedade.
Na prevenção secundária destina-se aos setores e não ao indivíduo, como foco. A curto e médio prazo se orienta grupos concretos, ligados à ação policial, programas de apoio, controle das comunicações, entre outros.
No último grau, a terciária, existe um destinatário determinado, o recluso, o condenado propriamente dito, visando sua recuperação e evitando a reincidência; através de medidas socioeducativas, entre elas, a liberdade assistida, laborterapia, prestação de serviço comunitário, esses são alguns exemplos de ressocialização.
Por tanto no que diz respeito ao delito fica claro que, o Direito Penal e a Criminologia, ambos têm como foco comum o estudo do crime, no entanto, ambos se diferenciam, um como uma ciência normativa objetivando a punição para aquele indivíduo que cometeu o crime e o outro é uma ciência investigativa analisa a causa do delito, observando como um problema social.
Cabe lembrar que as escolas penais lutavam para melhor conceituar sobre o crime e o criminoso, e quanto ao criminoso, sob sua punição terá tempo para meditar sobre seu ato e suas consequências para nele não reincidir, ou seja, apenas com o objetivo da profilaxia criminal.

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