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Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Aula 00 AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS TCE-SC (Teoria e Exercícios) � Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes, aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução. Professores: Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Olá pessoal! Saiu o edital do concurso para Auditor Fiscal de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina! No total serão 10 vagas (9 para ampla concorrência e 1 para candidatos com deficiência) para o cargo de Auditor Fiscal de Controle Externo – Especialidade: Engenharia Civil, sendo que os 30 melhores classificados na prova objetiva serão convocados para avaliação de títulos. O salário é excelente, cerca R$ 11.607,42 iniciais! Portanto, vale muito a pena! Estamos muito satisfeitos em dar nossa contribuição nessa sua caminhada rumo à sua aprovação neste concurso. Então, convidamos vocês a participarem deste novo curso de Auditoria de Obras Rodoviárias para TCE/SC (Teoria e Exercícios). A prova está prevista para o dia 3/4/2015. O nosso objetivo é que terminemos o curso até 14/3/2016. Com isso, terão tempo de estudar todo o conteúdo e ainda ter tempo para dar uma boa revisada em toda a matéria até a data da prova. Esse curso cobrirá todo o conteúdo programático da disciplina de Obras Rodoviárias exigido no Edital do TCE-SC. E nele nós procuramos apresentar cada assunto da maneira mais didática possível, de maneira que o entendimento mesmo que abrangente, seja assimilado de forma tranquila pelo aluno. A abordagem dos assuntos nas aulas será feita com a profundidade necessária para a resolução das questões de provas anteriores. Não se pretende aqui esgotar os temas ou extrapolar a abrangência exigida pela Banca. Assim, o objetivo do curso será o de melhorar o custo-benefício do seu estudo, no limite suficiente à resolução das questões de prova. Procuramos no nosso curso filtrar para vocês o que achamos de mais importante sobre essa disciplina, especialmente os conceitos mais relevantes de cada tópico. Acreditamos que com o conteúdo desse curso, vocês terão um material contendo os temas mais relevantes e com maior probabilidade de cobrança na prova. Aula Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha E é com esta finalidade que vamos apresentar um material que aborde o conteúdo da disciplina diretamente ao ponto principal de cada assunto, evidenciando os principais temas cobrados em provas de concursos. Este curso será ministrado por dois professores que têm experiência diretamente nesta área: Auditorias de Obras Rodoviárias. Bem, vamos às apresentações: Meu nome é Fabrício Helder Mareco Magalhães, graduado em engenharia civil pela Universidade Federal do Ceará - UFC e Mestre engenharia generalista pela École Centrale de Lyon na França. Durante a faculdade, realizei vários estágios na área de obras rodoviárias, razão pela qual escolhi em ser lotado na extinta Secretaria de Obras Rodoviárias - Secobrodov, hoje SeinfraRodovias, quando entrei no Tribunal de Contas da União – TCU em 2012. Trabalhei por três anos nesse setor, fiscalizando e instruído processos relacionados com obras públicas rodoviárias, tendo tido a oportunidade de ter exercido o cargo de Assessor-Substituto nessa Secretaria. Ademais, ao longo desses três anos, realizei vários cursos pelo TCU voltados para a área rodoviária. Atualmente, embora lotado na Secretaria de Controle Externo do Estado do Ceará – Secex/CE continuo fiscalizando e realizando trabalhos na área rodoviária. Com intuito de me qualificar e agregar mais conhecimento aos meus cursos, comecei uma especialização na área de Gestão, Licenciamento e Auditoria Ambiental, tema, como veremos, intrinsecamente relacionado a projetos e execução de obras rodoviárias. Eu sou o Gustavo Baptista Lins Rocha, graduado pela Universidade Federal de Goiás com pós-graduação em Construção Civil pela Escola de Administração de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV/EASP. Trabalhei durante muitos anos na iniciativa privada e durante esse período tive oportunidade de acompanhar diversos tipos de obras de engenharia (edificações, pontes, saneamento etc.), mas, sobretudo, executei diversas obras rodoviárias. Após esse período na iniciativa privada, no início de 2010 resolvi dar um novo rumo à minha vida, prestando concursos públicos. No final deste mesmo ano fui aprovado em 1º lugar para o concurso do Inmetro. Em 2011, fiz o concurso para Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União – TCU na área de obras, sendo aprovado em 4º lugar nesse certame. Esse é o cargo que ocupo atualmente, estando lotado na Secretaria de Infraestrutura de Obras Rodoviárias – Seinfra Rodovias, tendo a oportunidade de já ter exercido Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha o cargo de Diretor-Substituto na 3ª Diretoria de Obras Rodoviárias dessa Secretária do TCU. Durante nossa experiência como Auditor de Obras realizamos diversas auditorias nas mais variadas obras rodoviárias, além de termos participados de uma série de cursos ministrados para o TCU para a área de rodovias. Acreditamos que neste período pós-edital o estudo deva ser o mais estratégico. Dessa forma, pensamos em desenvolver o curso trazendo a teoria da matéria da forma mais enxuta possível, focando nos conceitos básicos que são considerados imprescindíveis para entender a lógica por traz das questões. Por falar em questões, TODAS em nosso curso serão COMENTADAS!! Isso mesmo!! E não pensem que serão poucas não, acreditamos que serão mais de 600 questões comentadas!! Só nessa aula demonstrativa já temos 86 no total!! Esse grande número de questões comentadas é simplesmente para que você, candidato, chegue na prova conhecendo bem como a matéria é cobrada pela banca e conhecendo as suas principais pegadinhas!! Uma outra vantagem de ter um curso com bastante questões comentadas é que antes da data da prova, caso você não tenha tempo de revisar todo o conteúdo da matéria, você pode estudar apenas pelos comentários das questões que você revisará praticamente tudo de mais importante na matéria. Como a banca que fará o concurso será a CESPE, a grande maioria das questões comentadas no curso serão dessa banca. No entanto, visando abranger o máximo possível daquilo que já foi cobrado desta disciplina em diversos outros concursos, lançaremos mãos de questões que já foram cobradas em outras bancas como a VUNESP, a ESAF e a FCC. Faremos o possível para tornar o tema claro para o entendimento, sempre trazendo o enfoque que as bancas têm dado para cada assunto. Nosso objetivo é colocá-los em nível adequado de conhecimento para vocês se familiarizarem com a forma de cobrança dos assuntos e comentar o máximo de questões sobre o tema. Essa será a chave para a sua aprovação. Pessoal, outra coisa que consideramos muito importante para a aprovação de vocês é o canal direto que vocês terão com a gente por meio do uso do fórum de dúvidas quando adquirirem o curso. Dessa forma, se porventura restar dúvidas sobre determinando tema ou questão, ou, até mesmo dar sugestões para melhoria do curso, vocêspoderão fazê-lo por esse canal. Uma coisa que aprendemos nessa vida de concurseiro é que disciplina, determinação, persistência, assim como um estudo estratégico são elementos Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha que ajudam bastante a atingir mais rapidamente o sucesso da aprovação. Faça um planejamento dos estudos e tenha sobre tudo muita força de vontade!! No que concerne à previsão e ao cronograma das aulas, ao todo nosso curso terá 11 aulas, sendo os assuntos dispostos da seguinte forma: Aula Conteúdo Programático 00 -Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes, aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução. 01 -Especificação e execução de serviços: pavimentação: reforço do subleito, sub-base, base e revestimento asfáltico. Controle e execução. 02 -Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens). -Especificações de materiais: características físicas. -Controle de materiais: cimento, agregados, aditivos, materiais betuminosos. 03 -Principais equipamentos utilizados na terraplenagem e de pavimentação. -Equipamentos para transporte, desmonte e compactação de solo. 04 -Especificação e execução de serviços: drenagem 05 -Especificação e execução de serviços: obras de arte especiais. -Execução de serviços de sinalização. -Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras. 06 -Principais ensaios técnicos: de solo, de materiais betuminosos e de agregados. 07 -Análise orçamentária: Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO). Metodologia e conceitos, produtividade e equipamentos. 08 -Organização do canteiro de obras. -Fiscalização: acompanhamento da aplicação de recursos (medições, cálculos de reajustamento, mudança de data-base, emissão de fatura etc.), análise e interpretação de documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário de obras etc.) 09 -Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. -Geometria de vias urbanas e estradas; Especificação e dimensionamento de pavimentos. 10 - Vistoria, recuperação e conservação de pavimentos. Lembramos que os exercícios que forem resolvidos serão apresentados em forma de lista no final de cada aula, para que aqueles alunos que desejam resolvê-los antes de ver o gabarito e de ler os respectivos comentários. Pessoal, após as devidas apresentações, não percamos tempo e vamos ao que nos interessa!! Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha O tema que trataremos hoje é serviços de Terraplenagem. Veremos que na concepção de uma rodovia a escolha do trajeto é de vital importância na quantificação do custo de uma rodovia e que dependendo do trajeto e da cota do terrapleno escolhido pode-se usar uma boa parte do material que será obtido em cortes para a construção dos aterros ou rejeitá-lo quando inservível como material de bota-fora. Também veremos as Normas DNIT sobre as Especificações de Serviços de terraplenagem. Consideramos essa parte como a mais cansativa da aula, porque há muito decoreba o que gera um número muito grande de conceitos a serem retidos. Mas, garanto a vocês que essa leitura que farão poderá ser a diferença entre os aprovados e os não aprovados no certame. Vamos ver que em diversas questões existentes sobre o tema, as bancas gostam de pedir a literalidade dessas Normas. Estudaremos as partes que consideramos mais importantes, mas aconselhamos que posteriormente, se tiverem tempo, leiam as normas que serão tratadas nesta aula. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha SUMÁRIO 1.TERRAPLENAGEM ....................................................................................................................... 9 1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM ...................................................................... 9 1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM ......................................... 14 1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO .......................................................... 20 2. CORTES .................................................................................................................................... 23 2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 23 2.2. TIPOS DE CORTES ................................................................................................................. 24 2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA ........................................................ 26 2.4. TALUDE DE CORTE ................................................................................................................ 29 2.5. TALUDE ESCALONADO ......................................................................................................... 31 2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES ............................................................. 31 3. EMPRÉSTIMOS ......................................................................................................................... 46 3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS ..................................................................................................... 46 3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS ......................................................................................... 47 4. BOTA – FORA ........................................................................................................................... 50 5. ATERROS .................................................................................................................................. 52 5.1. COMPACTAÇÃO DOS ATERROS ............................................................................................ 54 5.2. MATERIAIS ............................................................................................................................ 55 5.3. ASPECTOS CONSTRUTIVOS E PARTICULARIEDADES ............................................................. 56 5.4. EXECUÇÃO DE ATERROS COM MATERIAIS ROCHOSOS ........................................................ 58 6. EXECUÇÃO DE ATERROS COM AREIA ...................................................................................... 58 7. EXECUÇÃO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES ...................................................................... 59 7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 59 7.2. ESTABILIDADE DOS ATERROS E CONSOLIDAÇÃO DAS FUNDAÇÕES .................................... 60 Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 7.3. CONTROLE DE INSUMOS ...................................................................................................... 69 7.4. CONTROLE DA EXECUÇÃO DA COMPACTAÇÃO ................................................................... 71 8. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES ................................................................................................ 76 8.1. COMPENSAÇÃO LONGITUDINAL .......................................................................................... 77 8.2 COMPENSAÇÃO LATERAL OU TRANSVERSAL ........................................................................77 8.3. FATORES DE CONVERSÃO .................................................................................................... 78 9. DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL A SER ESCAVADO ..................................................................... 81 9.1 DIAGRAMA DE BRÜCKNER .................................................................................................... 83 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 0 ........................................................................................ 94 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ........................................................................ 147 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ............................................................... 171 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 173 Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 1.TERRAPLENAGEM O serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, pátios industriais, edificações, barragens e plataformas diversas. De forma genérica, a terraplanagem ou movimento de terras, pode ser entendida como o conjunto de operações necessárias para remover a terra, dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado. Pessoal, muitas pessoas confundem o termo “terraplenagem”, e acham que a terraplenagem serve para aplainar (deixar plano) o terreno. Isso não é verdade, a terraplenagem é o movimento de terra para conformar o terreno natural, e adequá-lo às dimensões do projeto. 1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM O DNIT define terraplenagem como o conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga e compactação dos solos, aplicadas da construção de aterros e cortes, dando à superfície do terreno a forma projetada para construção de rodovias. Vejam que o Manual de Implantação Básica do DNIT traz 5 operações de terraplenagem, são elas: a) escavação b) carga c) transporte Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha d) descarga e) compactação Portanto, a terraplenagem pode ser definida como um conjunto de operações destinadas a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto, englobando os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados). A conjugação desses dois serviços tem por finalidade proporcionar condições geométricas compatíveis com o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia. a) Escavação Consiste no emprego de ferramentas cortantes, como a faca de lâmina ou os dentes da caçamba de uma carregadeira, com o intuito de romper a compacidade do solo em seu estado natural. 1.1.1. Carregamento Consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 1.1.2. Transporte Consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo. Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carreado, isto é, a caçamba está ocupada em sua totalidade pelo material escavado, do transporte vazio, fase em que a máquina já retorna ao local de escavação sem a carga de terra. 1.1.3. Descarga e espalhamento Consistem na descarga e espalhamento do material transportado no local do aterro a se construído, com o objetivo de execução do aterro propriamente dito. Quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de compactação no aterro haverá, ainda, a operação final de adensamento do solo até índices mínimos estabelecidos. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Espalhamento com motoniveladora Essas quatro primeiras operações básicas podem ser executadas pela mesma máquina ou por equipamentos diversos. Exemplificando, um trator de esteira provido de lâmina, executa sozinho todas as operações acima indicadas, sendo que as três primeiras com simultaneidade. 1.1.4. Compactação Compactação de aterros é o processo manual ou mecânico de aplicação de forças destinadas a reduzir o volume do solo até atingir a densidade máxima. Entre outras razões, a diminuição do volume deve-se a: ● Melhor disposição dos grãos do solo, permitindo aos menores ocupar os espaços deixados pelos maiores; ● Diminuição do volume de vazios pela nova arrumação do solo; ● Utilização da água como lubrificante. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Essas cinco operações repetem-se através do tempo, constituindo-se, portanto, num trabalho cíclico e o seu conjunto denomina-se ciclo de operação. A determinação do ciclo de operação permitirá o estudo da estimativa da produção de um equipamento de terraplenagem. 1 - (IPOJUCA 2009 – CESPE) Terraplenagem é a movimentação de terra por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de torná-la plana e, se necessário ao projeto, horizontal. Bem, nessa questão o examinador tentou enganar o candidato alterando o conceito de terraplenagem. No início da aula vimos que o serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Portanto, pessoal, não caia nessa não! Lembrem-se quando estão viajando de carro por uma rodovia e recordem como há inúmeros trechos com subidas e descidas ao longo do caminho. O conteúdo da afirmativa está errado. Gabarito: Errada 2 - (TJ/CE CESPE – 2014) A terraplanagem é o processo de movimentação de terra constituído por algumas operações básicas que ocorrem em sequência ou de forma simultânea. Assinale a opção em que são apresentadas as operações que constituem fases integrantes da movimentação de terra. A) remoção com transporte; escavação B) remoção com transporte; sondagem C) descarga com espalhamento; organização do canteiro D) escavação; limpeza do terreno E) carga do material escavado; sondagem Questão bem tranquila que trata das fases integrantes da movimentação de terra. Como estudamos, há 5 operações de terraplenagem, são elas: a) escavação b) carga c) transporte d) descarga e) compactação Logo a alternativa correta é a letra A. Gabarito: Letra A 1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM A terraplenagem consiste, em termos gerais, na execução de cortes e de aterros. Porém, antes de dar início às operações básicas*, é necessária a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão diretamente ou que possam interferir nestas duas operações. *Não sepode começar nenhuma operação básica antes dos serviços preliminares Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha O conjunto de todas essas atividades é designado por Serviços Preliminares, os quais compreendem o desmatamento, o destocamento e a limpeza. O desmatamento é o corte e remoção de toda vegetação de qualquer densidade e posterior limpeza das áreas destinadas à implantação da plataforma a ser construída. O destocamento e a limpeza são operações de escavação e remoção total dos tocos e raízes e da camada de solo orgânico, na profundidade necessária, até o nível do terreno considerado apto para terraplenagem das áreas destinadas à implantação da plataforma a ser construída. Trator de Esteiras efetuando o destocamento A área a desmatar deverá ser definida após o projeto de terraplenagem onde são previstos os limites necessários à implantação dos cortes e aterros denominados off-sets de terraplenagem. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Os off-sets são as linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos serviços. Caros alunos, segundo o Glossário de Termos Técnicos Rodoviários do DNIT, off-set significa estaca cravada a 2 m da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no mesmo alinhamento das seções transversais. Essa “folga” (de 2,00m) é necessária para que durante a execução das escavações dos cortes ou compactação dos aterros a referência do off-set seja mantida. Um auxiliar de campo, chamado de “greidista” irá acompanhar a aferição destas medidas e garantir que os serviços estejam sendo realizados conforme as definições de projeto. É comum durante a fase de implantação da rodovia a alteração dos limites de desmatamento definidos em projeto, em face da dificuldade das máquinas de acompanhar a linha sinuosa que limita os off-set, principalmente nas regiões de vegetação densa. Então para facilitar o desempenho operacional, o desmatamento passa a ser feito por segmento de reta, aumentando a área a desmatar, agredindo o meio ambiente, facilitando a erosão e o assoreamento, bem como diminuindo a estabilidade do talude. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Pessoal, nosso interesse é o foco em concursos públicos. O importante é tentar extrair do conteúdo os principais conceitos de cada tema e mostrar como são as cobranças das bancas. Vamos a um resumo da norma DNIT 104/2009 – ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares” que contém os serviços de “desmatamento, destocamento e limpeza” que fizemos para vocês. Em seguida, vamos ver como isso já caiu em provas: Desmatamento, Destocamento e Limpeza ►Nos cortes Nas áreas destinadas a CORTES, a exigência é de que a camada 60 cm abaixo do greide projetado fique totalmente isenta de tocos ou raízes. ►Nos aterros Quando a cota vermelha* de um ATERRO for superior a 2,00 m, o desmatamento deve ser executado de modo que os cortes das árvores fique no máximo, nivelado ao terreno natural, não havendo necessidade do DESTOCAMENTO. *cota vermelha é a diferença da cota final de projeto (greide) em relação à cota do terreno natural Verificação -É admitida, como tolerância, uma variação da largura da faixa a ser trabalhada de + 0,15 m p/ cada lado do eixo* Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha * Não é admitida variação negativa � Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2* * metro quadrado b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos: b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m Obs: o diâmetro das árvores deve ser apreciado a um metro de altura do nível do terreno. Além do resumo, vamos ver outros detalhes importantes da norma DNIT 104/2009 – ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares”: - Nos serviços preliminares, preferencialmente, devem ser utilizados tratores de esteiras, com lâminas ou com implementos especiais* apropriados às tarefas, e motosserras. * “empurrador de árvore”, “destocador” e “ancinho” - O equipamento empregado, nos serviços preliminares, deve dispor de estruturas metálicas de proteção à cabine do operador e à própria máquina, para protegê-los de eventual queda de galhos e ramos secos ou mesmo de árvores que venham a ser derrubadas. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha - As operações devem ser complementadas com o emprego de serviço manual. - A fiscalização deve assinalar, mediante caiação, as árvores que devem ser preservadas e as toras que pretende reservar – as quais devem ser, então, transportadas para local determinado, visando posterior aproveitamento. - A limpeza deve ser sempre iniciada pelo corte das árvores e arbustos de maior porte, tomando-se os cuidados necessários para evitar danos às árvores a serem preservadas, linhas físicas aéreas ou construções nas vizinhanças. - Na operação de limpeza, quando o terreno for inclinado, o trator deve trabalhar sempre de cima para baixo. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL: – O projeto deve fornecer orientações sobre os procedimentos a serem adotados para garantir a qualidade dos serviços de manejo; – O material decorrente das operações executadas deve ser retirado e estocado de forma a não agredir o meio-ambiente, podendo ser usado nos taludes de aterros; – Não devem ser utilizados explosivos para remoção da vegetação; Leia também: DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem – Serviços Preliminares - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT104_2009_ES.pdf 3 – (PETROBRÁS TEC. EDIFICAÇÃO 2004 – CESPE) Na construção de aterros, deve ser procedida uma preparação adequada do terreno para receber o aterro, especialmente com retirada de vegetação ou restos de demolições eventualmente existentes. Acabamos de ver que os Serviços Preliminares compreendem o desmatamento, o destocamento e a limpeza. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Vimos também que antes de dar início às operações básicas (cortes e aterros) é necessária a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão diretamente ou que possam interferir nestas duas operações. Já o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos serviços à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente desmatada e destocada com o respectivo entulho removido. Gabarito: Certa 4 – (TCE - RN 2006 – CESPE) Os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza são considerados preliminares e nenhum movimento de terra pode começar antes de esses serviços terem sido totalmente concluídos. Vejam que as provas por diversas vezes retomam alguns temas. Por isso é tão importante resolvermos questões sobre os conteúdos cobrados em concursos,especialmente da banca que irá organizá-los. Segundo a norma DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterro – Especificações de Serviço), antes do início da execução dos aterros, os elementos/componentes do processo construtivo pertinente e que serão utilizados para a respectiva implantação do aterro, devem estar em condições adequadas, condições estas retratadas pelo atendimento do disposto nos itens 4.1 a 4.8 da norma DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço). Por sua vez, o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos serviços à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente desmatada e destocada com o respectivo entulho removido. Gabarito: Certa 1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO São estradas de padrão apenas suficiente que garanta o trânsito de equipamentos e veículos, com a finalidade de interligar cortes e aterros, assegurar o acesso ao canteiro de serviço, áreas de empréstimos, jazidas, obras de arte, fontes de abastecimento de água e demais instalações previstas no canteiro da obra. Tais estradas se constituem em obras de baixo custo, com movimentos de terra mínimos, envolvendo ordinariamente, a utilização de solo local e abrangendo plataforma com largura de 4,0 m a 5,0 m. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha A abertura dos caminhos de serviço, ordinariamente compreende o aproveitamento da camada do solo superficial ocorrente na respectiva faixa a ser trabalhada – cumprindo observar que, por se tratar de via provisória e a ser submetida ao tráfego de pequena magnitude, os requisitos geotécnicos exigidos para os solos são relativamente brandos, conforme as normas da espécie. Agora, um pequeno resumo de algumas partes importantes da norma DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de Serviço) Caminhos de Serviço Vias implantadas de caráter provisório => deslocamento de equipamentos e veículos Verificação -Estabelece-se para a largura da pista de caminho de serviço uma tolerância de + 0,20 m, em relação a definida pela fiscalização �Medição – Caminhos de Serviços a) Se dentro dos “off-sets” => será medido como serviço correspondente (Corte ou Aterro) Caminho de Serviço Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha b) Se fora dos “off-sets” => medição específica dos serviços (escavação, carga, transporte, etc) como caminho de serviço Também é importante saber: - Os caminhos de serviços, embora de utilização provisória, devem estar submetidos a serviço de MANUTENÇÃO atento e permanente, em função da magnitude do tráfego. - Os serviços de manutenção devem estar sempre presentes, com a mobilização periódica de motoniveladora, para promover a regularização da pista e de sorte a garantir, para o equipamento, desenvolvimento de velocidade adequada e com a devida segurança. Da mesma maneira, a fim de combater a formação de poeira deve-se umedecer as pistas com caminhões pipa ou adicionar-se substâncias estabilizantes que retêm a umidade natural. - As exigências pode evoluir, a juízo da Fiscalização, para a execução de revestimento primário*, envolvendo, então, a utilização de material adequado, a ser especificado pelo DNIT. *Revestimento primário: Camada de solo selecionado de boa qualidade, estabilizado, superposta ao leito natural de uma rodovia, para permitir uma superfície de rolamento com características superiores às do solo natural, garantindo melhores condições de trânsito. Execução de revestimento primário (camada de solo de boa qualidade, para melhorar as condições de trânsito) - Quando evidenciada a necessidade, a juízo da Fiscalização, deve-se buscar uma melhoria relativa do “greide”, eliminando-se ou suavizando-se as rampas de inclinação mais forte. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Pessoal, isso significa que para os caminhos de serviço deve-se buscar sempre aproveitar o leito natural do terreno (já que os caminhos de serviços são provisórios). Mas há situações em que o terreno natural tem uma topografia muito acentuada, então, nesses casos, a juízo da fiscalização, deve-se suavizar as rampas de inclinação forte. - Nas baixadas, ante a ocorrência de solos de má qualidade ou a possibilidade de inundações, pode caber, a juízo da Fiscalização, a execução de pequenos aterros, com os respectivos dispositivos de drenagem, inclusive bueiros. - As pistas devem ser dotadas de adequadas condições de escoamento das águas pluviais. Se necessário, a plataforma deve dispor de caimentos transversais de 1% a 2%, evitando-se a formação de poças d’água ou o umedecimento do solo, que diminuem sua capacidade de suporte. Leia também: DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT105_2009_ES.pdf 2. CORTES 2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS CORTE é um segmento da rodovia, cuja implantação requer escavação do material constituinte do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto (off-sets) que definem o corpo estradal, o qual corresponde à faixa terraplenada. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 2.2. TIPOS DE CORTES 2.2.1. Corte a céu aberto Escavação praticada na superfície do solo. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 2.2.2. Corte a meia encosta Escavação para passagem de uma rodovia, que atinge apenas parte de sua seção transversal. 2.2.3. Corte em caixão Escavação em que os taludes estão praticamente na vertical. Corte em caixão (taludes praticamente na vertical) 2.2.4. Corte em raspagem Quando a sua altura não supera 0,40 m em secção plena ou 0,80 m em seção mista. Corte em raspagem Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA É a seguinte a definição das categorias de material escavado, no âmbito do DNIT: a) 1ª categoria: terra em geral, piçarra ou argila, rocha em adiantado estado de decomposição, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior de 15 cm, qualquer que seja o teor de umidade, compatíveis com a utilização de “dozer”, “scraper” rebocado ou motorizado. Material 1ª Categoria b) 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de terraplenagem e ferramentas manuais comuns. Material de 2ª Categoria (escavação difícil, pode usar explosivos) c) 3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1 m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se processamcom o emprego CONTÍNUO de explosivo. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Material de 3ª categoria – rocha não alterada (uso contínuo de explosivos) Em princípio, os materiais da 1ª categoria são aqueles facilmente escaváveis com os equipamentos normais, ainda que se apresentem bastante rijos, em razão de baixo teor de umidade, pois, se úmidos, podem perder a resistência oferecida ao desmonte. Além disso, ainda que estejam misturados com pedras, seixos rolados ou matacões, desde que sejam escaváveis com o equipamento indicado, são considerados como de 1ª categoria. O mesmo se pode afirmar no caso de rocha alterada, desde que apresente pouca compacidade e permita o uso dos equipamentos comuns. Os materiais de 2ª categoria são mais resistentes ao desmonte e não admitem o uso dos equipamentos comuns, a não ser após o emprego de algum tratamento prévio. Já os materiais de 3ª categoria são rochas cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo. É importante destacar que o primeiro critério empregado na classificação dos materiais é a comparação de sua resistência de penetração com a do granito e o segundo critério deve considerar as dificuldades de escavação, classificando-os em primeira, segunda e terceira categorias. Na verdade, a necessidade de se classificar os materiais de escavação nas citadas categorias provém do simples fato de que os mais resistentes, oferecendo maior dificuldade ao desmonte, demandam emprego de um número maior de horas de equipamento ou obrigam ao seu uso de modo mais intensivo, gerando, obviamente, maiores custos de escavação. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Após essa constatação, conclui-se que as diferentes categorias corresponderão preços unitários de escavação bastante diversos. Daí deriva a importância econômica da classificação dos materiais, permitindo a remuneração dos serviços de desmonte de acordo com o esforço empregado nessa operação. Pessoal, a especificação de Serviço 106/2009 – ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT trás um conceito um pouco deferente do visto anteriormente (Manual de Implantação Básica do DNIT). Vamos ver: “3.9 - Material de 1ª categoria Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado. 3.10 - Material de 2ª categoria Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. 3.11 - Material de 3ª categoria Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos.” Portanto, as duas classificações, apesar de divergentes, são válidas. Guardem as duas!! Podem ficar tranquilos, pois as bancas não vão explorar questões elementares do tipo: “Uma rocha com volume igual a 1,5 m3, pode ser classificada como material de 3ª categoria?”. Geralmente, o conceito cobrado traz todo o entendimento do que é um material de 3ª categoria, por exemplo. Reparem que o primeiro critério é quanto á resistência do material, e, no caso, a norma traz um parâmetro diferente do Manual de Implantação Básica. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Norma => resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada Manual => resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito Isso vocês precisam saber! Esses detalhes dos dois conceitos! O mais importante, para a classificação do material de 3ª categoria, realmente, é que para a sua extração é necessário o uso CONTÍNUO de explosivos. Tentem assimilar o conceito como um todo, dessa forma se vier uma questão de prova, vocês facilmente saberão diferenciar as classificações dos materiais. Veremos várias questões de concursos que ajudarão a entender como essas classificações costumam ser abordadas. 5 - (MP/ENAP CESPE - 2015) Da composição do quadro-resumo de terraplenagem deve constar a classificação dos materiais escavados, cujo primeiro critério deve ser a comparação com materiais como o granito e cujo segundo critério deve considerar as dificuldades de escavação, definindo-se os materiais como de primeira categoria, de segunda categoria e de terceira categoria. Pessoal, acabamos de ver que os critérios utilizados na classificação dos materiais nas categorias está relacionado em comparar os materiais com a resistência do granito e considerar as dificuldades de escavação, classificando- os em primeira, segunda e terceira categorias. Tal critério se torna bastante evidente quando estudamos os conceitos dos materiais de 2ª e 3ª categorias: 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de terraplenagem e ferramentas manuais comuns. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1 m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo. Gabarito: Certa 2.4. TALUDE DE CORTE Superfície inclinada do terreno natural de um corte 2.4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Denomina-se talude a superfície inclinada ou vertical, proveniente dos trabalhos de terraplenagem e que limita o terreno natural com o corpo da estrada. É também chamado de saia de corte ou de aterro. Nos cortes, o talude é resultante da escavação do terreno natural. Sua inclinação é determinada antes do início dos serviços. Nos cortes em solos finos e expansivos, a inclinação é maior do que nos solos estáveis, chegando a vertical nos cortes em rocha sã. Nos aterros, o talude é resultado da colocação dos materiais, provenientes dos cortes e/ou empréstimos, em camadas sucessivas compactadas. Tanto nos cortes como nos aterros, a inclinação do talude é função da natureza do solo e das alturas destes. A prática rodoviária aconselha, para os cortes, um talude máximo de 1:1 (V:H) e, para os aterros compactados, a inclinação máxima de 2:3 (V:H), tendo-se sempre presente que cada tipo de solo merece um estudo específico, devendo o assunto ser definido, de forma precisa, no Projeto de Engenharia. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br| Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 2.5. TALUDE ESCALONADO Talude em geral alto, em que se praticam banquetas, com vistas à redução da velocidade das águas pluviais superficiais, para facilitar a drenagem e aumentar a estabilidade do maciço. Seção transversal de um corte escalonado 2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES EQUIPAMENTOS A seleção do equipamento deve obedecer às indicações seguintes: a) Corte em solo - utilizam-se, em geral, tratores equipados com lâminas, escavo-transportadores, ou escavadores conjugados com transportadores diversos. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha A operação deve incluir, complementarmente, a utilização de tratores e moto- niveladoras para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de trabalho, além de tratores empurradores (“pushers”). b) Corte em rocha – empregam-se perfuratrizes pneumáticas ou elétricas para o preparo das minas, tratores equipados com lâmina para a operação de limpeza da praça de trabalho, e carregadores conjugados com transportadores para a carga e transporte do material extraído. Nesta operação, utilizam-se explosivos e detonadores adequados à natureza da rocha e às condições do canteiro de serviço. c) Remoção de solos orgânicos, turfa* ou similares, inclusive execução de corta-rios, utilizam-se retro escavadeiras e escavadeiras com implementos adequados, e complementados por outros equipamentos citados nas alíneas anteriores. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha *turfa é um tipo de solo com grande porcentagem de partículas fibrosas de material carbonoso, ao lado de matéria orgânica no estado coloidal, com coloração marrom-escura a preta; material mole, não plástico, combustível e de cheiro característico, além de consistência fofa. Resumindo, a TURFA é um material muito ruim para a construção de uma rodovia, visto que tem péssimas características estruturais. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES Quando alcançado o nível da plataforma dos cortes: a) Se for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição, deve- se promover o rebaixamento do greide, da ordem de 0,40m, e o preenchimento do rebaixo com material inerte, indicando no projeto de engenharia ou em sua revisão; Rocha = quaRenta cm b) Se for verificada a ocorrência de solos de expansão maior que 2% e baixa capacidade de suporte, deve-se promover sua remoção, com rebaixamento de 0,60 m. expanSivos = Sessenta cm Em se tratando de solos orgânicos, o projeto ou sua revisão fixarão a espessura a ser removida. Em todos os casos, deve-se proceder à execução de novas camadas, constituídas de materiais selecionados, os quais devem ser objeto de fixação no projeto de engenharia ou em sua revisão; c) No dos cortes em solo, considerando o preconizado no projeto de engenharia, devem ser verificadas as condições do solo “in natura” nas camadas superficiais (0,60 m superiores, equivalente à camada final do aterro), em termos de grau de compactação. Os segmentos que não atingirem as condições mínimas de compactação devem ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e, então, Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha devidamente compactados, de sorte a alcançar a energia estabelecida no Projeto de Engenharia. Os taludes dos cortes devem apresentar, após a operação de terraplenagem, a inclinação indicada no projeto de engenharia, para cuja definição foram consideradas as indicações provenientes das investigações geológicas e geotécnicas. Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, deve ser procedido o depósito dos referidos materiais, para sua oportuna utilização. Ou seja, pessoal, o material escavado no corte pode ser estocado para posterior uso. Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável, a juízo da Fiscalização, as massas em excesso, que resultariam em bota-foras, podem ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio*. *falaremos sobre os bermas de equilíbrio daqui a pouco quando estudaremos aterro Então pessoal, desse modo, os excessos de volumes do corte podem ser aproveitados nos aterros, desde que técnica e economicamente aconselhável, além disso tem que ser aprovado pela Fiscalização. Isso vale para os excessos!! A regra é aproveitar todo o volume do corte para os aterros. Somente quando o material escavado do corte for muito ruim é que se faz o bota- fora**! **veremos em breve os conceitos de bota-fora As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado na subseção anterior devem ser, então, objeto de deposição em bota-foras e de modo a não se constituírem em ameaça à estabilidade da rodovia e nem prejudicarem o aspecto paisagístico da região, atendendo ao preconizado no projeto de engenharia. Nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve ser procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 3 m, valetas revestidas e proteção vegetal. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Nos pontos de passagem* de corte para aterro, a Fiscalização deve exigir, precedendo a execução deste último, a escavação transversal ao eixo, até a profundidade necessária para evitar recalques diferenciais**. *ponto de passagem é o limite de onde termina o corte e onde começa o aterro, ou vice-versa. **abatimento (afundamento) do solo, de maneira não uniforme (desigual). Corte - Regra: escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado (nível da plataforma) Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha - Exceção: - ocorrência de rocha sã ou em decomposição: rebaixamento de 0,40m + execução de novas camadas c/ materiais selecionados - ocorrência de solos expansivos (> 2%), poucos resistentes ou orgânicos: rebaixamento de 0,60m + substituição por solos selecionados � Medição - Cortes - considera o volume extraído medido no corte (“in natura”) e a distância de transporte entre este e o local de depósito - cálculo dos volumes: Seções Primitivas - aplicando o método da "média das áreas" Verificação a) Variação da altura máxima para eixos e bordas • Cortes em solo = ± 0,05 m • Cortes em rocha = ± 0,10 m b) Variação máx. da largura => + 0,20 m p/ cada semi-plataforma* * Não é admitida variação negativa Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Leia também: DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem – Cortes - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT106_2009_ES.pdf Questões de concursos: 6 - (CGU 2008 – ESAF) Segundo as especificações do DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes,“o corte é um segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto, que definem o corpo estradal”. Com relação a esse serviço, é correto afirmar que: a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a distância de transporte entre este e o local do depósito. b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de empréstimos. c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção vegetal. e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”, escavadeiras e carregadeiras. Pessoal, essa questão da ESAF, do concurso da CGU de 2008, cobrou algumas literalidades de norma do DNIT. Durante a aula, abordamos os principais pontos das normas de terraplenagem, inclusive fizemos um resumo do que achamos que deve ser revisado com mais frequência. Mas, mesmo assim, achamos muito importante dar uma lida em algumas dessas normas do DNIT. Especialmente nas seguintes: - DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem - Serviços Preliminares - Especificações de Serviço) Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha - DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de Serviço) - DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço) - DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem - Empréstimos – Especificações de Serviço) - DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem - Aterros – Especificações de Serviço) Os links para o acesso a essas normas foram disponibilizados ao longo da aula no final de cada um desses assuntos. Então, vamos analisar cada um dos itens dessa questão: a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a distância de transporte entre este e o local do depósito. Em suma, a norma DNIT 106/2009-ES estabelece que como critério de medição o seguinte: A medição será feita pelo volume extraído, MEDIDO NO CORTE, e a distância de transporte entre este e o local de depósito, obedecendo-se às seguintes condições: ► O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da "média das áreas". ► A distância de transporte será medida ao longo do percurso seguido pelo equipamento transportador, entre os centros de gravidade das massas. O percurso a ser utilizado deverá ser previamente aprovado pela Fiscalização. ► Uma vez perfeitamente caracterizado o material de 3ª categoria, proceder-se-á à medição específica do mesmo, não se admitindo, neste caso, classificação percentual do referido material. Os cortes que apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais, com limites pouco definidos, deverão merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a permitir uma classificação justa dos materiais escavados. Em função da respectiva magnitude, deve ser promovida a anexação de fotografias do corte, efetuadas imediatamente antes da extração da rocha e em sequencia à detonação do explosivo, procedendo-se, ainda, devidas anotações no “Diário de Obras”. É importante sabermos que nesses preços estão consideradas: - as operações de escavação, carga e transporte ao local de deposição; Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha - manutenção dos caminhos de serviço; - escarificação; e - conformação de taludes. O método das áreas, citado anteriormente, consiste no cálculo do volume de cada interperfil, elaborado a partir das áreas das seções transversais, pela aplicação do método da média das áreas: sendo “l” o espaçamento entre duas seções subseqüentes S1 e S2 (ver figura a seguir). A alternativa, afirma que o sistema de medição considera o volume medido após a extração. Conforme visto, a medição será feita pelo volume extraído, MEDIDO NO CORTE (“in natura”).Portanto, o item está incorreto. b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de empréstimos. Vimos que, quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos BOTA-FORAS e não áreas de empréstimos, o que torna a alternativa incorreta. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha EMPRÉSTIMOS � locais em que é retirado material para o aterro BOTA-FORA � local de deposição do material inservível* retirado nos cortes *devido à má qualidade, volume ou excessiva distância de transporte c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. De acordo com a norma DNIT 106/2009-ES para cortes a regra é escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado (nível da plataforma). As exceções são: a) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. Rocha = quaRenta cm b) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,60m, para posterior substituição por solos selecionados. expanSivos = Sessenta cm Conforme constatado, a alternativa está correta, sendo, portanto, o gabarito da questão. d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção vegetal. Mais uma vez recorrendo à norma DNIT 106/2009-ES, temos que: nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve ser procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 3 m, valetas revestidas e proteção vegetal. e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”, escavadeiras e carregadeiras. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Com relação aos materiais de 1ª categoria tá tudo certo! Mas os materiais de 2ª categoria, como vimos nas definições da aula, são aqueles que não podem ser escavados de forma normal e econômica pelos equipamentos usuais, a saber: tratores de lâmina, motoscrapers, escavadeiras e carregadeiras, devido à elevada resistência mecânica à extração, que pode atingir valores estimados entre 500 e 1000 kg/cm². Errado o item. Gabarito: Letra C 7 - (Técnico em Estradas - IEPRO 2009) O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, na especificação de serviço, classifica os materiais escavados em três categorias para efeito de pagamento. Os materiais classificados de 2a categoria estão definidos por: a) Rochas fraturadas com blocos de diâmetro inferior a 0,15 m e volume superior a 2,00 m3; b)Solos consolidados contendo blocos de pedra com volume superior a 2,00 m3; c) Blocos de rocha com volume inferior a 2,00 m3, matacões e pedras de diâmetro médio inferior a 1,00 m, cuja extração necessita utilização de equipamento com escarificadores e eventualmente poderá envolver o uso de explosivos; d) Rochas brandas e fraturadas com blocos com diâmetro médio inferior a 0,15 m; e) Alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se processa em equipamentos com utilização escarificadores. Pessoal, conforme vimos na aula, a especificação de serviço 106/2009 – ES – Cortes, trás o seguinte conceito de material de 2ª categoria: Material de 2ª categoria Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. Portanto, a resposta correta é a letra “c”. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Gabarito: Letra C 8 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na execução de aterros, os materiais provenientes de escavações de cortes devem ser descartados, devido à dificuldade de controle tecnológico desses materiais. É justamente o contrário do que se afirma na questão. Deve-se dar prioridade aos materiais provenientes das escavações dos cortes, sendo que só se deve recusar a utilização desses materiais devido: - a má qualidade; - ao excesso de volume; ou - a excessiva distância de transporte (que inviabilize economicamente a utilização deste material no aterro). Caros alunos, a regra é que o material escavado no corte seja depositado no aterro. Porém quando ele apresenta pelo menos uma das 3 características citadas acima, faz-se o “Bota-fora”. Gabarito: Errada 9 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Segundo a especificação de serviço DNIT 106/2009 – ES do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes relativa a serviços de terraplenagem realizados em cortes, é correto afirmar que: a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a utilização de Dozer ou Screper. b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da faixa de domínio. c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas, tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e carregadores conjugados com transportadores para operação de carregamento e transporte do material extraído. d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento do greide e substituição de material. e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem, apresentar inclinações compatíveis com as características do solo local; inclinação esta definida pela experiência profissional do encarregado de terraplenagem. Vejam que a banca citou a especificação de serviço. Portanto, os conceitos cobrados nesta questão deveriam estar de acordo com a referida norma. Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas: a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a utilização de Dozer ou Screper. Há dois erros nessa alternativa. Para os materiais de 2ª categoria: - diâmetro nominal deve estar compreendido entre 0,15 m e 1,00 m - extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente. Além disso, a extração eventualmente PODE envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Item incorreto. b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da faixa de domínio. O material denominado de bota-fora (inservível) deve ser depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando possível. Item incorreto. c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas, tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e carregadores conjugados com transportadores para operação de carregamento e transporte do material extraído. É isso mesmo! Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Perfuratriz na preparação dos locais e trator com lâmina para limpeza Carregadores e transportadores para operação de carregamento e transporte do material extraído Correta. Portanto, esta alternativa é o gabarito da questão. d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento do greide e substituição de material. Pessoal, vimos que isso não está correto! Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. Rocha = quaRenta cm Item incorreto. e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem, apresentar inclinações compatíveis com as características do solo local; inclinação esta definida pela experiência profissional do encarregado de terraplenagem. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha A primeira parte do item está correto, as inclinações devem ser compatíveis com as características do solo local. Porém, a inclinação deve estar indicada no projeto de engenharia. Item incorreto. Gabarito: Letra C 10 – (UNIPAMPA 2009 – CESPE) Durante os serviços de cortes de solo pode haver excesso de material que gerará os bota-foras. O manejo ambiental desses materiais prevê sua compactação e o depósito em áreas à jusante da rodovia. O entendimento dessa questão está na especificação de serviços ES – 00181 - Execução de Cortes e Aterros da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas do Estado de Sergipe – CEHOP/SE. Segundo essa norma: Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos “bota-foras”, que poderão ser compactados, caso haja previsão em projeto. Preferencialmente, as áreas a eles destinadas serão localizadas a jusante da obra. Pessoal, o termo “jusante” refere-se aos elementos/trechos que se localizam após da estrutura. Já o termo “montante” refere-se aos elementos/trechos que se localizam antes da estrutura. MONTANTE = ANTES JUSANTE = APÓS E por que a jusante? Os bota-foras devem ser dispostos preferencialmente à jusante (depois da obra) da futura rodovia para se evitar carreamento de materiais que possamse desprender e atrapalhar a construção e causar acidentes na construção das rodovias, caso fossem depositados a montante (antes da obra). Gabarito: Certa Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 3. EMPRÉSTIMOS Áreas indicadas no projeto, ou selecionadas, onde devem ser escavados materiais a utilizar na execução da plataforma da rodovia, nos segmentos em aterro. Tais áreas são utilizadas para suprir a deficiência ou insuficiência de materiais extraídos dos cortes. Empréstimos são escavações efetuadas em locais previamente definidos para a obtenção de materiais destinados à complementação de volumes necessários para aterros, quando houver insuficiência de volume nos cortes, ou por razões de ordem qualitativa de materiais, ou de ordem econômica (elevadas distâncias de transporte). Dependendo da situação podem ser considerados dois tipos distintos de empréstimos: laterais e concentrados (ou localizados). 3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS Os empréstimos laterais se caracterizam por escavações efetuadas próximas ao corpo estradal, sempre dentro dos limites da faixa de domínio. Ao lado da plataforma rodoviária. Nos casos de segmentos de cortes se processa o alargamento da plataforma com consequente deslocamento dos taludes. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha No caso de aterros, escavações do tipo “valetões”, em um ou ambos os lados. Logicamente, o que vai definir a execução ou não desses empréstimos é a qualidade do material adjacente aos cortes ou aterros em que se fará a escavação e o volume necessário para suprir a carência de material no aterro de destino. 3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS Os empréstimos concentrados* são definidos por escavações efetuadas em áreas fora da faixa de domínio, em locais que contenham materiais em quantidade e qualidade adequada para confecção dos aterros. A utilização desse tipo de empréstimo se dá quando não existem materiais adequados nas faixas laterais a cortes ou aterros para efetivação de empréstimos laterais, ou quando esses últimos não proporcionam a retirada do volume total necessário. Os locais dos empréstimos concentrados ou localizados devem ser selecionados dentre as elevações do terreno natural próximas ao aterro a que se destinará o material, devendo-se definir a área e forma de exploração de tal maneira que, após a escavação, se tenha uma aparência topográfica natural. As medidas minimizadoras dos impactos ambientais sugeridas para os empréstimos materiais aplicam-se, na totalidade, aos empréstimos concentrados. *os empréstimos concentrados são também chamados de JAZIDAS DE EMPRÉSTIMOS, estas jazidas se localizam fora da faixa de domínio. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Empréstimos 2 Tipos: - Laterais: dentro dos limites da faixa de domínio - Concentrados: fora da faixa de domínio Nos Cortes: a) Adoção de taludes mais suaves (maior inclinação) => melhorar a estabilidade b) Rebaixamento do fundo de corte, com modificação do greide, para melhorá- lo. ���� Execução de empréstimos - No caso de caixas de empréstimos laterais destinadas a trechos com greide elevado, as bordas internas das caixas devem ter distância mínima de 5,00 m do pé do aterro. - Empréstimos laterais entre borda externa das caixas de empréstimo e o limite da faixa de domínio deve ser mantida, sem exploração, uma faixa de 2,00 m de largura, a fim de permitir a implantação da vedação delimitadora*. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha * No caso de empréstimo de alargamento de corte => largura mínima de 3,00 m. � Medição - Empréstimos - considera o volume extraído medido na caixa de empréstimo (“in natura”) CONDICIONANTES AMBIENTAIS • Atendimento aos preceitos vigentes e os instituídos pelos competentes órgãos regionais; • Execução do PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas aprovado, elaborado em conformidade com o respectivo Programa Ambiental; • Preservação dos cursos d’água, dos centros urbanos e das unidades habitacionais; • Preservação das áreas situadas em reservas florestais, ecológicas ou de valor cultural, protegidas pela legislação; • Preservação de sistemas naturais e das espécies de fauna rara, ou em extinção, e de interesse científico ou econômico; • Adoção de medidas, objetivando evitar a ocorrência ou aceleração de processos erosivos e a formação de processos de instabilidade física; • Instalação de sistema de drenagem específico; • Realização de inspeções ambientais, de conformidade com a periodicidade estabelecida, e a ter lugar durante a fase de operação das caixas de empréstimo. Recuperação de área de empréstimo lateral Leia também: Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem – Empréstimos - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT107_2009_ES.pdf 4. BOTA – FORA Material de escavação de cortes, não aproveitado nos aterros, devido à sua má qualidade, ao seu volume ou à excessiva distância de transporte, e que é depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando possível, ou seja, são volumes de matérias escavados não utilizáveis na terraplenagem. O local de depósitos desses materiais deve ser criteriosamente definido, a fim de não causar danos às outras obras de construção. Local de bota-fora: lugar estabelecido para depósito de materiais inservíveis. MANEJO AMBIENTAL: • Os bota-foras devem evitar que as águas pluviais promovam erosões e assoreamentos. • Após conformação final, deve ser feito revestimento vegetal dos bota- foras, inclusive do material de 3ª categoria, incorporando à paisagem local. Utilização de material de bota-fora para recuperação de área degradada Pessoal, muitas vezes a fiscalização da obra determina que se utilize o material de bota-fora para combater erosões existentes. Dessa maneira, aproveita-se o material do bota-fora para recuperar uma área erodida. Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 11 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) Entre as operações de corte, podem-se citar as seguintes etapas: escavação dos materiais, transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-fora e retirada das camadas de má qualidade, visando à preparação das fundações dos aterros. Pessoal, além da parte teórica que curso traz, nós estamos tentando mostrar para vocês também algumas das principais fontes de referências usadas pelas bancas ao elaborar as questões. O objetivo é mostrar a vocês a forma como as questões são elaboradas a partir dos diversos materiais disponíveis, especialmente dos manuais e normas do DNIT (chamando a sua atenção para os mais relevantes entre os inúmeros existentes) e eventualmente a partir de outras fontes que vamos citando durante as explicações dos exercícios. Conhecendo essas fontes, aumenta, e muito, as chances do
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