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Aula 00 Professores_ Fabrício Mareco e Gustavo Rocha

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Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) 
Aula 00 - Aula Demonstrativa 
Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 
 
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Aula 00 
AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS TCE-SC (Teoria e Exercícios) 
� Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes, 
aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução. 
 
Professores: Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) 
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Olá pessoal! 
 
Saiu o edital do concurso para Auditor Fiscal de Controle Externo do Tribunal 
de Contas do Estado de Santa Catarina! 
 
No total serão 10 vagas (9 para ampla concorrência e 1 para candidatos com 
deficiência) para o cargo de Auditor Fiscal de Controle Externo – Especialidade: 
Engenharia Civil, sendo que os 30 melhores classificados na prova objetiva 
serão convocados para avaliação de títulos. O salário é excelente, cerca 
R$ 11.607,42 iniciais! Portanto, vale muito a pena! 
 
Estamos muito satisfeitos em dar nossa contribuição nessa sua caminhada 
rumo à sua aprovação neste concurso. 
 
Então, convidamos vocês a participarem deste novo curso de Auditoria de 
Obras Rodoviárias para TCE/SC (Teoria e Exercícios). 
 
A prova está prevista para o dia 3/4/2015. O nosso objetivo é que 
terminemos o curso até 14/3/2016. Com isso, terão tempo de estudar todo o 
conteúdo e ainda ter tempo para dar uma boa revisada em toda a matéria até 
a data da prova. 
 
Esse curso cobrirá todo o conteúdo programático da disciplina de Obras 
Rodoviárias exigido no Edital do TCE-SC. E nele nós procuramos apresentar 
cada assunto da maneira mais didática possível, de maneira que o 
entendimento mesmo que abrangente, seja assimilado de forma tranquila pelo 
aluno. A abordagem dos assuntos nas aulas será feita com a profundidade 
necessária para a resolução das questões de provas anteriores. Não se 
pretende aqui esgotar os temas ou extrapolar a abrangência exigida pela 
Banca. Assim, o objetivo do curso será o de melhorar o custo-benefício do seu 
estudo, no limite suficiente à resolução das questões de prova. 
Procuramos no nosso curso filtrar para vocês o que achamos de mais 
importante sobre essa disciplina, especialmente os conceitos mais relevantes 
de cada tópico. 
Acreditamos que com o conteúdo desse curso, vocês terão um material 
contendo os temas mais relevantes e com maior probabilidade de cobrança na 
prova. 
Aula 
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E é com esta finalidade que vamos apresentar um material que aborde o 
conteúdo da disciplina diretamente ao ponto principal de cada assunto, 
evidenciando os principais temas cobrados em provas de concursos. 
 
Este curso será ministrado por dois professores que têm experiência 
diretamente nesta área: Auditorias de Obras Rodoviárias. 
 
Bem, vamos às apresentações: 
 
Meu nome é Fabrício Helder Mareco Magalhães, graduado em engenharia 
civil pela Universidade Federal do Ceará - UFC e Mestre engenharia generalista 
pela École Centrale de Lyon na França. 
 
Durante a faculdade, realizei vários estágios na área de obras rodoviárias, 
razão pela qual escolhi em ser lotado na extinta Secretaria de Obras 
Rodoviárias - Secobrodov, hoje SeinfraRodovias, quando entrei no Tribunal de 
Contas da União – TCU em 2012. Trabalhei por três anos nesse setor, 
fiscalizando e instruído processos relacionados com obras públicas rodoviárias, 
tendo tido a oportunidade de ter exercido o cargo de Assessor-Substituto 
nessa Secretaria. Ademais, ao longo desses três anos, realizei vários cursos 
pelo TCU voltados para a área rodoviária. Atualmente, embora lotado na 
Secretaria de Controle Externo do Estado do Ceará – Secex/CE continuo 
fiscalizando e realizando trabalhos na área rodoviária. 
 
Com intuito de me qualificar e agregar mais conhecimento aos meus cursos, 
comecei uma especialização na área de Gestão, Licenciamento e Auditoria 
Ambiental, tema, como veremos, intrinsecamente relacionado a projetos e 
execução de obras rodoviárias. 
 
Eu sou o Gustavo Baptista Lins Rocha, graduado pela Universidade Federal 
de Goiás com pós-graduação em Construção Civil pela Escola de Administração 
de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV/EASP. 
 
Trabalhei durante muitos anos na iniciativa privada e durante esse período tive 
oportunidade de acompanhar diversos tipos de obras de engenharia 
(edificações, pontes, saneamento etc.), mas, sobretudo, executei diversas 
obras rodoviárias. 
 
Após esse período na iniciativa privada, no início de 2010 resolvi dar um novo 
rumo à minha vida, prestando concursos públicos. No final deste mesmo ano 
fui aprovado em 1º lugar para o concurso do Inmetro. Em 2011, fiz o concurso 
para Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União – 
TCU na área de obras, sendo aprovado em 4º lugar nesse certame. Esse é o 
cargo que ocupo atualmente, estando lotado na Secretaria de Infraestrutura de 
Obras Rodoviárias – Seinfra Rodovias, tendo a oportunidade de já ter exercido 
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o cargo de Diretor-Substituto na 3ª Diretoria de Obras Rodoviárias dessa 
Secretária do TCU. 
 
Durante nossa experiência como Auditor de Obras realizamos diversas 
auditorias nas mais variadas obras rodoviárias, além de termos participados de 
uma série de cursos ministrados para o TCU para a área de rodovias. 
 
Acreditamos que neste período pós-edital o estudo deva ser o mais 
estratégico. Dessa forma, pensamos em desenvolver o curso trazendo a teoria 
da matéria da forma mais enxuta possível, focando nos conceitos básicos que 
são considerados imprescindíveis para entender a lógica por traz das questões. 
 
Por falar em questões, TODAS em nosso curso serão COMENTADAS!! Isso 
mesmo!! E não pensem que serão poucas não, acreditamos que serão mais de 
600 questões comentadas!! Só nessa aula demonstrativa já temos 86 no 
total!! 
 
Esse grande número de questões comentadas é simplesmente para que você, 
candidato, chegue na prova conhecendo bem como a matéria é cobrada pela 
banca e conhecendo as suas principais pegadinhas!! Uma outra vantagem de 
ter um curso com bastante questões comentadas é que antes da data da 
prova, caso você não tenha tempo de revisar todo o conteúdo da matéria, você 
pode estudar apenas pelos comentários das questões que você revisará 
praticamente tudo de mais importante na matéria. 
 
Como a banca que fará o concurso será a CESPE, a grande maioria das 
questões comentadas no curso serão dessa banca. No entanto, visando 
abranger o máximo possível daquilo que já foi cobrado desta disciplina em 
diversos outros concursos, lançaremos mãos de questões que já foram 
cobradas em outras bancas como a VUNESP, a ESAF e a FCC. 
 
Faremos o possível para tornar o tema claro para o entendimento, sempre 
trazendo o enfoque que as bancas têm dado para cada assunto. Nosso objetivo 
é colocá-los em nível adequado de conhecimento para vocês se familiarizarem 
com a forma de cobrança dos assuntos e comentar o máximo de questões 
sobre o tema. Essa será a chave para a sua aprovação. 
 
Pessoal, outra coisa que consideramos muito importante para a aprovação de 
vocês é o canal direto que vocês terão com a gente por meio do uso do fórum 
de dúvidas quando adquirirem o curso. Dessa forma, se porventura restar 
dúvidas sobre determinando tema ou questão, ou, até mesmo dar sugestões 
para melhoria do curso, vocêspoderão fazê-lo por esse canal. 
 
Uma coisa que aprendemos nessa vida de concurseiro é que disciplina, 
determinação, persistência, assim como um estudo estratégico são elementos 
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que ajudam bastante a atingir mais rapidamente o sucesso da aprovação. Faça 
um planejamento dos estudos e tenha sobre tudo muita força de vontade!! 
 
No que concerne à previsão e ao cronograma das aulas, ao todo nosso curso 
terá 11 aulas, sendo os assuntos dispostos da seguinte forma: 
 
Aula Conteúdo Programático 
00 -Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes, 
aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução. 
01 
-Especificação e execução de serviços: pavimentação: reforço do 
subleito, sub-base, base e revestimento asfáltico. Controle e 
execução. 
02 
-Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens). 
-Especificações de materiais: características físicas. 
-Controle de materiais: cimento, agregados, aditivos, materiais 
betuminosos. 
03 
-Principais equipamentos utilizados na terraplenagem e de 
pavimentação. 
-Equipamentos para transporte, desmonte e compactação de solo. 
04 -Especificação e execução de serviços: drenagem 
05 
-Especificação e execução de serviços: obras de arte especiais. 
-Execução de serviços de sinalização. 
-Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras. 
06 -Principais ensaios técnicos: de solo, de materiais betuminosos e de 
agregados. 
07 -Análise orçamentária: Sistema de Custos Rodoviários do DNIT 
(SICRO). Metodologia e conceitos, produtividade e equipamentos. 
08 
-Organização do canteiro de obras. 
-Fiscalização: acompanhamento da aplicação de recursos (medições, 
cálculos de reajustamento, mudança de data-base, emissão de fatura 
etc.), análise e interpretação de documentação técnica (editais, 
contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário 
de obras etc.) 
09 
-Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. 
-Geometria de vias urbanas e estradas; Especificação e 
dimensionamento de pavimentos. 
10 - Vistoria, recuperação e conservação de pavimentos. 
 
Lembramos que os exercícios que forem resolvidos serão apresentados em 
forma de lista no final de cada aula, para que aqueles alunos que desejam 
resolvê-los antes de ver o gabarito e de ler os respectivos comentários. 
 
Pessoal, após as devidas apresentações, não percamos tempo e vamos ao que 
nos interessa!! 
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O tema que trataremos hoje é serviços de Terraplenagem. Veremos que na 
concepção de uma rodovia a escolha do trajeto é de vital importância na 
quantificação do custo de uma rodovia e que dependendo do trajeto e da cota 
do terrapleno escolhido pode-se usar uma boa parte do material que será 
obtido em cortes para a construção dos aterros ou rejeitá-lo quando inservível 
como material de bota-fora. 
Também veremos as Normas DNIT sobre as Especificações de Serviços de 
terraplenagem. Consideramos essa parte como a mais cansativa da aula, 
porque há muito decoreba o que gera um número muito grande de conceitos a 
serem retidos. Mas, garanto a vocês que essa leitura que farão poderá ser a 
diferença entre os aprovados e os não aprovados no certame. Vamos ver que 
em diversas questões existentes sobre o tema, as bancas gostam de pedir a 
literalidade dessas Normas. Estudaremos as partes que consideramos mais 
importantes, mas aconselhamos que posteriormente, se tiverem tempo, leiam 
as normas que serão tratadas nesta aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1.TERRAPLENAGEM ....................................................................................................................... 9 
1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM ...................................................................... 9 
1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM ......................................... 14 
1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO .......................................................... 20 
2. CORTES .................................................................................................................................... 23 
2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 23 
2.2. TIPOS DE CORTES ................................................................................................................. 24 
2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA ........................................................ 26 
2.4. TALUDE DE CORTE ................................................................................................................ 29 
2.5. TALUDE ESCALONADO ......................................................................................................... 31 
2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES ............................................................. 31 
3. EMPRÉSTIMOS ......................................................................................................................... 46 
3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS ..................................................................................................... 46 
3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS ......................................................................................... 47 
4. BOTA – FORA ........................................................................................................................... 50 
5. ATERROS .................................................................................................................................. 52 
5.1. COMPACTAÇÃO DOS ATERROS ............................................................................................ 54 
5.2. MATERIAIS ............................................................................................................................ 55 
5.3. ASPECTOS CONSTRUTIVOS E PARTICULARIEDADES ............................................................. 56 
5.4. EXECUÇÃO DE ATERROS COM MATERIAIS ROCHOSOS ........................................................ 58 
6. EXECUÇÃO DE ATERROS COM AREIA ...................................................................................... 58 
7. EXECUÇÃO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES ...................................................................... 59 
7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 59 
7.2. ESTABILIDADE DOS ATERROS E CONSOLIDAÇÃO DAS FUNDAÇÕES .................................... 60 
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7.3. CONTROLE DE INSUMOS ...................................................................................................... 69 
7.4. CONTROLE DA EXECUÇÃO DA COMPACTAÇÃO ................................................................... 71 
8. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES ................................................................................................ 76 
8.1. COMPENSAÇÃO LONGITUDINAL .......................................................................................... 77 
8.2 COMPENSAÇÃO LATERAL OU TRANSVERSAL ........................................................................77 
8.3. FATORES DE CONVERSÃO .................................................................................................... 78 
9. DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL A SER ESCAVADO ..................................................................... 81 
9.1 DIAGRAMA DE BRÜCKNER .................................................................................................... 83 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 0 ........................................................................................ 94 
LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ........................................................................ 147 
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ............................................................... 171 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 173 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.TERRAPLENAGEM 
 
O serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo 
terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais 
de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, pátios 
industriais, edificações, barragens e plataformas diversas. 
 
De forma genérica, a terraplanagem ou movimento de terras, pode ser 
entendida como o conjunto de operações necessárias para remover a 
terra, dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que 
há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado. 
Pessoal, muitas pessoas confundem o termo “terraplenagem”, e acham que a 
terraplenagem serve para aplainar (deixar plano) o terreno. Isso não é 
verdade, a terraplenagem é o movimento de terra para conformar o terreno 
natural, e adequá-lo às dimensões do projeto. 
 
 
1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM 
O DNIT define terraplenagem como o conjunto de operações de 
escavação, carga, transporte, descarga e compactação dos solos, 
aplicadas da construção de aterros e cortes, dando à superfície do 
terreno a forma projetada para construção de rodovias. 
 
Vejam que o Manual de Implantação Básica do DNIT traz 5 operações de 
terraplenagem, são elas: 
 
a) escavação 
 
b) carga 
 
c) transporte 
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d) descarga 
 
e) compactação 
 
Portanto, a terraplenagem pode ser definida como um conjunto de operações 
destinadas a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto, 
englobando os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro 
(deposição e compactação de materiais escavados). A conjugação desses dois 
serviços tem por finalidade proporcionar condições geométricas compatíveis 
com o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia. 
 
a) Escavação 
 
Consiste no emprego de ferramentas cortantes, como a faca de lâmina ou os 
dentes da caçamba de uma carregadeira, com o intuito de romper a 
compacidade do solo em seu estado natural. 
 
 
 
1.1.1. Carregamento 
 
Consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do 
material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi 
escavado. 
 
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1.1.2. Transporte 
 
Consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será 
colocada em definitivo. 
 
Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carreado, 
isto é, a caçamba está ocupada em sua totalidade pelo material escavado, do 
transporte vazio, fase em que a máquina já retorna ao local de escavação 
sem a carga de terra. 
 
 
 
1.1.3. Descarga e espalhamento 
 
Consistem na descarga e espalhamento do material transportado no local do 
aterro a se construído, com o objetivo de execução do aterro propriamente 
dito. Quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de 
compactação no aterro haverá, ainda, a operação final de adensamento do 
solo até índices mínimos estabelecidos. 
 
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Espalhamento com motoniveladora 
 
Essas quatro primeiras operações básicas podem ser executadas pela mesma 
máquina ou por equipamentos diversos. Exemplificando, um trator de esteira 
provido de lâmina, executa sozinho todas as operações acima indicadas, sendo 
que as três primeiras com simultaneidade. 
 
 
1.1.4. Compactação 
 
Compactação de aterros é o processo manual ou mecânico de aplicação de 
forças destinadas a reduzir o volume do solo até atingir a densidade 
máxima. Entre outras razões, a diminuição do volume deve-se a: 
 
● Melhor disposição dos grãos do solo, permitindo aos menores ocupar os 
espaços deixados pelos maiores; 
 
● Diminuição do volume de vazios pela nova arrumação do solo; 
 
● Utilização da água como lubrificante. 
 
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Essas cinco operações repetem-se através do tempo, constituindo-se, 
portanto, num trabalho cíclico e o seu conjunto denomina-se ciclo de 
operação. A determinação do ciclo de operação permitirá o estudo da 
estimativa da produção de um equipamento de terraplenagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - (IPOJUCA 2009 – CESPE) Terraplenagem é a movimentação de 
terra por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de 
torná-la plana e, se necessário ao projeto, horizontal. 
 
Bem, nessa questão o examinador tentou enganar o candidato alterando o 
conceito de terraplenagem. No início da aula vimos que o serviço de 
terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para 
implantação de obras de engenharia. 
 
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Portanto, pessoal, não caia nessa não! Lembrem-se quando estão viajando de 
carro por uma rodovia e recordem como há inúmeros trechos com subidas e 
descidas ao longo do caminho. O conteúdo da afirmativa está errado. 
Gabarito: Errada 
2 - (TJ/CE CESPE – 2014) A terraplanagem é o processo de 
movimentação de terra constituído por algumas operações básicas que 
ocorrem em sequência ou de forma simultânea. Assinale a opção em 
que são apresentadas as operações que constituem fases integrantes 
da movimentação de terra. 
A) remoção com transporte; escavação 
B) remoção com transporte; sondagem 
C) descarga com espalhamento; organização do canteiro 
D) escavação; limpeza do terreno 
E) carga do material escavado; sondagem 
Questão bem tranquila que trata das fases integrantes da movimentação de 
terra. Como estudamos, há 5 operações de terraplenagem, são elas: 
 
a) escavação 
b) carga 
c) transporte 
d) descarga 
e) compactação 
 
Logo a alternativa correta é a letra A. 
Gabarito: Letra A 
1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM 
A terraplenagem consiste, em termos gerais, na execução de cortes e de 
aterros. 
 
Porém, antes de dar início às operações básicas*, é necessária a retirada 
de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão 
diretamente ou que possam interferir nestas duas operações. 
 
*Não sepode começar nenhuma operação básica antes dos serviços 
preliminares 
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O conjunto de todas essas atividades é designado por Serviços Preliminares, 
os quais compreendem o desmatamento, o destocamento e a limpeza. 
 
O desmatamento é o corte e remoção de toda vegetação de qualquer 
densidade e posterior limpeza das áreas destinadas à implantação da 
plataforma a ser construída. 
 
 
O destocamento e a limpeza são operações de escavação e remoção total 
dos tocos e raízes e da camada de solo orgânico, na profundidade necessária, 
até o nível do terreno considerado apto para terraplenagem das áreas 
destinadas à implantação da plataforma a ser construída. 
 
 
Trator de Esteiras efetuando o destocamento 
 
A área a desmatar deverá ser definida após o projeto de terraplenagem onde 
são previstos os limites necessários à implantação dos cortes e aterros 
denominados off-sets de terraplenagem. 
 
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Os off-sets são as linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos 
serviços. 
 
Caros alunos, segundo o Glossário de Termos Técnicos Rodoviários do DNIT, 
off-set significa estaca cravada a 2 m da crista de corte ou pé de aterro, 
devidamente cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e 
controle topográfico, sempre no mesmo alinhamento das seções transversais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa “folga” (de 2,00m) é necessária para que durante a execução das 
escavações dos cortes ou compactação dos aterros a referência do off-set seja 
mantida. Um auxiliar de campo, chamado de “greidista” irá acompanhar a 
aferição destas medidas e garantir que os serviços estejam sendo realizados 
conforme as definições de projeto. 
É comum durante a fase de implantação da rodovia a alteração dos limites 
de desmatamento definidos em projeto, em face da dificuldade das 
máquinas de acompanhar a linha sinuosa que limita os off-set, principalmente 
nas regiões de vegetação densa. Então para facilitar o desempenho 
operacional, o desmatamento passa a ser feito por segmento de reta, 
aumentando a área a desmatar, agredindo o meio ambiente, facilitando a 
erosão e o assoreamento, bem como diminuindo a estabilidade do talude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pessoal, nosso interesse é o foco em concursos públicos. O importante é tentar 
extrair do conteúdo os principais conceitos de cada tema e mostrar como são 
as cobranças das bancas. Vamos a um resumo da norma DNIT 104/2009 – 
ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares” que contém os serviços de 
“desmatamento, destocamento e limpeza” que fizemos para vocês. Em 
seguida, vamos ver como isso já caiu em provas: 
 
 
Desmatamento, Destocamento e Limpeza 
►Nos cortes 
Nas áreas destinadas a CORTES, a exigência é de que a camada 60 cm 
abaixo do greide projetado fique totalmente isenta de tocos ou raízes. 
►Nos aterros 
Quando a cota vermelha* de um ATERRO for superior a 2,00 m, o 
desmatamento deve ser executado de modo que os cortes das árvores fique no 
máximo, nivelado ao terreno natural, não havendo necessidade do 
DESTOCAMENTO. 
*cota vermelha é a diferença da cota final de projeto (greide) em relação à 
cota do terreno natural 
 
Verificação 
-É admitida, como tolerância, uma variação da largura da faixa a ser 
trabalhada de + 0,15 m p/ cada lado do eixo* 
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* Não é admitida variação negativa 
 
� Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza 
 
a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2* 
* metro quadrado 
b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas 
ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos: 
b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m 
b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m 
Obs: o diâmetro das árvores deve ser apreciado a um metro de altura do nível do terreno. 
 
Além do resumo, vamos ver outros detalhes importantes da norma DNIT 
104/2009 – ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares”: 
 
- Nos serviços preliminares, preferencialmente, devem ser utilizados 
tratores de esteiras, com lâminas ou com implementos especiais* 
apropriados às tarefas, e motosserras. 
 
* “empurrador de árvore”, “destocador” e “ancinho” 
 
- O equipamento empregado, nos serviços preliminares, deve dispor de 
estruturas metálicas de proteção à cabine do operador e à própria 
máquina, para protegê-los de eventual queda de galhos e ramos secos ou 
mesmo de árvores que venham a ser derrubadas. 
 
 
 
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- As operações devem ser complementadas com o emprego de serviço 
manual. 
 
- A fiscalização deve assinalar, mediante caiação, as árvores que devem 
ser preservadas e as toras que pretende reservar – as quais devem ser, 
então, transportadas para local determinado, visando posterior 
aproveitamento. 
 
- A limpeza deve ser sempre iniciada pelo corte das árvores e arbustos de 
maior porte, tomando-se os cuidados necessários para evitar danos às 
árvores a serem preservadas, linhas físicas aéreas ou construções nas 
vizinhanças. 
 
- Na operação de limpeza, quando o terreno for inclinado, o trator deve 
trabalhar sempre de cima para baixo. 
 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL: 
 
– O projeto deve fornecer orientações sobre os procedimentos a serem 
adotados para garantir a qualidade dos serviços de manejo; 
 
– O material decorrente das operações executadas deve ser retirado e 
estocado de forma a não agredir o meio-ambiente, podendo ser usado nos 
taludes de aterros; 
 
– Não devem ser utilizados explosivos para remoção da vegetação; 
 
 
Leia também: 
 
DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem – Serviços Preliminares - Especificações de 
Serviço) 
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT104_2009_ES.pdf 
 
 
3 – (PETROBRÁS TEC. EDIFICAÇÃO 2004 – CESPE) Na construção de 
aterros, deve ser procedida uma preparação adequada do terreno para 
receber o aterro, especialmente com retirada de vegetação ou restos 
de demolições eventualmente existentes. 
Acabamos de ver que os Serviços Preliminares compreendem o 
desmatamento, o destocamento e a limpeza. 
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Vimos também que antes de dar início às operações básicas (cortes e aterros) 
é necessária a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não 
participarão diretamente ou que possam interferir nestas duas operações. 
 
Já o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos serviços 
à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente desmatada e 
destocada com o respectivo entulho removido. 
Gabarito: Certa 
4 – (TCE - RN 2006 – CESPE) Os serviços de desmatamento, 
destocamento e limpeza são considerados preliminares e nenhum 
movimento de terra pode começar antes de esses serviços terem sido 
totalmente concluídos. 
Vejam que as provas por diversas vezes retomam alguns temas. Por isso é tão 
importante resolvermos questões sobre os conteúdos cobrados em concursos,especialmente da banca que irá organizá-los. 
 
Segundo a norma DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterro – 
Especificações de Serviço), antes do início da execução dos aterros, os 
elementos/componentes do processo construtivo pertinente e que serão 
utilizados para a respectiva implantação do aterro, devem estar em condições 
adequadas, condições estas retratadas pelo atendimento do disposto nos itens 
4.1 a 4.8 da norma DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – 
Especificações de Serviço). 
 
Por sua vez, o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos 
serviços à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente 
desmatada e destocada com o respectivo entulho removido. 
Gabarito: Certa 
1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO 
 
São estradas de padrão apenas suficiente que garanta o trânsito de 
equipamentos e veículos, com a finalidade de interligar cortes e aterros, 
assegurar o acesso ao canteiro de serviço, áreas de empréstimos, jazidas, 
obras de arte, fontes de abastecimento de água e demais instalações previstas 
no canteiro da obra. 
 
Tais estradas se constituem em obras de baixo custo, com movimentos de 
terra mínimos, envolvendo ordinariamente, a utilização de solo local e 
abrangendo plataforma com largura de 4,0 m a 5,0 m. 
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A abertura dos caminhos de serviço, ordinariamente compreende o 
aproveitamento da camada do solo superficial ocorrente na respectiva 
faixa a ser trabalhada – cumprindo observar que, por se tratar de via 
provisória e a ser submetida ao tráfego de pequena magnitude, os 
requisitos geotécnicos exigidos para os solos são relativamente brandos, 
conforme as normas da espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora, um pequeno resumo de algumas partes importantes da norma DNIT 
105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de 
Serviço) 
 
Caminhos de Serviço 
Vias implantadas de caráter provisório => deslocamento de equipamentos e 
veículos 
Verificação 
-Estabelece-se para a largura da pista de caminho de serviço uma tolerância 
de + 0,20 m, em relação a definida pela fiscalização 
�Medição – Caminhos de Serviços 
 
a) Se dentro dos “off-sets” => será medido como serviço correspondente 
(Corte ou Aterro) 
Caminho de Serviço 
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b) Se fora dos “off-sets” => medição específica dos serviços (escavação, 
carga, transporte, etc) como caminho de serviço 
 
Também é importante saber: 
 
- Os caminhos de serviços, embora de utilização provisória, devem estar 
submetidos a serviço de MANUTENÇÃO atento e permanente, em função da 
magnitude do tráfego. 
 
- Os serviços de manutenção devem estar sempre presentes, com a 
mobilização periódica de motoniveladora, para promover a 
regularização da pista e de sorte a garantir, para o equipamento, 
desenvolvimento de velocidade adequada e com a devida segurança. Da 
mesma maneira, a fim de combater a formação de poeira deve-se 
umedecer as pistas com caminhões pipa ou adicionar-se substâncias 
estabilizantes que retêm a umidade natural. 
 
- As exigências pode evoluir, a juízo da Fiscalização, para a execução de 
revestimento primário*, envolvendo, então, a utilização de material 
adequado, a ser especificado pelo DNIT. 
 
*Revestimento primário: Camada de solo selecionado de boa qualidade, 
estabilizado, superposta ao leito natural de uma rodovia, para permitir uma 
superfície de rolamento com características superiores às do solo natural, 
garantindo melhores condições de trânsito. 
 
 
Execução de revestimento primário (camada de solo de boa qualidade, para melhorar 
as condições de trânsito) 
 
- Quando evidenciada a necessidade, a juízo da Fiscalização, deve-se buscar 
uma melhoria relativa do “greide”, eliminando-se ou suavizando-se as 
rampas de inclinação mais forte. 
 
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Pessoal, isso significa que para os caminhos de serviço deve-se buscar sempre 
aproveitar o leito natural do terreno (já que os caminhos de serviços são 
provisórios). Mas há situações em que o terreno natural tem uma topografia 
muito acentuada, então, nesses casos, a juízo da fiscalização, deve-se suavizar 
as rampas de inclinação forte. 
 
- Nas baixadas, ante a ocorrência de solos de má qualidade ou a possibilidade 
de inundações, pode caber, a juízo da Fiscalização, a execução de pequenos 
aterros, com os respectivos dispositivos de drenagem, inclusive bueiros. 
 
- As pistas devem ser dotadas de adequadas condições de escoamento 
das águas pluviais. Se necessário, a plataforma deve dispor de caimentos 
transversais de 1% a 2%, evitando-se a formação de poças d’água ou o 
umedecimento do solo, que diminuem sua capacidade de suporte. 
 
Leia também: 
 
DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de 
Serviço) 
 
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT105_2009_ES.pdf 
 
2. CORTES 
2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
CORTE é um segmento da rodovia, cuja implantação requer escavação do 
material constituinte do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos 
limites das seções do projeto (off-sets) que definem o corpo estradal, o qual 
corresponde à faixa terraplenada. 
 
 
 
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2.2. TIPOS DE CORTES 
2.2.1. Corte a céu aberto 
 
Escavação praticada na superfície do solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2.2. Corte a meia encosta 
 
Escavação para passagem de uma rodovia, que atinge apenas parte de sua 
seção transversal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2.3. Corte em caixão 
 
Escavação em que os taludes estão praticamente na vertical. 
 
 
Corte em caixão (taludes praticamente na vertical) 
2.2.4. Corte em raspagem 
 
Quando a sua altura não supera 0,40 m em secção plena ou 0,80 m em 
seção mista. 
 
Corte em raspagem 
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2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA 
É a seguinte a definição das categorias de material escavado, no âmbito do 
DNIT: 
 
a) 1ª categoria: terra em geral, piçarra ou argila, rocha em adiantado estado 
de decomposição, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior de 
15 cm, qualquer que seja o teor de umidade, compatíveis com a utilização 
de “dozer”, “scraper” rebocado ou motorizado. 
 
 
Material 1ª Categoria 
 
b) 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao 
granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de 
diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com 
emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de 
terraplenagem e ferramentas manuais comuns. 
 
 
Material de 2ª Categoria (escavação difícil, pode usar explosivos) 
 
c) 3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou 
igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1 
m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se 
processamcom o emprego CONTÍNUO de explosivo. 
 
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Material de 3ª categoria – rocha não alterada (uso contínuo de explosivos) 
 
Em princípio, os materiais da 1ª categoria são aqueles facilmente 
escaváveis com os equipamentos normais, ainda que se apresentem 
bastante rijos, em razão de baixo teor de umidade, pois, se úmidos, podem 
perder a resistência oferecida ao desmonte. 
 
Além disso, ainda que estejam misturados com pedras, seixos rolados ou 
matacões, desde que sejam escaváveis com o equipamento indicado, são 
considerados como de 1ª categoria. 
 
O mesmo se pode afirmar no caso de rocha alterada, desde que apresente 
pouca compacidade e permita o uso dos equipamentos comuns. 
 
Os materiais de 2ª categoria são mais resistentes ao desmonte e não 
admitem o uso dos equipamentos comuns, a não ser após o emprego de 
algum tratamento prévio. 
 
Já os materiais de 3ª categoria são rochas cuja extração e redução, para 
tornar possível o carregamento, se processam com o emprego 
CONTÍNUO de explosivo. 
 
É importante destacar que o primeiro critério empregado na classificação dos 
materiais é a comparação de sua resistência de penetração com a do 
granito e o segundo critério deve considerar as dificuldades de escavação, 
classificando-os em primeira, segunda e terceira categorias. 
 
Na verdade, a necessidade de se classificar os materiais de escavação nas 
citadas categorias provém do simples fato de que os mais resistentes, 
oferecendo maior dificuldade ao desmonte, demandam emprego de um 
número maior de horas de equipamento ou obrigam ao seu uso de modo mais 
intensivo, gerando, obviamente, maiores custos de escavação. 
 
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Após essa constatação, conclui-se que as diferentes categorias corresponderão 
preços unitários de escavação bastante diversos. 
 
Daí deriva a importância econômica da classificação dos materiais, permitindo 
a remuneração dos serviços de desmonte de acordo com o esforço empregado 
nessa operação. 
 
Pessoal, a especificação de Serviço 106/2009 – ES – Terraplenagem – 
Cortes do DNIT trás um conceito um pouco deferente do visto anteriormente 
(Manual de Implantação Básica do DNIT). Vamos ver: 
“3.9 - Material de 1ª categoria 
 
Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou 
não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de 
umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização 
de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado. 
 
3.10 - Material de 2ª categoria 
 
Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da 
rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos 
que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido 
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de 
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os 
blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de 
diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. 
 
3.11 - Material de 3ª categoria 
 
Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à 
rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 
m, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim 
de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de 
explosivos.” 
Portanto, as duas classificações, apesar de divergentes, são válidas. Guardem 
as duas!! 
Podem ficar tranquilos, pois as bancas não vão explorar questões elementares 
do tipo: “Uma rocha com volume igual a 1,5 m3, pode ser classificada como 
material de 3ª categoria?”. Geralmente, o conceito cobrado traz todo o 
entendimento do que é um material de 3ª categoria, por exemplo. 
Reparem que o primeiro critério é quanto á resistência do material, e, no caso, 
a norma traz um parâmetro diferente do Manual de Implantação Básica. 
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Norma => resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não 
alterada 
Manual => resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito 
Isso vocês precisam saber! Esses detalhes dos dois conceitos! 
O mais importante, para a classificação do material de 3ª categoria, 
realmente, é que para a sua extração é necessário o uso CONTÍNUO de 
explosivos. 
Tentem assimilar o conceito como um todo, dessa forma se vier uma questão 
de prova, vocês facilmente saberão diferenciar as classificações dos materiais. 
Veremos várias questões de concursos que ajudarão a entender como essas 
classificações costumam ser abordadas. 
 
5 - (MP/ENAP CESPE - 2015) Da composição do quadro-resumo de 
terraplenagem deve constar a classificação dos materiais escavados, 
cujo primeiro critério deve ser a comparação com materiais como o 
granito e cujo segundo critério deve considerar as dificuldades de 
escavação, definindo-se os materiais como de primeira categoria, de 
segunda categoria e de terceira categoria. 
Pessoal, acabamos de ver que os critérios utilizados na classificação dos 
materiais nas categorias está relacionado em comparar os materiais com a 
resistência do granito e considerar as dificuldades de escavação, classificando-
os em primeira, segunda e terceira categorias. Tal critério se torna bastante 
evidente quando estudamos os conceitos dos materiais de 2ª e 3ª categorias: 
 
2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao 
granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de 
diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com 
emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas 
de terraplenagem e ferramentas manuais comuns. 
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3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou 
igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1 
m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, 
se processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo. 
 
Gabarito: Certa 
2.4. TALUDE DE CORTE 
 
Superfície inclinada do terreno natural de um corte 
 
 
 
 
2.4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Denomina-se talude a superfície inclinada ou vertical, proveniente dos 
trabalhos de terraplenagem e que limita o terreno natural com o corpo da 
estrada. É também chamado de saia de corte ou de aterro. 
 
Nos cortes, o talude é resultante da escavação do terreno natural. Sua 
inclinação é determinada antes do início dos serviços. Nos cortes em solos 
finos e expansivos, a inclinação é maior do que nos solos estáveis, 
chegando a vertical nos cortes em rocha sã. 
 
Nos aterros, o talude é resultado da colocação dos materiais, provenientes dos 
cortes e/ou empréstimos, em camadas sucessivas compactadas. Tanto nos 
cortes como nos aterros, a inclinação do talude é função da natureza 
do solo e das alturas destes. 
 
A prática rodoviária aconselha, para os cortes, um talude máximo de 1:1 (V:H) 
e, para os aterros compactados, a inclinação máxima de 2:3 (V:H), tendo-se 
sempre presente que cada tipo de solo merece um estudo específico, devendo 
o assunto ser definido, de forma precisa, no Projeto de Engenharia. 
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2.5. TALUDE ESCALONADO 
Talude em geral alto, em que se praticam banquetas, com vistas à redução 
da velocidade das águas pluviais superficiais, para facilitar a drenagem e 
aumentar a estabilidade do maciço. 
 
 
 
Seção transversal de um corte escalonado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES 
 
EQUIPAMENTOS 
 
A seleção do equipamento deve obedecer às indicações seguintes: 
 
a) Corte em solo - utilizam-se, em geral, tratores equipados com lâminas, 
escavo-transportadores, ou escavadores conjugados com transportadores 
diversos. 
 
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A operação deve incluir, complementarmente, a utilização de tratores e moto-
niveladoras para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de 
trabalho, além de tratores empurradores (“pushers”). 
 
 
 
 
b) Corte em rocha – empregam-se perfuratrizes pneumáticas ou elétricas 
para o preparo das minas, tratores equipados com lâmina para a operação de 
limpeza da praça de trabalho, e carregadores conjugados com transportadores 
para a carga e transporte do material extraído. 
 
Nesta operação, utilizam-se explosivos e detonadores adequados à natureza 
da rocha e às condições do canteiro de serviço. 
 
 
 
c) Remoção de solos orgânicos, turfa* ou similares, inclusive execução 
de corta-rios, utilizam-se retro escavadeiras e escavadeiras com implementos 
adequados, e complementados por outros equipamentos citados nas alíneas 
anteriores. 
 
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*turfa é um tipo de solo com grande porcentagem de partículas fibrosas de 
material carbonoso, ao lado de matéria orgânica no estado coloidal, com 
coloração marrom-escura a preta; material mole, não plástico, combustível e 
de cheiro característico, além de consistência fofa. 
 
Resumindo, a TURFA é um material muito ruim para a construção de 
uma rodovia, visto que tem péssimas características estruturais. 
 
EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES 
 
Quando alcançado o nível da plataforma dos cortes: 
 
a) Se for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição, deve-
se promover o rebaixamento do greide, da ordem de 0,40m, e o 
preenchimento do rebaixo com material inerte, indicando no projeto de 
engenharia ou em sua revisão; 
 
Rocha = quaRenta cm 
 
b) Se for verificada a ocorrência de solos de expansão maior que 2% e 
baixa capacidade de suporte, deve-se promover sua remoção, com 
rebaixamento de 0,60 m. 
 
expanSivos = Sessenta cm 
 
Em se tratando de solos orgânicos, o projeto ou sua revisão fixarão a 
espessura a ser removida. Em todos os casos, deve-se proceder à execução 
de novas camadas, constituídas de materiais selecionados, os quais devem ser 
objeto de fixação no projeto de engenharia ou em sua revisão; 
 
c) No dos cortes em solo, considerando o preconizado no projeto de 
engenharia, devem ser verificadas as condições do solo “in natura” nas 
camadas superficiais (0,60 m superiores, equivalente à camada final do 
aterro), em termos de grau de compactação. Os segmentos que não 
atingirem as condições mínimas de compactação devem ser 
escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e, então, 
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devidamente compactados, de sorte a alcançar a energia estabelecida no 
Projeto de Engenharia. 
 
Os taludes dos cortes devem apresentar, após a operação de terraplenagem, a 
inclinação indicada no projeto de engenharia, para cuja definição foram 
consideradas as indicações provenientes das investigações geológicas e 
geotécnicas. 
 
Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais 
escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da 
plataforma, deve ser procedido o depósito dos referidos materiais, para sua 
oportuna utilização. 
 
Ou seja, pessoal, o material escavado no corte pode ser estocado para 
posterior uso. 
 
Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável, a 
juízo da Fiscalização, as massas em excesso, que resultariam em bota-foras, 
podem ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da 
plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio*. 
 
*falaremos sobre os bermas de equilíbrio daqui a pouco quando estudaremos 
aterro 
 
Então pessoal, desse modo, os excessos de volumes do corte podem ser 
aproveitados nos aterros, desde que técnica e economicamente 
aconselhável, além disso tem que ser aprovado pela Fiscalização. 
 
Isso vale para os excessos!! 
 
A regra é aproveitar todo o volume do corte para os aterros. Somente 
quando o material escavado do corte for muito ruim é que se faz o bota-
fora**! 
 
**veremos em breve os conceitos de bota-fora 
 
As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado na subseção 
anterior devem ser, então, objeto de deposição em bota-foras e de modo a 
não se constituírem em ameaça à estabilidade da rodovia e nem 
prejudicarem o aspecto paisagístico da região, atendendo ao 
preconizado no projeto de engenharia. 
 
Nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de 
engenharia, deve ser procedida a implantação de patamares, com 
banquetas de largura mínima de 3 m, valetas revestidas e proteção 
vegetal. 
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Nos pontos de passagem* de corte para aterro, a Fiscalização deve exigir, 
precedendo a execução deste último, a escavação transversal ao eixo, até 
a profundidade necessária para evitar recalques diferenciais**. 
 
*ponto de passagem é o limite de onde termina o corte e onde começa o 
aterro, ou vice-versa. 
 
**abatimento (afundamento) do solo, de maneira não uniforme (desigual). 
 
 
 
 
 
Corte 
- Regra: escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem 
indicado (nível da plataforma) 
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- Exceção: 
- ocorrência de rocha sã ou em decomposição: rebaixamento de 0,40m 
+ execução de novas camadas c/ materiais selecionados 
- ocorrência de solos expansivos (> 2%), poucos resistentes ou 
orgânicos: rebaixamento de 0,60m + substituição por solos selecionados 
 
� Medição - Cortes 
- considera o volume extraído medido no corte (“in natura”) e a distância de 
transporte entre este e o local de depósito 
- cálculo dos volumes: Seções Primitivas 
 - aplicando o método da "média das áreas" 
 
 
 
 
 
 
Verificação 
a) Variação da altura máxima para eixos e bordas 
 
• Cortes em solo = ± 0,05 m 
 
• Cortes em rocha = ± 0,10 m 
 
b) Variação máx. da largura => + 0,20 m p/ cada semi-plataforma* 
 
* Não é admitida variação negativa 
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Leia também: 
 
DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem – Cortes - Especificações de Serviço) 
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT106_2009_ES.pdf 
 
Questões de concursos: 
 
6 - (CGU 2008 – ESAF) Segundo as especificações do DNIT – 
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes,“o corte é 
um segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação 
do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das 
seções do projeto, que definem o corpo estradal”. Com relação a esse 
serviço, é correto afirmar que: 
 
a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e 
a distância de transporte entre este e o local do depósito. 
 
b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível 
incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de 
empréstimos. 
 
c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a 
ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um 
rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com 
materiais selecionados. 
 
d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, 
com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e 
proteção vegetal. 
 
e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª 
categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”, 
escavadeiras e carregadeiras. 
 
Pessoal, essa questão da ESAF, do concurso da CGU de 2008, cobrou algumas 
literalidades de norma do DNIT. 
Durante a aula, abordamos os principais pontos das normas de terraplenagem, 
inclusive fizemos um resumo do que achamos que deve ser revisado com mais 
frequência. Mas, mesmo assim, achamos muito importante dar uma lida em 
algumas dessas normas do DNIT. Especialmente nas seguintes: 
- DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem - Serviços Preliminares - Especificações 
de Serviço) 
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- DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações 
de Serviço) 
- DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço) 
- DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem - Empréstimos – Especificações de 
Serviço) 
- DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem - Aterros – Especificações de Serviço) 
Os links para o acesso a essas normas foram disponibilizados ao longo da aula 
no final de cada um desses assuntos. 
Então, vamos analisar cada um dos itens dessa questão: 
a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e 
a distância de transporte entre este e o local do depósito. 
 
Em suma, a norma DNIT 106/2009-ES estabelece que como critério de 
medição o seguinte: 
A medição será feita pelo volume extraído, MEDIDO NO CORTE, e a 
distância de transporte entre este e o local de depósito, obedecendo-se 
às seguintes condições: 
 
► O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da "média 
das áreas". 
 
► A distância de transporte será medida ao longo do percurso seguido pelo 
equipamento transportador, entre os centros de gravidade das massas. O 
percurso a ser utilizado deverá ser previamente aprovado pela Fiscalização. 
 
► Uma vez perfeitamente caracterizado o material de 3ª categoria, 
proceder-se-á à medição específica do mesmo, não se admitindo, neste 
caso, classificação percentual do referido material. Os cortes que 
apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais, com limites pouco 
definidos, deverão merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a 
permitir uma classificação justa dos materiais escavados. Em função da 
respectiva magnitude, deve ser promovida a anexação de fotografias do corte, 
efetuadas imediatamente antes da extração da rocha e em sequencia à 
detonação do explosivo, procedendo-se, ainda, devidas anotações no “Diário 
de Obras”. 
 
É importante sabermos que nesses preços estão consideradas: 
 
- as operações de escavação, carga e transporte ao local de deposição; 
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- manutenção dos caminhos de serviço; 
 
- escarificação; e 
 
- conformação de taludes. 
 
O método das áreas, citado anteriormente, consiste no cálculo do volume de 
cada interperfil, elaborado a partir das áreas das seções transversais, pela 
aplicação do método da média das áreas: 
 
sendo “l” o espaçamento entre duas seções subseqüentes S1 e S2 (ver figura a 
seguir). 
 
 
 
A alternativa, afirma que o sistema de medição considera o volume medido 
após a extração. Conforme visto, a medição será feita pelo volume extraído, 
MEDIDO NO CORTE (“in natura”).Portanto, o item está incorreto. 
 
b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível 
incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de 
empréstimos. 
 
Vimos que, quando houver excesso de material de cortes e for impossível 
incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos BOTA-FORAS e não 
áreas de empréstimos, o que torna a alternativa incorreta. 
 
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EMPRÉSTIMOS � locais em que é retirado material para o aterro 
BOTA-FORA � local de deposição do material inservível* retirado nos 
cortes 
*devido à má qualidade, volume ou excessiva distância de transporte 
c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a 
ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um 
rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com 
materiais selecionados. 
 
De acordo com a norma DNIT 106/2009-ES para cortes a regra é escavação do 
terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado (nível da 
plataforma). 
As exceções são: 
a) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de 
ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem 
de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. 
 
Rocha = quaRenta cm 
 
b) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de 
solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, 
promove-se um rebaixamento da ordem de 0,60m, para posterior 
substituição por solos selecionados. 
 
expanSivos = Sessenta cm 
 
Conforme constatado, a alternativa está correta, sendo, portanto, o gabarito 
da questão. 
 
d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, 
com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e 
proteção vegetal. 
 
Mais uma vez recorrendo à norma DNIT 106/2009-ES, temos que: nos cortes 
de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve ser 
procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima 
de 3 m, valetas revestidas e proteção vegetal. 
 
e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª 
categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”, 
escavadeiras e carregadeiras. 
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Com relação aos materiais de 1ª categoria tá tudo certo! Mas os materiais de 
2ª categoria, como vimos nas definições da aula, são aqueles que não 
podem ser escavados de forma normal e econômica pelos equipamentos 
usuais, a saber: tratores de lâmina, motoscrapers, escavadeiras e 
carregadeiras, devido à elevada resistência mecânica à extração, que pode 
atingir valores estimados entre 500 e 1000 kg/cm². Errado o item. 
 
Gabarito: Letra C 
7 - (Técnico em Estradas - IEPRO 2009) O Departamento Nacional de 
Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, na especificação de serviço, 
classifica os materiais escavados em três categorias para efeito de 
pagamento. Os materiais classificados de 2a categoria estão definidos 
por: 
 
a) Rochas fraturadas com blocos de diâmetro inferior a 0,15 m e 
volume superior a 2,00 m3; 
 
b)Solos consolidados contendo blocos de pedra com volume superior 
a 2,00 m3; 
 
c) Blocos de rocha com volume inferior a 2,00 m3, matacões e pedras 
de diâmetro médio inferior a 1,00 m, cuja extração necessita utilização 
de equipamento com escarificadores e eventualmente poderá envolver 
o uso de explosivos; 
 
d) Rochas brandas e fraturadas com blocos com diâmetro médio 
inferior a 0,15 m; 
 
e) Alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se 
processa em equipamentos com utilização escarificadores. 
 
Pessoal, conforme vimos na aula, a especificação de serviço 106/2009 – ES – 
Cortes, trás o seguinte conceito de material de 2ª categoria: 
Material de 2ª categoria 
 
Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da 
rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos 
que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido 
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de 
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os 
blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de 
diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. 
 
Portanto, a resposta correta é a letra “c”. 
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Gabarito: Letra C 
8 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na execução de aterros, os materiais 
provenientes de escavações de cortes devem ser descartados, devido à 
dificuldade de controle tecnológico desses materiais. 
 
É justamente o contrário do que se afirma na questão. Deve-se dar prioridade 
aos materiais provenientes das escavações dos cortes, sendo que só se deve 
recusar a utilização desses materiais devido: 
 
- a má qualidade; 
- ao excesso de volume; ou 
- a excessiva distância de transporte (que inviabilize economicamente a 
utilização deste material no aterro). 
Caros alunos, a regra é que o material escavado no corte seja 
depositado no aterro. 
Porém quando ele apresenta pelo menos uma das 3 características citadas 
acima, faz-se o “Bota-fora”. 
Gabarito: Errada 
9 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Segundo a especificação de 
serviço DNIT 106/2009 – ES do Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes relativa a serviços de terraplenagem 
realizados em cortes, é correto afirmar que: 
 
a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com 
diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a 
utilização de Dozer ou Screper. 
 
b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em 
áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da 
faixa de domínio. 
 
c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática 
ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas, 
tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e 
carregadores conjugados com transportadores para operação de 
carregamento e transporte do material extraído. 
 
d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da 
plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a 
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paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento 
do greide e substituição de material. 
 
e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem, 
apresentar inclinações compatíveis com as características do solo 
local; inclinação esta definida pela experiência profissional do 
encarregado de terraplenagem. 
 
Vejam que a banca citou a especificação de serviço. Portanto, os conceitos 
cobrados nesta questão deveriam estar de acordo com a referida norma. 
 
Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas: 
 
a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com 
diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a 
utilização de Dozer ou Screper. 
 
Há dois erros nessa alternativa. Para os materiais de 2ª categoria: 
 
- diâmetro nominal deve estar compreendido entre 0,15 m e 1,00 m 
 
- extração se processe por combinação de métodos que obriguem a 
utilização do maior equipamento de escarificação exigido 
contratualmente. Além disso, a extração eventualmente PODE envolver o 
uso de explosivos ou processo manual adequado. 
 
Item incorreto. 
 
b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em 
áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da 
faixa de domínio. 
 
O material denominado de bota-fora (inservível) deve ser depositado fora da 
plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, 
quando possível. 
 
Item incorreto. 
 
c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática 
ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas, 
tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e 
carregadores conjugados com transportadores para operação de 
carregamento e transporte do material extraído. 
 
É isso mesmo! 
 
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Perfuratriz na preparação dos locais e trator com lâmina para limpeza 
 
Carregadores e transportadores para operação de carregamento e transporte 
do material extraído 
 
Correta. Portanto, esta alternativa é o gabarito da questão. 
 
d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da 
plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a 
paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento 
do greide e substituição de material. 
 
Pessoal, vimos que isso não está correto! 
 
Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de 
ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem 
de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. 
 
Rocha = quaRenta cm 
 
Item incorreto. 
 
e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem, 
apresentar inclinações compatíveis com as características do solo 
local; inclinação esta definida pela experiência profissional do 
encarregado de terraplenagem. 
 
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A primeira parte do item está correto, as inclinações devem ser compatíveis 
com as características do solo local. Porém, a inclinação deve estar indicada no 
projeto de engenharia. 
Item incorreto. 
 
Gabarito: Letra C 
10 – (UNIPAMPA 2009 – CESPE) Durante os serviços de cortes de solo 
pode haver excesso de material que gerará os bota-foras. O manejo 
ambiental desses materiais prevê sua compactação e o depósito em 
áreas à jusante da rodovia. 
O entendimento dessa questão está na especificação de serviços ES – 00181 
- Execução de Cortes e Aterros da Companhia Estadual de Habitação e 
Obras Públicas do Estado de Sergipe – CEHOP/SE. Segundo essa norma: 
 
Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los 
ao corpo dos aterros, serão constituídos “bota-foras”, que poderão ser 
compactados, caso haja previsão em projeto. Preferencialmente, as áreas a 
eles destinadas serão localizadas a jusante da obra. 
 
Pessoal, o termo “jusante” refere-se aos elementos/trechos que se localizam 
após da estrutura. Já o termo “montante” refere-se aos elementos/trechos 
que se localizam antes da estrutura. 
 
 
MONTANTE = ANTES 
JUSANTE = APÓS 
 
E por que a jusante? 
Os bota-foras devem ser dispostos preferencialmente à jusante (depois da 
obra) da futura rodovia para se evitar carreamento de materiais que possamse desprender e atrapalhar a construção e causar acidentes na construção das 
rodovias, caso fossem depositados a montante (antes da obra). 
Gabarito: Certa 
 
 
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3. EMPRÉSTIMOS 
Áreas indicadas no projeto, ou selecionadas, onde devem ser escavados 
materiais a utilizar na execução da plataforma da rodovia, nos segmentos em 
aterro. 
 
Tais áreas são utilizadas para suprir a deficiência ou insuficiência de materiais 
extraídos dos cortes. 
 
Empréstimos são escavações efetuadas em locais previamente definidos 
para a obtenção de materiais destinados à complementação de volumes 
necessários para aterros, quando houver insuficiência de volume nos 
cortes, ou por razões de ordem qualitativa de materiais, ou de ordem 
econômica (elevadas distâncias de transporte). 
 
Dependendo da situação podem ser considerados dois tipos distintos de 
empréstimos: laterais e concentrados (ou localizados). 
 
3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS 
Os empréstimos laterais se caracterizam por escavações efetuadas 
próximas ao corpo estradal, sempre dentro dos limites da faixa de 
domínio. Ao lado da plataforma rodoviária. 
 
 
Nos casos de segmentos de cortes se processa o alargamento da 
plataforma com consequente deslocamento dos taludes. 
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No caso de aterros, escavações do tipo “valetões”, em um ou ambos os 
lados. 
 
Logicamente, o que vai definir a execução ou não desses empréstimos é a 
qualidade do material adjacente aos cortes ou aterros em que se fará a 
escavação e o volume necessário para suprir a carência de material no 
aterro de destino. 
 
3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS 
Os empréstimos concentrados* são definidos por escavações efetuadas em 
áreas fora da faixa de domínio, em locais que contenham materiais em 
quantidade e qualidade adequada para confecção dos aterros. 
 
A utilização desse tipo de empréstimo se dá quando não existem materiais 
adequados nas faixas laterais a cortes ou aterros para efetivação de 
empréstimos laterais, ou quando esses últimos não proporcionam a retirada do 
volume total necessário. 
 
Os locais dos empréstimos concentrados ou localizados devem ser 
selecionados dentre as elevações do terreno natural próximas ao aterro a que 
se destinará o material, devendo-se definir a área e forma de exploração de tal 
maneira que, após a escavação, se tenha uma aparência topográfica natural. 
As medidas minimizadoras dos impactos ambientais sugeridas para os 
empréstimos materiais aplicam-se, na totalidade, aos empréstimos 
concentrados. 
 
*os empréstimos concentrados são também chamados de JAZIDAS DE 
EMPRÉSTIMOS, estas jazidas se localizam fora da faixa de domínio. 
 
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Empréstimos 
2 Tipos: - Laterais: dentro dos limites da faixa de domínio 
 - Concentrados: fora da faixa de domínio 
 
Nos Cortes: 
a) Adoção de taludes mais suaves (maior inclinação) => melhorar a 
estabilidade 
b) Rebaixamento do fundo de corte, com modificação do greide, para melhorá-
lo. 
 
���� Execução de empréstimos 
- No caso de caixas de empréstimos laterais destinadas a trechos com 
greide elevado, as bordas internas das caixas devem ter distância mínima 
de 5,00 m do pé do aterro. 
 
- Empréstimos laterais entre borda externa das caixas de empréstimo e o 
limite da faixa de domínio deve ser mantida, sem exploração, uma faixa 
de 2,00 m de largura, a fim de permitir a implantação da vedação 
delimitadora*. 
 
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* No caso de empréstimo de alargamento de corte => largura mínima de 
3,00 m. 
� Medição - Empréstimos 
- considera o volume extraído medido na caixa de empréstimo (“in natura”) 
CONDICIONANTES AMBIENTAIS 
 
• Atendimento aos preceitos vigentes e os instituídos pelos competentes 
órgãos regionais; 
 
• Execução do PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas 
aprovado, elaborado em conformidade com o respectivo Programa Ambiental; 
 
• Preservação dos cursos d’água, dos centros urbanos e das unidades 
habitacionais; 
 
• Preservação das áreas situadas em reservas florestais, ecológicas ou de valor 
cultural, protegidas pela legislação; 
 
• Preservação de sistemas naturais e das espécies de fauna rara, ou em 
extinção, e de interesse científico ou econômico; 
 
• Adoção de medidas, objetivando evitar a ocorrência ou aceleração de 
processos erosivos e a formação de processos de instabilidade física; 
 
• Instalação de sistema de drenagem específico; 
 
• Realização de inspeções ambientais, de conformidade com a periodicidade 
estabelecida, e a ter lugar durante a fase de operação das caixas de 
empréstimo. 
 
 
Recuperação de área de empréstimo lateral 
 
Leia também: 
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DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem – Empréstimos - Especificações de 
Serviço) 
 
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT107_2009_ES.pdf 
 
4. BOTA – FORA 
Material de escavação de cortes, não aproveitado nos aterros, devido à 
sua má qualidade, ao seu volume ou à excessiva distância de 
transporte, e que é depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência 
nos limites da faixa de domínio, quando possível, ou seja, são volumes de 
matérias escavados não utilizáveis na terraplenagem. 
 
O local de depósitos desses materiais deve ser criteriosamente definido, a fim 
de não causar danos às outras obras de construção. 
 
Local de bota-fora: lugar estabelecido para depósito de materiais inservíveis. 
 
 
MANEJO AMBIENTAL: 
 
• Os bota-foras devem evitar que as águas pluviais promovam erosões e 
assoreamentos. 
 
• Após conformação final, deve ser feito revestimento vegetal dos bota-
foras, inclusive do material de 3ª categoria, incorporando à paisagem local. 
 
 
Utilização de material de bota-fora para recuperação de área degradada 
 
Pessoal, muitas vezes a fiscalização da obra determina que se utilize o material 
de bota-fora para combater erosões existentes. Dessa maneira, aproveita-se o 
material do bota-fora para recuperar uma área erodida. 
 
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11 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) Entre as operações de corte, podem-se 
citar as seguintes etapas: escavação dos materiais, transporte dos 
materiais escavados para aterros ou bota-fora e retirada das camadas 
de má qualidade, visando à preparação das fundações dos aterros. 
 
Pessoal, além da parte teórica que curso traz, nós estamos tentando mostrar 
para vocês também algumas das principais fontes de referências usadas pelas 
bancas ao elaborar as questões. O objetivo é mostrar a vocês a forma como as 
questões são elaboradas a partir dos diversos materiais disponíveis, 
especialmente dos manuais e normas do DNIT (chamando a sua atenção para 
os mais relevantes entre os inúmeros existentes) e eventualmente a partir de 
outras fontes que vamos citando durante as explicações dos exercícios. 
 
Conhecendo essas fontes, aumenta, e muito, as chances do

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