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Artigo Cientifico AEE

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11
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
AEE – ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
NEMIAS DE JESUS COSTA
IMPORTÂNCIA DO AEE PARA O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL E SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.
SÃO VICENTE
2021
IMPORTÂNCIA DO AEE PARA O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL E SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais.
RESUMO- O Atendimento Educacional Especializado (AEE) para crianças com deficiências ainda é muito incompreensível tanto para os educadores quanto para o público em geral. Para que este tipo de atendimento cumpra seus objetivos de forma eficaz, este artigo tem por finalidade mostrar o que é o AEE, sua importância na aprendizagem e como trabalhar com ele, em conjunto com a família e a escola para que a aprendizagem e a interação social das pessoas com Necessidades Especiais seja completa. Por meio de pesquisas bibliográficas, foi possível entender como surgiam as políticas públicas para atendimento desta parcela populacional, a necessidade de integrar o aluno com necessidades em uma sala regular e como trabalhar estas especificidades no ambiente escolar. Serão mostradas também sugestões de como integrar o professor do atendimento especializado ao professor do ensino regular.
PALAVRAS-CHAVE: AEE. Inclusão Social. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Em 1996, os princípios da educação inclusiva são reiterados, com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O documento define que as crianças com necessidades educacionais especiais também têm direito de receberem educação na rede regular de ensino, ou seja, é garantida a matrícula em escolas e classes comuns, independentemente de suas diferentes condições físicas, motoras, intelectuais, sensoriais ou comportamentais. Os sistemas educacionais passam, assim, a enfrentar o desafio de construir uma pedagogia centrada no alunado, capaz de educar a todos.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE), na perspectiva da educação inclusiva, tem um caráter exclusivamente de suporte e apoio à educação regular, através do atendimento à escola, ao professor da classe regular e ao aluno.
Este artigo pretende discorrer sobre a importância do Atendimento Educacional Especializado como apoio a inclusão escolar de alunos com deficiência e como forma de assegurar seus direitos. Por muitos anos as pessoas com deficiência eram discriminadas pela sociedade e, após muitas lutas e reivindicações, a integração tornou-se uma prática. Hoje vivenciamos uma nova realidade com a inclusão dos alunos nas classes comuns, porém muitas instituições ainda não estão aptas, seja de recursos estruturais e/ou humanos.
O atendimento educacional especializado é muito importante para os avanços na aprendizagem do aluno com deficiências na sala de ensino regular. Ainda há muita dificuldade em integrar um aluno com necessidades especiais em salas regulares, seja por falta de estrutura das escolas ou falta de preparo dos educadores, visto que ele não é preparado em sua formação para lidar com estas situações, a não ser em cursos específicos ou para atendimento especializado.
Este artigo não pretende estabelecer o AEE como a única forma de integrar o ensino especializado ao regular. O objetivo é mostrar possibilidades de integrar as duas formas de ensino em prol da formação geral dos indivíduos com necessidades especiais.
O atendimento educacional especializado foi criado para dar um suporte para os alunos com deficiência para facilitar o acesso ao currículo. Quanto mais o AEE acontecer nas escolas regulares nas quais os alunos com deficiências estejam matriculados mais trará benefícios para esses, o que contribuirá para a inclusão, evitando atos discriminatórios. Para que o atendimento aconteça de forma eficaz é preciso que haja um ambiente propício e profissionais capazes de conduzir a aprendizagem de forma que atenda às necessidades de cada aluno, levando em conta suas especificidades.
Este artigo foi construído a partir de uma pesquisa bibliográfica com o foco no atendimento educacional especializado, sua importância para a aprendizagem e de como ele pode complementar a inclusão e formação educacional das pessoas com deficiências nas classes regulares.
DESENVOLVIMENTO
Garantir o acesso à educação é o ponto inicial de um atendimento que deve garantir também, a todos que tenham este acesso, que possam nele permanecer, com êxito. Democratizar a educação significa implementar políticas educacionais que assegurem a transversalidade da educação especial, tanto na funcionalidade escolar quanto na capacitação docente, transformar os sistemas educacionais tradicionais em sistemas inclusivos e acessíveis, que ofereçam estrutura física adaptada, recursos materiais acessivos e que contemplem a igualdade e a inclusão dos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
A implantação da Educação Inclusiva no sistema de educação básica enfrentou muitos entraves institucionais e culturais, trazidos de uma escola tradicionalista e conservadora, havendo ainda outras barreiras que impediriam a transformação das escolas, como o corporativismo dos que se dedicam às pessoas com deficiências, a ignorância de muitos pais, a fragilidade de grande maioria deles diante do fenômeno da deficiência de seus filhos.
Desde a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada em Salamanca, na Espanha, o governo comprometeu-se a transformar a educação brasileira em um sistema inclusivo, o que significa, em termos curriculares, que as escolas públicas devem ser planejadas, e os programas de ensino organizados, considerando as diferentes características e necessidades de aprendizagem do alunado. 
A partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 1996, as crianças com deficiência passam a ter a garantia de uma pedagogia diferenciada, capaz de identificar e satisfazer as suas necessidades, proporcionando-lhes condições de desenvolvimento e aprendizagem como todos os outros alunos.
“Qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam ser realizados. Pais possuem o direito inerente de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriada às necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças”. (MEC/SEEP, 2006:33).
Com a aprovação do Plano Nacional de Educação, em 2014, o Brasil determinou 20 metas que tinham tempo previsto de 10 anos para serem cumpridas integralmente e que pretendiam prover os meios, materiais e financeiros, pedagógicos, estruturais e todas as mudanças necessárias para que a Educação Inclusiva se tornasse realidade no Brasil, atendendo 100% das crianças em idade escolar, tanto portadoras ou não de necessidades especiais nas escolas comuns regulares, públicas ou particulares.
De acordo com Barreto (2014), “com a chegada do movimento escola-novista no Brasil, movimento este que tentava superar o tradicionalismo e a rigidez na educação, introduziu-se a psicologia e psicopedagogia na educação e a utilização de testes de inteligência para identificação dos deficientes intelectuais”. Foi por meio desse movimento que surgiu, já em 1954, a primeira escola especial da APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, que oferecia atendimento educacional especializado às crianças excepcionais, mantendo,no entanto, este olhar institucionalizado e contribuindo para o afastamento das “crianças diferentes” das salas de aulas regulares. Percebe-se, assim, que a Educação Especial no Brasil sempre teve um direcionamento para instituições especializadas, escolas especiais ou classes especiais em escolas regulares, essa forma de organização atendia a uma visão organicista daquilo que se considerava normalidade e anormalidade e se baseava em diagnósticos clínicos e não em práticas pedagógicas.
A partir da Declaração de Salamanca, a Educação Especial passa sua demanda para a escola regular comum e esta, por sua vez deveria adaptar-se para receber todos os alunos, sob uma nova visão, inclusiva, combatendo preconceitos, valorizando a diversidade e passando a Educação Especial a uma modalidade de ensino, com função complementar. E esta obrigatoriedade foi assegurada por leis e decretos elaborados com o objetivo de se construir uma sociedade igualitária, onde a educação é direito de todos.
Diante de sua nova realidade, a escola deveria transformar-se, reinventar-se e redescobrir seu papel educacional, enquanto instituição social, não apenas como transmissora de conhecimentos, mas formadora de seres humanos. Todas as atenções, expectativas e esperanças foram depositadas na escola, nos educadores e em um sistema levaria muito tempo para implantar, pois pedia estruturas, conhecimento, aprendizados, quebra de paradigmas e preconceitos e que precisaria acontecer em um país conhecido por seus entraves burocráticos e dilemas políticos e sociais e, principalmente, investimentos, políticas públicas e vontade governamental.
Outro fator muito importante que contribuiu para a dificuldade em se trabalhar em sala de aula com alunos tão diversos em suas necessidades é a falta de preparo dos professores para lidar com estas diversidades.
A educação inclusiva acarreta à si a necessidade do professor saber respeitar e conviver com as diferenças, buscando estratégias que viabilizem seu trabalho na e para a diversidade, estando sempre preparado para adaptar-se às novas situações que poderão surgir no interior da sala de aula.
O papel do professor, numa escola que pauta nos princípios de uma educação inclusiva, é de facilitador no processo de busca de conhecimento que parte do aluno. O professor é quem organiza situações de aprendizagem adequadas às diferentes condições e competências, oferecendo oportunidade de desenvolvimento pleno para todos os alunos. Mizukami (1996) ressalta:
O objetivo da educação, portanto, não consistirá na transmissão de verdades, informações, demonstrações, modelos, etc. e sim em que o aluno aprenda por si próprio, a conquistar essas verdades, mesmo que tenha de realizar todos os tateios pressupostos por qualquer atividade real. Autonomia intelectual será assegurada pelo desenvolvimento da personalidade e pela aquisição de instrumental lógico-racional. A educação deverá visar que cada aluno chegue a essa autonomia. (MIZUKAMI, 1996, p.71).
É fundamental, então, investir na formação do professor, no sentido de ajudá-lo a desmistificar conceitos e preconceitos, tornando-o mais consciente, crítico, participativo e comprometido com a construção de uma sociedade mais democrática. Com a defasagem de preparo dos educadores e a ampliação do acesso de crianças, adolescentes e jovens com deficiência à escola comum, foi necessário a criação de um suporte para que os professores da rede regular conseguissem realizar a contento a aprendizagem destes alunos.
Oferecido nas escolas a partir de 2008, o apoio pedagógico é importante para valorização da inclusão e da diversidade no ambiente escolar.
O AEE é um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. Ele deve ser articulado com a proposta da escola regular, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum. (MEC, 2009).
Esse atendimento pode ser realizado tanto na escola regular, mas em uma sala específica que ofereça os recursos necessários, quanto em instituições especializadas nele. O foco são estudantes com as mais variadas deficiências, transtornos de desenvolvimento e com superdotação.
É importante entender que o AEE não é um reforço escolar, mas sim um recurso que visa aprimorar o processo de obtenção de conhecimento por parte de alunos com necessidades especiais. É um aliado da educação inclusiva, uma vez que não a substitui, mas encontra caminhos para que ela seja mais eficiente. Dentre seus objetivos específicos, os principais são:
· Identificar as necessidades do aluno;
Para isso, o laudo médico será uma das fontes de informação, mas cabe ao profissional fazer uma investigação mais aprofundada para entender de que forma a deficiência daquele indivíduo vai impactar na educação.
Essa identificação leva ao plano e atuação de AEE, que é diferente para cada aluno atendido. O professor de produzir os materiais necessários para atender cada aluno em sua especificidade, além de mapear os recursos já existentes para sua prática.
· Contribuir com o desenvolvimento da educação inclusiva;
Esse é um objetivo muito importante: professores de AEE precisam participar das discussões focadas no desenvolvimento de recursos pedagógicos que fomentem a educação inclusiva. Eles são uma espécie de ponte entre o aluno com necessidades especiais e a escola regular, por isso, uma das suas missões é atuar na eliminação de barreiras que se colocam no processo de ensino e aprendizagem.
· Oferecer suporte ao professor da classe comum;
Professores de escolas regulares que tenham em sua sala de aula alunos portadores de necessidades especiais também têm o direito de receber AEE. Mais uma vez, o profissional de AEE é a ponte entre o aluno e o professor regular, por isso, ele vai orientar esse professor sobre como fazer com que a sua aula seja inclusiva. Quais posturas que ele deve adotar, quais recursos podem ajudar aquele aluno a compreender melhor o conteúdo, de que tipo de atenção especial ele precisa.
Nenhuma criança ou jovem com deficiência deve estar fora da escola. Já matriculado, o estudante precisa se desenvolver em sala de aula e saber que, se necessário, pode contar com o apoio do AEE, que é um serviço de apoio à sala de aula comum.
Segundo Maria Teresa Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped) da Universidade de Campinas (Unicamp), “o professor de AEE é um professor investigador, que estuda casos referentes à educação especial para ver quais são as barreiras que colocam o aluno em uma situação de deficiência”. Logo, não é papel apenas desse professor preparar o planejamento ou organizar os conteúdos oferecidos para o estudante. 
Este serviço deve ser desenvolvido por um profissional especializado que, em parceria com o educador da turma, verifica as barreiras para a aprendizagem e escolhe ambientes e formas de trabalho adequadas para cada estudante. É importante que os profissionais tenham especialização em Educação inclusiva.
O AEE foi criado para atender o público-alvo da Educação especial, que são as crianças com deficiências, transtorno do espectro autista, altas habilidades e superdotação. É um serviço de apoio à sala de aula comum, para que se ofereça meios e modos que efetive o real aprendizado dos estudantes.
São exemplos práticos de atendimento educacional especializado: o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução e formação do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva (recurso ou uma estratégia utilizada para ampliar ou possibilitar a execução de uma atividade necessária e pretendida por uma pessoa com deficiência), como a comunicação alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico acessível, entre outros.
O AEE pode ser realizado em uma sala de recursos multifuncionais(SRM), mas não apenas nessa sala. O professor do AEE trabalha em parceria com o educador de sala de aula comum, quando esse profissional achar necessário e complementar ao trabalho realizado com os demais alunos. 
As salas de recursos para esse público devem ser simples e sem muitos estímulos visuais. De acordo com Cunha:
Neste ambiente, o aluno recebe uma educação individualizada, especifica, com ênfase na mudança de alguns comportamentos e aprendizado de ouros. Entretanto, em um primeiro momento, o professor deve observar quais objetos ou atividades que o atraem mais, para usá-los nas tarefas. (CUNHA, 2009, p.33).
Estas salas tem como função:
· Identificar as necessidades de alunos com deficiência, com altas habilidades e com transtornos globais do desenvolvimento;
· Elaborar plano de atuação de AEE propondo serviços de acessibilidades ao conhecimento;
· Produzir material, transcrever, adaptar, confeccionar, ampliar, gravar, de acordo com as necessidades, do aluno;
· Adquirir e identificar materiais como software, recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos, dicionários e outros;
· Acompanhar os materiais na sala de aula do ensino regular frequentada pelo aluno;
· Verificar a funcionalidade e a aplicabilidade, os efeitos, possibilidades, limites, distorções do uso na sala de aula, na escola e na casa do aluno;
· Orientar professores do ensino regular e famílias dos alunos a utilizar materiais e recursos;
· Promover formação continuada para si, para os professores do ensino comum e para a comunidade escolar em geral.
Esse trabalho deve estar previsto no PPP de cada escola e organizado pelo conjunto de profissionais: gestores escolares, secretaria de Educação e educadores.
A importância do AEE abrange as diversas áreas do desenvolvimento das pessoas com Necessidades Especiais, porém neste artigo, o foco é em como utilizar o AEE na inclusão educacional.
Como metodologia foi utilizada a revisão bibliográfica de autores reconhecidos da área educacional, tal como Maria Teresa Egler Mantoan e Marcos Mazotta, entre outros e de documentos oficiais de Legislação, Decretos, Portarias como a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e o Plano Nacional de Educação - PNE.
Com base da fundamentação teórica, está muito claro sobre o que é Atendimento Educacional Especializado – AEE, sua importância para a inclusão e que para assumir esta responsabilidade é necessário a qualificação dos profissionais, tanto das salas de recursos quanto das classes regulares, pois é um desafio fazer a desconstrução da educação formal e exclusiva e transformá-la em um modelo educacional que traz muitos desafios e expectativas.
Para que o AEE funcione, inicialmente deve ser feito um diagnóstico de cada aluno junto à equipe multidisciplinar da escola e especialistas da área, onde é feito o levantamento das necessidades educacionais especiais, e a partir desse momento traçar atividades para alcançar as potencialidades dos alunos e desenvolvê-las da melhor maneira possível. Deve existir sempre um trabalho direcionado ao diálogo e compreensão dessas fases emocionais do aluno. A participação da família é muito importante nesse trabalho, pois só há progressão dos alunos com essa parceria da família, que traz para a escola o conhecimento ambiental desses alunos.
CONCLUSÃO
Pode-se concluir então que a Inclusão da Pessoa com Deficiência na Escola Regular é um processo que exige respeito, dedicação e compreensão ao próximo, tanto das instituições de ensino, quanto às pessoas que recebem este aluno, aceitando as diferenças de cada um. Mas é preciso que, antes de tudo, o próprio aluno com deficiência se aceite dentro de seus limites para que seja incluído na sociedade.
Na escola inclusiva, o foco central de atuação do professor deve ser a aprendizagem de todos os alunos, inclusive dos que apresentam necessidades educacionais especiais. Qualquer fator que venha a impedir ou dificultar o processo precisa ser considerado, avaliado e, em seguida, devem ser planejadas ações conjuntas para a elaboração de uma intervenção pedagógica que procure superar o problema ou compensá-lo.
Nessa perspectiva, cabe a escola e aos professores identificar as diferenças de seu alunado, para atendê-lo adequadamente. A fim de promover o seu pleno desenvolvimento. Assim, mesmo que alguns alunos tenham um ritmo, um estilo próprio ou mesmo uma deficiência que os diferenciam dos demais colegas, para realizar determinadas atividades, isso não se torna problema, pois o trabalho diferenciado passa a ser a marca da escola, a identidade da escola para todos.
A existência do AEE é muito importante, pois a inclusão não acontece simplesmente pela presença física do aluno com deficiência nas classes comuns, mas pela interação e aprendizado que eleva os conhecimentos desses alunos. Na inclusão escolar não basta socializar é importante à implementação de ações efetivas que visem à superação das dificuldades e ampliação do saber. O que vale destacar é que a inclusão é o resultado de um movimento que compreende a educação como um direito humano fundamental e base para a sociedade mais justa e solidária e as salas de AEE são grandes facilitadores da criação deste contexto.
REFERÊNCIAS
 BARRETO, Maria Ângela de O. Champion; BARRETO, Flavia de O. Champion; Educação Inclusiva: contexto social e histórico, análise das deficiências e uso das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. 1. Ed. São Paulo: Érica, 2014.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.
BRASIL. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais: orientações gerais e marcos legais. 2. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
BRASIL. Diretrizes Operacionais do Atendimento Educacional Especializada na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
CAPELLINI, Vera L. M. F. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns: avaliação do rendimento acadêmico. 2001. 237 f. Dissertação (Mestrado em Educação Especial) – Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2001.
CUNHA, Eugênio. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Gerente, 2009.
MANTOAN, Maria Teresa Egler; PRIETO, Rosangela Gavioli; Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos. São Paulo: Summus, 2006.
MAZOTTA, Marcos J. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2001.
MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

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